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1
PROPOSTA PSICOEDUCATIVA SOBRE - PSICOLOGIA NA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E EXCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS
COM DEFICIÊNCIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO II
Camila Campos dos Santos - 171016578
2
FORTALEZA/CE 2020.1
ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO II
Professor/orientador : Márcio Gondim
O seguinte arquivo trata-se de um relatório final
do estágio supervisionado básico II da IES Unifanor Wyden.
3
1 RESUMO
O seguinte trabalho teve como objetivo a análise de uma intervenção psicoeducativa
realizada virtualmente em uma plataforma de videoconferência (Hangouts) no bairro Barra
do Ceará em Fortaleza. O grupo de participantes tinham em média 14 a 23 anos, e os
encontros ocorreram duas vezes na semana com cerca de uma hora de duração. O intuito era
trabalhar temáticas como educação inclusiva, exclusão escolar, processos de inclusão de
crianças com deficiência na escola.Para o desenvolvimento desta ação e construção do
trabalho contou-se com estudos da história da pessoa com deficiência, educação inclusiva,
exclusão escolar, que auxiliaram no aprimoramento de escuta as falas e interesses revelados
pelos participantes. As manifestações dos participantes foram tomadas como um rico material
de aprendizagem que ajudou na fase conclusiva deste trabalho, visto que no decorrer dos
encontros eram desenvolvidos maior envolvimento de autonomia, conscientização,
socialização. Ao final do trabalho observou-se entre os participantes serenidade e respeito.
Palavras chave: grupo psicoeducativo, educação inclusiva, exclusão escolar, deficiências.
2 INTRODUÇÃO
O relatório a seguir trata-se de uma exigência necessária para estudantes do curso de
psicologia, que após terem concluído disciplinas de ênfase 1, ênfase 2 e estágio
supervisionado básico 1, iniciam a disciplina de estágio supervisionado básico 2, que são
designados e orientados por professores capacitados em suas áreas de atuação específicas, a
fim de proporcionar aos alunos experiências práticas e reflexivas sobre a atuação de ser
psicólogo(a) e a contribuição da psicologia em diversos ambientes.
O presente relatório visa utilizar temáticas como a história da pessoa com
deficiência, educação inclusiva, e exclusão no âmbito escolar enquanto ferramenta
psicoeducativa para pessoas do bairro Barra do Ceará localizado em Fortaleza.
Para tanto utilizou-se autores como embasamento Silva (1987), Ramos (2016), Mantoan
(2003), Miranda ( 2009).
Primeiramente será discutido sobre a história da pessoa com deficiência no mundo,
esclarecendo assim como se era a vivência de pessoas com deficiências na época Romana e
Esparta, seguido de conquistas na sociedade pela educação de crianças com deficiência,
exemplificando a atuação da psicologia nesse contexto da educação inclusiva e no contexto
da exclusão escolar.
4
3 METODOLOGIA
De início será enviado um convite virtual para os moradores do bairro barra do ceará
que consiste em convidá-los a participar de uma ação psicoeducativa sobre a psicologia na
educação inclusiva e exclusão escolar de crianças com deficiência, onde será desenvolvido a
compreensão grupal através de experiências vivenciadas como também promover uma
reflexão acerca das dificuldades da educação inclusiva e o entendimento maior dos
conteúdos.
Os participantes que serão convidados são moradores e conhecidos meus do bairro
barra do ceará , como pais e pessoas que se encontram estudando em escolas sejam elas
públicas ou privadas. O encontro será na plataforma de videoconferência Hangouts, onde
iremos discutir acerca dos assuntos acima. Serão dois encontros com duração de 1 hora , a
depender da disponibilidade de tempo de cada participante.
4 OBJETIVOS
Objetivo Geral :
Despertar novas formas de conhecimentos, promover uma conscientização e respeito
sobre educação especial e exclusão escolar de crianças portadoras de deficiência, para que os
participantes possam entender melhor sobre esse assunto e sensibilizados sobre essas
questões.
Objetivos específicos:
● Promover um ambiente de psicoeducação a partir de conteúdos de artigos e livros.
● Promover uma reflexão a acerca de experiências vivenciadas.
● Desenvolver a confiança e o respeito na sala.
● Desenvolver a compreensão grupal.
5 DESENVOLVIMENTO
A preparação para a construção deste trabalho teve como início a partir do dia 13/05,
data em que foi enviado um convite virtual para pessoas do bairro barra do ceará localizado
em fortaleza, para a participação de um trabalho do curso de psicologia da faculdade unifanor
wyden , especificamente do estágio supervisionado básico II. O convite consistia em
convidar o participante para um bate papo sobre Psicologia na educação inclusiva e exclusão
escolar de crianças com deficiência na escola, exemplificando que seria dois encontros , o
primeiro encontro que aconteceria no dia 15/05 seria discutido o tema Psicologia na educação
inclusiva, onde se trouxe um conteúdo sobre a história da pessoa com deficiência no mundo,
trouxe essa temática pois se relaciona com o tema criança com deficiência, visto que se era
importante trazer um conteúdo histórico antes de aprofundar uma temática sobre como a
psicologia atua na educação inclusiva.
