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PROVA SUB 
 
DISCIPLINA ONLINE: 
 
Os objetivos das leis antitrustes são: 
 ii. Proibição de contratos, combinações e conluios em 
detrimento do livre comércio 
 iii. Proibição da monopolização 
 iv. Criação de agências especiais que avaliem os pedidos de 
investigação e as justificativas das empresas 
 
 
Mercado relevante: identificação dos mercados em que atuam os 
agentes envolvidos e nos quais ocorrem os supostos efeitos 
restritivos de uma conduta ou ato de concentração. 
Dimensão geográfica: o mercado relevante é definido como uma área 
na qual o produto (e sés substitutos) são produzidos de modo 
que se possa detectar: i) se os consumidores podem comprar o 
produto em outras localidades a custos acessíveis; ii) se 
concorrentes de outras localidades podem direcionar suas 
vendas para esta região a custos acessíveis. 
 
2º) Teste do monopolista hipotético: verificação de uma empresa 
maximizadora de lucros e detentora de um hipotético monopólio 
de oferta (hipótese mais pessimista para o bem-estar) dentro do 
mercado relevante considerado (produto/área). 
2. Poder de mercado: capacidade de restringir a produção e 
aumentar preços de modo a se obter lucro acima do normal. A 
avaliação do poder mercado pode ser efetuada a partir das 
seguintes ferramentas: 
· Participação da empresa no mercado 
· Indicadores de concentração de mercado (IHH, CR e Índice de 
Lerner) 
· Barreiras à entrada 
· Capacidade inovativa 
 
Eficiência e princípio da razoabilidade: significa a necessidade de 
avaliação (caso a caso) dos efeitos das práticas investigadas, de 
suas eventuais justificativas e das implicações em termos de 
eficiência compensatória. Só se considera ilícita a prática de 
poder de mercado cujos efeitos líquidos sobre a eficiência são 
negativos. 
 
 equilíbrio de Nash 
O equilíbrio de Nash é um resultado no qual ambos os jogadores 
corretamente acreditam estar fazendo o melhor que podem, 
dadas as ações do outro participante. Um jogo está em equilíbrio 
quando nenhum jogador possui incentivo para mudar suas 
escolhas, a menos que haja uma mudança por parte do outro 
jogador. A principal característica que distingue um equilíbrio de 
Nash de um equilíbrio em estratégias dominantes é a 
dependência do comportamento do oponente. Um equilíbrio em 
estratégias dominantes ocorre quando cada jogador faz sua 
melhor escolha, independente da escolha do outro jogador. Todo 
equilíbrio em estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash, 
porém, o contrário não é verdadeiro. 
 
Equilíbrio de Nash: condição de equilíbrio em que cada firma 
busca o melhor para si sabendo que o seu concorrente está 
fazendo. 
No caso do oligopólio de jogos simultâneos, as firmas buscam o 
melhor desempenho, dado que elas sabem o que o concorrente 
está fazendo. Se cada firma procede desta forma, naturalmente 
elas consideram que seu concorrente está buscando o melhor 
para si sabendo das atitudes dos outros. 
Modelo de Cournot: modelo de oligopólio no qual as empresas 
produzem mercadorias homogêneas, cada uma considera fixo o 
nível de produção de sua concorrente e todas decidem, ao 
mesmo tempo, a quantidade a ser produzida. Também é 
conhecido como modelo de concorrência oligopolística por 
quantidades. 
Curva de reação e equilíbrio de Cournot: curva de reação é 
relação entre a quantidade de produção que maximiza os lucros 
de uma firma e a quantidade que ela imagina que seus 
concorrentes produzirão. Assim, no caso do duopólio: 
· A curva de reação da firma 1 mostra a quantidade que ela 
produzirá em função de sua estimativa sobre a quantidade que 
será produzida pela firma 2. 
· A curva de reação da firma 2 mostra a quantidade que ela 
produzirá em função de sua estimativa sobre a quantidade 
produzida pela firma 1. 
No equilíbrio de Cournot, cada empresa estima corretamente a 
quantidade que sua concorrente produzirá e, então, maximiza 
seus próprios lucros e nenhuma das empresas se afastará deste 
equilíbrio. Portanto, o equilíbrio de Cournot é encontrado no 
ponto de intersecção entre as duas curvas de reação. 
Assim, cada um dos duopolistas produz uma quantidade que 
maximiza seus lucros em função da quantidade que está sendo 
produzida pelo seu concorrente, de tal maneira que nenhum dos 
duopolistas tem qualquer estímulo para modificar seu nível de 
produção. 
Caso as firmas do setor realizem a coalizão, elas também 
repartirão os lucros igualmente, mas venderão quantidades 
inferiores à produzida em regime de concorrência via definição 
de quantidades. 
 
