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Apostila_Introducao_Engenharia

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NOÇÕES SOBRE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Rudney C. Queiroz 
Professor Adjunto – Livre Docente 
Departamento de Engenharia Civil 
Unesp - Bauru 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Bauru/2008 - 
Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
Esta apostila tem como objetivo puramente didático e de informações básicas aos 
alunos ingressantes no curso de engenharia civil do Departamento de Engenharia Civil 
da Unesp – Bauru. Não pretende esgotar o assunto, pois essa área é muito vasta e 
necessita de estudos históricos e sobre as legislações e atuações profissionais, de forma 
mais profundos. Portando, constitui-se em notas de aulas auxiliando o estudante na 
disciplina “Introdução à Engenharia Civil” complementadas pelas aulas expositivas em 
sala, pesquisas sobre a profissão e seminários realizados pelos alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
 3
Noções sobre Engenharia Civil 
 
1. Engenharia e Arquitetura 
 
Contemporaneamente, denomina-se engenharia o conjunto sistemático de 
conhecimentos e técnicas aplicadas ao projeto, construção e manutenção de estruturas 
materiais, quer se trate das edificações de natureza habitacional ou viária, funcional ou 
produtiva, quer se trate de máquinas de produção em série, instrumentos, veículos, 
aparelhos ou máquinas para o prolongamento da vida humana. O nome também designa 
a profissão de quem se ocupa de um ou mais desses campos do saber e fazer 
tecnológico. 
Utilizando a energia do fogo, da água, dos fósseis, do solo, do vento e dos 
átomos, o homem foi aprendendo a se relacionar com a natureza, desfrutando-a segundo 
suas necessidades. Percebe-se que desde suas mais incipientes manifestações a 
engenharia tem contribuído como mediadora das relações entre o homem e a natureza. É 
fato, também, que o aspecto mecânico e direto desse relacionamento originou a 
"tecnologia", e o registro e a verificação experimental das explicações e princípios 
demonstráveis constituiu a "ciência". Por sua vez, a aplicabilidade do conhecimento 
técnico-científico tem influenciado os destinos da própria engenharia. 
Mais recentemente, os conhecimentos e as experiências de engenharia passaram 
a ser observados e assimilados pelo homem, em suas relações cotidianas, interação esta 
que, de certa forma, influenciou o surgimento de novos campos e conseqüentes 
paradigmas, como por exemplo: a "engenharia humana", a "engenharia cultural", a 
"engenharia do lazer", etc. 
Tudo indica que, desprezando alguns séculos, a engenharia e a arquitetura são 
filhas da mesma mãe Minerva, mesmo porque o verbo "engenhar" tem o mesmo 
significado do verbo "arquitetar". Considerando as vocações da engenharia civil (à 
estática e segurança) e da arquitetura (à estética e espaço), é muito importante que haja 
diálogo entre essas duas irmãs, a fim de que o habitat humano esteja em constante 
aprimoramento. 
Como exemplos, são tantas as vezes em que os projetos arquitetônicos exigem 
esbeltez dos pilares, das vigas, das lajes, etc., mas o engenheiro civil compromissado 
com a estática, com os princípios científicos, com a segurança e com a normalização faz 
robustecer aquelas estruturas, causando polêmicas, tanto teóricas como no dia-a-dia da 
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Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
 4
atuação profissional. Mas, ao mesmo tempo, devido a essas mesmas discussões e às 
provocações arquitetônicas, a engenharia civil estrutural tem evoluído, buscando sempre 
responder aos desafios (de encontrar soluções ousadas) que sua "irmã arquitetura" lhe 
apresenta. 
Arquitetura pode ser definida de acordo com vários autores em diversas partes 
do mundo, como sendo a arte de planejar o espaço, tanto no meio ambiente, como em 
edifícios e obras, dentro de um partido funcional e estético, procurando atender às 
necessidades do ser humano e respeitando as peculiaridades do meio ambiente. 
Para a engenharia civil, uma definição geral é: “Engenharia Civil é a arte da 
aplicação da ciência e da tecnologia na utilização racional dos recursos naturais em 
benefício do homem em sociedade”. 
Segundo o ICE (Institution of Civil Engineers) de Londres, engenharia civil 
pode ser modernamente definida como: "a great art, on which the wealth and well-
being of the whole of society depends. Its essential feature, as distinct from science and 
the arts, is the exercise of imagination to fashion the products, processes and people 
needed to create a sustainable physical and natural built environment. It requires a 
broad understanding of scientific principles, knowledge of materials and the art of 
analysis and synthesis. It also requires research, team working, leadership and business 
skills". 
2. Engenharia Civil 
 
 A Engenharia Civil é uma das mais antigas profissões da humanidade. A 
primeira denominação para a engenharia civil vem dos Romanos “Ingenium Civitas”, 
isto é, Engenharia das Cidades ou Engenharia da Civilização, pois era a profissão 
que durante o Império Romano era responsável por projetar e construir as estradas, 
pontes, aquedutos, palácios, sistemas de esgotos, termas, ou qualquer obra ligada à vida 
das pessoas em sociedade. 
 Uma das obras monumentais da época dos romanos é a “Cloaca Massima” ou 
“Grande Esgoto” em Roma. Essa grande rede subterrânea foi construída no final do 
Século VI a.C., recebendo as águas pluviais, esgotos e lixo, e funcionam até os dias de 
hoje, com mais de dois milênios de existência. Para o abastecimento de água os 
Romanos chegaram a construir condutos para água em canais revestidos, com 
inclinação constante de 0,5% ao longo de dezenas de quilômetros, atravessando 
elevações com túneis escavados na rocha e vales com aquedutos elevados. Os canais de 
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Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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escoamento eram revestidos com argamassas obtidas de calcários, que por possuírem 
superfícies lisas diminuíam o atrito e aumentavam a vazão, demonstrando 
conhecimentos de hidráulica de canais. 
Os engenheiros civis Romanos também foram hábeis na construção de pontes 
em arcos constituídos por blocos de rochas, estradas pavimentadas, palácios, entre 
outras maravilhas da engenharia civil e arquitetura, que permanecem até hoje como 
testemunha da engenhosidade e criatividade humana. 
 Durante a Idade Media a engenharia civil passou a ser denominada somente de 
engenharia e incorporava tanto a parte civil como a militar. Nessa fase da historia, 
foram construídas grandes catedrais e castelos e os profissionais começaram a se 
organizar em sociedades de construtores. 
 Modernamente a denominação de Engenharia Civil passou a ser utilizada a partir 
do inicio do Século XVIII, mais precisamente em 1744, na Politécnica de Paris, França, 
quando houve a separação entre engenharia militar e civil. Sendo nesta época, o 
engenheiro civil, considerado o profissional que seria responsável pelo projeto e 
construção das obras de infra-estrutura para a sociedade civil, sendo, portanto, o 
engenheiro que construía para o bem da humanidade. Na Inglaterra,o primeiro 
engenheiro civil foi John Smeaton (1725 – 1792), criou o Institution of Civil Engineers 
de Londres, considerado modernamente o Patrono da Engenharia Civil. 
 
 Segundo Thomas Tredgold, fundador da British Institution of Civil Engineers, 
em 1808: “Civil Engineering is the art of directing the great sources of Power in Nature 
for the use and convenience of man; being that practical application of the most 
important principles of natural Philosophy which has in a considerable degree realized 
the anticipations of Bacon, and changed the aspect and state of affairs in the whole 
world. The most important object of Civil Engineering is to improve the means of 
production and of traffic in states, both for external and internal Trade. This applied in 
the construction and management of Roads - Bridges - Rail Roads - Aqueducts - Canals 
- River Navigation - Docks, and Storehouses for the convenience of internal intercourse 
and exchange; - and in the construction of Ports - Harbors - Moles - Breakwaters - and 
Lighthouses, and in the navigation by artificial Power for the purposes of commerce”. 
 
