Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Tratamento de 
FERIDAS E CURATIVOS
Da Anatomia da Pele as Principais Coberturas
Introdução 
Anatomia e fisiologia da pele
Feridas e suas classificações 
Cicatrização da ferida
Cuidados gerais com feridas
Características de um curativo ideal
Guia para avaliação e descrição de feridas
Como tratar as feridas
Ficha de Avaliação 
Limpeza das feridas
Desbridamento da ferida
Procedimento de cobertura
Realização do procedimento 
Se a ferida estiver aberta
Qual curativo utilizar
Principais coberturas para tratamento de feridas
Gaze com soro fisiológico 0,9% (SF)
Rayon cobertura não-aderente
Creme de ureia 20%
Adesivo de hidroplímero/ espuma sacral
Adesivo de hidropolímero/espuma
Bota de unna
Carvão ativado com prata recortável
Carvão ativado com prata sachê
Colagenase
Espuma de poliuretano com prata
Filme adesivo transparente não estéril
Filme transparente estéril para cateter vascular
Sumário
04
05
07
15
21
23
25
26
28
29
31
32
33
34
35
36
36
37
38
40
41
42
44
45
46
48
50
51
Filme transparente estéril para cateter vascular 
Hidrocolóide em placa
Hidrofibra com prata (AG)
Hidrofibra sem prata (AG)
Hidrogel sem alginato de cálcio e sódio
Hidrogel com alginato de cálcio e sódio
Óxido de zinco (pomada)
Óxidosulfadiazina de prata
Gel com PHMB (polihexametilenobiguanida)
Gelpapaína creme 10%
Papaína gel 10%
Quadro resumido qual curativo utilizar?
Referências
Sumário
52
53
55
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
1. Introdução:
 Seja bem-vindo ao nosso e-book sobre curativos para enfermagem!
Neste guia abrangente, você encontrará informações essenciais e
práticas para a realização de curativos de forma eficaz e segura.
Os curativos são uma parte fundamental dos cuidados de enfermagem,
sendo utilizados para promover a cicatrização de feridas, prevenir
infecções e proporcionar conforto aos pacientes. A correta realização dos
curativos requer conhecimento técnico e habilidades específicas,
garantindo assim o bem-estar e a recuperação adequada dos pacientes.
Este e-book foi elaborado com o objetivo de fornecer orientações
atualizadas e embasadas em evidências científicas, abordando desde os
princípios básicos dos curativos até técnicas mais avançadas. Além
disso, também iremos discutir os diferentes tipos de curativos disponíveis
no mercado, bem como os materiais e equipamentos necessários para
sua realização.
Ao longo deste guia, você encontrará dicas práticas, ilustrações que irão
auxiliá-lo no entendimento e na aplicação dos cuidados com curativos.
Nosso objetivo é capacitar enfermeiros e estudantes de enfermagem a
desempenharem um papel fundamental na promoção da saúde e na
recuperação dos pacientes.
Esperamos que este e-book seja uma ferramenta útil e completa para
aprimorar seus conhecimentos e habilidades na área de curativos para
enfermagem. Esteja preparado para enfrentar desafios, tomar decisões
assertivas e proporcionar cuidados de qualidade aos seus pacientes.
Agora, vamos mergulhar no mundo dos curativos e descobrir tudo o que
você precisa saber para se tornar um profissional de enfermagem ainda
mais competente e confiante!
04
Epiderme: A epiderme é a camada mais externa da pele e atua
como uma barreira protetora contra agentes externos, como
bactérias, substâncias químicas e radiações ultravioleta. A epiderme
é constituída principalmente por células chamadas queratinócitos,
que produzem queratina, uma proteína que fortalece a camada
superficial da pele. A epiderme também contém melanócitos, que
produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele e a protege contra
os danos causados pela radiação solar.
Derme: A derme é a camada intermediária da pele e contém uma
rede complexa de fibras colágenas e elásticas, que dão à pele sua
elasticidade e resistência. Nessa camada, também estão localizados
os vasos sanguíneos, responsáveis pelo fornecimento de nutrientes e
oxigênio para as células da pele, bem como a regulação da
temperatura corporal. Além disso, a derme contém terminações
nervosas, glândulas sudoríparas (que produzem suor) e glândulas
sebáceas (que produzem sebo, uma substância que lubrifica a pele).
Hipoderme: A hipoderme é a camada mais profunda da pele e é
composta por tecido adiposo e fibras de colágeno. Ela atua como
isolante térmico e também armazena energia na forma de gordura.
2. Anatomia e fisiologia da pele: 
A pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha diversas
funções vitais para a proteção e regulação do organismo. Ela é dividida
em três camadas principais: epiderme, derme e hipoderme.
1.
2.
3.
05
A pele desempenha várias funções vitais:
A. Proteção das estruturas internas: A pele atua como uma barreira
física contra microrganismos patogênicos, impedindo que eles entrem no
corpo e causem infecções. Além disso, a camada externa da pele,
chamada de epiderme, é composta por células sobrepostas e
queratinizadas, formando uma barreira física que evita a penetração de
substâncias prejudiciais. A pele também protege contra traumas
mecânicos, como cortes e lesões.
B. Percepção sensorial: A pele é rica em terminações nervosas
especializadas chamadas de receptores sensoriais. Esses receptores
detectam diferentes tipos de estímulos, como temperatura, pressão, tato
e dor. As informações captadas pelos receptores sensoriais são
transmitidas ao cérebro, permitindo que percebamos e reajamos aos
estímulos do ambiente.
C. Termorregulação: A pele desempenha um papel vital na regulação
da temperatura corporal. Quando estamos expostos ao calor, as
glândulas sudoríparas produzem suor para resfriar a pele através da
evaporação. Por outro lado, quando está frio, os vasos sanguíneos
próximos à superfície da pele se contraem para conservar o calor do
corpo. O arrepio dos pelos também ajuda a reter o calor próximo à pele.
D. Excreção: Através da transpiração, a pele excreta água, eletrólitos e
substâncias metabólicas, contribuindo para o equilíbrio eletrolítico e a
regulação hídrica do corpo. Além disso, a excreção de sebo pelas
glândulas sebáceas ajuda a manter a integridade da pele, prevenindo o
ressecamento e a entrada de microrganismos.
E. Absorção de Medicamentos pela Pele: A pele tem a capacidade de
absorver certos medicamentos e substâncias diretamente para a corrente
sanguínea. Isso é possível devido à presença de pequenos poros na
epiderme, que permitem a passagem de moléculas menores.
Medicamentos tópicos, como cremes, géis e adesivos transdérmicos, são
formulados de maneira a permitir que a substância ativa seja absorvida
através da pele.
06
Classificação por Etiologia:
Traumáticas: Causadas por lesões mecânicas, como cortes,
abrasões, lacerações ou feridas contundentes.
Cirúrgicas: Resultantes de procedimentos cirúrgicos, incluindo
incisões planejadas para intervenções médicas.
Queimaduras: Causadas por calor, substâncias químicas,
eletricidade ou radiação, resultando em lesões de diferentes
graus (primeiro, segundo ou terceiro grau).
Ulcerações por Pressão: Também conhecidas como úlceras de
decúbito ou escaras, são causadas pela pressão prolongada em
áreas do corpo onde os ossos estão mais próximos da superfície
da pele.
Classificação por Profundidade:
Feridas Superficiais: Atingem apenas a epiderme (camada mais
externa da pele) e geralmente cicatrizam sem deixar cicatrizes
permanentes.
Feridas Parciais: Penetram na derme (camada mais profunda da
pele) e podem resultar em cicatrizes mais visíveis.
Feridas Complexas/Profundas: Envolvem músculos, ossos,
tendões ou outras estruturas subjacentes.
3. Feridas e suas classificações
As feridas são lesões na pele ou em tecidos subjacentes que podem
ocorrer devido a vários fatores, como traumatismo, cirurgia, doenças, ou
problemas de circulação. As feridas podem ser classificadas de diversas
maneiras, dependendo de vários critérios. Aqui estão algumas das
classificações comuns de feridas:
1.
2.
07
Classificação por Tempo de Cicatrização:
Classificação por Aspecto e Características:
Classificação por Estágio: 
Feridas Agudas: São feridas recentes e têm uma expectativa de
cicatrização rápida, geralmente dentro deÉ bactericida para uma grande variedade de bactérias Gram-positivas e
Gram-negativas, bem como algumas. Espécies de fungos
(Pseudomonasaeruginosa, Staphylococcus aureus, algumas espécies
deProteus, Klebsiella, Enterobactere Candida albicans)
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: A troca deve ser de 12/12 horas, ou quando a
cobertura secundária estiver saturada. 
- No momento da troca a pomada pode apresentar aspecto purulento
devido a sua oxidação. 
-O tratamento não deve ultrapassar o tempo de 14 dias
Observações: Caseo após a aplicação o produto fique exposto à luz,
alterações na coloração do mesmo podem ocorrer.
61
ÓXIDOSULFADIAZINA DE PRATA
 
Imagem disponibilizada no Google
Limpeza, desbridamento, descontaminação, prevenção e tratamento
da camada de biofilme, umidificação de lesões.
Evitar o uso em conjunto com sabonetes, pomadas, óleos ou
enzimas;
Não combinar com tensoativos aniônicos;
Não utilizar em tecido cartilaginoso hialino.
Realizar a limpeza da lesão com solução fisiológica 0,9%, de
preferência morna,
utilizando o método de irrigação em jato;
Aplicar uma fina camada de gel sobre a ferida ou inserir na cavidade
de forma asséptica;
Cobrir a lesão com uma segunda camada de curativo;
Recomenda-se umedecer suavemente a gaze ao utilizar como
cobertura secundária.
Descrição: Gel aquoso, incolor, não gorduroso, hidratante, composto de
PHMB
Mecanismos de ação: Agente desinfetante, mantém a umidade da
lesão, auxilia na limpeza e remoção de tecido necrótico da lesão, possui
propriedades antimicrobianas, atuando contra
diversos microorganismos como bactérias, fungos e leveduras.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: O curativo pode permanecer na lesão até 3 dias.
Trocar a cobertura secundária sempre que estiver saturada
Observações: Pode ser combinado com outras opções de curativos
secundários, como curativos de rayon, gaze
umedecida, espumas, hidrofibras, alginatos e hidrocoloides.
62
GEL COM PHMB( POLIHEXAMETILENOBIGUANIDA)
 