 
O modelo de Bertrand é um tipo de oligopólio no qual as 
empresas produzem uma mercadoria homogênea, mas cada 
uma delas considera fixo o preço de seus concorrentes e todas 
decidem simultaneamente qual preço será cobrado. 
A concorrência via determinação simultânea de preços pode ter 
resultados distintos considerando: 
a) a existência de produtos homogêneos; 
b) a existência de produtos diferenciados. 
 
Concorrência de preços com produtos homogêneos: Neste caso, 
o equilíbrio de duopólio vira o equilíbrio competitivo. Se a 
empresa 1 escolher um preço acima do custo marginal, a 
empresa 2 pode escolher um preço um pouco menor e tomar 
todos os clientes da empresa 1. Qualquer preço que a empresa 1 
escolha acima do custo marginal provoca reação similar da outra 
empresa. Assim, a empresa 1 acaba escolhendo o preço igual ao 
custo marginal e a empresa 2 faz o mesmo atingindo o equilíbrio 
de Bertrand. 
O equilíbrio de Nash, neste caso, corresponde ao da situação 
competitiva, ou seja, o preço das duas firmas será igual ao custo 
marginal, e ambas as empresas auferem lucro igual a zero. O 
preço de equilíbrio não pode estar acima da do custo marginal 
das firmas, pois caso isso ocorresse com uma firma, a outra 
perceberia que uma redução ínfima no preço de seu produto 
possibilitaria que abocanhasse todo o mercado da outra firma. 
 
Concorrência de preços com produtos diferenciados: No caso de 
um duopólio, duas empresas vendem um produto diferenciado, 
e a demanda de cada uma delas depende de seu próprio preço e 
do preço do concorrente. As duas empresas escolhem 
simultaneamente seus preços, cada uma delas considerando que 
o preço de sua concorrente seja fixo. Neste caso temos duas 
curvas de reação de tal sorte que: 
· A curva de reação da firma 1 apresenta o preço que maximiza 
seus lucros em função do preço determinado pela firma 2. 
· A curva de reação da firma 2 apresenta o preço que maximiza 
seus lucros em função do preço determinado pela firma 1. 
O equilíbrio de Nash é encontrado no ponto de intersecção entre 
as duas curvas de reação. Portanto, considerando que cada 
empresa esteja fazendo o melhor que pode em função do preço 
de sua concorrente, neste ponto nenhuma delas tem nenhum 
estímulo para alterar seu preço. 
 
1. Modelo de Stackelberg (Kupfer & Hasenclever, 2009, cap. 
11) 
O modelo de Stackelberg é um modelo de oligopólio no qual 
uma empresa determina seu nível de produção antes que outras 
empresas o façam. 
Por exemplo, no caso de um duopólio, suponhamos que a Firma 
1 seja a primeira a determinar seu volume de produção e que, 
posteriormente, após observar a produção da Firma 1, a Firma 2 
decida a quantidade que produzirá. Portanto, ao determinar seu 
nível de produção, a firma 1 deverá considerar de que forma a 
Firma 2 reagirá. 
O modelo de Stackelberg de duopólio difere do modelo de 
Cournot, no qual nenhuma das empresas tem a oportunidade de 
reagir. No modelo de Stacklberg existem dois tipos de firmas, a 
líder e a seguidora: 
· Firma líder: O modelo de Stackelberg pressupõe que apenas 
uma das firmas reconhece que, à medida que modifica a 
quantidade produzida, ela induz uma modificação na quantidade 
produzida por sua concorrente. 
· Firma seguidora: a outra firma continua a comportar-se como 
no modelo de Cournot, ou seja, tomando a produçãoda primeira 
como dado sobre o qual não tem nenhuma influência 
 
