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ANATOMIA E 
FISIOLOGIA 
Atualizado 01.2020 
 
Professor 
_____________________________ 
 
_____/____/_____ Início 
 
Previsão de término 
____/_____/____ 
 
 
 
“Em anatomia e fisiologia 
dos sistemas você 
adquirirá todos os 
fundamentos básicos 
para o aprendizado das 
ciências da saúde. O 
conhecimento da 
anatomia e fisiologia 
humana é imprescindível 
para a construção do 
entendimento das 
patologias e 
procedimentos práticos”. 
 
 
 
 
Elaboração 
Prof Marlon Amorin 
 
 
Formatação, Edição e 
Revisão 
Prof Enfª Juliana Targino 
 
Direção 
 Enfª Mônica de Moraes 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO A ANATOMIA 
 
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome 
(ana = através de; tome = corte). Dissecação, deriva 
do latim (dis = separar; secare = cortar) e é 
equivalente etimologicamente a anatomia. 
Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, 
enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. 
 
Anatomia: é a ciência que estuda, macro e 
microscopicamente, a constituição e o 
desenvolvimento dos seres organizados. 
 
De uma forma mais sintética, a fisiologia 
estuda o funcionamento do organismo. 
 
Fisiologia Humana (do grego physis = 
natureza e logos = estudo) é o ramo da biologia e 
medicina que estuda as múltiplas funções 
mecânicas, físicas e bioquímicas nos seres vivos 
 
DIVISÕES DA ANATOMIA 
• Anatomia macroscópica: é o estudo das 
estruturas observáveis a olho nu. 
• Anatomia microscópica: é aquela relacionada 
com as estruturas corporais invisíveis a olho nu 
e requer o uso de instrumental para ampliação. 
• Anatomia do desenvolvimento: estuda o 
desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo 
fertilizado até a forma adulta. 
DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
• Cabeça e pescoço. 
• Tronco (tórax e abdômen). 
• Membros (superiores e inferiores). 
NOMECLATURA ANATÔMICA 
É o conjunto de termos empregados para designar 
e descrever o organismo como um todo ou as 
estruturas que formam suas partes. Como toda 
ciência, a Anatomia tem sua linguagem própria. 
Portanto, ao designar uma estrutura do organismo, 
a nomenclatura procura utilizar termos que não 
sejam apenas sinais para a memória, mas tragam 
também alguma informação ou descrição sobre a 
referida estrutura. Os termos indicam forma, 
trajeto, posição, relação com o esqueleto, função, 
etc. 
NORMALIDADE E VARIAÇÃO ANATÔMICA 
• Normal: é o estatisticamente mais comum, ou 
seja, o que é encontrado na maioria dos casos. 
• Variação anatômica: é qualquer fuga do padrão 
sem prejuízo da função: idade, sexo, raça, tipo 
morfológico. 
• Anomalia: é qualquer fuga do padrão, porém, 
quando ocorre prejuízo funcional. Se a 
anomalia for tão acentuada que deforme 
profundamente a construção do corpo, sendo, 
em geral, incompatível com a vida, é uma 
“monstruosidade”. 
POSIÇÃO ANATÔMICA 
 
Para evitar o uso de termos diferentes nas 
descrições anatômicas, considerando-se que a 
posição pode ser variável, optou-se por uma 
posição padrão, denominada posição de descrição 
anatômica (posição anatômica). Deve-se 
considerar a posição anatômica como a de um 
indivíduo em posição ereta, em pé, com o olhar 
para o horizonte e a linha do queixo em paralelo à 
linha do solo. Os braços pendentes, mãos 
espalmadas, dedos unidos e palmas voltadas para 
frente. Os pés também unidos e pendentes. 
Existem, também, outras expressões 
utilizadas na descrição da posição do corpo, 
quando este não se encontra na posição 
anatômica. São elas: 
 
INTRODUÇÃO A ANATOMIA 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Ciclo Básico 
 
 
4 
 
 Posições Anatômicas 
 
 
 
 
 
 
 
Posição de Litotomia 
 
 
 
 
 
Posição de Trendelemburg 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
 
PLANOS ANATÔMICOS 
 
Na posição anatômica o 
corpo humano pode ser 
delimitado por planos tangentes à 
sua superfície, os quais, com suas 
intersecções, determinam a 
formação de um sólido 
geométrico. 
• Plano Sagital: Planos verticais 
que passam longitudinalmente 
através do corpo dividindo-o 
em direita e esquerda. 
• Plano Frontal ou Coronal: São 
planos verticais que passam 
através do corpo em ângulos 
retos com o plano mediano, 
dividindo-o em partes anterior 
(frente) e posterior (de trás). 
Plano Transversal ou horizontal: 
Uma série de planos transversais 
divide o corpo em partes superior 
e inferior. 
 
 
 
 
TERMOS DE 
RELAÇÕES ANATÔMICAS 
 
 • Inferior ou caudal: mais próximo dos pés. 
• Superior ou cranial: mais próximo da cabeça. 
• Anterior ou ventral: mais próximo do ventre. 
• Posterior ou dorsal: mais próximo do dorso. 
• Proximal: mais próximo do ponto de origem. 
• Distal: mais afastado do ponto de origem. 
• Medial: mais próximo do plano sagital 
mediano. 
• Lateral: mais afastado do plano sagital 
mediano. 
• Superficial: mais próximo da pele. 
• Profundo: mais afastado da pele. 
 
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6 
O sistema locomotor é um conjunto de 
ossos, cartilagens, músculos e ligamentos que se 
interligam para formar o arcabouço do corpo e nos 
dar motilidade. 
 
Ossos são órgãos esbranquiçados, muito 
duros, que por intermédio das articulações 
constituem o esqueleto. 
O esqueleto humano adulto tem normalmente 206 
ossos com sua identificação própria, tendo como 
função principal sustentar e dar forma ao corpo, 
proteger as estruturas vitais (coração, pulmões, 
cérebro), ser base mecânica para o movimento, 
armazenar sais (cálcio e fosfato) e fazer a 
hematopoese (suprimento contínuo de células 
sanguíneas novas).
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Ciclo Básico 
 
 
TECIDO ÓSSEO 
O tecido ósseo é um tecido conjuntivo bem 
rígido. Pode-se dividir em dois tipos: esponjoso e 
compacto. 
• Tecido ósseo esponjoso é o de menor peso, tem 
forma de grade, com espaços ósseos nos que se 
encontram a medula óssea. Geralmente, localiza-
se na parte interna da diáfise ou corpo dos ossos e 
nas extremidades ou epífise. 
• Tecido ósseo compacto, têm maior peso, 
localiza-se na parte externa, de grande dureza e 
densidade, cuja grossura depende da exigência 
mecânica. 
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 OBS: 
 Diáfise: Corpo do osso. 
 Epífise: extremidade do osso. 
 
 
7 
CAMADAS ÓSSEAS 
• Periósteo: uma membrana dura e resistente que 
envolve completamente o osso. 
• Medula Óssea Vermelha: com células que 
fabricam glóbulos vermelhos e brancos. Localiza-
se na ponta dos ossos longos. 
• Medula Óssea Amarela: também chamado de 
“tutano”, com células gordurosas, encontra-se 
dentro da diáfise. 
 
Curiosidade: A medula óssea vermelha é a responsável 
pela produção de células sanguíneas, e a medula óssea 
amarela é responsável pelo armazenamento de 
triglicerídeos (gorduras). 
No tecido ósseo, destacam-se os seguintes tipos 
celulares típicos: 
• Osteoblastos: são as células responsáveis por 
sintetizar a parte orgânica do osso, ou seja, que 
produzem o novo osso. 
• Osteoclastos: participam dos processos de 
absorção e remodelação do tecido ósseo, ou seja, 
destroem o osso. 
• Osteócitos: tem um papel fundamental na 
manutenção da integridade do osso. 
 
