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Ebook Aspectos Morfofuncionais

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Samara Pires

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Ficha catalogada na Biblioteca CEUNI-Fametro
Todos os direitos reservados © FAMETRO
IME Instituto Metropolitano de Ensino Ltda
Wellington Lins de Albuquerque | Presidente - IME
Maria do Carmo Seffair Lins de Albuquerque | Reitora
Cinara da Silva Cardoso | Vice-Reitora
Iyad Amado Hajoj | Diretor de EaD e Expansão
Leonardo Florêncio da Silva | Diretor Editorial e Gestor de EaD
Ana Maria Oliveira de Araújo | Coordenação Pedagógica EaD
Luciana Braga | Projeto Gráfico e Direção de Arte
Ana Augusta de Oliveira Simas | Supervisora de Produção e Revisão
Giselle da Silva Fonseca | Revisora
Imagens | depositphotos.com
Responsável técnico: Allison Silva de Andrade (CRB11/1102) 
Biblioteca CEUNI-FAMETRO
FAMETRO
Av. Djalma Batista, Nossa Sra. das Gracas. Manaus, AM
"Nos termos da Lei n.º 9.610/98, o autor desta obra é titular de todo o complexo de 
direitos autorais sobre a presente criação. Assim, é vedada a cópia, reprodução, 
edição ou distribuição desta obra sem autorização expressa do Autor ou da Editora e, 
ainda é vedado utilizar, citar, publicar esta obra integral ou parcialmente sem deixar 
de indicar ou anunciar o nome, pseudônimo ou sinal convencional do autor sob pena 
da aplicação das medidas previstas nos Art. 101 a 110 da Lei n.º 9.610/98."
K18a Karllos, Herllon. 
Aspectos morfofuncionais / Herllon Karlos, Athaydes Kerr. – Ma-
naus: FAMETRO, 2022.
156p.
 ISBN: 978-85-64293-11-3
1. Nervoso. 2. Sistema. 3. Anatomia. 4. Osteologia. 5. Cardiologia. 
Digestório. I. Kerr, Athaydes. II. CEUNI-FAMETRO. III. Título.
CDU.: 611
Pa
la
vr
a 
da
 R
ei
to
ra
“É a educação que 
faz o futuro 
parecer um lugar 
de esperança e 
transformação”.
(Marianna Moreno)
“Sejam todos e todas bem-vindos ao EaD 
do Centro Universitário Fametro”
O Centro Universitário Fametro acredita que o 
papel de uma instituição de ensino é formar não apenas 
profissionais, mas também formar profissionais no 
Ensino Superior, com valores éticos, humanísticos e 
com respeito ao meio ambiente capazes de contribuir 
para o desenvolvimento da nossa Amazônia. 
A Fametro, portanto, tem premissas claras a 
cumprir como instituição de ensino de qualidade. 
Praticar o ensino, pesquisa e extensão é a sua principal 
bandeira. 
A Fametro, ao longo das últimas duas décadas, 
vem se consolidando como a melhor instituição de 
ensino do Norte, um espaço democrático e docentes 
com variadas visões de mundo. Somos uma instituição 
de ensino plural que avança a cada ano em busca 
sempre de desenvolver a economia da Amazônia. Nossa 
estrutura é moderna, estamos em diversos municípios 
levando uma educação inclusiva e de qualidade.
Conheça o Centro Universitário Fametro e viva a 
experiência em estudar numa instituição com o corpo 
docente com mestres e doutores e de qualidade de 
ensino comprovada pelo MEC. 
Maria do Carmo Seffair
Reitora
UNIDADE I - INTRODUÇÃO 
A ANATOMIA E SISTEMAS 
ESQUELÉTICOS, ARTICULAR E 
MUSCULAR
 
Níveis de organização estrutural, Posições, 
Planos Anatômicos
Sistema Esquelético
Artrologia
Miologia 
Patologias associadas aos sistemas 
Esquelético, Articular e Muscular
Su
m
ár
io
13
19
32
40
45
UNIDADE II - SISTEMA 
CARDIORESPIRATÓRIO
Cardiovascular
Circulatório
Respiratório
Patologias associadas aos Sistemas 
Cardiovascular, Circulatório e Respiratório I
Patologias associadas aos Sistemas 
Cardiovascular, Circulatório e Respiratório II
UNIDADE III - SISTEMA DIGESTÓRIO 
E URINÁRIO
Sistema Digestório
Glândulas anexas ao Sistema Digestório
Introdução ao Sistema Urinário
Patologias associadas ao Sistema Digestório
Patologias associadas ao sistema Urinário
53
58
62
70
72
79
84
96
104
106
UNIDADE IV - SISTEMA GENITAL E 
NERVOSO
Genital masculino e feminino
Sistema Nervoso Central e Periférico
Tipos de células do Sistema Nervoso
Patologias associadas ao sistema 
genital masculino e feminino
Patologias associadas ao Sistema 
Nervoso Parkinson
Referências 
Caderno de Exercícios
112
120
127
131
132
134
139
U
ni
da
de
 1
Videoaula 1
Videoaula 2
Videoaula 3
Videoaula 4
Videoaula 5
13
INTRODUÇÃO 
A ANATOMIA 
E SISTEMAS 
ESQUELÉTICOS, 
ARTICULAR E 
MUSCULAR
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO 
ESTRUTURAL, POSIÇÕES E 
PLANOS ANATÔMICOS
Definição de Anatomia e 
Fisiologia
Os dois ramos da ciência — ana-
tomia e fisiologia — proporcionam a 
base para compreensão das funções 
e partes do corpo humano. Anatomia 
(cortar de alto a baixo) é a ciência das 
estruturas e de suas relações. En-
quanto a anatomia lida com estrutu-
ras do corpo, a fisiologia é a ciência 
das funções do corpo e como atuam. 
(Fig.1)
14
Figura 1 - Corpo Humano
Como a estrutura e função estão intimamente 
relacionadas, você aprenderá sobre o corpo huma-
no estudando simultaneamente sua anatomia e fi-
siologia. A estrutura de uma parte do corpo permite 
a execução de determinadas funções. 
Por exemplo, os ossos do crânio são firme-
mente unidos para formar um invólucro rígido que 
protege o encéfalo. Os ossos dos dedos são unidos 
mais frouxamente para permitir uma variedade de 
movimentos. As paredes dos sacos alveolares, pul-
mões, estão diretamente relacionados com a fun-
ção dessas estruturas, permitindo o movimento rá-
pido do oxigênio inalado para o sangue. 
Níveis de organização Celular
Os níveis de organização estrutural seguem 
orientação de uma dimensão do mais simples (áto-
mos) ao mais complexo (organismo), em que é pos-
sível identificarmos seis níveis de organização: o 
químico, o celular, o tecidual, o orgânico, o sistêmi-
co e do organismo. (Fig. 2)
15
Figura 2 - Níveis de Organização Estrutural
Fonte: www.passeidireto.com/arquivo/75033290/
material-apoio 
Nível Químico: esse nível muito básico inclui 
átomos, os menores componentes de um elemen-
to químico, que participam das reações químicas, 
além de moléculas, formadas por dois ou mais áto-
mos ligados entre si. Certos átomos, como carbo-
no (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), 
fósforo (P), cálcio (Ca) e enxofre (S), são essenciais 
para a manutenção da vida.
Nível Celular: as moléculas se combinam para 
formar as células, as unidades funcionais e estrutu-
16
Anotações: rais básicas de um organismo. Entre os inúmeros tipos 
de células no corpo humano, estão as células mus-
culares, as células nervosas e as células epiteliais.
Nível Tecidual: tecidos são grupos de célu-
las mais os materiais que em torno delas atuam em 
conjunto para executar uma função específica. Há 
somente quatro tipos básicos de tecido no corpo: 
tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular 
e tecido nervoso.
Nível Orgânico: nesse nível, diferentes tipos de 
tecidos que se unem. Os órgãos são estruturas com-
postas por vários tecidos; desempenham funções 
específicas e que, normalmente, possuem formas re-
conhecíveis. Exemplos de órgãos: o estômago, a pele, 
os ossos, o coração, o fígado, os pulmões e o encéfalo.
Nível Sistêmico: um sistema consiste em ór-
gãos relacionados que possuem uma função co-
mum. Um exemplo do nível sistêmico, também cha-
mado de nível sistêmico orgânico (sistema-órgão) é 
o sistema digestório, que decompõe e absorve os 
alimentos. Seus órgãos incluem a boca, as glându-
las salivares, a faringe (garganta), o esôfago, o es-
tômago, o intestino delgado, o intestino grosso, o 
fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. 
Nível do Organismo: um organismo ou qual-
quer ser vivo, fazendo uma analogia, pode ser com-
parado a um livro. Todas as partes do corpo que 
atuam em conjunto formam o organismo completo.
Posições Anatômicas
As descrições de qualquer região ou de qual-
quer parte do corpo assumem que estas estejam 
em uma posição específica, chamada de posição 
anatômica. (Fig. 3) 
17
Anotações:Figura 3 - Níveis de Organização Estrutural
Fonte: Posição anatômica
Nessa posição, a pessoa está ereta, olhando 
para o observador com a cabeça na posição hori-
zontal e os olhos voltados diretamente para a fren-
te. Os pés estão plantados no solo e dirigidos para 
a frente,secretados pelas células exó-
crinas em pequenos ductos que, fi nal-
mente, unem-se para formar dois ductos 
maiores, o ducto pancreático e o ducto pan-
creático acessório. Todos os dias o pâncreas 
produz entre 1.200 e 1.500 mL de suco pancre-
ático, um líquido incolor claro, consistindo ba-
sicamente em água, alguns sais, bicarbonato 
de sódio e diversas enzimas. (Fig. 36)
89
Figura 36: Anatomia do Pâncreas
Fonte: 
As enzimas no suco pancreático incluem uma 
enzima que dissolve o carboidrato, chamada de 
amilase pancreática; diversas enzimas que dissol-
vem proteínas, chamadas de tripsina, quimotripsi-
na, carboxipeptidase e elastase; a principal enzima 
que dissolve triglicerídeos nos adultos, chamada de 
lipase pancreática; e enzimas que dissolvem ácido 
nucleico, chamadas de ribonuclease e desoxirribo-
nuclease.
Fígado e Vesícula Biliar
O fígado é a glândula mais pesada do corpo, 
pesando aproximadamente 1,4 kg no adulto co-
mum. Dentre todos os órgãos do corpo, é o segundo 
em tamanho, perdendo apenas para a pele. A vesí-
cula biliar é um saco piriforme, localizado em uma 
depressão na face inferior do fígado. 
90
O fígado é dividido em dois lobos principais — 
um grande lobo direito e um pequeno lobo esquer-
do — O fígado está localizado na parte anterior da 
parede abdominal pelo ligamento falciforme, com-
posto por uma prega que separa os dois lobos. Os 
hepatócitos são as principais células funcionais do 
fígado e realizam uma ampla gama de funções en-
dócrinas, secretoras e metabólicas. (Fig. 37)
Figura 37: Anatomia do Fígado
Fonte:ingestão inadequada de líquido, falta 
de exercício, estresse emocional e determi-
nados fármacos. 
