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Aula 02 Administração Pública p/ TCE-CE (Analista - Auditoria Governamental) Professor: Rodrigo Rennó Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 72 Aula 2: Sistemas de compras governamentais ± Parte 2 Olá pessoal, tudo bem? Na aula de hoje iremos cobrir o seguinte item do edital: ¾ Noções de Gestão de Contratos. Irei trabalhar com várias questões da FCC, mas incluirei algumas questões do Cespe, da ESAF ou da FGV quando não tiver questões da FCC do tema trabalhado, ok? Espero aproveitem bastante a aula! Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 72 Sumário Contratos Administrativos ........................................................................ 3 Conceito de Contratos .......................................................................... 3 Características dos Contratos Administrativos ................................................ 7 Obrigatoriedade de licitação prévia à celebração dos contratos. ........................... 7 Formalismo. .................................................................................. 8 Desigualdade entre as partes. .............................................................. 10 Bilateralidade. .............................................................................. 10 Intuitu Personae. ........................................................................... 11 Contrato de Adesão. ........................................................................ 13 Cláusulas Exorbitantes. .................................................................... 13 Cláusulas Necessárias ...................................................................... 21 Garantia dos Contratos ....................................................................... 25 Recebimento do Objeto do Contrato ......................................................... 26 Prorrogação, Renovação ou Extinção do Contrato Administrativo ........................ 27 Alteração Contratual ....................................................................... 32 Rescisão. .................................................................................... 38 Teoria da Imprevisão ......................................................................... 40 Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 55 Gabarito .......................................................................................... 71 Bibliografia ...................................................................................... 72 Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 72 Contratos Administrativos Conceito de Contratos Na aula de hoje, vamos falar sobre os Contratos Administrativos. Este é um tópico que tem relação direta com as compras públicas. A primeira coisa que devemos ter em mente é a diferença entre Contratos Administrativos e Contratos da Administração. Os contratos da administração são aqueles em que a Administração 3~EOLFD� UHDOL]D� FRP� R� SDUWLFXODU� HP� SRVLomR� GH� ³TXDVH´� LJXDOGDGH�� VHP� chamar para si a prerrogativa da supremacia do interesse público. 'HVVD� IRUPD�� D� $GPLQLVWUDomR� QmR� DWXD� QD� SHUVSHFWLYD� GH� ³SRGHU� S~EOLFR´��3RUWDQWR��VmR�FRQWUDWRV�UHJLGRV�SHODV�QRUPDV�GR�GLUHLWR�SULYDGR�� O art. 62, parágrafo 3o, inciso I, da Lei 8.666/93 exemplifica os contratos da administração: Figura 1. Exemplos de contratos da administração. No entanto, a Lei das Licitações, no mesmo dispositivo, faz uma observação sobre a existência de algumas prerrogativas na celebração dos contratos administrativos. Tais prerrogativas garantem certa supremacia ao poder público. Dentre elas, temos: Contratos de seguros Contratos de financiamento Contratos de locação em que a administração seja a locatária Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 72 Figura 2 - Prerrogativas nos contratos administrativos Por tudo isso, observa-se que a Lei informa a possibilidade de se usar as prerrogativas do poder público, em prol da Administração, em contratos regidos predominantemente de direito privado. Os contratos administrativos, em comparação com os contratos privados, apresentam várias distinções que permitem com que a Administração Pública fique em certa posição de superioridade frente à outra parte do contrato firmado. Vejamos algumas dessas distinções rapidamente agora. Nos contratos administrativos, aplicam-se as normas e princípios de Direito Público e estes devem observar às regras da Lei 8.666/93; já nos contratos privados, aplicam-se as normas do Direito Privado, normas, estas, apresentadas no Código Civil. Nos primeiros contratos, nota-se a Administração em posição de superioridade frente ao contratado, com suas prerrogativas; já no segundo, deve haver uma horizontalidade, isto é, as partes devem ficar em posição de igualdade. Só um detalhe importante que pode ser pegadinha de provas: o artigo 54 da Lei dispõe que, aos contratos administrativos, aplicam-se, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado, ok? Também nunca é demais lembrar que, como qualquer outro contrato, o contrato administrativo deve expressar cláusulas de forma clara e precisa, observando o que estava disposto nos termos da licitação e da proposta apresentada. Possibilidade de modificação unilateral do contrato; Poder de rescindi-lo unilateralmente; Fiscalização de sua execução; Aplicação de sanções; Ocupação provisória. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 72 Nos contratos administrativos, a Administração pode mudar, de modo unilateral, as cláusulas firmadas no contrato em busca de se alcançar o interesse público; enquanto que, nos contratos privados, as cláusulas são imutáveis (pacta sunt servanda) para poder defender os interesses privados de cada parte contratante, gerando segurança jurídica. Como exemplos dos contratos administrativos têm-se: concessão de serviço público, parcerias público-privada, consórcio público. Enquanto que, nos contratos privados, temos com exemplo: contratos de compra e venda simples. Vejamos, por fim, os conceitos de contrato administrativo e contrato da administração1: ¾ Contrato administrativo�� ³Ajuste entre a Administração Pública, quando na qualidade de poder público, e particulares, firmado nos termos estipulados pela própria administração contratante, em conformidade com o interesse público, e sob regência predominante do direito público´� ¾ Contrato da Administração�� ³Ajuste firmado entre a Administração Pública e particulares, no qual a administração não figura na qualidade de poder público, sendo tal ajuste, por isso, regido predominantemente pelo direito privado´� Segue um quadro resumo das principais diferenças entre contratos administrativos e contratos da administração: Figura 3. Diferenças básicas entre contratos administrativos e contratos da administração Segundo Alexandrino e Paulo, o objeto dos contratos administrativos consiste em: 1 (Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado,2014) Contratos Administrativos: ͻ Supremacia do interesse público; ͻDireito Público; ͻCláusulas mutáveis pela Administração Pública; ͻEx: Contratos de concessão de serviço público, PPP. Contratos da Administração: ͻ Igualdade/Horizontalidade; ͻDireito Privado; ͻCláusulas Immutáveis (pacta sunt servanda); ͻEx:Contrato de aluguel, compra e venda simples. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 72 ³8PD� UHODomR� MXUtGLFD� �RX� GLYHUVDV� UHODo}HV� jurídicas) concernente a qualquer bem, direito ou serviço que seja do interesse da Administração Pública, ou necessária ao desempenho de suas atividades ± obras, compras, fornecimentos, locações, alienações, serviços, concessões2´� Conforme o descrito acima, podemos ter em mente que o objeto dos contratos administrativos deve ter a finalidade sempre de satisfazer ao interesse público. Vamos ver questões em que se cobraram estes tópicos? 