 
 
 
 
 
DIVISÃO DO ESQUELETO 
O esqueleto humano pode ser dividido em duas 
partes: 
1- Esqueleto axial: formado pela caixa 
craniana, coluna vertebral e caixa torácica. 
A cabeça ou caixa craniana é constituída por 8 
ossos do crânio (1 occiptal, 1 frontal, 2 temporais, 2 
parietais, 1 esfenóide e 1 etmóide) e 14 ossos da 
face (2 nasais, 2 maxilas, 2 lacrimais, 2 zigomáticos, 
2 palatinos, 2 conchas nasais inferiores, 1 vômer e 
1 mandíbula). 
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8 
COLUNA VERTEBRAL 
A coluna vertebral é dividida em quatro 
regiões: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea. 
Com um total de cerca de 33 vértebras, a coluna 
vertebral possui 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 
5 lombares, 5 sacrais e cerca e 4 coccígeas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAIXA TORÁCICA 
A caixa torácica é constituída por 12 vértebras 
torácicas, 12 pares de costelas e 1 osso esterno. No 
seu interior encontram-se os pulmões e o coração. 
 
9 
Esqueleto apendicular 
 
Compreende ao esqueleto dos 
membros superiores e inferiores. 
Cada membro superior é 
composto de braço, antebraço e 
mão. O osso do braço recebe o 
nome de úmero e articula-se no 
cotovelo com os ossos do 
antebraço: ulna e rádio. A mão 
constitui-se de ossos pequenos e 
maciços, os ossos do punho, pelos 
metacarpos e pelas falanges. 
Cada membro inferior 
compõe-se de coxa, perna e pé. O 
osso da coxa é o fêmur, o mais 
longo do corpo. No joelho, ele se 
articula com os dois ossos da perna: 
a tíbia e a fíbula. A região frontal do 
joelho está protegida por um 
pequeno osso circular: a patela. O 
pé é formado por ossos pequenos e 
maciços, chamados de ossos do 
tarso, pelos metatarsos e pelas 
falanges. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
OSSOS 
 
a) LONGOS - aqueles que apresentam um 
comprimento consideravelmente maior que a 
largura e a espessura. Exemplos: fêmur, úmero, 
rádio, ulna e outros. 
b) PLANOS - são os que apresentam 
comprimento e largura equivalentes, 
predominando sobre a espessura. Exemplos: ossos 
do crânio, como o parietal, occipital, frontal e 
outros. 
c) CURTOS - aqueles que apresentam 
equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo 
e do tarso são excelentes exemplos. 
d) IRREGULARES - possuem morfologia 
complexa não encontrando correspondência em 
formas geométricas conhecidas. As vértebras e o 
osso temporal são exemplos. 
e) PNEUMÁTICOS - apresentam uma ou mais 
cavidades, de volume variável, revestida de 
 
 
 
 
 
 
 
mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem 
o nome de seio. Os ossos pneumáticos estão 
situados no crânio: frontal, maxilar, temporal, 
etmoide e esfenoide. 
 
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Em todo nosso corpo temos diferentes tipos de 
articulações: algumas bastante fortes e imóveis 
(conhecidas como sinartrose) e outras que 
permitem movimentos por serem flexíveis 
(anfiartrose e diartrose). 
Nosso corpo é capaz de realizar muitos 
movimentos, contudo, estes movimentos 
ocasionam atrito. Para amenizar este atrito, nosso 
sistema articular conta com as bolsas sinoviais que 
agem como amortecedores do impacto entre as 
articulações. Elas estão localizadas entre a pele e o 
osso (nas regiões onde ocorre atrito entre estas 
partes), entre os tendões e os ossos, entre os 
músculos e os ossos e também entre os ligamentos 
e os ossos. 
Curiosidade: Com o avanço da idade, a 
produção de líquido sinovial nas articulações é 
diminuída, a partir daí, começam a surgir os efeitos 
do envelhecimento nas articulações, que podem 
ser aumentados tanto por fatores genéticos quanto 
pelo seu desgaste. 
 
Articulação é a junção de dois ossos. Podem ser 
classificadas em: 
 
1. Articulações fibrosas (sinartrose): aquelas 
que apresentam tecido fibroso interposto entre os 
ossos; articulações com movimentos limitados. 
2. Articulações cartilaginosas (anfiartroses): 
os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de 
pequenos movimentos serem possíveis nestas 
articulações. 
3. Articulações sinoviais: incluem a maioria 
das articulações do corpo. As superfícies ósseas são 
recobertas por cartilagem articular e unidas por 
ligamentos revestidos por membrana sinovial; 
movimentação livre. 
 
 
 
ESTRUTURAS DAS 
ARTICULAÇÕES MÓVEIS 
 
• Ligamentos: São maleáveis e flexíveis para 
permitir perfeita liberdade de movimento, porém 
são muito fortes, resistentes e inelásticos. 
• Cápsula articular: É uma membrana conjuntiva 
que envolve as articulações sinoviais. 
• Discos e Meniscos: Melhor adaptação das 
superfícies que se articulam e recepções de 
pressões, agindo como amortecedores. 
 
SISTEMA ARTICULAR 
ANATOMIA Data ___/___/____ Módulo X / Cap X 
 
 
11 
• Bainha Sinovial dos Tendões: Facilitam o 
deslizamento de tendões que passam através de 
túneis fibrosos e ósseos. 
• Bolsas Sinoviais (bursas): São fendas no tecido 
conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos 
e ossos. São constituídas por sacos fechados de 
revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de 
músculos ou de tendões sobre proeminências 
ósseas ou ligamentosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12 
 
O sistema muscular é formado pelo 
conjunto de músculos do nosso corpo. Existem 
cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos 
eles representam de 40 a 50% do peso total de uma 
pessoa. Os músculos são capazes de se contrair e 
de se relaxar, gerando movimentos que nos 
permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, 
impulsionar o alimento ao longo do tubo 
digestório, promover a circulação do sangue no 
organismo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir, 
respirar... A nossa capacidade de locomoção 
depende da ação conjunta de ossos, articulações e 
músculo, sob a regulação do sistema nervoso. 
O tecido muscular é caracterizado pela 
propriedade de contração e distensão de suas 
células, o que determina a movimentação dos 
membros e das vísceras. Há basicamente três tipos 
de tecido muscular: liso, estriado esquelético e 
estriado cardíaco. 
• Músculo liso ou visceral: o músculo 
involuntário localiza-se na pele, órgãos internos, 
aparelho reprodutor, grandes vasos sanguíneos e 
aparelho excretor. O estímulo para a contração dos 
músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso 
vegetativo. 
• Músculo estriado esquelético: é inervado 
pelo sistema nervoso central e, como este se encontra 
em parte sob controle consciente, chama-se músculo 
voluntário. As contrações do músculo esquelético 
permitem os movimentos dos diversos ossos e 
cartilagens do esqueleto. Constitui a maior parte da 
musculatura do corpo, formando o que se chama 
popularmente de carne. Essa musculatura recobre 
totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo 
responsável pela movimentação corporal. 
• Músculo cardíaco: este tipo de tecido 
muscular forma a maior parte do coração dos 
vertebrados, conhecido como miocárdio. O músculo 
cardíaco é involuntário e inervado pelo sistema 
nervoso vegetativo. 
 
 
SISTEMA MUSCULAR 
ANATOMIA Data ___/___/____ Módulo X / Cap X 
 
 
13 
 
CONTRAÇÃO MUSCULAR 
 O estímulo para a contração é geralmente um 
impulso nervoso que se propaga pela membrana das 
fibras musculares, atingindo o retículo sarcoplasmático 
(um conjunto de bolsas membranosas citoplasmáticas 
onde há cálcio armazenado), que libera íons de cálcio no 
citoplasma. Ao entrar em contato com parte do tecido 
musculas, o cálcio se liga a miosina, substância que vai 
estimular a contração muscular. Assim que cessa o 
estímulo, o cálcio é rebombeado para o interior do 
retículo sarcoplasmático e cessa a contração muscular. 
 
