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PROVA SUB DISCIPLINA ONLINE: Os objetivos das leis antitrustes são: ii. Proibição de contratos, combinações e conluios em detrimento do livre comércio iii. Proibição da monopolização iv. Criação de agências especiais que avaliem os pedidos de investigação e as justificativas das empresas Mercado relevante: identificação dos mercados em que atuam os agentes envolvidos e nos quais ocorrem os supostos efeitos restritivos de uma conduta ou ato de concentração. Dimensão geográfica: o mercado relevante é definido como uma área na qual o produto (e sés substitutos) são produzidos de modo que se possa detectar: i) se os consumidores podem comprar o produto em outras localidades a custos acessíveis; ii) se concorrentes de outras localidades podem direcionar suas vendas para esta região a custos acessíveis. 2º) Teste do monopolista hipotético: verificação de uma empresa maximizadora de lucros e detentora de um hipotético monopólio de oferta (hipótese mais pessimista para o bem-estar) dentro do mercado relevante considerado (produto/área). 2. Poder de mercado: capacidade de restringir a produção e aumentar preços de modo a se obter lucro acima do normal. A avaliação do poder mercado pode ser efetuada a partir das seguintes ferramentas: · Participação da empresa no mercado · Indicadores de concentração de mercado (IHH, CR e Índice de Lerner) · Barreiras à entrada · Capacidade inovativa Eficiência e princípio da razoabilidade: significa a necessidade de avaliação (caso a caso) dos efeitos das práticas investigadas, de suas eventuais justificativas e das implicações em termos de eficiência compensatória. Só se considera ilícita a prática de poder de mercado cujos efeitos líquidos sobre a eficiência são negativos. equilíbrio de Nash O equilíbrio de Nash é um resultado no qual ambos os jogadores corretamente acreditam estar fazendo o melhor que podem, dadas as ações do outro participante. Um jogo está em equilíbrio quando nenhum jogador possui incentivo para mudar suas escolhas, a menos que haja uma mudança por parte do outro jogador. A principal característica que distingue um equilíbrio de Nash de um equilíbrio em estratégias dominantes é a dependência do comportamento do oponente. Um equilíbrio em estratégias dominantes ocorre quando cada jogador faz sua melhor escolha, independente da escolha do outro jogador. Todo equilíbrio em estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash, porém, o contrário não é verdadeiro. Equilíbrio de Nash: condição de equilíbrio em que cada firma busca o melhor para si sabendo que o seu concorrente está fazendo. No caso do oligopólio de jogos simultâneos, as firmas buscam o melhor desempenho, dado que elas sabem o que o concorrente está fazendo. Se cada firma procede desta forma, naturalmente elas consideram que seu concorrente está buscando o melhor para si sabendo das atitudes dos outros. Modelo de Cournot: modelo de oligopólio no qual as empresas produzem mercadorias homogêneas, cada uma considera fixo o nível de produção de sua concorrente e todas decidem, ao mesmo tempo, a quantidade a ser produzida. Também é conhecido como modelo de concorrência oligopolística por quantidades. Curva de reação e equilíbrio de Cournot: curva de reação é relação entre a quantidade de produção que maximiza os lucros de uma firma e a quantidade que ela imagina que seus concorrentes produzirão. Assim, no caso do duopólio: · A curva de reação da firma 1 mostra a quantidade que ela produzirá em função de sua estimativa sobre a quantidade que será produzida pela firma 2. · A curva de reação da firma 2 mostra a quantidade que ela produzirá em função de sua estimativa sobre a quantidade produzida pela firma 1. No equilíbrio de Cournot, cada empresa estima corretamente a quantidade que sua concorrente produzirá e, então, maximiza seus próprios lucros e nenhuma das empresas se afastará deste equilíbrio. Portanto, o equilíbrio de Cournot é encontrado no ponto de intersecção entre as duas curvas de reação. Assim, cada um dos duopolistas produz uma quantidade que maximiza seus lucros em função da quantidade que está sendo produzida pelo seu concorrente, de tal maneira que nenhum dos duopolistas tem qualquer estímulo para modificar seu nível de produção. Caso as firmas do setor realizem a coalizão, elas também repartirão os lucros igualmente, mas