 Observa-se, portanto, que a engenharia civil era naquela época e continua sendo 
nos dias atuais, uma profissão muito ampla e de grande importância para a sociedade 
civil moderna, implicando em muita responsabilidade para quem a exerce. 
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Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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 A engenharia civil é uma profissão fim, pois é responsável pelo planejamento, 
coordenação, projeto, fiscalização, construção, operação e manutenção de qualquer obra 
ou atividade ligada à indústria da construção civil. 
 A engenharia civil esta presente em todos os lugares da Terra onde existe a 
presença da civilização e em todos os momentos da nossa vida, enquanto cidadãos. Está 
presente quando dirigimos nosso automóvel por uma rodovia, circulamos por uma rua 
ou avenida, no Metrô que viajamos, no edifico que trabalhamos, na residência em que 
vivemos, na água potável que bebemos e utilizamos, no lixo ou esgoto que descartamos, 
na energia elétrica que consumimos, nos aeroportos que decolamos e aterrissamos com 
as aeronaves, nos portos onde são feitos os transbordos de mercadorias, nas ferrovias 
que transportam passageiros e cargas, nas hidrovias, nos túneis, no transito urbano, no 
planejamento dos sistemas de transportes de passageiros e de mercadorias, no 
planejamento urbano e territorial, nas barragens e diques, nas pontes e viadutos, nas 
escolas, nos hospitais, nas industrias, nas fundações dos edifícios e pontes, nas áreas de 
lazer que freqüentamos, enfim, em qualquer espaço construído ou modificado pelo 
homem na superfície e sub-superfície terrestre. 
Na história moderna, a engenharia civil produziu mudanças na geografia da 
Terra, com a construção de grandes canais, como o Canal do Panamá ligando o Oceano 
Atlântico ao Pacifico, e o Canal de Suess, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar 
Vermelho, construção de grandes túneis submarinos, pontes, ferrovias transcontinentais, 
ilhas artificiais para grandes aeroportos, etc. 
A engenharia civil é uma profissão de extrema importância e está tão 
intimamente ligada à sociedade moderna e à segurança do ser humano nos diversos 
espaços construídos, que pode ser considerada uma engenharia social, pois dela 
depende, em grande parte, a vida do homem em sociedade. 
Segundo Donald P. Coduto (1999), “Civil engineers protect public health by 
designing and building facilities that provide clean water and sanitation. No other 
profession, including medicine, has done more to reduce the spread of disease and save 
lives”. 
As principais áreas da engenharia civil são: estruturas, estradas e transportes, 
geotecnia, hidráulica e saneamento, materiais, construção civil, e meio ambiente. 
 O engenheiro civil é o engenheiro da Indústria da Construção Civil, sendo, 
portanto, um engenheiro pleno, e as suas realizações trazem uma enorme gratificação ao 
engenheiro civil, na pratica da profissão. Pois é uma profissão em que o resultado do 
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Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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trabalho do profissional permanece por longo período de tempo servindo a humanidade, 
como uma estrada, um edifício, uma rede de abastecimento de água, uma rede de 
esgotos, uma ponte, um túnel, etc. 
O exercício desta profissão exige uma serie de conhecimentos científicos e 
tecnológicos, principalmente nas áreas de física, matemática, informática, química, 
geologia, topografia, meio ambiente, administração, produção, logística, economia, 
arquitetura, urbanismo, ética profissional, humanidades, e modernamente até biologia, 
entre outras. 
A historia da engenharia civil se confunde com a historia da humanidade e, 
portanto, com a historia da civilização, desde a idade antiga até a era moderna. Contar 
essa historia é praticamente impossível, pois por detrás dela esta cada construção feita 
pelo homem em todas as épocas e em todas as partes do mundo. 
Cada livro de historia descreve o homem inserido com suas manifestações 
arquitetônicas, disputas territoriais, políticas, etc. 
Desde a antiga Messopotania, Índia, China, Egito, Américas, Grécia, Roma, até 
os dias atuais, a engenharia civil esteve viva e participativa dentro da própria 
civilização, pois é uma engenharia que faz parte do ser humano e do seu habitat. 
Engenhar e arquitetar são verbos sinônimos, que dizem trabalhar com 
criatividade e raciocínio, cabendo ao arquiteto e engenheiro civil pôr esses sinônimos 
em prática. 
Engenhar significa inventar, planejar, traçar, criar, etc., assim pode-se dizer que 
os engenheiros inventam, pelo uso da aplicação da ciência e criatividade humana, um 
futuro que está sempre se modificando com a utilização de novas tecnologias. 
Portanto, uma profissão somente pode ser denominada engenharia se “engenha” 
planeja, projeta ou cria e “produz” fabrica ou constrói bens materiais com a aplicação da 
ciência e da tecnologia. 
A seguir tem-se uma breve descrição de algumas das principais obras da 
engenharia civil e seus responsáveis, na era moderna. 
 
 
 
 
 
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Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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3. Grandes Feitos da Engenharia Civil e de Ilustres Engenheiros Civis na 
Era Moderna 
 
Na era moderna, a partir da revolução industrial, a engenharia civil teve um 
impulso muito grande, principalmente com a invenção da maquina a vapor e com o 
advento das ferrovias. 
As ferrovias se constituíram em uma revolução no sistema de transportes e a sua 
construção exigia um traçado adequado e preciso, necessitando de projeto geométrico, 
grandes obras de arte, como pontes, viadutos, túneis, drenagens, etc., além de obras 
geotécnicas como a abertura de cortes e construção de aterros. 
A partir de então, foram criados associações e institutos que congregavam os 
engenheiros civis, profissionais imprescindíveis para a infra-estrutura de cada país. 
Foi criada em 1771 por John Smeaton, a primeira associação de engenheiros 
civis da Inglaterra, que a partir de 1808 passou a ser denominada de ``Institution of Civil 
Engineers´´ (ICE) de Londres. Em 1854 foi criada a ``Americam Society of Civil 
Engineers´´ (ASCE), nos Estados Unidos, entre outras nos diversos paises. A ASCE é 
umadas maiores associação profissional dos Estados Unidos e ao longo da historia 
recente, juntamente com os profissionais ligados a ela, teve uma influência muito 
grande na construção da infra-estrutura e desenvolvimento dos Estados Unidos. 
Outras associações de engenheiros civis ao redor do mundo podem ser 
encontradas no site: http://www.asce.org/inside/intlagree.cfm. 
No Brasil temos o Instituto de Engenharia de São Paulo (IE) e a Associação 
Brasileira dos Engenheiros Civis (Abenge), além de outras associações ligadas à 
engenharia civil, como Associação Brasileira de Engenharia Estrutural, Associação 
Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Associação Brasileira de Mecânica dos 
Solos e Engenharia Geotécnica, Associação Brasileira de Cimento Portland, Associação 
Brasileira da Construção Metálica, Associação Brasileira de Corrosão, Associação 
Brasileira de Engenharia Consultiva, entre outras. 
Ao longo da historia a engenharia civil possuiu inúmeros profissionais de 
altíssimo nível, que contribuíram para o progresso das ciências e da engenharia e para o 
desenvolvimento da humanidade. 
A seguir são descritos de forma resumidos alguns dos principais feitos da 
engenharia civil e seus principais autores: 
 
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Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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1. Fundamentos Básicos da Engenharia Civil: Citam-se alguns engenheiros 
civis no mundo e no Brasil e cientistas que lançaram os fundamentos básicos 
da moderna engenharia, principalmente nas áreas de geotecnia, hidráulica, 
estruturas e resistência dos materiais e demais áreas da ciência: 
 
a) William John Macquorn Rankine, engenheiro civil escocês (1820-
1872) que deu enorme contribuição a diversos ramos da engenharia, 
incluindo a área de mecânica dos solos com a teoria sobre empuxos 
em maciços terrosos, denominada de método de Rankine, nas áreas 
de termodinâmica com a escala de Rankine, e em mecânica. 
Inicialmente teve interesse pela matemática e musica, e em seguida 
passou a trabalhar com projetos e construção de sistemas fluviais, 
hidráulica, ferrovias e portos. 
 
