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Aula 02
Administração Pública p/ TCE-CE (Analista - Auditoria Governamental)
Professor: Rodrigo Rennó
Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
Prof. Rodrigo Rennó 
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Aula 2: Sistemas de compras governamentais ±
Parte 2 
Olá pessoal, tudo bem? 
Na aula de hoje iremos cobrir o seguinte item do edital: 
¾ Noções de Gestão de Contratos.
Irei trabalhar com várias questões da FCC, mas incluirei algumas 
questões do Cespe, da ESAF ou da FGV quando não tiver questões da FCC 
do tema trabalhado, ok? Espero aproveitem bastante a aula! 
Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
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Sumário 
Contratos Administrativos ........................................................................ 3
Conceito de Contratos .......................................................................... 3
Características dos Contratos Administrativos ................................................ 7
Obrigatoriedade de licitação prévia à celebração dos contratos. ........................... 7
Formalismo. .................................................................................. 8
Desigualdade entre as partes. .............................................................. 10
Bilateralidade. .............................................................................. 10
Intuitu Personae. ........................................................................... 11
Contrato de Adesão. ........................................................................ 13
Cláusulas Exorbitantes. .................................................................... 13
Cláusulas Necessárias ...................................................................... 21
Garantia dos Contratos ....................................................................... 25
Recebimento do Objeto do Contrato ......................................................... 26
Prorrogação, Renovação ou Extinção do Contrato Administrativo ........................ 27
Alteração Contratual ....................................................................... 32
Rescisão. .................................................................................... 38
Teoria da Imprevisão ......................................................................... 40
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 55
Gabarito .......................................................................................... 71
Bibliografia ...................................................................................... 72
Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
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Contratos Administrativos 
Conceito de Contratos 
Na aula de hoje, vamos falar sobre os Contratos Administrativos. 
Este é um tópico que tem relação direta com as compras públicas. 
A primeira coisa que devemos ter em mente é a diferença entre 
Contratos Administrativos e Contratos da Administração. 
Os contratos da administração são aqueles em que a Administração 
3~EOLFD� UHDOL]D� FRP� R� SDUWLFXODU� HP� SRVLomR� GH� ³TXDVH´� LJXDOGDGH�� VHP�
chamar para si a prerrogativa da supremacia do interesse público. 
'HVVD� IRUPD�� D� $GPLQLVWUDomR� QmR� DWXD� QD� SHUVSHFWLYD� GH� ³SRGHU�
S~EOLFR´��3RUWDQWR��VmR�FRQWUDWRV�UHJLGRV�SHODV�QRUPDV�GR�GLUHLWR�SULYDGR��
O art. 62, parágrafo 3o, inciso I, da Lei 8.666/93 exemplifica os contratos 
da administração: 
Figura 1. Exemplos de contratos da administração. 
No entanto, a Lei das Licitações, no mesmo dispositivo, faz uma 
observação sobre a existência de algumas prerrogativas na celebração 
dos contratos administrativos. Tais prerrogativas garantem certa 
supremacia ao poder público. Dentre elas, temos: 
Contratos de 
seguros
Contratos de 
financiamento
Contratos de 
locação em que a 
administração seja 
a locatária
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Teoria e exercícios comentados 
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Figura 2 - Prerrogativas nos contratos administrativos 
Por tudo isso, observa-se que a Lei informa a possibilidade de se usar 
as prerrogativas do poder público, em prol da Administração, em contratos 
regidos predominantemente de direito privado. 
Os contratos administrativos, em comparação com os contratos 
privados, apresentam várias distinções que permitem com que a 
Administração Pública fique em certa posição de superioridade 
frente à outra parte do contrato firmado. Vejamos algumas dessas 
distinções rapidamente agora. 
Nos contratos administrativos, aplicam-se as normas e princípios de 
Direito Público e estes devem observar às regras da Lei 8.666/93; já nos 
contratos privados, aplicam-se as normas do Direito Privado, normas, 
estas, apresentadas no Código Civil. 
Nos primeiros contratos, nota-se a Administração em posição de 
superioridade frente ao contratado, com suas prerrogativas; já no segundo, 
deve haver uma horizontalidade, isto é, as partes devem ficar em posição 
de igualdade. 
Só um detalhe importante que pode ser pegadinha de provas: o 
artigo 54 da Lei dispõe que, aos contratos administrativos, aplicam-se, 
supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as 
disposições de direito privado, ok? 
Também nunca é demais lembrar que, como qualquer outro contrato, 
o contrato administrativo deve expressar cláusulas de forma clara e
precisa, observando o que estava disposto nos termos da licitação e da 
proposta apresentada. 
Possibilidade de modificação unilateral do 
contrato;
Poder de rescindi-lo unilateralmente;
Fiscalização de sua execução;
Aplicação de sanções;
Ocupação provisória.
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Nos contratos administrativos, a Administração pode mudar, de modo 
unilateral, as cláusulas firmadas no contrato em busca de se alcançar o 
interesse público; enquanto que, nos contratos privados, as cláusulas são 
imutáveis (pacta sunt servanda) para poder defender os interesses 
privados de cada parte contratante, gerando segurança jurídica. 
Como exemplos dos contratos administrativos têm-se: concessão de 
serviço público, parcerias público-privada, consórcio público. Enquanto 
que, nos contratos privados, temos com exemplo: contratos de compra e 
venda simples. 
Vejamos, por fim, os conceitos de contrato administrativo e contrato 
da administração1: 
¾ Contrato administrativo�� ³Ajuste entre a Administração
Pública, quando na qualidade de poder público, e particulares,
firmado nos termos estipulados pela própria
administração contratante, em conformidade com o
interesse público, e sob regência predominante do direito
público´�
¾ Contrato da Administração�� ³Ajuste firmado entre a
Administração Pública e particulares, no qual a administração
não figura na qualidade de poder público, sendo tal ajuste,
por isso, regido predominantemente pelo direito privado´�
Segue um quadro resumo das principais diferenças entre contratos 
administrativos e contratos da administração: 
Figura 3. Diferenças básicas entre contratos administrativos e contratos da administração 
Segundo Alexandrino e Paulo, o objeto dos contratos administrativos 
consiste em: 
1 (Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado,2014) 
Contratos Administrativos:
ͻ Supremacia do interesse
público;
ͻDireito Público;
ͻCláusulas mutáveis pela
Administração Pública;
ͻEx: Contratos de concessão de
serviço público, PPP.
Contratos da Administração:
ͻ Igualdade/Horizontalidade;
ͻDireito Privado;
ͻCláusulas Immutáveis (pacta
sunt servanda);
ͻEx:Contrato de aluguel, compra
e venda simples.
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³8PD� UHODomR� MXUtGLFD� �RX� GLYHUVDV� UHODo}HV�
jurídicas) concernente a qualquer bem, direito ou 
serviço que seja do interesse da Administração 
Pública, ou necessária ao desempenho de suas 
atividades ± obras, compras, fornecimentos,
locações, alienações, serviços, concessões2´�
Conforme o descrito acima, podemos ter em mente que o objeto dos 
contratos administrativos deve ter a finalidade sempre de satisfazer ao 
interesse público. 
Vamos ver questões em que se cobraram estes tópicos? 
1 ± (FCC - TJ-AP - ANALISTA ± 2009) Os contratos administrativos, 
regidos pela Lei no 8.666/93, regulam-se pelas suas cláusulas e 
pelos preceitos de direito público, 
a) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral
dos contratos, mas não as disposições de direito privado. 
b) aplicando-se-lhes, supletivamente, as disposições de direito
privado, mas não os princípios da teoria geral dos contratos. 
c) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral
dos contratos e as disposições de direito privado. 
d) não se lhes aplicando, supletivamente, nem os princípios da
teoria geral dos contratos, nem as disposições de direito privado. 
e) aplicando-se-lhes, também, em pé de igualdade, os princípios
da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. 
Nesta questão, a FCC também copiou e colou o artigo 54 da Lei 
8.666/93. O item que está de acordo com esse artigo é a letra C. 