FUNÇÕES DOS MÚSCULOS 
• Produção dos movimentos corporais: movimentos 
globais do corpo, como andar, correr, pular, entre 
outros. 
• Estabilização das posições corporais: A contração 
dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e 
participam da manutenção das posições corporais, 
como a de ficar em pé ou sentar. 
• Regulação do volume dos órgãos: A contração 
sustentada das faixas anelares dos músculos lisos 
(esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um 
órgão oco. 
• Movimento de substâncias dentro do corpo: As 
contrações dos músculos lisos das paredes vasos 
sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os 
músculos lisos também podem mover alimentos, urina 
e gametas do sistema reprodutivo. 
• Produção de Calor: Quando o tecido muscular se 
contrai ele produz calor e grande parte desse calor 
liberado pelo músculo é usado na manutenção da 
temperatura corporal. 
 
PRINCIPAIS MÚSCULOS 
• Músculos da face: Contraem-se e relaxam-se 
inúmeras vezes, o que nos permite expressar sensações 
como sorrir, chorar, espantar-se, sentir dor, raiva, etc. 
Cada uma dessas expressões envolve movimentos de 
diversos músculos faciais, também conhecidos como 
mímicos. Ex: Masseter, frontal, orbicular dos olhos, 
músculos do nariz, bucinador, orbicular dos lábios, 
músculo do supercílio. 
• Músculos do pescoço: Esternocleidomastóideo, 
Escaleno Anterior, Médio e Posterior. 
 
MÚSCULOS DO MEMBRO 
SUPERIOR 
Determinados movimentos requerem músculos 
flexores para retração muscular, e outros de músculos 
extensores, para a extensão do membro. No braço 
existem músculos de grande massa, responsáveis pela 
 
14 
força. Os principais são: Deltóide, bíceps, tríceps, flexor 
dos dedos, extensor. Músculos do tórax: Intercostais 
externos, trapézio, peitoral maior, grande dorsal. 
• Músculos do abdômen: Reto abdominal, 
oblíquo externo e interno, intercostais internos. 
Músculos do membro 
inferior 
Quadríceps, costureiro, bíceps crural ou femoral, 
grande glúteo ou glúteo superior, gêmeos ou 
gastrocnêmios, vasto lateral da coxa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
O sistema cardiovascular ou circulatório é 
uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, 
que põe em comunicação todas as partes do corpo. 
Dentro desses tubos circula o sangue, 
impulsionado pelas contrações rítmicas do 
coração. 
Os principais componentes do sistema 
circulatório são: coração, vasos 
sanguíneos, sangue, vasos linfáticos 
e linfa. 
 
FUNÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
Transporte de gases: os 
pulmões, responsáveis pela 
obtenção de oxigênio e pela 
eliminação de dióxido de 
carbono. 
Transporte de 
nutrientes: os nutrientes 
resultantes da digestão passam 
através de um fino epitélio e 
alcançam o sangue. 
Transporte de resíduos 
metabólicos: a atividade metabólica das 
células do corpo origina resíduos, mas apenas 
alguns órgãos podem eliminá-los para o meio 
externo. O transporte dessas substâncias, de onde 
são formadas até os órgãos de excreção, é feito pelo 
sangue. 
Transporte de hormônios: hormônios são 
substâncias secretadas por certos órgãos, 
distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o 
funcionamento de outros órgãos do corpo. 
Intercâmbio de materiais: algumas 
substâncias são produzidas ou armazenadas em 
uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. 
Células do fígado, por exemplo, armazenam 
moléculas de glicogênio, que, ao serem quebradas, 
liberam glicose, que o sangue leva para outras 
células do corpo. 
Transporte de calor: o sangue também é 
utilizado na distribuição homogênea de calor pelas 
diversas partes do organismo, colaborando na 
manutenção de uma temperatura adequada em 
todas as regiões; permite ainda levar calor até a 
superfície corporal, onde pode ser 
dissipado. 
Distribuição de 
mecanismos de defesa: pelo sangue 
circulam anticorpos e células 
fagocitárias, componentes da 
defesa contra agentes 
infecciosos. 
Coagulação sanguínea: 
pelo sangue circulam as plaquetas, 
com função na coagulação. O sangue 
contém ainda fatores de coagulação, 
capazes de bloquear eventuais 
vazamentos em caso de rompimento 
de um vaso sanguíneo. 
 
O CORAÇÃO 
 
O Coração é um órgão muscular oco 
que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, 
ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma 
pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um 
punho fechado e pesa cerca de 400 gramas 
 
O coração humano, como o dos demais 
mamíferos, apresenta quatro cavidades: duas 
superiores, denominadas átrios e duas inferiores, 
denominadas ventrículos. O átrio direito 
comunica-se com o ventrículo direito através da 
válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, 
comunica-se com o ventrículo esquerdo através da 
válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Módulo X / Cap X 
 
 
16 
cardíacas é garantirque o sangue siga uma única 
direção, sempre dos átrios para os ventrículos. 
Associado ao coração, também integrando este 
sistema, existe uma difusa rede de vasos 
sanguíneos que transportam o sangue (sistema 
vascular sanguíneo) e a linfa (sistema vascular 
linfático), sendo formada pelas artérias, as veias, as 
arteríolas e os capilares. Portanto, um sistema 
fechado no qual o fluido circula dentro de vasos. •
 As artérias conduzem o sangue do coração aos 
demais órgãos e tecidos do corpo. 
• As veias efetuam o transporte inverso, reconduz o 
sangue dos tecidos e órgãos até o coração. 
• As arteríolas, pequenos vasos que se ramificam 
das artérias, irradiando-se pelo organismo. 
• E os capilares são ramificações das arteríolas e das 
veias com diâmetro delgado. 
 
A CIRCULAÇÃO 
 
• Circulação Coronária: é o conjunto das artérias, 
arteríolas, capilares, vênulas e veias próprias do 
coração. São considerados separadamente por 
sua importância médica e porque sua fisiologia 
(modo de funcionamento) apresenta aspectos 
particulares. 
• Circulação Pulmonar: leva sangue do ventrículo 
direito do coração para os pulmões e de volta ao 
átrio esquerdo do coração. Ela transporta o 
sangue pobre em oxigênio para os pulmões, 
onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e 
recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, 
então, retorna ao lado esquerdo do coração para 
ser bombeado para circulação sistêmica. 
• Circulação Sistêmica: é a maior circulação. 
Ela fornece o suprimento sanguíneo para todo o 
organismo. A circulação sistêmica carrega 
oxigênio e outros nutrientes vitais para as 
células, e capta dióxido de carbono e outros 
resíduos das células. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
O SANGUE 
O sangue é um tecido conjuntivo líquido, 
produzido na medula óssea vermelha, que flui 
pelas veias, artérias e capilares sanguíneos dos 
animais vertebrados e invertebrados. 
Ele é responsável pelo transporte de 
substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico e 
toxinas), regulação e proteção de nosso corpo. 
Nele encontramos o plasma sanguíneo, 
responsável por 66% de seu 
volume, além das hemácias, dos 
leucócitos e das plaquetas, 
responsáveis por 
aproximadamente 33% de sua 
composição. 
A maior parte do 
plasma sanguíneo é composta 
por água (93%), daí a 
importância de sempre nos 
mantermos hidratados 
ingerindo bastante líquido. Nos 
7% restantes encontramos: 
oxigênio, glicose, proteínas, 
hormônios, vitaminas, gás 
carbônico, sais minerais, 
aminoácidos, lipídios, uréia, etc. 
Os glóbulos vermelhos, 
também conhecidos como 
hemácias ou eritrócitos, 
transportam o oxigênio e o gás 
carbônico por todo o corpo. Essas 
células duram 
 
 
 
 
aproximadamente 120 dias, após isso, são repostas 
pela medula óssea. 
Os glóbulos brancos, também chamados de 
leucócitos, são responsáveis pela defesa de nosso 
corpo. Eles protegem nosso organismo contra a 
invasão de microrganismos indesejados (vírus, 
bactérias e fungos). De forma bastante simples, 
podemos dizer que eles são nossos "soldadinhos de 
defesa". 
 As plaquetas são 
fragmentos de células, presentes no 
sangue, que realizam a coagulação, 
evitando assim a perda excessiva 
de sangue (hemorragia). Elas 
geralmente agem quando os vasos 
sanguíneos sofrem danos. Um 
exemplo simples é o caso de uma 
picada de agulha, onde observa-se 
uma pequena e ligeira perda de 
 
18 
sangue que logo é estancada, isto ocorre graças ao 
tampão plaquetário. 
 
