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Introdução à Biologia Molecular. PROFA RESPONSÁVEL: DRA. ELIANE PATRÍCIA CERVELATTI ➢ OBJETIVOS Descrever os princípios básicos sobre: I) Análise do DNA após a sua extração II) Reação de PCR e sua utilização no diagnóstico molecular III) Enzimas de restrição ▪ A obtenção do DNA que será analisado é uma etapa crucial ➢ INTRODUÇÃO DNA ▪ Extração do DNA ➢ INTRODUÇÃO Ressuspender em H2O ultra pura e manter a -20 °C Análise dos resultados ELETROFORESE ELETROFORESE ▪ Permite a separação de macromoléculas (proteínas e ácidos nucléicos) diferentes tamanhos, carga ou conformação. ➢ INTRODUÇÃO ▪ Moléculas são colocadas em um campo elétrico e migram para o pólo positivo ou negativo. Proteínas (carga líquida negativa ou positiva) DNA (carga negativa – grupo fosfato) ✓Moléculas com carga positiva pólo negativo; ✓Moléculas com carga negativa pólo positivo. ▪ Separa fragmentos de DNA de diferentes tamanhos. ▪ O DNA é carregado em um poço do gel e este é submetido a um campo elétrico. ➢ Técnica de eletroforese de DNA Pólo negativo Pólo positivo • Moléculas maiores de DNA migram com mais dificuldade do que as menores. Em corridas de eletroforese, o DNA menor sempre ganha! Pólo negativo Pólo positivo - - - - • Eletroforese ocorre dentro de uma matriz ou gel agarose acrilamida ➢ Aspectos gerais da eletroforese Possibilitam a separação dos fragmentos (eficiência depende da concentração do polímero) Formam tramas de poros de tamanhos variáveis ➢ Materiais usados na eletroforese de gel de agarose: Funcionamento da eletroforese Fonte de eletroforese Cuba de eletroforese (1); bandejas (2) e pentes (3) para montagem do gel 1 2 2 3 • Tampão de eletroforese (corrida) Tris-acetato-EDTA (TAE) ou Tris-borato-EDTA (TBE). • Tampão de amostra material denso (glicerol por ex.) e com cor para ver migração da amostra. ➢ Materiais usados na eletroforese de gel de agarose: • Corante fluorescente usado para corar ácidos nucléicos (ex: brometo de etídeo, sybr green) • Transiluminador (caixa de luz UV), usado para visualizar o DNA (sempre usar proteção nos olhos ) ➢ Materiais usados na eletroforese de gel de agarose: ▪ AGAROSE ➢ Aspectos gerais da eletroforese ✓ Polissacarídeo extraído de alga marinha ✓ Não é tóxico ✓ Fácil preparo ✓ Concentração variável (ex: 0,5 a 2%) ➢ Preparo de um gel de agarose para DNA ➢ Preparo de um gel de agarose para DNA ➢ Preparo de um gel de agarose para DNA ➢ Preparo de um gel de agarose para DNA ➢ Preparo de um gel de agarose para DNA ➢ Preparo de um gel de agarose para DNA Visualização do resultado: transiluminador ➢ Preparo de um gel de agarose para DNA Visualização do resultado: transiluminador ➢ Preparo de um gel de agarose para DNA ➢ ANÁLISE DO TRAMANHO DOS FRAGMENTOS GERADOS ▪ Marcadores de peso molecular Marcador de peso molecular 50pb Marcador de peso molecular 100pb Marcador de peso molecular lambda HindIII ➢ ANÁLISE DO TRAMANHO DOS FRAGMENTOS GERADOS 1. Tamanho da molécula de DNA 2. Concentração da agarose ➢ Parâmetros que interferem na migração do DNA no gel de agarose ➢ Definirá o tamanho dos poros a serem atravessados pelas moléculas em migração. ➢ Geis muito concentrados oferecerão maior resistência à migração das moléculas. 3. Corrente aplicada - maior resolução dos fragmentos de DNA: géis não devem ser submetidos a voltagens maiores que 5 V/cm 4. Temperatura - géis contendo menos de 0,5% de agarose são muito frágeis e devem ser corridos a 4 oC ➢ Parâmetros que interferem na migração do DNA no gel de agarose REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR) Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain Reaction) ➢ Desenvolvida por Kary Banks Mullis em 1983 Nobel de química de 1993 pelo desenvolvimento dessa técnica ➢ Técnica rápida para a produção de cópias de DNA em laboratório ➢ Usa os elementos básicos da replicação natural do DNA ➢ Trabalha com amostras mínimas de DNA Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain Reaction) Síntese de DNA realizada pelas células Síntese de DNA realizada através do PCR • Primers • nucleotídeos livres (A, T, C e G) • DNA (molde) • DNA polimerase DNA polimerase DNA helicase primase Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain Reaction) ▪ Primers (oligonucleotídeos) ✓ Segmento de DNA (15 a 40 pb) ✓ ‘Desenhado’ baseando-se na sequencia que se deseja amplificar ✓ Determinam a região do DNA que será copiada ✓ Adquiridos comercialmente Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain Reaction) Exemplo: 5´ GCTAATCGTACCGAGACGCT 3´ • Apenas uma região de interesse será amplificada Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain Reaction) ➢ Etapas da Reação em Cadeia da Polimerase ➢ Consiste em 3 etapas básicas que se repetem de forma cíclica: 1. Desnaturação 2. Anelamento 3. Extensão Mudanças cíclicas de temperatura ➢ Etapas da Reação em Cadeia da Polimerase 1. DESNATURAÇÃO • Temperatura elevada a 95 ou 94ºC • Ocorre a separação das cadeias de nucleotídeos do DNA ➢ Etapas da Reação em Cadeia da Polimerase 2. ANELAMENTO • Temperatura entre 55 a 70 ºC • primers se ligam a região complementar no DNA molde ➢ Etapas da Reação em Cadeia da