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Engenharia Civil Interdisciplinar 
 
 
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Introdução as normas de desempenho 
A norma NBR 15575 foi redigida segundo modelos internacionais de normalização de desempenho. Ou 
seja, para cada necessidade do usuário e condição de exposição, aparece a sequência de Requisitos de 
Desempenho, Critérios de Desempenho e respectivos Métodos de Avaliação. O conjunto normativo 
compreende seis partes: 
Parte 1: Requisitos gerais; 
Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais; 
Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos; 
Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas; 
Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas; e 
Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários. 
Cada parte da norma foi organizada por elementos da construção, percorrendo uma sequência de 
exigências relativas à segurança (desempenho mecânico, segurança contra incêndio, segurança no uso 
e operação), habitabilidade (estanqueidade, desempenho térmico e acústico, desempenho lumínico, 
saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil) e sustentabilidade 
(durabilidade, manutenibilidade e adequação ambiental). 
DEFINIÇÕES E CONCEITOS 
Desempenho - Comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas. 
Norma de desempenho - Conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para uma edificação 
habitacional e seus sistemas, com base em requisitos do usuário, independentemente da sua forma ou dos 
materiais constituintes. 
Requisitos de desempenho - Condições que expressam qualitativamente os atributos que a edificação 
habitacional e seus sistemas devem possuir, a fim de que possam atender aos requisitos do usuário. 
Critérios de desempenho - Especificações quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em 
termos de quantidades mensuráveis, a fim de que possam ser objetivamente determinados. 
Usuário - Proprietário, titular de direitos ou pessoa que ocupa edificação habitacional. 
 
Comentário 
A norma 15575 aplica-se a edificações habitacionais com qualquer número de pavimentos. O texto normativo 
apresenta as ressalvas necessárias no caso de exigências aplicáveis somente para edificações de até cinco 
pavimentos. A norma não se aplica a: 
 obras já concluídas / construções pré-existentes; 
 obras em andamento na data da entrega em vigor da norma; 
 projetos protocolados nos órgãos competentes até a data de entrada em vigor da norma; 
 obras de reforma ou retrofit; 
 edificações provisórias. 
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Durabilidade - Capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar suas funções ao longo 
do tempo, sob condições de uso e manutenção especificadas no Manual de Uso, Operação e 
Manutenção. 
 
Comentário 
O termo “durabilidade” expressa o período esperado de tempo em que um produto tem potencial de cumprir 
as funções a que foi destinado, num patamar de desempenho igual ou superior àquele predefinido. Para 
tanto, há necessidade de correta utilização, bem como de realização de manutenções periódicas em estrita 
obediência às recomendações do fornecedor do produto, sendo que as manutenções devem recuperar 
parcialmente a perda de desempenho resultante da degradação, conforme ilustrado na Figura 1.: 
 
REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO 
A Parte 1 debruça principalmente sobre as interfaces entre os diferentes elementos e sistemas, 
procurando focar o desempenho da construção como um todo, como por exemplo no caso do 
desempenho térmico, onde incluem simultaneamente fachadas, cobertura, etc. Desta forma, a primeira 
parte da ABNT NBR 15575 se refere às exigências dos usuários e aos requisitos gerais comuns aos 
diferentes sistemas, estabelecendo as diversas interações e interferências entre estes. 
INCUMBÊNCIAS 
Para que se atinja e se mantenha o desempenho pretendido durante o prazo de vida útil de projeto, a 
norma estabelece incumbências para incorporadores, construtores, projetistas, usuários e outros. 
De acordo com a norma NBR 15575, o processo das habitações, nas suas diferentes fases, requer ações 
concretas dos diferentes intervenientes visando atingir e manter os níveis de desempenho 
pretendidos. 
Incorporador 
Salvo convenção escrita, é da incumbência do incorporador, de seus prepostos e/ou dos projetistas 
envolvidos, dentro de suas respectivas competências, e não da empresa construtora, a identificação 
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dos riscos previsíveis na época do projeto, devendo o incorporador, neste caso, providenciar os 
estudos técnicos requeridos e alimentar os diferentes projetistas com as informações necessárias. 
Como riscos previsíveis, exemplifica-se: 
 presença de aterro sanitário na área de implantação do empreendimento; 
 contaminação do lençol freático; 
 presença de agentes agressivos no solo e outros riscos ambientais. 
Construtor 
Ao construtor ou incorporador cabe elaborar o manual de operação uso e manutenção, ou documento 
similar, conforme 3.18, atendendo à ABNT NBR 14037 e ABNT NBR 5674, que deve ser entregue ao 
proprietário da unidade quando da disponibilização da edificação para uso, cabendo também elaborar 
o manual das áreas comuns, que deve ser entregue ao condomínio. 
Recomenda-se que os Manuais de Uso, Operação e Manutenção registrem os correspondentes prazos 
de Vida Útil de Projeto (VUP) e, quando for o caso, os prazos de garantia oferecidos pelo construtor ou 
pelo incorporador, recomendando-se que esses prazos sejam iguais ou maiores que os apresentados 
no Anexo D da Norma NBR 15575 – 1. 
Fornecedor de insumo, material, componente e/ou sistema 
Caracterizar o desempenho do componente, elemento ou sistema fornecido, de acordo com a norma 
NBR 15575, o que pressupõe fornecer também o prazo de vida útil previsto para o produto, os 
cuidados na operação e na manutenção, etc. Podem também ser fornecidosresultados comprobatórios 
do desempenho do produto com base em normas internacionais ou estrangeiras compatíveis com a 
NBR 15575. 
Projetista 
Os projetistas devem estabelecer e indicar nos respectivos memoriais e desenhos a Vida Útil de Projeto 
(VUP) de cada sistema que compõe a obra, especificando materiais, produtos e processos que 
isoladamente, ou em conjunto, venham a atender ao desempenho requerido. Para que a VUP possa ser 
atingida, o projetista deve recorrer às boas práticas de projeto, às disposições de normas técnicas 
prescritivas, ao desempenho demonstrado pelos fabricantes dos produtos contemplados no projeto e a 
outros recursos do estado da arte mais atual. 
Quando as normas específicas de produtos não caracterizem desempenho, ou quando não existirem 
normas específicas, ou quando o fabricante não publicar o desempenho de seu produto, é 
recomendável ao projetista solicitar informações ao fabricante para balizar as decisões de 
especificação. 
Quando forem considerados valores de VUP maiores que os mínimos estabelecidos nesta norma, estes 
devem constar dos projetos e/ou memorial de cálculo. 
Usuário 
Ao usuário da edificação habitacional, proprietário ou não, cabe utilizar corretamente a edificação, não 
realizando sem prévia autorização da construtora e/ou do Poder Público alterações na sua destinação, 
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nas cargas ou nas solicitações previstas nos projetos originais. Cabe ainda realizar as manutenções 
preventivas e corretivas de acordo com o estabelecido no Manual de Uso, Operação e Manutenção do 
imóvel, redigido de acordo com a norma ABNT NBR 14037, efetuando a gestão e registro documentado 
das manutenções de acordo com a norma ABNT NBR 5674. 
DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E ENTORNO 
A NBR 15575 estabelece que, para edificações ou conjuntos habitacionais com local de implantação 
definido, os projetos devem ser desenvolvidos com base nas características geomorfológicas do local, 
avaliando-se convenientemente os riscos de deslizamentos, enchentes, erosões e outros. Devem ainda 
ser considerados riscos de explosões oriundas do confinamento de gases resultantes de aterros 
sanitários, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providências 
necessárias para que não ocorram prejuízos à segurança e à funcionalidade da obra. 
Os projetos devem ainda prever as interações com construções existentes nas proximidades, 
considerando-se as eventuais sobreposições de bulbos de pressão, efeitos de grupo de estacas, 
rebaixamento do lençol freático e desconfinamento do solo em função do corte do terreno. Do ponto de 
vista da segurança e estabilidade ao longo da vida útil da estrutura, devem ser consideradas as 
condições de agressividade do solo, do ar e da água na época do projeto, prevendo-se, quando 
necessário, as proteções pertinentes à estrutura e suas partes. 
 
Recomendações 
É vital o conhecimento e a familiarização dos empreendedores e técnicos com o local da obra, procurando-se 
conhecer antecedentes relativos à presença de indústrias, aterros sanitários e outros. A ocorrência de 
número significativo de matacões no terreno, a necessidade de descontaminação do solo e a de extensas 
contenções, por exemplo, devem obrigatoriamente compor a engenharia financeira do empreendimento, 
podendo comprometer sua viabilidade caso não sejam convenientemente considerados. Consultas à 
prefeitura local, órgãos ambientais, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e construtores ou projetistas que atuam 
no local da obra sempre podem trazer informações importantes. 
Devem ser providos os levantamentos topográficos, geológicos e geotécnicos necessários, executando-se 
terraplenagem, taludes, contenções e outras obras de acordo com as normas aplicáveis (NBR 8044, NBR 
5629, NBR 11682, NBR 6122 etc). 
REFERÊNCIAS NORMATIVAS 
ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Procedimentos 
ABNT NBR 14037, Manual de operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo e recomendações 
para elaboração e apresentação 
ABNT NBR 15575 - Edificações Habitacionais — Desempenho - Parte 1: Requisitos gerais

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