No segundo momento do encontro que ocorreu no dia 18/05, foi trazido uma
temática sobre a exclusão escolar de crianças com deficiência, visto que é um assunto que
5
não só retrata uma realidade da criança que possui deficiência, a uma vasta camada na
sociedade de crianças que se sentem excluídas de algum modo na escola, então foi mostrado
esses dois tipos de vertentes.
Foi notório perceber a disposição dos participantes em participar do trabalho, pois a
finalidade era com que eles trouxessem suas vivências e experiências , assim como promover
a conscientização e o respeito a pessoas portadoras de deficiência.
6 HISTÓRIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NOMUNDO.
De acordo com o livro “ A história da pessoa deficiente no mundo de ontem e de
hoje” que mostra características marcantes do que foi a luta desse grupo por cidadania e
sobrevivência ao longo dos anos, permitindo assim mostrar aos participantes como se era
tratado as pessoas nas épocas como Roma antiga, Medieval, e Esparta. Visto que ainda
muitas pessoas não se tem um conhecimento acerca do passado, e “Sombrio” de pessoas que
sofriam com limitações físicas, cognitivas e sensoriais. A começar pela história que consiste
em dois lados, nas quais as pessoas com deficiência foram tratadas, consiste em eliminar,
rejeitar e do outro a proteção assistencial e piedosa.
Na roma antiga os nobres e plebeus, podiam sacrificar seus próprios filhos que
nasciam com deficiência, o mesmo acontecia em esparta, pessoas e bebês que possuíam ou
adquiriram alguma deficiência visto que “anormal” eram lançados ao mar e em princípios.
Inicialmente trazendo essa história os participantes logo se manifestaram a respeito com o
conteúdo do livro, pois não sabiam que naquela época as pessoas portadoras de deficiência
eram tratadas, pois surgiram muitas dúvidas a respeito do porque aquele tratamento cruel
acometidos naquela época. Portanto buscou-se responder o porquê daqueles acontecimentos
grotescos que ocorrerem.
Segundo o livro, na grécia antiga em esparta cidade esta que tem marcação histórica
principal da era do militarismo, as amputações de mãos, pernas e braços eram bem frequentes
nas batalhas, ou seja, esses soldados adquiriram deficiências mas se mantiveram vivos depois
disso, o que se era totalmente diferente para aqueles que nasciam com deficiência. Então
podemos ver a lógica daquela época , precisamente naquela época de grandes batalhas, se era
preciso soldados altamente saudáveis , fortes e “normais” , então desde já nascidos a criança
era trazida para um conselho espartano da época que consistia em avaliar se o bebê era
saudável e normal, se caso fosse era devolvido ao pai para que o criasse até os seus 7 anos de
idade que logo em seguida era devolvido ao estado que o acolhia e tinha como
responsabilidade a educação e ensinamentos para guerrear.
Diante disso se a criança indicava limitaçõesfísica, ou era feia e disforme, o estado a
levava a um depósito chamado Apothetai, que se tratava de um abismo na qual a criança era
jogada, visto que a criança não servia para nada, não teria como servir o estado, não poderia
guerrear, não podia viver pois mostrava-se desde pequeno que não era forte (Licurgo de
Plutarco apud silva, 1987, p. 105). Essas práticas eram entendidas normais naquela época,
visto que nos dias de hoje é algo inaceitável e cruel.
6
As lutas por direito das pessoas com deficiência, foi longa e se teve um primeiro
momento de atitude a partir da época renascentista, não foi algo totalmente resolvido mas
marcou uma nova fase na humanidade e sociedades, com base nos direitos universais de uma
filosofia humanista por conta do avanço da ciência.
No decorrer dos séculos XV e XII, o mundo europeu cristão ocorreu uma mudança
sócio-cultural onde se era reconhecido e valorizado o valor humano, se libertando assim dos
dogmas e crenças da idade média. Com esse novo pensamento revolucionário “alterou a vida
do homem menos privilegiado, ou seja os pobres , os enfermos, e os marginalizados, e com
eles os portadores de problemas físicos, mentais e sensoriais” (Silva, 1987, p. 226)
Logo depois desse momento, fortaleceu a idéia do grupo de pessoas com deficiência que
deveria se ter uma atenção própria, dividindo então essa condição integrante da massa de
pobres e marginalizados.