1 ± (FCC - TJ-AP - ANALISTA ± 2009) Os contratos administrativos, regidos pela Lei no 8.666/93, regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, a) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos, mas não as disposições de direito privado. b) aplicando-se-lhes, supletivamente, as disposições de direito privado, mas não os princípios da teoria geral dos contratos. c) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. d) não se lhes aplicando, supletivamente, nem os princípios da teoria geral dos contratos, nem as disposições de direito privado. e) aplicando-se-lhes, também, em pé de igualdade, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. Nesta questão, a FCC também copiou e colou o artigo 54 da Lei 8.666/93. O item que está de acordo com esse artigo é a letra C. Vale lembra que deve haver clareza e precisão nas condições que definam os direitos, as obrigações e as responsabilidades das partes expressas em cláusulas nos contratos. Gabarito, portanto, letra C. 2 - (CESPE - IBAMA - TÉCNICO ± 2012) Todo contrato celebrado pela administração pública será considerado um contrato administrativo. Pessoal, nem todo contrato celebrado pela Administração é considerado contrato administrativo. Ela também celebra contratos regidos 2 (Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009) Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 72 predominantemente de direito privado, denominados de contrato da administração, como um contrato de locação, cuja administração figure como locatária. Só não se esqueçam de que no contrato administrativo, há uma busca pelo interesse público. No contrato da administração, há plena igualdade entre as partes. Dessa forma, o gabarito é questão errada. 3 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) Aos contratos administrativos aplicam-se, supletivamente, as disposições de direito privado. Para responder esta questão, basta atentar para o comando do artigo 54 da Lei nº 8.666, de 1993, senão vejamos: ³$UW�������2V�FRQWUDWRV�DGPLQLVWUDWLYRV�GH�TXH�WUDta esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado´� Dessa forma, o gabarito é questão correta, pois as disposições do direito privado são aplicadas de forma supletiva aos contratos administrativos. Características dos Contratos Administrativos Diversos doutrinadores apresentam características variadas aplicadas aos Contratos Administrativos. Vamos, aqui, tentar listar as mais citadas pelas bancas de concurso. Obrigatoriedade de licitação prévia à celebração dos contratos. De regra, é necessário executar previamente um processo licitatório antes de podermos firmar um contrato administrativo. Entretanto, há exceções previstas em lei, como nos casos de licitação dispensada, dispensável ou inexigível. Vejamos uma questão sobre o tema? 4 - (CESPE - MTE ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2014) Em razão da submissão ao regime jurídico administrativo, a administração pública não dispõe da mesma liberdade para contratar que é conferida a particular. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 72 Questão correta, pois a administração realmente não possui a mesma liberdade para contratar que um particular possui, pois além da obrigatoriedade de realizar o procedimento de licitação, a Administração poderá fazer só o que a lei autorizar, como a dispensa de alguns casos de licitação. Dessa forma, o gabarito é mesmo questão correta. Formalismo. Na maioria dos casos, os contratos são escritos e formais. Constam nos contratos os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais. O contrato, como instrumento, é exigível nos casos de concorrência e de tomada de preços, além dos casos de inexigibilidade e dispensa com preços englobados por essas modalidades de licitação. Nos demais casos, é facultado o uso de carta-contrato, nota de empenho de despesa, entre outros. Vamos a uma questão relativa ao tema? 5 ± (FCC - TCM-GO ± AUDITOR ± 2015) O Município de Itumbiara, por intermédio de sua Secretaria da Saúde, precisa adquirir um lote de vacinas que será utilizado na campanha de prevenção da gripe ³$´��3DUD�WDQWR��D�6HFUHWDULD�HVWi�DXWRUL]DGD�D� a) celebrar contrato em nome do Município de Itumbiara, ao qual referido órgão público se vincula. b) celebrar contrato em nome do Secretário, autoridade máxima do referido órgão público, não havendo necessidade de participação do Município, porque o órgão dispõe de personalidade judiciária, a despeito de não possuir personalidade jurídica própria. c) celebrar contrato em nome próprio, porque o ordenamento jurídico confere ao referido órgão autonomia em relação ao Município. d) adquirir o medicamento sem a formalização de contrato, de forma verbal, em nome do Secretário, porquanto a exigência de formalização de ajuste por contrato escrito só se aplica às pessoas jurídicas. e) celebrar contrato em nome próprio, porque o ordenamento jurídico confere a referido ente público personalidade jurídica própria, a despeito de não conferir autonomia em relação ao Município ao qual pertence. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 72 Pessoal, órgão não tem personalidade jurídica própria, não é verdade? Então o contrato deverá ser celebrado em nome do município, no qual constarão os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais. Gabarito, portanto, letra A. 6 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) Em decorrência do princípio do formalismo, todas as contratações celebradas pela administração pública devem ser formalizadas por meio de instrumento de contrato, não sendo possível a sua substituição por outros instrumentos, como anota de empenho de despesa. 4XHVWmR�HUUDGD��SRLV� ³R� LQVWUXPHQWR�GH� FRQWUDWR�p�obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou RUGHP�GH�H[HFXomR�GH�VHUYLoR´� Dessa forma, a Lei autoriza que se formalizem contratações por outros instrumentos hábeis. Gabarito, portanto, questão errada. 7 - (CESPE - TJ-SE ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± 2014) Os contratos administrativos submetem-se ao princípio do formalismo, razão pela qual é obrigatório que sejam formalizados mediante instrumento de contrato, sendo vedada a formalização por meio de qualquer outro instrumento. Vejam o que dispõe o artigo 62 da Lei 8.666, de 1993: ³$UW������2� LQVWUXPHQWR�GH� FRQWUDWR�p�REULJDWyULR� nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta- contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de sHUYLoR´� Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 72 Gabarito, portanto, questão errada, pois há outras possibilidades de se utilizar instrumentos para formalizar os acordos realizados pela Administração Pública. Desigualdade entre as partes. Nos Contratos Administrativos, observa-se a Administração Pública em posição de superioridade frente à outra parte contratante. Tal superioridade decorre do fato da prerrogativa de supremacia de interesse público. Pode-se observar, portanto, uma verticalidade na relação entre o poder público e o particular. Bilateralidade. O que se nota nas cláusulas de um contrato administrativo é a previsão de obrigação para as duas partes envolvidas. No geral, as obrigações são semelhantes, a denominada comutatividade. Entretanto, existem as denominadas cláusulas exorbitantes, que veremos com maior detalhe daqui a pouco. Vamos ver uma questão? 