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INFOMAÇÕES SOBRE O TESTE DE DOPING 
E O USO DE MEDICAMENTOS NO 
ESPORTE PARAOLÍMPICO
Comitê Paraolímpico Brasileiro
INFOMAÇÕES SOBRE O TESTE DE DOPING 
E O USO DE MEDICAMENTOS NO 
ESPORTE PARAOLÍMPICO
COMITÊ PARAOLÍMPICO BRASILEIRO
Departamento Médico
Segunda Edição
Brasília, Brasil.
Ano 2008
AUTORES
ROBERTO VITAL
Departamento Médico, Comitê Paraolímpico Brasileiro.
EDUARDO HENRIQ,UE DE ROSE
Bureau de Fundação, Agência Mundial Antidoping.
HESOJY GLEY PEREIRA VITAL DA SILVA
Departamento Médico, Comitê Paraolímpico Brasileiro
ANDREW PARSONS 
Secretário Geral, Comitê Paraolímpico Brasileiro
FRANCISCO RADLER DE AQUINO NETO
Laboratório de Controle de Dopagem, Instituto de Química, UFRJ.
SUMÁRIO
PRÓLOGO ................................................................................................................................7
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE ..................................................................................................8
RECOMENDAÇÕES DO IPC .....................................................................................................9
INÍCIO DO DOPING ..................................................................................................................11
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO ATLETA PARAOLÍMPICO ....................................................14
Classificação funcional .....................................................................................................14
Princípios gerais para classificação ..................................................................................15
Elegibilidade para competir...............................................................................................16
Processo de classificação ................................................................................................16
DEFINIÇÃO DE DOPING ...........................................................................................................19
TIPOS DE CONTROLE ANTIDOPING EXISTENTES ....................................................................20
Controle em competição ...................................................................................................20
Controle fora de competição:............................................................................................20
Controle de saúde .............................................................................................................20
Controle de doping para animais competindo em esportes ..............................................22
Controle dos equipamentos: .............................................................................................23
AUTORIZAÇÃO PARA USO TERAPÊUTICO DE SUBSTÂNCIAS RESTRITAS E PROIBIDAS ........23
A LISTA DE SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS DA AGENCIA MUNDIAL ANTIDOPING ..24
Substâncias proibidas ......................................................................................................25
S1. Agentes anabólicos .......................................................................................25
S2. Hormônios e substâncias afins .....................................................................28
S3. Beta-2 Agonistas...........................................................................................29
S4. Agentes com atividade anti-estrôgênica Antagonistas de hormônios e modula-
dores ...................................................................................................................29
S5. Diuréticos e outros agentes mascarantes .....................................................30
Métodos proibidos ............................................................................................................30
M1. Aumento do carreamento de oxigênio .........................................................30
M2. Manipulação química e física da urina .........................................................31
M3. Doping genético ...........................................................................................31
SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS EM COMPETIÇÃO ...................................................32
Substâncias proibidas ......................................................................................................32
S6. Estimulantes .................................................................................................32
S7. Narcóticos .....................................................................................................33
S8. Canabinóides .................................................................................................33
S9. Glicocorticosteróides ....................................................................................33
Substâncias proibidas em um esporte específico .............................................................33
P1. Álcool ............................................................................................................33
P2. Beta-bloqueadores ........................................................................................34
Substâncias especificadas ...............................................................................................35
RELAÇÃO DE FÁRMACOS PERMITIDOS .................................................................................36
O USO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES E PRODUTOS NATURAIS ......................................40
PROGRAMA DE CONTROLE ANTIDOPING DO COMITÊ PARAOLÍMPICO BRASILEIRO (CPB) ...41
O PROGRAMA DE TESTES DO COMITÊ PARAOLÍMPICO BRASILEIRO (CPB) ..........................42
OS DIREITOS E AS RESPONSABILIDADES DOS ATLETAS .......................................................44
CUIDADOS MÉDICOS DISPENSADOS AOS ATLETAS ..............................................................46
BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................47
COLABORADORES ..................................................................................................................48
ANEXOS ..................................................................................................................................49
Formulário de isenção de uso terapêutico (IUT). .....................................................................49
9
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
PRÓLOGO
O Comitê Paraolímpico Brasileiro luta pela 
adoção no País de um programa exemplar de 
orientação aos atletas paraolímpicos com re-
lação aos perigos do doping no esporte.
É preciso sejam repassadas informações ad-
equadas sobre o uso de medicamentos no es-
porte aos atletas paraolímpicos para que eles 
conheçam, cada vez mais, as substâncias e 
métodos proibidos com objetivo de evitar o 
uso destes artifícios que contenham elemen-
tos dopantes; como exemplo temos os es-
teróides anabólicos, corriqueiros em pontos 
de vendas e farmácias de todo o Brasil. Uma 
base sólida de conhecimento sobre o doping 
resulta numa atitude firme, decidida e perfei-
tamente adequada ao espírito esportivo e à 
valorização do esporte como instrumento de transformações sociais. 
O doping aumenta a performance de maneira artificial, prejudica a saúde e bate de frente contra 
os reais valores do esporte paraolímpico.
Na busca da melhora da performance com aumento artificial da massa e força muscular: o 
atleta deixa de ser ele próprio para ser um projeto de vitórias irreais. Perde a dignidade da 
superação. Em suas vitórias, na verdade, não é ele quem ganha; é o esporte que perde.
Este Manual Antidoping do Esporte Paraolímpico é o ponto de referência que o CPB pretende 
que seja transformado no “livro de cabeceira” do atleta, dos técnicos, dos médicos e da comu-
nidade paraolímpica brasileira. E espera que o atletaseja, ele próprio, o sinal de partida para a 
dura prova contra o doping.
Vital Severino Neto
Presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
10
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
As informações constantes neste documento e referentes à lista de substâncias e métodos 
proibidos e restritos são válidas somente até a data de 31 de dezembro de 2008. 
A partir desta data, a Agência Mundial Antidoping (AMA) emitirá uma nova lista de substâncias 
e métodos proibidos, bem como sua relação com as diversas modalidades esportivas. 
Para consultar esta lista após o mês de janeiro próximo, acesse a página da AMA em www.
wada-ama.org.
Comitê Paraolímpico Brasileiro:
www.cpb.org.br
Endereço: SBN, Quadra 02, Edifício Via Capital, 14º andar
CEP: 70.040-020
Brasília DF / Brasil
11
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
RECOMENDAÇÕES DO IPC
• A política do IPC de combate ao doping segue todas as diretrizes da WADA. Porém 
existem algumas peculiaridades do esporte paraolímpico que valem a pena serem 
ressaltadas neste documento. 
• O Comitê de combate ao doping do IPC é diretamente ligado à comissão médica e 
científica do IPC, assim como a comitê de classificação funcional. Ou seja, existe 
interligação entre os comitês médicos.
• O limite entre dose terapêutica e dose dopante de um medicamento dado a um 
atleta, que possui uma patologia de base, pode ser tênue. Daí o trabalho mais ar-
doroso das comissões de Isenção Terapêutica das entidades que trabalham com 
esporte paraolímpico, visto que a presença de tais patologias é extremamente mais 
comum entre atletas paraolímpicos. 
• As competições sancionadas pelo ICP devem obrigatoriamente ter controle de doping.
• A TUE (Isenção Terapêutica) do IPC é reconhecida diretamente pela WADA, e está 
no cadastro internacional on-line da WADA o ADAMS. 
• Para solicitações de TUE para as competições IPC sancionadas, deve-se encaminhar 
o pedido para as seguintes entidades internacionais:
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
12
• Uma das prioridades do IPC para 2008 é aumentar o controle fora de competição.
• Nos jogos paraolímpicos de Pequim, o IPC será responsável por todo o gerencia-
mento do controle de dopagem, inclusive com transferência de gerenciamento das 
federações internacionais para o IPC, além das isenções terapêuticas e gerencia-
mento de resultados.
• Estão planejadas coletas de exame antidoping para os jogos de Pequim desde 20 de 
Agosto de 2008 até 20 de Setembro de 2008, com testes sendo realizados dentro e 
fora de competição. Serão montadas estações de coleta nos ginásios e na policlínica.
• O IPC apresentou o seu posicionamento oficial a respeito de uso de cateteres. O 
Ceteter, para coleta de urina em Lesados Medulares, é considerado como objeto de 
uso pessoal, pelo risco de infecção e alergias ao uso de outras marcas ou modelos, 
que os atletas não estariam acostumados. Portando a coleta de urina por cateter 
será de inteira responsabilidade do atleta. Será considerado serviço complemen-
tar, a disponibilização de cateteres em estações de coleta de doping dos Jogos 
Paraolímpicos e em outros eventos regulamentados pelo IPC.
• Em Pequim, serão realizados exames de sangue e urina, e analisados no laboratório 
de Pequim, que é acreditado pela WADA, com resultados negativos sendo emitidos 
em 36 a 72 horas.
• Certificações de TUE das federações internacionais serão aceitas para os jogos 
paraolímpicos pelo IPC.
• Abaixo o número previsto para os próximos jogos paraolímpicos. Neles, percebe-se 
o aumento geral, tanto em competição quando fora de competição.
13
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
INÍCIO DO DOPING1
A palavra doping provavelmente é derivada do termo alemão dop, uma bebida alcoólica feita 
da casca da uva e utilizada pelos guerreiros Zulus com o objetivo de melhorar o desempenho 
em batalha. O uso do termo se tornou recorrente na virada do século XX, se referindo original-
mente às drogas ilegais utilizadas em corridas de cavalos. A prática do aumento de perform-
ance através do uso de substâncias ou outros métodos artificiais, no entanto, é tão antiga 
quanto o esporte competitivo em si. 