96
INTRODUÇÃO AO SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário consiste em dois rins, dois 
ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Após os 
rins fi ltrarem o plasma sanguíneo, retornam grande 
parte da água e solutos para a corrente sanguínea. 
O restante da água e solutos constituem a urina, 
que passa pelos ureteres e é armazenada na bexi-
ga urinária, até ser excretada do corpo pela uretra. 
(Fig. 39)
Figura 39: Componetes do Sistema Urinário
Fonte: Tortora, 12ª.
Os rins realizam o trabalho principal do sis-
tema urinário (fi ltração, absorção e excreção). As 
outras partes do sistema são basicamente vias de 
passagem e áreas de armazenamento. As funções 
dos rins incluem as seguintes:
97
Anotações:• Regulação da composição iônica do san-
gue: os rins ajudam a regular os níveis san-
guíneos de diversos íons, sendo os mais 
importantes, os íons sódio (Na+), potássio 
(K+), cálcio (Ca2*), cloreto (Cl) e fosfato (HP 
042-).
• Regulação do pH do sangue: os rins ex-
cretam uma quantidade variável de íons 
hidrogênio (H*) na urina e conservam íons 
bicarbonato (HCOR), que são um impor-
tante tampão de pH no sangue. Essas duas 
atividades ajudam a regular o pH do san-
gue.
• Regulação do volume de sangue: os rins 
ajustam o volume de sangue, conservando 
ou eliminando água na urina. Um aumento 
no volume de sangue aumenta a pressão 
arterial; uma redução no volume de san-
gue diminui a pressão arterial.
• Regulação da pressão arterial: os rins 
também ajudam a regular a pressão arte-
rial, secretando a enzima renina, que ati-
va a via renina-angiotensina-aldosterona. 
O aumento de renina provoca aumento na 
pressão arterial.
• Manutenção da osmolaridade do sangue: 
ao regular separadamente a perda de água 
e solutos na urina, os rins mantêm uma 
osmolaridade relativamente constante do 
sangue, próxima de 300 miliosmóis por li-
tro (mOsm/litro).
• Produção de hormônios: os rins produzem 
dois hormônios. O calcitriol, a forma ativa 
da vitamina D, que ajuda a regular a home-
98
Anotações: ostasia do cálcio, e a eritropoetina, que 
estimula a produção de eritrócitos.
• Regulação da concentração sanguínea de 
glicose: como o fígado, os rins conseguem 
usar o aminoácido glutamina na gliconeo-
gênese, a síntese de novas moléculas de 
glicose. Por conseguinte, liberam glicose 
no sangue para ajudar a manter uma con-
centração sanguínea normal de glicose.
• Excreção de resíduos e substâncias estra-
nhas: ao formar a urina, os rins ajudam a 
excretar resíduos — substâncias que não 
têm uma função útil no corpo. Parte dos 
resíduos excretados na urina resultam de 
reações metabólicas no corpo. Esses in-
cluem amônia e ureia, provenientes da de-
saminação de aminoácidos; bilirrubina, do 
catabolismo da hemoglobina; creatinina, 
da decomposição do fosfato de creatinina, 
nas fibras musculares, e ácido úrico, do 
catabolismo de ácidos nucleicos. Outros 
resíduos excretados na urina são substân-
cias estranhas da alimentação, como me-
dicamentos e toxinas ambientais.
Rins
Os rins são órgãos pares, avermelhados, loca-
lizados diretamente acima da cintura, entre o peri-
tônio e a parede posterior do abdome. Os rins estão 
localizados entre os níveis da última vértebra torá-
cica e a 3ª vértebra lombar, uma posição na qual fi-
cam parcialmente protegidos pelo décimo primeiro 
e décimo segundo pares de costelas. O rim direito 
99
é ligeiramente mais baixo do que o esquerdo, isso 
porque, o fígado ocupa um espaço considerável, no 
lado direito, acima do rim. (Fig. 40)
Figura 40: Anatomia dos rins
Fonte: Tortora, 12ª.
Próximo do centro da margem côncava en-
contra-se uma fi ssura vertical profunda, chamada 
de hilo renal, pela qual o ureter emerge do rim junto 
com vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. 
Um corte frontal através dos rins revela duas regi-
ões distintas: uma área superfi cial vermelho-clara, 
chamada de córtex renal, e uma região interna pro-
funda, marrom-avermelhada, chamada de medula 
renal. A medula consiste em diversas estruturas 
100
Anotações: cuneiformes, conhecidas como as pirâmides re-
nais. 
As partes do córtex renal que se estendem 
entre as pirâmides renais são chamadas de colunas 
renais. Um lobo renal consiste em uma pirâmide, 
sua área sobrejacente do córtex renal até metade 
de cada coluna adjacente.
Juntos, o córtex renal e as pirâmides renais 
da medula renal constituem o parênquima (a parte 
funcional) do rim. No interior do parênquima en-
contram-se as unidades funcionais do rim — apro-
ximadamente 1 milhão de estruturas microscópi-
cas, chamadas de néfrons. A urina formada pelos 
néfrons drenam para os grandes ductos papilares 
que se estendem pelas papilas renais das pirâmi-
des. Os ductos papilares drenam para estruturas 
cupuliformes, chamadas de cálices renais maiores 
e menores. 
Cada rim possui entre 8 e 18 cálices menores, 
e entre 2 e 3 cálices maiores. A partir dos cálices 
maiores, a urina drena para uma cavidade grande 
e simples, chamada de pelve renal, e, em seguida, 
drena para fora, através do ureter, até a bexiga uri-
nária.
Néfron 
 Cada néfron consiste em duas partes: um 
corpúsculo renal, no qual o plasma sanguíneo é fil-
trado, e um túbulo renal, no qual passa o líquido fil-
trado. Os dois componentes de um corpúsculo renal 
são o glomérulo (rede capilar) e a cápsula glomeru-
lar (de Bowman), uma cavidade epitelial bilaminada 
que circunda os capilares glomerulares. (Fig. 41)
101
Figura 41: Estrutura do Néfron
Fonte: Tortora, 12ª.
O plasma sanguíneo é fi ltrado na cápsula glo-
merular, seguidamente, o líquido fi ltrado passa 
para o túbulo renal, possui três seções principais. 
Na ordem em que o líquido passa por elas, o túbulo 
renal consiste em: (1) túbulo contorcido proximal: 
(2) alça de Henle e (3) túbulo contorcido distal. Os 
túbulos contorcidos distais de diversos néfrons se 
102
Anotações: esvaziam em um único ducto coletor. Os ductos co-
letores se reúnem e convergem, formando cente-
nas de grandes ductos papilares, que drenam para 
os cálices menores. Os ductos coletores e papilares 
estendem-se do córtex renal passando pela medula 
renal, até a pelve renal.
Para produzir urina, os néfrons e ductos co-
letores realizam três processos básicos — filtração 
glomerular, secreção tubular e reabsorção tubular: 
Filtração glomerular: no primeiro estágio da 
produção de urina, a água e a maioria dos solutos 
no plasma sanguíneo passam através das paredes 
dos capilares glomerulares para a cápsula glomeru-
lar e, em seguida, para o túbulo renal. Ex.: Plasma
A reabsorção tubular: à medida que o líquido 
filtrado flui ao longo do túbulo renal e pelo ducto co-
letor, as células tubulares reabsorvem aproximada-
mente 99% da água filtrada e muitos solutos úteis. 
A água e os solutos retomam para o sangue à medi-
da que este flui através dos capilares peritubulares 
e arteríolas retas. Observe que o termo reabsorção 
refere-se ao retomo da água e dos solutos filtrados 
para a corrente sanguínea. Ex.: água, íons, glicose e 
aminoácidos. 
A Secreção tubular: à medida que o líquido flui 
ao longo do túbulo e pelo ducto coletor, as células 
do túbulo e do ducto secretam outras substâncias, 
como resíduos, fármacos e excesso de íons no lí-
quido. Observe que a secreção tubular remove uma 
substância do sangue. Em outros casos de secre-
ção — assim como a secreção de hormônios — as 
células liberam substâncias no líquido intersticial e 
no sangue. Ex: Ácido úrico, ureia e creatinina. 
103
Anotações:
Taxa de Filtração Glomerular
A quantidade de filtrado formado em todos os 
corpúsculos renais dos dois rins, a cada minuto, é 
chamada de taxa de filtração glomerular (TFG). A 
homeostasia dos líquidos do corpo necessita que 
os rins mantenham uma TFG relativamente cons-
tante. Se a TFG for muito alta, substâncias neces-
sárias podem passar tão rapidamente pelos túbulos 
renais que algumaspodem não ser reabsorvidas, 
podendo ser eliminada na urina. Se a TFG for muito 
baixa, quase todo o filtrado pode ser reabsorvido e 
certos produtos residuais podem não ser adequa-
damente eliminados.
Hormônio Antidiurético
O hormônio antidiurético (ADH ou vasopressi-
na) é liberado pela neuro-hipófise. Regula a absor-
ção facultativa de água, aumentando a permeabili-
dade das células principais na parte final do túbulo 
contorcido distal e por todo o ducto coletor. Na au-
sência do ADH, as membranas apicais das células 
principais têm uma absortividade de água muito 
baixa.
104
Anotações:
PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS 
SISTEMAS DIGESTÓRIO 
Patologia Associada ao Sistema 
Digestório – Apendicite Aguda
A apendicite aguda é a causa mais comum de 
abdome agudo na criança, adolescente e no adulto 
jovem com um pico de incidência nas 2° e 3° déca-
das de vida. Sua incidência reduziu-se nas últimas 
décadas e as razões desse declínio ainda não estão 
esclarecidas, podendo ser atribuídas às mudanças 
nos hábitos dietéticos e na flora intestinal, melhora 
da nutrição, maior ingestão de vitaminas e outros.
A obstrução da luz apendicular é o principal 
fator iniciante do processo inflamatório, sendo as 
causas mais frequentes a hiperplasia do tecido lin-
foide, principalmente nas crianças, fecalitos, cor-
pos estranhos (sementes, fibras, bário, projétil de 
arma de fogo), vermes e neoplasias (do apêndice, 
ceco ou metastática).
A dor abdominal é um sintoma mais impor-
tante, é o mais frequente da apendicite aguda, com 
migração clássica de periumbilical ou epigástrica 
para localização em fossa ilíaca direita em 2/3 dos 
pacientes. Eventualmente podendo referir-se a ou-
tros locais dependendo da posição ocupada pelo 
apêndice cecal, ocorrendo em 75% das vezes loca-
lização intra-peritoneal retrocecal.