8 ± (FCC - TRE-RR ± TÉCNICO ± 2015) Uma das características dos contratos administrativos denomina-se comutatividade, segundo a qual o contrato administrativo: a) se reveste de obrigações recíprocas e equivalentes para as partes. b) deve ser executado pelo próprio contratado. c) se expressa por escrito e com requisitos especiais. d) é remunerado na forma convencionada. e) pressupõe anterior licitação. Questão bem tranquila, não é verdade? A descrição da comutatividade está descrita na letra A. A letra B refere-se a intuito personae, que veremos a seguir. A letra &�UHPHWH�j�³IRUPDOLGDGH´��$�OHWUD�'�UHODFLRQD-VH�FRP�D�³RQHURVLGDGH´��$� letra E não é característica do contrato, como pede o comando da questão. Dessa forma, o gabarito é a letra A. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 72 Intuitu Personae. Normalmente, os contratos administrativos seguem a regra da pessoalidade. Isto significa que, em geral, não se pode trocar o licitante vencedor, já que este foi selecionado devido a sua proposta ser a mais vantajosa, além de garantir uma execução conforme o previsto no contrato. Isso se denomina como intuitu personae. O que se deve atentar aqui é pelo fato dessa pessoalidade não ser absoluta, isto é, há previsão, na Lei de Licitações, de a Administração autorizar limites para a subcontratação parcial, desde que previsto no edital e no contrato. Portanto, desde que o edital tenha expressado, assim como o contrato, tal previsão de subcontratação, a administração terá a prerrogativa de avaliar o caso, autorizando ou não a subcontratação, com limites a serem observados. Só mais dois detalhes acerca da subcontratação. O primeiro é que ela não transfere as responsabilidades da empresa contratada para a que foi subcontratada. E o segundo é um exemplo em que a Lei não autoriza a subcontratação, como no disposto no §3º do artigo 13º da Lei. Logo, nos casos em que a empresa de prestação de serviços técnicos especializados apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, fica obrigado a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato. Vejamos como a FCC já cobrou esse assunto. 9 ± (FCC - TCE-GO ± ACE ± 2014) Nos termos da Lei no 8.666/1993, o contratado, na execução do contrato administrativo, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais: a) poderá subcontratar apenas partes de serviço ou de fornecimento, mas não de obra, desde que respeite o limite estabelecido mediante acordo entre as partes. b) não poderá subcontratar partes de obra, serviço ou fornecimento, sob pena de burla ao procedimento licitatório. c) poderá subcontratar apenas partes da obra, mas não de serviço ou de fornecimento, desde que respeite o limite estabelecido mediante acordo entre as partes. d) poderá subcontratar apenas partes da obra, mas não de serviço ou de fornecimento, desde que respeite o limite imposto pela Administração. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 72 e) poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração. Conforme o artigo 72 da Lei nº ����������³o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração�´ Isso está descrito exatamente na letra E, sendo, portanto, o gabarito da nossa questão. Pessoal, atenção para a banca Cespe que costuma não considerar essa exceção e diz que todo contrato para os quais a lei exige licitação são firmados intuitu personae. Vejamos uma questão sobre o tema: 10 - (CESPE - MTE ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2014) Todos os contratos para os quais a lei exige licitação são firmados intuitu personae, ou seja, em razão de condições pessoais do contratado, apuradas no procedimento da licitação. Pessoal, essa questão tem pegadinha, pois a banca Cespe considera que todos os contratos que a lei exige licitação são firmados intuitu personae, considerando questão correta. Ela não considerou a exceção. Entretanto, lembrem-se de que essa regra admite exceção para muitos doutrinadores, como no caso de subcontratação parcial, desde que previsto no edital e no contrato e que a Administração a autorize. Dessa forma, o gabarito da banca foi questão correta. Conforme vimos, a banca Cespe costuma não considerar essa exceção e diz que todo contrato para os quais a lei exige licitação são firmados intuitu personae. No entanto, ela já cobrou diferente, senão vejamos: 11 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) Considerando que a Secretaria de Cultura do DF pretenda contratar empresa de publicidade para realizar campanha de divulgação de um festival de música que ocorrerá em Brasília, julgue o item que se segue. Em razão do caráter personalíssimo dos contratos administrativos, a administração não poderá admitira subcontratação do referido serviço. 'H�DFRUGR�FRP�D�/HL�GDV�/LFLWDo}HV�H�GRV�&RQWUDWRV��³R�FRQWUDWDGR�� na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 72 legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido��HP�FDGD�FDVR��SHOD�$GPLQLVWUDomR´� Dessa forma, desde que haja previsão no edital, assim como no contrato, a Administração avaliará o caso e decidirá pela autorização ou não da subcontratação, estabelecendo os limites a serem subcontratados de obras, serviços ou fornecimentos. Gabarito, portanto, questão errada. Logo, fica difícil entender a banca, não é verdade? Então, se na prova, vier bem detalhado o caso de subcontratação, como da questão anterior, o Cespe considera que se permite a subcontratação. Contrato de Adesão. Na Lei 8.666/93, em seu artigo 55, encontram-se diversas obrigações que devem estar presentes nos contratos administrativos. Com isso, o que se observa é a existência de regras que podem ser apreciadas pelos prováveis licitantes antes de se habilitarem para a licitação, já que a minuta do futuro contrato estará presente no edital. Evita-se, portanto a tentativa de o particular tentar alterar alguma cláusula do contrato que poderá vir a assinar caso ganhe o procedimento licitatório. Logo, no contrato de adesão, nota-se que a vontade da parte oposta à Administração apresenta limites. Cláusulas Exorbitantes. Falamos anteriormente que a Administração Pública está em posição se superioridade sobre a outra parte contratada, não é verdade? Falamos também que tal posição se deve ao fato de a Administração possuir a prerrogativa de supremacia do interesse público, não foi isso? Pois bem, alguns autores associam essa prerrogativa às cláusulas exorbitantes que são nada mais que cláusulas presentes nos contratos que conferem certos poderes à Administração. Citaremos aqui as cláusulas exorbitantes listadas na Lei 8.666/93, art. 58: ³$UW�� ���� 2� UHJLPH� MXUtGLFR� GRV� FRQWUDWRV� administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 72 I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado; II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; III - fiscalizar-lhes a execução; IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. § 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. § 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o HTXLOtEULR�FRQWUDWXDO�´ O inciso III desse artigo dispõe sobre a fiscalização da execução contratual. Essa prerrogativa que o poder público possui é um poder-dever e permite que um representante da AdminLVWUDomR�ILVFDOL]H�R�³DQGDPHQWR´� do contrato, autorizando, inclusive, a contratação de terceiros para se fazer assistido e subsidiado de informações pertinentes. Vale ressaltar que essa fiscalização não exclui ou reduz o responsável pela execução do contrato pelos danos, por culpa ou dolo, causados diretamente à Administração ou a terceiros. Na hipótese de o particular promover irregularidades durante a execução contratual, a Lei das Licitações prevê sanções administrativas, como por exemplo: Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 72 Figura 4 - Sanções Administrativas Também se observa, durante a execução contratual, a possibilidade de ocupar temporariamente os bens e serviços relacionados ao objeto do contrato. Isso acontece na medida em que se nota que devem ser apuradas faltas do particular sobre possíveis irregularidades, assim como em casos de rescisão contratual. Tudo decorre da premissa de se manter em perfeita continuidade a prestação dos serviços públicos. Cabe ressaltar que, conforme o art. 71 da Lei 8.666/93, os encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais, devidos por causa da execução do contrato, são de responsabilidade do contratado e não da Administração. Apenas nos encargos previdenciários, a Administração Pública responde solidariamente com o contratado, ficando livre da responsabilidade sobre os demais encargos devidos no contrato. Vamos ver como estes temas podem ser cobrados em provas? 