 
 Cartel (Kupfer & Hasenclever, 2009, cap. 11) 
Cartel é um mercado no qual algumas ou todas as empresas 
fazem coalizões explicitamente e coordenam preços e níveis de 
produção para maximizar seus lucros conjuntamente. Portanto, 
Em um cartel, os produtores concordam explicitamente em agir 
em conjunto na determinação de preços e níveis de produção. 
Nem todos os produtores de um setor necessitam fazer parte do 
cartel, e a maioria dos cartéis envolve apenas um subconjunto de 
produtores. Entretanto, se uma quantidade suficientemente 
inelástica, o cartel poderá conseguir elevar seus preços bem 
acima dos níveis competitivos. 
Os cartéis são frequentemente internacionais como, por 
exemplo: 
· OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo 
· IBA – Associação Internacional da Bauxita 
· CIPEC – Organização dos Produtores de Cobre 
Condições para o sucesso de um cartel: Para que um cartel seja 
bem-sucedido, duas condições são necessárias: 
i) Formação de uma organização estável, cujos membros sejam 
capazes de fazer acordos relativos a preços e níveis de produção 
cumprindo, depois, os termos do acordo firmado. 
ii) Necessidade de espaço para exercício do poder de 
monopólio. Mesmo que o cartel consiga resolver seus problemas 
organizacionais, haverá pouca possibilidade de elevação de 
preço caso ele esteja diante de uma curva de demanda 
altamente elástica. 
Como o cartel maximiza o lucro total, o lucro marginal de uma 
empresa precisa ser igual ao da outra: se não for, vale a pena 
para a empresa mais lucrativa produzir mais.Para obter êxito, 
portanto, a cartelização exige que a demanda total da 
mercadoria não seja muito elástica ao preço e que o cartel possa 
controlar a maior parte da oferta, ou então que a oferta dos 
produtores que não fazem parte do cartel seja inelástica. 
 
 
Qual o motivo de o cartel da OPEP (do petróleo) ter tido sucesso 
na elevação substancial de seus preços, enquanto o cartel da 
CIPEC (do cobre) conseguiu êxito? Quais condições se fazem 
necessárias para que a cartelização seja bem-sucedida? Quais os 
problemas organizacionais que um cartel precisa ser capaz de 
superar? 
Resposta: 
O sucesso da cartelização requer duas condições: a demanda 
deve ser inelástica e o cartel deve ser capaz de controlar a maior 
parte da oferta. A OPEP foi bem-sucedida no curto prazo porque 
a demanda e a oferta de petróleo no curto prazo eram ambas 
inelásticas. A CIPEC não foi bem-sucedida porque tanto a oferta 
dos não membros da CIPEC quanto a demanda eram altamente 
sensíveis ao preço. Um cartel se defronta com dois problemas 
organizacionais: o acordo com relação ao preço e a divisão do 
mercado entre os membros do cartel; e o monitoramento e 
cumprimento do acordo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo Slides 
 
 
INTRODUÇÃO 
Um jogo é quando dois ou mais players participam e nele é 
possível estudar o porque de cada decisão tomada e suas 
estratégias. 
 
A ESTRATÉGIA E OS JOGOS DE EMPRESA NAS 
ORGANIZAÇÕES 
 
O principal motivo de uma estratégia ser implementada é para 
obter a vantagem competitiva. Em um ambiente de estratégia é 
possível adotar uma posição de competição ou cooperação. No 
ambiente de competição as empresas estão constantemente 
tentando antecipar as ações dos outros players para obter 
vantagem. 
Para uma melhor eficiência de mercado generalizado é preciso 
que haja cooperação entre as empresas, mas isso entra em um 
conflito pois se uma se abrir a as outras ficarem fechadas ela é 
muito prejudicada, então os empresários buscam apenas o 
benefício próprio, portanto é necessário é necessária uma 
referência geral para que quebre esse viés/conflito dos 
empresários. 
 