Vale lembra que deve haver clareza e precisão nas condições que 
definam os direitos, as obrigações e as responsabilidades das partes 
expressas em cláusulas nos contratos. Gabarito, portanto, letra C. 
2 - (CESPE - IBAMA - TÉCNICO ± 2012) Todo contrato celebrado 
pela administração pública será considerado um contrato 
administrativo. 
Pessoal, nem todo contrato celebrado pela Administração é 
considerado contrato administrativo. Ela também celebra contratos regidos 
2 (Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009) 
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predominantemente de direito privado, denominados de contrato da 
administração, como um contrato de locação, cuja administração figure 
como locatária. 
Só não se esqueçam de que no contrato administrativo, há uma busca 
pelo interesse público. No contrato da administração, há plena igualdade 
entre as partes. Dessa forma, o gabarito é questão errada. 
3 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) Aos contratos 
administrativos aplicam-se, supletivamente, as disposições de 
direito privado. 
Para responder esta questão, basta atentar para o comando do artigo 
54 da Lei nº 8.666, de 1993, senão vejamos: 
³$UW�������2V�FRQWUDWRV�DGPLQLVWUDWLYRV�GH�TXH�WUDta
esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos 
preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, 
supletivamente, os princípios da teoria geral dos 
contratos e as disposições de direito privado´�
Dessa forma, o gabarito é questão correta, pois as disposições do 
direito privado são aplicadas de forma supletiva aos contratos 
administrativos. 
Características dos Contratos Administrativos 
Diversos doutrinadores apresentam características variadas 
aplicadas aos Contratos Administrativos. Vamos, aqui, tentar listar as mais 
citadas pelas bancas de concurso. 
Obrigatoriedade de licitação prévia à celebração dos contratos. 
De regra, é necessário executar previamente um processo licitatório 
antes de podermos firmar um contrato administrativo. Entretanto, há 
exceções previstas em lei, como nos casos de licitação dispensada, 
dispensável ou inexigível. 
Vejamos uma questão sobre o tema? 
4 - (CESPE - MTE ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2014) Em razão da 
submissão ao regime jurídico administrativo, a administração 
pública não dispõe da mesma liberdade para contratar que é 
conferida a particular. 
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Questão correta, pois a administração realmente não possui a mesma 
liberdade para contratar que um particular possui, pois além da 
obrigatoriedade de realizar o procedimento de licitação, a Administração 
poderá fazer só o que a lei autorizar, como a dispensa de alguns casos de 
licitação. Dessa forma, o gabarito é mesmo questão correta. 
Formalismo. 
Na maioria dos casos, os contratos são escritos e formais. Constam 
nos contratos os nomes das partes e os de seus representantes, a 
finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da 
licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às 
normas desta Lei e às cláusulas contratuais. 
O contrato, como instrumento, é exigível nos casos de concorrência 
e de tomada de preços, além dos casos de inexigibilidade e dispensa com 
preços englobados por essas modalidades de licitação. 
Nos demais casos, é facultado o uso de carta-contrato, nota de 
empenho de despesa, entre outros. 
Vamos a uma questão relativa ao tema? 
5 ± (FCC - TCM-GO ± AUDITOR ± 2015) O Município de Itumbiara, 
por intermédio de sua Secretaria da Saúde, precisa adquirir um lote 
de vacinas que será utilizado na campanha de prevenção da gripe 
³$´��3DUD�WDQWR��D�6HFUHWDULD�HVWi�DXWRUL]DGD�D� 
a) celebrar contrato em nome do Município de Itumbiara, ao qual
referido órgão público se vincula. 
b) celebrar contrato em nome do Secretário, autoridade máxima do
referido órgão público, não havendo necessidade de participação 
do Município, porque o órgão dispõe de personalidade judiciária, a 
despeito de não possuir personalidade jurídica própria. 
c) celebrar contrato em nome próprio, porque o ordenamento
jurídico confere ao referido órgão autonomia em relação ao 
Município. 
d) adquirir o medicamento sem a formalização de contrato, de
forma verbal, em nome do Secretário, porquanto a exigência de 
formalização de ajuste por contrato escrito só se aplica às pessoas 
jurídicas. 
e) celebrar contrato em nome próprio, porque o ordenamento
jurídico confere a referido ente público personalidade jurídica 
própria, a despeito de não conferir autonomia em relação ao 
Município ao qual pertence. 
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Pessoal, órgão não tem personalidade jurídica própria, não é 
verdade? Então o contrato deverá ser celebrado em nome do município, no 
qual constarão os nomes das partes e os de seus representantes, a 
finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da 
licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às 
normas desta Lei e às cláusulas contratuais. Gabarito, portanto, letra A. 
6 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) Em decorrência do princípio 
do formalismo, todas as contratações celebradas pela 
administração pública devem ser formalizadas por meio de 
instrumento de contrato, não sendo possível a sua substituição por 
outros instrumentos, como anota de empenho de despesa. 
4XHVWmR�HUUDGD��SRLV� ³R� LQVWUXPHQWR�GH� FRQWUDWR�p�obrigatório nos 
casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e 
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas 
duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a 
Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como 
carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou 
RUGHP�GH�H[HFXomR�GH�VHUYLoR´� 
Dessa forma, a Lei autoriza que se formalizem contratações por 
outros instrumentos hábeis. Gabarito, portanto, questão errada. 
7 - (CESPE - TJ-SE ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± 2014) Os contratos 
administrativos submetem-se ao princípio do formalismo, razão 
pela qual é obrigatório que sejam formalizados mediante 
instrumento de contrato, sendo vedada a formalização por meio de 
qualquer outro instrumento. 
Vejam o que dispõe o artigo 62 da Lei 8.666, de 1993: 
³$UW������2� LQVWUXPHQWR�GH� FRQWUDWR�p�REULJDWyULR�
nos casos de concorrência e de tomada de preços, 
bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos 
preços estejam compreendidos nos limites destas 
duas modalidades de licitação, e facultativo nos 
demais em que a Administração puder substituí-lo 
por outros instrumentos hábeis, tais como carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização 
de compra ou ordem de execução de sHUYLoR´�
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Gabarito, portanto, questão errada, pois há outras possibilidades de 
se utilizar instrumentos para formalizar os acordos realizados pela 
Administração Pública. 
Desigualdade entre as partes. 
Nos Contratos Administrativos, observa-se a Administração Pública 
em posição de superioridade frente à outra parte contratante. Tal 
superioridade decorre do fato da prerrogativa de supremacia de interesse 
público. 
Pode-se observar, portanto, uma verticalidade na relação entre o 
poder público e o particular. 
Bilateralidade. 
O que se nota nas cláusulas de um contrato administrativo é a 
previsão de obrigação para as duas partes envolvidas. No geral, as 
obrigações são semelhantes, a denominada comutatividade. 
Entretanto, existem as denominadas cláusulas exorbitantes, que 
veremos com maior detalhe daqui a pouco. 
Vamos ver uma questão? 
8 ± (FCC - TRE-RR ± TÉCNICO ± 2015) Uma das características dos 
contratos administrativos denomina-se comutatividade, segundo a 
qual o contrato administrativo: 
a) se reveste de obrigações recíprocas e equivalentes para as
partes. 
b) deve ser executado pelo próprio contratado.
c) se expressa por escrito e com requisitos especiais.
d) é remunerado na forma convencionada.
e) pressupõe anterior licitação.
Questão bem tranquila, não é verdade? A descrição da 
comutatividade está descrita na letra A. 
A letra B refere-se a intuito personae, que veremos a seguir. A letra 
&�UHPHWH�j�³IRUPDOLGDGH´��$�OHWUD�'�UHODFLRQD-VH�FRP�D�³RQHURVLGDGH´��$�
letra E não é característica do contrato, como pede o comando da questão. 
Dessa forma, o gabarito é a letra A. 
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Intuitu Personae. 
Normalmente, os contratos administrativos seguem a regra da 
pessoalidade. Isto significa que, em geral, não se pode trocar o licitante 
vencedor, já que este foi selecionado devido a sua proposta ser a mais 
vantajosa, além de garantir uma execução conforme o previsto no contrato. 