Imagem disponibilizada no Google
Tratamento de feridas abertas com tecido necrótico seco ou úmido
com baixa quantidade de secreção.
Desde que seja utilizada a concentração e quantidade adequada,
não há restrições para o uso.
Aplicar localmente sobre a lesão de 1 a 3 vezes ao dia.
Descrição: Enzimas proteolíticas do látex do mamão papaia.
Mecanismos de ação: 
Quebra das moléculas de proteína (desbridamentoenzimático).
- Possui propriedades anti-inflamatórias, bactericidas e bacteriostáticas.
- Estimula a resistência mecânica e acelera o processo de cicatrização.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: Sempre que o curativo secundário estiver
completamente úmido ou no máximo a cada 24 horas.
Observações: Manter sempre refrigerado, dentro da geladeira
63
GELPAPAÍNA CREME 10%
 
Imagem disponibilizada no Google
Feridas que apresentem tecido não viável, mas com presença de
tecido viável superior a 50%.
Desde que seja utilizada a concentração e quantidade adequada,
não há restrições para o uso.
Aplicar localmente sobre a lesão de 1 a 3 vezes ao dia.
Descrição: Enzimas proteolíticas do látex do mamão papaia.
Mecanismos de ação: 
Quebra das moléculas de proteína (desbridamentoenzimático).
- Possui propriedades anti-inflamatórias, bactericidas e bacteriostáticas.
- Estimula a resistência mecânica e acelera o processo de cicatrização.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: Sempre que o curativo secundário estiver
completamente úmido ou no máximo a cada 24 horas.
Observações: Manter sempre refrigerado, dentro da geladeira
64
PAPAÍNA GEL 10%
Imagem disponibilizada no Google
65
QUADRO RESUMIDO QUAL CURATIVO UTILIZAR?
Recomendações do IWGDF - International Working Group on the Diabetic Foot (IDWGF). GEPED-SPD
2020. Disponível em www.sobenfee.org.br/artigos, acesso em 15/06/2023 
Prevention and Treatment of Pressure Ulcers-Injuries Quick Reference Guide. EPUAP, NPIAP e PPPIA.
2019. Disponível em www.sobenfee.org/artigos, acesso em 15/06/2023
Frank da Silva Torres et al. Manual de Prevenção e Tratamento de Lesões por Fricção, 2016. Disponível
em www.sobenfee.org.br/artigos, acesso em 15/06/2023
García-Fernández, FP; Soldevilla-Ágreda, JJ; Pancorbo-Hidalgo, PL; Verdú Soriano, J; López-Casanova,
P; Rodríguez-Palma, M. Clasificación-categorización de las lesiones relacionadas con la dependencia.
Serie Documentos Técnicos GNEAUPP no II. Grupo Nacional para el Estudio y Asesoramiento en Úlceras
por Presión y Heridas Crónicas. Logroño. 2014. Disponivel em www.sobenfee.org.br/artigos , acesso em
15/06/2023
WILKE, M. G.; ZAGULSKI, V. C. Tratamento do Pé diabético com creme reestruturante. Revista
Enfermagem Atual In Derme, v. 91, n. 29, acesso em 15/06/2023
WILKE, M. G.; LUIS, A. Tratamento lesão tibial D com creme reestruturante. Revista Enfermagem Atual In
Derme, v. 91, n. 29 acesso em 15/06/2023
BLANES, L. Tratamento de feridas. Baptista-Silva JCC, editor. Cirurgia vascular: guia ilustrado. São
Paulo: 2004.: http://www.bapbaptista.com.br. Acessado em 15/06/2023
SMANIOTTO, PHS., et al. Sistematização de curativos para o tratamento clínico das feridas. Rev Bras Cir
Plást. 2012: 27(4):623-6. 
SILVA, R., et al. Feridas: Fundamentos e atualizações em enfermagem. São Caetano do Sul. Ed. Yendes
3.ed. 2011. 
FRANCO D, GONÇALVES LF. Feridas cutâneas: a escolha do curativo adequado. Rev. Col. Bras. Cir.
2008
EPUAP/NPUAP. Prevenção de Úlceras de Pressão - Guia de consulta rápido. Disponível em: www.npuap.
org, acesso em 15/06/2023
BRASIL. Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. Ministério da Saúde/Anvisa/Fiocruz,
www.saude. df.gov.br., acesso em 21/07/2023
SOBEST. Classificação das Lesões por Pressão – Consenso NPUAP 2016. Adaptada Culturalmente para
o Brasil. Disponível em: http://www.sobest.org.br/textod/35. Acesso em 21/07/2023
EPUAP/NPUAP. Prevenção de Úlceras de Pressão - Guia de consulta rápido. Disponível em: www.npuap.
org, acesso em 21/07/2023
BRASIL. Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. Ministério da Saúde/Anvisa/Fiocruz,
www.saude. df.gov.br., acesso em 21/07/2023
Manual de Padronização de Curativos- Prefeitura do Município de São Paulo | Secretaria Municipal da
Saúde - SMS – SP,2021 acesso em 21/07/2023
AZEVEDO, Mª de Fátima et al. Feridas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. CANDIDO, L. C. Nova
abordagem no tratamento de feridas. São Paulo/SP: SENAC, 2001. BORGES, Eline Lima. Tratamento
tópico de úlcera Venosa: proposta de uma diretriz baseada em evidências. 2005. Tese (Doutorado).
Universidade de São Paulo: USP, 2005. 305p. DEALEY, Carol. Cuidando de Feridas: um guia para as
enfermeiras. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2001. 
MACIEL, Edmar (Org.). Tratado de Queimaduras. Rio de Janeiro: editora Atheneu (prelo). GOGIA, P.P.
Feridas: Tratamento e cicatrização. Rio de Janeiro: Revinter, 2003. GOMES, Flavia Sampaio Latini.
Tratamento de feridas crônicas com cobertura oclusivas: alteração qualitativa da microbiota. Dissertação
(Mestrado). Universidade de Minas Gerais: UFMG, 2001. 15p. 
IRON, Glenn. Feridas: novas abordagens, manejo clínico e atlas em cores. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005. JORGE, A. S.; DANTAS, Sônia Regina P. E. Abordagem multiprofissional do Tratamento de
feridas. São Paulo: Atheneu, 2003. LUND C.C., Browder N.C. Skin estimation of burns. Surg Ginecol
Obstet.1944; 79:352-8. MORYSON, M. Leg Ulcers. In: Moryson M. Nursing Management of chronic
wounds. Cap. 10, p.177-220. Mosby, London, 2nd edition,1998.
BEZERRA, V.A. Uso de ácido graxo essencial em feridas: revisão integrativa da literatura. Monografia
(curso de enfermagem)- UnB. Brasília, p.23.2016. 
Bulas dos fabricantes: Coloplast do Brasil, Convatec — Division of E.R, Sqquibb & Sons, Jhonson &
Jhonson Medical, Silvester Labs Química e Farmacêutica Ltda, Smith & Nephew, Covidien Brasil, B
Braun Brasil, 3M Solutions, Molnlycke Health Care, Curatec. 
66
REFERÊNCIAS
 
