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Conheça quais são os tipos de solos existentes no Brasil. Ebook Gratuito Solos no Brasil https://agropos.com.br/ O Solo corresponde à massa natural que compõe a superfície da Terra que suporta ou é capaz de suportar plantas. O Brasil possui uma grande diversidade de solos em sua extensão continental, decorrente da ampla diversidade de pedoambientes e de fatores de formação do solo. https://agropos.com.br/solo-fertil/ https://agropos.com.br/ O mapa de solos do Brasil, mostra um amplo domínio das cores alaranjadas e rosas, indicando, respectivamente, o amplo domínio de Latossolos e Argissolos, cerca de 62,5%. Observe também que o emaranhado de cor é bem maior na região semi-árida, sugerindo maior complexidade. A seguir são definidas as 13 classes de solos reconhecidas no Brasil em nível de ordem devidamente apresentadas em mapas esquemáticos, e com suas subdivisões em subordens. Figura: Distribuição das classes de solos no Brasil. https://agropos.com.br/ LATOSSOLOS (33,7 %) Latossolo Vermelho Acriférrico típico Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, dentro de 200 cm da superfície do solo ou dentro de 300 cm, se o horizonte A apresenta mais que 150 cm de espessura. O incremento de argila do horizonte A para o B é pouco acentuado, de maneira que a relação textural B/A é, na grande maioria dos casos próximos à unidade, não podendo ultrapassar 1,5. Trata-se da classe de solos de maior expressão geográfica do país e com ampla distribuição ao longo do território nacional (Figura abaixo). Em geral, ocupam área de topografia aplainada dos chapadões do Brasil Central, de Planaltos do Sul do país, além de áreas da região Amazônica (terra firme), sob diferentes coberturas vegetais. Ocorrem também em áreas acidentadas ao longo da costa brasileira, no domínio dos Mares de Morros Florestados. https://agropos.com.br/ São solos profundos, bem drenados com colorações que variam do amarelo ao vermelho-escuro. É bom frisar que embora a intemperização e lixiviação tenham sido intensas durante a formação dos Latossolos (processo de latolização ou laterização ou ferralitização), nem todos os Latossolos são distróficos ou álicos. Têm sido constatados no Brasil alguns Latossolos eutróficos em regiões onde a precipitação é menor que a evapotranspiração, normalmente relacionados a rochas mais ricas em nutrientes, sobretudo basalto e calcário. Figura: Distribuição da classe dos Latossolos no Brasil.. https://agropos.com.br/ A mineralogia da fração argila dos Latossolos apresenta proporções variadas de caulinita, gibbsita e óxidos de ferro como hematita (responsável pela cor vermelha) e goethita (cor amarela). Quanto mais intemperizado (mais oxidíco) for o Latossolo maior é a tendência de apresentar estrutura granular fortemente desenvolvida (estrutura “tipo pó de café”). Aqueles com mineralogia mais caulinítica tendem apresentar estrutura em blocos subangulares fraca ou quando muito, moderadamente desenvolvida. Parte da subordem dos Latossolos Brunos, mais especificamente aqueles desenvolvidos de basalto em regiões planálticas no Sul do país, apresentam mineralogia peculiar, onde a vermiculita com hidroxi entre camadas ocupa proporção considerável da fração argila, juntamente com a caulinita e goethita. Grande parte dos Latossolos Vermelhos férricos e perférricos do país (desenvolvidos de basalto e tufito principalmente) apresentam quantidades consideráveis de magnetita (fração areia) e maghemita (argila), óxidos de ferro responsáveis pela grande atração ao magneto destes solos. https://agropos.com.br/ praticamente sem risco de salinização quando irrigados em razão de sua boa drenagem; solo profundo e sem pedregosidade; 01 topografia e condições físicas do solo favoráveis à mecanização (agricultura tecnificada); É, sem dúvida, a classe de solos de maior importância agrícola (agro-silvo-pastoril) do país, e por uma série de razões: boa rede viária para escoamento da produção; áreas próximas, ou relativamente próximas a centros consumidores e exportadores, dentre outros fatores. Como fatores negativos ao seu aproveitamento agrícola destacam-se: baixa fertilidade natural sendo, em sua maioria, ácida; grande capacidade de adsorção de fosfato, sobretudo aqueles mais argilosos e oxidícos; alta velocidade de infiltração de água, mormente nos Latossolos de textura média e mesmo aqueles argilosos mais oxidícos (baixo Ki). A seguir são definidas resumidamente as 4 subordens de Latossolos reconhecidas no Brasil. 