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Tratamento de FERIDAS E CURATIVOS Da Anatomia da Pele as Principais Coberturas Introdução Anatomia e fisiologia da pele Feridas e suas classificações Cicatrização da ferida Cuidados gerais com feridas Características de um curativo ideal Guia para avaliação e descrição de feridas Como tratar as feridas Ficha de Avaliação Limpeza das feridas Desbridamento da ferida Procedimento de cobertura Realização do procedimento Se a ferida estiver aberta Qual curativo utilizar Principais coberturas para tratamento de feridas Gaze com soro fisiológico 0,9% (SF) Rayon cobertura não-aderente Creme de ureia 20% Adesivo de hidroplímero/ espuma sacral Adesivo de hidropolímero/espuma Bota de unna Carvão ativado com prata recortável Carvão ativado com prata sachê Colagenase Espuma de poliuretano com prata Filme adesivo transparente não estéril Filme transparente estéril para cateter vascular Sumário 04 05 07 15 21 23 25 26 28 29 31 32 33 34 35 36 36 37 38 40 41 42 44 45 46 48 50 51 Filme transparente estéril para cateter vascular Hidrocolóide em placa Hidrofibra com prata (AG) Hidrofibra sem prata (AG) Hidrogel sem alginato de cálcio e sódio Hidrogel com alginato de cálcio e sódio Óxido de zinco (pomada) Óxidosulfadiazina de prata Gel com PHMB (polihexametilenobiguanida) Gelpapaína creme 10% Papaína gel 10% Quadro resumido qual curativo utilizar? Referências Sumário 52 53 55 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 1. Introdução: Seja bem-vindo ao nosso e-book sobre curativos para enfermagem! Neste guia abrangente, você encontrará informações essenciais e práticas para a realização de curativos de forma eficaz e segura. Os curativos são uma parte fundamental dos cuidados de enfermagem, sendo utilizados para promover a cicatrização de feridas, prevenir infecções e proporcionar conforto aos pacientes. A correta realização dos curativos requer conhecimento técnico e habilidades específicas, garantindo assim o bem-estar e a recuperação adequada dos pacientes. Este e-book foi elaborado com o objetivo de fornecer orientações atualizadas e embasadas em evidências científicas, abordando desde os princípios básicos dos curativos até técnicas mais avançadas. Além disso, também iremos discutir os diferentes tipos de curativos disponíveis no mercado, bem como os materiais e equipamentos necessários para sua realização. Ao longo deste guia, você encontrará dicas práticas, ilustrações que irão auxiliá-lo no entendimento e na aplicação dos cuidados com curativos. Nosso objetivo é capacitar enfermeiros e estudantes de enfermagem a desempenharem um papel fundamental na promoção da saúde e na recuperação dos pacientes. Esperamos que este e-book seja uma ferramenta útil e completa para aprimorar seus conhecimentos e habilidades na área de curativos para enfermagem. Esteja preparado para enfrentar desafios, tomar decisões assertivas e proporcionar cuidados de qualidade aos seus pacientes. Agora, vamos mergulhar no mundo dos curativos e descobrir tudo o que você precisa saber para se tornar um profissional de enfermagem ainda mais competente e confiante! 04 Epiderme: A epiderme é a camada mais externa da pele e atua como uma barreira protetora contra agentes externos, como bactérias, substâncias químicas e radiações ultravioleta. A epiderme é constituída principalmente por células chamadas queratinócitos, que produzem queratina, uma proteína que fortalece a camada superficial da pele. A epiderme também contém melanócitos, que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele e a protege contra os danos causados pela radiação solar. Derme: A derme é a camada intermediária da pele e contém uma rede complexa de fibras colágenas e elásticas, que dão à pele sua elasticidade e resistência. Nessa camada, também estão localizados os vasos sanguíneos, responsáveis pelo fornecimento de nutrientes e oxigênio para as células da pele, bem como a regulação da temperatura corporal. Além disso, a derme contém terminações nervosas, glândulas sudoríparas (que produzem suor) e glândulas sebáceas (que produzem sebo, uma substância que lubrifica a pele). Hipoderme: A hipoderme é a camada mais profunda da pele e é composta por tecido adiposo e fibras de colágeno. Ela atua como isolante térmico e também armazena energia na forma de gordura. 2. Anatomia e fisiologia da pele: A pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha diversas funções vitais para a proteção e regulação do organismo. Ela é dividida em três camadas principais: epiderme, derme e hipoderme. 1. 2. 3. 05 A pele desempenha várias funções vitais: A. Proteção das estruturas internas: A pele atua como uma barreira física contra microrganismos patogênicos, impedindo que eles entrem no corpo e causem infecções. Além disso, a camada externa da pele, chamada de epiderme, é composta por células sobrepostas e queratinizadas, formando uma barreira física que evita a penetração de substâncias prejudiciais. A pele também protege contra traumas mecânicos, como cortes e lesões. B. Percepção sensorial: A pele é rica em terminações nervosas especializadas chamadas de receptores sensoriais. Esses receptores detectam diferentes tipos de estímulos, como temperatura, pressão, tato e dor. As informações captadas pelos receptores sensoriais são transmitidas ao cérebro, permitindo que percebamos e reajamos aos estímulos do ambiente. C. Termorregulação: A pele desempenha um papel vital na regulação da temperatura corporal. Quando estamos expostos ao calor, as glândulas sudoríparas produzem suor para resfriar a pele através da evaporação. Por outro lado, quando está frio, os vasos sanguíneos próximos à superfície da pele se contraem para conservar o calor do corpo. O arrepio dos pelos também ajuda a reter o calor próximo à pele. D. Excreção: Através da transpiração, a pele excreta água, eletrólitos e substâncias metabólicas, contribuindo para o equilíbrio eletrolítico e a regulação hídrica do corpo. Além disso, a excreção de sebo pelas glândulas sebáceas ajuda a manter a integridade da pele, prevenindo o ressecamento e a entrada de microrganismos. E. Absorção de Medicamentos pela Pele: A pele tem a capacidade de absorver certos medicamentos e substâncias diretamente para a corrente sanguínea. Isso é possível devido à presença de pequenos poros na epiderme, que permitem a passagem de moléculas menores. Medicamentos tópicos, como cremes, géis e adesivos transdérmicos, são formulados de maneira a permitir que a substância ativa seja absorvida através da pele. 06 Classificação por Etiologia: Traumáticas: Causadas por lesões mecânicas, como cortes, abrasões, lacerações ou feridas contundentes. Cirúrgicas: Resultantes de procedimentos cirúrgicos, incluindo incisões planejadas para intervenções médicas. Queimaduras: Causadas por calor, substâncias químicas, eletricidade ou radiação, resultando em lesões de diferentes graus (primeiro, segundo ou terceiro grau). Ulcerações por Pressão: Também conhecidas como úlceras de decúbito ou escaras, são causadas pela pressão prolongada em áreas do corpo onde os ossos estão mais próximos da superfície da pele. Classificação por Profundidade: Feridas Superficiais: Atingem apenas a epiderme (camada mais externa da pele) e geralmente cicatrizam sem deixar cicatrizes permanentes. Feridas Parciais: Penetram na derme (camada mais profunda da pele) e podem resultar em cicatrizes mais visíveis. Feridas Complexas/Profundas: Envolvem músculos, ossos, tendões ou outras estruturas subjacentes. 3. Feridas e suas classificações As feridas são lesões na pele ou em tecidos subjacentes que podem ocorrer devido a vários fatores, como traumatismo, cirurgia, doenças, ou problemas de circulação. As feridas podem ser classificadas de diversas maneiras, dependendo de vários critérios. Aqui estão algumas das classificações comuns de feridas: 1. 2. 07 Classificação por Tempo de Cicatrização: Classificação por Aspecto e Características: Classificação por Estágio: Feridas Agudas: São feridas recentes e têm uma expectativa de cicatrização rápida, geralmente dentro deÉ bactericida para uma grande variedade de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, bem como algumas. Espécies de fungos (Pseudomonasaeruginosa, Staphylococcus aureus, algumas espécies deProteus, Klebsiella, Enterobactere Candida albicans) Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: A troca deve ser de 12/12 horas, ou quando a cobertura secundária estiver saturada. - No momento da troca a pomada pode apresentar aspecto purulento devido a sua oxidação. -O tratamento não deve ultrapassar o tempo de 14 dias Observações: Caseo após a aplicação o produto fique exposto à luz, alterações na coloração do mesmo podem ocorrer. 