Transformações ocorridas no mundo da arte, e música e ciências, influenciaram de
forma importante e positiva ao tratamento dispensado a pessoas com deficiência, segundo
Rosanne de oliveira maranhão (2005, p. 26) : “Surgiram, nesse contexto, hospitais e abrigos
destinados a atender enfermos pobres. Os deficientes, aquele grupo especial que fazia parte
dos marginalizados, começaram a receber atenções mais humanizadas”.
7 INÍCIO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Frente a esse contexto histórico, se surge os primeiros movimentos de educação
especial no mundo. Na década de 1970, se teve um movimento de integração social dos
sujeitos que apresentavam deficiências, e tinha como objetivo integrá los nos ambientes
escolares ao mais próximo possível oferecido a pessoas tidas como normal. Este período atual
é marcado por movimentos de inclusão que ocorreram no âmbito mundial, referindo assim
uma nova maneira de enxergar a criança da exclusão das diferenças para então contemplar a
diversidade. Como exemplos vou citar alguns nomes dos principais precursores que
iniciaram a educação especial.
● Abade l'epeu - que fundou a primeira escola pública de surdos em paris.
● Louis Braille - Jovem cego que através da adaptação de um código militar de
comunicação noturna constituiu o braille.
● Itard - Médico francês que educou o menino selvagem no sul da França e criou
instituições para o ensino a crianças com deficiências sensoriais e físicas.
● Montessori que desenvolveu um programa de treinamento com ênfase na auto
aprendizagem para crianças com deficiência intelectual em internatos de roma.
Pode-se dizer que o acesso a educação das pessoas com deficiências, foi um processo muito
lento, em comparação ao desenvolvimento educacional das demais pessoas. A educação
especial apresentou uma Ascensão, na contemporaneidade, com a luta pela igualdade social e
responsabilizando o estado a escola é a família o dever de construir uma educação para todos.
No brasil o contexto da educação especial se tornou um espelho da europa e de outras partes
do mundo.
7
8 A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO SÉCULO - XX
A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de
pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental
prossegue a desencadear algumas ações visando a peculiaridade desse alunado,
criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades
filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas ,há surgimento de formas
diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e outros
de reabilitação geralmente particular a partir de 1500, principalmente, tudo isso
no conjunto da educação geral na fase de incremento da industrialização do BR,
comumente intitulada de substituição de importações, os espaços possíveis
deixados pelas modificações capitalistas mundiais (JANNUZZI, 2004 p.34).
A história da educação especial no brasil, tem como fatos fundamentais o
surgimento do " Instituto dos meninos cegos" hoje como ("Instituto Benjamin Constant) e em
1854, o "Instituto dos Surdos-Mudos" (hoje como, "Instituto Nacional de Educação de
Surdos - INES) no ano de 1857, na cidade do Rio de Janeiro, com iniciativa do governo
imperial. (JANNUZZI, 1992; BUENO, 1993; MAZZOTTA, 1996.
A fundação desses institutos foi de extrema importância e conquistas para o melhor
atendimento a essas pessoas deficientes, conscientizando uma discussão sobre a sua
educação. Sendo assim a educação especial teve mais ações aos deficientes visuais e
auditivos, enquanto os deficientes físicos uma menor quantidade, e em relação aos deficientes
mentais se teve um silêncio absoluto.
Décadas como 1930 e 1940 se teve várias mudanças na educação brasileira, um
exemplo disso é a expansão do ensino primário é o secundário , concluindo que a educação
do deficiente mental não era importante e muito menos um problema a ser resolvido. A
preocupação maior era com reformas na educação de pessoas tidas como " Normal ".
A década de 1950, houve-se muitas discussões acerca de objetivos e qualidades de
serviços educacionais especiais. Felizmente no brasil acontecia uma vasta expansão de
classes e escolas especiais em escolas públicas e escolas especiais de comunidades privadas
sem fins lucrativos. Fazendo assim com que o número de estabelecimentos de ensino especial
aumentasse entre os anos de 1950 a 1959, lembrando que a maioria desses estabelecimentos
eram públicos em escolas regulares. No ano de 1967 a sociedade Pestalozzi do brasil fundada
em 1945 já contava com 16 instituições em todo o país.
E em 1954 a associação de pais e amigos dos Excepcionais, contava com 16
instituições em 1962. Época em que foi criada a então Federação nacional dos APAES (
FENAPAES) realizando seu primeiro congresso em 1963.
Essa foi uma época bem importante, pois se teve inúmeras expansões de instituições
privadas sem fins lucrativos, pressionando assim o governo a tomar atitudes de
obrigatoriedade a oferecer suporte , atendimento a pessoas deficientes rede pública de ensino.