Documentode Consenso da World Union of Wound Healing Societies (WUWHS). O papel das coberturas
na prevenção da lesão por pressão. Wounds International, 2016.
PEREIRA, Adriana F. Protocolo de prevenção e tratamento de feridas. Prefeitura de Belo Horizonte, MG,
2011. 
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Manual de Curativos, Campinas, S.P., 2016.
 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Hospital da Clinicas, Grupo de feridas. Manual de
Tratamento de feridas, Campinas, S. P., 1999.
 UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE DO SUL. Telessaúde RS, 2017.
APOSTILA de capacitação em fitoterápicos. Campinas: Secretaria Municipal de Campinas, setembro
2015. Disponível em:
http://saude.campinas.sp.gov.br/programas/fitoterapia/Apostila_Capacitacao_Fitoterapicos.p df . Acesso
em: 15/06/2023
BEZERRA, Vítor Alessander. Uso de ácido graxo essencial em feridas: revisão integrativa da literatura.
2016. 23 p. Monografia (Curso de Enfermagem) - UnB, [S. l.], 2016.
INDICAÇÃO DOS CURATIVOS BASEADO NOS PRODUTOS PADRONIZADOS PELA SECRETARIA DE
SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Distrito Federal: Câmera técnica de cuidados com a pele, 2019.
Disponível em: http://www.saude.df.gov.br/wpconteudo/uploads/2018/04/INDICA%C3%87%C3%83O-DOS-
CURATIVOS-2019.pdf .Acesso em: 8 fev. 2021.
MANUAL de Tratamento de Feridas. Catanduva, 2018. Disponível em: http://www.catanduva.sp.gov.br/wp-
30 content/uploads/2019/09/sms_resolucao_01_2019_manual_de_tratamento_de_feridas.pdf. Acesso em:
15/06/2023. 
PINHEIRO, Luciane da Silva; BORGES, Eline Lima; DONOSO, Miguir Terezinha Vieccelli. Uso de
hidrocolóide e alginato de cálcio no tratamento de lesões cutâneas. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 66, n.
5, p. 760-770, Oct. 2013 . Disponível em: . Acesso em: 15/06/2023. https://doi.org/10.1590/S0034-
71672013000500018. 
11- PROCEDIMENTO Operacional Padrão: POP ENF 8.2. 1. ed. [S. l.], 19 set. 2018. Disponível em:
http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+8.2_COBERTURAS+PARA+FER
IDAS.pdf/8fcd67a5-2f5c-4a84-9a87-36afdc21d725 . Acesso em: 15/06/2023
SÃO PAULO. Prefeitura Municipal de São Paulo. Protocolo de Prevenção e Tratamento de Úlcera
Crônicas. São Paulo, 2010. 
66
REFERÊNCIASsemanas.
Feridas Crônicas: São feridas que não cicatrizam dentro de um período
de tempo esperado e podem persistir por meses ou até anos. Exemplos
incluem úlceras de perna, úlceras diabéticas e úlceras por pressão.
Feridas Limpas: São feridas não infectadas, com bordas bem definidas
e baixo risco de complicações.
Feridas Contaminadas: São feridas que foram expostas a
microorganismos, como em lesões traumáticas. Há risco moderado de
infecção.
Feridas Infectadas: São feridas com evidência clínica de infecção, como
presença de pus, inchaço, vermelhidão e calor na área afetada.
Feridas Isquêmicas: Ocorrem quando a circulação sanguínea é
comprometida, levando a uma diminuição do suprimento de oxigênio e
nutrientes à área.
Utilizada principalmente para úlceras de pressão (escaras), define a
gravidade da lesão e ajuda a determinar o tratamento adequado. Os
estágios variam de I a IV, dependendo da profundidade e extensão da
ferida.
08
Presença de Exsudato
O exsudato é um material fluido, composto por células que escapam de
um vaso sanguíneo e se depositam nos tecidos ou nas superfícies
teciduais, usualmente como resultado de um processo inflamatório. Sua
coloração depende do tipo de exsudato e pode ser característica do
pigmento específico de algumas bactérias. Características do exsudato:
as colorações mais frequentes são as esbranquiçadas, as amareladas,
as avermelhadas, as esverdeadas e as achocolatadas.
 ● Exsudato seroso é caracterizado por uma extensa liberação de
líquido, com baixo conteúdo protéico. Esse tipo de exsudato inflamatório
é observado precocemente nas fases de desenvolvimento da maioria das
reações inflamatórias agudas, encontrada nos estágios da infecção
bacteriana. 
● Exsudato sanguinolento é decorrente de lesões com ruptura de
vasos ou de hemácias. 
● Exsudato purulento é um líquido composto por células e proteínas,
produzido por um processo inflamatório asséptico ou séptico. Alguns
microrganismos (estafilococos, pneumococos, meningococos,
gonococos, coliformes e algumas amostras não hemolíticas dos
estreptococos) produzem de forma característica, supuração local e por
isso são chamados de bactérias piogênicas (produtoras de pus). 
● Exsudato fibrinoso é o extravasamento de grande quantidade de
proteínas plasmáticas, incluindo o fibrinogênio, e a participação de
grandes massas de fibrina.
09
Imagem disponibilizada no Google
Morfologia
A morfologia descreve e detalha a localização, dimensões, números e
profundidade das feridas. Quanto à localização: as feridas ulcerativas
frequentemente acometem usuários que apresentam dificuldades de
deambulação. Áreas de risco para pessoas que passam longos períodos
sentados: Tuberosidades isquiáticas; Pés; Espinha dorsal torácica;
Calcanhares. 
Áreas de risco para quem passa longos períodos acamado: Região
acrococcígea; Tornozelos; Região trocantérica, Calcanhares; isquiática
espinha ilíaca; Cotovelos; Joelhos (face anterior, Espinha dorsal; medial
e lateral); Cabeça (região occipital e orelhas). 
Quanto às dimensões: Extensão da ferida em área = cm². 
● Pequena: menor que 50cm² 
● Média: maior que 50cm² e menor que 150cm² 
● Grande: maior que 150cm² e menor que 250cm² 
● Extensa: maior que 250cm² 
Quanto ao número: existindo mais de uma ferida no mesmo membro ou
área corporal com distância mínima de 2cm entre elas, faça a somatória
10
Imagem disponibilizada no Google
Quanto à profundidade: 
Classificação por Complicações:
● Feridas planas ou superficiais: envolvem a epiderme, derme e tecido
subcutâneo; 
● Feridas profundas: envolvem tecidos moles profundos, tais como
músculos e fáscia; 
● Feridas cavitárias: caracterizam-se por perda de tecido e formação de
uma cavidade com envolvimento de órgãos ou espaços. Podem ser
traumáticas, infecciosas, por pressão ou complicações pós-cirúrgica.
Mensuração: avalia comprimento x largura x profundidade. 
● Medida simples: mensurar uma ferida medindo-a em seu maior
comprimento e largura, utilizando uma régua em centímetros (cm). É
aconselhável associá-la à fotografia. 
● Medida cavitária: após a limpeza da ferida, preencher a cavidade com
SF 0.9%, aspirar o conteúdo com seringa estéril e observar o valor
preenchido em milímetros. Outra técnica utilizada é através da introdução
de uma espátula ou seringa estéril na cavidade da ferida, para que seja
marcada a profundidade. Após, verificar o tamanho com uma régua.
Pode incluir feridas com fístulas (aberturas anormais entre estruturas),
feridas com necrose (tecido morto) ou feridas com dificuldade de
cicatrização devido a problemas como má circulação ou diabetes.
A classificação das feridas é importante para guiar o tratamento
apropriado, prevenir complicações e determinar as melhores estratégias
de cuidados. Cada tipo de ferida exige abordagens específicas para
promover a cicatrização adequada e minimizar os riscos associados.
11
Característica do leito da ferida
Granulação: Esta é uma fase importante da cicatrização,
caracterizada por tecido de aspecto vermelho vivo, brilhante e úmido.
A granulação é ricamente vascularizada e é responsável por
preencher o espaço da ferida com tecido novo.
As características do leito da ferida são fundamentais para avaliar a
cicatrização e determinar as abordagens de tratamento adequadas. O
leito da ferida é o tecido subjacente à área lesionada e pode apresentar
diferentes aspectos, que podem ser divididos em tecidos viáveis e
tecidos inviáveis. Aqui estão algumas das características mais comuns
do leito da ferida:
Tecidos Viáveis:
1.
12
 Fonte: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2021/04/1152129/manual_protocoloferidasmarco2021_digital_.pdf
 
imagem do Google
Tecidos Inviáveis:
Necrose de Coagulação: Também conhecida como escara, é
caracterizada pela presença de uma crosta preta ou muito escura na
superfície da ferida. Essa crosta é formada devido à coagulação do
sangue e à morte dos tecidos.
Necrose de Liquefação: Essa forma de necrose é indicativa de um
tecido amolecido, frequentemente com coloração amarela ou
esverdeada. Pode ocorrer quando há infecção na ferida ou presença
de secreção purulenta.
Desvitalizado ou Fibrinoso: Esses tecidos são de coloração
amarela ou branca e tendem a aderir ao leito da ferida. Eles podem
se apresentar como cordões ou crostas grossas. Quando os tecidos
são mucinosos, eles têm uma textura semelhante a um gel.
1.
2.
3.
13
2. Epitelização: Nesta fase, um novo revestimento de tecido epitelial
começa a se formar sobre o leito da ferida. O tecido epitelial é rosado e
frágil. A epitelização é essencial para a formação da nova camada de
pele sobre a área lesionada.
imagem do Google
imagem do Google
14
A avaliação cuidadosa do leito da ferida é essencial para determinar o
progresso da cicatrização, identificar complicações como infecções e
decidir sobre o tratamento apropriado. Dependendo das características
do leito da ferida, o profissional de saúde pode optar por desbridamento
(remoção de tecidos inviáveis), uso de curativos específicos, estimulação
da granulação e outras intervenções para promover a cicatrização eficaz
e prevenir complicações.
 
Fonte: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2021/04/1152129/manual_protocoloferidasmarco2021_digital_.pdf
Fase Inflamatória: Esta é a primeira fase da cicatrização, em que
ocorre uma resposta inflamatória inicial. As células imunológicas,
como os neutrófilos e macrófagos, migram para a área da lesão para
eliminar bactérias, células mortas e detritos.
Fase Proliferativa: Nesta fase, células como fibroblastos, que são
responsáveis pela síntese de colágeno, começam a se proliferar. O
colágeno forma uma rede que fortalece a ferida. Além disso, ocorre a
angiogênese, formação de novos vasos sanguíneos, para fornecer
nutrientes e oxigênio para a área.
Fase de Maturação ou Remodelação: Nesta fase final, o colágeno
é reorganizado e remodelado para aumentar a força da ferida. O
processo pode levar meses a anos, durante os quais a cicatriz passa
por um processo de amadurecimento.
4. Cicatrização da ferida
Acicatrização é um processo complexo e dinâmico do corpo que visa
restaurar a integridade dos tecidos após uma lesão, ferida ou dano. Esse
processo envolve diversas etapas coordenadas e interações entre
diferentes tipos de células, fatores químicos e estruturas extracelulares.
Entender a fisiopatologia da cicatrização é crucial para gerenciar
eficazmente o processo de cura e promover uma recuperação adequada.
Aqui estão algumas das principais etapas e fatores envolvidos na
cicatrização:
Fases da Cicatrização:
1.
2.
3.
15
 
Imagem disponibilizada no Google
Cicatrização por Primeira Intenção: Também conhecida como
cicatrização primária, ocorre quando as bordas da ferida estão
próximas umas das outras, como em incisões cirúrgicas ou feridas
limpas. Nesse processo, a ferida é fechada diretamente, com pouca
ou nenhuma perda de tecido. Isso resulta em uma cicatriz mais fina e
menos visível, resultam em queimaduras de primeiro grau e
cirúrgicas em cicatriz mínima, por exemplo. Levam de 4 a 14 dias
para fechar; 
Cicatrização por Segunda Intenção: Neste tipo de cicatrização, as
bordas da ferida não podem ser fechadas diretamente devido à perda
significativa de tecido, infecção ou outras razões. A ferida é deixada
aberta para cicatrizar a partir do fundo para cima. A granulação é
mais evidente, e a cicatriz resultante tende a ser mais proeminente,
geralmente são feridas crônicas como as úlceras. Existe um aumento
do risco de infecção e demora à cicatrização que é de dentro para
fora. Resultam em formação de cicatriz e têm maior índice de
complicações do que as feridas que se cicatrizam por primeira
intenção;
Cicatrização por Terceira Intenção: Também conhecida como
cicatrização retardada, ocorre quando uma ferida é inicialmente
deixada aberta por alguns dias para permitir a drenagem de fluidos,
reduzir o inchaço ou tratar infecções. Posteriormente, as bordas da
ferida são fechadas por suturas ou outros métodos. Essas feridas
cicatrizam por 3ª intenção ou 1ª intenção tardia.
Tipos de cicatrização
As feridas são classificadas pela forma como se fecham. Uma ferida
pode se fechar por intenção primária, secundária ou terciária.
1.
2.
3.
16
 