 
 
 
 
 
 
Em competição é possível ter uma postura rival, individualista e 
Associativa. Ela pode ter uma relação de força Hegemônica, 
equilibrada e fraco: 
 
Em jogos competitivos temos a estratégia do equilíbrio de Nash, 
que descreve situações de competição perfeita com muitos 
compradores e fornecedores, onde nenhum deles tem poder de 
dominar os restantes. O equilíbrio de Nash acontece quando 
nenhum dos jogadores consegue alterar por conta própria a 
melhora dos seus resultados, sem consultar os outros players. 
Em Jogos predatórios a estratégia que é adotada é a Minimax que 
se caracteriza em um jogo onde o benefício de uma empresa 
resulta na perda das demais. Se nesse ambiente existir um ponto 
onde todos os players entendem que é a melhor escolha no 
benefício próprio é chamado de minimax. 
Em jogos tipo Líder acontece a estratégia de stakelberg, que é 
quando existe uma empresa líder e as outras fazem suas ações em 
relação a ela. 
Quando se pensa estrategicamente alguns benefícios importantes 
são obtidos, 
como: 
1. desenvolvimento de planos de longo prazo com mais eficiência 
ao antecipar 
o inesperado, 
2. capacidade de avaliar se deve competir ou cooperar com 
concorrentes e, 
3. visualização de reações para maximizar o resultado. 
 
 
Teoria dos Jogos 
 
 
A teoria dos jogos analisa pontos chaves para encontrar o 
comportamento dos diversos jogadores: 
Modelo formal: Descrição do jogo, identificando os objetivos dos 
jogadores. 
Estratégias: Possibilidades de ações de um jogo 
Jogadores: Players 
Racionalidade: sempre buscando o melhor resultado 
 
A Racionalidade em um jogo é muito importante, onde intende-se 
que os gestores tenham previamente estabelecido a definição do 
problema, identificação dos critérios de decisão e seus respectivos 
pesos, geração das alternativas e classificação destas em relação 
a cada critério escolha da melhor alternativa. 
Um jogo pode ser matricial ou em árvore. O primeiro acontece 
onde é claro os payoffs e cada empresa conhece os riscos de 
tomar determinada decisão; O segundo acontece de maneira que 
rimeiro é tomada as decisões e no final é analisado as possíveis 
próximas ações e seus riscos comparada as outras empresas. 
 
Admita que cada empresa possa sozinha atender a todo o 
mercado, caso seja necessário, desde que o preço seja igual ou 
maior do que o custo marginal de produção. Qual será o preço de 
equilíbrio a ser fixado pelas empresas? Note que caso (Bertrand) 
a quantidade demandada em função do preço, enquanto no 
modelo de Cournot estávamos expressando o preço em função da 
quantidade. O modelo de Bertrand trata de um processo em que 
cada empresa determina o preço de seu produto supondo dado o 
preço do produto da outra empresa. 
 
O que é Dilema? O que altruísmo no jogo? O que é equilíbrio do 
jogo? O que pressupõe as interações de jogo em Oligopólio? 
Como descrever um comportamento Estratégico? A melhor 
solução individual sempre representa a melhor solução para 
todos os envolvidos, em jogo entre países de um bloco 
comercial? Justifique sua resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
ANTITRUSTE 
 
As leis de antitruste não quer que o poder de mercado seja ilegal 
e sim controlar de que forma esse poder é adquirido e mantido. 
A livre concorrência necessita de uma atuação estatal para poder 
existir e para fiscalizar por meio de regulações como está a 
concorrência de mercado, se as fusões e aquisições (atos de 
concentração) são saudáveis e se existe práticas anticompetitivas. 
O mercado relevante está em meio ao ambiente competitivo onde 
existe a concentração, economias de escala, graus de 
diferenciação de produtos, barreiras técnicas de entrada e saída. 
 