12 ± (FCC ± MANAUSPREV ± TÉCNICO ± 2015) O regime jurídico de direito público confere à Administração pública um conjunto de prerrogativas que se expressam nas atividades por ela desenvolvidas. No âmbito dos contratos administrativos, podem-se identificar algumas cláusulas exorbitantes que representam essas prerrogativas da Administração pública, tal como: a) a possibilidade de interromper o pagamento pelos serviços executados, por motivos de interesse público, por tempo indeterminado, sem que à contratada assista direito à rescisão. b) a faculdade de editar decreto para enquadramento do contrato em hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação. Advertência Suspensão temporária de participar de novas licitações, impedindo-se, portanto, de ser contratado pela Administração Declaração de inidoneidade perante à Administração Pública, ficando impossibilitada de licitar ou de contratar com o poder público Multas: de mora, por atraso; e conforme a previsão no instrumento convocatório ou contrato por inexecução total ou parcial do contrato Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 72 c) o poder de decidir quando determinado contrato deve se submeter à prévia licitação. d) a possibilidade de substituir o contratado para a prestação de determinado serviço por outro licitante, caso comprove que a medida será mais econômica para a Administração. e) a faculdade de promover alterações unilaterais no contrato, independentemente de anuência da contratada, assegurado o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Questão tirada do artigo 58 da Lei nº 8.666/93. As cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos conferem alguns poderem à Administração, como o poder de modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, sempre respeitando os direitos do contratado. No §2º desse artigo, há a previsão de as cláusulas econômico- financeiras do contrato serem revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual. Dessa forma, a letra E está correta e é o nosso gabarito. 13 ± (FCC - TCM-GO ± AUDITOR ± 2015) Os contratos administrativos e os de direito privado se distinguem entre si, a despeito de ambos integrarem a categoria dos negócios jurídicos. Contudo, apenas os contratos administrativos:a) podem ser unilateralmente modificados ou rescindidos pelo Poder Público, para atendimento de um fim de interesse público, respeitado o seu equilíbrio econômico-financeiro. b) são mutáveis, possibilitando a instabilização da relação jurídica, desde que tenham sido firmados por meio de procedimento licitatório, o que se denomina comutatividade. c) são regidos predominantemente por normas de direito privado, em razão do princípio da autonomia da vontade. d) obrigam terceiros estranhos à relação jurídica, o que se denomina força obrigatória do vínculo. e) podem ser ajustados de forma verbal e por prazo indeterminado, em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público sobre o privado. Conforme já foi dito, uma das cláusulas exorbitantes de um contrato administrativo é poder modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado e o equilíbrio econômico-financeiro. Dessa forma, a letra A está correta, sendo o gabarito da questão. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 72 A letra B está totalmente sem lógica. A comutatividade é uma característica do contrato administrativo no qual dispõe que o contrato se revestirá de obrigações recíprocas e equivalentes para as partes. A letra C está errada, pois os contratos administrativos regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público. Os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado são aplicados de forma supletiva. A letra D está errada, pois nos contratos dever estar definidos os direitos, as obrigações e as responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam. A letra E está errada, pois, conforme o §3º do artigo 57 da Lei nº 8.666/93, é proibido prazo de vigência indeterminado para os contratos administrativos. Quanto à possibilidade de firmar contrato verbal, é possível para de pequenas compras de pronto pagamento. Gabarito, portanto, letra A. 14 - (FGV - MPE-MS - ANALISTA ± 2013) As alternativas a seguir apresentam cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos, à exceção de uma. Assinale- a. a) Rescisão unilateral do contrato. b) Fiscalização unilateral da obra. c) Alteração unilateral do preço. d) Aplicação de sanções administrativas. e) Inoponibilidade relativa da exceção do contrato não cumprido. Relembrando as cláusulas exorbitantes previstas no artigo 58 da Lei nº 8.666/93: ³Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado; II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; III - fiscalizar-lhes a execução; IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 72 V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do FRQWUDWR�DGPLQLVWUDWLYR´. Quanto à inoponibilidade relativa da exceção do contrato não cumprido não é absoluta, conforme a doutrina e a jurisprudência. Dessa forma, ela é relativa, devendo-se manter um mínimo necessário para a continuidade do serviço público. Logo, o gabarito é letra C. 15 - (FGV - TCE-BA - AGENTE ± 2013) No que tange às cláusulas exorbitantes aplicáveis aos contratos administrativos, analise as afirmativas a seguir. I. Essas cláusulas não viabilizam a aplicação de sanções de forma unilateral, em âmbito administrativo. II. É possível haver a rescisão unilateral do contrato por parte da Administração, em âmbito administrativo. III. A ocupação provisória de bens imóveis apenas poderá ocorrer nos casos de rescisão do contrato administrativo. Assinale: a) se apenas a afirmativa I estiver correta. b) se apenas a afirmativa II estiver correta. c) se apenas a afirmativa III estiver correta. d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. Vamos lembrar as cláusulas exorbitantes aplicáveis em contratos administrativos, conforme artigo 58 da Lei das Licitações? De acordo com o referido artigo, a administração pública poderá proceder das seguintes formas frente ao contrato administrativo: ¾ modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado; ¾ rescindi-los, unilateralmente, nos casos específicos ¾ fiscalizar-lhes a execução; ¾ aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 72 ¾ nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. Dessa forma, pode-se concluir que apenas a afirmativa II está correta, e o gabarito da questão, portanto, e a letra B. 16 ± (FCC - TRE-TO - TÉCNICO ± 2011) Dentre outras, são características dos contratos administrativos: a) comutatividade e formalidade. b) informalidade e natureza intuitu personae. c) onerosidade e inexistência de obrigações recíprocas para as partes. d) presença de cláusulas exorbitantes e unilateralidade. e) consensualidade e informalidade. A letra A está correta e é o gabarito da questão. O erro da letra B está na informalidade. Na verdade, é a formalidade que caracteriza o contrato administrativo. A letra C está incorreta, pois existem, sim, obrigações recíprocas para as partes. O erro na letra D eVWi�QD�³XQLODWHUDOLGDGH´��1D�YHUGDGH��YLPRV� que o contrato administrativo é bilateral e não unilateral. Finalmente, a letra E está errada, pois o contrato é consensual e formal. O gabarito é, portanto, a letra A. 17 - (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± AGENTE - 2014) Como o contrato administrativo é um contrato de adesão, todo o seu conteúdo será definido unilateralmente pela própria administração. 