Imagem disponibilizada no Google
Infecção: A infecção é uma das complicações mais comuns. Pode
atrasar a cicatrização, causar inflamação, aumentar a dor e resultar
em formação de pus. Feridas com sinais de infecção, como
vermelhidão, calor, inchaço, dor e secreção purulenta, devem ser
avaliadas e tratadas por um profissional de saúde.
Cicatrização Anormal: Algumas cicatrizes podem se formar de
maneira anormal, como queloides, cicatrizes hipertróficas ou
cicatrizes atróficas. Isso pode acontecer devido a uma resposta
inadequada do corpo ao processo de cicatrização.
Deiscência: Deiscência ocorre quando as bordas de uma ferida que
foi fechada cirurgicamente se separam ou abrem. Isso pode
acontecer devido a tensão excessiva na ferida, infecção ou outros
fatores. Pode levar à exposição de tecidos internos e requer
tratamento imediato.
Fístulas: Fístulas são passagens anormais que se formam entre
órgãos ou entre órgãos e a pele, permitindo a passagem de líquidos
e substâncias. Elas podem se desenvolver como resultado de
infecção ou deiscência.
Retardo da Cicatrização: Algumas feridas podem levar mais tempo
para cicatrizar do que o esperado devido a problemas subjacentes,
como má circulação sanguínea, diabetes, imunossupressão ou outras
condições médicas.
Cicatrização ímpar: Quando uma ferida cicatriza de maneira
desigual, pode resultar em áreas elevadas e áreas rebaixadas na
superfície da pele. Isso pode afetar a aparência estética da cicatriz.
Complicações da cicatrização de feridas
A cicatrização de feridas é um processo complexo e, às vezes, pode
estar sujeita a complicações que afetam a qualidade e o tempo de
recuperação da pele. Algumas complicações comuns da cicatrização de
feridas incluem:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
17
 
7. Má Cicatrização por Causa de Fatores Externos: Fatores externos,
como movimento excessivo da ferida, trauma repetido, exposição ao sol
sem proteção ou falta de cuidados adequados, podem afetar
negativamente o processo de cicatrização.
8. Contratura da Cicatriz: Isso ocorre quando a pele se contrai
excessivamente durante o processo de cicatrização, levando a limitações
de movimento e deformidades.
9. Infecção por Corpos Estranhos: Às vezes, materiais estranhos,
como pontos ou suturas, podem se tornar infectados e causar
complicações.
10. Dor Crônica: Algumas cicatrizes podem resultar em dor crônica,
especialmente queloides e cicatrizes hipertróficas.
É importante cuidar das feridas adequadamente, seguir as orientações
médicas e procurar atendimento profissional se houver sinais de
complicações. A prevenção de complicações muitas vezes envolve
manter a ferida limpa, evitar tensões excessivas na área afetada, aderir a
um bom regime de cuidados pós-operatórios e seguir as orientações do
profissional de saúde.
18
 
Fornecimento Adequado de Oxigênio e Nutrientes: Uma boa
circulação sanguínea é essencial para levar oxigênio e nutrientes
para as células que estão envolvidas no processo de cicatrização. A
circulação deficiente pode atrasar a cicatrização, especialmente em
pessoas com doenças vasculares. Uma dieta equilibrada, rica em
proteínas, vitaminas e minerais, é essencial para fornecer os
nutrientes necessários para a regeneração celular e a produção de
tecido novo.
Infecção: Infecções podem retardar significativamente o processo de
cicatrização. O sistema imunológico precisa lutar contra os
patógenos, o que pode desviar recursos necessários para a
cicatrização.
Idade: A cicatrização tende a ser mais rápida em indivíduos jovens
devido à maior capacidade de proliferação celular e produção de
colágeno.
Estado de Saúde: Condições médicas como diabetes, doenças
vasculares e outras doenças crônicas podem prejudicar a
cicatrização.
Cuidados Adequados com a Ferida: A limpeza e proteção
adequadas da ferida são importantes para evitar infecções e criar um
ambiente propício para a cicatrização.
Estresse: O estresse crônico pode afetar negativamente o sistema
imunológico e, portanto, a cicatrização.
Fatores Ambientais: Exposição a fatores externos como radiação
ultravioleta e substâncias químicas pode influenciar a cicatrização.
Cicatrização em Ambiente Limpo e Livre de Infecções: A
ausência de infecção é crucial para uma cicatrização adequada.
Manter a ferida limpa e protegida contra agentes infecciosos é
fundamental. Isso envolve a limpeza adequada da ferida e a troca
regular de curativos.
Fatores que Influenciam a Cicatrização:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
19
 
9. Hidratação Adequada: A hidratação da pele e das células é
importante para facilitar a migração celular e a formação de tecido novo.
10. Fechamento Adequado das Bordas da Ferida: Aproximar as
bordas da ferida de maneira adequada e manter a área fechada ajuda a
promover a cicatrização por primeira intenção, onde a ferida se fecha
rapidamente sem deixar muito espaço para infecção ou formação
excessiva de tecido cicatricial.
11. Redução do Estresse Mecânico: Evitar estresse excessivo na área
da ferida, como movimentos repetidos ou tensionamento, ajuda a
promover a cicatrização sem complicações.
12. Fatores de Crescimento: Fatores de crescimento naturais presentes
no corpo, como fator de crescimento epidérmico (EGF) e fator de
crescimento de plaquetas (PDGF), desempenham um papel importante
na regulação do processo de cicatrização. Alguns produtos médicos
também fornecem fatores de crescimento para acelerar a cicatrização.
13. Manutenção de um Ambiente Úmido: Manter a ferida em um
ambiente úmido, controlado por meio de curativos adequados, pode
facilitar a migração celular e reduzir a formação de crostas secas que
podem interferir no processo de cicatrização.
14. Cuidados Adequados com Curativos: Utilizar curativos adequados
para o tipo de ferida, trocá-los regularmente e seguir as orientações
médicas é essencial para prevenir infecções e promover a cicatrização.
15. CuidadosPós-Operatórios Adequados: Após cirurgias ou
procedimentos, seguir as instruções pós-operatórias rigorosamente ajuda
a evitar complicações e promover a cicatrização adequada.
16. Cuidados com os Pés: Pés são áreas propensas a feridas,
especialmente em pessoas com diabetes. Mantenha os pés limpos,
secos e bem-hidratados. Oriente o uso de sapatos confortáveis que se
ajustem bem.
17. Cuidado com a Pele durante a Incontinência: Pacientes com
incontinência urinária ou fecal estão em risco de desenvolver irritações e
feridas na pele. Use produtos absorventes e faça a higiene adequada.
20
 
Limpeza Suave:
Lave a ferida com soro fisiológico aquecido ou uma solução de
limpeza com PHMB (biguanida polimérica). Evite esfregar a ferida
para não prejudicar os tecidos.
Remoção de Tecido Desvitalizado:
Se possível, remova o tecido desvitalizado durante a limpeza da
ferida. Isso ajuda a promover um ambiente propício para a
cicatrização.
Preparação da Pele Peri-lesional:
Prepare a pele ao redor da ferida (peri-lesional) para melhor
aderência do curativo e para proteger a pele saudável. Em casos
necessários, utilize um protetor cutâneo para evitar danos à pele.
Escolha Adequada de Curativos:
Selecione os curativos primários e secundários com base na
profundidade da ferida (parcial ou espessura total), condição da
pele circundante, grau de colonização, quantidade de exsudato e
tamanho da ferida.
Troca Regular de Curativos:
Siga as orientações do profissional de saúde quanto à frequência
da troca de curativos. A troca regular ajuda a prevenir a
contaminação e promove a cicatrização.
Higienização das Mãos:
Lave bem as mãos antes de manipular curativos ou tocar na
ferida para evitar a introdução de micro-organismos.
Uso de Luvas:
Utilize luvas estéreis ao realizar procedimentos de curativo para
evitar a contaminação da ferida.
Evite Contaminação Cruzada:
5. Cuidados Gerais Com Feridas
Os cuidados gerais com feridas são essenciais para promover a
cicatrização adequada, prevenir infecções e garantir o conforto do
paciente. Aqui estão algumas orientações específicas:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Evite tocar superfícies não estéreis enquanto estiver manipulando
curativos. Mantenha a área de trabalho limpa e organizada.
21
 
Fique atento a sinais de infecção, como vermelhidão excessiva,
inchaço, calor, dor ou aumento da secreção. Se suspeitar de
infecção, consulte um profissional de saúde.
Evite que a ferida seja sujeita a traumas desnecessários, como
fricção ou pressão excessiva.
Mantenha uma boa hidratação e nutrição, pois isso é essencial
para a cicatrização eficaz.
Forneça instruções claras ao paciente sobre como cuidar da
ferida em casa, incluindo a troca de curativos, sinais de
complicações e quando procurar assistência médica.
9. Monitoramento da Infecção:
10. Proteção contra Traumas:
11. Hidratação e Nutrição:
12. Orientações ao Paciente:
Lembrando que cada ferida é única, e os cuidados podem variar com
base na localização, tamanho e gravidade da lesão. Consulte sempre um
profissional de saúde para orientações específicas e personalizadas.
22
 