Os atletas da Grécia antiga eram conhecidos por utilizarem dietas especiais e poções estimu-
lantes para melhorar a força. Estriquinina, cafeína, cocaína e álcool foram freqüentemente uti-
lizados por ciclistas e outros atletas de provas de resistência durante o século XIX. Thomas 
Hicks venceu a maratona olímpica de Saint Louis em 1904 com a ajuda de ovo cru, injeções 
de estriquinina e doses de brandy (um tipo de licor alcoólico fermentado do vinho) administra-
das durante a corrida. A partir da década de 1920 se tornou evidente que eram necessárias 
restrições no uso de drogas no esporte.
PRIMEIRAS TENTATIVAS
Em 1928 a IAAF (Federação Internacional de Atletismo) se tornou a primeira federação espor-
tiva internacional a banir o uso de doping (substâncias estimulantes). Muitas outras federações 
internacionais acompanharam a medida, mas as restrições se mostraram pouco efetivas sem 
a realização de testes. O problema se tornou pior com o surgimento dos hormônios sintéticos, 
criados na década de 1930 e com seu uso crescente para fins de doping na década de 1950. A 
morte do ciclista dinamarquês Knud Enemark Jensen durante a competição nos Jogos Olímpi-
cos de Roma em 1960 (a autópsia revelou traços de anfetamina) aumentou a pressão para que 
as autoridades esportivas introduzissem testes de drogas. 
Em 1966 a UCI (ciclismo) e a FIFA (futebol) foram juntas as primeiras federações internacionais 
a introduzir testes de doping durante seus campeonatos mundiais. No ano seguinte o Comitê 
Olímpico Internacional (COI) instituiu sua comissão médica e definiu a primeira lista de substân-
cias proibidas. Os testes de drogas foram realizados pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de 
Inverno em Grenoble, na França, e nos Jogos Olímpicos do México em 1968. Um ano antes, a 
urgência dos esforços visando introduzir os testes antidoping foi reforçada com outra trágica 
morte, a do ciclista Tom Simpson durante a Tour de France.
1 Capítulo traduzido livremente do site da Agência Mundial Anti-Doping (www.wada-ama.org).
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
14
TESTES COMEÇAM A FUNCIONAR
A maior parte das federações internacionais introduziu os testes de drogas na década de 1970. 
O uso de esteróides anabolizantes estava se tornando generalizado, sobretudo nas modalidades 
que requeriam força, pois ainda não havia forma de detectar estas substâncias. Um teste con-
fiável foi finalmente introduzido em 1974 e o COI adicionou esteróides anabolizantes à lista de 
substâncias proibidas em 1976. Isso resultou num aumento exponencial de desqualificações 
pelo uso de drogas no final da década de 1970, notavelmente em esportes ligados ao uso da 
força, como arremessos e levantamento olímpico. 
O trabalho das agências antidoping se tornou complicado entre as décadas de 1970 e 1980 
pela suspeita de que alguns países estavam patrocinando o doping de atletas. No tocante à 
República Democrática da Alemanha, estas suspeitas foram confirmadas. O mais famoso caso 
de doping foi na década de 1980, com o campeão dos 100m rasos Ben Johnson, cujo teste 
deu positivo para estanazolol (esteróide anabolizante) nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. O 
caso de Johnson redobrou a atenção mundial à questão do doping num grau sem precedentes. 
Há uma evidente conexão entre o surgimento de testes mais efetivos e uma notável queda no 
nível dos altos resultados de alguns esportes na década de 1990.
NOVOS DESAFIOS
Enquanto a guerra contra estimulantes e esteróides estava produzindo resultados, a maior 
frente da guerra antidoping foi se deslocando para a questão do doping sanguíneo. O chamado“blood boosting” – remoção e posterior reinfusão de sangue do próprio atleta com o objetivo de 
aumentar o nível de hemoglobina conduzido pelo oxigênio – começou a ser praticado na década 
de 1970. O COI decretou essa estratégia como método de doping em 1986.
Outras formas de aumentar o nível de hemoglobina foram tentadas, no entanto. Uma delas foi 
a eritropoietina (EPO). A EPO foi incluída na lista de substâncias proibidas pelo COI em 1990, 
no entanto a luta contra a EPO foi longamente dificultada devido à demora em obter um teste 
confiável. Um teste de detecção de EPO baseado na combinação da análise de sangue e urina 
foi implementado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000. 
ESFORÇOS UNIDOS
Em 1998 uma grande quantidade de substâncias médicas proibidas foi encontrada pela polícia 
numa incursão durante a Tour de France. O escândalo foi seguido por uma grande reavaliação do 
papel das autoridades públicas no combate ao doping. Assim como ocorreu em 1963, a França se 
tornou o primeiro país a promulgar uma legislação antidoping. Outros países seguiram a medida, 
15
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
mas a cooperação internacional foi durante muito tempo restrita ao Conselho Europeu. Na década 
de 1980 houve um aumento marcante na cooperação internacional entre autoridades esportivas 
e várias agências governamentais. Antes de 1998 o debate ainda era travado em vários fóruns 
(COI, federações esportivas e governos, individualmente), resultando em diferentes definições, 
políticas e sanções. Um dos resultados dessa confusão foi que as sanções do doping foram 
freqüentemente disputadas e algumas vezes anuladas por cortes civis. 
O escândalo da Tour de France ressaltou a necessidade de criação de uma agência internac-
ional independente, que pudesse definir padrões para o trabalho anti-doping e coordenasse os 
esforços das organizações esportivas e autoridades públicas. O COI tomou a iniciativa e con-
vocou uma Conferência Mundial em Doping no Esporte na cidade de Lausanne, na Suíça, em 
1999. Seguindo o propósito da conferência, a Agência Internacional Anti-Doping (WADA) foi 
estabelecida no dia 10 de novembro de 1999. A WADA está estruturada em sua base por iguais 
representantes do movimento olímpico e autoridades públicas. Em 2001 a WADA mudou sua 
sede de Lausanne para Montreal. A nova sede da agência foi inaugurada em abril de 2002. 
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
16
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO ATLETA PARAOLÍMPICO
Na prática de qualquer modalidade esportiva para pessoa portadora de deficiência é necessário 
classificar os atletas paraolímpicos, ou seja, agrupar os mesmos com capacidades semelhan-
tes com o propósito de competir.
O Comitê Paraolímpico Brasileiro (C.P.B.) e conseqüentemente as Federações e associações 
filiadas, utiliza um sistema de elegibilidade segundo seus estatutos e seguem orientações, 
normas e regulamentos definidos para cada modalidade de desporto e tipo de deficiência (Fí-
sico-motora, Mental e Visual) adotada pelo Comitê Paraolímpico Internacional (I.P.C.) que são 
atualizados e aplicados em cada competição. 
QUEM PODE PARTICIPAR DAS MODALIDADES PARAOLÍMPICAS?
Só podem participar os atletas com alguma necessidade especial. De acordo com o Movimento 
Paraolímpico, estes atletas são divididos em seis diferentes grupos:
• Atleta com paralisia cerebral
• Atleta com lesão medular
• Atleta com amputação
• Atleta com deficiência visual
• Atleta com deficiência mental 
• Les autres (inclui todos os atletas com alguma deficiência de mobilidade não incluída 
nos grupos acima).
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Conceitualmente a classificação para a prática desportiva, para pessoas com deficiência, cons-
titui-se em um fator de nivelamento entre os aspectos da capacidade física e competitiva, na 
busca de colocar as deficiências semelhantes em um grupo determinado. Esse fator significa, 
para atletas deficientes, a tentativa de homogeneizar as disputas no intuito de tornar a compe-
tição entre indivíduos com várias seqüelas de deficiência mais justa e a mais equiparada pos-
sível (STROHKENDL, 1996). Neste mesmo sentido, Guttmann, (1976:35), o grande precursor 
do desporto paraolímpico descreve o objetivo da classificação em esporte de cadeira de rodas 
como: “Assegurar a competição justa e eliminar as possibilidades de injustiças entre partici-
17
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
pantes de classes semelhantes e dar prioridade para as mais severas desabilidades”.
O primeiro tipo de classificação para portadores de deficiência física foi desenvolvido na Ingla-
terra, em 1944, através de médicos e especialistas da área de reabilitação. Esta classificação 
foi desenvolvida para lesado medular parcial ou total, baseada no nível de lesão da medula2 
(DEPAUW e GAVRON, 1995); (PARALIMPIC SPIRIT, 1996). Pelo fato dessa classificação se 
fundamentar, exclusivamente, nas características médicas, observaram-se vários pontos dis-
cordantes com a prática desportiva, onde o atleta muitas vezes não utilizava seu verdadeiro 
potencial muscular. Dessa forma, SHERRIL (1993) relata ainda que esse sistema de classifica-
ção se mostrou problemático com o passar do tempo por classificar pessoas com lesões in-
completas, amputações e poliomielites, sendo incapaz de agrupar os vários tipos de deficiência 
e funcionalidade, resultando em um número excessivo de classes.
As bases iniciais da classificação funcional para o basquete em cadeiras de rodas foram pro-
postas pelo alemão Horst Strohkendl. O método consiste em uma categorização que o atleta 
recebe em função do seu volume de ação, ou seja, de sua capacidade de realizar movimentos, 
colocando em evidencia a potencialidade dos resíduos musculares de seqüelas de algum tipo 
de deficiência, bem como, os músculos que não foram lesados.
No que se refere à classificação funcional para o atletismo no Brasil foi ajustada gradativamente, 
iniciando pelas provas de pista, nos Interclubes de Atletismo, realizado em 1991, em Brasília.
PRINCÍPIOS GERAIS PARA CLASSIFICAÇÃO
• Cada modalidade esportiva determina seu próprio sistema de classificação, baseado 
nas habilidades funcionais para a performance básica do esporte escolhido. A habilidade 
funcional necessária independe do nível de habilidade ou treinamento adquirido.
• As classes, assim como o número de classes é determinado de acordo com a respectiva 
modalidade, assim como o possível aproveitamento das habilidades funcionais a serem 
utilizadas nos respectivos esportes.
• De acordo com a necessidade, a troca de classe precisa ser continuamente revista com 
o objetivo de a homogeneidade dentro das respectivas classes.
• As regras de classificação são parte das regras técnicas do esporte. Os classificadores 
credenciados devem ter acessos facilitados na área de competição.