 
William John Macquorn Rankine 
 
b) Henry Philibert Gaspard Darcy (10 Junho, 1803 – 3 Janeiro, 1858), 
engenheiro civil Francês, que lançou as bases da hidráulica, 
publicando a Lei de Darcy, sobre a perda de carga de fluidos através 
de condutos. Como engenheiro, participou de um grande numero de 
obras hidráulicas. 
 
 Henry Darcy 
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c) Charles Augustin de Coulomb, engenheiro civil, matemático e 
cientista francês (1736-1806), graduou-se em 1761 pela ``École du 
Génie at Mézières´´ de Paris. Coulomb deu enorme contribuição à 
engenharia e à física, principalmente na área de resistência dos 
materiais. 
Como engenheiro civil, envolveu-se em diversas áreas, como projeto 
de estruturas, mecânica dos solos, fortificações, entre outras. 
Trabalhou na Martinica onde foi encarregado de projetar e construir o 
Forte Bourbon. Devido a problemas de saúde teve que retornar à 
França onde se dedicou à ciência. 
 
 
Charles Augustin de Coulomb 
 
d) Stephen Prokofyevich Timoshenko, engenheiro mecânico e civil 
russo (1878-1972), graduado pela ``St. Petersburg Railway 
Engineering Institute´´ em 1901. Durante toda carreira profissional 
dedicou-se ao estudo da resistência dos materiais e sistemas 
estruturais, desenvolvendo vários métodos, principalmente em 
estática e dinâmica das estruturas. Emigrou para os Estados Unidos 
em 1922, e a partir 1936 foi professor na Stanford University. 
O professor Timoshenko é considerado o pai da mecânica, 
principalmente em analise de estruturas. 
 
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Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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Stephen Prokofyevich Timoshenko 
2. Remodelação de Paris: Sob a administração do Barão Haussmann e a 
coordenação do engenheiro civil Marie François Eugène Belgrand (1810-
1878), Paris passou por uma intensa reconstrução, tendo produzido grandes 
avenidas, edifícios majestosos e um dos mais fabulosos sistemas de esgotos 
do mundo. Grande parte da atual Paris deve-se a esses grandes profissionais 
que tiveram a ousadia e a capacidade de vislumbrar o futuro e criar uma das 
mais belas cidades do mundo moderno. 
 
 
 Marie François Eugène Belgrand 
 
3. Torre Eiffel: Foi projetada e construída pelo engenheiro civil Gustave 
Alexandre Eiffel (1832-1923) que se tornou grande projetista de estruturas 
metálicas, tendo projetado centenas de outras obras famosas, como a 
estrutura da Estatua da Liberdade em Nova York, o viaduto de Garabit na 
França e a ponte do Porto, em Portugal. Eiffel foi o primeiro engenheiro a 
construir um túnel de vento para analise de aerodinâmica dos primeiros 
aviões na década de 1910. 
 
 
Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
 12
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gustave Alexandre Eiffel 
 
4. Canal de Suess: Deve-se a Ferdinand de Lesseps, engenheiro civil francês 
(1805-1894) a construção do Canal de Suess ligando o Mar Mediterrâneo ao 
Mar Vermelho, através do Egito. Foi também um dos primeiros 
idealizadores do Canal do Panamá. 
 
 
 Ferdinand de Lesseps 
 
5. Canal do Panamá: O Canal do Panamá teve inicio entre 1881 e 1889 pelos 
franceses, com Lesseps a frente do projeto, tendo sido abandonado devido 
aos problemas enfrentados pela selva e condições insalubres. A partir de 
1904 as obras foram retomadas pelos Estados Unidos. 
Inicialmente teve a coordenação do engenheiro civil John F. Wallace que 
enfrentou sérios problemas, principalmente com a malaria. Para dar 
continuidade às obras o presidente Roosevelt enviou o engenheiro civil John 
Stevens (1853-1943), que contratou o medico sanitarista Dr. William Gorgas 
para a erradicação da malaria. Sob a coordenação de Stevens, o projeto foi 
Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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remodelado, feito o saneamento dos pântanos e construção de vilas para os 
operários, fornecendo melhores condições de trabalho. 
John Stevens antes de ir para o Panamá era um famoso engenheiro civil 
projetista e construtor de ferrovias nos Estados Unidos. Segundo a historia, 
ao terminar as obras do canal, ele não quis participar da inauguração e 
regressou para os EUA, tendo continuado na área de ferrovias e aposentado 
em 1923. 
 
 
 John Stevens 
Segundo os historiadores, o sucesso da construção do Canal do Panamá 
deve-se a três pessoas: O presidente Theodore Roosevelt, o engenheiro civil 
John Stevens e ao medico sanitarista William Gorgas. 
 
6. Ferrovia Transcontinental: Na América do Norte houve duas sagas da 
engenharia civil em obras ferroviárias, uma foi a construção da ferrovia 
transcontinental no Canadá e a outra nos Estados Unidos. 
No dia 10 de maio de 1869, exatamente às 12:00 h, a ferrovia Union Pacific 
foi inaugurada, fazendo a ligação entre o Oceano Atlânticoe o Pacifico, com 
a finalização da linha no local denominado Promontory, no Estado de Utah, 
onde foi cravado o ultimo prego de linha. Participaram desta obra diversos 
engenheiros civis. 
Uma outra obra ferroviária de grande vulto foi a construção da ferrovia 
Canadian Pacific, no Canadá. A realização desta ferrovia deveu-se em 
grande parte à obstinação do engenheiro civil William Cornelius Van Horn. 
Como obra ferroviária, outra saga da engenharia civil foi a construção da 
Ferrovia Transiberiana, ligando Moscou a Vladivistok no Mar do Japão, com 
Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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uma extensão de aproximadamente 9.000 km, atravessando oito fusos 
horários. 
 
7. Ponte do Brooklyn em Nova York: A ponte do Brooklyn, com cerca de 1,8 
km de extensão em estrutura pênsil, foi projetada e construída pelo 
engenheiro civil John Augustus Roebling (1806-1869). John A. Roebling 
formou-se engenheiro civil na Alemanha e emigrou para os EUA, onde 
projetou e construiu diversas pontes penseis antes de ganhar o concurso para 
a ponte do Brooklyn. 
A construção da ponte teve inicio em 1867 e terminou em 1884. Roebling 
faleceu em um acidente durante a construção, sendo substituído pelo seu 
filho, também engenheiro civil, Washington Roebling, que também sofreu 
um acidente e continuou a comandar a construção da ponte em uma maca. 
 
 
John Augustus Roebling 
 
 
8. Ponte Golden Gate em San Francisco: A ponte Golden Gate, a mais famosa 
ponte de San Francisco, ligando a cidade a Salsalito, foi construída entre os 
anos de 1933 a 1937, com um comprimento total de 2,7 km, em estrutura 
pênsil. Teve como idealizador, coordenador do projeto e da construção o 
engenheiro civil Joseph Baerman Strauss (1870-1938). 
Strauss faleceu um ano após a inauguração, deixando para a cidade de San 
Francisco esta obra como principal cartão postal. 
 
Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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Joseph Baerman Strauss 
 
9. Ponte Bay Bridge de San Francisco: A ponte Bay Bridge ligando San 
Francisco a Oakland, possui um trecho suspenso, um em túnel e outro em 
estrutura metálica, totalizando 11 km, com dois níveis. Foi construído entre 
os anos de 1930 e 1936, sendo o chefe do projeto o engenheiro civil Charles 
H. Purcell (1885-1951), tendo como assistente o engenheiro civil Charles E. 
Andrew e como desenhista Glen Woodruff. 
 