Barreira Microbiana:
Protege a ferida contra a contaminação microbiana, reduzindo o
risco de infecção.
Manutenção do Ambiente Úmido:
Mantém a ferida em um ambiente úmido, que é favorável para a
cicatrização, evita a formação de crostas e promove a
regeneração dos tecidos.
Permeabilidade Seletiva:
Permite a troca gasosa entre a ferida e o ambiente, permitindo a
respiração celular e evitando o acúmulo de fluidos.
Absorção de Exsudato:
Absorve o excesso de exsudato (secreção da ferida), evitando o
maceramento da pele circundante e proporcionando um ambiente
limpo.
Isolamento Térmico:
Mantém uma temperatura estável na ferida, o que pode acelerar
o processo de cicatrização.
Flexibilidade 
Adapta-se às irregularidades da ferida e às áreas de movimento,
proporcionando conforto ao paciente.
Não Aderente:
Evita a aderência do curativo aos tecidos da ferida, o que pode
causar trauma na remoção.
Não Causa Trauma na Remoção:
Pode ser removido sem causar danos aos tecidos da ferida ou à
pele circundante.
Promoção da Angiogênese:
Estimula o crescimento de novos vasos sanguíneos
(angiogênese) na ferida, o que é essencial para a cicatrização.
5. Características de um curativo ideal
Um curativo ideal deve atender a várias características para promover a
cicatrização adequada da ferida, prevenir complicações e proporcionar
conforto ao paciente. Aqui estão algumas características de um curativo
ideal:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
23
 
Pode ser aplicado e removido facilmente, minimizando o
desconforto para o paciente.
Em alguns casos, um curativo transparente permite a
visualização da ferida sem a necessidade de remoção.
Pode ser utilizado em conjunto com agentes tópicos, como
pomadas ou cremes, quando necessário.
Deve cobrir toda a extensão da ferida, sem excessos que possam
causar rugas ou dobras.
Mantém suas propriedades ao longo do tempo, evitando a
necessidade de trocas frequentes.
Reduz a dor e o trauma durante a aplicação e a remoção,
especialmente em feridas sensíveis.
10. Facilidade de Aplicação e Remoção:
11. Transparência:
12. Compatibilidade com Tratamentos Tópicos:
13. Tamanho Adequado:
14. Durabilidade:
14. Minimiza a Dor e o Trauma:
Lembrando que a escolha do curativo adequado depende do tipo de
ferida, do estágio de cicatrização, da presença de infecção ou exsudato e
das necessidades específicas do paciente. É importante que os
enfermeiros estejam atualizados sobre as opções disponíveis no
mercado e saibam escolher o curativo mais adequado para cada situação
clínica.
24
 
25
 
6. Guia para Avaliação e Descrição de Feridas
Toque suave da área ao redor da ferida para verificar a
temperatura, textura e sensibilidade.
Verificação de sinais de dor, calor excessivo ou sensibilidade.
Utilização de régua, fita métrica ou instrumentos específicos para
medir o comprimento, largura e profundidade da ferida.
Registro das medidas em centímetros ou milímetros.
7. Como tratar as feridas
Avaliação de feridas
A avaliação de feridas por enfermeiros é uma parte fundamental dos
cuidados de enfermagem, pois permite monitorar o progresso da
cicatrização, identificar complicações e ajustar o plano de cuidados
conforme necessário. A avaliação de feridas envolve uma abordagem
sistemática para obter informações detalhadas sobre a ferida e o estado
da pele circundante. Aqui estão os principais passos envolvidos na
avaliação de feridas por enfermeiros:
1. Coleta de História Clínica:
·Identificação do paciente e informações pessoais.
·Histórico de problemas de saúde, incluindo condições crônicas, alergias
e medicamentos em uso.
·História da ferida, como causa, duração, tratamentos prévios e evolução.
2. Inspeção Visual:
·Observação da localização da ferida, tamanho, forma e profundidade.
·Verificação da presença de tecidos viáveis e inviáveis no leito da ferida.
·Avaliação da cor da ferida, presença de exsudato (secreção), presença
de crostas, etc.Parte superior do formulário
Parte superior do formulário
Parte superior do formulário
3. Palpação:
a.
b.
4. Mensuração da Ferida:
a.
b.
26
 
Observação de tecidos viáveis, como granulação e epitelização.
Identificação de tecidos inviáveis, como necrose de coagulação,
necrose de liquefação e fibrina.
Descrição da quantidade, cor e consistência do exsudato.
Verificação da presença de sinais de infecção, como odor
desagradável ou exsudato purulento.
Observação de sinais de inflamação, como vermelhidão, calor e
edema ao redor da ferida.
Verificação de febre ou outros sinais sistêmicos de infecção.
Perguntas ao paciente sobre a intensidade da dor na ferida.
Observação de expressões faciais e comportamentos indicativos
de dor.
Registrar as informações completas e precisas obtidas durante a
avaliação.
Utilização de sistemas de classificação de feridas, como a Escala
de Braden para úlceras de pressão.
A avaliação deve ser repetida regularmente para acompanhar o
progressoda cicatrização e ajustar o plano de cuidados conforme
necessário.
5. Avaliação do Tecido da Ferida:
a.
b.
6. Avaliação do Exsudato:
a.
b.
7. Avaliação de Sinais de Infecção:
a.
b.
8. Avaliação da Dor:
a.
b.
9. Documentação:
a.
b.
10. Revisão e Monitoramento:
a.
É importante que os enfermeiros estejam bem treinados na avaliação de
feridas e sigam os protocolos estabelecidos pela instituição de saúde.
Além disso, a colaboração com outros profissionais de saúde, como
médicos e especialistas em feridas, pode ser fundamental para garantir
uma avaliação abrangente e um plano de cuidados eficaz.
27
 
28
 
8. Ficha de Avaliação
9. Limpeza das feridas
A limpeza da ferida é uma etapa crucial no
processo de cicatrização e prevenção de
infecções. Aqui estão os passos gerais para
realizar a limpeza adequada de uma ferida:
Lave as Mãos: Antes de iniciar qualquer
procedimento de cuidado da ferida, lave
bem as mãos com água e sabão.
Preparação do Material: Reúna todo o
material necessário, incluindo luvas
estéreis, soro fisiológico ou solução de
limpeza adequada, compressas estéreis,
pinças e outros materiais descartáveis.
Coloque Luvas: Use luvas estéreis para
evitar a contaminação da ferida.
Posicionamento Adequado: Posicione o
paciente confortavelmente, com a ferida
exposta e acessível.
Remoção de Curativos Antigos: Se houver
um curativo antigo, remova-o com cuidado,
tomando cuidado para não causar trauma à
ferida.
29
 
Lavagem com Soro Fisiológico ou Solução de Limpeza: Use soro
fisiológico aquecido ou uma solução de limpeza recomendada pelo
profissional de saúde para irrigar a ferida. Isso ajuda a remover
detritos e bactérias.
Secagem Suave: Use compressas estéreis para secar a ferida com
toques suaves, evitando esfregar ou causar atrito.
Remoção de Tecido Desvitalizado: Se houver tecido desvitalizado
ou crostas, remova-os suavemente durante a limpeza. Isso permite
que a ferida cicatrize adequadamente.
Irrigação Contínua: Em feridas com grande quantidade de exsudato,
pode ser necessário usar uma seringa com agulha fina para irrigar a
ferida continuamente. Certifique-se de direcionar a solução de
limpeza para todas as áreas da ferida.
Observação: Durante a limpeza, observe a aparência da ferida, a
quantidade de exsudato e qualquer sinal de infecção.
Secagem da Pele Peri-lesional: Após limpar a ferida, seque
cuidadosamente a pele ao redor da lesão para evitar maceração da
pele saudável.
Aplicação de Curativo: Se necessário, aplique o curativo apropriado
de acordo com as características da ferida e as recomendações do
profissional de saúde.
Descarte de Materiais: Descarte todos os materiais utilizados de
maneira adequada, seguindo as normas de biossegurança.
Lave as Mãos Novamente: Após concluir o procedimento, lave
novamente as mãos.
É importante seguir as orientações do profissional de saúde para a
limpeza da ferida, pois as técnicas e os produtos podem variar de
acordo com o tipo de ferida e o estado clínico do paciente.
30
 
Desbridamento Autolítico: Envolve o uso de produtos tópicos,
como hidrogel ou hidrocolóide, para amolecer o tecido necrótico e
permitir que o corpo o degrade naturalmente. É um processo mais
lento, mas menos invasivo.
Desbridamento Enzimático: Envolvendo o uso de enzimas
tópicas, como colagenase, que quebram o tecido necrótico. É mais
rápido do que o autolítico, mas também pode afetar o tecido
saudável.
Desbridamento Mecânico: Pode ser feito por meio de irrigação,
gaze úmida ou lâminas cirúrgicas para remover fisicamente o tecido
morto. Isso pode ser realizado manualmente ou com ajuda de
instrumentos específicos.
10. Desbridamento da ferida
O desbridamento de feridas é um procedimento realizado para remover
tecido morto, contaminado, infectado ou não saudável de uma ferida. O
objetivo do desbridamento é promover a cicatrização adequada, reduzir
o risco de infecção e preparar a ferida para tratamento ou fechamento.
Existem diferentes métodos de desbridamento disponíveis, e a escolha
do método depende das características da ferida, das condições do
paciente e da avaliação médica. Alguns dos métodos de desbridamento
incluem:
31
 