Toda análise antitruste gira em torno da noção de poder de 
mercado: danos ou restrições à concorrência só podem ser 
causados por firmas detentoras desse poder, que é, portanto, 
condição necessária para haver um ilícito do ponto de vista da lei. 
Mas não é suficiente, pois a ilicitude depende ainda de verificar se 
de uma conduta ou de um ato de concentração decorrem efeitos 
anticompetitivos (efetivos ou potenciais). Contudo, certas 
condutasrestritivas ou certos atos de concentração, ainda que 
provoquem efeitos negativos sobre a concorrência, podem 
também gerar ganhos de eficiência que os compensem. Dentre os 
ganhos típicos de eficiência estão, por exemplo, reduções de custo 
associadas a economias de escala e escopo, aumentos de 
produtividade ou qualidade, aperfeiçoamentos tecnológicos etc. 
A partir das afirmações anteriores podemos identificar os 
conceitos e parâmetros usados em toda análise antitruste: em 
primeiro lugar, é necessário identificar a existência de poder de 
mercado, para o que se requer, como passo logicamente prévio, a 
delimitação do mercado em que tal poder é exercido (conceito de 
mercado relevante), e a análise das condições de mercado que 
tornam provável (ou não) o exercício desse poder de mercado. 
Mercado Relevante: deve ser definido caso a caso, e o adjetivo 
que o acompanha (relevante) se refere à sua 
relevância/pertinência para o caso sob julgamento: trata-se de 
identificar o mercado em que atuam os agentes envolvidos, o 
mercado no qual ocorrem os supostos efeitos restritivos de uma 
conduta ou ato de concentração. 
O mercado relevante é o produto ou região em que o poder de 
mercado possa atuar de forma direta. Ele ode ser medido de 
acordo com a elasticidade preço da demanda e oferta. 
 
 
 
 
Práticas anticompetitivas, horizontais ou verticais, são 
consideradas ilícitas e será punida a empresa que adotar tais 
medidas. Para controle de caráter estrutural é evitado a 
concentração de mercado para não ocorrer abuso de poder de 
mercado o que causa efeitos negativo nos consumidores. Pode 
acontecer também em natureza horizontal ou vertical. 
A estrutura de mercado pode ser definida como: 
 - Grau de concentração nas vendas de participação no mercado e 
distribuição de vendas no mercado 
- Concentração medida em índice em comparação aos outros 
players 
 
Problema básico: delimitação de mercad0 
 Indústria / Sector: conjunto de agentes (produtores / 
vendedores) que produzem / oferecem um produto (bem / 
serviço) com um determinado grau de homogeneidade. (Ênfase 
recai sobre a estrutura de oferta). 
 Definição alternativa: conjunto de agentes que produzem / 
oferecem bens que são substitutos próximos entre si (Ênfase recai 
sobre a concorrência). 
 Indústria-setor como conjunto de agentes que atuam e 
concorrem entre si no interior de um determinado mercado. 
 
Concentração de mercado está ligada aos modelos de Bertrand, 
Cornout e Stakelberg 
 
 
 
 
 
Medidas de concentração: 
 
Parciais: Não utilizam o total de empresas do setor 
 
Sumária: Pegam os dados de todas as empresas do setor 
 
Positivas: Apenas mostram a concentração de mercado (estrutura 
aparente), sem levar em conta aspectos comportamentais 
 
Normativas: Além de analisar a estrutura de mercado, ela leva em 
conta os aspectos comportamentais 
 
 
Medidas de concentração características: 
Absoluta: É o tamanho das firmas, a fatia do market share 
Relativa: É a diferença de market share entre as empresas 
 
 
Quando as firmas se comportam pelo modelo de Cornout a 
melhor forma de mensurar o mercado é pelo HHI 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÃO DA CONCENTRAÇÃO: 
CR4 / CR8 
Si = participação da iésima maior firma 
CR4: participação das 4 maiores empresas no mercado 
 
CR8: participação das 8 maiores empresas no mercado 
 
OU 
 
HHI 
⇒ Mede tanto a participação como a desigualdade 
⇒ É necessário conhecer a participação individual de todas as 
firmas 
⇒ Para dado número de firmas, aumenta com o aumento da 
desigualdade 
 
Diferença: CR não se ajusta às variações no tamanho e no número 
das empresas 
 
 
Empresas 
Participação 
no Mercado 
A (%) 
Participação no Mercado B (%) 
1 50 20 
2 15 20 
3 10 20 
4 10 20 
5 5 - 
6 5 - 
7 5 - 
Mercado A: 
CR4 85 
HHI 3000 
 
 
 
Mercado B: 
CR4 80 
HHI 1600 
 
 
OBS: 
CRx é apenas somar a quantidade de empresas analisada 
HHI é preciso somar o percentual de mercado de cada empresa 
elevado ao quadrado 
 
 
Grau de Concentração CR4 CR8 
Muito Alto 75% ou mais 90% ou mais 
Alto 65% - 75% 85% - 90% 
Moderadamente Alto 50% - 65% 70% - 85% 
Moderadamente Baixo 35% - 50% 45% - 70% 
Baixo 35% ou menos 45% ou menos 
 