venderão quantidades inferiores à produzida em regime de concorrência via definição de quantidades. O modelo de Bertrand é um tipo de oligopólio no qual as empresas produzem uma mercadoria homogênea, mas cada uma delas considera fixo o preço de seus concorrentes e todas decidem simultaneamente qual preço será cobrado. A concorrência via determinação simultânea de preços pode ter resultados distintos considerando: a) a existência de produtos homogêneos; b) a existência de produtos diferenciados. Concorrência de preços com produtos homogêneos: Neste caso, o equilíbrio de duopólio vira o equilíbrio competitivo. Se a empresa 1 escolher um preço acima do custo marginal, a empresa 2 pode escolher um preço um pouco menor e tomar todos os clientes da empresa 1. Qualquer preço que a empresa 1 escolha acima do custo marginal provoca reação similar da outra empresa. Assim, a empresa 1 acaba escolhendo o preço igual ao custo marginal e a empresa 2 faz o mesmo atingindo o equilíbrio de Bertrand. O equilíbrio de Nash, neste caso, corresponde ao da situação competitiva, ou seja, o preço das duas firmas será igual ao custo marginal, e ambas as empresas auferem lucro igual a zero. O preço de equilíbrio não pode estar acima da do custo marginal das firmas, pois caso isso ocorresse com uma firma, a outra perceberia que uma redução ínfima no preço de seu produto possibilitaria que abocanhasse todo o mercado da outra firma. Concorrência de preços com produtos diferenciados: No caso de um duopólio, duas empresas vendem um produto diferenciado, e a demanda de cada uma delas depende de seu próprio preço e do preço do concorrente. As duas empresas escolhem simultaneamente seus preços, cada uma delas considerando que o preço de sua concorrente seja fixo. Neste caso temos duas curvas de reação de tal sorte que: · A curva de reação da firma 1 apresenta o preço que maximiza seus lucros em função do preço determinado pela firma 2. · A curva de reação da firma 2 apresenta o preço que maximiza seus lucros em função do preço determinado pela firma 1. O equilíbrio de Nash é encontrado no ponto de intersecção entre as duas curvas de reação. Portanto, considerando que cada empresa esteja fazendo o melhor que pode em função do preço de sua concorrente, neste ponto nenhuma delas tem nenhum estímulo para alterar seu preço. 1. Modelo de Stackelberg (Kupfer & Hasenclever, 2009, cap. 11) O modelo de Stackelberg é um modelo de oligopólio no qual uma empresa determina seu nível de produção antes que outras empresas o façam. Por exemplo, no caso de um duopólio, suponhamos que a Firma 1 seja a primeira a determinar seu volume de produção e que, posteriormente, após observar a produção da Firma 1, a Firma 2 decida a quantidade que produzirá. Portanto, ao determinar seu nível de produção, a firma 1 deverá considerar de que forma a Firma 2 reagirá. O modelo de Stackelberg de duopólio difere do modelo de Cournot, no qual nenhuma das empresas tem a oportunidade de reagir. No modelo de Stacklberg existem dois tipos de firmas, a líder e a seguidora: · Firma líder: O modelo de Stackelberg pressupõe que apenas uma das firmas reconhece que, à medida que modifica a quantidade produzida, ela induz uma modificação na quantidade produzida por sua concorrente. · Firma seguidora: a outra firma continua a comportar-se como no modelo de Cournot, ou seja, tomando a produçãoda primeira como dado sobre o qual não tem nenhuma influência Cartel (Kupfer & Hasenclever, 2009, cap. 11) Cartel é um mercado no qual algumas ou todas as empresas fazem coalizões explicitamente e coordenam preços e níveis de produção para maximizar seus lucros conjuntamente. Portanto, Em um cartel, os produtores concordam explicitamente em agir em conjunto na determinação de preços e níveis de produção. Nem todos os produtores de um setor necessitam fazer parte do cartel, e a maioria dos cartéis envolve apenas um subconjunto de produtores. Entretanto, se uma quantidade suficientemente inelástica, o cartel poderá conseguir elevar seus preços bem acima dos níveis competitivos. Os cartéis são frequentemente internacionais como, por exemplo: · OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo · IBA – Associação Internacional da Bauxita · CIPEC – Organização dos Produtores de Cobre Condições para o sucesso de um cartel: Para que um cartel seja bem-sucedido, duas condições são necessárias: