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Ciência Política e 
Teoria Geral do Estado 
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Marize Oliveira dos Reis
Revisão Técnica:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Estado e Governo 
Estado e Governo 
 
 
• Conhecer as formas de organização do Estado e exercício do Poder Político;
• Debater questões importantes e situações vinculadas ao Direito e à política;
• Compreender o fenômeno jurídico em constante evolução.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• As Formas de Estado;
• As Formas de Governo;
• Os Sistemas de Governo;
• Conceito de Governo e de Administração Pública;
• Noções sobre Administração Pública Direta e Indireta.
UNIDADE Estado e Governo 
As Formas de Estado
Os Estados se apresentam em duas formas, resumidas em: Estados simples e 
Estados compostos. 
Estados simples são aqueles manifestados por meio de um Estado Unitário. 
Já os Estados compostos são aqueles manifestados em uma união real de Estados, 
representados por confederações ou federações.
Formas de
Estados
Simples
Compostos
Confederação
Federação
Unitário
Figura 1
O Estado Unitário é aquele que apresenta um único governo responsável pelo 
comando de todo o território, de forma concentrada, apresentando, internamente, 
apenas divisões de ordem administrativa. 
As decisões de governo partem de um único centro político, subordinando todos 
os indivíduos ao mesmo ordenamento. 
O Estado Unitário forma um todo indivisível e soberano perante seu povo e tam­
bém em relação aos outros Estados, diante dos quais mantém sua independência. 
São exemplos de Estados Unitários: Mônaco, Vaticano, Itália e Espanha.
No Brasil, a forma de Estado Unitário foi adotada durante o Império e determinada 
na primeira Constituição do país. O modelo unitário foi substituído pelo federado na 
Constituição de 1891, segunda Constituição brasileira.
A Confederação é modelo de Estados compostos que consiste em uma união de 
Estado soberanos, que se juntam para alcançar um determinado objetivo. 
Ela é criada por meio de um Pacto, um Tratado que estipula a infraestrutura neces­
sária para a concretização de sua finalidade. Por exemplo: União Europeia.
É a característica marcante da Confederação a existência do direito de secessão, a 
possibilidade que os Estados membros possuem de se retirar do pacto. 
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Destaca­se, ainda, que o s Estados membros da Confederação permanecem sobe­
ranos, de forma que a Confederação não intefere nas questões internas dos Estados.
Federação é uma aliança de Estados para a formação de um Estado único, em 
que as unidades federadas preservam parte de sua autonomia política, enquanto a 
soberania é transferida para o Estado Federal. Trata­se de uma aliança indissolúvel, 
vez que não é permitida a secessão.
Trata­se de uma unidade dentro da diversidade. A unidade é a Federação, enquanto 
a diversidade é característica das partes que a compõem, isto é, dos Estados mem­
bros que a compõem, com suas próprias características.
O modelo federativo de Estado é uma criação norte­americana (1787), na qual a 
formação se deu em um movimento centrípeto, de fora para dentro, em que Estados 
cederam parte de sua autonomia para o estabelecimento do Pacto Federativo. 
O Brasil copiou o modelo norte­americano, mas a formação da federação brasi­
leira se deu por meio de um movimento centrífugo, do centro para fora, vez que era 
um Estado Unitário centralizado, descentralizando­se, dividindo­se administrativa­
mente em estados membros. 
Nosso modelo de federalismo é identificado como Federalismo de segregação.
Dessa forma, a Federação é uma pluralidade de Estados membros, dentro de uma 
unidade, que é o Estado Federal. O modelo de Federação varia em cada Estado, mas 
podemos observar algumas características comuns a todas as federações:
• Impossibilidade de secessão: o pacto firmado não pode ser dissolvido;
• Constituição rígida: estabilidade institucional que garanta a distribuição de 
competências entre entes componentes da Federação;
• Descentralização político administrativa: o poder do Estado Federal é repar­
tido com as entidades federadas que exercem poderes autônomos;
• Ó rgão representativo dos Estados-membros: o Senado Federal, rep resentando 
os interesses das entidades federadas;
• Órgão guardião da Constituição Federal: é a posição do STF no Brasil, que 
tem função precípua de guardar o texto constitucional, controlando a constitu­
cionalidade das Leis;
• Soberania do Estado Federal: o s estados membros da Federação possuem 
autonomia, enquanto o todo, o Estado Federal, é soberano;
• Possibilidade de Intervenção: previsão constitucional como instrumento para 
assegurar o equilíbrio federativo e a manutenção da Federação.