03 02 04 https://agropos.com.br/fertilidade-do-solo-e-nutricao-das-plantas/ https://agropos.com.br/ LATOSSOLOS BRUNOS São solos brunados, com horizonte A húmico, proeminente, ou com teores de Corg > 10 g/kg até 70 cm ou mais de profundidade. Além da cor, uma das características responsáveis pelo reconhecimento destes Latossolos em nível de subordem é sua alta capacidade de contração com a perda de umidade, resultando em fendilhamento pronunciado observados em barrancos expostos ao sol ainda que por poucos dias (caráter retrátil). Desenvolvem-se normalmente a partir de basalto, em áreas de topografia suave em regiões de altitude do RS, SC e PR. Latossolo Bruno Distrófico Húmico Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São Latossolos de coloração amarela, com matiz 7,5 YR ou mais amarelo (10 YR ou 2,5 Y) na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte Bw, inclusive BA. Com este novo critério de cor, a classe dos Latossolos Amarelos ficou mais abrangente e passou a englobar solos anteriormente classificados como Latossolos Vermelho-Amarelos, de outros ambientes que não aqueles do domínio das áreas do grupo Barreiras nos platôs litorâneos, ou sedimentos correlatados na Amazônia. Incluem, atualmente, solos com caráter coeso (aqueles de tabuleiro) ou não. No domínio dos cerrados, boa parte dos Latossolos Vermelho Amarelos de textura média tendendo para arenosa, passaram a ser enquadrads como Latossolos Amarelos. LATOSSOLOS AMARELOS Latossolo Amarelo. Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São Latossolos de coloração vermelha, com matiz 2,5 YR ou mais vermelho na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte Bw, inclusive BA. Observe que Latossolos anteriormente classificados como Vermelho-Escuros, Roxos e Ferríferos foram agora englobados como Latossolos Vermelhos em nível de subordem. Assim um antigo Latossolo Roxo com teor de Fe2O3 > 18 eaqueles do platô de São Gotardo e a grande maioria daqueles da mata atlântica mineira são atualmente classificados como Latossolos Vermelho-Amarelos. LATOSSOLOS VERMELHO-AMARELOS Latossolo Vermelho-amarelo Ácrico Típico Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ ARGISSOLOS (28,8%) Argissolo Vermelho-amarelo (PVA). Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São solos constituídos por material mineral caracterizados pela presença do horizonte diagnóstico B textural de argila de atividade baixa (Tb), distrófico ou eutrófico. Eventualmente, o horizonte Bt pode ser atividade alta (Ta), neste caso, porém, necessariamente deve apresentar baixa saturação de bases (Vdistróficos, com capacidade de retenção de água e CTC muito baixas e com grande propensão à lixiviação (textura arenosa) e erosão (estrutura tipo grãos, ou seja, sem formação de agregados). Estas são, suas principais limitações ao uso agrícola. NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS Neossolo Quartzarênico (RQ) Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ As características físico-químicas destes solos limitam sobremaneira sua possibilidade de aproveitamento agrícola de forma mais intensa, mesmo em condição de relevo plano ou suave ondulado, onde ocorrem com mais frequência. Quando não se encontram sob vegetação natural (cerrado, floresta, caatinga) são utilizados com pastagem e reflorestamento. Em áreas de maior precipitação pluviométrica, ou sob irrigação, têm também sido utilizados