É de diagnóstico acima de tudo clínico e ge-
ralmente não necessita de exames complemen-
tares. No entanto, principalmente diante de um 
quadro clínico duvidoso, exames laboratoriais e de 
imagem, sobretudo, ultrassonografia e tomografia 
105
Anotações:computadorizada são empregados fornecendo su-
porte secundário ao diagnóstico.
Patologia Associada ao Sistema 
Digestório – Refluxo Gastroesofágico
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), 
considerada uma das afecções digestivas de maior 
prevalência nos países ocidentais, tem sido bastan-
te estudada. É a afecção crônica decorrente do flu-
xo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal 
para o esôfago e/ou órgãos adjacentes, acarretando 
variável espectro de sintomas (esofágicos ou extra-
-esofágicos), associados ou não a lesões teciduais.
DRGE é uma afecção de grande importância 
médico-social pela elevada e crescente incidência 
e por determinar sintomas de intensidade variável, 
que se manifestam por tempo prolongado, podendo 
prejudicar consideravelmente a qualidade de vida 
do paciente.
As manifestações clínicas consideradas tí-
picas da DRGE são pirose e regurgitação. Apesar 
desses sintomas sugerirem, a presença da afecção, 
vale salientar que outras doenças (como úlcera 
péptica, gastrite e eventualmente neoplasias) po-
dem cursar com um deles.
O tratamento visa o alívio dos sintomas, a ci-
catrização das lesões e a prevenção de recidivas e 
complicações. Do ponto de vista prático, o objetivo 
é reduzir o potencial agressivo do conteúdo gástri-
co, minimizando a agressão representada pelo áci-
do clorídrico do suco gástrico. Pode-se classificar 
a abordagem terapêutica em medidas comporta-
mentais e farmacológicas, que deverão ser imple-
mentadas simultaneamente.
106
Anotações:
PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS 
SISTEMAS URINÁRIO 
Patologia Associada ao Sistema Urinário 
– Infecção do trato urinário
A infecção sintomática do trato urinário (ITU), 
situa-se entre as mais frequentes infecções bac-
terianas do ser humano. A infecção urinária pode 
comprometer somente o trato urinário baixo, o 
que especifica o diagnóstico de cistite, ou afetar 
simultaneamente o trato urinário inferior e o supe-
rior; neste caso, utiliza-se a terminologia infecção 
urinária alta, também denominada pielonefrite. A 
infecção urinária baixa ou cistite pode ser sintomá-
tica ou não.
Os agentes etiológicos, frequentemente en-
volvidos com ITU adquirida na comunidade, são, 
em ordem de frequência: a Escherichia Coli, e Sta-
phylococcus saprophyticus, espécies de Proteus e 
de Klebsiella e o Enterococcus faecalis. A E. coli, 
sozinha, responsabiliza-se por 70% a 85% das in-
fecções do trato urinário adquiridas na comunida-
de, e por 50% a 60% em pacientes idosos admitidos 
em instituições.
A infecção do trato urinário baixo (cistite), 
quando sintomática, exterioriza-se clinicamente 
pela presença habitual de disúria, urgência miccio-
nal, polaciúria, nictúria e dor suprapúbica. Febre, 
neste caso, não é comum. Na anamnese, a ocorrên-
cia prévia de quadros semelhantes, diagnostica-
dos como cistite, deve ser valorizada. O aspecto da 
urina pode trazer informações valiosas: urina turva 
107
Anotações:(pela presença de piúria) e/ou avermelhada (pela 
presença de sangue), causada por cálculo e/ou pelo 
próprio processo inflamatório.
Patologia Associada ao Sistema Urinário 
– Doença Renal Crônica
A doença renal crônica (DRC) é definida como 
anormalidades da estrutura ou função renal, pre-
sentes por um período igual ou superior a três me-
ses, com implicações para a saúde, sendo adotadas 
para o seu estadiamento a taxa de filtração glo-
merular (TFG) e a albuminúria.
O envelhecimento populacional, juntamente 
com a crescente incidência de diabetes, hiperten-
são arterial e outras doenças e agravos não trans-
missíveis, tem contribuído para o aumento mundial 
da prevalência da DRC e da doença renal terminal 
(DRT).
Entre as intervenções terapêuticas, as que 
são mais recorrentes na literatura envolvem o con-
trole de hipertensão arterial, diabetes e dislipide-
mia, alterações alimentares, redução de peso e 
abstinência do fumo.
Existem diferentes modelos de atendimen-
to ao paciente com DRC. A abordagem orientada 
na doença é um deles, demonstrando uma relação 
causal direta entre sinais e sintomas observados e 
processos fisiopatológicos subjacentes. Apresen-
ta como vantagem uma estrutura sistemática para 
orientar e padronizar a gestão, a avaliação de resul-
tados e de desempenho em pacientes com proces-
sos de doenças claramente definidos.
U
ni
da
de
 4
Videoaula 1
Videoaula 2
Videoaula 3
Videoaula 4
Videoaula 5
110
111
SISTEMA GENITAL 
E NERVOSO
A reprodução sexual é o processo 
pelo qual os organismos geram a pro-
le, produzindo células germinativas, 
chamadas de gametas. Após o game-
ta masculino (espermatozoide) unir-
-se com o gameta feminino (ovócito 
secundário) – em um evento chamado 
de fertilização, onde a célula gerada a 
partir dessa união possui um conjunto 
de cromossomos de cada um dos pais.
112
SISTEMA GENITAL MASCULINO E 
FEMININO
Os órgãos do sistema genital masculino são 
os testículos, um sistema de ductos (incluindo epi-
dídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e 
uretra) as glândulas sexuais acessórias (glândulas 
seminais, próstata e glândula bulbouretral) e diver-
sas estruturas de sustentação, incluindo o escroto 
e o pênis. (Fig. 42)
Figura 42: Órgão Genital Masculino
Fonte: Tortora, 12ª.
113
Anotações:Os testículos (gônadas masculinas) produzem 
espermatozoides e secretam hormônios. O sistema 
de ductos transporta e armazena espermatozoi-
des, auxilia na sua maturação e os transporta até 
o exterior. O sêmen contém espermatozoides mais 
as secreções fornecidas pelas glândulas sexuais 
acessórias. As estruturas de sustentação têm vá-
rias funções. O pênis transporta espermatozoides 
para o trato genital feminino e o escroto aloja os 
testículos.
Escroto
O escroto, é a estrutura de sustentação para 
os testículos, consiste em pele frouxa e tecido sub-
cutâneo subjacente que pende da raiz (a parte fixa) 
do pênis. Em resposta às baixas temperaturas, os 
músculos cremaster e dartos secontraem. A con-
tração dos músculos cremasteres aproxima mais 
os testículos do corpo, do qual podem absorver ca-
lor. A contração do músculo dartos retesa o escroto 
(dando-lhe uma aparência enrugada), o que reduz a 
perda de calor. A exposição ao calor inverte essas 
ações.
Testículos
Os testículos são glândulas ovais pares, situ-
adas no escroto, medindo aproximadamente 5 cm 
de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Cada um 
dos 200-300 lóbulos contém de um a três túbulos 
espiralados, os túbulos seminíferos contorcidos, 
nos quais os espermatozoides são produzidos. O 
processo pelo qual os túbulos seminíferos dos tes-
114
Anotações: tículos produzem espermatozoides é chamado de 
espermatogênese.
Os túbulos seminíferos contêm dois tipos de 
células: células espermatogênicas, as células pro-
dutoras de espermatozoides, e as células de Serto-
li, que possuem diversas funções de suporte à es-
permatogênese. 
Espermatozoide
As principais partes de um espermatozoide 
são a cabeça e a cauda. Contém um núcleo com 23 
cromossomos condensados. Recobrindo os dois 
terços anteriores do núcleo encontra-se o acros-
somo, uma vesícula semelhante a uma cápsula, 
preenchida com enzimas que ajudam o espermato-
zoide a penetrar um oócito secundário, realizando a 
fertilização. 
Entre as enzimas estão as hialuronidases e as 
proteases. A cauda do espermatozoide é subdividi-
da em quatro partes: colo, parte intermediária, par-
te principal e extremidade fi nal. (Fig. 43)
Figura 43: Estrutura do Espermatozoide
Fonte: Tortora, 12ª.
115
Anotações:Glândulas 
Glândulas (vesículas) seminais pares, através 
dos ductos da glândula seminal secretam um líqui-
do viscoso alcalino, que contém frutose (um açúcar 
monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de 
coagulação, que são diferentes daquelas encontra-
das no sangue.
A próstata é uma glândula simples, anelada, 
do tamanho aproximado de uma bola de golfe. A 
próstata secreta um líquido leitoso, ligeiramente 
acidífero (pH de aproximadamente 6,5), que contém 
diversas substâncias importantes: (1) o ácido cítri-
co, (2) diversas enzimas proteolíticas, como o an-
tígeno prostático específico (PSA), o pepsinogênio, 
a lisozima, a amilase e a hialuronidase, (3) a função 
da fosfatase ácida secretada pela próstata é desco-
nhecida e (4) a plasmina seminal, no líquido prostá-
tico, é um antibiótico que destrói bactérias.
As glândulas bulbouretrais ou glândulas de 
Cowper pares, têm o tamanho aproximado de uma 
ervilha. Durante a excitação sexual, as glândulas bul-
bouretrais secretam um líquido alcalino na uretra, 
que protege os espermatozoides da passagem, neu-
tralizando os ácidos da urina presentes na uretra.
Sêmen
Sêmen é uma mistura de espermatozoides 
e um líquido seminal, que consiste nas secreções 
dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, prós-
tata e glândulas bulbouretrais.
116
Anotações: Pênis
O pênis contém a uretra, sendo uma via de 
passagem para a ejaculação do sêmen e a excre-
ção da urina. O pênis possui um formato cilíndrico e 
consiste em corpo, glande e raiz.
O corpo do pênis é composto de três massas 
cilíndricas de tecido, cada uma envolvida por um te-
cido fibroso, chamado de túnica. As duas massas 
dorsolaterais são chamadas de corpos cavernosos 
do pênis. A massa posterior média menor, o corpo 
esponjoso do pênis, contém a parte esponjosa da 
uretra, mantendo-a aberta durante a ejaculação.
A extremidade distal do corpo esponjoso do 
pênis é uma região em forma de bola, ligeiramente 
expandida, chamada de glande do pênis; sua mar-
gem é a coroa da glande. 
A raiz do pênis é a parte fixa (parte proximal). 
Consiste no bulbo, a parte expandida da base do 
corpo esponjoso, e nos ramos do pênis as duas par-
tes separadas e afiladas do corpo cavernoso. 
Sistema Genital Feminino
Os órgãos do sistema genital feminino in-
cluem os ovários (gônadas femininas); as tubas ute-
rinas ou ovidutos, útero, vagina e os órgãos genitais 
femininos externos, que são coletivamente chama-
dos de vulva ou pudendo feminino. (Fig. 44)
117
Figura 44: Órgão genital feminino interno
Fonte: https://www.biologianet.com/anatomia-fi fi ologia-
animal/vagina.htm
As glândulas mamárias são consideradas 
parte tanto do sistema genital feminino quanto do 
tegumento comum. 