 
Charles H. Purcell 
 
10. Mecânica dos Solos: Até o inicio do Século XX os trabalhos na área de 
geotecnia eram realizados de forma empírica, com base na experiência do 
profissional. Em 1928 o Professor Karl Von Terzaghi publicou o primeiro 
livro denominado “Soil Mechacnics”, lançando os fundamentos da Mecânica 
dos Solos como ciência de engenharia civil. 
Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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Karl Terzaghi (1883-1963) nasceu em Praga, formou-se engenheiro civil em 
Viena, na Áustria, onde publicou sua tese de doutoramento. Emigrou para os 
Estados Unidos onde foi professor e pesquisador na Universidade de 
Harvard, no MIT (Massachusetts Institute of Technology) onde juntamente 
com outros pesquisadores desenvolveu as bases da mecânica dos solos, 
publicando uma quantidade muito grande de artigos na área de geotecnia. O 
Prof. Terzaghi foi um dos maiores consultores em geotecnia, participando de 
inúmeros projetos em todas as partes do mundo. 
Terzaghi é considerado o pai da mecânica dos solos e um dos maiores 
engenheiros civis do Século XX. 
 
 
 Karl Terzaghi 
 
 A ASCE (American Society of Civil Engineers) concede aos maiores 
especialistas em geotecnia, que tenham contribuido para o desenvolvimento da área, o 
premio Terzaghi Lecture. 
 
- Eminentes Engenheiros Civis brasileiros: 
 
O Brasil possui uma engenharia civil muito desenvolvida, equiparando-se aos 
paises mais desenvolvidos. Isto se deve a grandes obras como usinas hidroelétricas, 
rodovias, pontes, etc., e a centros de pesquisas avançadas nas diversas áreas da 
engenharia civil. 
Ao longo da historia o Brasil contou com inúmeros profissionais de elevada 
competência, entre eles, pode-se citar: 
 
Noções sobre Engenharia Civil Prof. Rudney C. Queiroz 
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a) André Rebouças (1843-1898): Nascido na Bahia seguiu a carreira de 
engenheiro civil, tornando-se o responsável por importantes obras 
ferroviárias, portuárias e de saneamento em diversas províncias do Brasil. 
Foi militante do movimento abolicionista junto com José do Patrocínio, 
tendo fundado, com Joaquim Nabuco, o Centro Abolicionista da Escola 
Politécnica, onde era professor e jornalista. 
 
b) Eugenio Gudin (1886-1986) engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio 
de Janeiro (1905). Professor da Universidade do Brasil. Atuou como 
Engenheiro na construção de Ribeirão das Lages nas obras do Rio Carioca 
do abastecimento de água do Rio de Janeiro, da Exposição Nacional de 1908 
e várias outras obras tais como na Construção da grande represa do Acarape 
no Ceará. Foi Presidente da Associação das Estradas de Ferro do Brasil da 
Companhia Paulista de Força e Luz e da Sociedade Brasileira de Economia 
Política. Doutor Honorís Causa pela Universidade de Dijon, França e pela 
Universidade da Bahia (1957), recebeu também, Diploma de Doutor Honorís 
Causa da Escola Superior de Guerra (1978). Professor da Universidade do 
Brasil (1957). Sócio honorário da American Economic Associatíon. Homem 
Global (1973) e Homem Visão (1974). 
 
c) Francisco Paes Leme de Monlevade (1861-1944) Engenheiro Civil 
responsável pela primeira eletrificação ferroviária no Brasil. Diretor (1897) e 
Inspetor Geral da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (1907 – 1927) 
implantou a eletrificação da linha principal da Cia Paulista, no interior do 
Estado de São Paulo. 
Este feito fez com que de 1921 a 1926, o Brasil ganhou uma ferrovia 
eletrificada com o sistema mais moderno existente na época, superando 
então quase todos os demais paises. 
 
d) Entre outros iminentes engenheiros civis brasileiros, pode-se citar: Prestes 
Maia, Odair Grillo, Ramos de Azevedo, Teodoro Sampaio, Aarão Reis, 
Figueiredo Ferraz, Lucas Nogueira Garces, Falcão Bauer, Milton Vargas e 
muitos outros mais. 
 
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4. Código de Ética do Engenheiro 
 
 Etimologicamente falando, ética vem do grego "ethos" ou “ηθική, ethiké”, e tem 
seu correlato no latim "morale", com o mesmo significado: Conduta, ou relativo aos 
costumes. Pode-se concluir que ética e moral são palavras sinônimas. 
 Portanto, Ética é um ramo da filosofia, e um sub-ramo da axiologia (estudo da 
razão). A ética estuda a natureza do que é considerado adequado e moralmente correto. 
Pode-se afirmar também que Ética é, portanto, uma Doutrina Filosófica que tem por 
objeto a Moral no tempo e no espaço, sendo o estudo dos juízos de apreciação referente 
à conduta humana. 
 A Ética tem sido aplicada na economia, política e ciência política, conduzindo a 
muitos campos distintos e não relacionados de ética aplicada, incluindo: éticanos 
negócios, na sociedade, no direito, na medicina, na engenharia, nas ciências biológicas, 
nas ciências humanas, entre outras áreas de atividades. 
 No exercício da profissão, o engenheiro civil deve se ater constantemente à 
ética, pois é uma profissão que lida diretamente com o ser humano em sociedade e com 
suas interferências com o meio ambiente. A importância do trabalho do engenheiro civil 
é observada a todo instante, pois esse profissional projeta, constrói e mantém o habitat 
do ser humano. Considerando que a grande parte da infra-estrutura de um país, como as 
rodovias, ferrovias, vias publicas urbanas, hospitais, escolas, saneamento básico, 
geração de energia e controle do meio ambiente, entre outras, são obras exclusivas da 
engenharia civil e envolvem grandes investimentos financeiros públicos. 
 
A Ética na Engenharia é regulamentada através da “Resolução Nº 205, de 
30/09/1971 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, publicado 
no Diário Oficial da União” de 23/11/1971. 
 
A seguir transcreve-se o Código de Ética do Engenheiro: 
 
São deveres dos profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia: 
 
1º - Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir com seus 
conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir à humanidade. 
 
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2º - Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a 
prática de atos que comprometam a sua dignidade. 
 
3º - Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas. 
 
4º - Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar legítimos 
interesses de outros profissionais. 
 
5º - Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam 
competição de preços por serviços profissionais. 
 
6º - Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público, devendo, quando 
Consultor, limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham sido objeto da 
consulta. 
 
7º - Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para com 
seus clientes e empregadores ou chefes, e com espírito de justiça e eqüidade para com 
os contratantes e empreiteiros. 
 
8º - Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional dos seus empregados ou 
subordinados e tratá-los com retidão, justiça e humanidade. 
 
9º - Colocar-se a par da legislação que rege o exercício profissional da Engenharia, da 
Arquitetura e da Agronomia, visando a cumpri-la corretamente e colaborar para sua 
atualização e aperfeiçoamento. 
 
 
Guia do Profissional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia para Aplicação do 
Código de Ética: 
 
Art. 1º - Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir com seus 
conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir à humanidade. 
 
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional: 
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a) Cooperar para o progresso da coletividade, trazendo seu concurso intelectual e 
material para as obras de cultura, ilustração técnica, ciência aplicada e investigação 
científica. 
 
b) Despender o máximo de seus esforços no sentido de auxiliar a coletividade na 
compreensão correta dos aspectos técnicos e assuntos relativos à profissão e a seu 
exercício. 
 
c) Não se expressar publicamente sobre assuntos técnicos sem estar devidamente 
capacitado para tal e, quando solicitado a emitir sua opinião, somente fazê-lo com 
conhecimento da finalidade da solicitação e se em benefício da coletividade. 
 
 
Art. 2º - Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a 
prática de atos que comprometam a sua dignidade. 
 