 
 
Grau de Concentração HHI 
MUITO CONCENTRADADA SUPERIOR A 1.800 
CONCENTRAÇÃO MODERADA ENTRE 1.000 e 1.800 
INDÚSTRIA POUCO CONCENTRADA INFERIOR A 1.000 
 
 
CR3 
Altamente concentrado 56 + 
Moderadamente concentrado 36 - 55 
Pouco concentrado 0 - 35 
 
Índice de Lerner: 
 
𝑳 =
𝑯𝑯𝑰
𝑬
 
 
Quanto maior mais concentrado é o mercado 
 
Aplicação antitruste: se o poder de mercado for significativo e 
durável 
Significativo: excede não somente o custo marginal, mas custo 
médio de longo prazo: firma tem lucro econômico positivo. 
Durável: firma consegue sustentar os lucros econômicos no longo 
prazo. Similar ao Poder de monopólio: poder de controlar preços 
e excluir competição 
 
Preços predatórios: Acontece quando uma empresa decide 
colocar seu preço de venda abaixo do custo com objetivo de 
expulsar os concorrentes. Essa estratégia só é possível ser 
realizada em empresas grandes pois elas possuem o poder de 
trabalhar em prejuízo controlado devido a alta produção que 
consegue suprir a alta demanda que irá surgir pelo preço baixo. 
Essa estratégia no curto prazo é ótima para os consumidores, mas 
no longo prazo é ruim pois sem competição a empresa pode 
abusar do poder de mercado e obter lucros elevados. A empresa 
também deve contar com a suposição de que os concorrentes não 
retornarão ao mercado uma vez que os preços são levantados 
para níveis mais normais. 
 
 
 
 
A Fusão é a União de duas ou mais companhias para a formação 
de uma única empresa, sob controle administrativo da maior. 
Pode ser uma fusão por Concentração (construção de uma nova 
sociedade) ou Incorporação (quando um grupo transfere todo o 
patrimônio de uma ou mais sociedades para outro). 
 
A Aquisição por sua vez é a compra do controle acionário de uma 
empresa por outra, sendo que, no caso de aquisição global do 
patrimônio da empresa adquirida, a compradora assume o 
controle total e a empresa adquirida deixa de existir. Pode ser 
classificada em: 
Horizontal: quando a aquisição ocorre entre empresas que 
possuem o mesmo foco de atuação 
Vertical: como o próprio nome designa, refere-se a uma aquisição 
ocorrida entre empresas que se encontram em estágios distintos 
no processo produtivo 
Congênere: as empresas envolvidas não atuam no mesmo ramo. 
Porém pode haver alguma complementaridade em suas linhas a 
médio e longo prazo. 
 
Discriminação de preços e Monopólio 
A prática de cobrar preços diferentes pelo mesmo produto 
designa-se por discriminação de preços. 
Discriminação de preços de 1º grau (ou perfeita) consiste na 
venda de cada unidade de produto ao preço máximo que o 
consumidor está disposto a pagar por essa unidade (o seu preço 
de reserva) 
Discriminação entre grupos de compradores: preços diferentes 
com base em coisas como idade, tipo de ocupação, localização. 
Elasticidade da demanda diferente para os diversos grupos 
A discriminação de preços de 2º grau consiste na venda de cada 
conjunto (ou lote) de unidades a um preço específico. Assim, o 
preço depende do número de unidades adquiridas. 
A discriminação de preços de 3º grau consiste em cobrar preços 
diferentes a grupos diferentes de consumidores 
 
 
Economia dos Custos de Transação (ECT) 
1. Origem: Influenciada por Commons (1924; 1931) e Coase 
(1937), estuda a interface entre mercado e hierarquia nas 
organizações. 
 
2. Custos de Transação: 
o Custos associados à negociação, monitoramento e 
execução de contratos (Coase, 1937). 
o Envolvem transferência, proteção e direitos de 
propriedade (Barzel, 1997). 
o Aparecem ao trocar direitos de propriedade de ativos 
econômicos (Eggerstsson, 1990). 
 
