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As emoções e o direito Tanto as normas morais quanto as normas jurídicas possuem um conteúdo psíquico (emocional). A emoção, fazendo o sujeito aprovar ou desaprovar uma forma de conduta, transporta-o da ordem dos fatos para a ordem das normas. A emoção na fonte de todo juízo normativo. Ex.: Caso Daniela Peres, Constituição de 1988. Justiça consciente x justiça inconsciente As decisões humanas estão repletas de elementos de natureza subjetiva, daí ser importante refletir sobre as motivações oriundas do mundo interno. Disso decorre: Uma verdade factual – justiça consciente Uma verdade formal – justiça inconsciente Justiça Consciente Justiça Inconsciente Réu Condenado somente se julgado culpado. Condenado ainda se inocente por culpas infantis progressivas. Crime Perseguido somente na forma tentada ou consumada. Perseguido ainda que apenas imaginado. Transação Existe a possibilidade. Difícil devido à estreita relação: justiça inconsciente e desejos inconscientes. Natureza da pena De acordo com o prescrito em lei. Sempre severa e independente das natureza do crime. Término da pena De acordo com a lei. Punição ilimitada no tempo (o inconsciente é atemporal). Justiça Consciente Justiça Inconsciente Tipos de pena Privativas de liberdade, pecuniárias ou restritivas de direito. Sentimento de culpa, remorso, depressão. Distúrbios neuróticos, suicídios, etc. Garantias ao imputado Ampla defesa, duplo grau de jurisdição, devido processo legal. Lei de Talião. A defesa é praticamente impossível, o ego quase sempre sucumbe à força do superego, que o tiraniza, porque lhe atribui responsabilidade sobre a base da violação e inconscientemente análoga. Defesas comuns Negação dos fatos, alívio, circunstâncias adequadas. Aceitação da pena por uma violação menos grave que mascara a verdadeira imputação Característicasda Lei, do Direito e da Justiça Característicasda Psicologia e da Psicanálise -Formalismo: ritos e procedimentos -Racionalista -Axiológico e valorativo (julgamento) -Subjetivismo –Objetivismo -Verdade processual -Hierarquia -Igualdade: A pode ser igual a B -Poder:jurisdição(jurisdictio),veredito (vereditium) -O todo é hermético -Princípio da Finalidade (dever-ser) -Carátersancionatório(imputacionale atributivo) -Culpa, culpa consciente e dolo -Instância: diversos graus -Mundo externo -Desconsideração da fantasia, imaginação e desejo -Interrogatório e depoimento -Informal -Empirista -Compreensiva -Objetivismo– Subjetivismo -Verdade científica -Flexibilidade -Igualdade real: somente A é igual aA -Submissão -O todo é diferente da somadas partes -Princípio da Causalidade (ser) -Ausência de sanção -Culpa consciente e inconsciente -Instância única -Mundo externo e interno -Fantasia, imaginação e desejo -Entrevista etestagem Direitoversus Psicologia Desconhecimento dos princípios básicos do funcionamento da mente. Dificuldade de compartilhamentoe de aceitação crítica. Tendência àhegenomia. Estruturação rígida e pouco permeável a outros ramos do conhecimento. Dogmatismo. Tradição milenar. Desconhecimentodos princípios jurídicos e dos fundamentos do direito. Procedimentos não suficientemente sedimentados e críticas pouco consistentes. Prática ainda em busca de identidade. Comprovação científica ainda em fase de formação. Relativismo. Produto do século XX.
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