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TESTES DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS – TSA OU ANTIBIOGRAMA Prof. Alan Brito TESTES DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS – TSA OU ANTIBIOGRAMA PROF. DRA. FABÍOLA KEGELE MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS 9 Histórico 1929Ö Penicilina Ö Alexandre Fleming; 1929 até hoje ~ 250 antimicrobianos comercializados Surgimento da resistências aos antimicrobianos Mecanismo de Ação dos Antimicrobianos MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS 9 Essência da quimioterapia antimicrobianaÖ Toxicidade seletiva; 9 AntibióticosÖ Interferem com diferentes atividades da célula bacteriana; 9 Ação dos agentes antimicrobianos Ö Morte da célula bacteriana ou inibição do seu crescimento; 9Morte da célula bacterianaÖ Agentes bactericidas; 9 Inibição do crescimento bacterianoÖ Agentes bacteriostáticos; 9 Tanto os agentes bactericidas quanto os agentes bacteriostáticos são extremamente eficientes; 9 Em se tratando de pacientes com imunodeficiências Ö Preferência pelos bactericidas. Mecanismo de Ação dos Antimicrobianos MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS 9 Principais mecanismos de ação dos antimicrobianos 1 2 3 4 Mecanismo de Ação dos Antimicrobianos Características gerais Ø Sinônimos è TSA ou antibiograma; Ø Notável importância clínica e terapêutica; Ø Realizados para detecção de resistência de bactérias isoladas de amostras clínicas representativas de processo infeccioso, nos quais a sensibilidade aos antimicrobianos não é previsível; Ø Resultados è Influenciados por diferentes fatores havendo a necessidade de padronizações extremamente rígidas; Ø Principais métodos è Disco-difusão, microdiluição em caldo, macrodiluição em caldo, difusão em ágar e E-test; Características gerais Ø Parâmetros a serem observados na realização dos testes de susceptibilidade aos antimicrobianos: ü pH do meio de cultura è Entre 7,2 e 7,4; ü Concentração de cátions è Principalmente cálcio e magnésio; ü Padronização do inóculo è Equivalente à escala 0,5MF (MacFarland è 1,5x108 UFC/mL ); ü Espessura do meio de cultura; ü Temperatura de incubação; ü Atmosfera de incubação; ü Meio padrão è Müeller-Hinton. Parâmetros a serem observados na realização dos testes de susceptibilidade aos antimicrobianos: pH do meio de cultura Ö Entre 7,2 e 7,4; Concentração de cátions Ö Principalmente cálcio e magnésio; Padronização do inóculo Ö Equivalente à escala 0,5MF; Espessura do meio de cultura; Temperatura de incubação; Atmosfera de incubação; Meio padrão Ö Müeller-Hinton. Características Gerais Características gerais Ø Parâmetros a serem observados na realização dos testes de susceptibilidade aos antimicrobianos: Parâmetros a serem observados na realização dos testes de susceptibilidade aos antimicrobianos: 20mL de meio 4mm de espessura Meio de Müeller-Hinton Antibiótico Halo de inibição Características Gerais Características gerais Ø Seleção dos antimicrobianos: ü O laboratório tem a responsabilidade de testar e reportar os antimicrobianos mais apropriados para o microrganismo isolado e o sítio de infecção; ü Os antimicrobianos testados e reportados pelo laboratório devem ser adequados para o tipo de hospital ou instituição; ü As orientações sobre os antimicrobianos mais adequados para cada grupo de microrganismos são publicadas e atualizadas anualmente nos Manuais de Interpretação, como CLSI ou EUCAST Características gerais Ø Controle de qualidade: ü Monitorar a precisão e acurácia dos procedimentos aplicados nos testes, verificar a qualidade dos materiais empregados e o desempenho do técnico que conduz o teste e finaliza o exame; ü Cepas-padrões (ATCC – American Type Culture Collection) Características Gerais Controle de qualidade 9 Monitorar a precisão e acurácia dos procedimentos aplicados nos testes, verificar a qualidade dos materiais empregados e o desempenho do técnico que conduz o teste e finaliza o exame; 9 Cepas-padrões (ATCC – American Type Culture Collection) - Escherichia coli ATCC 25922 - Haemophilus influenzae ATCC 49766 - Klebsiella pneumoniae ATCC 700603 - Enterococcus faecalis