Ovários
Os ovários são as gônadas femininas, ou seja, 
glândulas pares que se assemelham às amêndoas 
sem casca, em tamanho e formato; eles são ho-
mólogos aos testículos. Os ovários produzem, (1) 
gametas, oócitos secundários que se desenvolvem 
em ovos maduros e (2) hormônios, incluindo pro-
gesterona e estrógenos (os hormônios sexuais fe-
mininos), inibina e relaxina. 
118
Anotações: Tubas Uterinas
As mulheres possuem duas tubas uterinas 
(trompas de Falópio) ou ovidutos, que se esten-
dem lateralmente a partir do útero. Fornecem uma 
via para os espermatozoides chegarem ao óvulo e 
transportam oócitos secundários e óvulos fertili-
zados dos ovários para o útero. A parte afunilada 
de cada tuba, chamada de infundíbulo, fica perto 
do ovário, mas é aberta para a cavidade pélvica. 
Termina em uma franja de projeções digitiformes, 
chamadas de fímbrias, uma das quais está presa à 
extremidade lateral do ovário.
Útero
Situado entre a bexiga urinária e o reto, o úte-
ro apresenta o tamanho e o formato de uma pêra 
invertida. As subdivisões anatômicas do útero in-
cluem: (1) uma parte em forma de domo, superior às 
tubas uterinas, chamada de fundo do útero, (2) uma 
parte central afilada, chamada de corpo do útero e 
(3) uma parte estreita inferior, chamada de colo do 
útero, que abre na vagina. 
O interior do corpo do útero é chamado de ca-
vidade do útero, e o interior do colo é chamado de 
canal do colo do útero. Histologicamente, o útero 
consiste em três camadas de tecido: o perimétrio 
(camada externa), o miométrio (camada média do 
útero) e o endométrio (a camada interna).
Vagina 
A vagina é um canal fibromuscular longo e tu-
bular, com 10 cm de comprimento, revestido por tú-
nica mucosa, que se estende do exterior do corpo 
119
do útero até o colo. É o receptáculo para o pênis du-
rante a relação sexual, uma saída para o fl uxo mens-
trual é uma via de passagem para o parto. Uma pre-
ga fi na de túnica mucosa vascularizada, chamada 
de hímen, forma uma margem em torno da extremi-
dade inferior da abertura da vagina para o exterior, 
o óstio da vagina, fechando-a parcialmente.
Vulva
O termo vulva ou pudendo feminino refere-se 
aos órgãos genitais femininos externos. Os compo-
nentes da vulva são os seguintes: o monte do púbis, 
uma elevação de tecido adiposo recoberta por pele 
e pêlos púbicos espessos que protege a sínfi se pú-
bica. A partir do monte do púbis, duas pregas longi-
tudinais de pele, os lábios maiores do pudendo, es-
tendem-se inferior e posteriormente. Medialmente 
aos lábios maiores do pudendo encontram-se duas 
pregas menores de pele, chamadas de lábios meno-
res do pudendo. (Fig. 45)
Figura 45: Órgão genital feminino externo
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/sistemas/415/
orgaos-externos
120
Anotações: O clitóris é uma pequena massa cilíndrica 
composta de dois pequenos corpos eréteis, os cor-
pos cavernosos, e numerosos nervos e vasos san-
guíneos. É homólogo à glande do pênis. A região 
entre os lábios menores é o vestíbulo. Dentro do 
vestíbulo estão o hímen (se ainda presente), o óstio 
da vagina, o óstio externo da uretra e as aberturas 
dos ductos de diversas glândulas. 
Glândulas mamárias
Cada mama possui uma projeção pigmenta-
da, a papila mamária, que possui uma série de aber-
turas pouco espaçadas de ductos, chamados de 
ductos lactíferos, dos quais o leite emerge. A área 
circular da pigmentação de pele que envolve a pa-
pila mamária é chamada de aréola da mama; parece 
enrugada porque contém glândulas sebáceas mo-
dificadas. Dentro de cada mama encontra-se uma 
glândula mamária modificada que produz leite.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL E 
PERIFÉRICO
O sistema nervoso é uma rede complexa, mui-
to organizada, de bilhõesde neurônios e de um nú-
mero ainda maior de neuroglias. As estruturas que 
compõem o sistema nervoso incluem o encéfalo, os 
nervos cranianos e seus ramos, a medula espinhal, 
os nervos espinais e seus ramos, os gânglios, os 
plexos entéricos e os receptores sensoriais.
121
Anotações:Funções do Sistema Nervoso
Permite a percepção de diversos odores, a 
produção da fala e a lembrança de eventos passa-
dos; além disso, transmite sinais que controlam os 
movimentos do corpo e regulam o funcionamento 
dos órgãos internos. São três: 
• Função sensorial - os receptores senso-
riais detectam estímulos internos, como 
um aumento na acidez do sangue e estí-
mulos externos, é como sentir uma gota 
de chuva que cai no braço. Essa informa-
ção sensorial é, em seguida, conduzida até 
o encéfalo e medula espinal por meio dos 
nervos cranianos e espinais.
• Função integrativa - o sistema nervoso 
integra (processa) informação senso-
rial, analisando e armazenando uma par-
te, tomando decisões para as respostas 
apropriadas. Uma função integrativa im-
portante é a percepção, o conhecimento 
consciente do estímulo sensorial. A per-
cepção ocorre no encéfalo.
• Função motora - uma vez que a informa-
ção é integrada, o sistema nervoso pode 
provocar uma resposta motora apropria-
da, ativando os efetores (músculos ou 
glândulas) por meio dos nervos espinais 
e cranianos. A estimulação dos efetores 
leva à contração dos músculos e à secre-
ção das glândulas.
122
Anotações: Subdivisões do Sistema Nervoso
O sistema nervoso tem duas subdivisões prin-
cipais: sistema nervoso central (SNC), que consiste 
no encéfalo e na medula espinal. O SNC processa a 
entrada de tipos diferentes de informação sensorial. 
É também a fonte dos pensamentos, das emoções e 
das memórias. A maioria dos impulsos nervosos que 
estimulam os músculos a se contrair e as glândulas a 
secretar se origina no SNC.
A parte periférica do sistema nervoso ou siste-
ma nervoso periférico (SNP), inclui todos os tecidos 
nervosos fora do SNC. Os componentes do SNP in-
cluem os nervos cranianos e seus ramos, os nervos 
espinais e seus ramos, os gânglios e os receptores 
sensoriais. O SNP pode ser subdividido, ainda, em uma 
parte somática do sistema nervoso (SSN), em uma di-
visão autônoma do sistema nervoso (DASN), em uma 
parte entérica do sistema nervoso (PESN). (Fig. 46)
Figura 46: Divisão do Sistema Nervoso
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/88914506/
principais-divisoes-do-sistema-nervoso
123
Anotações:Um gânglio refere-se a um agrupamento de 
corpos celulares neuronais, localizados no SNP. 
Como mencionado anteriormente, os gânglios es-
tão intimamente associados com os nervos espi-
nais e cranianos. Por contraste, o núcleo é um agru-
pamento de corpos celulares neuronais localizado 
no SNC.
Um nervo é um feixe de axônios localizado no 
SNP. Os nervos cranianos conectam o encéfalo à 
periferia, enquanto os nervos espinais conectam a 
medula espinal à periferia. Um trato é um feixe de 
axônios localizado no SNC. Os tratos interconectam 
os neurônios na medula espinal e no encéfalo.
A substância branca é composta, basicamen-
te, de axônios mielinizados e amielínicos de mui-
tos neurônios. A cor esbranquiçada da mielina dá à 
substância branca seu nome. A substância cinzenta 
do sistema nervoso contém corpos celulares neu-
ronais, dendritos, axônios amielínicos, terminais 
axônicos e neuróglia.
Cérebro
O cérebro adulto está dividido em um par de 
hemisférios cerebrais grandes. As superfícies dos 
hemisférios cerebrais são bastante pregueadas e 
cobertas por uma camada superficial de substân-
cia cinzenta denominada córtex cerebral (córtex, 
casca), cujas funções incluem consciência, pro-
cessamento e armazenamento de memória, pro-
cessamento sensitivo e a regulação das contrações 
musculares esqueléticas. O corpo caloso é um trato 
espesso de substância branca que interliga os dois 
hemisférios cerebrais. Contém mais de 200 milhões 
de axônios que transportam cerca de 4 bilhões de 
124
Anotações: impulsos por segundo. Dividido em lóbulos frontal, 
parietal, occipital e temporal.
Fissuras são sulcos profundos que subdivi-
dem o hemisfério cerebral. Giros são dobras no cór-
tex cerebral que aumentam a sua área de superfí-
cie. Sulcos são depressões rasas no córtex cerebral 
que separam giros adjacentes. 
Diencéfalo
O diencéfalo é a ligação estrutural e funcional 
entre os hemisférios cerebrais e o restante do SNC. 
O tálamo contém centros de transmissão e proces-
samento de informação sensitiva. O hipotálamo ou 
assoalho do diencéfalo, contém centros envolvidos 
com emoções, função autônoma e produção hor-
monal.
Cerebelo
O cerebelo, parcialmente escondido pelos he-
misférios cerebrais, é a segunda maior estrutura do 
encéfalo. As funções do cerebelo incluem a coor-
denação e a modulação dos comandos motores do 
córtex cerebral. 
Tronco Encefálico
O tronco encefálico inclui o mesencéfalo, a 
ponte e o bulbo. O mesencéfalo processa informa-
ção visual e auditiva (audição) e controla reflexos 
desencadeados por esses estímulos. Também con-
tém centros que ajudam a manter a vigília. A ponte 
conecta o cerebelo ao tronco encefálico. (Fig. 47)
125
Figura 47: Anatomia do telencéfalo
Fonte: https://blog.portaldomedico.com/anatomia-do-
cerebro/
Além de tratos e centros relês, a ponte tam-
bém atua no controle motor somático e visceral. 
O bulbo transmite informações sensitivas a outras 
partes do tronco encefálico e ao tálamo. O bulbo 
contém centros importantes que regulam a fun-
ção autônoma, tais como, a frequência cardíaca e 
a pressão arterial. 
Ventrículos
Durante o desenvolvimento, as passagens no 
interior do tubo neural nos hemisférios cerebrais, 
no diencéfalo, na ponte, no cerebelo e no bulbo se 
expandem para formar câmaras chamadas ventrí-
culos. Os ventrículos são preenchidos com o líquido 
cerebrospinal e revestidos por células ependimais.