Em conexão com o cumprimento deste Artigo deve o profissional: 
 
a) Cooperar para o progresso da profissão, mediante o intercâmbio de informações 
sobre os seus conhecimentos e tirocínio, e contribuição de trabalho às associações de 
classe, escolas e órgãos de divulgação técnica e científica. 
 
b) Prestigiar as Entidades de Classe, contribuindo, sempre que solicitado, para o sucesso 
das suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da coletividade. 
 
c) Não nomear nem contribuir para que se nomeiem pessoas que não tenham a 
necessária habilitação profissional para cargos rigorosamente técnicos. 
 
d) Não se associar a qualquer empreendimento de caráter duvidoso ou que não se 
coadune com os princípios da ética. 
 
e) Não aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às 
disposições vigentes, ou ainda que possam prestar-se a malícia ou dolo. 
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f) Não subscrever, não expedir, nem contribuir para que se expeçam títulos, diplomas, 
licenças ou atestados de idoneidade profissional, senão a pessoas que preencham os 
requisitos indispensáveis para exercer a profissão. 
 
g) Realizar de maneira digna a publicidade que efetue de sua empresa ou atividade 
profissional, impedindo toda e qualquer manifestação que possa comprometer o 
conceito de sua profissão ou de colegas. 
 
h) Não utilizar sua posição para obter vantagens pessoais, quando ocupar um cargo ou 
função em organização profissional. 
 
 
Art. 3º - Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas. 
 
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional: 
 
a) Não prejudicar, de maneira falsa ou maliciosa, direta ou indiretamente, a reputação, a 
situação ou a atividade de um colega. 
 
b) Não criticar de maneira desleal os trabalhos de outro profissional ou as 
determinações do que tenha atribuições superiores. 
 
c) Não se interpor entre outros profissionais e seus clientes sem ser solicitada sua 
intervenção e, nesse caso, evitar, na medida do possível, que se cometa injustiça. 
 
 
Art. 4º - Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar 
legítimos interesses de outros profissionais. 
 
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional: 
 
a) Não se aproveitar nem concorrer para que se aproveitem de idéias, planos ou projetos 
de autoria de outros profissionais, sem a necessária citação ou autorização expressa. 
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b) Não injuriar outro profissional, nem criticar de maneira desprimorosa sua atuação ou 
a de entidades de classe. 
 
c) Não substituir profissional em trabalho já iniciado, sem seu conhecimento prévio. 
 
d) Não solicitar nem pleitear cargo desempenhado por outro profissional. 
 
e) Não procurar suplantar outro profissional depois de ter este tomado providências paraa obtenção de emprego ou serviço. 
 
f) Não tentar obter emprego ou serviço à base de menores salários ou honorários nem 
pelo desmerecimento da capacidade alheia. 
 
g) Não rever ou corrigir o trabalho de outro profissional, salvo com o consentimento 
deste e sempre após o término de suas funções. 
 
h) Não intervir num projeto em detrimento de outros profissionais que já tenham atuado 
ativamente em sua elaboração, tendo presentes os preceitos legais vigentes. 
 
 
Art. 5º - Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam 
competição por serviços profissionais. 
 
Em conexão com o cumprimento deste Artigo deve o profissional: 
 
a) Não competir por meio de reduções de remuneração ou qualquer outra forma de 
concessão. 
 
b) Não propor serviços com redução de preços, após haver conhecido propostas de 
outros profissionais. 
 
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c) Manter-se atualizado quanto a tabelas de honorários, salários e dados de custo 
recomendados pelos órgãos de Classe competentes e adotá-los como base para serviços 
profissionais. 
 
 
Art. 6º - Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público, devendo, 
quando Consultor, limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham sido objeto 
de consulta. 
 
Em conexão com o cumprimento deste Artigo deve o profissional: 
 
a) Na qualidade de Consultor, perito ou árbitro independente, agir com absoluta 
imparcialidade e não levar em conta nenhuma consideração de ordem pessoal. 
 
b) Quando servir em julgamento, perícia ou comissão técnica, somente expressar a sua 
opinião se baseada em conhecimentos adequados e convicção honesta. 
 
c) Não atuar como consultor sem o conhecimento dos profissionais encarregados 
diretamente do serviço. 
 
d) Se atuar como consultor em outro país, observar as normas nele vigentes sobre 
conduta profissional, ou - no caso da inexistência de normas específicas - adotar as 
estabelecidas pela FMOI (Fédération Mondiale des Organisations d'Ingénieurs). 
 
e) Por serviços prestados em outro país, não utilizar nenhum processo de promoção, 
publicidade ou divulgação diverso do que for admitido pelas normas do referido país. 
 
 
Art. 7º - Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para 
com seus clientes e empregadores ou chefes, e com o espírito de justiça e eqüidade para 
com os contratantes e empreiteiros. 
 
Em conexão com o cumprimento deste Artigo deve o profissional: 
 
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a) Considerar como confidencial toda informação técnica, financeira ou de outra 
natureza, que obtenha sobre os interesses de seu cliente ou empregador. 
 
b) Receber somente de uma única fonte honorários ou compensações pelo mesmo 
serviço prestado, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido consentimento 
de todas as partes interessadas. 
 
c) Não receber de empreiteiros, fornecedores ou de entidades relacionadas com a 
transação em causa, comissões, descontos, serviços ou outro favorecimento, nem 
apresentar qualquer proposta nesse sentido. 
 
d) Prevenir seu empregador, colega interessado ou cliente, das conseqüências que 
possam advir do não-acolhimento de parecer ou projeto de sua autoria. 
 
e) Não praticar quaisquer atos que possam comprometer a confiança que lhe é 
depositada pelo seu cliente ou empregador. 
 
 
Art. 8º - Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional de seus empregados 
ou subordinados e tratá-los com retidão, justiça e humanidade. 
 
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional: 
 
a) Facilitar e estimular a atividade funcional de seus empregados, não criando 
obstáculos aos seus anseios de promoção e melhoria. 
 
b) Defender o princípio de fixar para seus subordinados ou empregados, sem distinção, 
salários adequados à responsabilidade, à eficiência e ao grau de perfeição do serviço que 
executam. 
 
c) Reconhecer e respeitar os direitos de seus empregados ou subordinados no que 
concerne às liberdades civis, individuais, políticas, de pensamento e de associação. 
 
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d) Não utilizar sua condição de empregador ou chefe para desrespeitar a dignidade de 
subordinado seu, nem para induzir um profissional a infringir qualquer dispositivo deste 
Código. 
 
 
Art. 9º - Colocar-se a par da legislação que rege o exercício profissional da Engenharia, 
da Arquitetura e da Agronomia, visando a cumpri-la corretamente e colaborar para sua 
atualização e aperfeiçoamento. 
 
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional: 
 
a) Manter-se em dia com a legislação vigente e procurar difundi-la, a fim de que seja 
prestigiado e defendido o legítimo exercício da profissão. 
 
b) Procurar colaborar com os órgãos incumbidos da aplicação da Lei de regulamentação 
do exercício profissional e promover, pelo seu voto nas entidades de classe, a melhor 
composição daqueles órgãos. 
 
c) Ter sempre presente que as infrações deste Código de Ética serão julgadas pelas 
Câmaras Especializadas instituídas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura 
e Agronomia - CREAs - cabendo recurso para os referidos Conselhos Regionais e, em 
última instância, para o CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e 
Agronomia - conforme dispõe a legislação vigente. 
 
5. Atribuições Profissionais do Engenheiro Civil 
 
5.1. Atribuições Profissionais da Resolução 218 de 29/06/1973 
 
De acordo com a Resolução nº 218 de 29/06/1973 do CONFEA (Conselho Federal de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia): 
 
Art. 7º - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE 
FORTIFICAÇÃO e CONSTRUÇÃO: 
 
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I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a 
edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de 
abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques; 
drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e correlatos. 
 
Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às 
diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em 
nível médio, ficam designadas as seguintes atividades: 
 
Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica; 
 
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação; 
 
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica; 
 
Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria; 
 
Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico; 
 
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; 
 
Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica; 
 
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação,ensaio e divulgação técnica; 
extensão; 
 
Atividade 09 - Elaboração de orçamento; 
 
Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade; 
 
Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico; 
 
Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico; 
 
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Atividade 13 - Produção técnica e especializada; 
 
Atividade 14 - Condução de trabalho técnico; 
 
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou 
manutenção; 
 
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo; 
 
Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação; 
 
Atividade 18 - Execução de desenho técnico. 
 
5.2. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) 
 
Anotação de Responsabilidade Técnica – Lei 6.496/77 institui a "Anotação de 
Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de Engenharia, de Arquitetura e 
Agronomia. 
 
Destaque da Lei 6.496/77: 
 
 Art. 1º – todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou 
prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à 
Agronomia fica sujeito à "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART). 
 
O QUE É ART 
 
a) É o documento que define para os efeitos legais os responsáveis técnicos por uma 
obra ou serviço nas áreas da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, conforme 
determina a Lei 6.496/77 e a Resolução 425/98 – Confea; 
 
b) É um instrumento básico para a fiscalização do exercício da profissão, permitindo 
identificar se uma obra ou serviço está sendo realizado por um profissional habilitado; 
 
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c) É a garantia técnica e contratual ao profissional e ao cliente na prestação de serviços 
e/ou obras de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. 
 
 
A Importância da ART para a Sociedade: 
 
a) Permite que a sociedade identifique os responsáveis por determinado 
empreendimento e as características do serviço prestado; 
 
b) Em caso de sinistro e acidentes, a ART identifica, individualmente, os profissionais 
responsáveis auxiliando na acareação dos responsáveis junto ao poder público; 
 
c) a ART garante os direitos básicos estabelecidos no Código de Defesa do Consumidor 
(Lei 8.076/90 – Art. 6º, inciso I). 
 
A Importância da ART para o Profissional: 
 
a) Garante os direitos autorais; 
 
b) Funciona como contrato de trabalho/serviço entre as partes; 
 
c) Define os limites de responsabilidade e viabiliza o Acervo Técnico. 
 
 
6. Responsabilidades Decorrentes da Construção 
 
 6.1. Responsabilidades Civis 
 
 A seguir apresentam-se de forma resumida alguns tópicos relativos às 
responsabilidades que o engenheiro civil possui sobre projetos e construções. 
 Segundo Meirelles (1979): Da construção, como realização material e 
intencional do homem, podem resultar responsabilidades diversas do construtor para 
com o proprietário da obra, e deste para com vizinhos e terceiros que venham a ser 
prejudicados pelo só fato da construção ou por ato dos que a executam. 
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 A construção de obra particular ou pública, além das responsabilidades 
estabelecidas no contrato, pode acarretar outras para o construtor, para o autor do 
projeto, para o fiscal ou consultor, e para o proprietário ou Administração contraente. 
 São responsabilidades legais e extracontratuais, de ordem pública, decorrente da 
lei, de fatos da obra e da ética profissional, e, por isso mesmo, independente de 
convenção das partes. Daí a necessidade de ser apreciada separadamente cada uma 
dessas responsabilidades, para se fixar com precisão os encargos de todos os 
participantes da obra, e de quem a encomendou. 
 Cabe ao Poder Publico (Prefeituras e demais órgãos públicos) conceder o Alvará 
de Construção, desde que a obra se enquadre dentro do Código de Obras e das leis que 
regem aquele tipo de empreendimento. 
 O Alvará de Construção é concedido ao responsável pela execução da obra 
(engenheiro civil), transferindo para o profissional todas as responsabilidades 
decorrentes da construção. 
 Vale observar que quando um engenheiro civil submete um projeto à aprovação 
junto ao poder publico (prefeitura ou outro órgão), o alvará de construção é concedido 
em nome do engenheiro civil responsável pela obra. Pois dele é a responsabilidade 
integral pela segurança e integridade da obra. Aos demais profissionais que atuam na 
obra como pedreiros, eletricistas, armadores, carpinteiros encanadores, entre outros, não 
cabem responsabilidades pela segurança e solidez, cabendo única e exclusivamente ao 
engenheiro civil responsável, pois este é profissional habilitado e registrado no CREA. 
 
 Nesta ordem de idéias, serão examinadas as seguintes responsabilidades: 
 
a) Responsabilidade pela Perfeição da Obra: a responsabilidade pela perfeição 
da obra é o primeiro dever legal de todo profissional ou firma de engenharia 
civil ou arquitetura, sendo de se presumir em qualquer contrato de 
construção, particular ou publica, mesmo que não conste de nenhuma 
cláusula do ajuste. Isto porque a construção civil é modernamente, mais que 
um empreendimento leigo, um processo técnico de alta especialização, que 
exige além da peritia artis do passado, a peritia technica do profissional da 
atualidade (Meirelles, 1979). 
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Tanto o autor do projeto, quanto o construtor respondem pela imperfeição da 
obra, até que se apure a quem cabe a incorreção profissional, equiparável à 
culpa comum. 
 
b) Responsabilidade pela Solidez e Segurança da Obra: a responsabilidade pela 
solidez de obra particular ou publica é de natureza legal. De acordo com o 
Novo Código Civil, Lei no 10.406, de 10/01/2002, Capítulo VIII – DA 
EMPREITADA, têm-se os principais artigos: 
Art. 610. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ele só com seu 
trabalho ou com ele e os materiais; 
§ 1º A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta da lei ou 
da vontade das partes. 
§ 2 º O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de 
executá-lo, ou de fiscalizar-lhe a execução. 
Art. 611. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os 
riscos até o momento da entrega da obra, a contento de que a encomendou, 
se este não estiver em mora de receber. Mas se estiver, por sua conta 
correrão os riscos. 
Art. 612. Se o empreiteiro só forneceu mão de obra, todos os riscos em que 
não tiver culpa correrão por conta do dono. 
Art. 613. Sendo a empreitadaunicamente de lavor (art. 610), se perecer antes 
de entregue, sem mora do dono nem culpa do empreiteiro, este perderá a 
retribuição, se não provar que a perda resultou de defeito dos materiais e 
quem em tempo reclamar contra a sua quantidade ou qualidade. 
Art. 614. Se a obra constar de partes distintas, ou for de natureza das que se 
determinam por medida, o empreiteiro terá direito a que também se verifique 
por medida, ou segundo as partes em que se dividir, podendo exigir o 
pagamento na proporção da obra executada. 
Art. 615. Concluída da obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, 
o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeite-la, se o empreiteiro se 
afastou das instruções recebidas e dos planos dados, ou das regras técnicas 
em trabalhos de tal natureza. 
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Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente, pode que 
encomendou a obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento no 
preço. 
Art. 617. O empreiteiro é obrigado a pagar os materiais que recebeu se por 
imperícia ou negligencia os inutilizar. 
Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções 
consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o 
prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim 
em razão dos materiais, como do solo. 
Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra 
que não propuser a ação contra o empreiteiro, nos cento e oitenta dias 
seguintes ao aparecimento do vício ou defeito. 
Art. 621. Sem anuência do seu autor, não pode o proprietário da obra 
introduzir modificações no projeto por ele aprovado, ainda que a execução 
seja confiada a terceiros, a não ser que, por motivos supervenientes ou razoes 
de ordem técnica, fique comprovada a inconveniência ou a excessiva 
onerosidade de execução do projeto em sua forma originária. 
Parágrafo único. A proibição deste artigo não abrange alterações de pouca 
monta, ressalvada sempre a unidade estética da obra projetada. 
Art. 622. Se a execução da obra for confiada a terceiros, a responsabilidade 
do autor do projeto respectivo, desde que não assuma a direção ou 
fiscalização daquela, ficará limitada aos danos resultantes de defeitos 
previstos no art. 618 e seu parágrafo único. 
 
 Vale lembrar que a responsabilidade do prestador de serviços, tanto em projetos 
como em execução de obras, deve ser seguida, também, toda a legislação do Código de 
Defesa do Consumidor. 
 