Em 11 de agosto de 1971, divulgou-se a lei de Diretrizes para ensinos de 1° e 2°
grau (Lei n° 5.692/71) contemplando assim a temática de educação especial com este artigo:
8
Art. 9º - Os alunos que apresentam deficiências físicas ou mentais, os que
se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e
os superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as
normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação.
Um período importante para destacar é que entre os anos de 1976 e 1981 houve uma
grande mobilização de conscientizar pessoas e segmentos por toda a sociedade para o "Ano
Internacional das pessoas deficientes" em 1981.
Nas últimas décadas, no Brasil , os movimentos tidos como a integração do
indivíduo que apresentavam deficiência, foi bastante discutido por pesquisadores e estudiosos
da área da educação especial ( FERREIRA, 1995; GLAT, 1995, 1998). Neste momento atual,
a integração estava sendo considerada como ultrapassada, visto que a proposta mais moderna
a se considerar é a chamada de movimentos pela inclusão ( GLAT, 1998).
Essa normalização só aparece no brasil na década de 1970 contra os modelos de
segregação, defendendo a possibilidade de pessoas que apresentavam deficiência a uma
condição de vida normal que seja semelhante a de todas as outras pessoas que eram
consideradas normais. A normalização foi definido pela política nacional de educação
especial (1994) como:
Princípio que representa a base filosófico-ideológica da
integração. Não se trata de normalizar as pessoas, mas sim o
contexto em que se desenvolvem, ou seja, oferecer,aos portadores
de necessidades especiais, modos e condições de vida diária o
mais semelhante possível às formas e condições de vida do resto
da sociedade (p. 22).
Segundo este princípio, os indivíduos que apresentavam alguma deficiência,
deveriam ser educados em um ambiente o mais normal possível, junto dos demais alunos,
dando-lhes também suporte como materiais e ambiente, evitando então a segregação.
Em seguida aconteceu no ano de 1994 uma conferência que foi mundialmente
significativa, foi trazia como proposta uma viabilização de educação para todos, “A
Conferência Mundial sobre Educação Especial”que aconteceu em salamanca na espanha no
ano de 1994, nessa conferência foi elaborado o documento “Declaração de Salamanca e
Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais”
De acordo com a “Declaração de salamanca” que advoga uma educação para
todos, aplicou-se uma reestruturação do sistema educacional que garante todo e qualquer
aluno acesso e a ingressão e permanência em todas as modalidades de escolarização que
existem nas instituições de ensino. ( CLASER ,2001).
A declaração de salamanca defende que todos os alunos, devem aprender todos
juntos independente de suas capacidades Como em diversos países no contexto brasileiro
também se teve mudanças, atualmente se tem sido elaborado diretrizes que implementam a
inclusão educacional.
9
Na atualidade de hoje em que vivemos às políticas públicas garantem muitos
direitos para esses indivíduos, como mostra a LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.
Art. 4º “Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as
demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.”, dispõe o artigo que
repudia qualquer que seja a discriminação contra a pessoa com deficiência, ordenando sua
participação igualitária sob quaisquer oportunidades previstas em sociedade. Mas a exclusão
de fato começa agir cedo, eventualmente em escolas quando uma criança discrimina a outra
por ser diferente, desse modo é papel do educador ou psicólogo intervir nesses casos, pois
muitas vezes esse papel de ensino sobra para a escola e os educadores, pois muitos pais ainda
não conhecem bem sobre o assunto de educação inclusiva, antes se tinha a escola regular e a
escola especial más separadamente. A educação inclusiva acaba com essa separação, com o
intuito de permitir a convivência e a integração dos alunos com deficiência com os demais
alunos, favorecendo assim a diversidade.
9 PSICOLOGIA NA INCLUSÃO ESCOLAR
Diante desses patamares de preconceito e exclusão, abre -se o processo de inclusão,
mas os desafios da educação inclusiva são muitos. A educação inclusiva pode ser entendida
como uma mudança institucional que consiste basicamente no fim do igual vs diferente e o
normais vs deficientes. Ou seja a educação inclusiva é uma educação direcionada a cidadania
global, que é livre de discriminações e preconceitos e valoriza quem é diferente. O diferente
sempre existiu, por tanto na educação inclusiva elas são reconhecidas e tem total valor sem
sofrer preconceito.
Portanto o intuito da educação inclusiva e abraçar todos sem nenhuma exceção de
estudantes, especificamente estudantes que sofrem algum tipo de deficiência ou até mesmo os
que sofrem discriminações do convívio com o social.
A forma que se trabalha a educação inclusiva, de acordo com Meyrelles (2009), só
haverá possibilidade se houver mudanças por parte da escola, que permita às pessoas com
necessidades educativas especiais conjunções onde todos tenham acessos e permanência na
escola, com respeito e atenção trabalhadas em suas limitações.