61 ÓXIDOSULFADIAZINA DE PRATA Imagem disponibilizada no Google Limpeza, desbridamento, descontaminação, prevenção e tratamento da camada de biofilme, umidificação de lesões. Evitar o uso em conjunto com sabonetes, pomadas, óleos ou enzimas; Não combinar com tensoativos aniônicos; Não utilizar em tecido cartilaginoso hialino. Realizar a limpeza da lesão com solução fisiológica 0,9%, de preferência morna, utilizando o método de irrigação em jato; Aplicar uma fina camada de gel sobre a ferida ou inserir na cavidade de forma asséptica; Cobrir a lesão com uma segunda camada de curativo; Recomenda-se umedecer suavemente a gaze ao utilizar como cobertura secundária. Descrição: Gel aquoso, incolor, não gorduroso, hidratante, composto de PHMB Mecanismos de ação: Agente desinfetante, mantém a umidade da lesão, auxilia na limpeza e remoção de tecido necrótico da lesão, possui propriedades antimicrobianas, atuando contra diversos microorganismos como bactérias, fungos e leveduras. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: O curativo pode permanecer na lesão até 3 dias. Trocar a cobertura secundária sempre que estiver saturada Observações: Pode ser combinado com outras opções de curativos secundários, como curativos de rayon, gaze umedecida, espumas, hidrofibras, alginatos e hidrocoloides. 62 GEL COM PHMB( POLIHEXAMETILENOBIGUANIDA) Imagem disponibilizada no Google Tratamento de feridas abertas com tecido necrótico seco ou úmido com baixa quantidade de secreção. Desde que seja utilizada a concentração e quantidade adequada, não há restrições para o uso. Aplicar localmente sobre a lesão de 1 a 3 vezes ao dia. Descrição: Enzimas proteolíticas do látex do mamão papaia. Mecanismos de ação: Quebra das moléculas de proteína (desbridamentoenzimático). - Possui propriedades anti-inflamatórias, bactericidas e bacteriostáticas. - Estimula a resistência mecânica e acelera o processo de cicatrização. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: Sempre que o curativo secundário estiver completamente úmido ou no máximo a cada 24 horas. Observações: Manter sempre refrigerado, dentro da geladeira 63 GELPAPAÍNA CREME 10% Imagem disponibilizada no Google Feridas que apresentem tecido não viável, mas com presença de tecido viável superior a 50%. Desde que seja utilizada a concentração e quantidade adequada, não há restrições para o uso. Aplicar localmente sobre a lesão de 1 a 3 vezes ao dia. Descrição: Enzimas proteolíticas do látex do mamão papaia. Mecanismos de ação: Quebra das moléculas de proteína (desbridamentoenzimático). - Possui propriedades anti-inflamatórias, bactericidas e bacteriostáticas. - Estimula a resistência mecânica e acelera o processo de cicatrização. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: Sempre que o curativo secundário estiver completamente úmido ou no máximo a cada 24 horas. Observações: Manter sempre refrigerado, dentro da geladeira 64 PAPAÍNA GEL 10% Imagem disponibilizada no Google 65 QUADRO RESUMIDO QUAL CURATIVO UTILIZAR? Recomendações do IWGDF - International Working Group on the Diabetic Foot (IDWGF). GEPED-SPD 2020. Disponível em www.sobenfee.org.br/artigos, acesso em 15/06/2023 Prevention and Treatment of Pressure Ulcers-Injuries Quick Reference Guide. EPUAP, NPIAP e PPPIA. 2019. Disponível em www.sobenfee.org/artigos, acesso em 15/06/2023 Frank da Silva Torres et al. Manual de Prevenção e Tratamento de Lesões por Fricção, 2016. Disponível em www.sobenfee.org.br/artigos, acesso em 15/06/2023 García-Fernández, FP; Soldevilla-Ágreda, JJ; Pancorbo-Hidalgo, PL; Verdú Soriano, J; López-Casanova, P; Rodríguez-Palma, M. Clasificación-categorización de las lesiones relacionadas con la dependencia. Serie Documentos Técnicos GNEAUPP no II. Grupo Nacional para el Estudio y Asesoramiento en Úlceras por Presión y Heridas Crónicas. Logroño. 2014. Disponivel em www.sobenfee.org.br/artigos , acesso em 15/06/2023 WILKE, M. G.; ZAGULSKI, V. C. Tratamento do Pé diabético com creme reestruturante. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 91, n. 29, acesso em 15/06/2023 WILKE, M. G.; LUIS, A. Tratamento lesão tibial D com creme reestruturante. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 91, n. 29 acesso em 15/06/2023 BLANES, L. Tratamento de feridas. Baptista-Silva JCC, editor. Cirurgia vascular: guia ilustrado. São Paulo: 2004.: http://www.bapbaptista.com.br. Acessado em 15/06/2023 SMANIOTTO, PHS., et al. Sistematização de curativos para o tratamento clínico das feridas. Rev Bras Cir Plást. 2012: 27(4):623-6. SILVA, R., et al. Feridas: Fundamentos e atualizações em enfermagem. São Caetano do Sul. Ed. Yendes 3.ed. 2011. FRANCO D, GONÇALVES LF. Feridas cutâneas: a escolha do curativo adequado. Rev. Col. Bras. Cir. 2008 EPUAP/NPUAP. Prevenção de Úlceras de Pressão - Guia de consulta rápido. 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PINHEIRO, Luciane da Silva; BORGES, Eline Lima; DONOSO, Miguir Terezinha Vieccelli. Uso de hidrocolóide e alginato de cálcio no tratamento de lesões cutâneas. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 66, n. 5, p. 760-770, Oct. 2013 . Disponível em: . Acesso em: 15/06/2023. https://doi.org/10.1590/S0034- 71672013000500018. 11- PROCEDIMENTO Operacional Padrão: POP ENF 8.2. 1. ed. [S. l.], 19 set. 2018. Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+8.2_COBERTURAS+PARA+FER IDAS.pdf/8fcd67a5-2f5c-4a84-9a87-36afdc21d725 . Acesso em: 15/06/2023 SÃO PAULO. Prefeitura Municipal de São Paulo. Protocolo de Prevenção e Tratamento de Úlcera Crônicas. São Paulo, 2010. 66 REFERÊNCIASsemanas. Feridas Crônicas: São feridas que não cicatrizam dentro de um período de tempo esperado e podem persistir por meses ou até anos. Exemplos incluem úlceras de perna, úlceras diabéticas e úlceras por pressão. Feridas Limpas: São feridas não infectadas, com bordas bem definidas e baixo risco de complicações. Feridas Contaminadas: São feridas que foram expostas a microorganismos, como em lesões traumáticas. Há risco moderado de infecção. Feridas Infectadas: São feridas com evidência clínica de infecção, como presença de pus, inchaço, vermelhidão e calor na área afetada. Feridas Isquêmicas: Ocorrem quando a circulação sanguínea é comprometida, levando a uma diminuição do suprimento de oxigênio e nutrientes à área. Utilizada principalmente para úlceras de pressão (escaras), define a gravidade da lesão e ajuda a determinar o tratamento adequado. Os estágios variam de I a IV, dependendo da profundidade e extensão da ferida. 08 Presença de Exsudato O exsudato é um material fluido, composto por células que escapam de um vaso sanguíneo e se depositam nos tecidos ou nas superfícies teciduais, usualmente como resultado de um processo inflamatório. Sua coloração depende do tipo de exsudato e pode ser característica do pigmento específico de algumas bactérias. Características do exsudato: as colorações mais frequentes são as esbranquiçadas, as amareladas, as avermelhadas, as esverdeadas e as achocolatadas. ● Exsudato seroso é caracterizado por uma extensa liberação de líquido, com baixo conteúdo protéico. Esse tipo de exsudato inflamatório é observado precocemente nas fases de desenvolvimento da maioria das reações inflamatórias agudas, encontrada nos estágios da infecção bacteriana. ● Exsudato sanguinolento é decorrente de lesões com ruptura de vasos ou de hemácias. ● Exsudato purulento é um líquido composto por células e proteínas, produzido por um processo inflamatório asséptico ou séptico. Alguns microrganismos (estafilococos, pneumococos, meningococos, gonococos, coliformes e algumas amostras não hemolíticas dos estreptococos) produzem de forma característica, supuração local e por isso são chamados de bactérias piogênicas (produtoras de pus). ● Exsudato fibrinoso é o extravasamento de grande quantidade de proteínas plasmáticas, incluindo o fibrinogênio, e a participação de grandes massas de fibrina. 