i) Formação de uma organização estável, cujos membros sejam capazes de fazer acordos relativos a preços e níveis de produção cumprindo, depois, os termos do acordo firmado. ii) Necessidade de espaço para exercício do poder de monopólio. Mesmo que o cartel consiga resolver seus problemas organizacionais, haverá pouca possibilidade de elevação de preço caso ele esteja diante de uma curva de demanda altamente elástica. Como o cartel maximiza o lucro total, o lucro marginal de uma empresa precisa ser igual ao da outra: se não for, vale a pena para a empresa mais lucrativa produzir mais.Para obter êxito, portanto, a cartelização exige que a demanda total da mercadoria não seja muito elástica ao preço e que o cartel possa controlar a maior parte da oferta, ou então que a oferta dos produtores que não fazem parte do cartel seja inelástica. Qual o motivo de o cartel da OPEP (do petróleo) ter tido sucesso na elevação substancial de seus preços, enquanto o cartel da CIPEC (do cobre) conseguiu êxito? Quais condições se fazem necessárias para que a cartelização seja bem-sucedida? Quais os problemas organizacionais que um cartel precisa ser capaz de superar? Resposta: O sucesso da cartelização requer duas condições: a demanda deve ser inelástica e o cartel deve ser capaz de controlar a maior parte da oferta. A OPEP foi bem-sucedida no curto prazo porque a demanda e a oferta de petróleo no curto prazo eram ambas inelásticas. A CIPEC não foi bem-sucedida porque tanto a oferta dos não membros da CIPEC quanto a demanda eram altamente sensíveis ao preço. Um cartel se defronta com dois problemas organizacionais: o acordo com relação ao preço e a divisão do mercado entre os membros do cartel; e o monitoramento e cumprimento do acordo. Resumo Slides INTRODUÇÃO Um jogo é quando dois ou mais players participam e nele é possível estudar o porque de cada decisão tomada e suas estratégias. A ESTRATÉGIA E OS JOGOS DE EMPRESA NAS ORGANIZAÇÕES O principal motivo de uma estratégia ser implementada é para obter a vantagem competitiva. Em um ambiente de estratégia é possível adotar uma posição de competição ou cooperação. No ambiente de competição as empresas estão constantemente tentando antecipar as ações dos outros players para obter vantagem. Para uma melhor eficiência de mercado generalizado é preciso que haja cooperação entre as empresas, mas isso entra em um conflito pois se uma se abrir a as outras ficarem fechadas ela é muito prejudicada, então os empresários buscam apenas o benefício próprio, portanto é necessário é necessária uma referência geral para que quebre esse viés/conflito dos empresários. Em competição é possível ter uma postura rival, individualista e Associativa. Ela pode ter uma relação de força Hegemônica, equilibrada e fraco: Em jogos competitivos temos a estratégia do equilíbrio de Nash, que descreve situações de competição perfeita com muitos compradores e fornecedores, onde nenhum deles tem poder de dominar os restantes. O equilíbrio de Nash acontece quando nenhum dos jogadores consegue alterar por conta própria a melhora dos seus resultados, sem consultar os outros players. Em Jogos predatórios a estratégia que é adotada é a Minimax que se caracteriza em um jogo onde o benefício de uma empresa resulta na perda das demais. Se nesse ambiente existir um ponto onde todos os players entendem que é a melhor escolha no benefício próprio é chamado de minimax. Em jogos tipo Líder acontece a estratégia de stakelberg, que é quando existe uma empresa líder e as outras fazem suas ações em relação a ela. Quando se pensa estrategicamente alguns benefícios importantes são obtidos, como: 1. desenvolvimento de planos de longo prazo com mais eficiência ao antecipar o inesperado, 2. capacidade de avaliar se deve competir ou cooperar com concorrentes e, 3. visualização de reações para maximizar o resultado. Teoria dos Jogos A teoria dos jogos analisa pontos chaves para encontrar o comportamento dos diversos jogadores: Modelo formal: Descrição do jogo, identificando os objetivos dos jogadores. Estratégias: Possibilidades de ações de um jogo Jogadores: Players Racionalidade: sempre buscando o melhor resultado A Racionalidade em um jogo é muito importante, onde intende-se que os gestores tenham previamente estabelecido a definição do problema, identificação dos critérios de decisão e seus respectivos pesos, geração das