2 Esta classificação era realizada por médicos através de testes neurológicos e de força muscular, sem preocupação com 
o resíduo muscular utilizado nas habilidades requeridas nas modalidades esportivas. 
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
18
ELEGIBILIDADE PARA COMPETIR
É considerado apto para participar do programa de esporte do IPC (Comitê Paraolímpico 
Internacional), o competidor que não pode participar no esporte convencional por levar 
desvantagem causada por uma seqüela permanente, porém a mínima deficiência é determinada 
por cada esporte, dependendo dos fatores funcionais. Desta forma o atleta pode ser elegível 
para uma certa modalidade e inelegível para outra.
PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO
O processo de classificação leva em consideração a característica da deficiência, bem como 
a especificidade da modalidade esportiva a ser praticada. Normalmente, a classificação segue 
três estágios de avaliação:
• a) Médica: diferentes seqüelas para tipos de deficiênciasiguais
1) Tipo de deficiência
2) Potencial Muscular
• b) Funcional: Modalidade esportiva e o tipo de prova a ser realizada pelo atleta (por exemplo, 
demonstração prática do movimento a ser realizado no momento da prova);
• c) Observação durante a competição: situação em condições reais para observação in 
loco da musculatura utilizada nos movimentos.
OBSERVAÇÃO:
Para efeito da avaliação de doping, deverá constar na ficha do atleta a sua classificação 
dentro da respectiva modalidade esportiva, assim, é importante que se conheçam as devidas 
classificações esportivas, e o seu perfil. 
Classificação do deficiente físico
O sistema utilizado pelo Comitê Paraolímpico Internacional (I.P.C.) para os portadores de 
deficiência física, denomina-se sistema de classificação funcional, que se baseia no potencial 
residual do atleta paraolímpico e não nas suas limitações motoras. Este sistema utiliza cálculos 
numéricos para definição da capacidade locomotora.
A capacidade locomotora é baseada nos testes:
• Determinação de pontos para o teste da força dos músculos (a força muscular é testada 
com base na escala do “Muscle Counch Research” – M.C.R.).
19
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
• Determinação de pontos para o teste de coordenação (baseado na disfunção: 
incoordenação, espasticidade, atetose e ataxia).
• Determinação de pontos para avaliação da mobilidade articular (medição da amplitude 
de movimentos ativos/ goniometria).
• Medida em centímetros do membro amputado (estas medidas são comparadas com 
tabelas precisamente elaboradas).
A avaliação da capacidade locomotora é feita inicialmente no teste de banco (maca) e posteriormente 
na piscina (natação), na quadra (basquete) na pista (atletismo), e com cada modalidade.
Atualmente cada modalidade paraolímpica possui seu próprio critério de classificação, baseado 
na filosofia da normalização e adota diversas escalas de qualificação para agrupar os atletas 
participantes. Por exemplo: o Basquete em Cadeira de Rodas possui quatro classes diferentes 
com mais quatro grupos intermediários, totalizando oito grupos de atletas que devem combinar-
se para participar de um jogo. Esta combinação deve fazer prevalecer uma regra: a soma das 
classes dos jogadores não deve exceder 14 pontos em quadra. Na natação, alguns estilos foram 
considerados semelhantes quanto às solicitações motoras e resultaram em 10 classes (S1 a 
S10 para estilos de crawl, costas e borboleta), enquanto outros foram considerados diferentes, 
resultando em mais 10 classes (SB1 a SB10 para peito e SM1 a SM10 para o Medley). No 
atletismo possuímos diversas classes separadas por grupos de deficiência, não caracterizando 
totalmente o sistema funcional. Outras modalidades ainda passam pelos mesmos problemas, 
e assim o sistema funcional que revolucionou o conceito de classificação esportiva na área do 
Esporte Adaptado, ainda esta em processo de construção e evolução.
Classificação do deficiente visual
O sistema de classificação dos atletas com de deficiência visual são organizadas e normatizadas 
pela Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (C.B.D.C.) que é filiada a Internacional 
Blind Sports Federation (I.B.S.A.) e são agrupados em três categorias que podem competir:
• B1 – desde a inexistência de percepção luminosa em ambos os olhos, até a percepção 
luminosa com incapacidade para distinguir formas em qualquer distância e em qualquer 
direção (praticamente cegos);
• B2 – visão parcial – grau mais severo
• B3 – visão parcial – grau mais leve
No judô os atletas são agrupados, sempre dentro de sua categoria de peso.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
20
Classificação do deficiente mental
O sistema de classificação dos atletas paraolímpicos, com deficiência mental é regulamentado 
e adaptado para cada modalidade esportiva, pela Associação Brasileira de Desporto de 
Deficientes Mentais (A.B.D.E.M.) que é filiada a Federação Internacional de Desporto para 
Portadores de Deficiência Mental (INAS-F.M.H.) e são agrupadas como leve, moderado e grave, 
baseados na aplicação dos testes psicológicos.
O sistema funcional de classificação esportiva propõe criação de escalas ordinais qualitativas, 
que visam agrupar atletas com possibilidades semelhantes de obter sucesso através da pratica 
do esporte. Não se importa mais com a deficiência e sim com a possibilidade da eficiência.
O objetivo do sistema de classificação é agrupar o atleta paraolímpico em uma mesma classe, 
com o intuito de assegurar um nível justo e adequado para o confronto entre aos participantes 
de cada modalidade.
21
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
DEFINIÇÃO DE DOPING
Considera-se como doping a utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar 
artificialmente o desempenho esportivo sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do 
atleta ou a de seus adversários, ou contra o espírito do jogo. Quando duas destas três condições 
estão presentes, pode caracterizar-se um doping, de acordo com o Código da Agencia Mundial 
Antidoping. (AMA).
O Código da AMA foi já aprovado tanto pelos distintos setores do Movimento Olímpico e 
Paraolímpico como pelas Autoridades Públicas dos cinco continentes, e entrou em vigor no dia 
1º de janeiro de 2004, propiciando uma harmonização de regras e procedimentos.
O doping contraria os princípios fundamentais do Olimpismo, do esporte, e da Medicina do 
Esporte. É proibida a sua prática, como também o é recomendar, propor, autorizar, relevar 
ou facilitar o uso de qualquer substância ou método incluído nesta definição. O progresso 
permanente da Farmacologia, da Medicina e das Ciências do Esporte, faz surgir constantemente 
novas formas de incrementar artificialmente o desempenho, o que torna necessário uma 
legislação dinâmica, atual e suficientemente abrangente.
Aqueles que de alguma forma participam ativamente do esporte de alto rendimento, como 
atletas, treinadores e médicos especializados, devem buscar atualizar-se constantemente para 
evitar o uso acidental de medicações que possam ocasionar uma infração da regra de doping.
O objetivo desta publicação é oferecer a possibilidade de uma consulta rápida para saber se um 
determinado produto, produzido no Brasil ou no exterior, pode ser utilizado durante uma competição 
esportiva ou fora dela, sem risco de sanções por uso de substância ou método proibido.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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TIPOS DE CONTROLE ANTIDOPING EXISTENTES
O controle de doping pode ser realizado em sangue ou urina. Existem basicamente dois tipos 
de controle antidoping:
CONTROLE EM COMPETIÇÃO
O controle “em competição” é realizado imediatamente após o término de uma competição 
esportiva.
CONTROLE FORA DE COMPETIÇÃO
O controle “fora de competição” pode ser efetuado a qualquer momento, durante um 
treinamento, na residência do atleta, e até mesmo algum tempo antes ou depois de uma 
competição esportiva.
As substâncias controladas nos dois tipos de testes não são as mesmas. Enquanto o exame 
“em competição” inclui todo o universo de classes de substâncias e de métodos proibidos, o 
exame “fora de competição” é mais específico, incluindo apenas os agentes anabolizantes, 
os hormônios peptídicos, alguns beta-2 agonistas, os agentes com atividade antiestrogênica 
e os diuréticos e mascarantes, além de todos os métodos proibidos. Estimulantes, narcóticos 
analgésicos e drogas sociais não são analisados neste tipo de controle.
Existe um terceiro tipo de teste, realizado imediatamente antes de uma competição. Este 
controle é designado como “controle de saúde”. 
Controle de saúde
Atletas olímpicos
Realizado imediatamente antes de uma competição, que é característico do ciclismo e de 
alguns esportes de inverno, como o esqui de fundo e a patinação de velocidade, sendo realizado 
apenasem sangue. 
O resultado pode eventualmente excluir o atleta de uma prova sem que, no entanto, seja 
considerado como um controle positivo de doping.
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
Atletas paraolímpicos
DISREFLEXIA AUTÔNOMA
Pessoas com lesão cervical ou torácica alta podem sofrer de reflexo simpático anormal chamado 
DISREFLEXIA AUTÔNOMA. Este reflexo é causado por estímulo doloroso da parte inferior do 
corpo, particularmente distensão ou irritação da bolsa urinária. Os sintomas da disreflexia são 
rápido aumento da pressão arterial, dor de cabeça, suor, manchas na pele e pele arrepiada. Em 
casos graves, confusão, hemorragia cerebral e até mesmo morte.
Este reflexo pode ocorrer espontaneamente ou pode ser deliberadamente causado 
(“Estimulação”). Como se trata de risco de vida, o Comitê Paraolímpico Internacional proíbe 
competição em estado de disreflexia.
Exames podem ser feitos por pessoas indicadas pelo Comitê Médico do IPC e ocorrerão a 
qualquer hora inclusive na sala de chamada ou demais áreas usadas pelos atletas para 
aquecimento antes do evento e a qualquer outro momento considerado apropriado.
A não cooperação é proibida e sujeita a desqualificação da competição.
Considera-se um estado de disreflexia de risco quando a pressão arterial sistólica é de 180 
mmhg ou mais. Um atleta com essa pressão arterial será reexaminado aproximadamente 10 
minutos após o primeiro exame. Se no segundo exame a pressão arterial sistólica permanecer 
acima de 180 mmHG o atleta não deverá participar da competição em questão naquele 
momento. Toda tentativa deliberada de induzir Disreflexia Autônoma é proibida e sujeita a 
desqualificação.