na produção de soja, algodão, mandioca etc. É bom lembrar que apesar de muito arenosos, estes solos podem variar quanto à proporção areia grossa/areia fina, quanto ao arredondamento dos grãos de quartzo; quanto ao empacotamento do material terroso etc. Isto tem grande influência sobre o manejo destes solos. De qualquer forma, para exploração agrícola intensiva, tem que ter cuidado especial com estes solos. Por isto atualmente tem sido referido, como solos frágeis. https://agropos.com.br/soja-no-brasil/ https://agropos.com.br/solo-arenoso/ https://agropos.com.br/ CAMBISSOLOS (5,3 %) Cambissolo Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São solos minerais pouco evoluídos, com sequência de horizonte A, Bi, C, em que o horizonte Bi tenha no mínimo 10 cm de espessura e textura seja mais fina que franco-arenosa. O horizonte Bi encontra-se subjacente a praticamente todos os tipos de horizontes superficiais exceto o horizonte hístico com 40 cm ou mais de espessura, ou horizonte A chernozêmico, quando o Bi apresentar saturação de bases e argila de atividade alta. Neste último caso, são enquadrados como Chernossolos. Pela própria incipiência de desenvolvimento pedogenético e pela diversidade de material de origem de que se originam, os Cambissolos são muito variáveis quanto à: cor, espessura, textura, estrutura, fertilidade (predominando distróficos), atividade de argila (quase sempre Tb), relação silte/argila (podendo ser maior ou menor do que 0,7, dependendo do material de origem). Os teores de silte, normalmente pensados como mais elevados, também é variável, e dependente do material de origem. Tendem a ser mais siltosos quando desenvolvidos de material pelítico, como o siltito, por exemplo. A estrutura do Bi é na grande maioria das vezes perceptível, variando de fraca e moderada. Os teores de argila variam pouco do horizonte A para o B, de maneira que praticamente não se tem gradiente textural e, consequentemente nem cerosidade. https://agropos.com.br/ A quantidade de minerais primérios de ateração mais fácil é variável e dependente do material de origem e clima. Aqueles da região semi-árida tendem a tem uma quantidade mais elevada destes minerais. Aqueles das regiões de topografia mais movimentada, e clima mais úmido, desenvolvidas de rochas granitoides e alcalinas, a quantidade destes minerais é pouco expressiva, chegando em alguns casos ser cauli-oxídicos. No atual SiBCS são reconhecidas quatro subordens: Cambissolos Hísticos (CI), Cambissolos Húmicos (CH), Cambissolos Flúvicos (CY) e Cambissolos Háplicos (CX). Figura: Distribuição da classe dos Cambissolos no Brasil. https://agropos.com.br/ PLANOSSOLOS (2,4%) Planossolo Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São solos minerais, imperfeitamente ou mal drenados (cores acinzentadas ou neutras indicadoras de redução), com sequência de horizontes do tipo A ou A, E, mais arenosos, que se assentam sobre o horizonte plânico (mais argiloso), geralmente caracterizando uma mudança textural abrupta. Os solos desta classe ocorrem dominantemente em áreas de relevo plano ou plano e suave ondulado. Principalmente sob clima mais ameno e mais úmido (RS, veja mapa), são solos verdadeiramente hidromórficos e muito utilizados com arroz inundado. Em regiões semi-áridas e, mesmo naquelas onde o solo está sujeito apenas a um excesso de água por período relativamente curto, não chegam a ser propriamente solos hidromórficos. https://agropos.com.br/solo-arenoso/ https://agropos.com.br/ Podem ser solódicos, solódicos (nátricos), ou não. Quando nátricos (outrora chamados de Solonetz Solodizado), é comum apresentarem estrutura colunar ou prismática, ou mesmo em blocos angulares e subangulares grandes. Tamanha é a dureza desta organização estrutural que praticamente inviabiliza a penetração de raízes das plantas, a não ser aquelas adaptadas a estas condições, e favorece sobremaneira à erosão. Daqui a dificuldade de aproveitamento, prevalecendo com a vegetação