alternativas e classificação destas em relação a cada critério escolha da melhor alternativa. Um jogo pode ser matricial ou em árvore. O primeiro acontece onde é claro os payoffs e cada empresa conhece os riscos de tomar determinada decisão; O segundo acontece de maneira que rimeiro é tomada as decisões e no final é analisado as possíveis próximas ações e seus riscos comparada as outras empresas. Admita que cada empresa possa sozinha atender a todo o mercado, caso seja necessário, desde que o preço seja igual ou maior do que o custo marginal de produção. Qual será o preço de equilíbrio a ser fixado pelas empresas? Note que caso (Bertrand) a quantidade demandada em função do preço, enquanto no modelo de Cournot estávamos expressando o preço em função da quantidade. O modelo de Bertrand trata de um processo em que cada empresa determina o preço de seu produto supondo dado o preço do produto da outra empresa. O que é Dilema? O que altruísmo no jogo? O que é equilíbrio do jogo? O que pressupõe as interações de jogo em Oligopólio? Como descrever um comportamento Estratégico? A melhor solução individual sempre representa a melhor solução para todos os envolvidos, em jogo entre países de um bloco comercial? Justifique sua resposta. ANTITRUSTE As leis de antitruste não quer que o poder de mercado seja ilegal e sim controlar de que forma esse poder é adquirido e mantido. A livre concorrência necessita de uma atuação estatal para poder existir e para fiscalizar por meio de regulações como está a concorrência de mercado, se as fusões e aquisições (atos de concentração) são saudáveis e se existe práticas anticompetitivas. O mercado relevante está em meio ao ambiente competitivo onde existe a concentração, economias de escala, graus de diferenciação de produtos, barreiras técnicas de entrada e saída. Toda análise antitruste gira em torno da noção de poder de mercado: danos ou restrições à concorrência só podem ser causados por firmas detentoras desse poder, que é, portanto, condição necessária para haver um ilícito do ponto de vista da lei. Mas não é suficiente, pois a ilicitude depende ainda de verificar se de uma conduta ou de um ato de concentração decorrem efeitos anticompetitivos (efetivos ou potenciais). Contudo, certas condutasrestritivas ou certos atos de concentração, ainda que provoquem efeitos negativos sobre a concorrência, podem também gerar ganhos de eficiência que os compensem. Dentre os ganhos típicos de eficiência estão, por exemplo, reduções de custo associadas a economias de escala e escopo, aumentos de produtividade ou qualidade, aperfeiçoamentos tecnológicos etc. A partir das afirmações anteriores podemos identificar os conceitos e parâmetros usados em toda análise antitruste: em primeiro lugar, é necessário identificar a existência de poder de mercado, para o que se requer, como passo logicamente prévio, a delimitação do mercado em que tal poder é exercido (conceito de mercado relevante), e a análise das condições de mercado que tornam provável (ou não) o exercício desse poder de mercado. Mercado Relevante: deve ser definido caso a caso, e o adjetivo que o acompanha (relevante) se refere à sua relevância/pertinência para o caso sob julgamento: trata-se de identificar o mercado em que atuam os agentes envolvidos, o mercado no qual ocorrem os supostos efeitos restritivos de uma conduta ou ato de concentração. O mercado relevante é o produto ou região em que o poder de mercado possa atuar de forma direta. Ele ode ser medido de acordo com a elasticidade preço da demanda e oferta. Práticas anticompetitivas, horizontais ou verticais, são consideradas ilícitas e será punida a empresa que adotar tais medidas. Para controle de caráter estrutural é evitado a concentração de mercado para não ocorrer abuso de poder de mercado o que causa efeitos negativo nos consumidores. Pode acontecer também em natureza horizontal ou vertical. A estrutura de mercado pode ser definida como: - Grau de concentração nas vendas de participação no mercado e distribuição de vendas no mercado - Concentração medida em índice em comparação aos outros players Problema básico: delimitação de mercad0 Indústria / Sector: conjunto de agentes (produtores / vendedores) que produzem / oferecem um produto (bem / serviço) com um determinado grau de homogeneidade. (Ênfase recai sobre a estrutura de oferta). Definição alternativa: conjunto