2OKD�Vy�D�³SHJDGLQKD´��2�FRQWUDWR�DGPLQLVWUDWLYR�p�VLP�XP�FRQWUDWR� de adesão, mas nem todo o seu conteúdo é definido pela Administração Pública. Afinal de contas, o preço é fornecido pela empresa contratada. O gabarito é questão errada. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 72 18 - (CESPE - TELEBRAS ± ESPECIALISTA ± 2013) O contrato administrativo é sempre consensual e, em regra, formal, oneroso e comutativo, mas não é intuitu personae ou personalíssimo. O contrato administrativo é consensual, pois demonstra uma vontade comum entre duas partes. Essa característica deve estar presente sempre, pois esse contrato não é imposto pela Administração. O contrato administrativo é formal, pois se manifesta na forma escrita. É oneroso, pois,como o próprio nome já diz, deverá ser remunerado. É comutativo uma vez que as partes devem manter compensações recíprocas e semelhantes. Agora, o examinador põe um erro na questão ao dispor que o contrato DGPLQLVWUDWLYR�QmR�p�³LQWXLWR�SHUVRQDH´, isto é, não teria a obrigação de ser executado por quem fora contratado. Ora pessoal, sabemos que isso não é verdade, pois é o próprio particular, que assinou o contrato com a Administração Pública, que deverá executar o contrato. Há, portanto, a possibilidade de se realizar a subcontratação parcial, desde que haja previsão no edital de licitação, assim como no contrato assinado, dentro dos limites legais, claro. O gabarito, portanto, é questão errada. 19 - (CESPE - TELEBRAS ± ESPECIALISTA ± 2013) O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais decorrentes da execução do contrato, porém sua inadimplência transfere a responsabilidade relativa a esses encargos para a administração pública. Vejamos o que dispõe o §1º do artigo 71 da Lei 8.666/93: ͞Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. § 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis͘͟ Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 72 Percebam que a Administração não tem responsabilidade sobre os encargos trabalhistas, fiscais e comerciais. Entretanto, quanto aos encargos previdenciários, a Administração responderá solidariamente. Pessoal, só atenção para mais um detalhe: o STF já decidiu, em uma Medida Cautelar de uma 5HFODPDomR��QR�5LR�*UDQGH�GR�6XO��TXH�D�³-ustiça do Trabalho poderia resultar na responsabilização subsidiária da Administração Pública, tomadora dos serviços, se constatada a omissão ou negligência de seus agentes na fiscalização do contrato administrativo (culpa in vigilando, in eligendo ou in omittendo)´. Desse modo, o gabarito é questão errada. 20 ± (FCC - TRT - TÉCNICO ± 2010) Os contratos administrativos típicos diferenciam-se dos contratos privados, dentre outras características, pela: a) finalidade pública como seu pressuposto. b) presença de pessoas jurídicas como contratantes. c) natureza do objeto. d) imposição de cláusulas exorbitantes. e) presença do Poder Público como parte contratante. A característica que diferencia um contrato administrativo de um contrato privado é a presença de cláusulas exorbitantes. Essas cláusulas são consideradas prerrogativas da Administração Pública, deixando-a em posição de superioridade frente ao particular contratado e tendo como finalidade a garantia da supremacia do interesse público. Nos contratos privados não se observam essa supremacia. O que existe é exatamente uma horizontalidade, deixando as partes na posição de igualdade. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D. Cláusulas Necessárias As cláusulas necessárias são aquelas que obrigatoriamente devem estar presentes nos contratos administrativos e se faltar uma deles qualquer, o contrato encontrar-se-á nulo. Dessa forma, elas devem vir explícitas no ato convocatório, vinculando as condições à licitação e à contratação. Vamos listar no quadro abaixo algumas cláusulas necessárias nos contratos administrativos, ok? Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 72 Figura 5. Cláusulas necessárias nos contratos administrativos. Vamos a mais uma questão de prova? 21 ± (FCC - MPE-AP ± TÉCNICO ± 2012) Nos termos da Lei nº 8.666/1993, é INCORRETO afirmar que os contratos administrativos: a) regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, não lhes aplicando, nem mesmo supletivamente, disposições de direito privado. b) devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam. c) têm como cláusula necessária, dentre outras, a que estabeleça a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos. d) podem ser modificados, unilateralmente, pela Administração Pública para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado. Cláusulas Necessárias ͻ o objeto; ͻ o regime de execução ou a forma de fornecimento; ͻ o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, atualização monetária ͻ os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo; ͻ o crédito pelo qual correrá a despesa; ͻ as garantias oferecidas, quando exigidas; ͻ os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; ͻ os casos de rescisão; ͻ o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão; ͻ as condições de importação, a data e a taxa de câmbio, quando for o caso; ͻ a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; ͻ a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos; ͻ a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 72 e) quando decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta. O item A dessa questão está incorreto e, portanto, é o gabarito. O erro do item está em dizer que não se aplicam, nem mesmo supletivamente, disposições de direito privado. Ora, conforme o art. 54 da Lei 8.666/93, aplicam-se, aos contratos administrativos, supletivamente, tanto os princípios da teoria geral dos contratos, quanto as disposições de direito privado. O item B está correto. É o texto exato do §1° do artigo 54 da Lei. A banca apenas copiou o texto desse parágrafo. O item C também está correto. Esse texto foi extraído do inciso XII do art. 55 da Lei 8.666/93. Também podemos citar como cláusulas necessárias aquelas que impõem no contrato: o objeto, o regime de execução, os preços, as condições de pagamento, os prazos de início, execução, conclusão e entrega do objeto. Ainda são exemplos de cláusulas necessárias: garantias oferecidas, direitos e responsabilidades das partes, penalidades cabíveis, casos de rescisão, entre outras. O item D está correto. A FCC copiou a letra do inciso I, artigo 58 da Lei 8.666/93. Nesse inciso I, pode-se notar essa prerrogativa da Administração de modificar o contrato unilateralmente com a finalidade de adequar ao interesse público, sempre que não desrespeite o direito do contratado. No item E, a FCC também copiou o conteúdo do §2° do artigo 54 da Lei. Portanto, o item também está correto. Dessa forma, o gabarito da questão é o a letra A. 22 ± (FCC - TJ-AP - ANALISTA ± 2009) NÃO integra o rol legal de cláusulas necessárias em todo contrato administrativo, regido pelaLei no 8.666/93, a) o objeto e seus elementos característicos. b) o regime de