A inclusão de certa forma implica na mudança desse paradigma educacional, para se
encaixar na relação da educação escolar retratada. Na declaração de salamanca (1996) ,
podemos ler :
“O princípio que orienta essa estrutura (de ação em educação especial) é o de que
escolas deveriam acomodar todas as crianças, independentemente de suas condições
físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Aquelas deveriam
incluir crianças deficientes ou superdotadas, crianças de rua e trabalhadoras,
crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a
minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos inferiorizados
ou marginalizados. Tais condições geram uma variedade de diferentes desafios aos
sistemas escolares. No contexto dessa estrutura, o termo ‘necessidades educacionais
especiais’ refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades
educacionais especiais se originam de deficiências ou de dificuldades de
aprendizagem.” (p. 3)
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
10
O primeiro aspecto que se deve examinar é o fato de que, a partir de certos marcos, a
exclusão na nossa sociedade é compreendida não como um fenômeno isolado, anômalo,
acidental, mas, ao contrário, diretamente ligada a certas formas de organização institucional e
de produção do poder que fabricam engrenagens causadoras do isolamento, do alheamento e
da estigmatização de determinados cidadãos.
Segundo Mantoan (2008) a inclusão escolar é a capacidade de entender e reconhecer
o outro e assim ter o privilégio de aceitar e conviver com pessoas com deficiência,
compartilhando experiências que possibilitem seu desenvolvimento social e educacional.
Neste sentido a finalidade da educação inclusiva é acolher a todos sem exceção
especialmente os estudantes que têm algum tipo de deficiência ou até mesmo aqueles que são
discriminados do convívio social.
De certo sobre as atividades exercidas pelo profissional de psicologia, estão:
favorecer suporte aos professores da educação regular inclusiva, buscando um meio de coleta
e busca de dados com relação às crianças e suas dificuldades; examinar possíveis
modificações que interferem na manutenção dos problemas; fazer análise das condições
ambientais e interpessoais; e criações estratégicas e planos de intervenções, e avaliar
resultados obtidos (MCNAMARA, 1998).
A parceria entre o psicólogo e o professor , se faz necessária nesse percurso
inclusivo. Normalmente o educador tende a focar no diagnóstico e não no potencial do
desenvolvimento da criança. (BARBOSA E SOUSA, 2010, p 357). Quando dentro desse
erro, o professor passa a justificar insucessos do aluno com deficiência na própria deficiência.
Além dessa visão limitada e dicotômica do processo de inclusão, aparece uma concepção de
inclusão como “impossível”, sustentada somente nas “faltas” dos alunos, no que os
professores chamam de “problemas”, cuja ação possível é a medicalização. Logo, não
depende da escola. (BARBOSA E SOUSA, 2010, p 357).
Nesse momento o educador se abdica de sua responsabilidade como profissional, ele
abre mão de incluir, e adentra ao processo o psicólogo. Visto que no instante os educadores
ou pais percebem a dificuldade de aprendizado das crianças e passam à busca ao psicólogo.
Sua tarefa seria de elaborar um trabalho preventivo e preparação desses profissionais. Outra
incumbência está no suporte para obter coleta de dados sobre as crianças e juntos, elaborarem
planos de intervenção que viabilizem a inclusão. Algumas escolas dispõem de Salas de
Atendimento Especializado – AEE que possibilitam acompanhamento regular de
profissionais capacitados geralmente psicopedagogos. Eles são um intermeio entre o
problema e o psicólogo. No entanto, não devem substituí-lo.
Os educadores das salas de AEE trabalham de forma específica, ainda se voltando
para o equívoco anteriormente apontado: de focar na limitação. Encontram seus limites.
Assim acaba por almejar que esse aluno atinja um nível que a escola/sociedade trata como
aceitável. Isto na verdade é integrar, não incluir. Visto esse apoio do AEE, se torna mais
acessível uma intervenção psicológica nessas escolas, pois teriam subsídios para trabalhos
práticos de interação em acordo com a real necessidade da escola.
11
Passando para a descrição do trabalho do psicólogo que se dá em primeira fase, pela
escuta dasdemandas a obtenção de dados sobre os tipos de deficiência que são encontradas
nos alunos de determinada escola e a partir desse ponto, efetivamente ele irá planejar ações
para lidar com as situações rotineiras. Importante ressaltar que essa fase de coleta de dados e
planejamento de ações que vislumbram trabalhos coletivos. Coelho e Pisoni (2012, p.146)
compartilham da mesma linha de pensamento, as autoras destacam “ A importância da
inclusão de fato, onde crianças com alguma deficiência interajam com crianças que estejam
com desenvolvimento além, realizando assim a troca de saberes e experiências, onde ambos
possam a aprender juntos.”