09 Imagem disponibilizada no Google Morfologia A morfologia descreve e detalha a localização, dimensões, números e profundidade das feridas. Quanto à localização: as feridas ulcerativas frequentemente acometem usuários que apresentam dificuldades de deambulação. Áreas de risco para pessoas que passam longos períodos sentados: Tuberosidades isquiáticas; Pés; Espinha dorsal torácica; Calcanhares. Áreas de risco para quem passa longos períodos acamado: Região acrococcígea; Tornozelos; Região trocantérica, Calcanhares; isquiática espinha ilíaca; Cotovelos; Joelhos (face anterior, Espinha dorsal; medial e lateral); Cabeça (região occipital e orelhas). Quanto às dimensões: Extensão da ferida em área = cm². ● Pequena: menor que 50cm² ● Média: maior que 50cm² e menor que 150cm² ● Grande: maior que 150cm² e menor que 250cm² ● Extensa: maior que 250cm² Quanto ao número: existindo mais de uma ferida no mesmo membro ou área corporal com distância mínima de 2cm entre elas, faça a somatória 10 Imagem disponibilizada no Google Quanto à profundidade: Classificação por Complicações: ● Feridas planas ou superficiais: envolvem a epiderme, derme e tecido subcutâneo; ● Feridas profundas: envolvem tecidos moles profundos, tais como músculos e fáscia; ● Feridas cavitárias: caracterizam-se por perda de tecido e formação de uma cavidade com envolvimento de órgãos ou espaços. Podem ser traumáticas, infecciosas, por pressão ou complicações pós-cirúrgica. Mensuração: avalia comprimento x largura x profundidade. ● Medida simples: mensurar uma ferida medindo-a em seu maior comprimento e largura, utilizando uma régua em centímetros (cm). É aconselhável associá-la à fotografia. ● Medida cavitária: após a limpeza da ferida, preencher a cavidade com SF 0.9%, aspirar o conteúdo com seringa estéril e observar o valor preenchido em milímetros. Outra técnica utilizada é através da introdução de uma espátula ou seringa estéril na cavidade da ferida, para que seja marcada a profundidade. Após, verificar o tamanho com uma régua. Pode incluir feridas com fístulas (aberturas anormais entre estruturas), feridas com necrose (tecido morto) ou feridas com dificuldade de cicatrização devido a problemas como má circulação ou diabetes. A classificação das feridas é importante para guiar o tratamento apropriado, prevenir complicações e determinar as melhores estratégias de cuidados. Cada tipo de ferida exige abordagens específicas para promover a cicatrização adequada e minimizar os riscos associados. 11 Característica do leito da ferida Granulação: Esta é uma fase importante da cicatrização, caracterizada por tecido de aspecto vermelho vivo, brilhante e úmido. A granulação é ricamente vascularizada e é responsável por preencher o espaço da ferida com tecido novo. As características do leito da ferida são fundamentais para avaliar a cicatrização e determinar as abordagens de tratamento adequadas. O leito da ferida é o tecido subjacente à área lesionada e pode apresentar diferentes aspectos, que podem ser divididos em tecidos viáveis e tecidos inviáveis. Aqui estão algumas das características mais comuns do leito da ferida: Tecidos Viáveis: 1. 12 Fonte: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2021/04/1152129/manual_protocoloferidasmarco2021_digital_.pdf imagem do Google Tecidos Inviáveis: Necrose de Coagulação: Também conhecida como escara, é caracterizada pela presença de uma crosta preta ou muito escura na superfície da ferida. Essa crosta é formada devido à coagulação do sangue e à morte dos tecidos. Necrose de Liquefação: Essa forma de necrose é indicativa de um tecido amolecido, frequentemente com coloração amarela ou esverdeada. Pode ocorrer quando há infecção na ferida ou presença de secreção purulenta. Desvitalizado ou Fibrinoso: Esses tecidos são de coloração amarela ou branca e tendem a aderir ao leito da ferida. Eles podem se apresentar como cordões ou crostas grossas. Quando os tecidos são mucinosos, eles têm uma textura semelhante a um gel. 1. 2. 3. 13 2. Epitelização: Nesta fase, um novo revestimento de tecido epitelial começa a se formar sobre o leito da ferida. O tecido epitelial é rosado e frágil. A epitelização é essencial para a formação da nova camada de pele sobre a área lesionada. imagem do Google imagem do Google 14 A avaliação cuidadosa do leito da ferida é essencial para determinar o progresso da cicatrização, identificar complicações como infecções e decidir sobre o tratamento apropriado. Dependendo das características do leito da ferida, o profissional de saúde pode optar por desbridamento (remoção de tecidos inviáveis), uso de curativos específicos, estimulação da granulação e outras intervenções para promover a cicatrização eficaz e prevenir complicações. Fonte: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2021/04/1152129/manual_protocoloferidasmarco2021_digital_.pdf Fase Inflamatória: Esta é a primeira fase da cicatrização, em que ocorre uma resposta inflamatória inicial. As células imunológicas, como os neutrófilos e macrófagos, migram para a área da lesão para eliminar bactérias, células mortas e detritos. Fase Proliferativa: Nesta fase, células como fibroblastos, que são responsáveis pela síntese de colágeno, começam a se proliferar. O colágeno forma uma rede que fortalece a ferida. Além disso, ocorre a angiogênese, formação de novos vasos sanguíneos, para fornecer nutrientes e oxigênio para a área. Fase de Maturação ou Remodelação: Nesta fase final, o colágeno é reorganizado e remodelado para aumentar a força da ferida. O processo pode levar meses a anos, durante os quais a cicatriz passa por um processo de amadurecimento. 4. Cicatrização da ferida Acicatrização é um processo complexo e dinâmico do corpo que visa restaurar a integridade dos tecidos após uma lesão, ferida ou dano. Esse processo envolve diversas etapas coordenadas e interações entre diferentes tipos de células, fatores químicos e estruturas extracelulares. Entender a fisiopatologia da cicatrização é crucial para gerenciar eficazmente o processo de cura e promover uma recuperação adequada. Aqui estão algumas das principais etapas e fatores envolvidos na cicatrização: Fases da Cicatrização: 1. 2. 3. 15 Imagem disponibilizada no Google Cicatrização por Primeira Intenção: Também conhecida como cicatrização primária, ocorre quando as bordas da ferida estão próximas umas das outras, como em incisões cirúrgicas ou feridas limpas. Nesse processo, a ferida é fechada diretamente, com pouca ou nenhuma perda de tecido. Isso resulta em uma cicatriz mais fina e menos visível, resultam em queimaduras de primeiro grau e cirúrgicas em cicatriz mínima, por exemplo. Levam de 4 a 14 dias para fechar; Cicatrização por Segunda Intenção: Neste tipo de cicatrização, as bordas da ferida não podem ser fechadas diretamente devido à perda significativa de tecido, infecção ou outras razões. A ferida é deixada aberta para cicatrizar a partir do fundo para cima. A granulação é mais evidente, e a cicatriz resultante tende a ser mais proeminente, geralmente são feridas crônicas como as úlceras. Existe um aumento do risco de infecção e demora à cicatrização que é de dentro para fora. Resultam em formação de cicatriz e têm maior índice de complicações do que as feridas que se cicatrizam por primeira intenção; Cicatrização por Terceira Intenção: Também conhecida como cicatrização retardada, ocorre quando uma ferida é inicialmente deixada aberta por alguns dias para permitir a drenagem de fluidos, reduzir o inchaço ou tratar infecções. Posteriormente, as bordas da ferida são fechadas por suturas ou outros métodos. Essas feridas cicatrizam por 3ª intenção ou 1ª intenção tardia. Tipos de cicatrização As feridas são classificadas pela forma como se fecham. Uma ferida pode se fechar por intenção primária, secundária ou terciária. 1. 2. 3. 16 Imagem disponibilizada no Google Infecção: A infecção é uma das complicações mais comuns. Pode atrasar a cicatrização, causar inflamação, aumentar a dor e resultar em formação de pus. Feridas com sinais de infecção, como vermelhidão, calor, inchaço, dor e secreção purulenta, devem ser avaliadas e tratadas por um profissional de saúde. Cicatrização Anormal: Algumas cicatrizes podem se formar de maneira anormal, como queloides, cicatrizes hipertróficas ou cicatrizes atróficas. Isso pode acontecer devido a uma resposta inadequada do corpo ao processo de cicatrização. Deiscência: Deiscência ocorre quando as bordas de uma ferida que foi fechada cirurgicamente se separam ou abrem. Isso pode acontecer devido a tensão excessiva na ferida, infecção ou outros fatores. Pode levar à exposição de tecidos internos e requer tratamento imediato. Fístulas: Fístulas são passagens anormais que se formam entre órgãos ou entre órgãos e a pele, permitindo a passagem de líquidos e substâncias. Elas podem se desenvolver como resultado de infecção ou deiscência. Retardo da Cicatrização: Algumas feridas podem levar mais tempo para cicatrizar do que o esperado devido a problemas subjacentes, como má circulação sanguínea, diabetes, imunossupressão ou outras condições médicas. Cicatrização ímpar: Quando uma ferida cicatriza de maneira desigual, pode resultar em áreas elevadas e áreas rebaixadas na superfície da pele. Isso pode afetar a aparência estética da cicatriz. Complicações da cicatrização de feridas A cicatrização de feridas é um processo complexo e, às vezes, pode estar sujeita a complicações que afetam a qualidade e o tempo de recuperação da pele. Algumas complicações comuns da cicatrização de feridas incluem: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 17 7. Má Cicatrização por Causa de Fatores Externos: Fatores externos, como movimento excessivo da ferida, trauma repetido, exposição ao sol sem proteção ou falta de cuidados adequados, podem afetar negativamente o processo de cicatrização. 8. Contratura da Cicatriz: Isso ocorre quando a pele se contrai excessivamente durante o processo de cicatrização, levando a limitações de movimento e deformidades. 