PRESSÃO ARTERIAL -PA 
 
A pressão arterial é a pressão exercida pelo 
sangue contra a superfície interna das artérias. Seu 
padrão é 12/8 (120X80 mmHg) (lê-se doze por oito). 
A força original vem do batimento cardíaco. No 
momento em que o coração ejeta o sangue, a 
energia é máxima, gerando força máxima e 
consequentemente pressão máxima. Esta fase no 
ciclo cardíaco chama-se sístole, sendo que a 
pressão neste instante é chamada de pressão 
arterial sistólica; contração do coração. 
Imediatamente antes do próximo batimento 
cardíaco, a energia é mínima, com a menor força 
exercida sobre as artérias em todo o ciclo, gerando, 
portanto, a menor pressão arterial do ciclo 
cardíaco. Esta fase é chamada de diástole, sendo 
que a pressão neste instante é chamada de pressão 
arterial diastólica; relaxamento do coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
O sistema imunitário ou sistema 
imunológico ou ainda sistema imune, é um sistema 
de estruturas e processos biológicos que protege o 
organismo contra doenças. De modo a funcionar 
corretamente, o sistema imunitário deve detectar 
uma imensa variedade de agentes, desde os vírus 
aos parasitas, e distingui-los do tecido saudável do 
próprio corpo. 
O sistema imunitário protege o organismo de 
infecções através de 
mecanismos de defesa pré-
definidos com 
especificidade progressiva. 
Em termos simples, as 
barreiras físicas impedem a 
entrada dos agentes 
patogénicos. No caso de um 
patógeno penetrar estas 
barreiras, o sistema 
imunitário inato 
desencadeia uma resposta 
imediata, embora não específica. Caso o patógeno 
evite a resposta inata, os vertebrados possuem um 
segundo nível de defesa, o sistema imune 
adquirido, que é ativado pela resposta inata e 
através do qual o sistema imunitário adapta a sua 
resposta durante uma infecção de acordo com a 
identificação do patógeno. Através da memória 
imunológica, o corpo memoriza esta resposta, o 
que permite ao sistema imunitário adquirido 
realizar ataques cada vez mais rápidos e fortes 
cada vez que esse mesmo patógeno é detectado. 
 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
• Citocinas: são proteínas que permitem que as 
células comuniquem entre si e com outros 
órgãos durante as respostas imunes 
• Linfócitos: são responsáveis pelo 
reconhecimento do invasor e produção da 
resposta imune. São produzidos na medula 
óssea e timo, que são órgãos linfóides centrais e 
migram para o baço, linfonodo e amídalas, que 
são tecidos linfóides secundários. Os linfócitos 
B são produzidos na medula óssea e os 
linfócitos T são produzidos no timo. 
• Fagócitos: têm a função de neutralizar, englobar 
e destruir as partículas estranhas e 
microorganismos invasores. São produzidos na 
medula óssea e sua diferenciação é provocada 
por citocinas. Quando estas células estão no 
sangue circulante são 
chamadas de monócitos, 
quando estão nos tecidos 
são chamadas de 
macrófagos. 
• Neutrófilos: são 
células fagocíticas e são 
muito numerosos, 
compreendendo cerca de 
90% dos granulócitos que 
circulam na corrente 
sanguínea. É a primeira 
célula a chegar ao local de defesa e tem vida 
curta. 
• Eosinófilos: são células com função de 
apreender e danificar os invasores, 
principalmente os parasitas extracelulares 
grandes. Quando estimulados, eles liberam seus 
grânulos, liberando toxinas e histaminas. Os 
eosinófilos combatem principalmente os 
vermes, pois não podem ser fagocitados. 
• Basófilos e mastócitos: estão em quantidades 
muito pequenas no sangue. Possuem grânulos 
no citoplasma que produzem inflamação no 
tecido circundante. Estão associados com as 
reações alérgicas. 
• Plaquetas: As plaquetas estão envolvidas com a 
coagulação sanguínea e na liberação de 
mediadores inflamatórios, atraindo leucócitos 
para a região lesada. 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Módulo X / Cap X 
 
 
20 
ÓRGÃOS LINFÓIDES 
 
• Primários: São os locais onde os linfócitos são 
produzidos. Compreendem o timo e a medula 
óssea. Após produzirem os linfócitos, os 
enviam para os órgãos secundários. 
• Secundários: onde os linfócitos se encontram e 
interagem. Compreendem o baço, linfonodos e 
tecidos linfóides associadosa mucosas. 
 
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____________________________________________ 
____________________________________________ 
____________________________________________ 
____________________________________________ 
____________________________________________ 
____________________________________________ 
 
 
ANTICORPOS 
Também chamados de imunoglobulinas, 
são proteínas produzidas pelos linfócitos B que 
reconhecem antígenos e se ligam especificamente 
com eles e interagindo com outras células do 
sistema imune, servindo como um adaptador. 
Existem cinco classes de anticorpos: IgG, IgA, IgM, 
IgD e IgE. 
 
____________________________________________ 
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____________________________________________ 
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____________________________________________ 
____________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
É o conjunto de órgãos responsáveis pela 
entrada, filtração, aquecimento, umidificação e 
saída de ar do nosso organismo. Faz as trocas 
gasosas do organismo com o meio ambiente, 
oxigenando o sangue e possibilitando que ele 
possa suprir a demanda de oxigênio do indivíduo 
para que seja realizada a respiração celular. O 
processo de troca gasosa no pulmão — oxigênio 
por dióxido de carbono — é conhecido como 
hematose 
pulmonar. 
Os órgãos do 
sistema 
respiratório, 
além de dois 
pulmões, são: 
fossas nasais, 
boca, faringe 
(nasofaringe), 
laringe, traquéia, 
brônquios (e suas 
subdivisões), 
bronquíolos (e 
suas subdivisões), diafragma e os alvéolos 
pulmonares reunidos em sacos alveolares. 
 Em condições normais de respiração, o ar 
passa pelas fossas nasais onde é filtrado por pêlos 
e muco e aquecido pelos capilares sanguíneos do 
epitélio respiratório (tecido altamente 
vascularizado). Passa então pela faringe, laringe, 
traquéia, brônquios, bronquíolos, depois alvéolos 
(onde ocorre a hematose). 
• Inspiração: contração dos intercostais e do 
diafragma, diminuição da pressão, aumento do 
volume. 
• Expiração: relaxamento dos respectivos músculos, 
aumenta a pressão interna e o volume diminui. 
 
 
TÓRAX 
Os pulmões se localizam no interior do tórax. 
As costelas, que formam a caixa torácica, inclinam-
se para a frente pela ação do músculo intercostal, 
provocando um aumento do volume da cavidade 
torácica. O volume do tórax também aumenta pela 
contração para baixo dos músculos do diafragma. 
Quando o tórax se expande, os pulmões começam 
a encher-se de ar durante a inspiração. O 
relaxamento 
dos músculos 
do tórax 
permite que 
estes voltem ao 
seu estado 
natural, 
forçando o ar a 
sair dos 
pulmões. 
 