 De acordo com Meirelles (1979), “O prazo qüinqüenal (cinco anos) que trata o 
art. 618 é de garantia e não de prescrição. Desde que a falta de solidez ou a segurança 
da obra apresente-se dentro de cinco anos de seu recebimento, a ação contra o 
construtor e demais participantes do empreendimento subsiste pelo prazo prescricional 
comum de 20 anos, a contar do dia em que surgiu o defeito”. 
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 Projetando ou construindo, o arquiteto ou o engenheiro civil ou a empresa 
habilitada, cada um é autônomo no desempenho de suas atribuições profissionais e 
responde técnica e civilmente por seus trabalhos, quer os execute pessoalmente, quer os 
faça executar por prepostos ou auxiliares. Em tema de construção, pode-se dizer que há 
uma cadeia de responsabilidades, que se inicia no autor do projeto e termina no seu 
executor. 
 Verifica-se que os profissionais que não são habilitados, como os pedreiros, 
armadores, carpinteiros, encanadores, eletricistas, etc., não são responsabilizados 
diretamente, podendo participar dos processos na qualidade de testemunhas. As 
responsabilidades recaem somente no (s) arquiteto (s) ou engenheiro (s) civil (is) 
responsável pelo projeto e pela obra. 
 
 c) Responsabilidade por Danos a Vizinhos e Terceiros: 
 
 A construção, muitas vezes, sem culpa dos seus executores, comumente causa 
danos à vizinhança, por recalques do terreno, vibrações do estaqueamento, queda de 
materiais e outros eventos comuns na edificação. Tais danos têm que ser reparados 
pelos seus responsáveis. 
 Vizinho não é somente aquele que está ao lado ou faz divisa com a obra e sim 
quem se encontra nas proximidades e é afetado pela construção. 
 Um exemplo muito comum é a construção de aterros em terrenos urbanos 
próximos de construções existentes. Os recalques devido à colapsividade do solo 
produzem um arqueamento no terreno original atingindo construções vizinhas e 
produzindo danos estruturais, como trincas, ruptura de canalizações, etc. 
 Neste caso, o responsável pela obra assume a responsabilidade, pois se entende 
que o proprietário é um leigo e contratou um serviço especializado com um profissional 
habilitado. 
 Segundo Meirelles (1979) “Se a execução do projeto esta sob a responsabilidade 
de profissional diplomado ou a sociedade legalmente autorizada a construir, fica 
afastada a presunção de culpa do proprietário, ainda que o dano decorra de ato culposo 
do construtor ou de seus prepostos, porque não é admissível que o leigo fiscalize o 
profissional na sua atividade técnica. Daí por que não há falar em culpa in vigilando do 
dono da obra em relação ao construtor habilitado, qualquer que seja a modalidade do 
contrato de construção”. 
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 Ainda segundo Meirelles (1979) “A lei civil abre uma exceção para 
responsabilizar, em caso de danos a vizinhos e terceiros, quando resultantes da ruína do 
edifício, parte deste, ou construção carentes de reparos, cuja necessidade fosse 
manifesta”. 
 
 
 d) Responsabilidade pelos Materiais: 
 
A escolha dos materiais a serem empregados na obra ou serviço é da 
competência exclusiva do profissional responsável. Logo, por medida de precaução, 
tornou-se habitual fazer a especificação desses materiais através do "Memorial 
Descritivo" e “Especificações Técnicas”, determinando tipo, marca e peculiaridade 
outras, dentro dos critérios exigíveis de segurança. Quando o material não estiver de 
acordo, com as especificações, ou dentro dos critérios de segurança, o profissional deve 
rejeitá-lo, sob pena de responder por qualquer dano futuro. 
 
 
e) Responsabilidade Objetiva: 
 
Estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor - Artigos 12º e 14º. 
Resultante das relações de consumo, envolvendo o fornecedor de produtos e de serviços 
(pessoa física e jurídica) e o consumidor, assegura direitos consagrados pela Lei 8.078, 
que dispõe sobre a Proteção ao Consumidor. 
O Código responde a uma antiga aspiração da sociedade, visando à garantia de 
proteção físico-psíquica ao consumidor, incluindo proteção à vida, ao meio ambiente e a 
proteção no aspecto econômico, detalhando quais são esses direitos e a forma como 
pretende viabilizar essa proteção. A responsabilidade profissional está mais do que 
nunca, estabelecida através do Código de Defesa e Proteção ao Consumidor, pois coloca 
em questão a efetiva participação preventiva e consciente dos profissionais. 
Portanto, é fundamental que o profissional esteja atento à obrigatoriedade de 
observância às Normas Técnicas eà execução de orçamento prévio de projeto completo, 
com especificação correta de qualidade, garantia contratual (contrato escrito) e legal 
(ART). 
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Uma infração ao Código de Defesa e Proteção ao Consumidor coloca o 
profissional (pessoa física e jurídica) em julgamento, com possibilidade de rito 
sumaríssimo, inversão do ônus da prova e com assistência jurídica gratuita ao 
consumidor, provocando, assim, a obrigação de sua obediência. 
 
 Além dessas responsabilidades, tem-se ainda: 
 
 Responsabilidade Administrativa, 
 Responsabilidade Ética, 
 Responsabilidade Trabalhista, 
 Responsabilidade por Tributos. 
 
 
 
 
 6.2. Responsabilidades Penais 
 
 
 Responsabilidade penal é toda aquela de decorre de infração definida em lei 
como crime ou contravenção, sujeitando o autor e co-autor, somente pessoas físicas a 
sanções de natureza corporal (reclusão, detenção, prisão simples), multa, ou restritiva de 
direito ou atividade. 
 
a) Responsabilidade por Desabamento: 
 
Para efeitos penais desabamento é a queda da construção por desequilíbrio 
ou ruptura dos elementos de sustentação. Desmoronamento é a destruição de obra da 
natureza, ou a realização humana, por desagregação ou deformação de suas estruturas, 
como ocorre nos escorregamentos de taludes. 
A modalidade dolosa por crime de desabamento ou desmoronamento é 
punida com reclusão e multa acumuladas, dada a gravidade da inflação (Meirelles 
(1979). 
Ainda segundo Meirelles (1979) “Causas dolosamente desabamento ou 
desmoronamento é propiciar, por ação ou omissão intencional, a queda de construção ou 
de partes do solo, expondo a perigo direto a vida, a integridade física ou o patrimônio de 
alguém. Neste crime incorrem os que executam ou ordenam demolições por meios 
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violentos, como explosões, solapamento de fundações, etc.) ou que, realizando trabalhos 
em outras obras causem o desabamento de construção vizinha, em razão de abalo, 
recalques, infiltrações ou escavações”. 
A modalidade culposa do crime de desabamento ou desmoronamento, 
prevista no parágrafo único do art. 256 do Código Penal, é punida simplesmente com 
detenção. Segundo Meirelles (1979) “A culpa pode revestir as mais variadas formas de 
imprudência, negligência ou imperícia e se situar em falhas na execução da obra, ou em 
erros do projeto. Em qualquer caso, porém, o causador do fato lesivo responde por suas 
conseqüências, desde que se estabeleça a relação de causa e efeito entre a ação ou 
omissão culposa e o desabamento ou desmoronamento”. 
A responsabilidade pelo crime culposo de desabamento ou desmoronamento 
é, em principio, dos profissionais habilitados que elaboraram o projeto ou se 
incumbiram de sua execução, não alcançando, em regra, o proprietário, nem os 
encarregados, mestres de obra e operários que colaboraram na construção. A 
responsabilidade única dos profissionais habilitados, (engenheiros civis ou arquitetos), 
decorre do fato da regulamentação destas profissões, legislação especifica profissional 
do CREA e da Construção Civil moderna ser atividade acentuadamente técnica, que 
exige conhecimentos científicos fora do alcance de leigos. 
 
b) Contravenção de Desabamento: 
 
A contravenção de desabamento se distingue do crime de desabamento, porque, 
para o crime exigi-se que o fato tenha resultado perigo efetivo para as pessoas ou bens, 
ao passo que para a contravenção, basta a possibilidade de perigo. 
Por exemplo, se alguém demolir por explosão uma laje sobre uma calçada de 
grande movimento de pessoas em hora movimentada sem os devidos cuidados, 
cometerá crime, pois houve perigo concreto. Se neste caso executar a demolição em 
uma hora erma, com pouco movimento, cometerá contravenção, pois ocorreu perigo 
eventual, dado que havia a possibilidade que alguém estivesse passando pelo local no 
momento da demolição. 
 