Imagem disponibilizada no Google
Desbridamento Instrumental ou Escarificação: Esse tipo de
técnica compreende a utilização de instrumentos perfuro cortantes
para remoção de tecido desvitalizado, ou também pode ser utilizada
para permitir maior contato de medicamentos com o leito da lesão.
Esse procedimento também é chamado por alguns como
desbridamento instrumental conservador.
Desbridamento Cirúrgico: É realizado por um cirurgião em
ambiente cirúrgico. Envolve a remoção manual de tecido necrótico
ou infectado com bisturi ou tesoura. Esse método é rápido e eficaz,
mas é invasivo e pode requerer anestesia
32
Orientações abrangentes:
A decisão quanto à cobertura apropriada é embasada nas
propriedades da lesão: composição do leito da ferida, volume e
natureza dos exsudatos, profundidade e o estado da pele no
entorno da lesão.
O objetivo é manter a ferida úmida e limpa, o que favorece a
granulação, cicatrização e encerramento.
É recomendado avaliar a ferida a cada troca de curativo para
monitorar a resposta à terapia e garantir a adequação da cobertura
utilizada.
É crucial observar as instruções do fabricante, especialmente as
que dizem respeito à frequência das trocas de cobertura.
11. Procedimento de Cobertura
Imagem disponibilizada no Google
O plano de cuidados deve especificar o intervalo usual para a
utilização da cobertura, bem como contemplar ações de mudança
quando necessário, seja por sujidade ou outros fatores.
Se não houver progresso na cicatrização em duas semanas, é
aconselhável considerar a presença de excessiva colonização
bacteriana e reexaminar a escolha da cobertura.
Cuidados com a área periférica a ferida 
● utilize o protetor cutâneo na região adjacente à lesão para garantir
proteção. 
● a atenção dedicada à pele circundante à ferida minimiza a umidade,
mantém a pele seca e simplifica a aplicação dos curativos. É
recomendado o emprego do spray protetor cutâneo. Ao pulverizar o
spray, certifique-se de evitar que o protetor alcance diretamente o leito
da ferida, para não interferir no tratamento da área afetada.
● os cremes de proteção cutânea podem ser utilizados na pele
circundante à ferida, especialmente em áreas suscetíveis à umidade,
como a região da fralda em pacientes com incontinência.
12. Realização do Procedimento
Procedimento de Limpeza: 
● Efetuar a higienização das mãos; 
● Seguir as instruções e prescrições médicas e/ou de enfermagem; 
● Preparar o material, verificando a validade e integridade dos itens; 
● Adequar o ambiente para a realização do procedimento; 
● Orientar o paciente sobre o processo a ser realizado; 
● Utilizar luvas de procedimento adequadas; 
● Retirar o curativo anterior com cuidado para evitar danos à pele,
usando uma pinça anatômica de ponta fina ou as mãos enluvadas;
● Se necessário, empregar SF 0,9% para auxiliar na remoção;
● Descartar a pinça utilizada para retirar o curativo antigo e trocar as
luvas, caso estejam contaminadas; 
 
 33
● Examinar minuciosamente a ferida, avaliando a pele circundante
(coloração, hematomas, elevações), aspecto das bordas, características
do exsudato, presença de tecido morto, granulação e sinais de infecção
(vermelhidão, inchaço, calor, dor); 
● Se a ferida estiver fechada, proceder à limpeza começando pela área
da incisão, usando uma pinça de Kocher; 
● Com gaze embebida em SF 0,9% aquecido e uma pinça, realizar a
limpeza do leito da ferida. Realizar movimentos circulares firmes e
rítmicos, começando do centro para a borda, utilizando cada face da
gaze apenas uma vez antes de descartá-la. Se optar por usar solução
de Phmb 0,2%, cobrir o leito da ferida com gaze e umedecê-la com a
solução, deixando agir por 15 minutos para combater microorganismos
nos tecidos.
13. Se a Ferida estiver aberta
Passos do Procedimento: 
● Realizar a lavagem com solução fisiológica 0,9% aquecida, usando
uma seringa de 20 mle uma agulha de 40x12 ou um frasco de SF 0,9%
com uma agulha de 40x12 inserida; 
● Se necessário, efetuar a remoção de exsudatos, fibrina ou resíduos
celulares da ferida; 
● Assegurar que a área ao redor da lesão esteja seca, aplicando a
cobertura apropriada no leito da ferida; 
● Colocar o curativo secundário sobre a área tratada; 
● A utilização de soluções antissépticas deve ser considerada apenas
após uma avaliação criteriosa; 
● Usar a pinça anatômica para cobrir a ferida; 
● Ao término do procedimento, recolher o material utilizado,
restabelecer a organização do ambiente e descartar os materiais
contaminados no recipiente de resíduos hospitalares (saco branco).
● Materiais permanentes contaminados e pinças devem ficar imersos
em solução desinfetante por um período de 30 minutos;
34
● Realizar a higienização das mãos; 
● Efetuar o devido registro do procedimento realizado; 
● Providenciar orientações ao usuário ou à família conforme as
necessidades específicas.
14. Qual curativo utilizar?
Aspectos a Considerar: 
● A escolha dos curativos compõe apenas uma parte do processo de
tratamento de feridas; 
● Não há solução instantânea em nenhum tratamento de lesões. Cada
abordagem implica uma série de etapas, diretrizes e atenções; 
● Cada paciente e cada ferida são únicos e devem ser abordados de
maneira personalizada; 
● Nem todos os produtos são adequados para todas as fases de
cicatrização e tipos de ferida. Cada um tem sua aplicação específica; 
● Para alcançar êxito na gestão de feridas, é crucial que a equipe crie
planos de cuidados individualizados para cada paciente, alinhados com
os protocolos; 
Os princípios fundamentais do tratamento de feridas devem sempre
guiar o processo. Os curativos devem satisfazer plenamente as funções
a seguir:
● Contribuir para o desbridamento autolítico;
● Controlar a umidade adequadamente;
● Estimular o processo de angiogênese;
● Incrementar a formação de tecido de granulação;
● Oferecer proteção às terminações nervosas (atenua a sensação de
dor);
● Facilitar o processo de reepitelização (sem causar lesões ou
maceração nas bordas);
● Fornecer uma barreira eficaz contra bactérias;
● Impedir a penetração de água;
● Permitir a transpiração da pele;
35
Contribuir para a umidade da lesão; 
Proteger o tecido;
Feridas que cicatrizam por primeira intenção; 
Lesões com excesso de exsudato e secreção purulenta; 
Locais de inserção de cateter; 
Drenos; 
Fixador externo
Realizar a limpeza da lesão utilizando soro fisiológico 0,9%, de
preferência morno, através do método de irrigação em jato;
Cobrir toda a superfície da lesão com gaze umedecida, evitando
compressão e atrito;
Aplicar uma cobertura secundária de gaze, chumaço ou compressa,
fixando-a com atadura, fita hipoalergênica ou esparadrapo;
Se necessário, umedecer as gazes durante a troca utilizando soro
fisiológico 0,9%.
Descrição: Gaze estéril umedecida com SF0,9
Natureza da lesão: Indicado para todos os tipos de lesões
Mecanismos de ação: Contribui para a umidade da lesão, favorece a
formação de tecido de granulação, estimula o desbridamento
autolítico/mecânico e absorve exsudato.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: O curativo deve ser trocado sempre que estiver
saturado com a secreção ou, no máximo, a cada 24 horas. Em casos de
baixo exsudato, a gaze deve ser umedecida duas a três vezes ao dia,
utilizando soro fisiológico 0,9%.
Observações:-
36
TIPO DE MATERIAL - GAZE COM SORO FISIOLÓGICO 0,9% (SF)
 
15. PRINCIPAIS COBERTURAS PARA TRATAMENTO DE
FERIDAS
 
Imagem disponibilizada no Google
Em lesões onde o objetivo é evitar traumatismo na área afetada e
preservar o tecido saudável.
Lesões com tecido necrótico ou não viável.
Realizar a limpeza da lesão utilizando soro fisiológico 0,9%
preferencialmente aquecido, por meio do método de irrigação em
jato;
Aplicar a cobertura recomendada;
Cobrir toda a área da lesão sem realizar compressão ou fricção;
Fechar com uma cobertura secundária de gaze, chumaço ou
compressa, fixando-a com atadura, fita hipoalergênica ou
esparadrapo.
Descrição: Tecido em malha não aderente.
Natureza da lesão: Feridas agudas ou crônicas de qualquer etiologia.
Mecanismos de ação: Protege a lesão, preservando o tecido de
granulação e evitando a aderência à superfície da ferida.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: De acordo com o produto associado.
Observações:-
37
TIPO DE MATERIAL - RAYON COBERTURA NÃO-ADERENTE
 
Imagem disponibilizada no Google
Hiperqueratose de membros inferiores: insuficiência venosa,
linfedema e eczema . 
Hiperqueratose plantar (calos e calosidades): hanseníase e pé
diabético.
Hiperqueratoses: presença generalizada em membros inferiores,
com formação de calos e calosidades. É importante que os
pacientes recebam tratamento multiprofissional para abordar as
causas subjacentes da hiperqueratose, como insuficiência venosa e
pé diabético.
Uso com cuidado: Em pacientes com hiperqueratoses e sinais de
Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), como ausência ou
pulso fraco. É necessário que o paciente seja encaminhado com
urgência para acompanhamento com um cirurgião vascular.
Hiperqueratoses de etiologia desconhecida, podem cursar com
neoplasias. Dúvida no diagnóstico, encaminhar a Dermatologia,
junto a equipe médica. 
Descontinuar o uso se vermelhidão, ardência e sensação de
queimação.
Descrição: Creme a 20 % em embalagem de 50 g.
Natureza da lesão: 
Mecanismos de ação: A ureia é um componente natural que ajuda a
hidratar a pele. Atua como um poderoso hidratante, retendo a umidade
e reduzindo a perda de água pela pele.
Na concentração de 20%, possui propriedades esfoliantes e
queratolíticas, regulando a proliferação dos queratinócitos e afinando a
pele. Também fortalece a imunorregulação e a expressão de
lipoproteínas antimicrobianas, proporcionando ação anti-inflamatória e
imunoprotetora na pele.
Resumindo, a ureia contribui para a integridade da barreira de
permeabilidade da pele e suas funções de proteção física, química e
imunológica. É por isso que é amplamente utilizada no tratamento de
várias doenças de pele.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
38
CREME DE UREIA 20%
 