A escola, é um espaço propício ao desenvolvimento infantil, e está pautada na
convivência entre alunos. A mediação entre eles é favorável a descobertas de novas
habilidades. Dessa forma se torna natural a interação social que é a base para uma
convivência entre as diferenças. Já que “aquilo que uma criança pode fazer com assistência
hoje, ela será capaz de fazer sozinha amanhã” (VIGOTSKY, 1984, p. 98).
10 EXCLUSÃO ESCOLAR
A importância de se falar sobre exclusão, principalmente a exclusão no âmbito
escolar, como se inicia? quem são os principais alvos? A exclusão no âmbito escolar se dá
pela forma do bullying, o bullying é o ponto inicial para essa discussão, entender seus
desdobramentos, suas vítimas, e atitudes do agressor. São práticas estas que acontecem em
escolas no mundo todo, havendo a acontecer bem mais na contemporaneidade, infelizmente
algumas escolas não buscam promover ações que busquem viabilizar este ato.
O bullying segundo ( Olweus,1993) é uma subcategoria do comportamento
agressivo que ocorre entre os pares. São relacionamentos interpessoais que é caracterizado
por desequilíbrios de forças, fazendo com que ocorra de várias maneiras: indivíduos alvo da
agressão, são tidos como os mais fracos fisicamente, ou mentalmente.
Existe uma diferença numérica onde vários estudantes agem contra uma única vítima
(Olweus, 1993; Rigby, 1998). Fazendo assim com que a dominância de um um grupo ou
indivíduo seja exposto no ambiente por um bom tempo.
As vítimas do bullying no ato da agressão são expostas a intimidações, formas de
apelidos, constrangimentos, acusações injustas fazendo então serem excluídas. Os danos mais
tidos são físicos, psíquicos, e comportamentais. Na sociedade em que vivemos existem três
grupos rejeitados entre os pares nas escolas, são elas crianças que possuem necessidades
especiais por conta de sua dificuldade de integração social, crianças de outras etnias, jovens
homossexuais que são os que mais sofrem agressões físicas e são ridicularizados.
O bullying pode acontecer por diversos motivos, infelizmente é muito comum esses
conflitos entre crianças e adolescentes, é uma fase de muitas inseguranças e afirmações, onde
o desentendimento acontece com frequência junto com humilhação, onde se prolifera o
bullying. Dentro da escola , as agressões são tidas sempre longe das autoridades. Ocorrendo
na entrada ou saída da escola, ou quando os professores ou alguém que interfira no ato de
violência não estão por perto. Outra maneira de acontecer a agressão, é de forma silenciosa,
12
dentro da sala de aula com a presença do professor, que acontecem através de bilhetes e
gestos.
Perseguições como essas intencionais não podem ser tratadas como brincadeira
natural e também ser ignorado pelo professor, em se tratar de bullying a situação fica mais
séria quando o alvo é a criança portadora de deficiência, que muitas vezes não tem habilidade
emocional e física para lidar diante das agressões. Sem falar que algumas pessoas tem
preconceitos com pessoas com deficiência, sejam elas físicas ou intelectuais, preconceito este
muitas vezes trazidos de casa. Diferentes dados de estudos, mostram que crianças com
deficiências correm mais riscos de sofrerem bullying , risco esse que pode ser duas ou três
vezes maior que as demais crianças. (FANTE,2005).
Segundo DIAS; PINGOELLO, 2016) os alunos com necessidades especiais
precisam enfrentar além de suas próprias limitações físicas a violência escolar, a
discriminação e o preconceito de outras pessoas que não os consideram capacitados ou
competentes para frequentar o ensino regular, ações como essas levam ao isolamento e
exclusão dessas pessoas nas relações sociais.
Essas atitudes acabam não permitindo que o indivíduo desfrute da interação social,
como dentro e fora da escola, a interação deve ser trabalhada na sala de aula com outros
alunos e também com outras crianças que possuem necessidades educacionais especiais, para
que a criança percebe os seus direitos e reclame para que aceite suas diferenças e consiga
assim enfrentar as dificuldades. ( DIAS; PINGUOELLO, 2016).
A rejeição cometidas por muitos alunos diante de crianças que possuem alguma
deficiência na escola, se dá muitas vezes por falta de informação, a informação gera a
compreensão que esclarece por sua vez a curiosidade e os preconceitos.
É preciso se ter no ambiente escolar o respeito pela diferença do outro, mas não só
isso, entre todos os envolvidos na comunidade escolar, inserindo esse tema nos currículos
escolares (GOMES, 2008).
Segundo (Camacho, 2001) escolas que não criam propostas educativas, estão
deixando de lado seus valores sociais dentro do espaço escolar, permitindo assim atitudes
negativas se estabelecerem no ambiente, fazendo com que os alunos desenvolvam
experiências a partir de preconceitos e discriminações.