Cérebro
Tronco
Encefálico
Cerebelo
Telencéfalo
Diencéfalo
Mesencéfalo
Ponte
Bulbo
Cerebelo
126
Meninges
Os tecidos delicados do encéfalo são prote-
gidos das forças mecânicas pelos ossos do crânio, 
pelas meninges cranianas e pelo líquido cerebros-
pinal. As três camadas que compõem as meninges 
cranianas – dura-máter (mais externa, é fundida 
com o periósteo dos ossos cranianos.), aracnoide-
-máter (camada intermediária, o espaço subarac-
noide cheio de líquido separa a camada externa da 
aracnoide-máter da pia-máter) e pia-máter (cama-
da interna, adere à superfície do encéfalo. (Fig. 48)
Figura 48: Meninges e medula espinal
Fonte: https://coladaweb.com/biologia/corpo-humano/
medula-espinhal
Estende-se por dentro de todos os giros e sul-
cos e acompanha as ramificações dos vasos san-
guíneos, à medida que penetram na superfície do 
encéfalo para alcançar as estruturas internas. – são 
contínuas nas camadas das meninges na medula. 
Meninges
Substância branca
Pia-máter
Aracnoide
Dura-máter Nervo
Substância cinzenta
Glândio nervoso
127
Anotações:Medula Espinal
A medula espinal adulta mede aproximada-
mente 45 cm de comprimento e tem uma largura 
máxima de cerca de 14 mm. Em uma vista seccio-
nal, tem uma camada externa de substância branca 
e uma camada interna de substância cinzenta que 
circunda um canal central pequeno. A medula es-
pinal completa pode ser dividida em 31 segmentos, 
cada uma origina-se de um par de nervos espinais. 
A substância branca superficial é dominada pelos 
axônios mielinizados. A substância cinzenta (domi-
nada pelos corpos celulares de neurônios, neuróglia 
e axônios não mielinizados), circunda o canal cen-
tral estreito e forma um H ou a uma figura de uma 
borboleta. O sistema nervoso central processa in-
formação sensorial e transmite comandos motores 
através de uma rede de nervos periféricos chamada 
de sistema nervoso periférico (SNP). Com base na 
sua origem, os nervos periféricos podem ser divi-
didos em nervos cranianos do encéfalo (12 pares) e 
nervos espinais da medula espinal (31 pares).
TIPOSDE CÉLULAS DO SISTEMA 
NERVOSO 
Neurônios - Como as células musculares, os 
neurônios (células nervosas) possuem excitabilida-
de elétrica, a capacidade de responder a um estí-
mulo e convertê-lo em um potencial de ação. Um 
estímulo é qualquer alteração no ambiente, forte o 
bastante para iniciar um potencial de ação. Um po-
tencial de ação (impulso nervoso é um sinal elétri-
128
co que se propaga, “viaja’’ ao longo da superfície da 
membrana de um neurônio). A maioria dos neurô-
nios possui três partes: (1) um corpo celular, (2) den-
dritos e (3) um axônio. (Fig. 49)
Figura 49: Neurônio
Fonte: Tortora, 12ª.
129
Anotações:Neuróglias - ou glia constitui, aproximada-
mente, metade do volume do SNC. Em contraste 
com os neurônios, as neuróglias não geram ou pro-
pagam potenciais de ação e possuem a capacida-
de de se multiplicar e se dividir no sistema nervo-
so maduro. Dos seis tipos de células da neuróglia, 
quatro — astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e 
células ependimárias — são encontrados apenas no 
SNC. Os dois tipos restantes — as células de Schwa-
nn e as células-satélite — estão presentes no SNP.
Neuroglias do SNC 
Astrócitos - estas células em forma de estrela 
têm muitos processos e são as maiores e mais nu-
merosas da neuroglia. As funções dos astrócitos 
incluem o seguinte: (1) astrócitos contém microfi-
lamentos que lhes proporcionam força considerá-
vel, permitindo que suportem os neurônios: (2) os 
processos dos astrócitos envolvendo os capilares 
sanguíneos isolam os neurônios do SNC das várias 
substâncias potencialmente prejudiciais, presen-
tes no sangue: (3) os astrócitos ajudam a manter o 
ambiente químico adequado para a geração de im-
pulsos nervosos.
Oligodendrócitos - estes se assemelham aos 
astrócitos, mas são menores e contêm menos pro-
cessos. Os processos dos oligodendrócitos são 
responsáveis pela formação e manutenção da bai-
nha de mielina em torno dos axônios do SNC.
Micróglia - estas células da neuróglia são pe-
quenas, com processos finos que emitem numero-
sas projeções espinhosas. As células da micróglia 
130
Anotações: funcionam como fagócitos, realizando a fagocitose 
de micróbios e do tecido nervoso danificado.
As células ependimárias - são células coluna-
res e cúbicas, dispostas em uma única camada, que 
possuem cílios e microvilosidades. Estas células 
revestem os ventrículos cerebrais e o canal central 
da medula espinal. 
Neuroglias do SNP 
A neuróglia do SNP envolve completamen-
te os axônios e os corpos celulares. Os dois tipos 
de células da glia presentes no SNP são células de 
Schwann e células-satélite.
Células de Schwann - estas células envolvem 
os axônios do SNP. Como os oligodendrócitos, for-
mam a bainha de mielina em torno dos axônios. No 
entanto, enquanto um único oligodendrócito mieli-
niza diversos axônios, cada célula de Schwann mie-
liniza um único axônio.
Células-satélites - estas células planas en-
volvem os corpos celulares dos neurônios dos gân-
glios do SNP. Além de fornecer suporte estrutural, 
as células-satélite regulam as trocas de substân-
cias entre os corpos das células neuronais e o líqui-
do intersticial.
131
Anotações:PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS 
SISTEMAS GENITAL MASCULINO E 
FEMININO
Patologia Associada ao Sistema Genital 
– Sífilis
A sífilis é uma doença infecciosa crônica, que 
desafia há séculos a humanidade. Acomete prati-
camente todos os órgãos e sistemas e, apesar de 
ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem se man-
tendo como problema de saúde pública até os dias 
atuais.
A sífilis é causada por uma bactéria chamada 
Treponema pallidum, gênero Treponema, da família 
dos Treponemataceae. A penetração do trepone-
ma é realizada por pequenas abrasões decorrentes 
da relação sexual. Logo após, o treponema atinge 
o sistema linfático regional e, por disseminação 
hematogênica, outras partes do corpo. A resposta 
da defesa local resulta em erosão e exulceração no 
ponto de inoculação, enquanto a disseminação sis-
têmica resulta na produção de complexos imunes 
circulantes que podem depositar-se em qualquer 
órgão.
A sífilis é uma doença transmitida pela via se-
xual (sífilis adquirida) e verticalmente (sífilis congê-
nita) pela placenta da mãe para o feto. Outras formas 
de transmissão mais raras e com menor interesse 
epidemiológico são por via indireta (objetos conta-
minados, tatuagem) e por transfusão sanguínea.
A história natural da doença mostra evolução 
que alterna períodos de atividade com características 
132
Anotações: clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas 
(sífilis primária, secundária e terciária) e períodos de 
latência (sífilis latente). A sífilis divide-se ainda em 
sífilis recente, nos casos em que o diagnóstico é feito 
em até um ano depois da infecção, e sífilis tardia, 
quando o diagnóstico é realizado após um ano.
PATOLOGIA ASSOCIADA AO SISTEMA 
NERVOSO – PARKINSON
A doença de Parkinson (DP) ou mal de Parkin-
son é uma patologia de origem neurológica, dege-
nerativa de uma região conhecida como substância 
negra, presente no sistema nervoso central. Na po-
pulação idosa, considera-se a segunda enfermidade 
neurodegenerativa mais comum e se manifesta de 
forma crônica e com tendência progressiva, dada a 
diminuição do neurotransmissor dopamina nos gân-
glios da base.
A DP não tem origem conhecida, porém alguns 
estudos apontam que ela pode ser causada por vá-
rios fatores, como resultado de uma combinação da 
predisposição genética com a exposição a fatores 
tóxicos ambientais. A genética engloba genes que 
propiciam o desenvolvimento da doença, já as to-
xinas ambientais estão relacionadas aos casos de 
pacientes com DP residentes em áreas rurais com 
exposição ao uso de pesticidas e herbicidas, asso-
ciando o estresse oxidativo a uma exposição a pro-
dutos químicos industriais (SILVA et al, 2021).
Em uma análise fisiopatológica, acontece uma 
degeneração dos neurônios de neuromelanina, lo-
calizados no tronco encefálico, destacando-se a de-
133
gradação principalmente dos neurônios que contêm 
dopamina da camada ventral da parte compacta da 
substância negra e dos neurônios que possuem no-
repinefrina do lócus cerúleo. Estes podem apresen-
tar neurônios que não se degeneram e dispõem de 
inclusões proteináceas citoplasmáticas e eosinofíli-
cas designadas como corpúsculos de Lewy (SILVA 
et al, 2021).
Como primeiros sintomas, observa-se no pa-
ciente uma queda no seu desempenho motor, o que 
difi culta a prática das atividades no dia a dia desses 
pacientes, limitando-o e até impedindo-o de realizar 
outras ações. Considera-se que o tremor é o sinal do 
início da DP assim como a rigidez, a bradicinesia 
e a instabilidade, em metade dos pacientes; no 
caso do tremor, ele começa nas extremidades 
distais do corpo e é percebido quando o pa-
ciente está em repouso (SILVA et al, 2021).
A análise clínica da Doença 
de Parkinson é que faz o diagnós-
tico do paciente, ou seja, quando 
ele demonstra alguma sequência 
dos sinais motores cardinais como 
tremor de repouso, bradicinesia, rigi-
dez com roda denteada, anormalidades 
posturais (SILVA et al, 2021).
outras ações. Considera-se que o tremor é o sinal do 
início da DP assim como a rigidez, a bradicinesia 
e a instabilidade, em metade dos pacientes; no 
caso do tremor, ele começa nas extremidades 
distais do corpo e é percebido quando o pa-
ciente está em repouso (SILVA et al, 2021).
tico do paciente, ou seja, quando 
ele demonstra alguma sequência 
dos sinais motores cardinais como 
tremor de repouso, bradicinesia, rigi-
dez com roda denteada, anormalidades 
134
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137
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QUESTÃO 01
O corpo humano é formado por um conjunto 
de estruturas que, de maneira integrada, atuam 
em diversas funções no organismo. Sendo assim, 
nosso corpo deve ser comparado a mecanismos de 
certa complexidade, pois cada estrutura funciona 
em sincronia. Como a estrutura e função do nosso 
corpo estão estreitamente assíncronas. Os níveis 
de organização estrutural seguem uma orientação 
de uma dimensão menor até uma maior, onde é pos-
sível identificarmos os seis níveis de organização. 
Com base no texto apresentado, avalie as as-
serções a seguir.
I. Nível Químico: este nível muito básico inclui 
átomos, os menores componentes de um 
elemento químico que participam das re-
ações químicas, e moléculas, dois ou mais 
átomos ligados entre si.