Isso se denomina como intuitu personae. 
O que se deve atentar aqui é pelo fato dessa pessoalidade não ser 
absoluta, isto é, há previsão, na Lei de Licitações, de a Administração 
autorizar limites para a subcontratação parcial, desde que previsto no 
edital e no contrato. 
Portanto, desde que o edital tenha expressado, assim como o 
contrato, tal previsão de subcontratação, a administração terá a 
prerrogativa de avaliar o caso, autorizando ou não a subcontratação, com 
limites a serem observados. 
Só mais dois detalhes acerca da subcontratação. O primeiro é que ela 
não transfere as responsabilidades da empresa contratada para a que foi 
subcontratada. E o segundo é um exemplo em que a Lei não autoriza a 
subcontratação, como no disposto no §3º do artigo 13º da Lei. 
Logo, nos casos em que a empresa de prestação de serviços 
técnicos especializados apresente relação de integrantes de seu 
corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de 
justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, fica obrigado 
a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente 
os serviços objeto do contrato. 
Vejamos como a FCC já cobrou esse assunto. 
9 ± (FCC - TCE-GO ± ACE ± 2014) Nos termos da Lei no 8.666/1993, 
o contratado, na execução do contrato administrativo, sem prejuízo
das responsabilidades contratuais e legais: 
a) poderá subcontratar apenas partes de serviço ou de
fornecimento, mas não de obra, desde que respeite o limite 
estabelecido mediante acordo entre as partes. 
b) não poderá subcontratar partes de obra, serviço ou
fornecimento, sob pena de burla ao procedimento licitatório. 
c) poderá subcontratar apenas partes da obra, mas não de serviço
ou de fornecimento, desde que respeite o limite estabelecido 
mediante acordo entre as partes. 
d) poderá subcontratar apenas partes da obra, mas não de serviço
ou de fornecimento, desde que respeite o limite imposto pela 
Administração. 
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e) poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até
o limite admitido, em cada caso, pela Administração.
Conforme o artigo 72 da Lei nº ����������³o contratado, na execução
do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, 
poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite 
admitido, em cada caso, pela Administração�´ 
Isso está descrito exatamente na letra E, sendo, portanto, o gabarito 
da nossa questão. 
Pessoal, atenção para a banca Cespe que costuma não considerar 
essa exceção e diz que todo contrato para os quais a lei exige licitação são 
firmados intuitu personae. 
Vejamos uma questão sobre o tema: 
10 - (CESPE - MTE ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2014) Todos os 
contratos para os quais a lei exige licitação são firmados intuitu 
personae, ou seja, em razão de condições pessoais do contratado, 
apuradas no procedimento da licitação. 
Pessoal, essa questão tem pegadinha, pois a banca Cespe considera 
que todos os contratos que a lei exige licitação são firmados intuitu 
personae, considerando questão correta. Ela não considerou a exceção. 
Entretanto, lembrem-se de que essa regra admite exceção para 
muitos doutrinadores, como no caso de subcontratação parcial, desde que 
previsto no edital e no contrato e que a Administração a autorize. Dessa 
forma, o gabarito da banca foi questão correta. 
Conforme vimos, a banca Cespe costuma não considerar essa 
exceção e diz que todo contrato para os quais a lei exige licitação são 
firmados intuitu personae. 
No entanto, ela já cobrou diferente, senão vejamos: 
11 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) Considerando que a 
Secretaria de Cultura do DF pretenda contratar empresa de 
publicidade para realizar campanha de divulgação de um festival de 
música que ocorrerá em Brasília, julgue o item que se segue. 
Em razão do caráter personalíssimo dos contratos administrativos, 
a administração não poderá admitira subcontratação do referido 
serviço. 
'H�DFRUGR�FRP�D�/HL�GDV�/LFLWDo}HV�H�GRV�&RQWUDWRV��³R�FRQWUDWDGR��
na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e 
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legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, 
até o limite admitido��HP�FDGD�FDVR��SHOD�$GPLQLVWUDomR´� 
Dessa forma, desde que haja previsão no edital, assim como no 
contrato, a Administração avaliará o caso e decidirá pela autorização ou 
não da subcontratação, estabelecendo os limites a serem subcontratados 
de obras, serviços ou fornecimentos. Gabarito, portanto, questão errada. 
Logo, fica difícil entender a banca, não é verdade? Então, se na prova, 
vier bem detalhado o caso de subcontratação, como da questão anterior, o 
Cespe considera que se permite a subcontratação. 
Contrato de Adesão. 
Na Lei 8.666/93, em seu artigo 55, encontram-se diversas obrigações 
que devem estar presentes nos contratos administrativos. Com isso, o que 
se observa é a existência de regras que podem ser apreciadas pelos 
prováveis licitantes antes de se habilitarem para a licitação, já que a minuta 
do futuro contrato estará presente no edital. 
Evita-se, portanto a tentativa de o particular tentar alterar 
alguma cláusula do contrato que poderá vir a assinar caso ganhe o 
procedimento licitatório. Logo, no contrato de adesão, nota-se que a 
vontade da parte oposta à Administração apresenta limites. 
Cláusulas Exorbitantes. 
Falamos anteriormente que a Administração Pública está em posição 
se superioridade sobre a outra parte contratada, não é verdade? Falamos 
também que tal posição se deve ao fato de a Administração possuir a 
prerrogativa de supremacia do interesse público, não foi isso? 
Pois bem, alguns autores associam essa prerrogativa às cláusulas 
exorbitantes que são nada mais que cláusulas presentes nos contratos que 
conferem certos poderes à Administração. 
Citaremos aqui as cláusulas exorbitantes listadas na Lei 8.666/93, 
art. 58: 
³$UW�� ���� 2� UHJLPH� MXUtGLFR� GRV� FRQWUDWRV�
administrativos instituído por esta Lei confere à 
Administração, em relação a eles, a prerrogativa 
de: 
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I - modificá-los, unilateralmente, para melhor 
adequação às finalidades de interesse público, 
respeitados os direitos do contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos 
especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução 
total ou parcial do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar 
provisoriamente bens móveis, imóveis, 
pessoal e serviços vinculados ao objeto do 
contrato, na hipótese da necessidade de acautelar 
apuração administrativa de faltas contratuais pelo 
contratado, bem como na hipótese de rescisão do 
contrato administrativo. 
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e
monetárias dos contratos administrativos não 
poderão ser alteradas sem prévia concordância do 
contratado. 
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as
cláusulas econômico-financeiras do contrato 
deverão ser revistas para que se mantenha o 
HTXLOtEULR�FRQWUDWXDO�´
O inciso III desse artigo dispõe sobre a fiscalização da execução 
contratual. Essa prerrogativa que o poder público possui é um poder-dever 
e permite que um representante da AdminLVWUDomR�ILVFDOL]H�R�³DQGDPHQWR´�
do contrato, autorizando, inclusive, a contratação de terceiros para se fazer 
assistido e subsidiado de informações pertinentes. 
Vale ressaltar que essa fiscalização não exclui ou reduz o 
responsável pela execução do contrato pelos danos, por culpa ou dolo, 
causados diretamente à Administração ou a terceiros. 
Na hipótese de o particular promover irregularidades durante a 
execução contratual, a Lei das Licitações prevê sanções administrativas, 
como por exemplo: 
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Figura 4 - Sanções Administrativas 
Também se observa, durante a execução contratual, a possibilidade 
de ocupar temporariamente os bens e serviços relacionados ao objeto 
do contrato. Isso acontece na medida em que se nota que devem ser 
apuradas faltas do particular sobre possíveis irregularidades, assim como 
em casos de rescisão contratual. 
Tudo decorre da premissa de se manter em perfeita continuidade a 
prestação dos serviços públicos. 
Cabe ressaltar que, conforme o art. 71 da Lei 8.666/93, os encargos 
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais, devidos por causa 
da execução do contrato, são de responsabilidade do contratado e não da 
Administração. 