de agentes que produzem / oferecem bens que são substitutos próximos entre si (Ênfase recai sobre a concorrência). Indústria-setor como conjunto de agentes que atuam e concorrem entre si no interior de um determinado mercado. Concentração de mercado está ligada aos modelos de Bertrand, Cornout e Stakelberg Medidas de concentração: Parciais: Não utilizam o total de empresas do setor Sumária: Pegam os dados de todas as empresas do setor Positivas: Apenas mostram a concentração de mercado (estrutura aparente), sem levar em conta aspectos comportamentais Normativas: Além de analisar a estrutura de mercado, ela leva em conta os aspectos comportamentais Medidas de concentração características: Absoluta: É o tamanho das firmas, a fatia do market share Relativa: É a diferença de market share entre as empresas Quando as firmas se comportam pelo modelo de Cornout a melhor forma de mensurar o mercado é pelo HHI RAZÃO DA CONCENTRAÇÃO: CR4 / CR8 Si = participação da iésima maior firma CR4: participação das 4 maiores empresas no mercado CR8: participação das 8 maiores empresas no mercado OU HHI ⇒ Mede tanto a participação como a desigualdade ⇒ É necessário conhecer a participação individual de todas as firmas ⇒ Para dado número de firmas, aumenta com o aumento da desigualdade Diferença: CR não se ajusta às variações no tamanho e no número das empresas Empresas Participação no Mercado A (%) Participação no Mercado B (%) 1 50 20 2 15 20 3 10 20 4 10 20 5 5 - 6 5 - 7 5 - Mercado A: CR4 85 HHI 3000 Mercado B: CR4 80 HHI 1600 OBS: CRx é apenas somar a quantidade de empresas analisada HHI é preciso somar o percentual de mercado de cada empresa elevado ao quadrado Grau de Concentração CR4 CR8 Muito Alto 75% ou mais 90% ou mais Alto 65% - 75% 85% - 90% Moderadamente Alto 50% - 65% 70% - 85% Moderadamente Baixo 35% - 50% 45% - 70% Baixo 35% ou menos 45% ou menos Grau de Concentração HHI MUITO CONCENTRADADA SUPERIOR A 1.800 CONCENTRAÇÃO MODERADA ENTRE 1.000 e 1.800 INDÚSTRIA POUCO CONCENTRADA INFERIOR A 1.000 CR3 Altamente concentrado 56 + Moderadamente concentrado 36 - 55 Pouco concentrado 0 - 35 Índice de Lerner: 𝑳 = 𝑯𝑯𝑰 𝑬 Quanto maior mais concentrado é o mercado Aplicação antitruste: se o poder de mercado for significativo e durável Significativo: excede não somente o custo marginal, mas custo médio de longo prazo: firma tem lucro econômico positivo. Durável: firma consegue sustentar os lucros econômicos no longo prazo. Similar ao Poder de monopólio: poder de controlar preços e excluir competição Preços predatórios: Acontece quando uma empresa decide colocar seu preço de venda abaixo do custo com objetivo de expulsar os concorrentes. Essa estratégia só é possível ser realizada em empresas grandes pois elas possuem o poder de trabalhar em prejuízo controlado devido a alta produção que consegue suprir a alta demanda que irá surgir pelo preço baixo. Essa estratégia no curto prazo é ótima para os consumidores, mas no longo prazo é ruim pois sem competição a empresa pode abusar do poder de mercado e obter lucros elevados. A empresa também deve contar com a suposição de que os concorrentes não retornarão ao mercado uma vez que os preços são levantados para níveis mais normais. A Fusão é a União de duas ou mais companhias para a formação de uma única empresa, sob controle administrativo da maior. Pode ser uma fusão por Concentração (construção de uma nova sociedade) ou Incorporação (quando um grupo transfere todo o patrimônio de uma ou mais sociedades para outro). A Aquisição por sua vez é a compra do controle acionário de uma empresa por outra, sendo que, no caso de aquisição global do patrimônio da empresa adquirida, a compradora assume o controle total e a empresa adquirida deixa de existir. Pode ser classificada em: Horizontal: quando a aquisição ocorre entre empresas que possuem o mesmo foco de atuação Vertical: como o próprio nome designa, refere-se a uma aquisição ocorrida entre empresas que se encontram em estágios distintos no processo produtivo Congênere: as empresas envolvidas não atuam no mesmo ramo. Porém pode haver alguma complementaridade em suas linhas a médio e longo prazo. Discriminação de preços e Monopólio A prática de cobrar preços diferentes pelo mesmo produto designa-se por discriminação de preços. Discriminação de preços de 1º grau (ou perfeita) consiste na venda de cada unidade de produto ao preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por essa unidade (o seu preço de reserva) Discriminação entre grupos de compradores: preços diferentes com base em coisas como idade, tipo de ocupação, localização. Elasticidade da demanda diferente para os diversos grupos A discriminação de preços de 2º grau consiste na venda de cada conjunto (ou lote) de unidades a um preço específico. Assim, o preço depende do número de unidades adquiridas. A discriminação de preços de 3º grau consiste em cobrar preços diferentes a grupos diferentes de consumidores Economia dos Custos de Transação (ECT) 1. Origem: Influenciada por Commons (1924; 1931) e Coase (1937), estuda a interface entre mercado e hierarquia nas organizações. 2. Custos de Transação: o Custos associados à negociação, monitoramento e execução de contratos (Coase, 1937). o Envolvem transferência, proteção e direitos de propriedade (Barzel, 1997). o Aparecem ao trocar direitos de propriedade de ativos econômicos (Eggerstsson, 1990). 3. Teoria dos Custos de Transação (TCT): o Os custos de transaçãosão reduzidos com o alinhamento entre: ▪ Estruturas de governança. ▪ Atributos das transações (especificidade de ativos, frequência, incerteza). ▪ Pressupostos comportamentais (racionalidade limitada e oportunismo). o Integração vertical ocorre se os custos de transação externos superarem os custos internos (Williamson, 1985). 4. Teoria dos Custos de Mensuração (TCM): o Além das transações, considera: ▪ Garantia dos direitos de propriedade. ▪ Condição de mensuração e informações dos ativos. o Integração vertical ocorre quando os custos de mensuração são altos (Barzel, 2005). 5. Visão Baseada em Recursos (VBR): o A vantagem competitiva vem dos recursos e capacidades diferenciados da empresa (Penrose, 1959; Barney, 2007). o Empresas possuem trajetórias únicas (path dependence), gerando rendas superiores devido à posse de recursos escassos. o Integração vertical visa proteger e controlar esses recursos estratégicos. Construtos Centrais 1. Custos de Transação (TCT): Relacionados a contratos e governança. 2. Custos de Mensuração (TCM): Ligados à avaliação e proteção dos ativos. 3. Recursos Estratégicos (VBR): Focados em vantagem competitiva e exclusividade. INOVAÇÃO A Inovação é percebida em mudanças em produtos pré estabelecidos, alterações de processos já constituídos, por meio de novas formas de comercialização. A vantagem competitiva se estabelece quando os concorrentes não conseguem perceber a mova forma de competição do setor, isso ocorre quando eles não conseguem acompanhar a mudança ou não estão dispostos. Para Tidd e Bessant (2015), a inovação está vinculada a mudanças que podem apresentar-se em produto, processo, posição e paradigma, o que caracteriza os “4 Ps” da inovação. Segundo Drucker (2008), as instituições devem sempre buscar apresentar ao seu mercado consumidor produtos melhores e mais econômicos reiterando que a empresa não deve buscar crescer e sim tornar-se melhor em seus propósitos. O autor ainda afirma que a melhor inovação cria um produto com maior probabilidade de satisfação para seu mercado, que pode utilizar-se de novas maneiras de antigos produtos e abrange todas as partes do negócio da empresa. Segundo Christensen existem 3 tipos de inovação: Inovação sustentadora: é a inovação que melhora o produto, obtendo mais resultados nas vendas. Inovação disruptiva: Acontece quando produtos ou processos são rompidos e substituídos por novos e melhores. Essa inovação quebra a sustentadora. Inovação aberta: É a quebra de paradigma onde as empresas podem usar informações/conhecimento tanto interno quanto externo para melhorar seu processo de produção, venda, etc. buscando ganhar vantagem competitiva tecnológica. P&D Pesquisa básica todo o trabalho teórico e experimental empreendido primordialmente para compreender fenômenos e fatos da natureza, sem terem vista qualquer aplicação específica. Pesquisa aplicada investigações concebidas pelo interesse de adquirir novos conhecimentos com finalidades práticas Desenvolvimento experimental é a parte das atividades de P&D voltada para a comprovação da viabilidade técnica ou funcional de novos produtos, processos, sistemas e serviços, ou ainda o substancial aperfeiçoamento dos já existentes CICLO DE INOVAÇÃO EM 3 ESTÁGIOS Invenção Inovação Imitação ou Difusão Modelo de incitação de Arrow: Hipóteses: O