II. Nível Celular: um organismo, qualquer ser 
vivo pode ser comparado a um livro em 
nossa analogia. Todas as partes do corpo 
que atuam em conjunto formam o organis-
mo completo.
III. Nível Tecidual: tecidos são os grupos de 
células mais o material em tomo deles que 
atuam em conjunto para executar uma 
função específica.
IV. Nível Orgânico: neste nível, diferentes ti-
pos de tecidos se unem. Órgãos são es-
truturas compostas de dois ou mais tipos 
diferentes de tecidos; desempenham fun-
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ções específicas e, normalmente, pos-
suem formas reconhecíveis.
V. Nível Sistêmico: um sistema consiste em 
órgãos relacionados que possuem uma 
função comum. Um exemplo do nível sis-
têmico, também chamado de nível sistê-
mico orgânico (sistema-órgão), é o siste-
ma digestório, que decompõe e absorve 
os alimentos.
VI. Nível do Organismo: as moléculas se com-
binam para formar as células, as unidades 
funcionais e estruturais básicas de um or-
ganismo.
É correto o que se afirma em
a. I, II e III.
b. II, III e IV.
c. III, IV e VI.
d. I, III, IV e V.
e. II, III, IV, e VI.
QUESTÃO 02
As descrições de qualquer região ou de qual-
quer parte do corpo assumem que ele esteja em 
uma posição específica, chamada de posição ana-
tômica. Nessa posição, a pessoa está ereta, olhan-
do para o observador, com a cabeça na posição 
horizontal e os olhos voltados diretamente para a 
frente. Os pés estão plantados no solo e dirigidos 
para a frente, enquanto os braços estão esticados, 
em cada lado, com as palmas voltadas para a frente.
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 1
 A partir das informações apresentadas, é 
correto afirmar que
a. um plano vertical que divide o corpo ou ór-
gão em lados direito e esquerdo.
b. uma posição que indica que o paciente 
está deitado sobre a parte anterior do cor-
po.
c. se o paciente estiver com a face voltada 
para cima.
d. o paciente fica deitado de lado com ambos 
os braços para frente e os joelhos e qua-
dris fletidos.
e. uma posição universal utilizada para o es-
tudo das partes anatômicas com as pal-
mas das mãos voltadas para cima.
QUESTÃO 03
Em anatomia, os planos anatómicos ou planos 
anatômicos são planos hipotéticos usados para di-
vidir o corpo humano, de modo que, possa descre-
ver a localização de estruturas ou a direção dos 
movimentos. Em anatomia humana e animal são 
usados três planos elementares. 
Assinale a alternativa correta referente ao 
plano transversal.
a. É um plano vertical que divide o corpo ou 
órgão em lados direito e esquerdo.
b. Divide o corpo ou órgão em partes anterior 
e posterior.
c. Esse plano passa através da linha mediana 
do corpo ou órgão e o divide em metades 
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iguais, direita e esquerda.
d. Divide o corpo ou órgão em partes supe-
rior e inferior.
e. Passa através do corpo ou órgão forman-
do um ângulo entre o plano transverso e o 
plano sagital ou o plano frontal.
QUESTÃO 04
A posição anatômica de referência ou posição 
anatómica de referência é uma convenção adotada 
em anatomia para descrever as posições espaciais 
dos órgãos, ossos e demais componentes do corpo 
humano. A posição anatômica refere-se a pesso-
as — independentemente da posição atual em que 
possam estar — como se estivessem de pé com: 
cabeça, olhos e dedos do pé direcionados anterior-
mente (para frente). Membros superiores ao lado do 
corpo com as palmas viradas para frente. 
Assinale a alternativa que descreve melhor o 
posição de supinação.
a. Um plano vertical que divide o corpo ou ór-
gão em lados direito e esquerdo.
b. Uma posição que indica que o paciente 
está deitado sobre a parte anterior do cor-
po.
c. Se o paciente estiver com a face voltada 
para cima.
d. O paciente fica deitado de lado com am-
bos os braços para frente e os joelhos e 
quadris fletidos.
e. Uma posição universal utilizada para o es-
tudo das partes anatômicas com as pal-
mas das mãos voltadas para cima.
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QUESTÃO 05
A posição anatômica é uma referência base-
ada em um posicionamento específico do corpo, 
como dissertamos em nossos estudos, todas as es-
truturas anatômicas devem ser nomeadas de acor-
do com cada posição. Ou seja, independente da 
posição que o paciente esteja, na sua imaginação 
você deve transpor para a posição anatômica, de 
acordo com esse posicionamento de referência 
poderá identificar as estruturas. Essa posição pa-
drão é essencial, pois, em qualquer lugar do mundo 
que estivermos estudando, por exemplo, a anato-
mia, a posição anatômica será a mesma.
Considerando o texto, assinale a alternativa 
correta referente ao plano coronal.
a. É um plano vertical que divide o corpo ou 
órgão em lados direito e esquerdo.
b. Divide o corpo ou órgão em partes anterior 
e posterior.c. Esse plano passa através da linha mediana 
do corpo ou órgão e o divide em metades 
iguais, direita e esquerda.
d. Divide o corpo ou órgão em partes superi-
or e inferior.
e. Passa através do corpo ou órgão forman-
do um ângulo entre o plano transverso e o 
plano sagital ou o plano frontal.
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QUESTÃO 06
Coração é um dos principais órgãos do cor-
po humano, formado principalmente por músculo 
cardíaco, que faz parte do sistema cardiovascular. 
É esse processo que garante que o sangue seja 
transportado para todo o organismo, e o coração 
exerce importante papel nele, uma vez que atua 
bombeando o sangue. Este sangue precisa ser fre-
quentemente bombeado ao longo dos vasos san-
guíneos no corpo, de modo que consiga chegar a 
todas as células realizando a troca de materiais. O 
estudo científico do coração normal e das doenças 
associadas é a cardiologia. 
Considerando o texto, assinale a opção corre-
ta referente à membrana que envolve e protege o 
coração.
a. Miocárdio.
b. Pericárdio.
c. Periósteo.
d. Endósteo.
e. Fascículo muscular.
QUESTÃO 07
O coração possui quatro câmaras. As duas 
câmaras receptoras superiores _______, e as 
duas câmaras de bombeamento inferiores são os 
_________. A parede do coração consiste em três 
camadas: o epicárdio (camada externa), o miocár-
dio (camada intermediária) e o endocárdio (camada 
interna).
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Assinale a alternativa que preenche os es-
paços referente às cavidades do coração.
a. Axial e apendicular.
b. Miocárdio e endocárdio.
c. Superior e inferior.
d. Átrios e ventrículos.
e. Sulco coronário e interventricular.
QUESTÃO 08
As valvas do tronco pulmonar e da aorta são 
conhecidas como as valvas semilunares, porque 
consistem em três válvulas em forma de lua cres-
cente. As valvas arteriais permitem a ejeção do 
sangue do coração para as artérias, mas evitam 
o fluxo retrógrado do sangue para os ventrículos. 
Quando os ventrículos se contraem, a pressão au-
menta dentro das câmaras. As valvas arteriais se 
abrem quando a pressão nos ventrículos excede 
a pressão das artérias, permitindo a ejeção do 
sangue dos ventrículos para o tronco pulmonar e 
para a aorta. 
Conforme o texto, assinale a alternativa cor-
reta referente aos nomes dados aos movimentos do 
músculo cardíaco:
a. Sístole e diástole.
b. Supinação e pronação.
c. Contração e distensão.
d. Abdução e contração.
e. Peristaltismo.
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QUESTÃO 09
Os vasos sanguíneos são responsáveis pelo 
transporte de sangue por todo o organismo, é con-
stituído de três tipos básicos: as artérias, as ve-
ias e os vasos capilares. O sangue é transportado 
do coração para os órgãos e tecidos através das 
artérias, retornando ao coração pelas veias. Já os 
vasos capilares são responsáveis por conectar as 
extremidades das artérias até as extremidades das 
veias.
Considerando o texto, assinale a alternativa 
correta, referente aos dois circuitos/tipos de circu-
lação do sangue no corpo.
a. Fechada e aberta.
b. Arterial e tronco pulmonar.
c. Lado direito e esquerdo.
d. Membros superiores e inferiores.
e. Pulmonar e sistêmica.
QUESTÃO 10
Os vasos sanguíneos formam uma rede de tu-
bos que transportam o sangue pelo corpo. Esses 
tubos possuem diferentes diâmetros e fazem circu-
lar o sangue arterial (oxigenado) e venoso (rico em 
gás carbônico), constituindo o sistema cardiovas-
cular ou circulatório.
Diante disso, assinale a alternativa correta no 
que se refere aos vasos sanguíneos.
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a. As artérias dão origem a vênulas, de 
diâmetro menor, que finalmente levam 
aos extensos leitos dos capilares sistêmi-
cos.
b. Na maioria dos casos, o sangue flui por 
apenas um capilar e, em seguida, entra em 
uma artéria sistêmica.
c. O lado direito do coração é a bomba para 
a circulação sistêmica; recebe todo o 
sangue desoxigenado, vermelho-escuro, 
que retorna da circulação pulmonar.
d. O lado esquerdo do coração é a bomba 
para a circulação sistêmica, recebendo 
sangue rico em oxigênio, vermelho vivo, 
dos pulmões.
e. É possível encontrar no corpo humano so-
mente artérias e capilares.
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QUESTÃO 11
Os alimentos precisam ser decompostos em 
moléculas menores, o suficiente para entrarem nas 
células do corpo, um processo conhecido como di-
gestão. Os alimentos que ingerimos contêm uma 
variedade de nutrientes que são usados para for-
mar novos tecidos corporais e reparar tecidos dan-
ificados. O alimento também é vital para a vida. 
Assinale a alternativa correta referente à con-
versão de energia proveniente dos alimentos uti-
lizados pelo nosso corpo.
a. Açúcar e água.
b. ATP e fósforo.
c. Química e física.
d. Glicose e enzimas.
e. Química e mecânica.
QUESTÃO 12
A principal função do intestino delgado é a 
absorção dos alimentos, ou seja, a partir desse 
evento os nutrientes, vitaminas e minerais são 
aproveitados em nosso corpo. O trato digestório 
e os órgãos são anexos ao intestino delgado. 
O comprimento do trato gastrointestinal é de 
aproximadamente 5 a 7 m, em uma pessoa viva. É 
maior em um cadáver (mede aproximadamente 
7 a 9 metros), porque os músculos ao longo das 
paredes dos órgãos do trato GI estão no estado de 
tonicidade (contração contínua). 
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Marque a alternativa correta no que diz res-
peito aos órgãos que compõem o trato digestório.
a. Boca, dentes, língua, fígado, vesícula biliar 
e pâncreas. 
b. Boca, grande parte da faringe, esôfago, 
fígado e intestino delgado.
c. Dentes, língua, glândulas salivares, fígado, 
intestino e pâncreas.
d. Língua, pulmão, esôfago, intestino delga-
do e intestino grosso.
e. Boca, grande parte da faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado e intestino 
grosso.