ATCC 51299 - Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 - Escherichia coli ATCC 35218 - Staphylococcus aureus ATCC 25293 - Haemophilus influenzae ATCC 49247 - Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 - Enterococcus faecalis ATCC 29212 Procedimento Laboratorial 1) Método de Disco Difusão ou Método de Kirby-Bauer v Método qualitativo Procedimento Laboratorial 1) Método de Disco Difusão ou Método de Kirby-Bauer Método qualitativo Cultura pura Escala 0,5MF Com auxílio de swab Aplicação dos discos Crescimento confluente Incubação Leitura e interpretação / CLSI ou EUCAST Procedimento Laboratorial 2) Métodos quantitativos (Determinação da Concentração Inibitória Mínima – CIM) v Macrodiluição em caldo Procedimento Laboratorial 2) Métodos quantitativos (Determinação da Concentração Inibitória Mínima – CIM) Macrodiluição em caldo 16,0 4,0 2,0 1,0 0,5 0,25 C 8,0 Antimicrobiano + Suspensão bacteriana Incubação ideal e interpretação dos resultados Procedimento Laboratorial 2) Métodos quantitativos (Determinação da Concentração Inibitória Mínima – CIM) Procedimento Laboratorial 2) Métodos quantitativos (Determinação da Concentração Inibitória Mínima – CIM) 16,0 4,0 2,0 1,0 0,5 0,25 C 8,0 Antimicrobiano Crescimento bacteriano Ausência de crescimento Interpretação dos resultados - “Break-point” Ö Entre os tubos 4 e 5 (concentrações de 2,0 e 1,0); - CMI Ö 2,0mg/dL Procedimento Laboratorial 2) Métodos quantitativos (Determinação da Concentração Inibitória Mínima – CIM) v Microdiluição em caldo Procedimento Laboratorial 2) Métodos quantitativos (Determinação da Concentração Inibitória Mínima – CIM) Microdiluição em caldo Cultura pura Escala 0,5MF Leitura e interpretação / CLSI ou EUCAST Diluição 1/10 Com auxílio de um inoculador Procedimento Laboratorial 2) Métodos quantitativos (Determinação da Concentração Inibitória Mínima – CIM) v Teste Epsilométrico ou E-Test ou Teste E Procedimento Laboratorial 2) Métodos quantitativos (Determinação da Concentração Inibitória Mínima – CIM) Teste Epsilométrico ou E-Test ou Teste E Cultura pura Escala 0,5MF Com auxílio de swab Aplicação das fitas Crescimento confluente Incubação Leitura e interpretação / CLSI ou EUCAST Interpretação e relato dos resultados 1- Sensível ! em geral significa que a infecção devida ao microrganismo estudado pode ser adequadamente tratada com a dosagem habitual do antimicrobiano testado e recomendado para este tipo de infecção. 2- Intermediário ! significa que o microrganismo pode ser inibido por concentrações atingíveis de certas drogas se doses maiores puderem ser administradas ou se a infecção ocorre em local onde o antimicrobiano é fisiologicamente concetrado (trato urinário, por ex.) 3- Resistente ! quando o isolado não é inibido pela concetração do antimicrobiano obtida no local da infecção ou quando o microrganismo patogênico apresenta mecanismos específicos de resistência. Resultados que não devem ser liberados An#microbianos Microrganismos Cefalosporinas de 1a e 2a gerações e aminoglicosídeos Salmonella e Shigella isoladas de fezes Betalactâmicos e carbapenens Staphylococcus spp. resistentesà oxacilina Cefalosporinas, aminoglicosídeos, clindamicina e sulfametoxazol/ trimetoprima Enterococcus spp. Cefalosporinas Listeria spp Detecção de fenótipos de resistência 1) Pesquisa fenotípica de Staphylococcus aureus resistentes a meticilina • Ágar Mueller Hinton • Disco de 30 µg de cefoxitina • Interpretação: ≤ 21mm = Resistente a meticilina Detecção de fenótipos de resistência 2) Teste D para detecção de resistência induzida a clindamicina (lincosaminas) • Ágar Mueller Hinton • Disco de 15 µg de eritromicina e 2 µg de clindamicina (15 a 20 mm) • Caracterização dos fenótipos de resistência: o Fenótipo M è resistência apenas aos macrolídeos o Fenótipo MLSbc ! resistência constitutiva a macrolídeos e lincosaminas o Fenótip MLSbi ! resistência constitutiva a macrolídeos e induzida a lincosaminas Detecção de fenótipos de resistência Detecção de fenótipos de resistência ERI CLI ERI CLI Fenótipo iMLSb Fenótipo cMLSb REPORTAR COMO RESISTENTE A CLINDAMICINA
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