Apenas nos encargos previdenciários, a Administração Pública 
responde solidariamente com o contratado, ficando livre da 
responsabilidade sobre os demais encargos devidos no contrato. 
Vamos ver como estes temas podem ser cobrados em provas? 
12 ± (FCC ± MANAUSPREV ± TÉCNICO ± 2015) O regime jurídico de 
direito público confere à Administração pública um conjunto de 
prerrogativas que se expressam nas atividades por ela 
desenvolvidas. No âmbito dos contratos administrativos, podem-se 
identificar algumas cláusulas exorbitantes que representam essas 
prerrogativas da Administração pública, tal como: 
a) a possibilidade de interromper o pagamento pelos serviços
executados, por motivos de interesse público, por tempo 
indeterminado, sem que à contratada assista direito à rescisão. 
b) a faculdade de editar decreto para enquadramento do contrato
em hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação. 
Advertência
Suspensão temporária de 
participar de novas licitações, 
impedindo-se, portanto, de 
ser contratado pela 
Administração
Declaração de inidoneidade 
perante à Administração 
Pública, ficando 
impossibilitada de licitar ou 
de contratar com o poder 
público
Multas: de mora, por atraso; 
e conforme a previsão no 
instrumento convocatório ou 
contrato por inexecução total 
ou parcial do contrato
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c) o poder de decidir quando determinado contrato deve se 
submeter à prévia licitação. 
d) a possibilidade de substituir o contratado para a prestação de
determinado serviço por outro licitante, caso comprove que a 
medida será mais econômica para a Administração. 
e) a faculdade de promover alterações unilaterais no contrato,
independentemente de anuência da contratada, assegurado o 
equilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
Questão tirada do artigo 58 da Lei nº 8.666/93. As cláusulas 
exorbitantes nos contratos administrativos conferem alguns poderem à 
Administração, como o poder de modificá-los, unilateralmente, para melhor 
adequação às finalidades de interesse público, sempre respeitando os 
direitos do contratado. 
No §2º desse artigo, há a previsão de as cláusulas econômico-
financeiras do contrato serem revistas para que se mantenha o equilíbrio 
contratual. Dessa forma, a letra E está correta e é o nosso gabarito. 
13 ± (FCC - TCM-GO ± AUDITOR ± 2015) Os contratos 
administrativos e os de direito privado se distinguem entre si, a 
despeito de ambos integrarem a categoria dos negócios jurídicos. 
Contudo, apenas os contratos administrativos:a) podem ser unilateralmente modificados ou rescindidos pelo
Poder Público, para atendimento de um fim de interesse público, 
respeitado o seu equilíbrio econômico-financeiro. 
b) são mutáveis, possibilitando a instabilização da relação jurídica,
desde que tenham sido firmados por meio de procedimento 
licitatório, o que se denomina comutatividade. 
c) são regidos predominantemente por normas de direito privado,
em razão do princípio da autonomia da vontade. 
d) obrigam terceiros estranhos à relação jurídica, o que se
denomina força obrigatória do vínculo. 
e) podem ser ajustados de forma verbal e por prazo indeterminado,
em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público 
sobre o privado. 
Conforme já foi dito, uma das cláusulas exorbitantes de um contrato 
administrativo é poder modificá-los, unilateralmente, para melhor 
adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do 
contratado e o equilíbrio econômico-financeiro. Dessa forma, a letra A está 
correta, sendo o gabarito da questão. 
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A letra B está totalmente sem lógica. A comutatividade é uma 
característica do contrato administrativo no qual dispõe que o contrato se 
revestirá de obrigações recíprocas e equivalentes para as partes. 
A letra C está errada, pois os contratos administrativos regulam-se 
pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público. Os princípios da 
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado são aplicados 
de forma supletiva. 
A letra D está errada, pois nos contratos dever estar definidos os 
direitos, as obrigações e as responsabilidades das partes, em 
conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam. 
A letra E está errada, pois, conforme o §3º do artigo 57 da Lei nº 
8.666/93, é proibido prazo de vigência indeterminado para os contratos 
administrativos. Quanto à possibilidade de firmar contrato verbal, é 
possível para de pequenas compras de pronto pagamento. Gabarito, 
portanto, letra A. 
14 - (FGV - MPE-MS - ANALISTA ± 2013) As alternativas a seguir 
apresentam cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos, 
à exceção de uma. Assinale- a. 
a) Rescisão unilateral do contrato.
b) Fiscalização unilateral da obra.
c) Alteração unilateral do preço.
d) Aplicação de sanções administrativas.
e) Inoponibilidade relativa da exceção do contrato não cumprido.
Relembrando as cláusulas exorbitantes previstas no artigo 58 da Lei 
nº 8.666/93: 
³Art. 58. O regime jurídico dos contratos
administrativos instituído por esta Lei confere à 
Administração, em relação a eles, a prerrogativa 
de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor 
adequação às finalidades de interesse público, 
respeitados os direitos do contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos 
casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela 
inexecução total ou parcial do ajuste; 
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V - nos casos de serviços essenciais, ocupar 
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e 
serviços vinculados ao objeto do contrato, na 
hipótese da necessidade de acautelar apuração 
administrativa de faltas contratuais pelo 
contratado, bem como na hipótese de rescisão do 
FRQWUDWR�DGPLQLVWUDWLYR´. 
Quanto à inoponibilidade relativa da exceção do contrato não 
cumprido não é absoluta, conforme a doutrina e a jurisprudência. Dessa 
forma, ela é relativa, devendo-se manter um mínimo necessário para a 
continuidade do serviço público. Logo, o gabarito é letra C. 
15 - (FGV - TCE-BA - AGENTE ± 2013) No que tange às cláusulas 
exorbitantes aplicáveis aos contratos administrativos, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. Essas cláusulas não viabilizam a aplicação de sanções de forma 
unilateral, em âmbito administrativo. 
II. É possível haver a rescisão unilateral do contrato por parte da
Administração, em âmbito administrativo. 
III. A ocupação provisória de bens imóveis apenas poderá ocorrer
nos casos de rescisão do contrato administrativo. 
Assinale: 
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
Vamos lembrar as cláusulas exorbitantes aplicáveis em contratos 
administrativos, conforme artigo 58 da Lei das Licitações? 
De acordo com o referido artigo, a administração pública poderá 
proceder das seguintes formas frente ao contrato administrativo: 
¾ modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
contratado;
¾ rescindi-los, unilateralmente, nos casos específicos
¾ fiscalizar-lhes a execução;
¾ aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou
parcial do ajuste;
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¾ nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente
bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto
do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar
apuração administrativa de faltas contratuais pelo
contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo.
Dessa forma, pode-se concluir que apenas a afirmativa II está 
correta, e o gabarito da questão, portanto, e a letra B. 
16 ± (FCC - TRE-TO - TÉCNICO ± 2011) Dentre outras, são 
características dos contratos administrativos: 
a) comutatividade e formalidade.
b) informalidade e natureza intuitu personae.
c) onerosidade e inexistência de obrigações recíprocas para as
partes. 
d) presença de cláusulas exorbitantes e unilateralidade.
e) consensualidade e informalidade.
A letra A está correta e é o gabarito da questão. O erro da letra B 
está na informalidade. Na verdade, é a formalidade que caracteriza o 
contrato administrativo. 
A letra C está incorreta, pois existem, sim, obrigações recíprocas para 
as partes. O erro na letra D eVWi�QD�³XQLODWHUDOLGDGH´��1D�YHUGDGH��YLPRV�
que o contrato administrativo é bilateral e não unilateral. 
Finalmente, a letra E está errada, pois o contrato é consensual e 
formal. O gabarito é, portanto, a letra A. 
17 - (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± AGENTE - 2014) Como o contrato 
administrativo é um contrato de adesão, todo o seu conteúdo será 
definido unilateralmente pela própria administração. 