QUESTÃO 13
Analise as asserções.
I. Ingestão - Este processo compreende a 
introdução de alimentos e líquidos pela 
boca (comer).
2. Secreção - Todos os dias as células no in-
terior das paredes do trato GI e dos órgãos 
acessórios da digestão secretam um total 
de aproximadamente 7 litros de água, áci-
do, tampões e enzimas no lume (espaço 
interior) do trato.
3. Mistura e propulsão - É a contração e o re-
laxamento alternados do músculo liso nas 
paredes do trato GI misturam o alimento e 
as secreções, empurrando-os em direção 
ao ânus.
4. Digestão - Processo químico e mecânico 
que decompõe os alimentos ingeridos em 
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 3
partículas menores. Na digestão mecâni-
ca, os dentes cortam e trituram os alimen-
tos antes de ser deglutido e, em seguida, 
os músculos lisos do estômago e intestino 
delgado misturam vigorosamente os ali-
mentos.
Assinale a alternativa correta referente aos 
processos realizados pelo sistema digestório.
a. I e II.
b. II e III.
c. III e IV.
d. I, II e IV.
e. I, II, III e IV.
QUESTÃO 14
A principal função do intestino delgado é a ab-
sorção dos alimentos, ou seja, a partir desse evento 
os nutrientes, vitaminas e minerais são aproveita-
dos em nosso corpo. O trato digestório e os órgãos 
são anexos ao intestino delgado. O comprimento 
do trato gastrointestinal é de aproximadamente 5 a 
7 m, em uma pessoa viva. É maior em um cadáver 
(aproximadamente 7 a 9 metros), porque os múscu-
los ao longo das paredes dos órgãos do trato GI es-
tão no estado de tonicidade (contração contínua).
A partir dessas informações, no que se refere 
somente aos órgãos acessórios que fazem parte do 
sistema digestório, marque a alternativa correta:
a. Dentes, língua, glândulas salivares, fígado, 
vesícula biliar e pâncreas. 
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b. Boca, grande parte da faringe, esôfago, 
fígado e intestino delgado.
c. Dentes, língua, glândulas salivares, fígado, 
intestino e pâncreas.
d. Língua. pulmão, esôfago, intestino delga-
do, intestino grosso e pulmão.
e. Boca, grande parte da faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado e intestino 
grosso.
QUESTÃO 15
O quimo passa do estômago para o intestino 
delgado. A digestão química no intestino delga-
do depende das atividades do pâncreas, fígado e 
vesícula biliar.O pâncreas, uma glândula retroper-
itoneal, consiste em uma cabeça, um corpo e uma 
cauda, e, normalmente, está conectado ao duode-
no por dois duetos. 
Considerando o texto, marque a alternativa 
correta referente às enzimas do suco pancreático 
e o que essas enzimas dissolvem no processo de 
digestão.
a. Amilase – Proteínas.
b. Tripsina – carboidratos.
c. Lipase – Triglicerídeos.
d. Ribonucleases – aminoácidos.
e. Quimotripsina - Colesterol.
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QUESTÃO 16
A reprodução sexual é o processo pelo qual os 
organismos geram a prole, produzindo células ger-
minativas, chamadas de gametas. Após o gameta 
masculino (Espermatozoide) unir-se com o gameta 
feminino (ovócito secundário) – em um evento cha-
mado de fertilização, a célula gerada a partir dessa 
união possui um conjunto de cromossomos de cada 
um dos pais. 
A partir das informações, quais órgãos com-
põem o sistema genital masculino?
a. Os testículos, epidídimo, vulva, ductos eja-
culatórios e glândulas sexuais.
b. Os ovários, as tubas uterinas, o útero, va-
gina, vulva e pênis.
c. Os testículos, epidídimo, ducto deferente, 
vagina, vulva e glândulas mamárias.
d. Os ovários, as tubas uterinas, o útero, va-
gina, vulva e as glândulas mamárias.
e. Os testículos, epidídimo, ducto deferente, 
ductos ejaculatórios, uretra, glândulas se-
xuais, escroto e pênis.
QUESTÃO 17
O sistema genital masculino é formado por 
órgãos externos, como escroto e pénis; e órgãos 
internos, como as glândulas anexas. As glândulas 
seminais, também chamadas de vesículas semi-
nais, são encontradas atrás da bexiga e acima da 
próstata. Elas produzem um líquido alcalino que é 
154
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lançado no ducto ejaculador e tem a função de nu-
trir os espermatozoides durante sua viagem em di-
reção ao óvulo. 
Analise as asserções, referente ao líquido se-
cretado:
I. Frutose (um açúcar monossacarídeo), 
prostaglandinas e proteínas de coagula-
ção, que são diferentes daquelas encon-
tradas no sangue.
II. Diversas enzimas proteolíticas, como o 
antígeno prostático específico (PSA), o 
pepsinogênio, a lisozima, a amilase e a 
hialuronidase. 
III. A função da fosfatase ácida secretada 
pela próstata é desconhecida.
IV. A seminal plasmina, no líquido prostático, 
é um antibiótico que destrói bactérias. 
A respeito dessas asserções, é correto o que 
se afirmar em
a. Apenas a I.
b. Apenas a I e II.
c. Apenas a II e III.
d. Apenas a I, II e III.
e. Todas as alternativas.
QUESTÃO 18
As principais partes de um espermatozoide 
são a cabeça e a cauda. Contém um núcleo com 23 
cromossomos bastante condensado. Recobrindo 
os dois terços anteriores do núcleo, encontra-se o 
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acrossomo, uma vesícula semelhante a uma cápsu-
la, preenchida com enzimas que ajudam o Esper-
matozoide a penetrar um oócito secundário, reali-
zando a fertilização. 
A partir das informações apresentadas, é cor-
reto afirmar que os componentes do semen são
a. apenas espermatozoides.
b. uma mistura de frutose, proteases, ami-
noácidos.
c. uma mistura de líquido prostático e esper-
matozoide.
d. uma mistura amônia proveniente da urina 
mais espermatozoides.
e. uma mistura de espermatozoides e líquido 
seminal, um líquido que consiste nas se-
creções dos túbulos seminíferos, glându-
las seminais, próstata e glândulas bulbou-
retrais.
QUESTÃO 19
Situado entre a bexiga urinária e o reto, o úte-
ro é um órgão musculoso, o qual apresenta o tama-
nho e o formato de uma pêra invertida, é no útero 
que o embrião instala-se e se desenvolve até a hora 
do nascimento.
A partir do contexto apresentado, as subdivi-
sões do útero são
a. íleo, fundo e cólon.
b. ceco, cólon e reto.
c. fundo, corpo e cólon.
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 4
d. duodeno, jejuno e íleo.
e. glande, pênis e uretra.
QUESTÃO 20
A reprodução sexual é o processo pelo qual os 
organismos geram a prole, produzindo células ger-
minativas, chamadas de gametas. Após o gameta 
masculino (Espermatozoide) unir-se com o game-
ta feminino (ovócito secundário) – em um evento 
chamado de fertilização, em que a célula gerada a 
partir dessa união possui um conjunto de cromos-
somos de cada um dos pais. 
Logo, os órgãos compõe o sistema genital fe-
minino são:
a. os testículos, epidídimo, vulva, ductos eja-
culatórios e glândulas sexuais.
b. os ovários, as tubas uterinas, o útero, va-
gina, vulva e pênis.
c. os testículos, epidídimo, ducto deferente, 
vagina, vulva e glândulas mamárias.
d. os ovários, as tubas uterinas, o útero, vagi-
na, vulva e as glândulas mamárias.
e. os testículos, epidídimo, ducto deferente, 
ductos ejaculatórios, uretra, glândulas se-
xuais, escroto e pênis.
157
Anotações:enquanto os braços estão esticados, em 
cada lado, com as palmas voltadas para a frente. 
Dois termos descrevem um corpo reclinado. 
Se o corpo estiver com a face para baixo, ele está 
na posição de pronação ou decúbito ventral; se es-
tiver com a face voltada para cima, está na posição 
de supinação ou decúbito dorsal.
Planos e Secções Anatômicos
Os planos são superfícies planas imaginárias 
que passam através do corpo. Plano sagital é um 
plano vertical que divide o corpo ou órgão em lados 
direito e esquerdo. (Fig. 4) 
18
Anotações: Figura 4 - Planos Anatômicos
Fonte: https://personallplus.wordpress.com/tag/anatomia
Mais especifi camente, quando esse plano 
passa através da linha mediana do corpo ou órgão 
e o divide em metades, direita e esquerda, é cha-
mado de plano mediano. A linha mediana é uma li-
nha vertical imaginária que divide o corpo em lados 
iguais, direito e esquerdo.
Plano Frontal ou Coronal divide o corpo ou ór-
gão em partes anterior e posterior. O plano trans-
verso divide o corpo ou órgão em partes superior e 
inferior. O plano transverso também pode ser cha-
mado de plano horizontal ou axial. 
Os planos sagital, frontal e transverso formam 
ângulos retos entre si. Um plano oblíquo, ao contrá-
rio, passa através do corpo ou órgão formando um 
19
Anotações:ângulo entre o plano transverso e o plano sagital ou 
o plano frontal. 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO
O osso é composto de diversos tecidos dife-
rentes trabalhando em conjunto: osso ou tecido ós-
seo, cartilagem, tecidos conjuntivos densos, epité-
lio, tecido adiposo e tecido nervoso. Por essa razão, 
cada osso individual em nosso corpo é considerado 
um órgão. O tecido ósseo é um tecido vivo dinâmi-
co e complexo, participando continuamente em um 
processo chamado de remodelagem — a constru-
ção de um novo tecido ósseo e a degeneração do 
tecido ósseo velho.
Funções do sistema esquelético
O sistema esquelético realiza várias funções 
básicas:
1. Suporte: o esqueleto atua como um arca-
bouço estrutural para o corpo, sustentan-
do os tecidos moles e fornecendo pontos 
de fixação para os tendões da maioria dos 
músculos.
2. Proteção: o esqueleto protege muitos ór-
gãos internos contra lesões. Por exemplo, 
os ossos do crânio protegem o encéfalo, a 
coluna vertebral protege a medula espinal 
e a caixa torácica protege o coração e os 
pulmões.
3. Assistência ao movimento: a maioria dos 
músculos esqueléticos se fixam aos os-
sos, quando os músculos se contraem, 
20
Anotações: tracionam os ossos para produzir movi-
mentos.
4. Homeostasia mineral (liberação e arma-
zenamento): o tecido ósseo armazena di-
versos minerais, especialmente cálcio e 
fósforo, que contribuem para a resistên-
cia dos ossos. O tecido ósseo armazena 
aproximadamente 99% do cálcio do corpo. 