Polimerase 3. EXTENSÃO • Temperatura: 72 ºC • DNA polimerase realiza a síntese da cadeia complementar ➢ Etapas da Reação em Cadeia da Polimerase REPETIÇÃO DO CICLO 30 A 35 VEZES 1. Desnaturação 2. Anelamento 3. Extensão ▪ Uso do termociclador: Aparelho capaz de realizar mudanças cíclicas na temperatura de acordo com a programação pré-estabelecida Termociclador ➢ Etapas da Reação em Cadeia da Polimerase Visualização dos produtos de PCR: eletroforese ➢ Biologia molecular no diagnóstico clínico: uso do PCR • PCR é capaz de detectar e identificar quase todos os microrganismos que são interessantes para fins clínicos através da amplificação de qualquer fragmento de DNA desde que a sequência seja conhecida ➢ Biologia molecular no diagnóstico clínico: uso do PCR ❖ PCR permite a detecção rápida de microrganismos não cultiváveis Ex: Treponema pallidum (bactéria agente da sífilis) ❖ PCR permite a detecção rápida de microrganismos de crescimento lento Ex: Mycobacterium kansaii – lesões pulmonares ➢ Biologia molecular no diagnóstico de leishmaniose • Mostra diferenças entre as espécies de Leishmania, além de ser utilizada para análise de dados epidemiológicos, prognóstico e tratamento. Fonte: Lipay, Monica V., N. e Bianca Bianco. Biologia Molecular - Métodos e Interpretação . Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2015. ➢ Biologia molecular: uso do PCR na determinação do sexo do feto a partir da oitava semana de desenvolvimento Cariótipo masculino Cariótipo feminino ➢ Biologia molecular: uso do PCR na determinação do sexo do feto a partir da oitava semana de desenvolvimento • Uso de primers específicos para o cromossomo Y • Quando a amplificação ocorre • Quando a amplificação não ocorre MENINA MENINO ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: SÍTIOS DE RECONHECIMENTO • Reconhecem e cortam sítios específicos de diferentes tamanhos (4 a 8 nucleotídeos) e composição de bases: sítio de restrição ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: NOMENCLATURA EcoRI Escherichia coli BamHI Bacillus amyloliquefaciens RH BglII Bacillus globigii PvuII Proteus vulgaris HindIII Haemophilus influenzae Rd HinfI Haemophilus influenzae Rf Sau3A Staphylococcus aureus AluI Arthrobacter luteus TaqI Thermus aquaticus HaeIII Haemophilus aegyptius NotI Nocardia otitidis-caviarum Enzima Microrganismo ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: SÍTIOS DE RECONHECIMENTO • Seqüência palindrômica: tem um eixo de simetria e a seqüência de bases de uma fita é a mesma da fita complementar, quando lida na direção oposta. HaeIII 5´GGCC 3´ 3´CCGG 5´ HindIII 5´AAGCTT 3´ 3´TTCGAA 5´ Enzima Sítio de restrição➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: SÍTIOS DE RECONHECIMENTO ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: TIPOS DE CLIVAGEM ➢ Há 2 tipos distintos de clivagens: ✓ Os dois cortes ocorrem no eixo de simetria da seqüência específica, gerando extremidades abruptas ✓ cortes são feitos simetricamente, porém, fora do eixo de simetria, gerando extremidades coesivas. ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: FREQUENCIA DE CORTE ✓ Número e freqüência de ocorrência dos sítios de restrição depende do tamanho dos sítios de restrição. ✓ Assumindo uma proporção de 50% G+C: sítio de 4 bases deverá ocorrer a cada 44 = 256 bases sítio com 6 bases a cada 46 = 4096 bases sítio com 8 bases a cada 48 = 65536 bases 1 2 Eletroforese em gel agarose. 1 – DNA íntegro; 2 – DNA digerido com a enzima SacI ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS ▪ Eletrofose: permite a separação dos fragmentos gerados de acordo com o tamanho de cada um deles. ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: ligação de fragmentos para gerar um DNA recombinante ➢ Enzima DNA ligase Restabelece as ligações entre os grupos fosfato 5´ e hidroxilo 3´, numa reação dependente de ATP ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: ligação de fragmentos para gerar um DNA recombinante Unir fragmentos com extremidades não compatíveis A T C G G G G G C A T A C G T A C G C C C C G T A C G C C C C C A G G T A A T G C G G G G G ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: ligação de fragmentos para gerar um DNA recombinante Unir fragmentos com extremidades não compatíveis Preenchimento com a enzima Klenow União dos fragmentos com a enzima DNA ligase A T C G G G G G C A T A C G T A C G C C C C G T A C G C C C C C A G G T A A T G C G G G G G A T C G G G G G C A T A C G T A C G C C C C G T A T G C A T C G G G G G C A T A C G T A C G C C C C G T A T G C A G G T A A T G C G G G G G T C C A T T A C G C C C C C A G G T A A T G C G G G G G T C C A T T A C G C C C C C ➢ ENZIMAS DE RESTRIÇÃO: ligação de fragmentos para gerar um DNA recombinante Unir fragmentos com extremidades não compatíveis Preenchimento com a enzima Klenow União dos fragmentos com a enzima DNA ligase A T C G G G G G C A T A C G T A C G C C C C G T A C G C C C C C A G G T A A T G C G G G G G A T C G G G G G C A T A C G T A C G C C C C G T A T G C T C C A T T A C G C C C C C A G G T A A T G C G G G G G A T C G G G G G C A T A C G T A C G C C C C G T A T G C T C C A T T A C G C C C C C A G G T A A T G C G G G G G