2OKD�Vy�D�³SHJDGLQKD´��2�FRQWUDWR�DGPLQLVWUDWLYR�p�VLP�XP�FRQWUDWR�
de adesão, mas nem todo o seu conteúdo é definido pela Administração 
Pública. Afinal de contas, o preço é fornecido pela empresa contratada. O 
gabarito é questão errada. 
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18 - (CESPE - TELEBRAS ± ESPECIALISTA ± 2013) O contrato 
administrativo é sempre consensual e, em regra, formal, oneroso e 
comutativo, mas não é intuitu personae ou personalíssimo. 
O contrato administrativo é consensual, pois demonstra uma 
vontade comum entre duas partes. Essa característica deve estar presente 
sempre, pois esse contrato não é imposto pela Administração. 
O contrato administrativo é formal, pois se manifesta na forma 
escrita. É oneroso, pois,como o próprio nome já diz, deverá ser 
remunerado. É comutativo uma vez que as partes devem manter 
compensações recíprocas e semelhantes. 
Agora, o examinador põe um erro na questão ao dispor que o contrato 
DGPLQLVWUDWLYR�QmR�p�³LQWXLWR�SHUVRQDH´, isto é, não teria a obrigação de ser 
executado por quem fora contratado. Ora pessoal, sabemos que isso não é 
verdade, pois é o próprio particular, que assinou o contrato com a 
Administração Pública, que deverá executar o contrato. 
Há, portanto, a possibilidade de se realizar a subcontratação parcial, 
desde que haja previsão no edital de licitação, assim como no contrato 
assinado, dentro dos limites legais, claro. O gabarito, portanto, é questão 
errada. 
19 - (CESPE - TELEBRAS ± ESPECIALISTA ± 2013) O contratado é 
responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e 
comerciais decorrentes da execução do contrato, porém sua 
inadimplência transfere a responsabilidade relativa a esses 
encargos para a administração pública. 
Vejamos o que dispõe o §1º do artigo 71 da Lei 8.666/93: 
͞Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais 
resultantes da execução do contrato. 
§ 1º A inadimplência do contratado, com referência
aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não 
transfere à Administração Pública a 
responsabilidade por seu pagamento, nem 
poderá onerar o objeto do contrato ou 
restringir a regularização e o uso das obras e 
edificações, inclusive perante o Registro de 
Imóveis͘͟
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Percebam que a Administração não tem responsabilidade sobre os 
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais. Entretanto, quanto aos 
encargos previdenciários, a Administração responderá solidariamente. 
Pessoal, só atenção para mais um detalhe: o STF já decidiu, em uma 
Medida Cautelar de uma 5HFODPDomR��QR�5LR�*UDQGH�GR�6XO��TXH�D�³-ustiça
do Trabalho poderia resultar na responsabilização subsidiária da 
Administração Pública, tomadora dos serviços, se constatada a 
omissão ou negligência de seus agentes na fiscalização do contrato 
administrativo (culpa in vigilando, in eligendo ou in omittendo)´. 
Desse modo, o gabarito é questão errada. 
20 ± (FCC - TRT - TÉCNICO ± 2010) Os contratos administrativos 
típicos diferenciam-se dos contratos privados, dentre outras 
características, pela: 
a) finalidade pública como seu pressuposto.
b) presença de pessoas jurídicas como contratantes.
c) natureza do objeto.
d) imposição de cláusulas exorbitantes.
e) presença do Poder Público como parte contratante.
A característica que diferencia um contrato administrativo de um 
contrato privado é a presença de cláusulas exorbitantes. Essas cláusulas 
são consideradas prerrogativas da Administração Pública, deixando-a em 
posição de superioridade frente ao particular contratado e tendo como 
finalidade a garantia da supremacia do interesse público. 
Nos contratos privados não se observam essa supremacia. O que 
existe é exatamente uma horizontalidade, deixando as partes na posição 
de igualdade. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D. 
Cláusulas Necessárias 
As cláusulas necessárias são aquelas que obrigatoriamente devem 
estar presentes nos contratos administrativos e se faltar uma deles 
qualquer, o contrato encontrar-se-á nulo. 
Dessa forma, elas devem vir explícitas no ato convocatório, 
vinculando as condições à licitação e à contratação. Vamos listar no quadro 
abaixo algumas cláusulas necessárias nos contratos administrativos, ok? 
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Figura 5. Cláusulas necessárias nos contratos administrativos. 
Vamos a mais uma questão de prova? 
21 ± (FCC - MPE-AP ± TÉCNICO ± 2012) Nos termos da Lei nº 
8.666/1993, é INCORRETO afirmar que os contratos 
administrativos: 
a) regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito
público, não lhes aplicando, nem mesmo supletivamente, 
disposições de direito privado. 
b) devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, 
obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com 
os termos da licitação e da proposta a que se vinculam. 
c) têm como cláusula necessária, dentre outras, a que estabeleça a
legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos 
casos omissos. 
d) podem ser modificados, unilateralmente, pela Administração
Pública para melhor adequação às finalidades de interesse público, 
respeitados os direitos do contratado. 
Cláusulas Necessárias
ͻ o objeto;
ͻ o regime de execução ou a forma de fornecimento;
ͻ o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preços, atualização monetária
ͻ os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de
observação e de recebimento definitivo;
ͻ o crédito pelo qual correrá a despesa;
ͻ as garantias oferecidas, quando exigidas;
ͻ os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os
valores das multas;
ͻ os casos de rescisão;
ͻ o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão;
ͻ as condições de importação, a data e a taxa de câmbio, quando for o caso;
ͻ a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao
convite e à proposta do licitante vencedor;
ͻ a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
ͻ a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato,
todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.
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e) quando decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de
licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da 
respectiva proposta. 
O item A dessa questão está incorreto e, portanto, é o gabarito. O 
erro do item está em dizer que não se aplicam, nem mesmo 
supletivamente, disposições de direito privado. 
Ora, conforme o art. 54 da Lei 8.666/93, aplicam-se, aos contratos 
administrativos, supletivamente, tanto os princípios da teoria geral dos 
contratos, quanto as disposições de direito privado. 
O item B está correto. É o texto exato do §1° do artigo 54 da Lei. A 
banca apenas copiou o texto desse parágrafo. 
O item C também está correto. Esse texto foi extraído do inciso XII 
do art. 55 da Lei 8.666/93. 
Também podemos citar como cláusulas necessárias aquelas que 
impõem no contrato: o objeto, o regime de execução, os preços, as 
condições de pagamento, os prazos de início, execução, conclusão e 
entrega do objeto. Ainda são exemplos de cláusulas necessárias: garantias 
oferecidas, direitos e responsabilidades das partes, penalidades cabíveis, 
casos de rescisão, entre outras. 
O item D está correto. A FCC copiou a letra do inciso I, artigo 58 da 
Lei 8.666/93. Nesse inciso I, pode-se notar essa prerrogativa da 
Administração de modificar o contrato unilateralmente com a finalidade de 
adequar ao interesse público, sempre que não desrespeite o direito do 
contratado. 
No item E, a FCC também copiou o conteúdo do §2° do artigo 54 da 
Lei. Portanto, o item também está correto. 
Dessa forma, o gabarito da questão é o a letra A. 
22 ± (FCC - TJ-AP - ANALISTA ± 2009) NÃO integra o rol legal de 
cláusulas necessárias em todo contrato administrativo, regido pelaLei no 8.666/93, 
 a) o objeto e seus elementos característicos. 
 b) o regime de execução ou a forma de fornecimento. 
 c) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da 
classificação funcional programática e da categoria econômica. 
d) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,
quando exigidas. 
e) a obrigação ou a dispensa de o contratado de manter, durante
toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações 
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por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação 
exigidas na licitação. 
A questão trata das cláusulas necessárias em um contrato. 
O artigo 55 da Lei 8.666/96 relata todas as cláusulas necessárias que 
um contrato deva estabelecer. 