Existem algumas diferenças marcantes entre a Confederação e a Federação. Veja 
no Quadro 1 as diferenças que mais se destacam.
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UNIDADE Estado e Governo 
Quadro 1
Confederação
• É criada por meio de um Pacto, um Tratado firmado entre os 
Estados Soberanos;
• É formada por Estados Soberanos;
• Não possui soberania, característica de cada um dos seus 
Estados membros;
• É permitida a secessão.
Federação
• É criada por meio de uma Constituição Federal;
• É formado por estados membros autônomos;
• Possui soberania, ao contrário dos seus estados membros;
• Não é possível a secessão.
As Formas de Governo 
A organização política para o exercício do poder é chamada de forma de Governo. 
Na atualidade, os estudiosos do Estado identificam apenas duas formas de Governo: 
a Monarquia e a República. 
Entretanto, é necessário que saibamos a classificação clássica ofertada por 
 Aristóteles, que indica a Monarquia, a Aristocracia e a Democracia como formas 
normais, justas de governo.
Para Aristóteles, as formas normais de Governo seriam aquelas que conduziriam 
o exercício do poder à promoção do interesse de todos. 
Dessa forma, quando o governo atuasse visando a vantagens para o governante 
ou para certo grupo de indivíduos, estaríamos diante da degeneração das formas 
justas, deparando­nos com modelos anormais de governo, consubstanciados em 
 Tirania, Oligarquia e Demagogia.
É de Maquiavel a distinção das formas de Governo em República e Monarquia, 
modelo adotado atualmente em todo mundo, com algumas variações.
1. A Monarquia é classificada como a forma de governo em que o Monarca, o 
Rei, alcança o cargo por hereditariedade e para exercício vitalício da função.
Etimologicamente, Monarquia advém do grego monos (um) e arkhein (mando, poder).
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As Monarquias podem ser classificadas em absolutistas ou limitadas. 
• Monarquia absolutista é aquela em que todos os poderes do Estado estão nas 
mãos do monarca, que governa a partir de seu arbítrio, sem qualquer limitação 
ou responsabilização, justificando todos os seus atos na origem do seu poder. 
O monarca legisla, governa e aplica a justiça, agindo por sua vontade;
• Monarquia limitada é aquela na qual o poder do Estado se reparte entre ór­
gãos ou se submete a uma norma jurídica constitucional. Pode ser observada 
em dois modelos:
» Monarquia Constitucional: é aquela em que o Rei apenas exerce o Poder 
Executivo, ao lado dos Poderes Legislativo e Judiciário, nos termos de uma 
Constituição escrita. Por exemplo: Bélgica, Suécia, Brasil Império;
» Monarquia Parlamentar: é aquela em que o Rei não exerce função de governo 
(Reina, mas não governa). O Poder Executivo é exercido por um Conselho de 
Ministros responsável pelo Parlamento. O Monarca preside a nação, mas não 
propriamente dirige o governo;
Figura 2 – A coroa do Monarca
Fonte: Wikimedia Commons
2. A República é aquela forma de governo marcada pela eletividade das 
autoridades políticas e da temporariedade do exercício de governo por eles.
Etimologicamente, República vem do latim res + publica = coisa pública.
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UNIDADE Estado e Governo 
Figura 3 – Título de eleitor
Fonte: Getty Images
Para Montesquieu, as Repúblicas podem ser Aristocráticas ou Democráticas:
• República Aristocrática:é aquela cujo governo é realizado por uma classe pri­
vilegiada por direitos de nascimento ou de conquista. É o governo dos melhores, 
de uma elite;
• República Democrática: é aquela em que todo poder emana do povo, e pode ser:
 » Direta: governa a totalidade dos cidadãos, deliberando em assembleias popu­
lares. Por exemplo: polis gregas;
 » Indireta (representativa): o governo é atribuído aos representantes ou dele­
gados da comunidade, por meio do voto;
 » Semidireta (Mista): restringe­se o poder da Assembleia representativa, 
 reservando­se ao pronunciamento direto da Assembleia Geral dos cidadãos os 
assuntos de maior importância. Por exemplo: Suíça e alguns estados­membros 
norte­americanos.