A discriminação e maus-tratos contra a pessoa com deficiência se constitui como
crime. De acordo com o documento da Secretaria de Políticas de Saúde (BRASIL,2001)
Qualquer tipo de discriminação ou de maus-tratos para com pessoas portadoras
de deficiências é crime previsto na lei 7.853, de 24.10.1985, com pena de um a
quatro anos de reclusão e multa. No caso da constatação da violência, as
denúncias podem ser dirigidas para o Conselho Tutelar ou Ministério Público
(BRASIL, 2001a, p. 84).
Os autores Cruz, Silva e Alves (2007) relatam que ao averiguar os processos de
crimes cometidos contra pessoas com deficiência, percebeu-se que são processos deixados no
segundo plano no sistema jurídico , bem diferente dos outros crimes contra os outros
indivíduos da sociedade. É um descaso as escolas não atenderem as necessidades especiais e
13
educacionais de cada aluno, visto que é um direito garantido por lei no qual facilita o acesso
da pessoa com deficiência nas escolas.
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A psicologia no ambiente escolar vem conquistando seu espaço e tomando
visibilidade pelo seu caráter terapêutico, assistencial, e preventivo que é essencial quando se
trata de assuntos de educação inclusiva e exclusão em escolas, o profissional é visto como
fundamental nesse processo, a diversas contribuições que o psicólogo escolar pode oferecer
nesse processo, como forma: terapêutica, orientação à família, oficinas e palestras, dentre
outros. Por tanto o profissional precisa estar atualizado e ter conhecimentos teóricos para lhe
dar suporte, vindo estimular o aluno.
Não se pode generalizar, mas de fato é necessário maior visibilidade por parte dos
governantes propor na educação especial e exclusiva , maiores investimentos e preparação e
interesses dos profissionais, para que se possa praticar a verdadeira educação de qualidade
sem limitações e controvérsias de exclusão.
Foi satisfatório trazer conteúdos para discussão , pois nem sempre as pessoas estão ciente
diante dos fatos das pessoas com deficiência, suas lutas, suas conquistas diante da sociedade.
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https://aprender.ead.unb.br/pluginfile.php/313131/mod_forum/attachment/544978/Fen%C3%B4meno%20Bullying%20-%20educar%20para%20a%20paz%20-%20Cl%C3%A9o%20Fante.pdf
https://aprender.ead.unb.br/pluginfile.php/313131/mod_forum/attachment/544978/Fen%C3%B4meno%20Bullying%20-%20educar%20para%20a%20paz%20-%20Cl%C3%A9o%20Fante.pdf
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CRUZ, D. M. C; SILVA, J. T; ALVES, H. C. Evidências sobre violência e deficiência:
implicações para futuras pesquisas. Revista Brasileira de Educação Especial. vol. 13, n. 1,
Marília, jan/abr 2007. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382007000100009
APÊNDICES - VERSÕES DE SENTIDO ESTÁGIO BÁSICO 2
Nome: Camila Campos dos Santos - 171016578
Data: 15/05/2020
Horário: 10:00 às 11:00
Confesso que no primeiro dia foi intenso pois achei que nenhum dos participantes
quisessem partilhar suas ideias e visões sobre o tema sobre educação inclusiva. Mas ao dar
início sobre os primeiros conteúdos todos já se mostraram bem interessados. Então comecei
por explicar o que se era Educação Especial, que era um ramo da educação que era voltado
para o atendimento e educação das pessoas com alguma deficiência. Em seguida falei um
pouco da história e das lutas das pessoas com deficiência no mundo, pois em relação a
história da pessoa com deficiência no mundo os participantes ficaram bem curiosos a
respeitos dos tratamentos que as pessoas que possuíam deficiência eram tratadas , visto que
humilhadas e muitas vezes mortas.
Então o Participante “L” disse, “Não sabia que antigamente as pessoas que tinham
deficiência eram expostas a esse tipo de humilhação, e que também os bebês que nasciam
com alguma deformação os pais tinham o direito de matar a criança, dizendo que foi uma
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_19.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382007000100009
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época bem difícil para os deficientes e não sabia desse lado da história dos deficientes no
passado” Achei importantíssimo trazer essa história dos deficientes pois foi a partir daí que
se começou as lutas por direitos básicos e também por educação.
Em seguida trouxe conteúdos sobre o ínicio da educação especial , onde se teve
diversas trajetórias e conquistas de pessoas com deficiência conseguiram a o longo do tempo,
exemplificando para os participantes que não foi algo tão fácil, levou séculos e diversos anos
para que os portadores com deficiência pudessem ter seu lugar na sociedade, como ser
respeitado , ter direito à educação etc.