Se um atleta com lesão da espinha medular na altura de T6 ou acima é hipertenso, o atleta deve 
apresentar evidencia médica que a substancie antes da competição. Esta evidencia médica 
deve salientar a pressão arterial do atleta e o tratamento administrado. Esta evidência deve 
ser submetida ao TUE (Exceção para uso terapêutico). Atletas nesta categoria estão sujeitos a 
avaliações e verificação antes e durante a competição. O Comitê Médico do IPC acredita que o 
aumento da pressão arterial via uso de medicamentos seja desencorajada.
A questão da Disreflexia Autônomo é a priori de responsabilidade do Comitê Paraolímpico 
Nacional ao qual o atleta pertence. Essa responsabilidade inclui: assegurar que seu atleta 
não esteja disreflexivo antes de entrar na área de chamada, assegurar que o atleta não está 
fazendo uso de mecanismos que possam causar ou provocar disreflexia, seguir as instruções do 
representante do Comitê Médico do IPC (ou Médico Chefe de Competição caso o representante 
do Comitê Médico do IPC não estiver presente) na área de chamada, apresentar ao Comitê 
Médico do IPC uma lista com a pressão arterial de repouso de seus atletas que se encontram 
nesta situação.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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A não cooperação é proibida e sujeita a sanções impostas ao atleta e a seu Comitê Paraolímpico 
Nacional. Sanções podem incluir a retirada de atletas dos Comitês Paraolímpicos Nacionais de 
uma competição ou prova em particular.
Controle de doping para animais competindo em esportes
Regra antidoping
Em qualquer esporte que inclua animais na Competição, a Federação Internacional do respectivo 
esporte deverá estabelecer e implementar regra antidoping para os animais incluídos no 
esporte. A regra antidoping deverá incluir uma lista de Substâncias Proibidas, procedimentos 
adequados de Testes e uma lista de laboratórios aprovados para análise de Amostras.
Controle dos equipamentos
Nos esportes em que são utilizados equipamentos ou acessórios e necessário que os mesmos 
estejam em conformidade com o tipo de deficiência do atleta, e serão inspecionados durante a 
sua classificação e antes das competições. 
Exemplos:
• Basquete: antes de cada partida as cadeiras são aferidas, e devem estar de acordo com 
as medidas oficiais para cada classificação.
• Ciclismo – antes da competição examina-se a bicicleta esta adequada com o tipo de 
deficiência do atleta.
• Tênis de mesa – em que se analisa o tipo de cola utilizada para colar as borrachas da 
raquete, que podem influenciar na velocidade da bola. (Chamado de Doping de raquete e 
o atleta é desclassificado)
As normas que definem o que é doping descrevem os diferentes tipos de controles, e listam as 
substâncias e métodos proibidos ou restritos, estão descritas no Código Mundial Antidoping, 
publicado pela AMA. Este Código foi aprovado em 2003 pelo Movimento Olímpico, Paraolímpico 
e pelos Governos dos cincos continentes, e foi revisado em 2007, na cidade de Madri, mas 
suas atualizações serão válidas a partir de 1º de janeiro de 2009.
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
AUTORIZAÇÃO PARA USO TERAPÊUTICO DE SUBSTÂNCIAS 
RESTRITAS E PROIBIDAS
Eventualmente um atleta poderá vir a necessitar de uma medicação que possua na sua 
formulação uma substância proibida ou restrita, por razões de saúde e por indicação médica.
Atletas paraolímpicos podem necessitar medicações de controle. Atletas asmáticos 
necessitam eventualmente usar Beta-2 agonistas ou corticosteróides, enquanto atletas 
hipertensos não podem muitas vezes prescindir de um diurético, bem como atletas diabéticos 
insulino-dependentes devem continuar usando insulina. Nestes e em outros casos, torna-se 
necessário contatar o Comitê Paraolímpico para solicitar uma permissão especial, que poderá 
ser concedida após a análise do diagnóstico e da indicação apropriada de um determinado 
medicamento.
Formulários especiais de Isenção de Uso Terapêutico (TUE), utilizados para este tipo de 
solicitação, podem ser encontrados no Anexo ao final deste texto.
É importante que este processo seja realizado junto à autoridade médica responsável antes da 
participação do atleta em uma competição, para que seja evitado um controle eventualmente 
positivo. A declaração de uso de medicamentos, feita rotineiramente durante um controle de 
doping, não atende aos requisitos de um processo de autorização para uso de substâncias 
proibidas ou restritas.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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A LISTA DE SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS DA 
AGÊNCIA MUNDIAL ANTIDOPING
O Comitê Olímpico Internacional (COI) estabeleceu em 1967 uma Comissão Médica para iniciar 
o controle de doping nos Jogos Olímpicos, que começou suas atividades no ano seguinte, 
nos Jogos de Inverno de Grenoble, e nas Olimpíadas da Cidade do México. A partir de então, 
este controle foi sistematicamente realizado pelo COI e IPC, por Associações Continentais de 
Comitês Olímpicos e Paraolímpicos em seus principais eventos esportivos.
Em 1999 foi fundada a Agência Mundial Antidoping – AMA, conhecida em Inglês como World 
Anti-Doping Agency – WADA, que passou a regular harmoniosamente o controle de doping em 
nível de Comitês Olímpicos, Paraolímpicos e Autoridades Públicas. Para orientar este controle, 
definindo o que pode ou não ser usado pelos atletas, a AMA publica anualmente, como um 
anexo do Código Mundial Antidoping, a lista de substâncias e métodos proibidos, válida a partir 
da data de 1º de janeiro.
O termo “substâncias com estrutura química e efeitos farmacológicos similares”, encontrado 
ao final das classes de estimulantes e dos diuréticos, indica que a relação apresentada não é 
terminal e que substâncias com formulação química ou ação terapêutica similar também não 
poderão ser usadas.
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LISTA DE SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS
A lista publicada pela Agência Mundial Antidoping, 
e que será válida a partir de 1º. de janeiro de 2008, é a seguinte:
A Lista de 2008
Código Mundial Antidoping
Válida a partir de 1º de janeiro de 2008
O uso de qualquer medicamento deve ser limitadopor indicações médicas justificadas.
SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS PERMANENTEMENTE 
(EM COMPETIÇÃO E FORA DE COMPETIÇÃO)
SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS
S1. Agentes anabólicos
Agentes anabólicos são proibidos.
1. Esteróides Androgênicos Anabólicos (EAA)
a. EAA exógenos*, incluindo:
1-Androstenodiol (5α-androst-1-eno-3ß,-17ß-diol), 1-androstenodiona (5α-androst-1-
eno-3,17-diona), bolandiol ((19-norandrostenodiol), bolasterona, boldenona, boldiona 
(androsta-1,4-dieno-3,17-diona), calusterona, clostebol, danazol (17α-etinil-17ß-hidro-
xiandrost-4-eno[2,3-d]isoxazola), dehidroclorometiltestosterona (4-cloro-17ß-hidroxi-17α-
metilandrosta-1,4-dien-3-ona), desoximetiltestosterona (17α-metil-5α-androst-2-en-17ß-ol), 
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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drostanolona, etilestrenol (19-nor-17α-pregn-4-en-17-ol, estanozolol, estembolona, fluoxi-
mesterona, formebolona, furazabol (17ß-hidroxi-17α-metil-5α-androstano[2,3-c]furazana), 
gestrinona, 4-hidroxitestosterona (4,17ß-dihidroxiandrost-4-en-3-ona), mestanolona, 
mesterolona, metandienona (17ß-hidroxi-17α-metilandrosta-1,4-dien-3-ona), metandriol, 
metasterona (2α,17α-dimetil-5α-androstano-3-ona-17ß-ol), metenolona, metildienolona 
(17ß-hidroxi-17α-metilestra-4,9-dien-3-ona), metil-1-testosterona (17ß-hidroxi-17α-me-
til-5α-androst-1-en-3-ona), metilnortestosterona (17ß-hidroxi-17α-metilestr-4-en-3-ona), 
metiltrienolona (17ß-hidroxi-17α-metilestra-4,9,11-trien-3-ona), metiltestosterona, mibole-
rona, nandrolona, 19-norandrostenodiona (estr-4-eno-3,17-diona), norboletona, norclostebol, 
noretandrolona, oxabolona, oxandrolona, oximesterona, oximetolona, prostanozol ([3,2-
c]pirazola-5α-etioalocolano-17ß-tetrahidropiranol), quimbolona, 1-testosterona (17ß-hidroxi-
5α-androst-1-en-3-ona), tetrahidrogestrinona (18α-homo-pregna-4,9,11-trien-17ß-ol-3-ona), 
trembolona e outras substâncias com uma estrutura química similar ou efeitos biológicos 
similares.
b. EAA endógenos**:
androstenodiol (androst-5-ene-3ß,17ß-diol), androstenodiona (androst-4-ene-3,17-dione), 
dihidrotestosterona (17ß-hidroxi-5α-androstan-3-ona), prasterona (dihidroepiandrosterona, 
DHEA), testosterona.
Os seguintes metabólitos e isômeros são também proibidos:
5α-androstano-3α,17α-diol, 5α-androstano-3α,17ß-diol, 5α-androstano-3ß,17α-diol, 5α-androsta-
no-3ß,17ß-diol, androst-4-eno-3α,17α-diol, androst-4-eno-3α,17ß-diol, androst-4-eno-3ß,17α-diol, 
androst-5-eno-3α,17α-diol, androst-5-eno-3α,17ß-diol, androst-5-ene-3ß,17α-diol, 4-androsteno-
diol (androst-4-eno-3ß,17ß-diol); 5-androstenodiona (androst-5-eno-3,17-diona), epi-dihidrotestos-
terona, 3α-hidroxi-5α-androstano-17-ona, 3ß-hidroxi-5α-androstano-17-ona, 19-norandrosterona, 
19-noretiocolanolona.