Ainda, é importante destacarmos que existem teorias a respeito das formas de 
 governo que as classificam quanto à origem, ao desenvolvimento e à extensão do poder.
• Quanto à sua origem, os governos se apresentam como:
• De Fato: aquele que foi implantado ou é mantido por via de fraude ou violência;
 » De Direito: aquele que foi constituído em conformidade com a Lei Funda­
mental do Estado, sendo, por isso, considerado legítimo perante a consciencia 
jurídica da nação.
• Quanto ao seu desenvolvimento, os governos se apresentam como:
 » Legal: aquele que, seja qual for a sua origem, desenvolve­se em estrita con­
formidade com as normas vigentes de Direito Positivo, subordinando­se aos 
preceitos jurídicos;
 » Despótico: aquele que se conduz pelo arbítrio dos detentores eventuais do 
poder, oscilando ao sabor dos interesses e caprichos pessoais.
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• Quanto à extensão do poder, os governos se apresentam como:
» Constitucional: é aquele que se forma e se desenvolve sob a égide de uma 
Constituição, instituindo a divisão do poder em órgãos distintos e assegurando 
a todos os cidadãos a garantia dos Direitos Fundamentais;
» Absolutista: é aquele que concentra todos os poderes em um só órgão, 
 encontrando suas raízes nas monarquias absolutistas de direito divino, e se 
explicam pela máxima do cesarismo romano que dava a vontade do príncipe 
como a fonte de Lei.
Figura 4 – Júlio Cesar, na antiga Roma, que caracterizou seu governo pela
canonização de sua liderança pessoal, dando origem à palavra cesarismo
Fonte: Wikimedia Commons
Os Sistemas de Governo
Denomina­se Sistema de Governo a forma como o Poder Político é distribuído e 
exercido, identificando a relação entre os Poderes Legislativo e Executivo e as fun­
ções de Chefia de Estado e Chefia de Poder.
Assim, é denominado Sistema Parlamentarista aquele em que existe uma pre­
ponderância do Poder Político no Poder Legislativo e se denomina Presidencialismo 
aquele Sistema no qual a concentração de poder encontra­se nas mãos do Poder 
Executivo, especialmente, do presidente.
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UNIDADE Estado e Governo 
Parlamentarismo
O Parlamentarismo é um Sistema de Governo com origem na Inglaterra. A partir 
da resistência dos barões feudais, em 1215, os ingleses obtiveram várias conquistas, 
que se solidificaram no Parlamento, no século XVII.
O Sistema Parlamentarista inglês foi adotado pela França, na primeira metade 
do século XIX, que adaptou o modelo às suas Instituições, difundido­o, a seguir, por 
toda a Europa.
Marcado pela organização dualística do Poder Executivo, o Sistema Parlamenta­
rista possui, também, como mecanismos, o Colegiado do Órgão Governamental, 
a responsabilidade política do Ministério perante o Parlamento, a responsabilidade 
política do Parlamento perante o Corpo Eleitoral e a interdependência dos Poderes 
Legislativo e Executivo.
A Chefia de Estado é atribuída ao Rei ou Presidente da República, que não se 
confunde com a figura do Chefe de Governo, vez que a governabilidade (função exe­
cutiva típica) é exercida por um Órgão Colegiado, posicionando­se como Chefe de 
Governo o Presidente do órgão, denominado Primeiro Ministro.
É muito importante salientar que, no Sistema Parlamentarista, é incorreto afirmar 
que o Chefe de Estado (Rei ou Presidente) é figura simplesmente decorativa. 
As atribuições do Chefe de Estado são muito importantes, especialmente, nas 
Relações Internacionais e, no no plano interno, manifesta­se significativa, demons­
trando e exercendo função de destaque, uma espécie de Poder Moderador, na com­
posição do Ministério e na dissolução do parlamento.
O Filme O discurso do Rei, Reino Unido, 2004, mostra a importância do Rei para a unidade 
nacional e a legitimidade do Governo.
Na Inglaterra, é utilizado o Sistema Parlamentarista Bicameral, no qual existem 
duas casas parlamentares:
1. Câmara Alta (Câmara dos Lordes ou Senado): composta por mem­
bros vitalícios que não provém de eleições populares. São membros da 
nobreza e da Igreja;
Câmara dos Lordes, disponível em: https://bit.ly/3cADjgZ 
2. Câmara dos Comuns: composta por membros temporários, eleitos 
 diretamente pelo povo. O Primeiro Ministro, responsável pela função de 
Chefe de Governo, é escolhido entre seus membros.