9. Infecção por Corpos Estranhos: Às vezes, materiais estranhos, como pontos ou suturas, podem se tornar infectados e causar complicações. 10. Dor Crônica: Algumas cicatrizes podem resultar em dor crônica, especialmente queloides e cicatrizes hipertróficas. É importante cuidar das feridas adequadamente, seguir as orientações médicas e procurar atendimento profissional se houver sinais de complicações. A prevenção de complicações muitas vezes envolve manter a ferida limpa, evitar tensões excessivas na área afetada, aderir a um bom regime de cuidados pós-operatórios e seguir as orientações do profissional de saúde. 18 Fornecimento Adequado de Oxigênio e Nutrientes: Uma boa circulação sanguínea é essencial para levar oxigênio e nutrientes para as células que estão envolvidas no processo de cicatrização. A circulação deficiente pode atrasar a cicatrização, especialmente em pessoas com doenças vasculares. Uma dieta equilibrada, rica em proteínas, vitaminas e minerais, é essencial para fornecer os nutrientes necessários para a regeneração celular e a produção de tecido novo. Infecção: Infecções podem retardar significativamente o processo de cicatrização. O sistema imunológico precisa lutar contra os patógenos, o que pode desviar recursos necessários para a cicatrização. Idade: A cicatrização tende a ser mais rápida em indivíduos jovens devido à maior capacidade de proliferação celular e produção de colágeno. Estado de Saúde: Condições médicas como diabetes, doenças vasculares e outras doenças crônicas podem prejudicar a cicatrização. Cuidados Adequados com a Ferida: A limpeza e proteção adequadas da ferida são importantes para evitar infecções e criar um ambiente propício para a cicatrização. Estresse: O estresse crônico pode afetar negativamente o sistema imunológico e, portanto, a cicatrização. Fatores Ambientais: Exposição a fatores externos como radiação ultravioleta e substâncias químicas pode influenciar a cicatrização. Cicatrização em Ambiente Limpo e Livre de Infecções: A ausência de infecção é crucial para uma cicatrização adequada. Manter a ferida limpa e protegida contra agentes infecciosos é fundamental. Isso envolve a limpeza adequada da ferida e a troca regular de curativos. Fatores que Influenciam a Cicatrização: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 19 9. Hidratação Adequada: A hidratação da pele e das células é importante para facilitar a migração celular e a formação de tecido novo. 10. Fechamento Adequado das Bordas da Ferida: Aproximar as bordas da ferida de maneira adequada e manter a área fechada ajuda a promover a cicatrização por primeira intenção, onde a ferida se fecha rapidamente sem deixar muito espaço para infecção ou formação excessiva de tecido cicatricial. 11. Redução do Estresse Mecânico: Evitar estresse excessivo na área da ferida, como movimentos repetidos ou tensionamento, ajuda a promover a cicatrização sem complicações. 12. Fatores de Crescimento: Fatores de crescimento naturais presentes no corpo, como fator de crescimento epidérmico (EGF) e fator de crescimento de plaquetas (PDGF), desempenham um papel importante na regulação do processo de cicatrização. Alguns produtos médicos também fornecem fatores de crescimento para acelerar a cicatrização. 13. Manutenção de um Ambiente Úmido: Manter a ferida em um ambiente úmido, controlado por meio de curativos adequados, pode facilitar a migração celular e reduzir a formação de crostas secas que podem interferir no processo de cicatrização. 14. Cuidados Adequados com Curativos: Utilizar curativos adequados para o tipo de ferida, trocá-los regularmente e seguir as orientações médicas é essencial para prevenir infecções e promover a cicatrização. 15. CuidadosPós-Operatórios Adequados: Após cirurgias ou procedimentos, seguir as instruções pós-operatórias rigorosamente ajuda a evitar complicações e promover a cicatrização adequada. 16. Cuidados com os Pés: Pés são áreas propensas a feridas, especialmente em pessoas com diabetes. Mantenha os pés limpos, secos e bem-hidratados. Oriente o uso de sapatos confortáveis que se ajustem bem. 17. Cuidado com a Pele durante a Incontinência: Pacientes com incontinência urinária ou fecal estão em risco de desenvolver irritações e feridas na pele. Use produtos absorventes e faça a higiene adequada. 20 Limpeza Suave: Lave a ferida com soro fisiológico aquecido ou uma solução de limpeza com PHMB (biguanida polimérica). Evite esfregar a ferida para não prejudicar os tecidos. Remoção de Tecido Desvitalizado: Se possível, remova o tecido desvitalizado durante a limpeza da ferida. Isso ajuda a promover um ambiente propício para a cicatrização. Preparação da Pele Peri-lesional: Prepare a pele ao redor da ferida (peri-lesional) para melhor aderência do curativo e para proteger a pele saudável. Em casos necessários, utilize um protetor cutâneo para evitar danos à pele. Escolha Adequada de Curativos: Selecione os curativos primários e secundários com base na profundidade da ferida (parcial ou espessura total), condição da pele circundante, grau de colonização, quantidade de exsudato e tamanho da ferida. Troca Regular de Curativos: Siga as orientações do profissional de saúde quanto à frequência da troca de curativos. A troca regular ajuda a prevenir a contaminação e promove a cicatrização. Higienização das Mãos: Lave bem as mãos antes de manipular curativos ou tocar na ferida para evitar a introdução de micro-organismos. Uso de Luvas: Utilize luvas estéreis ao realizar procedimentos de curativo para evitar a contaminação da ferida. Evite Contaminação Cruzada: 5. Cuidados Gerais Com Feridas Os cuidados gerais com feridas são essenciais para promover a cicatrização adequada, prevenir infecções e garantir o conforto do paciente. Aqui estão algumas orientações específicas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Evite tocar superfícies não estéreis enquanto estiver manipulando curativos. Mantenha a área de trabalho limpa e organizada. 21 Fique atento a sinais de infecção, como vermelhidão excessiva, inchaço, calor, dor ou aumento da secreção. Se suspeitar de infecção, consulte um profissional de saúde. Evite que a ferida seja sujeita a traumas desnecessários, como fricção ou pressão excessiva. Mantenha uma boa hidratação e nutrição, pois isso é essencial para a cicatrização eficaz. Forneça instruções claras ao paciente sobre como cuidar da ferida em casa, incluindo a troca de curativos, sinais de complicações e quando procurar assistência médica. 9. Monitoramento da Infecção: 10. Proteção contra Traumas: 11. Hidratação e Nutrição: 12. Orientações ao Paciente: Lembrando que cada ferida é única, e os cuidados podem variar com base na localização, tamanho e gravidade da lesão. Consulte sempre um profissional de saúde para orientações específicas e personalizadas. 22 Barreira Microbiana: Protege a ferida contra a contaminação microbiana, reduzindo o risco de infecção. Manutenção do Ambiente Úmido: Mantém a ferida em um ambiente úmido, que é favorável para a cicatrização, evita a formação de crostas e promove a regeneração dos tecidos. Permeabilidade Seletiva: Permite a troca gasosa entre a ferida e o ambiente, permitindo a respiração celular e evitando o acúmulo de fluidos. Absorção de Exsudato: Absorve o excesso de exsudato (secreção da ferida), evitando o maceramento da pele circundante e proporcionando um ambiente limpo. Isolamento Térmico: Mantém uma temperatura estável na ferida, o que pode acelerar o processo de cicatrização. Flexibilidade Adapta-se às irregularidades da ferida e às áreas de movimento, proporcionando conforto ao paciente. Não Aderente: Evita a aderência do curativo aos tecidos da ferida, o que pode causar trauma na remoção. Não Causa Trauma na Remoção: Pode ser removido sem causar danos aos tecidos da ferida ou à pele circundante. Promoção da Angiogênese: Estimula o crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese) na ferida, o que é essencial para a cicatrização. 5. Características de um curativo ideal Um curativo ideal deve atender a várias características para promover a cicatrização adequada da ferida, prevenir complicações e proporcionar conforto ao paciente. Aqui estão algumas características de um curativo ideal: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 23 Pode ser aplicado e removido facilmente, minimizando o desconforto para o paciente. Em alguns casos, um curativo transparente permite a visualização da ferida sem a necessidade de remoção. Pode ser utilizado em conjunto com agentes tópicos, como pomadas ou cremes, quando necessário. Deve cobrir toda a extensão da ferida, sem excessos que possam causar rugas ou dobras. Mantém suas propriedades ao longo do tempo, evitando a necessidade de trocas frequentes. Reduz a dor e o trauma durante a aplicação e a remoção, especialmente em feridas sensíveis. 