Quando esteróide anabólico androgênico uma substância proibida (como as listadas acima) 
for capaz de ser produzido endogenamente pelo corpo naturalmente, uma amostra será dita 
conter uma Substância Proibida e um Resultado Analítico Adverso será relatado quando a 
concentração desta Substância Proibida ou de seus metabólitos ou marcadores e/ou outra(s) 
relação(ões) relevante(s) presente(s) na Amostra do Atleta for significativamente diferente de 
faixas de valores normalmente encontrados em humanos, e que não sejam consistentes com 
uma produção endógena normal. Uma Amostra não será dita conter uma substância proibida 
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
se o Atleta provar com evidências de que a concentração da Substância Proibida ou de seus 
metabólitos ou marcadores e/ou outra(s) relação(ões) relevante(s) presente(s) na sua amostra 
for atribuída à uma condição fisiológica ou patológica.
Em todos os casos, e em qualquer concentração, a Amostra do Atleta será dita conter uma 
Substância Proibida e o laboratório irá relatar um Resultado Analítico Adverso se, baseado 
em qualquer método analítico confiável (e.g., espectrometria de massas por razão isotópica, 
EMRI), o laboratório demonstrar que a Substância Proibida é de origem exógena. Neste caso, 
não é necessário continuar a investigação.
Se um valor semelhante aos níveis normalmente encontrados em humanos for relatado e o método 
analítico confiável (e.g., espectrometria de massas por razão isotópica, EMRI) não determinar a 
origem exógena da substância, mas existirem indicações de possível Uso de Substâncias Proibidas 
como a comparação a perfil esteroidal de referência, ou quando um laboratório relatou uma razão 
T/E maior do que quatro (4) parta um (1) e nenhum método confiável (p. ex., EMRI) determinou 
a origem exógena da substância, a Organização Antidoping responsável deverá conduzir uma 
investigação, seja revisando eventuais testes anteriores, seja realizando testes subseqüentes. de 
forma a determinar se o resultado é devido a uma condição fisiológica ou patológica do atleta, ou 
ocorreu em conseqüência à origem exógena de uma substância proibida.
Quando essa investigação adicional for necessária o resultado deverá ser relatado pelo 
laboratório como atípico e não como adverso. Quando o laboratório relatar a presença da 
razão T/E maior do que quatro (4) para um (1) e qualquer método analítico confiável (e.g., 
espectrometria de massas por razão isotópica, EMRI) aplicado não determinar a origem 
exógena da substância, uma investigação adicional pode ser feita pela revisão de eventuais 
testes anteriores ou pela realização de teste(s) subseqüente(s), a fim de determinar se o 
resultado foi devido à uma condição fisiológica ou patológica, ou ocorreu em função do uso 
de uma substância proibida. Se o laboratório relata, usando um método adicional confiável 
(e.g. EMRI), que a Substância Proibida é de origem exógena, uma investigação complementar 
não será necessária e a Amostra será declarada conter esta Substância Proibida. Quando um 
método analítico confiável (e.g., espectrometria de massas por razão isotópica, EMRI) não tiver 
sido utilizado e o mínimo de três resultados anteriores não estiverem disponíveis, um perfil 
longitudinal do atleta deve ser estabelecido pela realização de, no mínimo, três testes sem aviso 
prévio em um período de três meses pela Organização Antidoping responsável. O resultado que 
deflagrou esse estudo longitudinal deverá ser relatado como atípico. Se o perfil longitudinal do 
Atleta, estabelecido a partir destes testes subseqüentes não for fisiologicamente normal, o 
resultado deve ser informado como um Resultado Analítico Adverso.
Em casos individuais extremamente raros, boldenona de origem endógena pode ser consistentemente 
encontrada em níveis extremamente baixos de nanogramas por mililitro (ng/ml) na urina. Quando 
esta concentração muito pequena de boldenona é relatada pelo laboratório e a utilização de qualquer 
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
30
método analítico confiável (e.g., espectrometria de massas por razão isotópica, EMRI) não determinar 
a origem exógena da substância, uma investigação complementar poderá ser realizada por testes 
subseqüentes. Quando um método analítico confiável (e.g., espectrometria de massas por razão 
isotópica, EMRI) não tenha sido aplicado, um perfil longitudinal do atleta deve ser estabelecido pela 
realização de no mínimo três testes sem aviso prévio em um 
período de três meses, realizados pela Organização Antidoping responsável. Se o perfil 
longitudinal do atleta, estabelecido por testes subseqüentes, não for fisiologicamente normal, 
o resultado deve ser reportado como um resultado analítico adverso.
Para 19-norandrosterona, um Resultado Analítico Adverso informado por um laboratório é 
considerado ser uma prova científica e válida da origem exógena da Substância Proibida. Neste 
caso, uma investigação complementar não será necessária.
Se um Atleta não cooperar com a investigação, a sua Amostra será declarada conter uma 
Substância Proibida.
2. Outros agentes anabólicos incluindo, masnão limitados a:
Clembuterol, moduladores seletivos de receptores androgênicos (MSRAs, “SARMs”), tibolona, 
zeranol, zilpaterol.
Para compreensão desta seção:
* “Exógeno” se refere a uma substância que não é capaz de ser produzida pelo corpo naturalmente.
** “Endógeno” se refere a uma substância que pode ser produzida naturalmente pelo corpo.
S2. Hormônios e substâncias afins
As seguintes substâncias são proibidas, assim como outras substâncias com estrutura similar 
ou efeito(s) biológico(s) similar(es), e seus fatores de liberação:
1. Eritropoietina (EPO);
2. Hormônio do Crescimento Humano (hGH), Fator de Crescimento semelhante à Insulina 
(IGF-1) e Fatores de Crescimento Mecânicos (MGFs);
3. Gonadotrofinas (e.g. hCG, LH) proibidas somente em homens;
4. Insulinas;
5. Corticotrofinas.
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
e outras substâncias com estrutura química similar ou efeito biológico(s) similar(es).
A menos que o Atleta possa demonstrar que a concentração é devida a uma condição fisiológica 
ou patológica, a amostra será considerada como contendo uma Substância Proibida (como as 
listadas acima) quando a concentração desta 
substância, ou de seus metabólitos, e/ou outra(s) relação(ões) relevante(s) ou 
marcadores presente(s) na amostra do atleta exceda de tal forma as faixas de valores normalmente 
encontrados em humanos que não seja consistente com uma produção endógena normal.
Se o laboratório informar, usando um método analítico confiável, que a substância 
proibida é de origem exógena, a Amostra será dita conter uma substância proibida e deve 
ser relatada como um Resultado Analítico Adverso.
A presença de outras substâncias co m estrutura química similar ou efeito(s) biológico(s) 
similar(es), marcador(es) ou fatores de liberação de um hormônio listado acima ou de 
qualquer outro aspecto que indique que a substância detectada é de origem exógena, 
será relatada como um resultado analítico adverso.
S3. Beta-2 Agonistas
Todos os beta-2 agonistas, tanto isômeros D- como L- são proibidos.
Como exceção, formoterol, salbutamol, salmeterol e terbutalina, quando administrados por 
inalação, exigem uma Isenção de Uso Terapêutico abreviada (IUTa).
Apesar da aceitação de qualquer tipo de Isenção de Uso terapêutico (IUT), uma concentração 
de salbutamol (livre mais glicuronídio) superior a 1.000 ng/mL, será considerada como um 
Resultado Analítico Adverso, a menos que o atleta prove que este resultado anormal seja 
conseqüência do uso terapêutico de salbutamol inalado.
S4. Agentes com atividade anti-estrogênica Antagonistas de hormônios e 
moduladores 
As seguintes classes de substâncias anti-estrogênicas são proibidas:
1. Inibidores da aromatase incluindo, mas não limitados a, anastrozola, letrozola, aminoglu-
tetimida, exemestano, formestano, testolactona.
2. Moduladores de receptor seletivo à estrógenos (SERMs) incluindo, mas não limitado a, 
raloxifeno, tamoxifeno, toremifeno.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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3. Outras substâncias anti-estrogênicas incluindo, mas não limitadas a, clomifeno, ciclo-
fenila, fulvestranto.
4. Agentes modificadores da função (ões) da miostatina incluindo, mas não limitados a, 
inibidores da miostatina.
S5. Diuréticos e outros agentes mascarantes
Agentes mascarantes são proibidos. Eles incluem:
Diuréticos*, epitestosterona, probenecida, inibidores da alfa-redutase (como a finasterida, 
dutasterida), expansores de plasma (como a albumina, o dextran e o hidroxietilamido) e outras 
substâncias com efeito(s) biológico(s) similar(es).
Diuréticos incluem:
Ácido etacrínico, acetazolamida, amilorida, bumetanida, canrenona, clortalidona, espironolactona, 
furosemida, indapamida, metolazona, tiazidas (como bendroflumetiazida, clorotiazida, 
hidroclorotiazida), triantereno, além de outras substâncias com estrutura química similar ou efeito 
(s) biológico (s) similar (es), excetuando-se a drosperidona que não é proibida. 
*uma Isenção para Uso Terapêutico (IUT) não será válida se a urina de um Atleta contiver um 
diurético em associação a uma Substância Proibida com um valor igual ou abaixo de seu limite 
máximo permitido.
MÉTODOS PROIBIDOS
M1. Aumento do carreamento de oxigênio
Os seguintes métodos são proibidos:
a. Doping sangüíneo, incluindo o uso de sangue autólogo, homólogo ou heterólogo, ou de 
produtos contendo glóbulos vermelhos de qualquer origem.
b. Aumento artificial da captação, transporte ou aporte de oxigênio, incluindo mas não 
limitado aos perfluoroquímicos, ao efaproxiral (RSR 13) e produtos à base de hemoglobina 
modificada (como substitutos de sangue com base em hemoglobina e produtos com 
hemoglobina microencapsulada).