3. Teoria dos Custos de Transação (TCT): 
o Os custos de transaçãosão reduzidos com o 
alinhamento entre: 
▪ Estruturas de governança. 
▪ Atributos das transações (especificidade de 
ativos, frequência, incerteza). 
▪ Pressupostos comportamentais (racionalidade 
limitada e oportunismo). 
o Integração vertical ocorre se os custos de transação 
externos superarem os custos internos (Williamson, 
1985). 
 
4. Teoria dos Custos de Mensuração (TCM): 
o Além das transações, considera: 
▪ Garantia dos direitos de propriedade. 
▪ Condição de mensuração e informações dos 
ativos. 
o Integração vertical ocorre quando os custos de 
mensuração são altos (Barzel, 2005). 
 
5. Visão Baseada em Recursos (VBR): 
o A vantagem competitiva vem dos recursos e 
capacidades diferenciados da empresa (Penrose, 1959; 
Barney, 2007). 
o Empresas possuem trajetórias únicas (path 
dependence), gerando rendas superiores devido à 
posse de recursos escassos. 
o Integração vertical visa proteger e controlar esses 
recursos estratégicos. 
Construtos Centrais 
1. Custos de Transação (TCT): Relacionados a contratos e 
governança. 
2. Custos de Mensuração (TCM): Ligados à avaliação e 
proteção dos ativos. 
3. Recursos Estratégicos (VBR): Focados em vantagem 
competitiva e exclusividade. 
 
 
INOVAÇÃO 
 
A Inovação é percebida em mudanças em produtos pré 
estabelecidos, alterações de processos já constituídos, por meio 
de novas formas de comercialização. A vantagem competitiva se 
estabelece quando os concorrentes não conseguem perceber a 
mova forma de competição do setor, isso ocorre quando eles não 
conseguem acompanhar a mudança ou não estão dispostos. 
Para Tidd e Bessant (2015), a inovação está 
vinculada a mudanças que podem apresentar-se 
em produto, processo, posição e paradigma, o 
que caracteriza os “4 Ps” da inovação. 
 Segundo Drucker (2008), as instituições devem 
sempre buscar apresentar ao seu mercado 
consumidor produtos melhores e mais 
econômicos reiterando que a empresa não deve 
buscar crescer e sim tornar-se melhor em seus 
propósitos. O autor ainda afirma que a melhor 
inovação cria um produto com maior 
probabilidade de satisfação para seu mercado, 
que pode utilizar-se de novas maneiras de 
antigos produtos e abrange todas as partes do 
negócio da empresa. 
 
 
Segundo Christensen existem 3 tipos de inovação: 
Inovação sustentadora: é a inovação que melhora o produto, 
obtendo mais resultados nas vendas. 
Inovação disruptiva: Acontece quando produtos ou processos são 
rompidos e substituídos por novos e melhores. Essa inovação 
quebra a sustentadora. 
Inovação aberta: É a quebra de paradigma onde as empresas 
podem usar informações/conhecimento tanto interno quanto 
externo para melhorar seu processo de produção, venda, etc. 
buscando ganhar vantagem competitiva tecnológica. 
 
 
P&D 
Pesquisa básica 
todo o trabalho teórico e experimental empreendido 
primordialmente para compreender fenômenos e fatos da 
natureza, sem terem vista qualquer aplicação específica. 
 
Pesquisa aplicada 
investigações concebidas pelo interesse de adquirir novos 
conhecimentos com finalidades práticas 
 
Desenvolvimento experimental 
é a parte das atividades de P&D voltada para a comprovação da 
viabilidade técnica ou funcional de novos produtos, processos, 
sistemas e serviços, ou ainda o substancial aperfeiçoamento dos 
já existentes 
 
CICLO DE INOVAÇÃO EM 3 ESTÁGIOS 
 
 Invenção 
Inovação 
Imitação ou Difusão 
 
 
 
 
 
 
Modelo de incitação de Arrow: 
Hipóteses: 
O conhecimento é um bem de informação onde é possível 
obtê-lo igualmente, sem custos, então quem consegue inovar é 
pela genialidade da própria pessoa. 
As situações de mercado existentes são a do monopólio e 
ada concorrência perfeita 
Nesse modelo, a invenção possui características próprias, 
que são: 
A atividade de invenção é arriscada, isto é, sujeita a 
incertezas; 
O produto da invenção pode ser apropriado por outros 
agentes; 
 Existem rendimentos crescentes na utilização da nova 
informação. 
O problema central que o modelo busca resolver é se a 
estrutura de mercado de hoje existe algum tipo de melhoria a ser 
implementada. 
Para uma empresa investir em P&D é necessário que o 
ganho das inovações cubra o dinheiro investido na área. 
Arrow trabalha com duas possibilidades de inovação: 
 Inovações radicais (drásticas) 
 Inovações incrementais (não-drásticas) 
As principais conclusões do modelo são de que tanto na 
inovação drástica, quanto à inovação não-drástica, a motivação 
para investir em P&D é maior na concorrência perfeita do que no 
monopólio. 
 