TRAQUÉIA 
É um tubo que conduz o ar para dentro e 
para fora dos pulmões, cujas paredes são 
reforçadas por anéis cartilaginosos, que bifurca-se 
na sua região inferior, originando os brônquios, 
que penetram nos pulmões. Na sua configuração 
interna, o revestimento muco-ciliar adere 
partículas de poeira e bactérias presentes em 
suspensão no ar inalado, que são posteriormente 
varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) 
e engolidas ou expelidas. 
 
 
 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Módulo X / Cap X 
 
 
22 
 
PULMÕES 
 
Os pulmões são órgãos essenciais na 
respiração. São duas vísceras situadas uma de 
cada lado, no interior do tórax e onde se dá o 
encontro do ar atmosférico com o sangue 
circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas 
(hematose). Eles estendem-se do diafragma até um 
pouco acima das clavículas e estão justapostos às 
costelas. 
O pulmão direito é o mais espesso e mais largo 
que o esquerdo. Ele também é um pouco mais 
curto pois o diafragma é mais alto no lado direito 
para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem 
uma concavidade que é a incisura cardíaca. 
Cada pulmão tem uma forma que lembra uma 
pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e 
três faces. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLEURA 
 
É uma membrana serosa de dupla camada que 
envolve e protege cada pulmão. 
 
O AR INALADO 
 
Na respiração, o oxigênio do ar inalado entra 
no sangue e o dióxido de carbono é exalado para a 
atmosfera. O intercâmbio destes gases ocorre 
quando o ar chega aos alvéolos, que é a parte 
funcional do pulmão. É aí que o sangue venoso se 
transforma em sangue arterial, fenômeno 
conhecido por hematose. 
Pulmões de pessoas jovens têm coloração 
rosada, escurecendo com a idade, devido ao 
acúmulo de impurezas presentes no ar e que não 
foram removidas pelos mecanismos de limpeza do 
sistema respiratório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
O sistema digestório humano é formado por 
órgãos e glândulas que participam da digestão. São 
elas: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso e ânus. 
 
BOCA 
A abertura pela qual o alimento entra no tubo 
digestivo. Os dentes e a língua preparam o 
alimento para a digestão, por meio da mastigação, 
os dentes reduzem os alimentos em pequenos 
pedaços, misturando-os a saliva, o que irá facilitar 
a futura ação das enzimas. A língua movimenta o 
alimento empurrando-o em direção a garganta, 
para que seja engolido. Na superfície da língua 
existem dezenas de papilas gustativas, cujas 
células sensoriais percebem os quatro sabores 
primários: doce, azedo, salgado e amargo. A 
presença de alimento na boca, como sua visão e 
cheiro, estimula as glândulas salivares a secretar 
saliva, que contém a enzima amilase salivar ou 
ptialina, além de sais e outras substâncias. 
 
 
FARINGE E ESÔFAGO 
A faringe, situada no final da cavidade bucal, 
é um canal comum aos sistemas digestório e 
respiratório: por ela passam o alimento, que se 
dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe. 
O esôfago, canal que liga a faringe ao 
estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do 
coração, e atravessa o músculo diafragma, que 
separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva 
de 5 a 10 segundos para percorrê-lo. 
ESTÔMAGO 
 
O estômago é uma bolsa de parede musculosa, 
localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, 
logo abaixo das últimas costelas. É um órgão 
muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. 
Sua função principal é a digestão de alimentos 
protéicos. Quando está vazio, tem a forma de uma 
SISTEMA DIGESTIVO 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Módulo X / Cap X 
 
 
24 
letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por 
ângulos agudos. 
O estômago tem movimentos peristálticos 
que asseguram sua homogeneização. O estômago 
produz o suco gástrico, um líquido claro, 
transparente, altamente ácido, que contêm ácido 
clorídrico, muco, enzimas e sais. O bolo alimentar 
pode permanecer no estômago por até quatro 
horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, 
auxiliado pelas contrações da musculatura 
estomacal, transforma-se em uma massa cremosa 
acidificada e semilíquida, o quimo que passando 
por um esfíncter muscular (o piloro), vai sendo 
aos poucos, liberado no intestino delgado, onde 
ocorre a maior parte da digestão. 
INTESTINO DELGADO 
 
É um tubo com pouco mais de 6m de 
comprimento e pode ser dividido em três regiões: 
duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e 
íleo (cerca de 1,5 cm). 
A digestão do quimo ocorre 
predominantemente no duodeno e nas primeiras 
porções do jejuno. No duodeno atua também o 
suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que 
contêm diversas enzimas digestivas. Outra 
secreção que atua no duodeno é a bile, produzida 
no fígado e armazenada na vesícula biliar. 
No intestino, as contrações rítmicas e os 
movimentos peristálticos das paredes musculares, 
movimentam o quimo, ao mesmo tempoem que 
este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, 
sendo transformado em quilo. 
 
 
 
 
INTESTINO GROSSO 
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e 
divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon 
transverso, cólon descendente, cólon 
sigmóide e reto. A saída do reto chama-se 
ânus e é fechada por um músculo que o 
rodeia, o esfíncter anal. O intestino grosso é o 
local de absorção de água, tanto a ingerida 
quanto a das secreções digestivas. O intestino 
grosso tem como característica própria uma 
quantidade grande de bactéria que auxiliam na 
absorção de certos elementos e na formação do 
 
25 
bolo fecal, e que em princípio, não causam dano ao 
organismo. 
FÍGADO 
É o maior órgão interno, e um dos mais 
importantes, pesa cerca de 1,5 kg no homem 
adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. É 
anatomicamente dividido em 2 lobos (direito, que 
é o maior, e o esquerdo). 
O fígado é constituído por tecido hepático, 
formado por células hepáticas (hepatócitos) que 
secretam a bile (líquido que atua no 
emulsionamento das gorduras ingeridas, 
facilitando, assim, a ação da lípase). Tem várias 
funções como produção de elementos da 
coagulação sanguínea, síntese protéica, serve de 
reservatório de glicose (principal combustível do 
corpo humano), produz a bile (essencial na 
digestão de gorduras) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÂNCREAS 
É uma glândula mista, ou seja, produz suco 
pancreático (que segue direto para o duodeno) e 
insulina (direto para a circulação). O pâncreas tem 
mais ou menos 15 cm de comprimento, é de 
formato triangular, localizado transversalmente 
sobre a parede posterior do abdome, na alça 
formada pelo duodeno, sob o estômago. Possui em 
seu interior o ducto pancreático que leva o suco 
pancreático para o duodeno, esta secreção contém 
enzimas capazes de digerir todos os tipos de 
alimentos - proteínas, gorduras e carboidratos. No 
suco pancreático há enzimas digestivas capazes de 
atuar no processo de digestão: tripsina, lípase, 
amilase, etc. 
 Vários hormônios são também 
produzidos no pâncreas. Isto ocorre 
devido a um grupo especializado de 
células - Ilhotas de Langherans. Os dois 
principais hormônios são insulina e 
glucagon, que regulam o metabolismo 
dos carboidratos. Outros hormônios 
controlam a liberação do suco 
pancreático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
O sistema urinário é constituído pelos órgãos 
incumbidos de elaborar a urina e armazená-la 
temporariamente até a oportunidade de ser 
eliminada para o exterior. O sistema urinário pode 
ser dividido em órgãos secretores (que produzem 
a urina) e órgãos excretores (que processam a 
drenagem da urina para fora do corpo). Os órgãos 
urinários são dois rins, que produzem a urina; dois 
ureteres, que transportam a urina para a bexiga; 
uma bexiga, onde fica retida por algum tempo, e 
uma uretra, através da qual é expelida do corpo. 
Dentre as importantes funções do sistema urinário, 
estão o controle do volume e composição do 
sangue, auxílio na regulagem da pressão e pH 
sanguíneos, transporte da urina dos rins à bexiga 
urinária, armazenamento e eliminação da urina 
RINS 
 São órgãos pares, em forma de grão de feijão, 
localizados na parede posterior do abdome. O rim 
direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo 
do rim esquerdo devido ao grande tamanho do 
lobo direito do fígado. Os rins são formados por 
estruturas denominadas de néfrons, que são as 
unidades básicas para a filtração sanguínea e 
formação da urina e cada rim possui cerca de 1 
milhão de néfrons. A função renal é filtrar o sangue 
e remover dele os excreções e outras substâncias 
em excesso. 
 