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
M2. Manipulação química e física da urina
É proibido:
1. Manipular ou tentar manipular, visando alterar a integridade e validade das Amostras 
coletadas no controle de dopagem. Isto inclui, mas não se limita, à cateterização e 
substituição e/ou alteração da urina.
2. Infusões intravenosas são proibidas. Em caso de emergência médica em que o método 
for necessário, uma Isenção de Uso Terapêutico retroativa será necessária exceto quando 
decorrentes de tratamento médico legítimo.
M3. Doping genético
O uso não terapêutico de células, genes, elementos genéticos, ou a modulação da expressão 
genética, que tenham a capacidade de aumentar o desempenho do atleta, é proibido.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS EM COMPETIÇÃO
Além das categorias S1 a S5 e M1 a M3 definidas anteriormente, as seguintes categorias são 
proibidas em competição:
SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS
S6. Estimulantes
Todos os estimulantes são proibidos, incluindo seus isômeros óticos (D- e L-) quando relevantes, 
exceto derivados de imidazol para uso tópico e aqueles estimulantes incluídos no programa de 
monitoramento de 2008*.
Adrafinil, adrenalina**, amifenazola, anfepramona, anfetamina, anfetaminil, benzfetamina, 
benzilpiperazina, bromantano, carfedom, catina***, clobenzorex, cocaína, cropropamida, 
crotetamida, ciclazodona, dimetilanfetamina, efedrina****, estricnina, etamivan, etilanfetamina, 
etilefrina, famprofazona, femproporex, fenbutrazato, fencamina, fencanfamina, fendimetrazina, 
fenetilina, fenfluramina, 4-fenil-piracetam (carfedom), fenmetrazina, fenprometamina, fentermina, 
furfenorex, heptaminol, isometepteno, levometanfetamina, meclofenoxato, mefenorex, 
mefentermina, mesocarbo, metanfetamina (D), p-metilanfetamina, metilefedrina****, 
metilenodioxianfetamina, metilenodioximetanfetamina, metilfenidato, modafinil, niquetamida, 
norfenefrina, norfenfluramina, octopamina, ortetamina, oxilofrina, parahidroxianfetamina, 
pemolina, pentetrazola, prolintano, propilexedrina, selegilina, sibutramina, tuaminoheptano e 
outras substâncias com estrutura química similar ou efeito(s) biológico(s) similar(es).
*As seguintes substâncias, incluídas no programa de monitoramento de 2008 (bupopriona, 
cafeína, fenilefrina, fenilpropanolamina, pipradol, pseudoefedrina, sinefrina) não são proibidas.
** Adrenalina, associada com agentes anestésicos locais ou por administração local (e.g. 
nasal, oftalmológica) não é proibida.
*** Catina é proibida quando sua concentração na urina for maior do que 5 microgramas por 
mililitro.
**** Tanto a efedrina como a metilefedrina são proibidas quando sua concentração na urina for 
maior do que 10 microgramas por mililitro.
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
Um estimulante que não tenha sido expressamente incluído como exemplo nesta seção deverá 
ser considerado como uma substância especificada apenas se o atleta puder estabelecer que 
a substância seja particularmente suscetível à violação não-intencional das regras de controlede dopagem devido à disponibilidade generalizada em produtos medicinais ou que seja pouco 
efetivo o seu abuso bem sucedido como agente dopante.
S7. Narcóticos
Os seguintes narcóticos são proibidos:
Buprenorfina, dextromoramida, diamorfina (heroína), fentanil e seus derivados, hidromorfona, 
metadona, morfina, oxicodona, oximorfona, pentazocina e petidina.
S8. Canabinóides
Canabinóides (Exemplos: haxixe e maconha) são proibidos.
S9. Glicocorticosteróides
Todos os glicocorticosteróides são proibidos quando administrados por via oral, retal, intramuscular 
ou endovenosa. O seu uso requer a aprovação de uma Isenção de Uso Terapêutico (IUT).
Todas as outras rotas de administração (injeção intrarticular, periarticular, peritendinosa, 
epidural, intradermal e por inalação) requerem uma Isenção de Uso Terapêutico abreviada 
(IUTa), exceto as referidas abaixo.
Preparações tópicas, quando usadas para dermatologia (inclusive iontoforese e fonoforese) e 
para moléstia auricular, nasal, oftálmica, bucal, gengival e perianal, não são proibidas e não 
requerem qualquer tipo de Isenção de Uso Terapêutico.
SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS EM UM ESPORTE ESPECÍFICO
P1. Álcool
Álcool (etanol) é proibido somente Em Competição, nos esportes abaixo relacionados. A 
detecção será feita por análise respiratória e/ou pelo sangue. O limite permitido (em valores 
hematológicos) por cada Federação ou Confederação está indicado entre parênteses.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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Aeronáutica FAI (0,20 g/L)
Arco e flecha FITA, IPC (0,10 g/L)
Automobilismo FIA (0,10 g/L)
Boliche CMSB, IPC (0,10 g/L)
Lancha de potência UIM (0,30g/L)
Karatê WKF (0,10 g/L)
Motociclismo FIM (0,10 g/L)
Pentatlo Moderno (em tiro) UIPM (0,10 g/L)
P2. Beta-bloqueadores
A menos que seja especificado, beta-bloqueadores são proibidos somente em competição, 
nos seguintes esportes:
Aeronáutica FAI
Arco e flecha 
(proibido também fora de competição)
FITA, IPC
Automobilismo FIA
Bilhar WCSB
Bobsleigh FIBT
Boliche CSMB, IPC
Boliche de 9 pinos FIQ
Bridge FMB
Curling WCF
Esqui/Snowboarding
(salto com esqui e estilo livre em snow board)
FIS
Ginástica FIG
Lancha de potência UIM
Luta FILA
Motociclismo FIM
Pentatlo Moderno
(proibido também fora de competição)
UIPM
Tiro ISSF, IPC
Vela
(somente para os timoneiros em match race)
ISAF
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
Beta-bloqueadores incluem, mas não se limitam, aos seguintes compostos:
acebutolol, alprenolol, atenolol, betaxolol, bisoprolol, bunolol, carteolol, carvedilol, celiprolol, 
esmolol, labetalol, levobunolol, metipranolol, metoprolol, nadolol, oxprenolol, pindolol, 
propranolol, sotalol, timolol.
SUBSTÂNCIAS ESPECIFICADAS*
Substâncias especificadas* estão listadas abaixo:
Todos os Beta-2-agonistas, quando usados por inalação, exceto o salbutamol (livre 
mais glicuronídeo) superior a 1000 ng/ml e clembuterol (listado sob S.2: outros agentes 
anabólicos);
Inibidores de alfa-redutase e probenecida;
Catina, cropropamida, crotetamida, efedrina, etamivan, famprofazona, fenprometamina, 
heptaminol, isometepteno, levmetanfetamina, meclofenoxato, p-metilanfetamina, metilefedrina, 
niquetamida, norfenefrina, octopamina, ortetamina, oxilofrina, propilexedrina, selegilina, 
sibutramina, tuaminoheptano, e qualquer estimulante não mencionado especificamente na 
seção S6 para o qual o atleta estabeleça que preencha as condições descritas na seção S6;
Canabinóides;
Todos os Glicocorticoesteróides;
Álcool;
Todos os Beta-bloqueadores
* “A lista proibida pode identificar substâncias especificadas que são particularmente susceptíveis à uma violação da 
regra antidoping de forma não intencional, em função de sua presença em produtos medicinais, ou por serem menos 
utilizadas com sucesso como agentes dopantes.” Uma violação de doping envolvendo tais substâncias pode resultar em 
uma redução da sanção, desde que “...o atleta possa estabelecer que o uso de tal substância específica não tinha o intuito 
de aumentar o desempenho esportivo...” 
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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Relação de fármacos permitidos
ANALGÉSICOS
AAS, AAS Infantil, Acetofen, Acetaminofen 500, Algi Tanderil, Aminofen, Analgex, Analgex 
C, Antitermin, Aspiçucar, Aspirina, Aspirina forte, Aspirina infantil, Baralgin, Buscopan, 
Bromalgina, Cefalium, Cefunk, Cibalena A, Dipirona, Doloxena-A, Doran, Dorflex, Doribel, 
Dôrico, Endosalil, Fontol, Fontol 650, Melhoral, Melhoral infantil, Novalgina, Paracetamol, 
Ponstan, Ronal, Sensitram, Sylador, Tramal, Tylenol e Tylex.
ANTIÁCIDOS
Aclorisan, Alca-luftal, Alrac, Andursil, Asilone, Bisuisan, Digastril, Estomagel, Gastrogel, Gastrol, 
Gastromag Gel, Gelusil M, Hidroxigel, Kolantyl, Leite de Magnésia, Maalox Plus, Magnésia Bisurada, 
Mylanta Plus, Pepsamar, Pepsogel, Siligel, Siludrox, Simeco Plus, Sonrisal, Tonopan e Tums.
ANTIALÉRGICOS
Agasten, Allegra 120, Allegra 180, Calamina, Cilergil, Claritin, Fenergan, Gaviz, Hismanal, Intal, 
Loratadina, Periatin, Polaramine, Prometazina, Teldane e Zofran.
ANTIASMÁTICOS
Aero-clenil, Aerojet, Aerolin, Bricanyl Broncodilatador Solução, Bricanyl Turbuhaler, Foradil 
Aerosol, Serevent, Suxar e Teoden.
Nota: Estes medicamentos estão permitidos apenas por inalação e devem ser previamente 
notificados à autoridade médica competente.
ANTIBIÓTICOS
Amicacina, Amoxicilina, Amplitor, Assepium balsâmico, Bacfar, Bacigen, Bacterion, 
Carbenicilina, Ceclor, Cefalex, Cefalexina, Cefalotina, Cefamezin, Cefaporex, Cibramox, 
Clindamicina, Cloranfenicol, Dalacin-C, Despacilina, Diastin, Dicloxalina, Dientrin, Duoctrin, 
Eritrex, Eritrofar, Espectrin, Garamicina, Gentamicina, Glitisol, Hiconcil, Ilosone, Imuneprim, 
Infectrin, Kefazol, Keflex, Lincomicina, Longacilin, Mefoxin, Megapen, Netromicina, Norfloxacina, 
Novamin, Novocilin, Oracilin, Oxacilina, Panglobe, Penicilina G Potássica, Pantomicina, Pen-
veoral, Penvicilin, Septiolan, Sintomicetina, Staficilin-N, Terramicina, Tetraciclina, Tetrex, 
Tobramina, Totapen, Trimexazol, Trozymnan, Vancomicina e Vibramicina.