execução ou a forma de fornecimento. c) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica. d) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas. e) a obrigação ou a dispensa de o contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 72 por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. A questão trata das cláusulas necessárias em um contrato. O artigo 55 da Lei 8.666/96 relata todas as cláusulas necessárias que um contrato deva estabelecer. ³$UW������6mR�FOiXVXODV�QHFHVViULDV�HP�WRGR� contrato as que estabeleçam: I - o objeto e seus elementos característicos; II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; VIII - os casos de rescisão; IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso; XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos; XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 72 compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e TXDOLILFDomR�H[LJLGDV�QD�OLFLWDomR´� Todos os itens referem-se a esse artigo 55. Apenas o item E está LQFRUUHWR��$�EDQFD�HVFUHYHX�³D�REULJDomR�RX�D�GLVSHQVD������´��&RQIRUPH� inciso XIII, o erro do item está na palavra dispensa. Gabarito, portanto, letra E. Garantia dos Contratos Vamos falar um pouco sobre o instituto da garantia dentro dos Contratos Administrativos. A primeira informação que devemos ter em mente é a de que a existência de garantia e, consequentemente, a sua obrigatoriedade deve ser prevista expressamente no edital de convocação para licitação. Isto não quer dizer que seja obrigado haver a previsão de uma garantia em todos os casos, mas se houver, ela será devida na fase inicial, isto é, durante a habilitação do procedimento licitatório. Como já fora dito no parágrafo anterior, exigir ou não a garantia cabe discricionariamente à Administração decidir. Exceto em contratos de concessão para se executar obras públicas com prestação de serviço público precedente e em contratos de Parceria Público-Privada, as famosas PPPs. Nesses dois exemplos citados, a exigência de garantia é obrigatória. Os tipos de garantias previstos pela legislação são: 9 Caução em dinheiro ou títulos de dívida pública; 9 Seguro-garantia; 9 Fiança bancária Cabe ao contratado escolher por qual desses tipos ele irá prestar a garantia exigida no instrumento convocatório. As garantias possuem um teto, limitando valores desproporcionais nessa exigência. O limite máximo será de cinco por cento do valor do contrato, atualizado. No entanto, tal limite sobe para dez por cento do valor nos contratos de grande vulto, com alta complexidade técnica e com riscos financeiros elevados. A garantia prestada fica retida até o fim do contrato, quando será devolvida com as devidas atualizações monetárias. Vamos ver como este tema já foi cobrado? Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 72 23 - (CESPE - MI ± TODOS OS CARGOS ± 2013) A prestação de garantia pelo particular é obrigatória para a execução de contratos administrativos, por constituir exigência expressa em lei. A garantia poderá ser exigida a critério da autoridade competente, em cada caso. Logo, não é em todo contrato administrativo que deverá haver prestação de garantia. No entanto, se vier a ter, ela deverá ser prevista no instrumento convocatório. Dessa forma, o gabarito é questão errada, pois a prestação de garantia pelo particular não é obrigatória na execução de contratos administrativos. Recebimento do Objeto do Contrato Após a execução do contrato administrativo, o objeto será recebido de duas formas, a depender do seu tipo: obras e serviços ou compras e locação de equipamentos. No caso de obras e serviços: ¾ Provisoriamente ± mediante termo circunstanciado assinado pelas partes em até 15 dias da comunicação escrita do contratado; ¾ Definitivamente - por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais. Aqui, o prazo não poderá superar 90 (noventa dias), exceto em casos excepcionais justificados e previstos no edital. No caso de compras ou de locação de equipamentos: ¾ Provisoriamente - para posterior verificação da conformidade do material com a especificação; ¾ Definitivamente - após a verificação da qualidade e quantidade do material e consequente aceitação. Há uma possibilidade de dispensa do recebimento provisório que seria quando o objeto tratar de gêneros perecíveis e alimentação preparada; serviços profissionais; obras e serviços de valor até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Neste último caso, também, não podem estar sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade de aparelhos, equipamentos e instalações para ser concedida a licença. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 72 24 ± (FCC - TCE-GO ± ACE ± 2014) A empresa MM Engenharia Ltda., contratada pela Administração Pública para a execução de importante obra pública, executou fielmente o contrato, sendo o objeto recebido definitivamente pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de vistoria que comprovou a adequação do objeto aos termos contratuais, observados os demais requisitos dispostos na Lei nº 8.666/1993. O prazo a que alude o enunciado, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital, NÃO poderá ser superior a: a) 90 dias. b) 100 dias. c) 120 dias. d) 150 dias. e) 180 dias. Questão simples e decoreba. De acordo com a Lei nº 8.666/93, o prazo para recebimento definitivo de obras e serviços não poderá superar 90 (noventa dias), exceto em casos excepcionais devidamente justificados e previstos noedital. Gabarito, portanto, letra A. Prorrogação, Renovação ou Extinção do Contrato Administrativo Antes de qualquer coisa, vocês devem levar pra prova que a vigência dos contratos regidos pela Lei nº 8.666/93 deve observar os respectivos créditos orçamentários. Logo, deve haver previsão no orçamento a cada ano. Essa regra comporta algumas exceções, dispostas no artigo 57: ³Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 72 II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) III - (Vetado) IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato´. Vejamos como esse tema já foi cobrado em provas: 25 - (CESPE - TC-DF - Analista ± 2014) É imprescindível que haja previsão orçamentária no plano plurianual para que sejam realizados contratos de longo prazo, ou seja, contratos com prazo superior ao prazo de vigência do crédito orçamentário. Realmente, é imprescindível que haja previsão orçamentária no PPA para que sejam realizados contratos de longo prazo, exceto quanto aos contratos relativos, por exemplo: ¾ aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; ¾ à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos. Dessa forma, o gabarito é questão correta. 26 - (CESPE - TC-DF - ANALISTA ± 2014) A regra de prorrogabilidade dos contratos poderá ser usada para assegurar compras de bens de uso contínuo destinados a atender a necessidades públicas permanentes. Conforme já vimos, a duração dos contratos administrativos não obedece à vigência dos créditos orçamentários em alguns casos e um deles é o relativo à prestação de serviço executado de forma contínua. Logo, o gabarito é questão correta. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 72 27 ± (FCC - MPE-PE ± TÉCNICO ± 2012) Nos termos da Lei no 8.666/1993, a prestação de serviços a serem executados de forma contínua poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração, limitada a sessenta meses. No entanto, em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo de sessenta meses poderá ser prorrogado em até a) sessenta meses. b) vinte e quatro meses. c) seis meses. d) doze meses. e) trinta e seis meses. Em regra, conforme o artigo 57 da Lei 8666/93, a duração dos contratos administrativos ficará limitada à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, quanto à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, quanto ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática. No entanto, o §1º desse mesmo artigo informa que os prazos admitem prorrogação, desde que mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, além de justificados por escritos e de autorizados pela autoridade competente. Mais uma coisa que se deve levar pra hora da prova é que é vedado contrato com prazo indeterminado. A questão trata da prorrogação de contratos relativos à prestação de serviços executada de forma contínua e limitada a sessenta meses. O §4° do artigo 57 da Lei dispõe que em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo poderá ser prorrogado em até doze meses. Desse modo, o gabarito da questão é a letra D. Continuando, um contrato administrativo pode ser prorrogado ou renovado. Primeiramente, destacamos que, conforme parágrafo terceiro do art. 57 da Lei 8.666/93, é vedado o contrato com prazo indeterminado. No entanto, na legislação, encontram-se algumas exceções ao parágrafo de Lei. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 72 Dentre as exceções tem-se a possibilidade de celebrar contratos de concessão de direito real de uso de bem público sem prazo certo (Decreto- Lei 271 de 1967, art. 7o). A diferença entre prorrogação e renovação de um contrato está na existência de modificação de uma ou mais cláusulas contratuais. Se houver alguma cláusula modificada, como, por exemplo, o modo de se executar o contrato referente, estaremos diante de uma renovação contratual. No entanto, se houver modificação no prazo de execução do contrato, por exemplo, desde que devidamente fundamentada por escrito, a Administração competente poderá autorizar a prorrogação do prazo. Conforme o parágrafo 1o do art. 57 da Lei 8.666/93, a prorrogação pode se dar no início das etapas de execução, de conclusão e de entrega, desde que mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção do seu equilíbrio econômico-financeiro. Já a extinção do contrato administrativo, isto é, o fim do vínculo entre o particular e a Administração, pode se dar por três motivos: ¾ Conclusão do objeto; ¾ Término do prazo; ¾ Anulação; O art. 59 da Lei 8.666 dispõe o seguinte sobre esse motivo de extinção contratual: ³$UW�� ��� A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo- VH�D�UHVSRQVDELOLGDGH�GH�TXHP�OKH�GHX�FDXVD�´ Vamos ver como isto já foi cobrado? 28 - (CESPE ± TELEBRAS ± ESPECIALISTA ± 2013) A conclusão do objeto contratual determina a extinção do contrato pela cessação do vínculo obrigacional entre as partes, dado o integral cumprimento de suas cláusulas. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 72 Questão tranquila, pois ela cita um dos motivos de extinção de contrato administrativo, que determina a conclusão do vínculo obrigacional entre as partes. Além da conclusão do objeto contratual, forma natural de extinção, as outras formas de extinção do contrato são: ¾ Término do prazo; ¾ Anulação; ¾ Rescisão. O gabarito, dessa forma, é questão correta. 29 - (FGV - OAB ±EXAME DE ORDEM ± 2013) Determinada construtora sagra-se vencedora numa licitação para a reforma do hall de acesso de uma autarquia estadual. O contrato foi assinado no dia 30 de abril, com duração até 30 de outubro daquele mesmo ano. Iniciada a execução do contrato, a Administração constata a necessidade de alteração no projeto original, a fim de incluir uma rampa de acesso para deficientes físicos. Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. a) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, mas não a prorrogação do prazo de entrega da obra. b) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro e também a prorrogação do prazo de entrega da obra. c) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a validade da alteração, exigindo a realização de novo procedimento licitatório para a totalidade da obra. d) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a validade da alteração, exigindo a realização de novo procedimento licitatório para a construção da rampa de acesso para deficientes físicos. &RQIRUPH�D�/HL��³SDUD�UHVWDEHOHFHU�D�UHODomR�TXH�DV�SDUWHV�SDFWXDUDP� inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 72 caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica H[WUDRUGLQiULD�H�H[WUDFRQWUDWXDO´� Só um detalhe: as cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. Por fim, a prorrogação do prazo de entrega da obra é permitida, assim como se admite a prorrogação dos prazos de início de etapas de execução e de conclusão. Dessa forma, o gabarito é letra B. Alteração Contratual O artigo 65 da Lei 8.666/93 permite a alteração contratual desde que devidamente justificado e nos seguintes casos: ³I - unilateralmente pela Administração: a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; considerada, pela doutrina, alteração QUALITATIVA. b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; considerada, pela doutrina, alteração QUANTITATIVA. II - por acordo das partes: a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários; c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual´. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 72 Pessoal, quando a alteração se der de forma unilateral, o contratado deve aceitar tanto os acréscimos quando as supressões realizadas nos contratos da seguinte forma: Obras, serviços ou compras ± até 25% do valor inicial atualizado do contrato para acréscimos ou supressões; Reformas de edifício ou equipamento ± até 50%, mas só para os acréscimos. Vamos ver como esse tema já foi cobrado? 30 ± (FCC ± TRF ± ANALISTA ± 2012) A Administração contratou a reforma de edifício público e, no curso da execução do contrato, constatou a necessidade de acréscimos nas obras inicialmente contratadas. De acordo com a Lei no 8.666/1993, a Administração a) não poderá aditar o contrato para introduzir acréscimos sob pena de violação ao procedimento licitatório. b) somente poderá aditar o contrato para introduzir acréscimo em seu objeto até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato. c) poderá alterar o contrato, unilateralmente, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato. d) somente poderá alterar o contrato com a concordância do contratado, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do seu valor inicial, cabendo o reequilíbrio econômico-financeiro de acordo com as condições vigentes no momento da alteração. e) somente poderá alterar o contrato na hipótese de comprovar a ocorrência de eventos supervenientes e sempre até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato. Essa é uma questão interessante, pois podemos ter em mente uma prerrogativa da Administração no que diz respeito à continuidade da execução de um contrato após detectar a necessidade de acréscimos ou supressões nas obras, nos serviços ou nas compras. O item A está incorreto, pois a Administração pode sim aditar o contrato com a finalidade de impor acréscimos. Conforme o parágrafo 1° do artigo 65 da Lei das Licitações, o contratado deve aceitar, nas mesmas condições contratuais, isto é, com iguais objetos, materiais, equipamentos etc., acréscimos ou supressões. O item B está incorreto. Conforme o mesmo parágrafo 1° do artigo 65 da Lei, o limite não é de 25% do valor inicial atualizado do contrato em qualquer caso. O que se observa é um limite de 25% (para acréscimos ou supressões) nas obras, serviços ou compras; porém, tal limite sobe para Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 72 50% (para acréscimos apenas) nos casos de reformas de edifício ou de equipamento. 