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Figura 5 – Câmara dos Comuns, em 1811
Fonte: Wikimedia Commons
Presidencialismo
O Presidencialismo é um Sistema de Governo com origem norte­americana. Foi 
instituído na Convenção da Filadélfia, momento de sua idealização, e consolidado na 
Constituição Federal americana de 1787.
O Sistema surgiu como uma solução prática para os problemas comuns entre as 
treze nações na luta pela emancipação política. 
A união entre as treze nações, com a fusão em um só Estado soberano, criou o 
moderno modelo de Estado, Federação, e estruturou uma nova forma de governo, a 
REPÚBLICA PRESIDENCIALISTA.
Como principais características do Presidencialismo, estão a eletividade do Chefe 
do Poder Executivo e seu exercício unipessoal, a participação efetiva do Poder Exe­
cutivo na elaboração das Leis, a independência dos Poderes do Estado, a supremacia 
da Constituição e a temporariedade no cargo de Chefe do Executivo.
 No Sistema de Governo Presidencialista, as funções de Chefe de Estado e de 
Chefe de Governo, são exercidas pelo Presidente da República.
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UNIDADE Estado e Governo 
Figura 6 – Cerimônia de posse do primeiro Presidente da República do 
Brasil, Presidente Deodoro da Fonseca, em 26 de Fevereiro de 1891
Fonte: Wikimedia Commons
Principais Distinções entre o 
Presidencialismo e o Parlamentarismo
No Parlamentarismo, o Poder Legislativo não apenas elabora as Leis, mas toma 
posições políticas fundamentais, como responsável pelo controle do Governo. 
O Parlamento tem competência para destituir o Gabinete (Ministros de Governo), 
por razões de ordem política.
No Presidencialismo, o Poder Legislativo concentra­se na sua função típica, na 
elaboração das Leis e na fiscalização das contas públicas. 
Poderia, ainda, destituir Ministros e, até mesmo, o Presidente (Chefe de Governo 
e de Estado) em razão da prática de crimes de responsabilidade – Impeachment.
O termo inglês impeachment (“acusação”, “obstrução, impedimento”, “dano, prejuízo ma-
terial”, “questionamento, desacreditamento, depreciação”), deriva do verbo  to impeach, 
adaptado do francês  empêcher, e este, do latim tardio impedicare (“capturar, caçar”). 
Segundo Bulos, 2009, pág. 470, é a prerrogativa institucional do Poder Legislativo que con-
siste numa sanção de índole político-administrativa, encarregada de destituir, de modo 
legítimo e constitucional, o Presidente da República.
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Conceito de Governo e
de Administração Pública
Governo é o núcleo decisório do Estado, formado por membros da elite política 
e encarregado da gestão da coisa pública. O “Governo é a cúpula diretiva do Estado, 
responsável pela condução dos altos interesses estatais e pelo poder político, e cuja 
composição pode ser modificada mediante eleições” (MAZZA, 2018, p. 50).
Enquanto o Estado é permanente, o governo é transitório, pois, ao menos nas 
democracias, aqueles que ocupam os cargos governamentais devem, por princípio, 
serem substituídos periodicamente de acordo com as preferências da sociedade.
Administração Pública é o conjunto de agênciase de servidores profissionais, 
mantidos com recursos públicos e encarregados da decisão e implementação das 
normas necessárias à gestão da coisa pública.
Não se pode confundir Administração Pública com Poder Executivo, pois o termo 
não designa apenas os órgãos ou agentes do Executivo, mas aqueles pertencentes, 
também, aos Poderes Legislativo e Judiciário, bem como a qualquer órgão estatal.
A Administração Pública em nosso país pode ser observada nas três esferas 
da Federação: Administração Pública Federal, Administração Pública Estadual ou 
 Distrital e Administração Pública Municipal.
Administração Pública Federal: realizada pela União.
Administração
Pública
Administração Pública Estadual ou distrital: realizada
pelos Estados membros ou pelo Distrito Federal.
Administração Pública Municipal: realizada pelos
Municípios.