URETÉRES 
Canais que conduzem a urina até a bexiga. Os 
ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 
30cm de comprimento. 
BEXIGA URINÁRIA 
Órgão muscular localizado na cintura pélvica, 
que armazena a urina até o momento adequado 
para sua eliminação. A bexiga é um órgão oco, 
elástico que, nos homens situa-se diretamente 
anterior ao reto e, nas mulheres está à frente da 
vagina e abaixo do útero. A capacidade média da 
bexiga urinária no homem é de 700 – 800ml, sendo 
menor nas mulheres porque o útero ocupa o 
espaço imediatamente acima da bexiga. Quando a 
bexiga está cheia o sistema nervoso autônomo 
parassimpático é o responsável pela contração da 
musculatura da bexiga, resultando na vontade de 
urinar. 
 
URETRA 
 Conduz a urina para fora do corpo. A uretra 
é diferente entre os dois sexos. Nos homens, a 
uretra também faz parte do sistema genital, nas 
SISTEMA URINÁRIO 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Módulo X / Cap X 
 
 
27 
mulheres a uretra faz parte apenas do sistema 
urinário. 
Os órgãos do sistema genital masculino são os 
testículos (gônadas masculinas), um sistema de 
ductos (ducto deferente, ducto ejaculatório e 
uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, 
glândula bulbouretral e vesículas seminais) e 
diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto 
e o pênis. 
 
SISTEMA GENITAL MASCULINO 
• Testículos: Tem duas funções inter-relacionadas: 
a produção de espermatozoide e a produção de 
hormônios sexuais. Estes hormônios esteróides, 
sobretudo a testosterona, funcionam na 
regulação do desenvolvimento do 
espermatozóide e crescimento, além do 
desenvolvimento e manutenção das glândulas 
acessórias. Estes hormônios também influenciam 
o desenvolvimento das características sexuais. 
• Epidídimo: Estruturas com formato de vírgulas 
situadas sobre os testículos. São formados pela 
reunião dos pequenos tubos testiculares. No seu 
interior acabam de amadurecer os 
espermatozóides. 
• Ducto deferente: Saem de cada epidídimo, 
sobem, comunicam com as vesículas seminais, 
entram na próstata e, no seu interior, 
desembocam na uretra. O ducto deferente é o 
canal excretor do 
testículo. 
• Vesículas seminais: 
Pequenos sacos 
que contêm os 
espermatozóides 
maduros. Fabricam 
um líquido viscoso 
que protege os 
espermatozóides, 
os alimenta e 
facilita a sua 
deslocação. Este líquido é formado por 
substâncias alimentares (glicoses, etc.) e chama-
se líquido seminal. 
• Próstata: Produz também um liquido que protege, 
alimenta e facilita a mobilidade dos 
espermatozóides. Chama-se líquido prostático. O 
conjunto formado pelo líquido seminal e prostático 
e pelos espermatozóides constitui o sêmen ou o 
esperma, líquido branco e espesso que sai durante a 
ejaculação através da uretra. 
• Uretra: Canal por onde passam o sêmen e a urina. 
• Pênis: O pênis externo está dividido em três 
partes: cabeça, corpo e raiz. A cabeça é chamada 
glande e é o ponto mais sensível do pênis. 
Enquanto o pênis está flácido, a glande é 
envolvida por uma pele chamada prepúcio, que 
serve para proteger a parte sensível do pênis ao 
ambiente externo e que é conectado no inferior do 
pênis numa área chamada freno. Quando o pênis 
fica ereto, o prepúcio desloca-se, deixando a 
glande exposta. O pênis é formado por tecido que 
tem a capacidade de se encher e esvaziar de 
sangue: os corpos cavernosos e o corpo 
esponjoso. 
• Escroto: É uma bolsa músculo-cutânea onde estão 
contidos os testículos, epidídimo e primeira 
porção dos ductos deferentes. 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Módulo X / Cap X 
 
 
28 
SISTEMA GENITAL FEMININO 
 
O sistema genital feminino é constituído por 
dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de 
Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. 
 
• Vagina: é um canal de 8 a 10 cm de 
comprimento, de paredes elásticas, que liga o 
colo do útero aos genitais externos. Contém de 
cada lado de sua abertura, porém internamente, 
duas glândulas denominadas glândulas que 
secretam um muco lubrificante. A entrada da 
vagina é protegida por uma membrana circular 
- o hímen - que fecha parcialmente o orifício 
vulvo-vaginale é quase sempre perfurado no 
centro, podendo ter formas diversas. 
Geralmente, essa membrana se rompe nas 
primeiras relações sexuais. A vagina é o local 
onde o pênis deposita os espermatozóides na 
relação sexual. Além de possibilitar a 
penetração do pênis, possibilita a expulsão da 
menstruação e, na hora do parto, a saída do 
bebê. 
• Vulva: é delimitada e protegida por duas pregas 
cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e 
inervadas (os grandes lábios). Na mulher 
reprodutivamente madura, os grandes lábios 
são recobertos por pêlos pubianos. Mais 
internamente, outra prega cutâneo-mucosa 
envolve a abertura da vagina (os pequenos 
lábios) que protegem a abertura da uretra e da 
vagina. Na vulva também está o clitóris, 
formado por tecido esponjoso erétil. 
• Ovários: são as gônadas femininas. Produzem 
estrógeno e progesterona, hormônios sexuais 
femininos, tem forma oval e também produzem 
os óvulos. No final do desenvolvimento 
embrionário de uma menina, ela já tem todas as 
células que irão transformar-se em gametas nos 
seus dois ovários. Estas células (os ovócitos 
primários) encontram-se dentro de estruturas 
denominadas folículos ovarianos. A partir da 
adolescência, sob ação hormonal, os folículos 
ovarianos começam a crescer e a desenvolver. 
Os folículos em desenvolvimento secretam o 
hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um 
folículo geralmente completa o 
desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e 
liberando o ovócito secundário (gameta 
feminino): fenômeno conhecido como ovulação. 
Após seu rompimento, a massa celular 
resultante transforma-se em corpo lúteo ou 
amarelo, que passa a secretar os hormônios 
progesterona e estrógeno. O gameta feminino 
liberado na superfície de um dos ovários é 
recolhido por, as finas terminações das tubas 
uterinas fímbrias. 
• Tubas Uterinas: são dois ductos que unem o 
ovário ao útero. 
• Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica 
anteriormente à bexiga e posteriormente ao 
reto, de parede muscular espessa (miométrio) e 
com formato de pêra invertida. É revestido 
internamente por um tecido vascularizado rico 
em glândulas, o endométrio. O endométrio é 
uma camada de células que reveste a cavidade 
 
29 
uterina e tem uma participação muito 
importante durante a ovulação. Todo mês ele se 
torna mais espesso para receber o óvulo 
fertilizado. Caso não ocorra a fertilização, o 
endométrio que se desenvolveu é eliminado 
através da menstruação. 
 