natural (caatinga hiperxerófila), ou quando muito utilizados com palma forrageira. No atual SiBCS são reconhecidas duas subordens: Planossolos Nátricos (SN) e Planossolos Háplicos (SX). Figura: Distribuição da classe dos Planossolos no Brasil. https://agropos.com.br/ LUVISSOLOS (2,9%) Luvissolo Crômico Órtico solódico Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São solos que também apresentam horizonte Bt porém, necessariamente, com argila de atividade alta e V ≥ 50 %, imediatamente abaixo de horizontes A fraco ou moderado, ou horizonte E. Até a publicação do SIBCS em 1999, estes solos só eram reconhecidos na região semi-árida do Brasil, sob a denominação de Solos Brunos não Cálcicos, às vezes também referendados popularmente entre os pedólogos como solo vermelho-sertão. Com a publicação do SiBCS, houve uma abertura de conceito e solos muito diferentes dos Bruno não Cálcicos, foram também classificados como Luvissolos até, surpreendentemente no Acre (veja mapa). São solos de alta fertilidade natural (eutróficos) e foram muito utilizados na produção de algodão (arbóreo) na região semi-arida. Atualmente, na sua maioria, encontram-se utilizados na criação de caprinos, ovinos e mesmo bovinos, de forma extensiva no meio da caatinga. A palma forrageira é, também, muito cultivada nestes solos, em sua maioria em pequenas e médias lavouras. https://agropos.com.br/ No semi-árido, estes solos são muito propensos à erosão, sobretudo em áreas de relevo suave ondulado e ondulado, em razão da pouca espessura e do fraco desenvolvimento estrutural do horizonte B, além do contraste de textura do A para o B, em geral abrupta. Além disso a precipitação, ainda que relativamente pequena (em geral, entre 300 a 700 mm/ano), é concentrada e pega a caatinga ainda sem folha. A erosão é severa: laminar, levando parte do horizonte A, quando não todo, não sendo raro o sulcamento intenso. No atual SiBCS são reconhecidas duas subordens: Luvissolos Crômicos (TC) e Luvissolos Háplicos (TX). Figura: Distribuição da classe dos Luvissolos no Brasil. https://agropos.com.br/ VERTISSOLOS (0,2%) Vertissolo Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ Compreende solos minerais pouco evoluídos, não hidromórficos, mas com restrição de drenagem, com textura sempre acima de 30 % de argila, em que todos os perfis analisados no Brasil até o momento indicam eutrofia marcante (V muito maior que 50 %). Apresentam pronunciadas mudanças de volume com a variação do teor de umidade, com a manifestação de fendas largas e profundas, na época da seca, e, ainda, movimentação intensa da massa do solo, indicada pela presença de superfícies de fricção ou slikensides. Figura: Distribuição da classe dos Vertissolos no Brasil. https://agropos.com.br/ Apesar da eutrófia, são pouco permeáveis, duros a extremamente duros quando secos e muito plásticos e muito pegajosos quando molhados, em razão do predomínio de argilominerais 2:1 expansivos (principalmente montmorilonita), o que acarreta em sérias limitações ao seu aproveitamento agrícola, ou mesmo com sérios problemas na construção civil (moradias, estradasetc). Isto não significa que não sejam explorados. Por exemplo com cana-de-açucar (Recncavo e sertões baiano e sergipano), pastagem e arroz inundado no RS. A cor é varia desde o cinza/oliváceo ao preto, como no caso alguns “solos negros” da campanha Gaúcha, passando por tonalidades brunadas, e bruno-avermelhadas (“achocolatada”), como alguns Vertissolos no município de Souzaa na Paraíba. A sua expressão geográfica é muito pequena (0,2 %), sendo encontrados de forma mais expressiva na região semi-árida brasileira, Recôncavo baiano, Campanha Gaúcha e Pantanal Matogrossense. Os Vertissolos uma importância histórica muito grande na agricultura brasileira. É um dos solos chamados massapês, talvez o principal, utilizados na produção de açúcar nos primórdios de nossa colonização. No atual SiBCS são reconhecidas três subordens: Vertissolos Hidromórficos (VG), Vertissolos Ebânicos (VE) e Vertissolos Háplicos (VX). https://agropos.com.br/cana-de-acucar/ https://agropos.com.br/ PLINTOSSOLOS (5,1%) Plintossolo Pétrico concrecionário Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São solos restrições de drenagem mais (antigas Lateritas Hidromórficas), ou menos intensas (antiga Laterita de Terra Firme, mais comum). Esta definição, ainda que pouco usual, indica que estes solos são formados em condições onde o lençol freático flutuou verticalmente ao longo do tempo de formação. Ora mais na superfície (condição redutora), ora em profundidade maior (condição oxidante, períodos secos longos). Apresentam horizonte plíntico nos 40 cm superficiais ou mais profundo quando subsequente a horizonte E, ou a horizonte com bastante mosqueado resultante de redução, ou a horizonte petroplíntico. São bastante diversificados quanto à textura, mineralogia, tipo de horizonte A, fertilidade etc. As características comuns são aquelas dadas pelo horizonte plíntico, como o aspecto variegado, constituído de manchas de colorações bastante distintas, desde o vermelho (locais com maior acúmulo de ferro, onde ocorre presença de plintita) passando ao amarelo, acinzentado e pálido. A plintita quando sujeita a climas mais secos (áridos) transforma-se em petroplintita (nódulos e concreções lateríticas), originando solos antigamente reconhecidos anteriormente como Solos Concrecionários e atualmente como Plintossolos Pétricos. https://agropos.com.br/ Quando ao uso, têm potencial agrícola variável em função da fertilidade, do grau de drenagem e da profundidade de ocorrência da petroplintita quando esta se encontra presente. Cultiva-se arroz, mas no geral mais comum é com pastagens. As áreas mais extensas estão na região Amazônica, Amapá, ilha de Marajó, Maranhão, Piauí, Tocantins, Goiás e Pantanal Mato-grossense. No atual SiBCS são reconhecidas três subordens: Plintossolos Pétricos (FF), Plintossolos Argilúvicos (FT) e Plintossolos Háplicos (FX). Figura: Distribuição da classe dos Plintossolos no Brasil https://agropos.com.br/ ESPODOSSOLOS (1,7%) Espodossolo Humilúvico hidromórfico Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São solos minerais, que podem ou não ser hidromórficos, onde um horizonte B espódico e precedido de horizonte E álbico, ou de horizonte A. Quando orevalecem condições de hidromorfismo, lençol freático elevado, são denominados de Espodossolos Hidromórficos. A diferenciação entre horizontes é bastante clara, sendo que normalmente observa-se um horizonte A de cor cinza escuro ou claro, às vezes bastante escuro também, seguido de um horizonte E esbranquiçado, e posteriormente de um horizonte B escuro ou negro (resultado do acúmulo de matéria orgânica - horizonte Bh), este pode ou não ser seguido de um horizonte amarelo-avermelhado (indicativo de presença de óxidos de ferro e alumínio – horizonte Bs).Figura: Distribuição da classe dos Espodossolos no Brasil. https://agropos.com.br/ São normalmente de textura arenosa, e em quase sua totalidade álicos ou distróficos, características que limitam muito o uso agrícola destes solos, sendo que os hidromórficos ainda apresentam problemas relacionados à drenagem. São usados principalmente com culturas de subsistência. São encontrados principalmente nos estados de Amazonas e Roraima, em grandes áreas no Pantanal sul-matogrossense, sendo que pequenas áreas são observadas na costa leste do Brasil, na Bahia, Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Sul. Acorrem principalmente em áreas arenosas das cabeceiras do rio Negro, na Amazônia, no Pantanal Matogrossense, onde são bem diferenciados quimicamente dos demais, e nas áreas litorâneas das restingas. No atual SiBCS são reconhecidas três subordens: Espodossolos Humilúvicos (EK), Espodossolos Ferrilúvicos (ES) e Espodossolos Ferri-humilúvicos (ESK). https://agropos.com.br/solo-arenoso/ https://agropos.com.br/ ORGANOSSOLOS (0,1%) Organossolo