³$UW������6mR�FOiXVXODV�QHFHVViULDV�HP�WRGR�
contrato as que estabeleçam: 
I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de 
fornecimento; 
III - o preço e as condições de pagamento, os 
critérios, data-base e periodicidade do 
reajustamento de preços, os critérios de atualização 
monetária entre a data do adimplemento das 
obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de 
execução, de conclusão, de entrega, de observação 
e de recebimento definitivo, conforme o caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com 
a indicação da classificação funcional programática 
e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar 
sua plena execução, quando exigidas; 
VII - os direitos e as responsabilidades das 
partes, as penalidades cabíveis e os valores das 
multas; 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da 
Administração, em caso de rescisão administrativa 
prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a 
taxa de câmbio para conversão, quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao 
termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à 
proposta do licitante vencedor; 
XII - a legislação aplicável à execução do 
contrato e especialmente aos casos omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, 
durante toda a execução do contrato, em 
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compatibilidade com as obrigações por ele 
assumidas, todas as condições de habilitação e 
TXDOLILFDomR�H[LJLGDV�QD�OLFLWDomR´�
Todos os itens referem-se a esse artigo 55. Apenas o item E está 
LQFRUUHWR��$�EDQFD�HVFUHYHX�³D�REULJDomR�RX�D�GLVSHQVD������´��&RQIRUPH�
inciso XIII, o erro do item está na palavra dispensa. Gabarito, portanto, 
letra E. 
Garantia dos Contratos 
Vamos falar um pouco sobre o instituto da garantia dentro dos 
Contratos Administrativos. A primeira informação que devemos ter em 
mente é a de que a existência de garantia e, consequentemente, a sua 
obrigatoriedade deve ser prevista expressamente no edital de 
convocação para licitação. 
Isto não quer dizer que seja obrigado haver a previsão de uma 
garantia em todos os casos, mas se houver, ela será devida na fase inicial, 
isto é, durante a habilitação do procedimento licitatório. 
Como já fora dito no parágrafo anterior, exigir ou não a garantia cabe 
discricionariamente à Administração decidir. Exceto em contratos de 
concessão para se executar obras públicas com prestação de serviço 
público precedente e em contratos de Parceria Público-Privada, as famosas 
PPPs. 
Nesses dois exemplos citados, a exigência de garantia é obrigatória. 
Os tipos de garantias previstos pela legislação são: 
9 Caução em dinheiro ou títulos de dívida pública;
9 Seguro-garantia;
9 Fiança bancária
Cabe ao contratado escolher por qual desses tipos ele irá
prestar a garantia exigida no instrumento convocatório. 
As garantias possuem um teto, limitando valores desproporcionais 
nessa exigência. O limite máximo será de cinco por cento do valor do 
contrato, atualizado. 
No entanto, tal limite sobe para dez por cento do valor nos 
contratos de grande vulto, com alta complexidade técnica e com riscos 
financeiros elevados. 
A garantia prestada fica retida até o fim do contrato, quando será 
devolvida com as devidas atualizações monetárias. 
Vamos ver como este tema já foi cobrado? 
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23 - (CESPE - MI ± TODOS OS CARGOS ± 2013) A prestação de 
garantia pelo particular é obrigatória para a execução de contratos 
administrativos, por constituir exigência expressa em lei. 
A garantia poderá ser exigida a critério da autoridade competente, 
em cada caso. Logo, não é em todo contrato administrativo que deverá 
haver prestação de garantia. No entanto, se vier a ter, ela deverá ser 
prevista no instrumento convocatório. 
Dessa forma, o gabarito é questão errada, pois a prestação de 
garantia pelo particular não é obrigatória na execução de contratos 
administrativos. 
Recebimento do Objeto do Contrato 
Após a execução do contrato administrativo, o objeto será recebido 
de duas formas, a depender do seu tipo: obras e serviços ou compras e 
locação de equipamentos. 
No caso de obras e serviços: 
¾ Provisoriamente ± mediante termo circunstanciado assinado
pelas partes em até 15 dias da comunicação escrita do
contratado;
¾ Definitivamente - por servidor ou comissão designada pela
autoridade competente, mediante termo circunstanciado,
assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação,
ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos
contratuais. Aqui, o prazo não poderá superar 90 (noventa
dias), exceto em casos excepcionais justificados e previstos no
edital.
No caso de compras ou de locação de equipamentos: 
¾ Provisoriamente - para posterior verificação da conformidade
do material com a especificação;
¾ Definitivamente - após a verificação da qualidade e
quantidade do material e consequente aceitação.
Há uma possibilidade de dispensa do recebimento provisório que 
seria quando o objeto tratar de gêneros perecíveis e alimentação 
preparada; serviços profissionais; obras e serviços de valor até R$ 
80.000,00 (oitenta mil reais). Neste último caso, também, não podem estar 
sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade de aparelhos, 
equipamentos e instalações para ser concedida a licença. 
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24 ± (FCC - TCE-GO ± ACE ± 2014) A empresa MM Engenharia Ltda., 
contratada pela Administração Pública para a execução de 
importante obra pública, executou fielmente o contrato, sendo o 
objeto recebido definitivamente pela autoridade competente, 
mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o 
decurso do prazo de vistoria que comprovou a adequação do objeto 
aos termos contratuais, observados os demais requisitos dispostos 
na Lei nº 8.666/1993. 
O prazo a que alude o enunciado, salvo em casos excepcionais, 
devidamente justificados e previstos no edital, NÃO poderá ser 
superior a: 
a) 90 dias.
b) 100 dias.
c) 120 dias.
d) 150 dias.
e) 180 dias.
Questão simples e decoreba. De acordo com a Lei nº 8.666/93, o 
prazo para recebimento definitivo de obras e serviços não poderá superar 
90 (noventa dias), exceto em casos excepcionais devidamente justificados 
e previstos noedital. Gabarito, portanto, letra A. 
Prorrogação, Renovação ou Extinção do Contrato Administrativo 
Antes de qualquer coisa, vocês devem levar pra prova que a vigência 
dos contratos regidos pela Lei nº 8.666/93 deve observar os respectivos 
créditos orçamentários. Logo, deve haver previsão no orçamento a cada 
ano. Essa regra comporta algumas exceções, dispostas no artigo 57: 
 ³Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta
Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos 
créditos orçamentários, exceto quanto aos 
relativos: 
I - aos projetos cujos produtos estejam 
contemplados nas metas estabelecidas no Plano 
Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se 
houver interesse da Administração e desde que isso 
tenha sido previsto no ato convocatório; 
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II - à prestação de serviços a serem executados de 
forma contínua, que poderão ter a sua duração 
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com 
vistas à obtenção de preços e condições mais 
vantajosas para a administração, limitada a 
sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, 
de 1998) 
III - (Vetado) 
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de 
programas de informática, podendo a duração 
estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e 
oito) meses após o início da vigência do contrato´. 
Vejamos como esse tema já foi cobrado em provas: 
25 - (CESPE - TC-DF - Analista ± 2014) É imprescindível que haja 
previsão orçamentária no plano plurianual para que sejam 
realizados contratos de longo prazo, ou seja, contratos com prazo 
superior ao prazo de vigência do crédito orçamentário. 
Realmente, é imprescindível que haja previsão orçamentária no PPA 
para que sejam realizados contratos de longo prazo, exceto quanto aos 
contratos relativos, por exemplo: 
¾ aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas
estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que
isso tenha sido previsto no ato convocatório;
¾ à prestação de serviços a serem executados de forma contínua,
que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos.
Dessa forma, o gabarito é questão correta. 
26 - (CESPE - TC-DF - ANALISTA ± 2014) A regra de 
prorrogabilidade dos contratos poderá ser usada para assegurar 
compras de bens de uso contínuo destinados a atender a 
necessidades públicas permanentes. 
Conforme já vimos, a duração dos contratos administrativos não 
obedece à vigência dos créditos orçamentários em alguns casos e um deles 
é o relativo à prestação de serviço executado de forma contínua. Logo, o 
gabarito é questão correta. 
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27 ± (FCC - MPE-PE ± TÉCNICO ± 2012) Nos termos da Lei no 
8.666/1993, a prestação de serviços a serem executados de forma 
contínua poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e 
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições 
mais vantajosas para a Administração, limitada a sessenta meses. 