Instruções de aplicação:
Para o tratamento de calos e calosidades, é recomendado aplicar o
produto duas vezes ao dia na área afetada, após limpar a pele com
solução fisiológica e realizar uma leve fricção com uma gaze
umedecida, evitando causar traumas ou sangramento. Em seguida,
cobrir com gaze e atadura, conforme necessário.
É importante que o enfermeiro realize o desbridamento instrumental
conservador pelo menos uma vez por semana nos casos de calos e
calosidades. No entanto, deve-se ter atenção especial em pacientes
com DAOP.
O produto pode ser utilizado em combinação com outras coberturas.
Também é possível associá-lo a outros medicamentos tópicos
prescritos, como corticoides e antifúngicos. Nesse caso, recomenda-se
aplicar a ureia primeiro e aguardar 30 minutos antes de aplicar o
medicamento adicional. A ureia potencializa a eficácia terapêutica e os
resultados desses medicamentos.
Período de Troca: Aplicar na pele 2x/dia ● Associação com outras
coberturas: As trocas devem ser realizadas conforme a cobertura de
maior durabilidade.
Observações: -
39
Imagem disponibilizada no Google
Prevenção de lesões por pressão. 
E em lesão por pressão em estágio 1 e 2.
Lesões cavitárias, tunelizadas e/ou com bordas descoladas. 
Lesões altamente exsudativas e/ou com sinais de infecção. -Lesões
com bordas irregulares que não se possa aplicar o adesivo na pele
integra.
Proteção da área de risco de LP – região sacral. 
Higienize a ferida com solução fisiológica 0,9%. 
Secar a pele ao redor da ferida. -Aplicar o curativo sobre a ferida,
fixando-o com suas bordas adesivas nas bordas integras. 
Deixar margem de 2 cm além da ferida.
Na lesão por pressão estágio II, avaliar a saturação externa da
cobertura que não deverá ultrapassar a borda adesiva. 
Descrição:Espuma hidrocelular adesiva especialmente desenvolvida
para a região sacral. Camada hidrocelular altamente absorvente central;
Camada de película impermeável exterior;
Natureza da lesão: Úlceras por pressão estágio III
Mecanismos de ação: Absorção do exsudato; -Minimiza as forças de
pressão, cisalhamento e fricção; -Prevenção de lesão por pressão com
a classificação Braden de alto risco;
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: 3 a 5 dias.
Observações: A cobertura poderá permanecer como prevenção de
lesões por até 07 (sete) dias. 
40
ADESIVO DE HIDROPLÍMERO/ ESPUMA SACRAL
 
Imagem disponibilizada no Google
Lesões sem infecção com exsudato moderado a intenso
Feridas abertas com tecido saudável ou necrótico;
Necrose seca (Tecido desvitalizados), hipergranulação e feridas com
pouca exsudação.
Realizar a higienização da lesão utilizando soro fisiológico 0,9% de
preferência aquecido, por meio do método de irrigação em jato;
Cortar a espuma no tamanho adequado para a ferida (Deixar
margem de 2 cm além da ferida);
Cobrir a ferida com uma cobertura secundária estéril
Descrição: O curativo é composto por uma camada interna de espuma
de poliuretano que absorve, com uma cobertura externa de filme de
poliuretano que permite a troca de gases e impede a passagem de água
e microrganismos.
Natureza da lesão: Feridas crônicas ou agudas, úlceras venosas,
úlceras por pressão estágio III ou IV, pé diabético, deiscências,
traqueostomia.
Mecanismos de ação: Manter um ambiente úmido propício para a
cicatrização.
Regula o exsudato, permitindo a transmissão de umidade por meio de
vapor para o ambiente externo.
Previne a entrada de água e bactérias na ferida.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: Pode ser mantido por até 7 dias. As trocas serão
realizadas conforme a saturação do curativo.
Substituir o curativo secundário sempre que estiver saturado.
-Em ferida de moderado a baixo exsudato observar a saturação externa
com tempo de troca de 3 a 5 dias.
Observações: O curativo pode ser usado sob compressão.
41
ADESIVO DE HIDROPOLÍMERO/ESPUMA
 
Imagem disponibilizada no Google
Úlceras Venosas de MMII
Hipersensibilidade aos ingredientes do produto.
A aplicação da Bota de Unna é contraindicada para úlceras arteriais.
Em caso de úlcera mista, é necessário encaminhar para avaliação
médica.
Em pacientes com Diabetes Mellitus, é importante avaliar
adequadamente a circulação do membro afetado.
Em casos de celulite (inchaço e vermelhidão na área da ferida) e
inflamação intensa
Aplicar de preferência pela manhã. Solicitar ao paciente que eleve os
membros afetados acima do nível do corpo por pelo menos 15
minutos antes do procedimento, na primeira aplicação e sempre que
necessário devido ao inchaço.
Avaliar a ferida e a necessidade de utilizar outra cobertura primária,
realizar o curativo.
Iniciar o enfaixamento da atadura pelos dedos dos pés, aplicando
gradualmente até a parte superior da tíbia.
Se houver muito exsudato, especialmente nas primeiras trocas,
colocar uma gaze ou pedaço de algodão sobre a bota no local da
lesão e enfaixar com uma bandagem de crepe sobre a bota de
Unna.
Descrição: Atadura de algodão 100% ou misto impregnada com óxido
de zinco, glicerina, óleo de rícino ou mineral.
Natureza da lesão: Feridas decorrente de insuficiência venosa
Mecanismos de ação: Possui propriedades cicatrizantes e estimula a
regeneração epidérmica, ajudando a reduzir o inchaço ao promover uma
melhor circulação venosa e diminuir o exsudato.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
42
BOTA DE UNNA
 
 
Período de Troca: Após 1ª colocação, avaliação clínica em 24hs ou
48hs e 1ª troca em 4 dias. Após controle do exsudato deve permanecer
até 7 dias. Trocar a cobertura secundária sempre que saturada
Observações: Pode ser utilizado em conjunto com uma cobertura
primária.
Analisar a técnica mais adequada para aplicar a atadura levando em
consideração as necessidades do paciente e as características do
produto.
43
Imagem disponibilizada no Google
Feridas exsudativas e infectadas, com ou sem odor
Alergia à prata
Feridas com hemorragia
Não aplicar diretamente em tumores
Feridas sem infecção e com boa cicatrização
Realizar a higienização da lesão com soro fisiológico 0,9%
preferencialmente aquecido, utilizando o método de irrigação em
jato;
Se necessário, remover o exsudato e tecido necrótico, evitando
secar a ferida.
Aplicar o curativo de carvão ativado sobre a ferida, sendo possível
recortá-lo para melhor adaptação ao tamanho.
Cobrir com uma segunda camada de curativo.
Descrição: É um curativo estéril, ajustável, feito de tecido de carvão
ativado impregnado com 25 µg/cm2 de prata prensada entre duas
camadas de rayon/nylon.
Natureza da lesão: Feridas com alta colonização ou infecção, feridas
neoplásicas, pé diabético, feridas crônicas ou agudas
Mecanismos de ação: O carvão ativado tem a função de eliminar o
odor por meio do processo de adsorção. A prata possui propriedades
bactericidas.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: O curativo pode ser mantido por até 7 dias. As trocas
geralmente são realizadas de 3 a 7 dias, dependendo da capacidade de
absorção.
Substituir a cobertura secundária sempre que estiver completamente
saturada.
Observações: Quando houver pouca exsudação e tecido de
granulação, considerar a substituição por outro tipo de curativo que
mantenha um ambiente úmido.
44
CARVÃO ATIVADO COM PRATA RECORTÁVEL
 
 
Imagem disponibilizada no Google
Feridas exsudativas e infectadas, com ou sem odor
O carvão ativado tem a função de eliminar o odor por meio do
processo de adsorção. A prata possui propriedades bactericidas.
Realizar a higienização da lesão utilizando soro fisiológico 0,9%
preferencialmente aquecido, por meio da técnica de irrigação em
jato;
Se necessário, remover o exsudato e tecido desvitalizado, evitando
secar o leito da ferida.
Aplicar o curativo de carvão ativado sobre a ferida.
Cobrir com uma segunda camada de curativo.
Descrição: O curativo é constituído por carvão ativado que contém íons
de prata, coberto por uma camada de material não tecido.
Natureza da lesão: Feridas altamente colonizadas ou infectadas,
neoplásicas, pé diabético, crônicas ou agudas
Mecanismos de ação: O carvão ativado tem a função de eliminar o
odor por meio do processo de adsorção. A prata possui propriedades
bactericidas.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: O curativo pode ser mantido por até 7 dias. As trocas
são realizadas em média a cada 3 a 7 dias, dependendo da capacidade
de adsorção.
Substituir a cobertura secundária sempre que estiver saturada.
Observações: O curativo pode ser mantido por até 7 dias. As trocas são
realizadas em média a cada 3 a 7 dias, dependendo da capacidade de
adsorção.
Substituir a cobertura secundária sempre que estiver saturada.
45
CARVÃO ATIVADO COM PRATA SACHÊ
 
Imagem disponibilizada no Google
Em feridas com tecido não viável aderido à lesão, é recomendado
realizar a técnica square para facilitar a penetração da colagenase.
Feridas isquêmicas;
Feridas isquêmicas que ainda não foram revascularizadas;
Não deve ser utilizada em pacientes com hipersensibilidade à
colagenase (princípio ativo) ou a qualquer componente da fórmula.
É importante realizar uma higiene local completa antes de utilizar o
medicamento.
Recomenda-se aplicar a pomada com cuidado na área lesionada.
A pomada deve ter contato completo com toda a área lesada e ser
aplicada uniformemente, com uma espessura de aproximadamente 2
mm, uma vez ao dia.
O efeito nas crostas necróticas é mais eficaz ao fazer um corte no
centro e, em alguns casos, nas margens, seguido da aplicação da
pomada tanto por baixo quanto por cima da crosta.
Descrição: É uma pomada contendo uma enzima conhecida como
colagenase, que é extraída de culturas do Clostridium histolyticum. É um
agente enzimático utilizado para desbridamento.54
Imagem disponibilizada no Google
Lesões com nível moderado a alto de exsudação, feridas com
cavidades e com alta colonização ou infecção.
Lesões com baixa quantidade de exsudação e uso restrito em
feridas superficiais.
Feridas com necrose seca ou tecido não viável.
Sensibilidade excessiva à prata
1- Realize a limpeza da ferida utilizando solução salina.
2- Aplique o curativo de forma que a borda do curativo ultrapasse a
borda da ferida em pelo menos 1 cm ao redor de toda a ferida.
3- Em feridas cavitárias, preencha o espaço com a hidrofibra até
80% do volume, uma vez que ela se expandirá ao entrar em contato
com o exsudato da ferida, preenchendo todo o espaço da ferida.
4- Cubra adequadamente com o curativo secundário e observe o
nível de exsudação.
Na hora de remover o curativo, se encontrar dificuldades, umedeça-o
com água ou solução salina estéril para facilitar a remoção.
Descrição: Curativo absorvente composto por fibras de
carboximetilcelulose sódica e prata (Ag).
Mecanismos de ação: Promover a autólise do desbridamento,
mantendo um ambiente úmido, promovendo a hemostasia, possuindo
alta capacidade de absorção do líquido da ferida e removendo-o
suavemente, preservando o tecido saudável.
Possui propriedades bactericidas e fungicidas. Mantém a atividade
antimicrobiana através da liberação controlada de prata.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
55
HIDROFIBRA COM PRATA (AG)
 