CICLO MENSTRUAL 
 Ciclo menstrual é o período que vai de uma 
menstruação a outra. Este período varia de mulher 
para mulher e na mesma mulher também. A 
primeira menstruação é chamada de menarca. A 
partir de então, podem levar alguns meses ou até 
dois anos para que os ciclos sejam regulares em 
adolescentes, pois o ovário quando inicia suas 
funções o faz de maneira incompleta, podendo 
precisar de até 2 anos para atuar em sua total 
integridade. 
 Os dois ovários da mulher podem formar 
uma grande quantidade de futuros óvulos. 
Periodicamente – a cada 28 dias, em média, uma 
dessas células amadurece e se transforma em 
óvulo. Em seguida, a parede do ovário se rompe e 
o ovócito é expulso de seu interior, instalando-se 
nas tubas uterinas, lugar onde deverá ocorrer a 
fecundação. 
O endométrio é uma camada de células que 
reveste a cavidade interna uterina e tem uma 
participação muito importante durante a 
ovulação. Todo mês ele se torna mais espesso para 
receber o óvulo fertilizado. Caso não ocorra a 
fertilização, o endométrio que se desenvolveu é 
eliminado através da menstruação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
O sistema nervoso é um grupo de tecidos 
compostos por células altamente especializadas 
que possuem características de excitabilidade e 
condutividade. 
 
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO 
 
• Sistema nervoso central: inclui o encéfalo e a 
medula espinhal localizados no crânio e no canal 
vertebral respectivamente. 
• Sistema nervoso periférico: inclui 12 pares de 
nervos cranianos e seus ramos e 31 pares de nervos 
espinhais e seus ramos. Este sistema faz a ligação 
entre músculos e glândulas e o sistema nervoso 
central. 
 
O SNC recebe. Analisa e integra informações. É o 
local onde ocorre a tomada de decisões e o envio 
de ordens. O SNP carrega informações dos órgãos 
sensoriais para o SNC e do mesmo para os órgãos 
efetores (músculos e glândulas). 
As fibras nervosas periféricas distribuídas aos 
músculos lisos, músculo cardíaco e glândulas 
(efetores) compõem o sistema nervoso autônomo. 
 
OS NEURÔNIOS 
O neurônio ou célula nervosa é a unidade básica 
do sistema nervoso responsável por conduzir o 
impulso elétrico de uma parte do corpo a outra e 
consiste em um corpo, com apenas 1 núcleo e 
processos que transmitem impulsos para o corpo e 
dele recebem. Existem 2 tipos de processos: os 
dendritos e os axônios. Os axônios levam o 
impulso para longe do corpo celular enquanto que 
os dendritos levam o impulso na direção do corpo 
celular. 
 
A FIBRA NERVOSA 
 Fibra nervosa é qualquer processo neuronal 
como o axônio ou o dendrito. Todas as fibras do 
sistema nervoso periférico possuem um envoltório 
composto por células denominadas células de 
Schwann, que produzem mielina. 
Fibras menores possuem um envoltório fino, já em 
fibras com maior diâmetro este envoltório é 
espesso formando uma bainha chamada Bainha de 
mielina. A mielina recobre a fibra nervosa inteira 
exceto nas terminações e nas constrições periódicas 
chamadas Nódulos de Ranvier. 
A mielina é composta 80% de lipídios, sendo um 
eficiente isolante evitando a dispersão dos 
impulsos elétricos. Também aumenta a velocidade 
de transmissão dos impulsos ao longo da fibra 
nervosa. 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA 
FUNÇÃO 
• Sensitivos (aferentes): São neurônios que 
trazem impulsos da pele ou outros órgãos 
sensoriais para o sistema nervoso central. 
SISTEMA NERVOSO 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Módulo X / Cap X 
 
 
31 
• Motores (eferentes): São neurônios que levam 
impulsos do sistema nervoso central para os 
músculos e glândulas. 
• Conectores (associativos): São neurônios que se 
situam inteiramente dentro do sistema nervoso 
central. Recebem impulsos dos neurônios 
sensitivos e se comunicam entre si ou com 
neurônios motores. 
 
TRANSMISSÃO SINÁPTICA 
Os sinais são levados de um neurônio ao outro em 
junções especializadas denominadas sinapses. Esta 
transmissão é mais frequente do axônio de um 
neurônio aos dendritos de outro. 
 Um receptor é uma terminação periférica de 
um neurônio sensorial que é sensível a um 
determinado estímulo. Há 2 tipos de receptores: 
receptores para sentidos gerais, distribuídos pelo 
corpo (dor, frio calor, tato, pressão), e receptores 
especiais na cabeça (visão, audição, olfato, gosto e 
equilíbrio). 
 
NEUROTRANSMISSORES 
Os neurotransmissores são substâncias químicas 
liberadas pelos neurônios e utilizadas para a 
transferência de informações entre eles. Os 
mensageiros químicos liberados pelas células 
variam entre dois tipos: hormônios secretados 
diretamente no sangue, com ação ampla, e 
neurotransmissores secretados durante as 
sinapses. Ex.: 
• Serotonina: regula o sono, atividade sexual, 
apetite, temperatura corporal. 
• Dopamina: produz sensação de prazer e 
satisfação. 
• Endorfina: bloqueia a dor, age como analgésico. 
• GABA: forte inibidor, envolvido no controle da 
ansiedade. 
 
O CÉREBRO (TELENCÉFALO) 
O Cérebro é a porção mais larga do encéfalo e 
representa 7/8 do seu peso total. 
Os centros nervosos que governam as atividades 
sensitivas e motoras e as áreas que determinam a 
razão, a memória e a inteligência estão localizadas 
no cérebro. 
 
 
 
 
32 
AS MENINGES 
As meninges são membranas que protegem o 
encéfalo e a medula espinhal. Da parte externa 
parainterna são elas: dura-máter, aracnoide e pia-
máter. 
O espaço entre a dura-máter e a aracnóide é 
chamado subdural. O espaço entre a aracnóide e a 
pia-máter é chamado subaracnóideo, que é onde se 
encontra o líquor. E o espaço entre a dura-máter e 
o periósteo é chamado epidural ou extra-dural. 
 
LÍQUOR OU LÍQUIDO 
CEFALORRAQUIDIANO 
O Líquor circula dentro dos ventrículos 
cerebrais, no canal da medula espinhal e no espaço 
subaracnóideo e serve para proteger o encéfalo e a 
medula de agressões. 
 
A MEDULA ESPINHAL 
A medula espinhal está localizada dentro do 
canal vertebral e é contínua ao bulbo 
superiormente. No seu crescimento embrionário se 
desenvolve mais lentamente que a coluna 
vertebral. Como resultado, a medula no adulto 
termina na altura da 2ª vértebra lombar. Sua 
extremidade inferior é denominada cone medular. 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) 
• Nervos espinhais: Um nervo é um feixe de 
fibras nervosas fora do encéfalo ou da medula 
espinhal. 31 pares de nervos espinhais se originam 
da medula saindo do canal vertebral através dos 
forames intervertebrais. Estes 31 pares são 
denominados de acordo com a região ao qual 
emergem. Existem 8 pares de nervos cervicais, 12 
torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. 
O conjunto de nervos denomina-se plexo. 
Existem os seguintes plexos: cervical; braquial; 
lombar; sacral. 
 
• Nervos Cranianos: São 12 pares ligados ao 
encéfalo simetricamente dispostos. Cada um deixa 
o crânio através de um forame na sua base. 
I. Nervo Olfatório (sensitivo), função: Olfato. 
II. Nervo Óptico (sensitivo), função: Visão. 
III. Nervo Oculomotor (motor), função: Mov. 
Olhos. 
IV. Nervo Troclear (motor), função: Mov. 
Olhos. 
V. Nervo Trigêmeo (misto), funções: Mov. da 
mastigação, percepção da pele, face e couro 
cabeludo. 
VI. Nervo Abducente (motor), função: Mov. 
Olhos. 
VII. Nervo Facial (Misto), funções: Mov. da 
expressão facial e gosto. 
VIII. Nervo Vestibulococlear (sensitivo), 
função: Equilíbrio e audição. 
IX. Nervo Glossofaríngeo (misto), função: 
Mov. da faringe e gosto. 
X. Nervo Vago (misto), funções: Faringe, 
laringe, vísceras torácicas e abdominais. 
XI. Nervo Acessório (motor), função: Mov. do 
trapézio, esternocleidomastoideo, faringe e 
laringe. 
XII. Nervo Hipoglosso (motor), função: Mov. 
da língua. 
 