 
 
 
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c) Contravenção de Perigo de Desabamento: 
 
Neste caso a infração contravencional é dada somente pela omissão das 
providencias quanto a reparos ou demolição de obra, exigida pelo estado instável de 
suas estruturas, considerando o perigo pela potencial possibilidade de desabamento ou 
desmoronamento. 
 
d) Responsabilidade por Construção Clandestina: 
 
A construção clandestina é considerada toda obra que não possui o 
licenciamento com a aprovação pelo poder público. Portanto, toda obra realizada sem a 
aprovação (alvará de construção) é obra ilícita. Quem a executa sem o projeto aprovado, 
ou dele se afasta na execução dos trabalhos, se sujeita à sanção administrativa 
correspondente. 
Construção clandestina esta sujeita à ação de demolição pelo poder público 
(prefeitura) com base no poder de polícia. 
7. Placa de Identificação Profissional em Obras/Serviços 
 
 A identificação do profissional responsável por obra ou serviço de engenharia 
civil deve constar em placa a ser fixada em local visível da obra. 
 A placa deve constar o nome do profissional ou empresa, título completo do 
profissional responsável, número do CREA, tipo de responsabilidade e endereço. 
 O uso de placa é obrigatório conforme a RESOLUÇÃO Nº 407, de 09 AGOSTO 
1996. 
 
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso das atribuições 
que lhe confere a letra "f" do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, 
 
CONSIDERANDO que a colocação de placas previstas na Lei 5.194/66 tem por 
finalidade a identificação dos responsáveis técnicos pela obra, instalação ou serviço de 
Engenharia, Arquitetura ou Agronomia; 
 
CONSIDERANDO que cabe ao profissional decidir sobre a forma de se identificar 
como Responsável Técnico pela obra, instalação ou serviço, 
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RESOLVE: 
 
Art. 1º - O uso de placas de identificação do exercício profissional é obrigatório de 
acordo com o Art. 16 da Lei 5.194/66. 
 
Art. 2º - Os infratores estão sujeitos a pagamento de multa prevista no Art. 73, alínea 
"a", da Lei 5.194/66. 
 
Art . 16 da Lei 5.194/66: Enquanto durar a execução de obras, instalações e serviços de 
qualquer natureza é obrigatória a colocação e manutenção de placas visíveis e legíveis 
ao público, contendo o nome do autor e co-autores do projeto, em todos os seus 
aspectos técnicos e artísticos, assim como os dos responsáveis pela execução dos 
trabalhos. 
 
 
8. A Construção Civil 
 
 A construção civil como atividade técnica teve inicio na área militar e ao longo 
da historia ocorreua separação entre a construção bélica e a civil, sendo a ultima ligada 
diretamente às civitas, isto é, às cidades, denominada construção civil e modernamente 
constitui-se em uma atividade técnica e econômica denominada “Industria da 
Construção Civil” (Meirelles, 1979). 
 Todas as atividades relacionadas à construção civil, como projetos, execuções, 
materiais, características tecnológicas, ensaios, etc., são normalizados pela ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
 
 - Construção ou Edificação: 
 
São expressões técnicas de sentido diverso, comumente confundido pelos leigos. 
Construção é o gênero do qual a edificação é a espécie. Construção, como realização 
material é toda obra executada intencionalmente pelo homem. Edificação é a obra 
destinada à habitação, trabalho, saúde, culto, ensino ou recreação. 
 
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 - Projeto, Planta e Plano: 
 
 Projeto de uma construção é o conjunto de documentos constituídos por estudos, 
cálculos e desenhos necessários à expressão técnica da obra a ser executada. O projeto 
abrange: (a) estudos preliminares, tais como medições do terreno, sondagens do subsolo 
e ensaios de laboratório; (b) os cálculos estruturais dos elementos de fundações, vigas, 
pilares, lajes e demais elementos estruturais; (c) desenhos representativos de todos os 
projetos, como de fundações, estruturas, instalações hidráulicas e sanitárias, instalações 
elétricas e comunicações, etc., com plantas, cortes, fachadas e detalhamentos; (d) 
especificações técnicas, com descrição detalhada dos materiais e das técnicas a serem 
utilizadas, de acordo com as teorias consagradas e as normas técnicas de todos os 
projetos, no que diz respeito à execução da obra; (e) memórias de cálculo; (f) 
orçamentos e cronogramas financeiros e executivos. 
 Todos os projetos têm que ser confeccionados seguindo as melhores técnicas 
consagradas em todas as áreas da engenharia civil, tanto do ponto de vista teórico, 
experimentais e científicos. Alem disso devem estar de acordo com as normas técnicas 
relativas às metodologias, materiais e sistemas construtivos, relativos a cada área e 
descrito de forma detalhada através de memória de cálculo. 
 Todos os documentos dos projetos devem ser acompanhados das respectivas 
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). 
 Planta é a representação gráfica e em escala de toda a obra ou de cada parte, na 
horizontal e em cortes, com detalhes que possam ilustrar e tornar o projeto fácil de 
entender e executar. Escala é a relação existente entre as dimensões do objeto real e os 
do desenho. As escala dos desenhos e as dimensões das folhas são normalizadas pela 
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
 Plano no sentido amplo da palavra, dentro da construção civil é usado para a 
designação urbanística ou de outra área, como Plano Viário, Plano Urbanístico, Plano 
Diretor, Plano de Zoneamento, etc., mais utilizado pelo poder publico para a ordenação 
física regional e social de determinadas áreas. 
 
 Normas Técnicas: 
 
 As normas técnicas são as prescrições cientificas que definem todas as 
atividades ligadas à construção civil e outras áreas da indústria. 
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 As normas técnicas são elaboradas por entidades especializadas em cada país, 
com a consultoria de profissionais altamente especializados e em resultados de estudos 
científicos comprovados. 
 No Brasil a entidade responsável pela elaboração das normas técnicas é a ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
 A publicação das normas técnicas sobre determinada área deve ser de 
conhecimento obrigatório dos profissionais e atendimento na realização de projetos e 
execução de obras. 
 Portanto, ao elaborar um projeto ou executar uma obra, o engenheiro civil deve 
conhecer e seguir as prescrições de todas as normas técnicas da ABNT relativas a 
métodos, sistemas, materiais, características tecnológicas, ensaios, etc., do serviço ou 
dos serviços que estão sendo realizados. 
 
REFERÊNCIAS 
 
Coduto, D. P. Geotechnical engineering. Editora Prentice Hall. 1998. 
 
Ediciones Del Prado. Construções fabulosas. Volume I. Marshall Editions Limited. 
1991. 125 p. 
 
Instituto de Engenharia de São Paulo. Contribuições à historia da engenharia no Brasil. 
Editado pela USP e IE. 1998. 500 p. 
 
Meirelles, H.L. Direito de construir. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo (SP). 
1979. 530 p. 
 
Novo Código Civil. Lei no 10.406, de 10.1.2002. Manuais de Legislação Atlas. Editora 
Atlas S.A. 3a edição. São Paulo (SP). 2003. 377 p. 
 
CREA-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de 
São Paulo). http://www.creasp.org.br 
 
Lei 5.194/66 de 24 de dezembro de 1966 do CONFEA (Conselho Federal de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia). 
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