Figura 7
Noções sobre Administração
Pública Direta e Indireta
Como já visto, a Administração Pública abrange os órgãos que exercem a função 
administrativa do Estado, a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de 
serviços públicos, seja na organização interna, seja na intervenção no campo privado.
Administrar é prestar serviço, executar, dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo 
de obter resultado útil, determinar programa de ação e executá-lo.
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UNIDADE Estado e Governo 
A atividade administrativa pode ser entendida como a gestão de interesses qua­
lificados da comunidade, pela necessidade, utilidade ou conveniência para sua rea­
lização, e marcadas pela conjugação de dois princípios caracterizadores do regime 
jurídico­administrativo: a supremacia do interesse público e a indisponibilidade do 
interesse público.
Para o exercício da função administrativa, o Estado utiliza duas técnicas distintas: 
a desconcentração e a descentralização.
Desconcentração é o exercício da atividade administrativa por escalões diferen­
tes e que compõem a estrutura administrativa da mesma entidade. 
É a repartição de funções entre vários órgãos de uma mesma entidade. Por exemplo: 
Entidade: União – Presidência da República – Ministério da Justiça – Polícia Federal.
Descentralização é o exercício da atividade administrativa por outras pessoas ju­
rídicas criadas pelo próprio Estado para tal finalidade. Por exemplo: Banco Central, 
Petrobrás, Correios.
Assim, quando se reporta à Administração Pública Direta, estamos falando da 
atividade administrativa realizada pelos entes que compõem a estrutura federativa 
do Estado brasileiro, ou seja, a União, os Estados membros, o Distrito Federal e 
os Municípios. 
São os entes componentes da República Federativa do Brasil os responsáveis pelo 
exercício do poder em nosso país, aos quais a Constituição Federal atribui competências. 
Por sua vez, com o objetivo de retirar de um só centro a concentração de todas 
as tarefas da Entidade, ela, Entidade, pode distribuir a outros órgãos de sua própria 
estrutura algumas atribuições inicialmente investidas apenas à chefia da entidade. 
Por exemplo: compete ao Município, que distribui entre órgãos de sua própria admi­
nistração, tais como a Subprefeitura, a Secretaria de Transporte.
A Administração Pública Indireta é aquela realizada por Pessoas Jurídicas autô­
nomas, com natureza de Direito Público ou de Direito Privado, criadas ou instituídas 
pelos Entes Públicos, por meio de Leis específicas para a realização descentralizada 
da atividade administrativa.
As pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública Indireta são institu­
ídas pela vontade do Poder Público e podem ser: Autarquias, Fundações Públicas, 
Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas. Por exemplo: Município de 
São Paulo criou a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, Pessoa Jurídica 
responsável pelo gerenciamento, operação e fiscalização do sistema viário da cidade 
de São Paulo.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Filmes
 Deuses e generais – EUA, 2003
Uma nação em guerra com sua própria essência. Três bravos homens, em três 
batalhas cruciais. Os homens: Joshua Chamberlain (Jeff Daniels), “Stonewall” 
Jackson (Stephen Lang), Robert E. Lee (Robert Duvall). As batalhas: Manassas, 
Fredericksburg, Chancellorsville. Pelos olhos desses combatentes, testemunharemos 
a bravura e as diferenças de uma nação que, como uma mãe, assiste aos seus filhos 
guerrearem bem abaixo de seus seios. Baseado no bestseller de Jeffrey M. Shaara, 
Deuses e Generais retrata as intensas alianças e os grandiosos combates do começo 
da Guerra Civil norte­americana.
https://youtu.be/nzghvqz7ZC4
Gangues de Nova Iorque – EUA/Itália, 2002
Em plena Nova York de 1840, o jovem Amsterdam (Leonardo DiCaprio) busca se 
vingar de William “The Butcher” Cutting (Daniel Day­Lewis), o assassino de seu pai 
(Liam Neeson), que era o líder da gangue Dead Rabbits. Em sua jornada Amsterdam 
acaba se tornando amigo e homem de confiança de William, apaixonando­se 
também por Jenny Everdane (Cameron Diaz), uma bela jovem que é integrante de 
uma gangue rival.
https://youtu.be/qHVUPri5tjA
House of cards (série) – Reino Unido, 1990
Frank Underwood é um astuto congressista norte­americano que é traído pelo 
presidente que ele ajudou a eleger. Com a ajuda da esposa, de uma jornalista 
ambiciosa e de um outro político com problemas com alcoolismo, Underwood 
inicia um plano para minar adversários políticos e conquistar, em alguns anos, a 
presidência dos Estados Unidos.