10. Facilidade de Aplicação e Remoção: 11. Transparência: 12. Compatibilidade com Tratamentos Tópicos: 13. Tamanho Adequado: 14. Durabilidade: 14. Minimiza a Dor e o Trauma: Lembrando que a escolha do curativo adequado depende do tipo de ferida, do estágio de cicatrização, da presença de infecção ou exsudato e das necessidades específicas do paciente. É importante que os enfermeiros estejam atualizados sobre as opções disponíveis no mercado e saibam escolher o curativo mais adequado para cada situação clínica. 24 25 6. Guia para Avaliação e Descrição de Feridas Toque suave da área ao redor da ferida para verificar a temperatura, textura e sensibilidade. Verificação de sinais de dor, calor excessivo ou sensibilidade. Utilização de régua, fita métrica ou instrumentos específicos para medir o comprimento, largura e profundidade da ferida. Registro das medidas em centímetros ou milímetros. 7. Como tratar as feridas Avaliação de feridas A avaliação de feridas por enfermeiros é uma parte fundamental dos cuidados de enfermagem, pois permite monitorar o progresso da cicatrização, identificar complicações e ajustar o plano de cuidados conforme necessário. A avaliação de feridas envolve uma abordagem sistemática para obter informações detalhadas sobre a ferida e o estado da pele circundante. Aqui estão os principais passos envolvidos na avaliação de feridas por enfermeiros: 1. Coleta de História Clínica: ·Identificação do paciente e informações pessoais. ·Histórico de problemas de saúde, incluindo condições crônicas, alergias e medicamentos em uso. ·História da ferida, como causa, duração, tratamentos prévios e evolução. 2. Inspeção Visual: ·Observação da localização da ferida, tamanho, forma e profundidade. ·Verificação da presença de tecidos viáveis e inviáveis no leito da ferida. ·Avaliação da cor da ferida, presença de exsudato (secreção), presença de crostas, etc.Parte superior do formulário Parte superior do formulário Parte superior do formulário 3. Palpação: a. b. 4. Mensuração da Ferida: a. b. 26 Observação de tecidos viáveis, como granulação e epitelização. Identificação de tecidos inviáveis, como necrose de coagulação, necrose de liquefação e fibrina. Descrição da quantidade, cor e consistência do exsudato. Verificação da presença de sinais de infecção, como odor desagradável ou exsudato purulento. Observação de sinais de inflamação, como vermelhidão, calor e edema ao redor da ferida. Verificação de febre ou outros sinais sistêmicos de infecção. Perguntas ao paciente sobre a intensidade da dor na ferida. Observação de expressões faciais e comportamentos indicativos de dor. Registrar as informações completas e precisas obtidas durante a avaliação. Utilização de sistemas de classificação de feridas, como a Escala de Braden para úlceras de pressão. A avaliação deve ser repetida regularmente para acompanhar o progressoda cicatrização e ajustar o plano de cuidados conforme necessário. 5. Avaliação do Tecido da Ferida: a. b. 6. Avaliação do Exsudato: a. b. 7. Avaliação de Sinais de Infecção: a. b. 8. Avaliação da Dor: a. b. 9. Documentação: a. b. 10. Revisão e Monitoramento: a. É importante que os enfermeiros estejam bem treinados na avaliação de feridas e sigam os protocolos estabelecidos pela instituição de saúde. Além disso, a colaboração com outros profissionais de saúde, como médicos e especialistas em feridas, pode ser fundamental para garantir uma avaliação abrangente e um plano de cuidados eficaz. 27 28 8. Ficha de Avaliação 9. Limpeza das feridas A limpeza da ferida é uma etapa crucial no processo de cicatrização e prevenção de infecções. Aqui estão os passos gerais para realizar a limpeza adequada de uma ferida: Lave as Mãos: Antes de iniciar qualquer procedimento de cuidado da ferida, lave bem as mãos com água e sabão. Preparação do Material: Reúna todo o material necessário, incluindo luvas estéreis, soro fisiológico ou solução de limpeza adequada, compressas estéreis, pinças e outros materiais descartáveis. Coloque Luvas: Use luvas estéreis para evitar a contaminação da ferida. Posicionamento Adequado: Posicione o paciente confortavelmente, com a ferida exposta e acessível. Remoção de Curativos Antigos: Se houver um curativo antigo, remova-o com cuidado, tomando cuidado para não causar trauma à ferida. 29 Lavagem com Soro Fisiológico ou Solução de Limpeza: Use soro fisiológico aquecido ou uma solução de limpeza recomendada pelo profissional de saúde para irrigar a ferida. Isso ajuda a remover detritos e bactérias. Secagem Suave: Use compressas estéreis para secar a ferida com toques suaves, evitando esfregar ou causar atrito. Remoção de Tecido Desvitalizado: Se houver tecido desvitalizado ou crostas, remova-os suavemente durante a limpeza. Isso permite que a ferida cicatrize adequadamente. Irrigação Contínua: Em feridas com grande quantidade de exsudato, pode ser necessário usar uma seringa com agulha fina para irrigar a ferida continuamente. Certifique-se de direcionar a solução de limpeza para todas as áreas da ferida. Observação: Durante a limpeza, observe a aparência da ferida, a quantidade de exsudato e qualquer sinal de infecção. Secagem da Pele Peri-lesional: Após limpar a ferida, seque cuidadosamente a pele ao redor da lesão para evitar maceração da pele saudável. Aplicação de Curativo: Se necessário, aplique o curativo apropriado de acordo com as características da ferida e as recomendações do profissional de saúde. Descarte de Materiais: Descarte todos os materiais utilizados de maneira adequada, seguindo as normas de biossegurança. Lave as Mãos Novamente: Após concluir o procedimento, lave novamente as mãos. É importante seguir as orientações do profissional de saúde para a limpeza da ferida, pois as técnicas e os produtos podem variar de acordo com o tipo de ferida e o estado clínico do paciente. 30 Desbridamento Autolítico: Envolve o uso de produtos tópicos, como hidrogel ou hidrocolóide, para amolecer o tecido necrótico e permitir que o corpo o degrade naturalmente. É um processo mais lento, mas menos invasivo. Desbridamento Enzimático: Envolvendo o uso de enzimas tópicas, como colagenase, que quebram o tecido necrótico. É mais rápido do que o autolítico, mas também pode afetar o tecido saudável. Desbridamento Mecânico: Pode ser feito por meio de irrigação, gaze úmida ou lâminas cirúrgicas para remover fisicamente o tecido morto. Isso pode ser realizado manualmente ou com ajuda de instrumentos específicos. 10. Desbridamento da ferida O desbridamento de feridas é um procedimento realizado para remover tecido morto, contaminado, infectado ou não saudável de uma ferida. O objetivo do desbridamento é promover a cicatrização adequada, reduzir o risco de infecção e preparar a ferida para tratamento ou fechamento. Existem diferentes métodos de desbridamento disponíveis, e a escolha do método depende das características da ferida, das condições do paciente e da avaliação médica. Alguns dos métodos de desbridamento incluem: 31 Imagem disponibilizada no Google Desbridamento Instrumental ou Escarificação: Esse tipo de técnica compreende a utilização de instrumentos perfuro cortantes para remoção de tecido desvitalizado, ou também pode ser utilizada para permitir maior contato de medicamentos com o leito da lesão. Esse procedimento também é chamado por alguns como desbridamento instrumental conservador. Desbridamento Cirúrgico: É realizado por um cirurgião em ambiente cirúrgico. Envolve a remoção manual de tecido necrótico ou infectado com bisturi ou tesoura. Esse método é rápido e eficaz, mas é invasivo e pode requerer anestesia 32 Orientações abrangentes: A decisão quanto à cobertura apropriada é embasada nas propriedades da lesão: composição do leito da ferida, volume e natureza dos exsudatos, profundidade e o estado da pele no entorno da lesão. O objetivo é manter a ferida úmida e limpa, o que favorece a granulação, cicatrização e encerramento. É recomendado avaliar a ferida a cada troca de curativo para monitorar a resposta à terapia e garantir a adequação da cobertura utilizada. É crucial observar as instruções do fabricante, especialmente as que dizem respeito à frequência das trocas de cobertura. 11. Procedimento de Cobertura Imagem disponibilizada no Google O plano de cuidados deve especificar o intervalo usual para a utilização da cobertura, bem como contemplar ações de mudança quando necessário, seja por sujidade ou outros fatores. Se não houver progresso na cicatrização em duas semanas, é aconselhável considerar a presença de excessiva colonização bacteriana e reexaminar a escolha da cobertura. Cuidados com a área periférica a ferida ● utilize o protetor cutâneo na região adjacente à lesão para garantir proteção. ● a atenção dedicada à pele circundante à ferida minimiza a umidade, mantém a pele seca e simplifica a aplicação dos curativos. É recomendado o emprego do spray protetor cutâneo. Ao pulverizar o spray, certifique-se de evitar que o protetor alcance diretamente o leito da ferida, para não interferir no tratamento da área afetada. ● os cremes de proteção cutânea podem ser utilizados na pele circundante à ferida, especialmente em áreas suscetíveis à umidade, como a região da fralda em pacientes com incontinência. 