ANTICONVULSIVANTES
Depakote, Depakene, Diempax, Epelin, Fenobarbital, Gardenal, Hidantal, Primidona, Rivotril, 
Tegretol, Valium e Valpakine.
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
ANTIDEPRESSIVOS
Buspar, Survector, Pamelor, Prozac, Valix, Wellbutrin SR e Zoloft.
ANTIDIARRÊICOS
Diarresec, Enterobion, Floratil, Florax, Furazolin, Imosec, Kaomagma, Kaopectate e Parenterin.
ANTIEMÉTICOS
6-Copena, Diagrin, Dramin, Emetic, Estac, Eucil, Kytril, Metoclopramida, Motilium, Normopride 
Enzimático, Plamet, Plasil, Vogalene, Vomix, Vontrol e Zofran.
ANTIFÚNGICOS
Ancotil, Canesten, Cetoconazol, Daktarin, Flagyl, Flagyl Nistatina, Fluconazol, Fulcin, Fungizon, 
Lamisil, Micostatin, Nistatina, Sporanox e Sporostatin.
ANTIGRIPAIS
Analgex C, Asafen, Aspi C, Benegrip, Bialerge, Cebion, Cheracap, Coldrin, Cortegripan, Doril, Grip 
Caps C, Melhoral C, Optalidon, Resprin, Redoxon, Tandrilax, Termogripe C, Tylex e Trimedal 500.
ANTIINFLAMATÓRIOS
Actiprofen, Advil, Aflogen, Algi-danilon, Algi-flamanil, Alginflan, Algi-peralgin, Algizolin, Analtrix, 
Anartrit, Arcoxia, Artren, Artril, Artrinid, Artrosil, Benevran, Benotrin, Benzitrat, Biofenac, Brexin, 
Butazil, Butazolidina, Butazona, Cataflam, Cataflam D, Cataren, Cetoprofeno, Cicladol, Celebra, 
Ciclinalgin, Clofenak, Danilon, Deflogen, Deltaflan, Deltaflogin, Deltaren, Diclofenaco Sódico, 
Diclofenaco Potássico, Diclotaren, Doretrim, Dorgen, Doriflan, Eudoxican, Eridamin, Flanax, 
Fenaflan, Febupen, Feldene, Feldox, Felnam, Fenaflan Sódico, Fenaren, Fenburil, Fenilbutazona 
Sódica, Fisioren, Indocid, Inflamene, Motrin, Naprosyn, Nisulid, Piroxifen, Piroxiflam, Proflam, 
Scaflam, Sintalgin, Tilatil, Vioxx e Voltaren.ANTI-HEMORROIDÁRIOS
Claudemor, Glyvenol, H-creme, Hemorroidex, Nestosyl, Novabion, Novarrurita, Preparado H, 
Venalot e Xiloproct.
ANTIULCEROSOS
Antak, Cimetidina, Climatidine, Gastrodine, Label, Logat, Neocidine, Omeprazol, Ranidin, 
Ranitidina, Tagamet, Ulcedine, Ulcenon, Ulcoren e Zadine.
COLÍRIOS
Anestésico Oculum, Colírio Moura Brasil, Fenilefrina Colirium e Visine.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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CONTRACEPTIVOS
Anacyclin, Anfertil, Evanor, Gynera, Micronor, Microvlar, Minulet, Neovlar, Nordette, Normamor 
e Trinordiol.
Nota: Os seguintes contraceptivos não devem ser usados, pois contém noretindrona, que se 
converte em 19-norandrosterona no organismo e pode resultar em um teste positivo: Biofim, 
Micronor, Mesigyna, Primolut-nor e Trinovum.
CREMES DERMATOLÓGICOS
Em princípio, podem ser usados todos os cremes existentes no mercado, exceto os que contêm 
anabolizantes, desde que respeitadas suas indicações e preferencialmente sob orientação médica.
DESCONGESTIONANTES NASAIS
Afrin, Claritin D, Coristina D, Coristina R, Descongex Plus, Disofrol, Loralerg D, Loranil D, Loremix 
D, Naldecon, Neo-Sinefrina, Ornatrol, Spansule, Otrivina, Rinosbon, Rinosoro, Sinutab, Sorine, 
Superhist e Triaminic.
ENXAQUECAS
Cafergot E Ormigren.
EXPECTORANTES E ANTITUSSÍGENOS
Alergogel, Alergotox Expectorante, Atossion, Benadryl Expectorante, Benadryl, Besedan, 
Bisolvon, Bisolvon Ampicilina, Clistin Expectorante, Codelasa, Descon Expectorante, 
Fluimucil 10% e 20%, Glicodin, Glycon lodepol, Iodetal, Iodeto de Potássio Líquido, Pulmonix, 
Rinofluimucil, Silomat, Setux, Silencium, Subitan, Tossbel, Transpulmin, Xarope de Iodeto de 
Potássio Composto e Xarope Valda.
HIPOGLICEMIANTES ORAIS
Avandia, Amaryl, Daonil, Diabexil, Diabinese, Diamicron, Glibenclamida, Glipizida, Glucoformin, 
Minidiab e Prandin.
INSÔNIA
Barbitúrios: Gardenal e Fenobarbital. 
Anti-histamínicos: Fenergan e Prometazina.
Benzodiazepínicos: Dalmadorm, Dormonid, Nitrazepan, Nitrazepol, Rohypnol e Sonebon.
LAXATIVOS
Agarol, Agiolax, Dulcolax, Fitolax, Fleet Enema, Frutalax, Guttalax,
Humectol D, Lacto-Purga, Metamucil, Minilax, Óleo mineral,
Purgoleite, Supositório de Glicerina e Tamarine.
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS
Afrin oftálmico, Anestalcon colírio, Cloranfenicol, Colírio cicloplégico, Dexafenicil, Flumex 0,10% 
e 0,25%, Fluoresceína, Isopto Carpine, Lacrima, Maxidex, Maxitrol, Midriacyl 1%, Minidex, 
Opti-tears e Pilocarpina 1%,2% e 4%.
PREPARAÇÕES VAGINAIS
Flagyl, Ginedak, Ginodex, Gyno-daktarin, Micogyn, Nistatina e Talsutin.
RELAXANTES MUSCULARES
Coltrax, Mioflex e Sirdalud
SEDATIVOS
Ansitec, Calmociteno, Diazepam, Dienpax, Dormonid, Frisium, Kiatrium. Lexotan, Lorax, 
Psicosedin, Somalium, Tensil, Tranxilene e Valium.
Nota: A Federação Internacional de Pentatlo Moderno não permite o uso de sedativos nas 
provas da modalidade de tiro deste esporte.
DIVERSOS
Aminoácidos, Ginecoside, Premarin, Provera, Sais Minerais, Viagra, e Vitaminas.
Nota
Tenha sempre muita atenção ao fato de que muitos produtos possuem nomes semelhantes. Muitas vezes um é 
permitido e outro proibido. A referência a produtos específicos nesta secção visa apenas ilustrar alguns exemplos. As 
medicações aqui mencionadas não são necessariamente todas as que existem no mercado, nem são endossadas pelo 
Comitê Paraolímpico Brasileiro. A responsabilidade final de sua utilização será sempre do atleta.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
42
O USO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES E PRODUTOS NATURAIS
A maioria dos produtos denominados de suplementos alimentares, que incluem entre outros 
os aminoácidos, a creatina, as vitaminas e os sais minerais, não sofre por parte dos órgãos 
governamentais controladores de muitos países uma avaliação de segurança e eficácia em sua 
produção.
Um estudo realizado pelo Laboratório de Controle de Doping de Colônia, patrocinado pelo 
Comitê Olímpico Internacional, mostrou claramente que alguns destes produtos não apenas 
não contêm o que deveriam conter, de acordo com seus rótulos, mas eventualmente possuem 
em sua formulação até mesmo precursores de hormônios e testosterona, podendo ocasionar 
controles de doping positivos.
Por esta razão, atletas de alto rendimento devem apenas utilizar produtos tradicionais, 
preferencialmente testados previamente, para não correrem o risco de uma contaminação que, 
mesmo claramente não intencional, não evitará uma punição.
Alguns produtos elaborados com base em ervas tais como o Ma Huang, o ginseng, e a ioimbina, 
que muitas vezes são vendidos como ergogênicos, podem conter substâncias proibidas ou 
estar eventualmente contaminado por elas. Nos países andinos, deve-se evitar o consumo de 
chá de coca, que pode ocasionar a presença de resíduos de cocaína na urina do atleta.
Como não é possível assegurar a qualidade deste tipo de produtos, e considerando que sua 
utilização como fator de aumento do desempenho físico não está demonstrado na literatura, o 
atleta deve exercer grande prudência na sua utilização
43
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
PROGRAMA DE CONTROLE ANTIDOPING DO 
COMITÊ PARAOLÍMPICO BRASILEIRO (CPB)
O Comitê Paraolímpico Brasileiro (C.P.B.), seguindo as determinações do Comitê Paraolímpico 
Internacional (I.P.C.) que em 2003, na cidade de Copenhagem, assinou a Declaração de 
Copenhagem sobre doping no esporte, visando unificar as políticas de controle antidoping 
a nível nacional e internacional (nos diferentes esportes olímpicos e paraolímpicos), esta 
implementando o seu programa.
De acordo com a Declaração de Copenhagem, os Comitês Olímpicos e Paraolímpicos nacionais 
devem estar preparados para atender aos preceitos do Código Mundial Antidoping até o início 
das Olimpíadas e Paraolimpíadas de Atenas.