Com base na sua estrutura e função, o sistema 
nervoso periférico pode ainda subdividir-se em 
duas partes: sistema nervoso somático e sistema 
nervoso autônomo. 
Ações voluntárias resultam da contração de 
músculos estriados esqueléticos, que estão sob o 
controle o sistema nervoso periférico somático 
(voluntário). Já ações involuntárias resultam da 
contração das musculaturas lisa e cardíaca, 
controladas pelo sistema nervoso periférico 
autônomo (involuntário ou visceral). 
 
 
33 
SNP AUTÔNOMO 
As fibras nervosas periféricas eferentes 
distribuídas à musculatura lisa, músculo cardíaco 
e glândulas pertencem ao SNA. O SNA auxilia no 
controle da pressão arterial, na secreção 
gastrintestinal, na produção de urina, na sudorese, 
na temperatura corporal e várias outras funções. 
Todas as funções do SNA relacionam-se com a 
manutenção da homeostase. 
 
• S.N. Simpático: está relacionado com a 
mobilização das energias do corpo (ação 
estimulatória), para lidar com o aumento de 
atividade. 
• S.N. Parassimpático: conserva as energias do 
corpo (ação inibitória). 
 
Por exemplo, a ação no coração é aumentada 
pelo estímulo simpático e diminuída pelo 
parassimpático. Ambos têm funções contrárias 
(antagonistas). Um corrige os excessos da outro. 
 
 
 
 
 
 
REFLEXOS 
 Os atos reflexos ou simplesmente reflexos, 
são respostas automáticas, involuntárias a um 
estímulo sensorial. O estímulo chega ao órgão 
receptor, é enviado à medula através de neurônios 
sensitivos ou aferentes. Na medula, neurônios 
associativos recebem a informação e emitem uma 
ordem de ação através dos neurônios motores. Os 
neurônios motores ou eferentes chegam ao órgão 
efetor que realizará uma resposta ao estímulo 
inicial. Esse caminho seguido pelo impulso 
nervoso e que permite a execução de um ato 
reflexo é chamado arco-reflexo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
O Sistema Endócrino é o conjunto de 
glândulas responsáveis pela produção dos 
hormônios que são lançados no sangue e 
percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo 
sobre os quais atuam. Junto com o sistema nervoso, 
o sistema endócrino coordena todas as funções do 
nosso corpo. O hipotálamo (1) grupo de células 
nervosas localizadas na base do encéfalo faz a 
integração entre esses dois sistemas. As glândulas 
são divididas entre endócrinas e exócrinas. 
As glândulas exócrinas lançam a secreção na 
superfície livre (superfície do corpo ou luz de 
órgãos) e apresentam canais ou ductos por onde a 
secreção passa até atingir o local onde será 
eliminada. Como exemplo de glândulas exócrinas, 
podemos citar as glândulas mamárias, sudoríparas 
e sebáceas. 
As glândulas endócrinas eliminam sua 
secreção diretamente na corrente sanguínea e, 
diferentemente das exócrinas, não possuem ducto 
glandular. O produto dessas glândulas é 
denominado de hormônio. 
 
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS 
As glândulas endócrinas estão localizadas em 
diferentes partes do corpo: hipófise (2), tireoide e 
paratireoides (3), timo (4), suprarrenais (5), 
pâncreas (6) e as glândulas sexuais (7 e 8). 
• Hipófise: A hipófise está localizada no centro da 
cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos 
hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento. 
É considerada a glândula mestre do nosso corpo, 
pois estimula o funcionamento de outras 
glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais. 
O excesso da produção desse hormônio causa o 
gigantismo (crescimento exagerado) e a falta 
provoca o nanismo. Outro hormônio produzido 
pela hipófise é o antidiurético (ADH), substância 
que permite ao corpo economizar água na excreção 
(formação da urina). 
• Tireoide: A tireoide está localizada no pescoço, 
produz a tiroxina, hormônio que controla a 
velocidade do metabolismo celular, na 
manutenção do peso e do calor corporal, no 
crescimento e no ritmo cardíaco. 
O hipertireoidismo, funcionamento exagerado 
da tireoide, acelera todo o metabolismo: o coração 
bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais 
alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar 
mais energia. Esse quadro favorece o aparecimento 
de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue 
circula com mais pressão. Se não tratada pode 
provocar o surgimento do bócio (inchaço no 
pescoço), e também a exoftalmia (olhos saltados). 
O hipotireoidismo é quando a tireoide 
trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o 
metabolismo se torna mais lento, algumas regiões 
do corpo ficam inchadas, o coração bate mais 
vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, 
a pessoa gasta menos energia, tende a engordar e 
as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas 
e se não tratada pode ocorrer o bócio. 
• Paratireoides: As paratireoides são quatro 
pequenas glândulas, localizadas atrás da tireóide, 
SISTEMA ENDÓCRINO 
 
ANATOMIA 
 
Data ___/___/____ 
 
Módulo X / Cap X 
 
 
35 
que produzem o paratormônio, hormônio que 
regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue. 
A diminuição desse hormônio reduz a quantidade 
de cálcio no sangue e faz com que os músculos se 
contraiam violentamente. Esse sintoma é chamado 
de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em 
pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento da 
produção desse hormônio, transfere parte do 
cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os 
ossos, tornando-os quebradiços. 
• Timo: O timo está situado entre os pulmões. 
Produz um hormônio que atua na defesa do 
organismo do recém-nascido contra infecções. 
Nessa fase, apresenta um volume acentuado, 
crescendo normalmente atéa adolescência, 
quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui 
de tamanho, pois tem suas funções reduzidas. 
• Suprarrenais: As glândulas suprarrenais 
situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, 
hormônio que prepara o corpo para a ação. Os 
efeitos da adrenalina no organismo são: 
taquicardia, aumento da frequência respiratória e 
da taxa de glicose no sangue, liberando mais 
energia para as células, contração dos vasos 
sanguíneos da pele, de modo que o organismo 
envia mais sangue para os músculos esqueléticos 
e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também 
“gelados de medo”. 
• Pâncreas: O pâncreas é uma glândula mista pois 
além de hormônios (insulina e o glucagon) produz 
também o suco pancreático, que é lançado no 
intestino delgado e desempenha importante papel 
na digestão. 
A insulina controla a entrada da glicose nas 
células (onde será utilizada na liberação de 
energia) e o armazenamento no fígado, na forma 
de glicogênio. A falta ou a baixa produção de 
insulina provoca o diabetes, doença caracterizada 
pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia). 
O glucagon funciona de maneira oposta à 
insulina. Quando o organismo fica muitas horas 
sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai 
muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a 
sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos 
casos, ao desmaio. Nesse caso o pâncreas produz o 
glucagon, que age no fígado, estimulando a 
"quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. 
Por fim, a glicose é enviada para o sangue 
normalizando a hipoglicemia. 
• Glândulas sexuais: As glândulas sexuais são os 
ovários e os testículos, também conhecidas coo 
glândulas mista, que fazem parte do sistema 
reprodutor feminino e do sistema reprodutor 
masculino, respectivamente. 
Os ovários e os testículos são estimulados por 
hormônios produzidos pela hipófise. Assim, 
enquanto os ovários produzem o estrogênio e a 
progesterona, os testículos produzem diversos 
hormônios, entre eles a testosterona, responsável 
pelo aparecimento das características sexuais 
secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros 
volumosos, etc. 
 
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