No entanto, em caráter excepcional, devidamente justificado e 
mediante autorização da autoridade superior, o prazo de sessenta 
meses poderá ser prorrogado em até 
a) sessenta meses.
b) vinte e quatro meses.
c) seis meses.
d) doze meses.
e) trinta e seis meses.
Em regra, conforme o artigo 57 da Lei 8666/93, a duração dos 
contratos administrativos ficará limitada à vigência dos respectivos créditos 
orçamentários, exceto quanto aos relativos aos projetos cujos produtos 
estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, quanto 
à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, quanto ao 
aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática. 
No entanto, o §1º desse mesmo artigo informa que os prazos 
admitem prorrogação, desde que mantidas as demais cláusulas do contrato 
e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, além 
de justificados por escritos e de autorizados pela autoridade competente. 
Mais uma coisa que se deve levar pra hora da prova é que é vedado 
contrato com prazo indeterminado. 
A questão trata da prorrogação de contratos relativos à prestação de 
serviços executada de forma contínua e limitada a sessenta meses. O §4° 
do artigo 57 da Lei dispõe que em caráter excepcional, devidamente 
justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo poderá 
ser prorrogado em até doze meses. Desse modo, o gabarito da questão é 
a letra D. 
Continuando, um contrato administrativo pode ser prorrogado ou 
renovado. Primeiramente, destacamos que, conforme parágrafo terceiro 
do art. 57 da Lei 8.666/93, é vedado o contrato com prazo 
indeterminado. No entanto, na legislação, encontram-se algumas 
exceções ao parágrafo de Lei. 
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Dentre as exceções tem-se a possibilidade de celebrar contratos de 
concessão de direito real de uso de bem público sem prazo certo (Decreto-
Lei 271 de 1967, art. 7o). 
A diferença entre prorrogação e renovação de um contrato 
está na existência de modificação de uma ou mais cláusulas 
contratuais. Se houver alguma cláusula modificada, como, por exemplo, 
o modo de se executar o contrato referente, estaremos diante de uma
renovação contratual. 
No entanto, se houver modificação no prazo de execução do contrato, 
por exemplo, desde que devidamente fundamentada por escrito, a 
Administração competente poderá autorizar a prorrogação do prazo. 
Conforme o parágrafo 1o do art. 57 da Lei 8.666/93, a prorrogação 
pode se dar no início das etapas de execução, de conclusão e de entrega, 
desde que mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a 
manutenção do seu equilíbrio econômico-financeiro. 
Já a extinção do contrato administrativo, isto é, o fim do vínculo 
entre o particular e a Administração, pode se dar por três motivos: 
¾ Conclusão do objeto;
¾ Término do prazo;
¾ Anulação;
O art. 59 da Lei 8.666 dispõe o seguinte sobre esse motivo de
extinção contratual: 
³$UW�� ��� A declaração de nulidade do contrato
administrativo opera retroativamente impedindo os 
efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria 
produzir, além de desconstituir os já produzidos. 
Parágrafo único. A nulidade não exonera a 
Administração do dever de indenizar o 
contratado pelo que este houver executado 
até a data em que ela for declarada e por 
outros prejuízos regularmente comprovados, 
contanto que não lhe seja imputável, promovendo-
VH�D�UHVSRQVDELOLGDGH�GH�TXHP�OKH�GHX�FDXVD�´
Vamos ver como isto já foi cobrado? 
28 - (CESPE ± TELEBRAS ± ESPECIALISTA ± 2013) A conclusão do 
objeto contratual determina a extinção do contrato pela cessação 
do vínculo obrigacional entre as partes, dado o integral 
cumprimento de suas cláusulas. 
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Questão tranquila, pois ela cita um dos motivos de extinção de 
contrato administrativo, que determina a conclusão do vínculo obrigacional 
entre as partes. 
Além da conclusão do objeto contratual, forma natural de extinção, 
as outras formas de extinção do contrato são: 
¾ Término do prazo;
¾ Anulação;
¾ Rescisão.
O gabarito, dessa forma, é questão correta.
29 - (FGV - OAB ±EXAME DE ORDEM ± 2013) Determinada 
construtora sagra-se vencedora numa licitação para a reforma do 
hall de acesso de uma autarquia estadual. O contrato foi assinado 
no dia 30 de abril, com duração até 30 de outubro daquele mesmo 
ano. Iniciada a execução do contrato, a Administração constata a 
necessidade de alteração no projeto original, a fim de incluir uma 
rampa de acesso para deficientes físicos. 
Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. 
a) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, mas não a 
prorrogação do prazo de entrega da obra. 
b) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro e também a 
prorrogação do prazo de entrega da obra. 
c) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a
validade da alteração, exigindo a realização de novo procedimento 
licitatório para a totalidade da obra. 
d) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a
validade da alteração, exigindo a realização de novo procedimento 
licitatório para a construção da rampa de acesso para deficientes 
físicos. 
&RQIRUPH�D�/HL��³SDUD�UHVWDEHOHFHU�D�UHODomR�TXH�DV�SDUWHV�SDFWXDUDP�
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da 
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, 
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro 
inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou 
previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou 
impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, 
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caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica 
H[WUDRUGLQiULD�H�H[WUDFRQWUDWXDO´� 
Só um detalhe: as cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos 
contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia 
concordância do contratado. 
Por fim, a prorrogação do prazo de entrega da obra é permitida, assim 
como se admite a prorrogação dos prazos de início de etapas de execução 
e de conclusão. Dessa forma, o gabarito é letra B. 
Alteração Contratual 
O artigo 65 da Lei 8.666/93 permite a alteração contratual desde que 
devidamente justificado e nos seguintes casos: 
³I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para
melhor adequação técnica aos seus objetivos; considerada, pela 
doutrina, alteração QUALITATIVA. 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos 
limites permitidos por esta Lei; considerada, pela doutrina, alteração 
QUANTITATIVA. 
II - por acordo das partes: 
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra
ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação 
técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários; 
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial 
atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao 
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de 
fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente
entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a 
justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a 
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na 
hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de 
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do 
ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do 
príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual´. 
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Pessoal, quando a alteração se der de forma unilateral, o contratado 
deve aceitar tanto os acréscimos quando as supressões realizadas nos 
contratos da seguinte forma: 
Obras, serviços ou compras ± até 25% do valor inicial atualizado do 
contrato para acréscimos ou supressões; 
Reformas de edifício ou equipamento ± até 50%, mas só para os 
acréscimos. 
Vamos ver como esse tema já foi cobrado? 
30 ± (FCC ± TRF ± ANALISTA ± 2012) A Administração contratou a 
reforma de edifício público e, no curso da execução do contrato, 
constatou a necessidade de acréscimos nas obras inicialmente 
contratadas. De acordo com a Lei no 8.666/1993, a Administração 
a) não poderá aditar o contrato para introduzir acréscimos sob pena
de violação ao procedimento licitatório. 
b) somente poderá aditar o contrato para introduzir acréscimo em
seu objeto até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor 
inicial atualizado do contrato. 
c) poderá alterar o contrato, unilateralmente, até o limite de 50%
(cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato. 
d) somente poderá alterar o contrato com a concordância do
contratado, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do seu valor 
inicial, cabendo o reequilíbrio econômico-financeiro de acordo com 
as condições vigentes no momento da alteração. 
e) somente poderá alterar o contrato na hipótese de comprovar a
ocorrência de eventos supervenientes e sempre até o limite de 25% 
(vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato. 
Essa é uma questão interessante, pois podemos ter em mente uma 
prerrogativa da Administração no que diz respeito à continuidade da 
execução de um contrato após detectar a necessidade de acréscimos ou 
supressões nas obras, nos serviços ou nas compras. 
O item A está incorreto, pois a Administração pode sim aditar o 
contrato com a finalidade de impor acréscimos. Conforme o parágrafo 1° 
do artigo 65 da Lei das Licitações, o contratado deve aceitar, nas mesmas 
condições contratuais, isto é, com iguais objetos, materiais, equipamentos 
etc., acréscimos ou supressões. 