12. Realização do Procedimento Procedimento de Limpeza: ● Efetuar a higienização das mãos; ● Seguir as instruções e prescrições médicas e/ou de enfermagem; ● Preparar o material, verificando a validade e integridade dos itens; ● Adequar o ambiente para a realização do procedimento; ● Orientar o paciente sobre o processo a ser realizado; ● Utilizar luvas de procedimento adequadas; ● Retirar o curativo anterior com cuidado para evitar danos à pele, usando uma pinça anatômica de ponta fina ou as mãos enluvadas; ● Se necessário, empregar SF 0,9% para auxiliar na remoção; ● Descartar a pinça utilizada para retirar o curativo antigo e trocar as luvas, caso estejam contaminadas; 33 ● Examinar minuciosamente a ferida, avaliando a pele circundante (coloração, hematomas, elevações), aspecto das bordas, características do exsudato, presença de tecido morto, granulação e sinais de infecção (vermelhidão, inchaço, calor, dor); ● Se a ferida estiver fechada, proceder à limpeza começando pela área da incisão, usando uma pinça de Kocher; ● Com gaze embebida em SF 0,9% aquecido e uma pinça, realizar a limpeza do leito da ferida. Realizar movimentos circulares firmes e rítmicos, começando do centro para a borda, utilizando cada face da gaze apenas uma vez antes de descartá-la. Se optar por usar solução de Phmb 0,2%, cobrir o leito da ferida com gaze e umedecê-la com a solução, deixando agir por 15 minutos para combater microorganismos nos tecidos. 13. Se a Ferida estiver aberta Passos do Procedimento: ● Realizar a lavagem com solução fisiológica 0,9% aquecida, usando uma seringa de 20 mle uma agulha de 40x12 ou um frasco de SF 0,9% com uma agulha de 40x12 inserida; ● Se necessário, efetuar a remoção de exsudatos, fibrina ou resíduos celulares da ferida; ● Assegurar que a área ao redor da lesão esteja seca, aplicando a cobertura apropriada no leito da ferida; ● Colocar o curativo secundário sobre a área tratada; ● A utilização de soluções antissépticas deve ser considerada apenas após uma avaliação criteriosa; ● Usar a pinça anatômica para cobrir a ferida; ● Ao término do procedimento, recolher o material utilizado, restabelecer a organização do ambiente e descartar os materiais contaminados no recipiente de resíduos hospitalares (saco branco). ● Materiais permanentes contaminados e pinças devem ficar imersos em solução desinfetante por um período de 30 minutos; 34 ● Realizar a higienização das mãos; ● Efetuar o devido registro do procedimento realizado; ● Providenciar orientações ao usuário ou à família conforme as necessidades específicas. 14. Qual curativo utilizar? Aspectos a Considerar: ● A escolha dos curativos compõe apenas uma parte do processo de tratamento de feridas; ● Não há solução instantânea em nenhum tratamento de lesões. Cada abordagem implica uma série de etapas, diretrizes e atenções; ● Cada paciente e cada ferida são únicos e devem ser abordados de maneira personalizada; ● Nem todos os produtos são adequados para todas as fases de cicatrização e tipos de ferida. Cada um tem sua aplicação específica; ● Para alcançar êxito na gestão de feridas, é crucial que a equipe crie planos de cuidados individualizados para cada paciente, alinhados com os protocolos; Os princípios fundamentais do tratamento de feridas devem sempre guiar o processo. Os curativos devem satisfazer plenamente as funções a seguir: ● Contribuir para o desbridamento autolítico; ● Controlar a umidade adequadamente; ● Estimular o processo de angiogênese; ● Incrementar a formação de tecido de granulação; ● Oferecer proteção às terminações nervosas (atenua a sensação de dor); ● Facilitar o processo de reepitelização (sem causar lesões ou maceração nas bordas); ● Fornecer uma barreira eficaz contra bactérias; ● Impedir a penetração de água; ● Permitir a transpiração da pele; 35 Contribuir para a umidade da lesão; Proteger o tecido; Feridas que cicatrizam por primeira intenção; Lesões com excesso de exsudato e secreção purulenta; Locais de inserção de cateter; Drenos; Fixador externo Realizar a limpeza da lesão utilizando soro fisiológico 0,9%, de preferência morno, através do método de irrigação em jato; Cobrir toda a superfície da lesão com gaze umedecida, evitando compressão e atrito; Aplicar uma cobertura secundária de gaze, chumaço ou compressa, fixando-a com atadura, fita hipoalergênica ou esparadrapo; Se necessário, umedecer as gazes durante a troca utilizando soro fisiológico 0,9%. Descrição: Gaze estéril umedecida com SF0,9 Natureza da lesão: Indicado para todos os tipos de lesões Mecanismos de ação: Contribui para a umidade da lesão, favorece a formação de tecido de granulação, estimula o desbridamento autolítico/mecânico e absorve exsudato. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: O curativo deve ser trocado sempre que estiver saturado com a secreção ou, no máximo, a cada 24 horas. Em casos de baixo exsudato, a gaze deve ser umedecida duas a três vezes ao dia, utilizando soro fisiológico 0,9%. Observações:- 36 TIPO DE MATERIAL - GAZE COM SORO FISIOLÓGICO 0,9% (SF) 15. PRINCIPAIS COBERTURAS PARA TRATAMENTO DE FERIDAS Imagem disponibilizada no Google Em lesões onde o objetivo é evitar traumatismo na área afetada e preservar o tecido saudável. Lesões com tecido necrótico ou não viável. Realizar a limpeza da lesão utilizando soro fisiológico 0,9% preferencialmente aquecido, por meio do método de irrigação em jato; Aplicar a cobertura recomendada; Cobrir toda a área da lesão sem realizar compressão ou fricção; Fechar com uma cobertura secundária de gaze, chumaço ou compressa, fixando-a com atadura, fita hipoalergênica ou esparadrapo. Descrição: Tecido em malha não aderente. Natureza da lesão: Feridas agudas ou crônicas de qualquer etiologia. Mecanismos de ação: Protege a lesão, preservando o tecido de granulação e evitando a aderência à superfície da ferida. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: De acordo com o produto associado. Observações:- 37 TIPO DE MATERIAL - RAYON COBERTURA NÃO-ADERENTE Imagem disponibilizada no Google Hiperqueratose de membros inferiores: insuficiência venosa, linfedema e eczema . Hiperqueratose plantar (calos e calosidades): hanseníase e pé diabético. Hiperqueratoses: presença generalizada em membros inferiores, com formação de calos e calosidades. É importante que os pacientes recebam tratamento multiprofissional para abordar as causas subjacentes da hiperqueratose, como insuficiência venosa e pé diabético. Uso com cuidado: Em pacientes com hiperqueratoses e sinais de Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), como ausência ou pulso fraco. É necessário que o paciente seja encaminhado com urgência para acompanhamento com um cirurgião vascular. Hiperqueratoses de etiologia desconhecida, podem cursar com neoplasias. Dúvida no diagnóstico, encaminhar a Dermatologia, junto a equipe médica. Descontinuar o uso se vermelhidão, ardência e sensação de queimação. Descrição: Creme a 20 % em embalagem de 50 g. Natureza da lesão: Mecanismos de ação: A ureia é um componente natural que ajuda a hidratar a pele. Atua como um poderoso hidratante, retendo a umidade e reduzindo a perda de água pela pele. Na concentração de 20%, possui propriedades esfoliantes e queratolíticas, regulando a proliferação dos queratinócitos e afinando a pele. Também fortalece a imunorregulação e a expressão de lipoproteínas antimicrobianas, proporcionando ação anti-inflamatória e imunoprotetora na pele. Resumindo, a ureia contribui para a integridade da barreira de permeabilidade da pele e suas funções de proteção física, química e imunológica. É por isso que é amplamente utilizada no tratamento de várias doenças de pele. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: 38 CREME DE UREIA 20% Instruções de aplicação: Para o tratamento de calos e calosidades, é recomendado aplicar o produto duas vezes ao dia na área afetada, após limpar a pele com solução fisiológica e realizar uma leve fricção com uma gaze umedecida, evitando causar traumas ou sangramento. Em seguida, cobrir com gaze e atadura, conforme necessário. É importante que o enfermeiro realize o desbridamento instrumental conservador pelo menos uma vez por semana nos casos de calos e calosidades. No entanto, deve-se ter atenção especial em pacientes com DAOP. O produto pode ser utilizado em combinação com outras coberturas. Também é possível associá-lo a outros medicamentos tópicos prescritos, como corticoides e antifúngicos. Nesse caso, recomenda-se aplicar a ureia primeiro e aguardar 30 minutos antes de aplicar o medicamento adicional. A ureia potencializa a eficácia terapêutica e os resultados desses medicamentos. Período de Troca: Aplicar na pele 2x/dia ● Associação com outras coberturas: As trocas devem ser realizadas conforme a cobertura de maior durabilidade. Observações: - 39 Imagem disponibilizada no Google Prevenção de lesões por pressão. E em lesão por pressão em estágio 1 e 2. Lesões cavitárias, tunelizadas e/ou com bordas descoladas. Lesões altamente exsudativas e/ou com sinais de infecção. -Lesões com bordas irregulares que não se possa aplicar o adesivo na pele integra. Proteção da área de risco de LP – região sacral. Higienize a ferida com solução fisiológica 0,9%. Secar a pele ao redor da ferida. -Aplicar o curativo sobre a ferida, fixando-o com suas bordas adesivas nas bordas integras. Deixar margem de 2 cm além da ferida. Na lesão por pressão estágio II, avaliar a saturação externa da cobertura que não deverá ultrapassar a borda adesiva. Descrição:Espuma hidrocelular adesiva especialmente desenvolvida para a região sacral. Camada hidrocelular altamente absorvente central; Camada de película impermeável exterior; Natureza da lesão: Úlceras por pressão estágio III Mecanismos de ação: Absorção do exsudato; -Minimiza as forças de pressão, cisalhamento e fricção; -Prevenção de lesão por pressão com a classificação Braden de alto risco; Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: 3 a 5 dias. Observações: A cobertura poderá permanecer como prevenção de lesões por até 07 (sete) dias. 40 ADESIVO DE HIDROPLÍMERO/ ESPUMA SACRAL Imagem disponibilizada no Google Lesões sem infecção com exsudato moderado a intenso Feridas abertas com tecido saudável ou necrótico; Necrose seca (Tecido desvitalizados), hipergranulação e feridas com pouca exsudação. Realizar a higienização da lesão utilizando soro fisiológico 0,9% de preferência aquecido, por meio do método de irrigação em jato; Cortar a espuma no tamanho adequado para a ferida (Deixar margem de 2 cm além da ferida); Cobrir a ferida com uma cobertura secundária estéril Descrição: O curativo é composto por uma camada interna de espuma de poliuretano que absorve, com uma cobertura externa de filme de poliuretano que permite a troca de gases e impede a passagem de água e microrganismos. Natureza da lesão: Feridas crônicas ou agudas, úlceras venosas, úlceras por pressão estágio III ou IV, pé diabético, deiscências, traqueostomia. Mecanismos de ação: Manter um ambiente úmido propício para a cicatrização. Regula o exsudato, permitindo a transmissão de umidade por meio de vapor para o ambiente externo. Previne a entrada de água e bactérias na ferida. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: Pode ser mantido por até 7 dias. As trocas serão realizadas conforme a saturação do curativo. Substituir o curativo secundário sempre que estiver saturado. -Em ferida de moderado a baixo exsudato observar a saturação externa com tempo de troca de 3 a 5 dias. Observações: O curativo pode ser usado sob compressão. 41 ADESIVO DE HIDROPOLÍMERO/ESPUMA Imagem disponibilizada no Google Úlceras Venosas de MMII Hipersensibilidade aos ingredientes do produto. A aplicação da Bota de Unna é contraindicada para úlceras arteriais. Em caso de úlcera mista, é necessário encaminhar para avaliação médica. Em pacientes com Diabetes Mellitus, é importante avaliar adequadamente a circulação do membro afetado. Em casos de celulite (inchaço e vermelhidão na área da ferida) e inflamação intensa Aplicar de preferência pela manhã. Solicitar ao paciente que eleve os membros afetados acima do nível do corpo por pelo menos 15 minutos antes do procedimento, na primeira aplicação e sempre que necessário devido ao inchaço. Avaliar a ferida e a necessidade de utilizar outra cobertura primária, realizar o curativo. Iniciar o enfaixamento da atadura pelos dedos dos pés, aplicando gradualmente até a parte superior da tíbia. Se houver muito exsudato, especialmente nas primeiras trocas, colocar uma gaze ou pedaço de algodão sobre a bota no local da lesão e enfaixar com uma bandagem de crepe sobre a bota de Unna. Descrição: Atadura de algodão 100% ou misto impregnada com óxido de zinco, glicerina, óleo de rícino ou mineral. Natureza da lesão: Feridas decorrente de insuficiência venosa Mecanismos de ação: Possui propriedades cicatrizantes e estimula a regeneração epidérmica, ajudando a reduzir o inchaço ao promover uma melhor circulação venosa e diminuir o exsudato. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: 42 BOTA DE UNNA Período de Troca: Após 1ª colocação, avaliação clínica em 24hs ou 48hs e 1ª troca em 4 dias. Após controle do exsudato deve permanecer até 7 dias. Trocar a cobertura secundária sempre que saturada Observações: Pode ser utilizado em conjunto com uma cobertura primária. Analisar a técnica mais adequada para aplicar a atadura levando em consideração as necessidades do paciente e as características do produto. 43 Imagem disponibilizada no Google Feridas exsudativas e infectadas, com ou sem odor Alergia à prata Feridas com hemorragia Não aplicar diretamente em tumores Feridas sem infecção e com boa cicatrização Realizar a higienização da lesão com soro fisiológico 0,9% preferencialmente aquecido, utilizando o método de irrigação em jato; Se necessário, remover o exsudato e tecido necrótico, evitando secar a ferida. Aplicar o curativo de carvão ativado sobre a ferida, sendo possível recortá-lo para melhor adaptação ao tamanho. Cobrir com uma segunda camada de curativo. Descrição: É um curativo estéril, ajustável, feito de tecido de carvão ativado impregnado com 25 µg/cm2 de prata prensada entre duas camadas de rayon/nylon. Natureza da lesão: Feridas com alta colonização ou infecção, feridas neoplásicas, pé diabético, feridas crônicas ou agudas Mecanismos de ação: O carvão ativado tem a função de eliminar o odor por meio do processo de adsorção. A prata possui propriedades bactericidas. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: O curativo pode ser mantido por até 7 dias. As trocas geralmente são realizadas de 3 a 7 dias, dependendo da capacidade de absorção. Substituir a cobertura secundária sempre que estiver completamente saturada. Observações: Quando houver pouca exsudação e tecido de granulação, considerar a substituição por outro tipo de curativo que mantenha um ambiente úmido. 44 CARVÃO ATIVADO COM PRATA RECORTÁVEL Imagem disponibilizada no Google Feridas exsudativas e infectadas, com ou sem odor O carvão ativado tem a função de eliminar o odor por meio do processo de adsorção. A prata possui propriedades bactericidas. Realizar a higienização da lesão utilizando soro fisiológico 0,9% preferencialmente aquecido, por meio da técnica de irrigação em jato; Se necessário, remover o exsudato e tecido desvitalizado, evitando secar o leito da ferida. Aplicar o curativo de carvão ativado sobre a ferida. Cobrir com uma segunda camada de curativo. Descrição: O curativo é constituído por carvão ativado que contém íons de prata, coberto por uma camada de material não tecido. Natureza da lesão: Feridas altamente colonizadas ou infectadas, neoplásicas, pé diabético, crônicas ou agudas Mecanismos de ação: O carvão ativado tem a função de eliminar o odor por meio do processo de adsorção. A prata possui propriedades bactericidas. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: O curativo pode ser mantido por até 7 dias. As trocas são realizadas em média a cada 3 a 7 dias, dependendo da capacidade de adsorção. Substituir a cobertura secundária sempre que estiver saturada. Observações: O curativo pode ser mantido por até 7 dias. As trocas são realizadas em média a cada 3 a 7 dias, dependendo da capacidade de adsorção. Substituir a cobertura secundária sempre que estiver saturada. 45 CARVÃO ATIVADO COM PRATA SACHÊ Imagem disponibilizada no Google Em feridas com tecido não viável aderido à lesão, é recomendado realizar a técnica square para facilitar a penetração da colagenase. Feridas isquêmicas; Feridas isquêmicas que ainda não foram revascularizadas; Não deve ser utilizada em pacientes com hipersensibilidade à colagenase (princípio ativo) ou a qualquer componente da fórmula. É importante realizar uma higiene local completa antes de utilizar o medicamento. Recomenda-se aplicar a pomada com cuidado na área lesionada. A pomada deve ter contato completo com toda a área lesada e ser aplicada uniformemente, com uma espessura de aproximadamente 2 mm, uma vez ao dia. O efeito nas crostas necróticas é mais eficaz ao fazer um corte no centro e, em alguns casos, nas margens, seguido da aplicação da pomada tanto por baixo quanto por cima da crosta. Descrição: É uma pomada contendo uma enzima conhecida como colagenase, que é extraída de culturas do Clostridium histolyticum. É um agente enzimático utilizado para desbridamento.54 Imagem disponibilizada no Google Lesões com nível moderado a alto de exsudação, feridas com cavidades e com alta colonização ou infecção. Lesões com baixa quantidade de exsudação e uso restrito em feridas superficiais. Feridas com necrose seca ou tecido não viável. Sensibilidade excessiva à prata 1- Realize a limpeza da ferida utilizando solução salina. 