Háplico Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ Compreende solos de constituição orgânica, localizados em ambientes hidromórficos ou não, cujos primeiros quarenta centímetros superficiais são constituídos de camadas orgânicas cujo teor de carbono é maior ou igual a 80 g/kg. Esta condição orgânica faz com que estes solos apresentem baixíssimos valores de densidade aparente e elevada capacidade de retenção de água. Trata-se de solos de pequena expressão geográfica no Brasil, normalmente encontrados nas posições mais baixas e mal drenadas das várzeas, ou em ambientes de elevadas altitudes e baixas temperaturas, onde raramente ocupam áreas muito amplas. São muito utilizados com horticultura, necessitando, para isso, de drenagem em razão da superficialidade do lençol freático. https://agropos.com.br/ É importante destacar que algumas áreas de solos orgânicos ainda que pequenas, são constituídas por verdadeiras turfas, muito profundas ou encontram-se próximas a cabeceiras de drenagem, como no caso dos buritizais (veredas) em Minas Gerais. Nestes casos, o aproveitamento agrícola deve ser tanto quanto possível evitado, pela sua importância como manancial de água. No atual SiBCS são reconhecidas três subordens: Organossolos Tiomórficos (OJ), Organossolos Fólicos (OO) e Organossolos Háplicos (OX). Figura: Distribuição da classe dos Organossolos no Brasil. https://agropos.com.br/ GLEISSOLOS (4,4%) Gleissolo Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ Caracteriza-se pelo expressivo hidromorfismo, impingindo cores muito acinzentadas. O horizonte A mais comum é o moderado podendo ocorrer o proeminente ou turfoso o horizonte diagnóstico apresenta características de gleização, típicas de locais onde se observa acúmulo de água (baixadas, várzeas ao longo dos rios etc.) Figura: Distribuição da classe dos Gleissolos no Brasil. https://agropos.com.br/ São normalmente de argila de atividade baixa e quanto à fertilidade são geralmente distróficos, ainda que não exclusivamente. Pode apresentar incremento de argila do horizonte A para o B, sem, no entanto, caracterizar uma mudança textural abrupta. Trata-se de classe de pequena expressão geográfica podendo ser encontrado em qualquer baixada permeada por rios e riachos. A utilização é variada e dependente de drenagem, podendo citar: pastagens; arroz inundado, horticultura etc. No atual SiBCS são reconhecidas quatro subordens: Gleissolos Tiomórficos (GJ), Gleissolos Sálicos (GZ), Gleissolos Melânicos (GM) e Gleissolos Háplicos (GX). https://agropos.com.br/ CHERNOSSOLOS (0,3%) Chernossolo Argilúvico órtico típico Fonte: Acervo da Embrapa Solos https://agropos.com.br/ São solos constituídos por material mineral caracterizados pela presença do horizonte diagnóstico A chernozêmico seguido por: horizonte B incipiente ou B textural, ambos Ta e eutróficos; ou horizonte cálcico, petrocálcico ou caráter carbonático coincidindo com horizonte A chernozêmico e/ou com horizonte C, admitindo-se, entre os dois, horizonte Bi com espessura150 g kg-1 de solo ou mais de carbonato de cálcio equivalente. No atual SiBCS são reconhecidas quatro subordens: Chernossolos Rêndzicos (MD), Chernossolos Ebânicos (ME), Chernossolos Argilúvicos (MT) e Chernossolos Háplicos (MX).Figura: Distribuição da classe dos Chernossolos no Brasil. https://agropos.com.br/ Então podemos afimar que o Brasil destaca-se como grande produtor agrícola, fato proveniente do extenso território e também da fertilidade do solo. Em razão da dimensão territorial do Brasil, é possível identificar diversos tipos de solo que são diferenciados segundo a tonalidade, composição e granulação. Esperamos que esse Ebook tenha te ajudado a conhecer melhor cada tipo de solo existente em nosso país. https://agropos.com.br/ A AgroPós posssui uma pós- graduação totalmente focada em Solos e Nutrição de Plantas. Não perca mais tempo se qualifique e faça a diferença no mercado profissional. 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