O item B está incorreto. Conforme o mesmo parágrafo 1° do artigo 
65 da Lei, o limite não é de 25% do valor inicial atualizado do contrato em 
qualquer caso. O que se observa é um limite de 25% (para acréscimos 
ou supressões) nas obras, serviços ou compras; porém, tal limite sobe para 
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50% (para acréscimos apenas) nos casos de reformas de edifício ou de 
equipamento. 
2�LWHP�&�HVWi�FRUUHWR��SRLV�HOH�GL]�TXH�³SRGHUi´�DOWHUDU�R�FRQWUDWR��
unilateralmente, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do valor inicial 
atualizado do contrato. Realmente, ele poderá acrescentar até o limite de 
50% nos casos de reformas de edifício ou de equipamento. 
O item D está incorreto, pois ele limita a alteração contratual a 
apenas 50% e apenas para acréscimos e não supressões. Como já vimos, 
os acréscimos ou supressões serão de 25% nas obras, serviços ou compras. 
Porém, nos casos de reformas de edifício ou de equipamentos, os 
acréscimos, apenas, poderão chegar a 50%. 
Quanto ao equilíbrio econômico-financeiro, o §6° do artigo 65 impõe 
que a Administração deve restabelecê-lo por aditamento nos casos em que 
a alteração unilateral do contrato resultar em aumento dos encargos do 
contratado. 
O item E está incorreto. Por tudo que vimos nos itens anteriores, 
podemos perceber claramenteque este item não é verdadeiro. 
Gabarito é, portanto, a letra C. 
31 ± (FCC - TRT ± ANALISTA - 2012) No curso da execução de 
contrato administrativo regido pela Lei no 8.666/1993 para a 
construção de uma rodovia, identificou-se a necessidade de 
alteração do projeto inicial para melhor adequação técnica. A 
alteração importou majoração dos encargos do contratado, em 
relação àqueles tomados por base para o oferecimento de sua 
proposta na fase de licitação. Diante dessa situação, a 
Administração contratante: 
a) poderá alterar unilateralmente o contrato, desde que a alteração
do projeto não importe acréscimo de mais de 50% do objeto. 
b) poderá alterar o contrato de forma consensual com o contratado,
assegurado o reequilíbrio econômico-financeiro, que não poderá 
superar 25% do valor do contrato. 
c) poderá alterar unilateralmente o contrato, sem necessidade de
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, que somente é 
devido nas hipóteses de álea econômica extraordinária. 
d) poderá alterar unilateralmente o contrato, reestabelecendo o
seu equilíbrio econômico-financeiro por aditamento contratual. 
e) somente poderá alterar o contrato se contar com a concordância
do contratado e assegurado o seu reequilíbrio econômico-
financeiro. 
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Como vocês perceberão, ao longo dos estudos, que a FCC gosta muito 
de cobrar esse assunto em suas questões relacionadas a contratos 
administrativos. É um tema recorrente nas provas de concursos. Então 
vamos lá respondê-la. 
O item A está incorreto, pois conforme §1° do artigo 65 da Lei de 
Licitações, a Administração pode sim alterar o contrato. Já o contratado fica 
obrigado a aceitar, desde que seja nas mesmas condições contratuais, os 
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras 
em até 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de 
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para os seus 
acréscimos. Logo, pode haver acréscimos ou supressões. 
O item B está incorreto, pois não precisa ser consensual com o 
contratado. Este deve aceitar os acréscimos e/ou supressões desde que 
sejam nas condições contratuais antes estabelecidas. 
Outro erro no item é o limite de 25%. Já vimos que esse limite pode 
chegar a 50% nos acréscimos para reformas de edifício ou de equipamento. 
O terceiro item também está errado. Conforme o §6° do artigo 65 da 
Lei, em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos 
do contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o 
equilíbrio econômico-financeiro inicial. Dessa forma, o equilíbrio 
econômico-financeiro deve ser sempre observado. 
O item D está correto, já que realmente pode superar os 25%, 
chegando até 50% nos casos de reforma de edifício ou equipamento. 
O item E está incorreto, pois a Administração pode alterar 
unilateralmente o contrato sem a concordância do contratado desde que 
respeite os limites impostos na Lei. O gabarito da questão é o item D. 
32 ± (FCC - MRE - Oficial de Chancelaria ± 2009) Os contratos 
regidos pela Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), no 
âmbito da Administração Pública, podem ser alterados, com a 
devida justificativa, 
a) unilateralmente, pela Administração ou por acordo das partes.
b) pelos Tribunais de Contas, a pedido da parte interessada.
c) pela Justiça Federal ex officio.
d) por terceiros, em quaisquer hipóteses.
e) pelo Legislativo, em caso de interesse público.
Questão tranquila. Como já vimos, os contratos regidos pela Lei de 
Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93) podem ser alterados, desde que 
justificados unilateralmente pela Administração, para: melhor adequação 
técnica de um projeto, acréscimo ou diminuição quantitativa do objeto. 
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Também podem ser alterados por acordo entre as partes para, entre 
outros motivos: substituição da garantia de execução, modificação do 
regime de execução da obra ou serviço quando for impossível de se aplicar 
os termos contratuais iniciais. O gabarito, portanto, é a letra A. 
33 - (FGV - AL-MT - PROCURADOR ± 2013) A União celebrou 
contrato de obra pública com a empresa X, vencedora de 
concorrência, para a construção de uma rodovia de 140 (cento e 
quarenta) km de extensão. O contrato foi celebrado pelo prazo de 
24 (vinte e quatro) meses. No decorrer da obra, entretanto, a 
Administração verificou a necessidade de alteração no projeto 
contratado, com o acréscimo de serviços e a prorrogação do prazo 
contratual por mais 12 meses. 
Diante do exposto, é correto afirmar que: 
a) não é possível a alteração do objeto contratado, embora a
prorrogação do prazo, em tese, seja possível. 
b) é possível o acréscimo, na obra, até o limite de 25 % (vinte e
cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, mas, por se 
tratar de contrato com prazo superior a 12 (doze) meses, é 
impossível a sua prorrogação. 
c) é possível o acréscimo, na obra, até o limite de 25 % (vinte e
cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, bem como 
a prorrogação do contrato. 
d) a alteração unilateral do contrato é permitida, mas não por razão
de alteração no projeto contratado. 
e) desde que haja expressa concordância do contratado, é possível
o acréscimo na obra, qualquer que seja o valor, bem como a
prorrogação do contrato. 
Quanto à alteração contratual, a Lei prevê como um dos casos 
possíveis seja por ato unilateral da administração, desde que haja 
modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação 
técnica aos seus objetivos ou quando necessária a modificação do valor 
contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu 
objeto. 
E quanto aos contratados em questão? Bom, a Lei dispôs que ele 
deverá aceitar as alterações, nas mesmas condições contratuais. O limite 
de acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou 
compras, deverá ser de até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial 
atualizado do contrato. 
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Se o contrato for relativo a reforma de edifício ou de equipamento, o 
limite será de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos. Dessa 
forma, o gabarito é letra C. 
34 - (CESPE - MEC ± TODOS OS CARGOS ± 2014) O contrato 
administrativo poderá ser modificado unilateralmente pela 
administração caso haja modificação do projeto ou das 
especificações para adequação técnica aos objetivos do contrato ou 
caso se julgue necessário modificar o valor contratual em 
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa do objeto do 
contrato. 
Questão correta, pois as causas de modificação unilateral do contrato 
feita pela Administração é exatamente as dispostas no enunciado da 
questão. Ou seja, quando houver modificação do projeto, ou das 
especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos OU 
quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de 
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos 
por esta Lei. Gabarito, portanto, questão correta. 
35 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) A administração pública 
possui a prerrogativa de alterar unilateralmente o objeto do 
contrato, desde que a alteração seja apenas quantitativa, 
mantendo-se a qualidade do objeto. 
Para responder essa questão, vejamos o

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