2�LWHP�&�HVWi�FRUUHWR��SRLV�HOH�GL]�TXH�³SRGHUi´�DOWHUDU�R�FRQWUDWR�� unilateralmente, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato. Realmente, ele poderá acrescentar até o limite de 50% nos casos de reformas de edifício ou de equipamento. O item D está incorreto, pois ele limita a alteração contratual a apenas 50% e apenas para acréscimos e não supressões. Como já vimos, os acréscimos ou supressões serão de 25% nas obras, serviços ou compras. Porém, nos casos de reformas de edifício ou de equipamentos, os acréscimos, apenas, poderão chegar a 50%. Quanto ao equilíbrio econômico-financeiro, o §6° do artigo 65 impõe que a Administração deve restabelecê-lo por aditamento nos casos em que a alteração unilateral do contrato resultar em aumento dos encargos do contratado. O item E está incorreto. Por tudo que vimos nos itens anteriores, podemos perceber claramenteque este item não é verdadeiro. Gabarito é, portanto, a letra C. 31 ± (FCC - TRT ± ANALISTA - 2012) No curso da execução de contrato administrativo regido pela Lei no 8.666/1993 para a construção de uma rodovia, identificou-se a necessidade de alteração do projeto inicial para melhor adequação técnica. A alteração importou majoração dos encargos do contratado, em relação àqueles tomados por base para o oferecimento de sua proposta na fase de licitação. Diante dessa situação, a Administração contratante: a) poderá alterar unilateralmente o contrato, desde que a alteração do projeto não importe acréscimo de mais de 50% do objeto. b) poderá alterar o contrato de forma consensual com o contratado, assegurado o reequilíbrio econômico-financeiro, que não poderá superar 25% do valor do contrato. c) poderá alterar unilateralmente o contrato, sem necessidade de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, que somente é devido nas hipóteses de álea econômica extraordinária. d) poderá alterar unilateralmente o contrato, reestabelecendo o seu equilíbrio econômico-financeiro por aditamento contratual. e) somente poderá alterar o contrato se contar com a concordância do contratado e assegurado o seu reequilíbrio econômico- financeiro. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 72 Como vocês perceberão, ao longo dos estudos, que a FCC gosta muito de cobrar esse assunto em suas questões relacionadas a contratos administrativos. É um tema recorrente nas provas de concursos. Então vamos lá respondê-la. O item A está incorreto, pois conforme §1° do artigo 65 da Lei de Licitações, a Administração pode sim alterar o contrato. Já o contratado fica obrigado a aceitar, desde que seja nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras em até 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para os seus acréscimos. Logo, pode haver acréscimos ou supressões. O item B está incorreto, pois não precisa ser consensual com o contratado. Este deve aceitar os acréscimos e/ou supressões desde que sejam nas condições contratuais antes estabelecidas. Outro erro no item é o limite de 25%. Já vimos que esse limite pode chegar a 50% nos acréscimos para reformas de edifício ou de equipamento. O terceiro item também está errado. Conforme o §6° do artigo 65 da Lei, em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial. Dessa forma, o equilíbrio econômico-financeiro deve ser sempre observado. O item D está correto, já que realmente pode superar os 25%, chegando até 50% nos casos de reforma de edifício ou equipamento. O item E está incorreto, pois a Administração pode alterar unilateralmente o contrato sem a concordância do contratado desde que respeite os limites impostos na Lei. O gabarito da questão é o item D. 32 ± (FCC - MRE - Oficial de Chancelaria ± 2009) Os contratos regidos pela Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), no âmbito da Administração Pública, podem ser alterados, com a devida justificativa, a) unilateralmente, pela Administração ou por acordo das partes. b) pelos Tribunais de Contas, a pedido da parte interessada. c) pela Justiça Federal ex officio. d) por terceiros, em quaisquer hipóteses. e) pelo Legislativo, em caso de interesse público. Questão tranquila. Como já vimos, os contratos regidos pela Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93) podem ser alterados, desde que justificados unilateralmente pela Administração, para: melhor adequação técnica de um projeto, acréscimo ou diminuição quantitativa do objeto. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 72 Também podem ser alterados por acordo entre as partes para, entre outros motivos: substituição da garantia de execução, modificação do regime de execução da obra ou serviço quando for impossível de se aplicar os termos contratuais iniciais. O gabarito, portanto, é a letra A. 33 - (FGV - AL-MT - PROCURADOR ± 2013) A União celebrou contrato de obra pública com a empresa X, vencedora de concorrência, para a construção de uma rodovia de 140 (cento e quarenta) km de extensão. O contrato foi celebrado pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses. No decorrer da obra, entretanto, a Administração verificou a necessidade de alteração no projeto contratado, com o acréscimo de serviços e a prorrogação do prazo contratual por mais 12 meses. Diante do exposto, é correto afirmar que: a) não é possível a alteração do objeto contratado, embora a prorrogação do prazo, em tese, seja possível. b) é possível o acréscimo, na obra, até o limite de 25 % (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, mas, por se tratar de contrato com prazo superior a 12 (doze) meses, é impossível a sua prorrogação. c) é possível o acréscimo, na obra, até o limite de 25 % (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, bem como a prorrogação do contrato. d) a alteração unilateral do contrato é permitida, mas não por razão de alteração no projeto contratado. e) desde que haja expressa concordância do contratado, é possível o acréscimo na obra, qualquer que seja o valor, bem como a prorrogação do contrato. Quanto à alteração contratual, a Lei prevê como um dos casos possíveis seja por ato unilateral da administração, desde que haja modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos ou quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto. E quanto aos contratados em questão? Bom, a Lei dispôs que ele deverá aceitar as alterações, nas mesmas condições contratuais. O limite de acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, deverá ser de até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 72 Se o contrato for relativo a reforma de edifício ou de equipamento, o limite será de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos. Dessa forma, o gabarito é letra C. 34 - (CESPE - MEC ± TODOS OS CARGOS ± 2014) O contrato administrativo poderá ser modificado unilateralmente pela administração caso haja modificação do projeto ou das especificações para adequação técnica aos objetivos do contrato ou caso se julgue necessário modificar o valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa do objeto do contrato. Questão correta, pois as causas de modificação unilateral do contrato feita pela Administração é exatamente as dispostas no enunciado da questão. Ou seja, quando houver modificação do projeto, ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos OU quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei. Gabarito, portanto, questão correta. 35 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) A administração pública possui a prerrogativa de alterar unilateralmente o objeto do contrato, desde que a alteração seja apenas quantitativa, mantendo-se a qualidade do objeto. Para responder essa questão, vejamos o
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