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RELAÇÃO ENTRE O CURTA METRAGEM CIRCO BORBOLETA E O COMPLEXO DE INFERIORIDADE DE ALFRED ADLER

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INSTITUTO CAMPINENSE DE ENSINO SUPERIOR
FACVLDADE MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE PSICOLOGIA
DANNY PRISCILA ARAUJO MEDEIROS
RELAÇÃO ENTRE O CURTA METRAGEM: “O CIRCO BORBOLETA” E O COMPLEXO DE INFERIORIDADE DE ALFRED ADLER
CAMPINA GRANDE-PB
2015
Relação entre o curta metragem: “O circo borboleta” e o complexo de inferioridade de Alfred Adler
Na primeira parte do curta metragem, várias pessoas vão à um circo de horrores. A lista de “aberrações”, que é como são chamados, é composta por uma cigana e a sua bola de cristal, uma mulher barbada, as irmãs siamesas, uma mulher muito obesa, um homem cheio de tatuagens e um pequeno homem sem braços e pernas atrofiadas. Esse pequeno homem é Will, interpretado por Nick Vujicic. 
O proprietário do circo fazia seus empregados acreditar que eles eram aberrações da natureza e que serviam apenas para estar expostos e ser alvo de deboches. Quando o dono do circo apresenta Will, o descreve como “uma deturpação da natureza, um homem – se assim se pode char – a quem Deus deu as costas”. Quando a plateia sai, duas crianças decidem atirar legumes em Will, este é defendido por um homem de cartola, o senhor Mendez, dono do Circo Borboleta. 
O senhor Mendez o fez enxergar além do que ele estava acostumado a ver de si mesmo. Incentivando-o a se auto conhecer. Na primeira parte do curta, nota-se que Will considera-se inferior e incapaz. 
A grande reviravolta do curta se dá quando os integrantes do circo borboleta estão todos reunidos em um rio tomando banho. Will pede por ajuda para poder atravessar o rio e estar junto deles, mas ninguém responde. O próprio senhor Mendez passa por ele e quando é questionado do porquê não o ajuda a atravessa o rio, apenas diz: “Eu acho que você se vira.”. Essa resposta serve de incentivo para Will que resolve tentar atravessar o rio mesmo quando muitos diriam que ele não seria capaz devido a sua deficiência. No meio da travessia, ele cai e aí que aprende a nadar. Passa então a ser atração do circo, pulando em uma pequena piscina a trinta metros de altura. 
Alfred Adler dizia: “Ser um ser humano significa sentir-se inferior”. E é exatamente assim que Will se sentia e se via. Para Adler, os sentimentos de inferioridade são a fonte de toda a luta humana. O crescimento individual é consequência da compensação, da tentativa de superar as inferioridades, que podem ser reais ou apenas imaginárias. Durante a vida, somos impulsionados pela necessidade de superar esse sentimento de inferioridade e lutar por níveis cada vez mais altos de desenvolvimento.
Esse procedimento têm início na infância, quando as crianças ainda são pequenas, indefesas e completamente dependentes dos seus pais e de outros adultos. Adler achava que elas têm a consciência do poder e da força dos pais e da sua inutilidade de tentar resistir ou questionar esse poder. Por conseguinte, desenvolvem sentimentos de inferioridade em comparação com as pessoas maiores e mais fortes ao seu redor. 
Embora essa sensação inicial de inferioridade se aplique a todos na infância, ela não é determinada geneticamente. Ao contrário, é um papel do ambiente no qual estão inseridas, que é o mesmo para todas as crianças – um ambiente de desamparo e dependência dos adultos. Deste modo, é impossível esquivar desse sentimento de inferioridade. Adler dizia que por mais destruidor que fossem esses sentimentos, ele eram necessários, porque dão a motivação para lutar e crescer.
Se uma criança não cresce e não se desenvolve, o que vai acontecer com ela quando não conseguir compensar o seu sentimento de inferioridade é simples. A inabilidade de superar seus sentimentos de inferioridade vão ser intensificados, levando-a a desenvolver um complexo de inferioridade. As pessoas com complexo de inferioridade têm uma opinião ruim sobre si mesmas, sentem-se incapazes de lidar com as questões da vida. Exatamente como Will se sentia. De tanto ouvir que era inútil, passou a acreditar. Sentia-se incapaz e fraco. 
O complexo de inferioridade pode surgir de três fontes na infância: inferioridade orgânica, mimo e negligência. A investigação da inferioridade orgânica foi o inicial grande esforço de pesquisa de Adler. Se deu quando ele ainda tinha conexão com Freud, que aprovou o conceito; concluiu que as partes ou órgãos do corpo moldam a personalidade por meio do esforço da pessoa de compensar o defeito ou a fraqueza, assim como Adler tinha equilibrado o raquitismo, que havia sido a inferioridade física da sua infância. 
Mimar uma criança também pode criar-lhe um complexo de inferioridade, porque eles passam a sentir-se o centro das atenções em casa e a serem tratados desse modo, tendo todos os seus desejos e necessidades satisfeitos e pouco lhes é negado. Devido a isso, desenvolvem espontaneamente a ideia de que são as pessoas mais importantes em toda e qualquer situação e que os outros precisam sempre reprimir-se a elas. Crianças mimadas têm pouca prática social e são, na maioria das vezes, impacientes com os outros. Nunca aprenderam a aguardar pelo que querem nem a ultrapassar suas dificuldades; ou se adaptar às necessidades dos outros. Quando se deparam com obstáculos à satisfação, acham que devem ter alguma deficiência que as está frustrando. Então, desenvolvem um complexo de inferioridade. 
Quanto a terceira fonte do complexo de inferioridade na infância, é fácil entender como crianças negligenciadas, não desejadas e rejeitadas podem criar facilmente um complexo de inferioridade. Tendo a sua infância marcada pela falta de amor e segurança, porque seus pais são insensíveis ou hostis. Então, desenvolvem sentimentos de falta de valor ou até raiva e encaram os outros com desconfiança. 
Voltando um pouco ao curta, é extremamente visível no personagem de Nick Vujicic, Will, a falta de confiança nos outros, logo no primeiro instante que Will conhece o senhor Mendez e o cospe na cara. A compensação, se dá na segunda parte do curta, quando ele passa a acreditar na sua capacidade e assim, fazer parte do circo, servindo, ainda de exemplo de superação.

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