 
 
Modelo de Dasgupta-Stiglitz 
Busca medir como a taxa de inovação impacta o mercado 
Além disso, se propõem a avaliar o impacto das variáveis centrais, 
que são: 
• Elasticidade-preço da demanda; 
• Barreiras à entrada; 
• Relação entre o investimento em P&D e a redução de custos 
unitários 
Hipóteses: 
• Ausência de inovação de produto, somente inovações de 
processo que reduzem custos, permitindo aumento da fatia 
de mercado; 
• Ausência de competição por preços 
A principal conclusão do modelo é a de que quando a estrutura 
de mercado se afasta da concorrência perfeita, a taxa de 
inovação cresce. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo de seleção 
 Esse modelo busca a inovação para aumentar a 
rentabilidade do negócio pois sem ela, usando apenas técnicas 
antigas, poderá levar a empresa a falência. 
Este modelo considera 2 tipos de comportamento das empresas: 
• As políticas voltadas para a inovação; 
• As políticas voltadas para a imitação; 
 
 
Algumas estruturas de mercado possuem melhor viabilidade de 
inovação? 
Pela hipótese chumpeteriana empresas maiores possuem maior 
vantagem para investir em inovação por possuir maior capital 
disponível, poder ter um time maior em P&D maior, etc. 
A escola neoclássica diz o contrário, empresas pequenas e médias 
podem ter mais vantagem na inovação pois não existe as barreiras 
de burocracia de processos que as grandes possuem. Em 
concorrência perfeita. 
 
 
 
 
Shumpeter: 
A inovação cresce mais que proporcionalmente com o tamanho 
da empresa; 
A inovação cresce com a concentração do mercado. 
Várias hipóteses foram formuladas para justificar essas 
proposições, entre as quais se destacam: 
As imperfeições do mercado de capitais conferem vantagens as 
grandes empresas ao permitirem acesso fácil a financiamentos 
para projetos de P&D; 
 Empresas grandes possuem capital próprio para fazerem frente 
aos investimentos em P&D; 
 Existência de economias de escala na tecnologia, em função da 
indivisibilidade dos equipamentos de P&D; 
As empresas podem diminuir o custo de P&D quando dividido por 
milhares de vendas. Empresas grandes tem capital próprio para 
investir em inovação, não precisam ficar dependendo de terceiros 
e aumentando o risco se caso não dê certo algum projeto. 
A pesquisa em inovação não necessariamente é realizada dentro 
da empresa, ela pode ser feita em universidades. 
Caracterizar os resultados da pesquisa pelo número de patentes 
indica melhor a propensão a inovar do que a propensão a investir; 
além disso existe uma série de maneiras pelas quais as tecnologias 
podem se transformarem ativos rentáveis além do 
patenteamento; em alguns casos, por exemplo, o segredo 
industrial é a maneira mais eficiente de apropriação; um outro 
importante aspecto é que nem toda patente se transforma em um 
novo produto ou processo. 
 
 
 
 
Regulação Econômica: 
 Por que regular? 
1. Analise Normativa como teoria positiva; 
2. Teoria da Captura; 
3. Teoria econômica de regulação: grupos de interesse. 
 
 Análise normativa: Investiga quando regulação deve ocorrer; 
 Análise Positiva: Investiga o que ocorre de fato na economia. 
Análise Normativa: o Monopólio Natural: 
Eficiência produtiva: 
 Industria caracterizada por uma tecnologia cujo custo somente 
é minimizado 
com a atividade de uma única empresa. 
Ineficiência Alocativa: 
 Uma vez monopolista,a empresa tem incentivo em reduzir 
volume de produção 
e praticar preço mais elevado que seu custo marginal.

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