Período de Troca: Substituir o curativo secundário quando estiver
saturado ou dentro de um prazo máximo de 24 horas. A placa de
hidrofibra pode permanecer na ferida por até 7 dias.
Em casos de queimaduras de segundo grau, a hidrofibra com prata pode
ser deixada na ferida por até 14 dias. Nesses casos, recorte a parte da
hidrofibraque se solta da pele ao redor da ferida conforme o tecido
epiteliza.
Observações:
O curativo pode ser usado sob compressão e se necessário pode ser
previamente umedecido com SF 0,9%
56
Imagem disponibilizada no Google
Feridas com exsudado moderado a alto, feridas cavitárias.
Feridas com baixa quantidade de secreção e aplicação restrita a
lesões superficiais.
Realizar a higienização da lesão utilizando soro fisiológico 0,9%
preferencialmente aquecido, por meio do método de irrigação em
jato;
Secar a pele ao redor e colocar a hidrofibra dentro da ferida,
garantindo uma margem de 1 centímetro a mais, se necessário,
recortando a placa antes de aplicá-la.
Cobrir com um curativo secundário, como gazes ou chumaço.
Descrição: Curativo absorvente composto por fibras de
carboximetilcelulose sódica.
Mecanismos de ação: Auxiliar no desbridamento autolítico por meio da
manutenção de um ambiente úmido, promovendo a hemostasia,
apresentando alta capacidade de absorção de exsudato e sendo
removido de forma não traumática, preservando o tecido saudável.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: Trocar curativo secundário quando saturado ou em
até 24 horas, a placa de hidrofibra poderá permanecer na ferida por até
7 dias.
Observações:
- O curativo pode ser aplicado com compressão e, se necessário, pode
ser umedecido previamente com soro fisiológico 0,9%.
57
HIDROFIBRA SEM PRATA (AG)
 
Imagem disponibilizada no Google
Feridas abertas com tecido vitalizado ou desvitalizado; 
 Queimaduras de 2º e 3º grau; 
 Úlceras venosas e lesão por pressão.
Pele íntegra; 
Feridas operatórias fechadas; 
Feridas muito exsudativas;
Fístulas.
Realizar a limpeza da lesão utilizando soro fisiológico 0,9%
preferencialmente aquecido, utilizando o método de irrigação em
jato;
Aplicar uma camada fina do gel sobre a ferida ou introduzi-lo na
cavidade de forma asséptica;
Cobrir a ferida com uma cobertura secundária estéril.
É recomendado umedecer levemente a gaze ao utilizá-la como
cobertura secundária.
Descrição: Gel transparente e incolor composto por água e no mínimo
carboximetilcelulose.
Mecanismos de ação: Possibilita um ambiente úmido que promove o
desbridamento autolítico, estimulando a cicatrização.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: Quando utilizado com gaze como cobertura, deve
ser trocado a cada 24 horas.
Pode permanecer por até 7 dias quando associado a certas coberturas,
como hidrocolóide ou hidrofibra.
Em feridas infectadas, deve-se trocar no máximo a cada 24 horas.
Em feridas com necrose, deve-se trocar no máximo a cada 72 horas.
Observações:
- Se possível usar creme de barreira nas bordas da lesão.
58
HIDROGEL SEM ALGINATO DE CÁLCIO E SÓDIO
 
Imagem disponibilizada no Google
Feridas abertas com tecido vitalizado ou desvitalizado; 
 Queimaduras de 2º e 3º grau; 
 Úlceras venosas e lesão por pressão.
Pele íntegra; 
Feridas operatórias fechadas; 
Feridas muito exsudativas;
Fístulas.
Queimaduras de 3o grau;
 Lesões com exposição de tendões e ossos.
Realizar a limpeza da lesão utilizando soro fisiológico 0,9%
preferencialmente aquecido, utilizando o método de irrigação em
jato;
Aplicar uma camada fina do gel sobre a ferida ou introduzi-lo na
cavidade de forma asséptica;
Cobrir a ferida com uma cobertura secundária estéril.
É recomendado umedecer levemente a gaze ao utilizá-la como
cobertura secundária.
Descrição: Gel transparente e incolor composto por água e no mínimo
carboximetilcelulose.
Mecanismos de ação: Possibilita um ambiente úmido que promove o
desbridamento autolítico, estimulando a cicatrização.
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: Quando utilizado com gaze como cobertura, deve
ser trocado a cada 24 horas.
Pode permanecer por até 7 dias quando associado a certas coberturas,
como hidrocolóide ou hidrofibra.
Em feridas infectadas, deve-se trocar no máximo a cada 24 horas.
Em feridas com necrose, deve-se trocar no máximo a cada 72 horas.
Observações:
- Se possível usar creme de barreira nas bordas da lesão.
59
HIDROGEL COM ALGINATO DE CÁLCIO E SÓDIO
 
Imagem disponibilizada no Google
Prevenção e tratamento de dermatites associada a incontinência
urinária ou fecal.
Óxido de Zinco (substância ativa) não deve ser utilizado por
pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida ao Óxido de
Zinco (substância ativa).
Higienizar a pele e aplicar uma fina camada da pomada após cada
troca de fralda ou sobre a área da pele a proteger, com suave
massagem para favorecer sua penetração.
Descrição: é uma pomada de cor branca a amarelada que
pode ter partes com líquido amarelado, com aroma
característico. Feito com óxido de zinco.
Mecanismos de ação: O óxido de zinco (componente ativo) é um
adstringente e antisséptico que possui propriedades suavizantes,
cicatrizantes e protetoras da pele em casos de afecções com erupções
superficiais
Recomendações de Uso:
Restrições de Uso:
Instruções de aplicação:
Período de Troca: Realizar a troca a cada troca de fralda ou sobre a
área da pele a proteger
Observações: Deverá ser retirada com algodão ou gaze umedecida
com óleo para não causar lesões na pele. 
60
ÓXIDO DE ZINCO (POMADA)
 
Imagem disponibilizada no Google
Lesões por queimaduras; 
Lesões infectadas;
É contraindicado para uso por gestantes no final da gestação, em
crianças prematuras e recém-natos nos dois primeiros meses de
vida. Por existirem poucos dados sobre a sua passagem pelo leite
materno, também não é recomendado em mulheres que estejam
amamentando. A sulfadiazina de prata não deve ser utilizada em
pacientes alérgicos às sulfas e aos demais componentes da
formulação.
Após a limpeza da lesão de acordo com a orientação médica, aplicar
uma camada de sulfadiazina de prata creme e cobrir com um
curativo secundário.
Descrição: É um fármaco, com efeito, bacteriostático, derivado das
sulfamidas de uso tópico. Cada 1g do creme contém: Sulfadiazina de
Prata Micronizada 10 mg,Excipientes (Álcool cetoestearílico, estearil
éter, álcool oleílico etoxilado, metilparabeno,propilparabeno, vaselina,
propilenoglicol, água deionizada) q.s.p.
Mecanismos de ação: É um agente cicatrizante e antimicrobiano tópico.de Consenso da World Union of Wound Healing Societies (WUWHS). O papel das coberturas
na prevenção da lesão por pressão. Wounds International, 2016.
PEREIRA, Adriana F. Protocolo de prevenção e tratamento de feridas. Prefeitura de Belo Horizonte, MG,
2011. 
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Manual de Curativos, Campinas, S.P., 2016.
 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Hospital da Clinicas, Grupo de feridas. Manual de
Tratamento de feridas, Campinas, S. P., 1999.
 UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE DO SUL. Telessaúde RS, 2017.
APOSTILA de capacitação em fitoterápicos. Campinas: Secretaria Municipal de Campinas, setembro
2015. Disponível em:
http://saude.campinas.sp.gov.br/programas/fitoterapia/Apostila_Capacitacao_Fitoterapicos.p df . Acesso
em: 15/06/2023
BEZERRA, Vítor Alessander. Uso de ácido graxo essencial em feridas: revisão integrativa da literatura.
2016. 23 p. Monografia (Curso de Enfermagem) - UnB, [S. l.], 2016.
INDICAÇÃO DOS CURATIVOS BASEADO NOS PRODUTOS PADRONIZADOS PELA SECRETARIA DE
SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Distrito Federal: Câmera técnica de cuidados com a pele, 2019.
Disponível em: http://www.saude.df.gov.br/wpconteudo/uploads/2018/04/INDICA%C3%87%C3%83O-DOS-
CURATIVOS-2019.pdf .Acesso em: 8 fev. 2021.
MANUAL de Tratamento de Feridas. Catanduva, 2018. Disponível em: http://www.catanduva.sp.gov.br/wp-
30 content/uploads/2019/09/sms_resolucao_01_2019_manual_de_tratamento_de_feridas.pdf. Acesso em:
15/06/2023. 
PINHEIRO, Luciane da Silva; BORGES, Eline Lima; DONOSO, Miguir Terezinha Vieccelli. Uso de
hidrocolóide e alginato de cálcio no tratamento de lesões cutâneas. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 66, n.
5, p. 760-770, Oct. 2013 . Disponível em: . Acesso em: 15/06/2023. https://doi.org/10.1590/S0034-
71672013000500018. 
11- PROCEDIMENTO Operacional Padrão: POP ENF 8.2. 1. ed. [S. l.], 19 set. 2018. Disponível em:
http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+8.2_COBERTURAS+PARA+FER
IDAS.pdf/8fcd67a5-2f5c-4a84-9a87-36afdc21d725 . Acesso em: 15/06/2023
SÃO PAULO. Prefeitura Municipal de São Paulo. Protocolo de Prevenção e Tratamento de Úlcera
Crônicas. São Paulo, 2010. 
66
REFERÊNCIAS

Mais conteúdos dessa disciplina