conhecimento é um bem de informação onde é possível obtê-lo igualmente, sem custos, então quem consegue inovar é pela genialidade da própria pessoa. As situações de mercado existentes são a do monopólio e ada concorrência perfeita Nesse modelo, a invenção possui características próprias, que são: A atividade de invenção é arriscada, isto é, sujeita a incertezas; O produto da invenção pode ser apropriado por outros agentes; Existem rendimentos crescentes na utilização da nova informação. O problema central que o modelo busca resolver é se a estrutura de mercado de hoje existe algum tipo de melhoria a ser implementada. Para uma empresa investir em P&D é necessário que o ganho das inovações cubra o dinheiro investido na área. Arrow trabalha com duas possibilidades de inovação: Inovações radicais (drásticas) Inovações incrementais (não-drásticas) As principais conclusões do modelo são de que tanto na inovação drástica, quanto à inovação não-drástica, a motivação para investir em P&D é maior na concorrência perfeita do que no monopólio. Modelo de Dasgupta-Stiglitz Busca medir como a taxa de inovação impacta o mercado Além disso, se propõem a avaliar o impacto das variáveis centrais, que são: • Elasticidade-preço da demanda; • Barreiras à entrada; • Relação entre o investimento em P&D e a redução de custos unitários Hipóteses: • Ausência de inovação de produto, somente inovações de processo que reduzem custos, permitindo aumento da fatia de mercado; • Ausência de competição por preços A principal conclusão do modelo é a de que quando a estrutura de mercado se afasta da concorrência perfeita, a taxa de inovação cresce. Modelo de seleção Esse modelo busca a inovação para aumentar a rentabilidade do negócio pois sem ela, usando apenas técnicas antigas, poderá levar a empresa a falência. Este modelo considera 2 tipos de comportamento das empresas: • As políticas voltadas para a inovação; • As políticas voltadas para a imitação; Algumas estruturas de mercado possuem melhor viabilidade de inovação? Pela hipótese chumpeteriana empresas maiores possuem maior vantagem para investir em inovação por possuir maior capital disponível, poder ter um time maior em P&D maior, etc. A escola neoclássica diz o contrário, empresas pequenas e médias podem ter mais vantagem na inovação pois não existe as barreiras de burocracia de processos que as grandes possuem. Em concorrência perfeita. Shumpeter: A inovação cresce mais que proporcionalmente com o tamanho da empresa; A inovação cresce com a concentração do mercado. Várias hipóteses foram formuladas para justificar essas proposições, entre as quais se destacam: As imperfeições do mercado de capitais conferem vantagens as grandes empresas ao permitirem acesso fácil a financiamentos para projetos de P&D; Empresas grandes possuem capital próprio para fazerem frente aos investimentos em P&D; Existência de economias de escala na tecnologia, em função da indivisibilidade dos equipamentos de P&D; As empresas podem diminuir o custo de P&D quando dividido por milhares de vendas. Empresas grandes tem capital próprio para investir em inovação, não precisam ficar dependendo de terceiros e aumentando o risco se caso não dê certo algum projeto. A pesquisa em inovação não necessariamente é realizada dentro da empresa, ela pode ser feita em universidades. Caracterizar os resultados da pesquisa pelo número de patentes indica melhor a propensão a inovar do que a propensão a investir; além disso existe uma série de maneiras pelas quais as tecnologias podem se transformarem ativos rentáveis além do patenteamento; em alguns casos, por exemplo, o segredo industrial é a maneira mais eficiente de apropriação; um outro importante aspecto é que nem toda patente se transforma em um novo produto ou processo. Regulação Econômica: Por que regular? 1. Analise Normativa como teoria positiva; 2. Teoria da Captura; 3. Teoria econômica de regulação: grupos de interesse. Análise normativa: Investiga quando regulação deve ocorrer; Análise Positiva: Investiga o que ocorre de fato na economia. Análise Normativa: o Monopólio Natural: Eficiência produtiva: Industria caracterizada por uma tecnologia cujo custo somente é minimizado com a atividade de uma única empresa. Ineficiência Alocativa: Uma vez monopolista,a empresa tem incentivo em reduzir volume de produção e praticar preço mais elevado que seu custo marginal.