A lista de substâncias e métodos proibidos e restritos é publicada anualmente pela Agência 
Mundial Antidoping (A.M.A.) e todos os Comitês Olímpicos e Paraolímpicos deverão acatá-los 
com objetivo de propiciar uma harmonização de regras e procedimentos.
O departamento médico do Comitê Paraolímpico Brasileiro tem orientado os atletas 
paraolímpicos brasileiros sobre o uso de medicamentos no esporte e acompanhado o controle 
de doping dos mesmos nas competições internacionais. 
Em 2000, realizamos pela primeira vez os exames de controle de doping, fora de competição, 
de todos os atletas paraolímpicos que participaram das Paraolimpíadas de Sidney.
Execução de um controle de doping de alta qualidade técnica e de padrão internacional sobre a 
supervisão e controle do Prof. Eduardo De Rose.
Em 2003 nos Jogos Parapan-americanos de Tênis de Mesa, que o Brasil promoveu em Brasília-
DF, foram realizados os exames de doping durante esta competição.
Em 2004 foram realizados os exames de doping fora de competição de todos os atletas 
paraolímpicos selecionados para as Paraolimpíadas de Atenas. Tais controles tiveram como 
objetivos, não só testar o uso de substâncias proibidas por atletas, mas também esclarecer 
eventuais dúvidas que o atleta tenha a respeito de controle antidoping, bem como torná-lo 
conhecedor dos procedimentos de coleta de urina e eventualmente sangue. Desta forma o 
atleta estará apto a realizar controle antidoping fora de seu país, sem eventuais contratempos 
ou dúvidas.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
44
O PROGRAMA DE TESTES DO COMITÊ PARAOLÍMPICO BRASILEIRO (CPB)
Você encontrará aqui um sumário elaborado pelo Departamento Médico do CPB, que tem por 
objetivo proteger os direitos fundamentais dos atletas de participar de um esporte livre de 
doping através de um programa de detecção efetivo. Este segmento é composto por cinco 
partes: seleção, notificação, toma da amostra, análise da amostra e controle de resultados.Seleção
Você pode ser selecionado para controle de doping em qualquer tempo ou em qualquer lugar, 
antes ou depois de uma competição.
Notificação
No caso de um escolta ou um oficial de doping (DCO) fizer a você uma notificação do controle 
de doping, você deve:
• Identificar-se;
• Assinar o formulário de controle de doping, assegurando-se que você está disposto a 
ceder uma amostra biológica.
Toma da amostra
Durante este processo, que pode ser relativo à urina ou à urina e sangue, você tem deve:
• Ter um representante presente, se disponível;
• Ter uma opção de escolha nos recipientes selados de toma de amostra;
• Ceder uma amostra a um DCO do mesmo sexo, com a vista não obstruída;
• Permanecer em controle de sua amostra até a mesma ser selada em um frasco especial 
inviolável. A amostra deve permanecer à vista do DCO o tempo todo.
• Selecionar um conjunto de frascos selados A e B;
• Dividir sua amostra entre os frascos selecionados, segundo a orientação do DCO, e selar 
os mesmos;
• Assegura-se que o código da amostra esteja escrito corretamente no formulário de controle. 
• Se você der uma amostra insuficiente, você terá que dar uma amostra adicional.
45
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
O DCO verificará a acidez (pH) e a concentração (GS) de sua amostra para assegurar-se de que 
a mesma pode ser analisada. Se uma ou ambas destas medidas não forem adequadas, você 
será solicitado a repetir a coleta de urina.
• As medicações prescritas, não prescritas, vitaminas, minerais e suplementos devem 
ser declarados;
• Você tem o direito de fazer comentários, se apropriado;
• Assegurar-se que o formulário está preenchido corretamente e assinado por todos os 
participantes.
Análise da amostra
• Todas as amostras de urina devem ser enviadas por um correio seguro a em laboratório 
devidamente credenciado pela Agência Mundial Antidoping (AMA);
• O laboratório fará a analise do conteúdo do frasco A de sua urina para a presença de 
substâncias ou métodos proibidos;
• A maior parte das organizações esportivas adota a lista de substâncias proibidas da 
AMA. Entretanto, alguns esportes podem ter uma variação desta lista.
Será sempre sua obrigação assegurar-se de que você está devidamente informado das 
substâncias proibidas em seu esporte, tanto fora de competição como em competição.
Controle de resultados
• Os resultados serão enviados à autoridade do jogo, com uma cópia a AMA e à sua 
Federação Internacional.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
46
OS DIREITOS E AS RESPONSABILIDADES DOS ATLETAS
DIREITOS DOS ATLETAS
Os direitos dos atletas são os seguintes:
• Verificar as credenciais do DCO para um determinado controle;
• Ser notificado por escrito de sua seleção;
• Ser corretamente informado sobre as conseqüências em caso de recusa;
• Ser informado sobre o correto andamento do teste;
• Com o consentimento do DCO, mas acompanhado por um escolta, você pode:
a) Receber o prêmio, se necessário
b) Fazer o relaxamento;
c) Receber atenção médica;
d) Atender compromissos com a imprensa;
e) Competir em outros eventos no mesmo dia.
• Selecionar os equipamentos que serão usados;
• Ser observado por alguém do mesmo sexo ao dar a amostra;
• Receber uma cópia assinada de todos os documentos. 
RESPONSABILIDADES DOS ATLETAS
As responsabilidades dos atletas são as seguintes:
• É de responsabilidade de cada atleta assegurar que nenhuma substância proibida entre 
em seu corpo. Atletas são responsáveis por toda substância proibida ou seu Metabolismo 
ou seus Marcadores encontrados em seus fluidos corporais. Portanto, não é preciso que 
seja demonstrada intenção, culpa, negligência ou consciência do uso por parte do atleta 
para que se estabeleça uma violação da regra antidoping.
• Conhecer as normas de seu Comitê Paraolímpico, do IPC e de seu esporte.
• Informar ao seu médico pessoal ou farmacêutico de que você é um atleta e está sujeito 
a controle de doping;
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--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
• Consultar o seu Comitê Paraolímpico com antecedência se você necessitar usar alguma 
medicação proibida para tratamento médico, usando os formulários adequados pata tanto, 
antes de ser autorizado a usar esta substância;
• Manter uma lista atualizada de todos os medicamentos, suplementos ou produtos 
herbáceos que você está tomando para declará-los em caso de um teste de doping;
• Ser cuidadoso ao ingerir suplementos alimentares (vitaminas, sais minerais ou 
aminoácidos) ou produtos herbáceos, uma vez que estes podem conter substâncias 
proibidas;
• Levar uma identificação com fotografia para apresentar ao DCO em caso de um 
controle;
• Numa competição, em um treinamento ou em casa, sempre permanecer à vista do DCO 
ou da escolta desde a notificação até a fase de conclusão da toma da amostra;
• Hidratar-se com bebidas não alcoólicas devidamente fechadas;
• Estar preparado para iniciar o processo de toma da amostra tão logo seja notificado;
• Permanecer no controle de sua amostra até que a mesma seja devidamente selada;
• Assegurar-se de que toda a documentação é corretamente assinada e de que você 
recebeu a sua cópia.
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
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CUIDADOS MÉDICOS DISPENSADOS AOS ATLETAS
• A saúde dos Participantes deverá prevalecer sobre a performance esportiva ou 
resultado.
• A Lista Proibida contém uma porcentagem muito pequena das substâncias farmacológicas 
disponíveis e não impede o tratamento adequado de Atletas por razões terapêuticas justificáveis.
• O IPC encoraja os países a estabelecer sua própria lista de drogas permitidas com seus 
nomes comerciais, uma vez que uma mesma marca pode ser utilizada em diferentes países 
em medicamentos com diferentes composições. Todavia, isto não dá autoridade aos países 
de sobrepor as determinações da WADA a respeito das Substâncias que são Proibidas.
• O único uso legítimo de drogas no esporte é sob a supervisão de um médico para um 
motivo clínico justificável e quando não entra em conflito com o Código.
• Se uma substância da Lista Proibida é usada para fins terapêuticos durante uma 
competição, o atleta deve buscar imediatamente uma possível isenção do IPC IUT ou na 
ausência de tal isenção, desistir da competição.
• Se um atleta, segundo o diretor médico do IPC, corre risco de causar danos à sua saúde ou 
à saúde de outros, ao continuar a competir, então após consultar com o Comitê Paraolímpico 
Nacional (CPN) do atleta, pode-se pedir ao atleta que desista da competição.
• A única possibilidade de isenção por uso de uma substância da Lista Proibida por um 
atleta é o processo de IUT.
• Os Comitês Organizadores devem garantir que qualquer material promocional distribuído 
aos participantes seja livre de contaminação por substâncias da Lista Proibida. Da mesma 
forma, farmácias nas competições devem assegurar que os medicamentos prescritos para 
participantes que estão na lista proibida estejam claramente identificados como tal.
49
--- MANUAL ANTIDOPING DO ESPORTE PARAOLÍMPICO --- 
BIBLIOGRAFIA
Aquino Neto, F.R. O papel do atleta na Sociedade e o controle de dopagem no esporte. Ver. 
Bras. Med. Esporte 7 (4):134-48, 2001.
Bento, R.M.A.; Damasceno, L.M.P.; Aquio Neto, F.R. Recombinant human erythropoietin in 
sports: a review. Rev. Bras. Med. Esporte 9 (3):181-190, 2003.
DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. Jornal Brasileiro de Medicina, 32ª. edição. 
Editora de Publicações Científicas Ltda. Rio de Janeiro, 2003/2004.
De Rose, E. H. A Medicina do Esporte através dos tempos. In: Oliveira, M.A.B e Nobrega, A.C.L. 
(Editores) Tópicos Especiais em Medicina do Esporte. Editora Atheneu. São Paulo, 2003. 
De Rose, E.H. e Nóbrega, A.C.L. O doping na atividade esportiva. In: Pace Lasmar, N., Camanho,

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