2- Aplique o curativo de forma que a borda do curativo ultrapasse a borda da ferida em pelo menos 1 cm ao redor de toda a ferida. 3- Em feridas cavitárias, preencha o espaço com a hidrofibra até 80% do volume, uma vez que ela se expandirá ao entrar em contato com o exsudato da ferida, preenchendo todo o espaço da ferida. 4- Cubra adequadamente com o curativo secundário e observe o nível de exsudação. Na hora de remover o curativo, se encontrar dificuldades, umedeça-o com água ou solução salina estéril para facilitar a remoção. Descrição: Curativo absorvente composto por fibras de carboximetilcelulose sódica e prata (Ag). Mecanismos de ação: Promover a autólise do desbridamento, mantendo um ambiente úmido, promovendo a hemostasia, possuindo alta capacidade de absorção do líquido da ferida e removendo-o suavemente, preservando o tecido saudável. Possui propriedades bactericidas e fungicidas. Mantém a atividade antimicrobiana através da liberação controlada de prata. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: 55 HIDROFIBRA COM PRATA (AG) Período de Troca: Substituir o curativo secundário quando estiver saturado ou dentro de um prazo máximo de 24 horas. A placa de hidrofibra pode permanecer na ferida por até 7 dias. Em casos de queimaduras de segundo grau, a hidrofibra com prata pode ser deixada na ferida por até 14 dias. Nesses casos, recorte a parte da hidrofibraque se solta da pele ao redor da ferida conforme o tecido epiteliza. Observações: O curativo pode ser usado sob compressão e se necessário pode ser previamente umedecido com SF 0,9% 56 Imagem disponibilizada no Google Feridas com exsudado moderado a alto, feridas cavitárias. Feridas com baixa quantidade de secreção e aplicação restrita a lesões superficiais. Realizar a higienização da lesão utilizando soro fisiológico 0,9% preferencialmente aquecido, por meio do método de irrigação em jato; Secar a pele ao redor e colocar a hidrofibra dentro da ferida, garantindo uma margem de 1 centímetro a mais, se necessário, recortando a placa antes de aplicá-la. Cobrir com um curativo secundário, como gazes ou chumaço. Descrição: Curativo absorvente composto por fibras de carboximetilcelulose sódica. Mecanismos de ação: Auxiliar no desbridamento autolítico por meio da manutenção de um ambiente úmido, promovendo a hemostasia, apresentando alta capacidade de absorção de exsudato e sendo removido de forma não traumática, preservando o tecido saudável. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: Trocar curativo secundário quando saturado ou em até 24 horas, a placa de hidrofibra poderá permanecer na ferida por até 7 dias. Observações: - O curativo pode ser aplicado com compressão e, se necessário, pode ser umedecido previamente com soro fisiológico 0,9%. 57 HIDROFIBRA SEM PRATA (AG) Imagem disponibilizada no Google Feridas abertas com tecido vitalizado ou desvitalizado; Queimaduras de 2º e 3º grau; Úlceras venosas e lesão por pressão. Pele íntegra; Feridas operatórias fechadas; Feridas muito exsudativas; Fístulas. Realizar a limpeza da lesão utilizando soro fisiológico 0,9% preferencialmente aquecido, utilizando o método de irrigação em jato; Aplicar uma camada fina do gel sobre a ferida ou introduzi-lo na cavidade de forma asséptica; Cobrir a ferida com uma cobertura secundária estéril. É recomendado umedecer levemente a gaze ao utilizá-la como cobertura secundária. Descrição: Gel transparente e incolor composto por água e no mínimo carboximetilcelulose. Mecanismos de ação: Possibilita um ambiente úmido que promove o desbridamento autolítico, estimulando a cicatrização. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: Quando utilizado com gaze como cobertura, deve ser trocado a cada 24 horas. Pode permanecer por até 7 dias quando associado a certas coberturas, como hidrocolóide ou hidrofibra. Em feridas infectadas, deve-se trocar no máximo a cada 24 horas. Em feridas com necrose, deve-se trocar no máximo a cada 72 horas. Observações: - Se possível usar creme de barreira nas bordas da lesão. 58 HIDROGEL SEM ALGINATO DE CÁLCIO E SÓDIO Imagem disponibilizada no Google Feridas abertas com tecido vitalizado ou desvitalizado; Queimaduras de 2º e 3º grau; Úlceras venosas e lesão por pressão. Pele íntegra; Feridas operatórias fechadas; Feridas muito exsudativas; Fístulas. Queimaduras de 3o grau; Lesões com exposição de tendões e ossos. Realizar a limpeza da lesão utilizando soro fisiológico 0,9% preferencialmente aquecido, utilizando o método de irrigação em jato; Aplicar uma camada fina do gel sobre a ferida ou introduzi-lo na cavidade de forma asséptica; Cobrir a ferida com uma cobertura secundária estéril. É recomendado umedecer levemente a gaze ao utilizá-la como cobertura secundária. Descrição: Gel transparente e incolor composto por água e no mínimo carboximetilcelulose. Mecanismos de ação: Possibilita um ambiente úmido que promove o desbridamento autolítico, estimulando a cicatrização. Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: Quando utilizado com gaze como cobertura, deve ser trocado a cada 24 horas. Pode permanecer por até 7 dias quando associado a certas coberturas, como hidrocolóide ou hidrofibra. Em feridas infectadas, deve-se trocar no máximo a cada 24 horas. Em feridas com necrose, deve-se trocar no máximo a cada 72 horas. Observações: - Se possível usar creme de barreira nas bordas da lesão. 59 HIDROGEL COM ALGINATO DE CÁLCIO E SÓDIO Imagem disponibilizada no Google Prevenção e tratamento de dermatites associada a incontinência urinária ou fecal. Óxido de Zinco (substância ativa) não deve ser utilizado por pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida ao Óxido de Zinco (substância ativa). Higienizar a pele e aplicar uma fina camada da pomada após cada troca de fralda ou sobre a área da pele a proteger, com suave massagem para favorecer sua penetração. Descrição: é uma pomada de cor branca a amarelada que pode ter partes com líquido amarelado, com aroma característico. Feito com óxido de zinco. Mecanismos de ação: O óxido de zinco (componente ativo) é um adstringente e antisséptico que possui propriedades suavizantes, cicatrizantes e protetoras da pele em casos de afecções com erupções superficiais Recomendações de Uso: Restrições de Uso: Instruções de aplicação: Período de Troca: Realizar a troca a cada troca de fralda ou sobre a área da pele a proteger Observações: Deverá ser retirada com algodão ou gaze umedecida com óleo para não causar lesões na pele. 60 ÓXIDO DE ZINCO (POMADA) Imagem disponibilizada no Google Lesões por queimaduras; Lesões infectadas; É contraindicado para uso por gestantes no final da gestação, em crianças prematuras e recém-natos nos dois primeiros meses de vida. Por existirem poucos dados sobre a sua passagem pelo leite materno, também não é recomendado em mulheres que estejam amamentando. A sulfadiazina de prata não deve ser utilizada em pacientes alérgicos às sulfas e aos demais componentes da formulação. Após a limpeza da lesão de acordo com a orientação médica, aplicar uma camada de sulfadiazina de prata creme e cobrir com um curativo secundário. Descrição: É um fármaco, com efeito, bacteriostático, derivado das sulfamidas de uso tópico. Cada 1g do creme contém: Sulfadiazina de Prata Micronizada 10 mg,Excipientes (Álcool cetoestearílico, estearil éter, álcool oleílico etoxilado, metilparabeno,propilparabeno, vaselina, propilenoglicol, água deionizada) q.s.p. Mecanismos de ação: É um agente cicatrizante e antimicrobiano tópico.de Consenso da World Union of Wound Healing Societies (WUWHS). O papel das coberturas na prevenção da lesão por pressão. Wounds International, 2016. PEREIRA, Adriana F. Protocolo de prevenção e tratamento de feridas. Prefeitura de Belo Horizonte, MG, 2011. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Manual de Curativos, Campinas, S.P., 2016. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Hospital da Clinicas, Grupo de feridas. Manual de Tratamento de feridas, Campinas, S. P., 1999. 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PINHEIRO, Luciane da Silva; BORGES, Eline Lima; DONOSO, Miguir Terezinha Vieccelli. Uso de hidrocolóide e alginato de cálcio no tratamento de lesões cutâneas. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 66, n. 5, p. 760-770, Oct. 2013 . Disponível em: . Acesso em: 15/06/2023. https://doi.org/10.1590/S0034- 71672013000500018. 11- PROCEDIMENTO Operacional Padrão: POP ENF 8.2. 1. ed. [S. l.], 19 set. 2018. Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+8.2_COBERTURAS+PARA+FER IDAS.pdf/8fcd67a5-2f5c-4a84-9a87-36afdc21d725 . Acesso em: 15/06/2023 SÃO PAULO. Prefeitura Municipal de São Paulo. Protocolo de Prevenção e Tratamento de Úlcera Crônicas. São Paulo, 2010. 66 REFERÊNCIAS