https://youtu.be/SvSkxBYuoQY
Lincoln – EUA, 2012
Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris 
Kearns Goodwin, o filme se passa durante a Guerra Civil norte­americana, que 
acabou com a vitória do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o 
conflito, o o 16º presidente norte­americano, Abraham Lincoln (Daniel Day­Lewis), 
travava uma batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de 
partido, ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que 
acabava com a escravidão.
https://youtu.be/b6WkKvgn2G4
O discurso do Rei – Reino Unido, 2004
Desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago. Este é um sério problema para 
um integrante da realiza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos. 
George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. 
Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue 
(Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está 
desesperançoso. Lionel se coloca de igual para igual com George e atua também 
19
UNIDADE Estado e Governo 
como seu psicólogo, de forma a tornar­se seu amigo. Seus exercícios e métodos 
fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus 
desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce).
https://youtu.be/NCBT0KBJa74
O homem que não vendeu sua alma – Reino Unido, 1966
Na Inglaterra do século XVI, Henrique VIII (Robert Shaw) planeja se separar de 
sua primeira esposa para se casar com Ana Bolena (Vanessa Redgrave), mas não 
recebe a aprovação de Thomas More (Paul Scofield), um fervoroso católico que se 
tornou Lord Chanceler, um altíssimo posto que ele preferiu renunciar a trair suas 
convicções. Entretanto, a importância de Sir Thomas é tão grande que mesmo 
após sua renúncia o rei continua lhe perseguindo. Até que surgem “provas” que o 
incriminam como alta traição, um crime punido com a morte.
https://youtu.be/X3UO2-RkCA0
The Crown (série) – Reino Unido/EUA, 2016
Filha do rei George VI (Jared Harris), Elizabeth II (Claire Foy) sempre soube que não 
teria uma vida comum. Após a morte do seu pai em 1952, ela dá seus primeiros 
passos em direção ao trono inglês, a começar pelas audiências semanais com os 
primeiro­ministros ingleses. Ela assume a coroa com apenas 25 anos de idade, mas 
com grandes compromissos, vêm grandes responsabilidades.
https://youtu.be/dFZC-_T_irA
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Referências
 ACQUAVIVA. M. C. Teoria geral do estado. 3. ed. Barueri: Manole,2010. (e-book)
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damentais e a construção do novo modelo. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2017. (e-book) 
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BULOS, U. L. Direito constitucional ao alcance de todos. São Paulo: Saraiva, 2009.
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DALLARI, D. de A. Elementos de Teoria Geral do Estado. 33.ed. São Paulo: 
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DANTAS, P. R. de F. D Curso de Direito Constitucional. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
DE CICCO, C.; GONZAGA, Á. de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. 
8.ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2020.
DIAS, R. Ciência política. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2013. (e-book)
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2.ed. Rio de Janeiro. 
Nova Fronteira, 1986.
FILOMENO. J. G. B. Teoria Geral do Estado. 11.ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2019. (e-book)
GAMBA, J. R. G. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. São Paulo: Atlas, 
2019. (e-book)
MALUF, S. Teoria Geral do Estado. 35.ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
(e-book)
MARINELA, F. Direito administrativo. 12.ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. 
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MAZZA, A. Manual de direito administrativo. 8.ed. São Paulo: Saraiva Educação, 
2018.
MELO, D. S. da S.; SCALABRIN, F. Ciência Política e Teoria Geral do Estado. 
Porto Alegre: SAGAH, 2017. (e-book)
MORAES, A. de. Direito constitucional 36.ed. São Paulo: Atlas, 2020. (e-book) 
21
UNIDADE Estado e Governo 
NOVELINO, M. Manual de direito constitucional. 9.ed.rev.atual. Rio de Janeiro: 
Forense/São Paulo: Método, 2014. (e-book)
RAMOS, F. C.; MELO, R.; FRATESCHI, Y. Manual de filosofia política: para os 
cursos de teoria do estado e ciência política, filosofia e ciências sociais. 3.ed. 
São Paulo: Saraiva Educação, 2018. (e-book)
SANTOS, M. F. F. Teoria Geral do Estado. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
 
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