Em seguida trouxe os direitos que os portadores conseguiram durante anos de lutas e
que felizmente conseguiram , citei a declaração de salamanca que foi uma resolução das
nações unidas que trata dos princípios, política e prática em educação especial, que traz como
marco a oportunidades para pessoas com deficiência. Citei leis que são bem recentes sobre os
direitos das pessoas com deficiência, mostrando que toda criança tem o direito à educação,
principalmente aquelas que possuem deficiência, pois antigamente as crianças portadoras não
tinham um espaço e nem escolas para estudar.
Então muitos pais e outras organizações lutaram por esse direito de incluir,
obrigando o estado a responsabilidade da educação desses. Ao perguntar os participantes
sobre o que eles acharam acerca desses conteúdos e novos conhecimentos um participante
que chamarei por “B” disse que não sabia de toda essas trajetórias dos deficientes, ficando
um pouco perplexo pois “ É bem triste essas lutas dos deficientes, mas que bom que
conseguiram tudo isso, por que toda criança merece a educação, e conheço muitas escolas
que ainda não tem estruturas para receber portadores de deficiência, infelizmente ainda se
precisa de muitas e muitas lutas”
Nome: Camila Campos dos Santos - 171016578
Data: 18/05/2020
Horário: 10:00 às 11:00
O tema de hoje é sobre a exclusão escolar, é um tema bem relevantepois é
impossível que ninguém tenha sofrido esse tipo de agressão na escola.
O tema que trouxe foi Exclusão Escolar de Crianças com Deficiências, iniciei por perguntar
aos participantes o que eles sabiam por Exclusão escolar, e todos quiseram falar ao mesmo
tempo. O primeiro a falar sobre foi o participante que chamarei por “G”, G disse que “
Exclusão Escolar é algo tão antigo, e em toda escola tem, fazendo com que diversas crianças
e jovens sofrem e até se suicidam por causa disso, na minha escola onde estudo, já sofri
diversos bullying pois sou homossexual e isso é uma porta aberta para o bullying, é
deprimente ser zoado por outras pessoas”.
Foi aí que percebi que seria um tema em que todos pudessem trazer suas
experiências e visões, continuando sobre a definição do bullying que são um conjunto de
atitudes agressivas e repetitivas e intencionais que causam dor, angústia e sofrimento
17
mostrando aos participantes que o bullying muitas vezes pode ser letal. Perguntei aos
participantes se alguém se identificou com esses tipos de sofrimentos, e a participante que
chamarei por “P” disse que, “ Me identifico muito, antigamente na época em que eu estudava,
eu sofria muito bullying, alguns eram bem pesados, na minha sala tinha meninas que querem
ser bem mais maduras, então elas sempre tiravam sarro do meu cabelo, dos meus sapatos me
chamando de criança , em fim, me deixava triste pois eu ficava muito constrangida na sala e
no recreio, eu sei que elas faziam isso pra se sentirem superior, mas eu era um tipo de criança
que não gostava de chamar atenção, acho que elas viram isso em mim e acabaram se
aproveitando”.
Continuando, mostrei os tipos de papéis desempenhados pelas vítimas do bullying
como o bode expiatório, vítima provocadora, vítima agressora, e o agressor.
Explicando cada um , pude perceber que os participantes se identificaram com alguns papéis
do bullying.
Um participante que chamarei por “F” disse que já foi o agressor , que fazia diversos
bullying com alguns colegas, dizendo que “ Foi uma época bem ruim na escola, eu sempre fui
amigo de todos, mas sempre tinha um grupo que me zoava, me xingavam, as vezes me
batiam, não sabia o porque, no passar dos anos chegando no fundamental, eu já havia mudado
bastante, e quando percebi eu já estava andando com quem me fazia o bullying, nós zuamos a
professora e diversos outros alunos da nossa sala, mas eu tinha consciência que aquilo não era
legal, mas ficar no lugar de quem é zoado eu não queria, então eu preferi mudar de lado,
infelizmente minha escola não se tinha muitos assuntos abordados na sala sobre o bullying,
creio que se os professores ou até mesmo a escola trouxessem palestras, ou conteúdos que
mostrassem que bullying é crime é algo que não é legal , pudesse evitar esses tipos de
agressões na escola”
Logo depois falei sobre o bullying que era cometido contra crianças com
deficiência, que além de sofrerem com suas limitações, ainda tinham que viver com esse tipo
agressão na escola, mostrando que o bullying muitas vezes era centrado na deficiência, o
agressor focava na limitação da vítima.
Um dos participantes quis falar um pouco sobre esse tipo de agressão a criança com
deficiência dizendo: A escola com toda certeza é a maior culpado por deixar esse tipo de
acontecimentos acontecem na escola, muitas vezes é o próprio professor que não é
qualificado em trabalhar esses tipos de agressões na escola, pode ser evitado mas as escolas
não procuram trabalhar as crianças nisso” disse a participante “Q”.
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