Conforme a exigência, os ossos liberam 
minerais na corrente sanguínea para man-
ter o equilíbrio dos minerais essenciais 
(homeostasia) e para distribuir minerais a 
outras partes do corpo.
5. Produção das células sanguíneas: dentro 
de certos ossos encontra-se um tecido 
conjuntivo chamado de medula óssea ver-
melha, que produz eritrócitos, leucócitos 
e plaquetas, um processo chamado de 
hematopoese. Está presente nos ossos 
em desenvolvimento do feto e em alguns 
ossos de adultos, como o osso do quadril, 
as costelas, o esterno, o crânio e extremi-
dades dos ossos do braço e da coxa.
6. Armazenamento de triglicerídeos: a me-
dula óssea amarela consiste, basicamen-
te, em células adiposas que armazenam 
triglicerídeos. Os triglicerídeos armaze-
nados são uma reserva de energia quími-
ca em potencial. No recém-nascido, toda 
a medula óssea é vermelha e participa da 
hematopoese.
21
Anotações:
Estrutura do osso
Um osso longo comum é constituído pelas se-
guintes partes (Fig. 5):
Figura 5: Estrutura do Osso
Fonte: 
A Diáfi se é a haste ou o corpo do osso — a par-
te principal cilíndrica longa do osso. As Epífi ses são 
as extremidades proximal e distal do osso.
Enquanto que as Metáfi ses são as regiões en-
tre a diáfi se e as epífi ses. Quando o crescimento 
ósseo longitudinal cessa, por volta dos 18-21 anos 
de idade, a cartilagem na lâmina epifi sial é substi-
tuída por osso e a estrutura óssea resultante é co-
nhecida como a linha epifi sal.
Epífi se Proximal
Metáfi se 
Diáfi se
Metáfi se 
Epífi se Distal
22
Anotações: A Cartilagem Articular é uma fina camada de 
cartilagem hialina que recobre a parte da epífise na 
qual o osso forma uma articulação com outro osso. 
A cartilagem articular reduz o atrito e absorve cho-
que em articulações livremente móveis.
O Periósteo circunda a superfície externa do 
osso em quaisquer partes não cobertas pela carti-
lagem articular. É composto de uma camada fibro-
sa externa, de tecido conjuntivo denso não mode-
lado, e de uma camada osteogênica interna, que é 
composta de células. Algumas das células do pe-
riósteo possibilitam o aumento na espessura, mas 
não no comprimento do osso. O periósteo também 
protege o osso, auxilia no reparo de fratura, ajuda 
na nutrição do tecido ósseo e serve como um ponto 
de fixação para ligamentos e tendões.
A Cavidade Medular é o espaço cilíndrico oco, 
dentro da diáfise, que contém a medula óssea ama-
rela adiposa, nos adultos.
O Endósteo é uma membrana fina que reveste 
a superfície óssea interna, orientada para a cavida-
de medular. Contém uma única camada de células 
formadoras de osso e uma pequena quantidade de 
tecido conjuntivo. 
Tipos de ossos
Quase todos os ossos do corpo podem ser clas-
sificados em cinco tipos principais com base na for-
ma: longo, curto, plano, irregular e sesamoide.
Os Ossos Longos têm maior comprimento do 
que largura, consistem em uma diáfise e uma quan-
tidade variável de extremidades e são ligeiramente 
encurvados para maior resistência. Exemplos são o 
23
Anotações:fêmur (osso da coxa), a tíbia e a fíbula (ossos da per-
na), o úmero (osso do braço), a ulna e o rádio (ossos do 
antebraço) e as falanges (dedos das mãos e dos pés).
Os Ossos Curtos são um tanto cuboides são 
quase iguais em comprimento e largura. Exemplos 
de ossos curtos são os ossos carpais (do punho) 
(exceto o piriforme, que é um osso sesamoide), e os 
ossos tarsais (do tornozelo) (exceto o calcâneo, que 
é um osso irregular).
Os Ossos Planos geralmente são finos e com-
postos por duas lâminas quase paralelas de tecido 
ósseo compacto, incluindo uma camada de tecido 
ósseo esponjoso. Os ossos planos proporcionam 
proteção considerável e fornecem áreas extensas 
para fixação muscular. Os ossos planos incluem os 
ossos do crânio, que protegem o encéfalo, o ester-
no e as costelas, que protegem os órgãos no tórax 
e as escápulas.
Os Ossos Irregulares possuem formas com-
plexas e não são agrupados em quaisquer das três 
categorias anteriores. Esses ossos incluem os os-
sos da coluna vertebral, certos ossos da face e o 
calcâneo.
Os Ossos Sesamoides desenvolvem-se em cer-
tos tendões, nos quais há atrito considerável, ten-
são e estresse físico, como nas palmas das mãos e 
plantas dos pés. Podem variar em número de pessoa 
para pessoa, nem sempre se ossifica completamen-
te e, em geral, medem apenas uns poucos milíme-
tros de diâmetro. Exceções perceptíveis são as duas 
patelas, os maiores ossos sesamoides, localizados 
no tendão do músculo quadríceps femoral.
24
Anotações: Sistema Esquelético Axial
O esqueleto humano adulto é composto por 
206 ossos especifi cados, a maioria contendo pa-
res, cada par com membros do lado esquerdo e di-
reito do corpo. O conjunto esquelético dos recém-
-nascidos e crianças têm mais de 206 ossos. Isso 
porque, alguns de seus ossos encontram-se sepa-
rados e se fundem ao decorrer da vida. (Fig. 6)
Figura 6: Divisão do sistema esquelético em 
esqueleto axial e apendicular
Fonte: 
Os ossos do esqueleto adulto estão agrupa-
dos em duas divisões principais: o esqueleto axial 
eo esqueleto apendicular. Apresentam os 80 os-
sos do esqueleto axial e os 126 ossos do esqueleto 
apendicular. 
25
Ossos do crânio
O crânio é constituído com 22 ossos, repousa 
na extremidade superior da coluna vertebral. Os os-
sos da cabeça são agrupados em duas categorias: 
os ossos do crânio e os ossos da face. Os ossos do 
crânio formam a cavidade do crânio, que envolve e 
protege o encéfalo. (Fig.7)
Figura 7: Ossos do Crânio
Fonte: 
O corpo humano possui dois cíngulos do mem-
bro superior ou cintura escapular que unem os os-
sos dos membros superiores ao esqueleto axial. O 
cíngulo do membro inferior ou cintura pélvica con-
siste em dois ossos do quadril, que unem os ossos 
dos membros inferiores ao esqueleto axial.
Membros Superior e Inferior
Cada membro superior possui 30 ossos em 
três locais — (1) o úmero no braço; (2) a ulna e o rádio 
no antebraço; (3) 8 ossos carpais no carpo (punho), 
31
Anotações:5 ossos metacarpais no metacarpo (palma da mão) 
e as 14 falanges (ossos dos dedos) na mão. (Fig. 12)
Figura 12: Ossos dos membros superiores
e inferiores
Cada membro inferior possui 30 ossos em 
quatro locais — (1) o fêmur, na coxa; (2) a patela; (3) 
a tíbia e a fíbula, na perna e (4) os 7 ossos tarsais, no 
tarso (tornozelo), 5 ossos metatarsais, no metatar-
so encontram-se as 14 falanges (ossos dos dedos) 
no pé.
Úmero
Ulna
Rádio
Carpos
Metacarpos
Falanges
Fêmur
Patela
Típia
Fíbula
Tarsos
Metatarsos
Falanges
Fonte: .
32
Anotações:
ARTROLOGIA
As articulações do sistema esquelético con-
tribuem para a homeostasia, mantendo os ossos 
unidos permitindo movimento e flexibilidade. Uma 
articulação, ou uma juntura, é um ponto de contato 
entre dois ossos, entre osso e cartilagem ou entre 
o osso e os dentes. O estudo científico das articula-
ções é chamado de artrologia (artro- = articulação; 
-logia = estudo). O estudo do movimento do corpo 
humano é chamado de cinesiologia (cinesi(o)- = mo-
vimento).
A classificação estrutural das articulações 
baseia-se em dois critérios: (1) presença ou ausên-
cia de um espaço entre os ossos da articulação, 
chamado de cavidade articular (sinovial) e (2) tipo 
de tecido conjuntivo que une os ossos. Estrutural-
mente as articulações são classificadas como um 
dos seguintes tipos:
• Articulações fibrosas: não existe cavidade 
articular e os ossos são unidos por tecido 
conjuntivo denso não modelado, rico em 
fibras colágenas.
• Articulações cartilagíneas: não existe ca-
vidade articular e os ossos são unidos por 
cartilagem.
• Articulações sinoviais: os ossos que for-
mam a articulação têm uma cavidade ar-
ticular (sinovial), são unidos por tecido 
conjuntivo denso não modelado de uma 
cápsula articular, frequentemente, por li-
gamentos acessórios. (Fig. 13)
33
Figura 13: Tipos de articulações
Fonte: 
A classifi cação funcional das articulações re-
laciona-se com um grau de movimento permitido. 
Funcionalmente, as articulações são classifi cadas 
como as seguintes:
• Sinartrose: uma articulação fi xa;
• Anfi artrose: uma articulação pouco mó-
vel;
• Diartrose: uma articulação com liberdade 
de movimentos. Todas as diartroses são 
articulações sinoviais, possuem uma va-
riedade de formatos que permitem diver-
sos tipos de movimentos. 
Articulação Fibrosa
As articulações fi brosas não possuem uma 
cavidade articular (sinovial), e os ossos das arti-
culações são unidos compactamente por tecido 
conjuntivo denso não modelado. As articulações fi -
SINARTROSE ANFIARTROSE DIARTROSE
Exemplos: suturas
do crânio, dos
dentes e do maxilar
Exemplos: ossos do quadril
e vértebras
Exemplos: maioria das
articulações do corpo, 
como ombro, joelho
e cotovelo
Articulação fi brosa,
imóvel
Articulação cartilaginosa,
semimóvel
Articulação sinovial,
móvel
34
Anotações: brosas permitem pouco ou nenhum movimento. Os 
três tipos de articulações fibrosas incluem as sutu-
ras, as sindesmoses e as membranas interósseas. 
• Suturas: sutura é uma articulação fibrosa 
composta por uma fina camada de tecido 
conjuntivo denso não modelado; as sutu-
ras ocorrem apenas entre os ossos do crâ-
nio. Um exemplo é a sutura coronal, entre 
o parietal e os frontais;
• Sindesmoses: sindesmose é uma articula-
ção fibrosa na qual há uma distância maior 
entre as faces das articulações, há mais 
tecido conjuntivo denso não modelado do 
que em uma sutura. Um exemplo de sin-
desmose é a sindesmose tibiofibular, na 
qual o ligamento tibiofibular anterior une 
a tíbia e a fíbula.
• Membrana Interósseas: membrana in-
teróssea, é uma lâmina substancial de te-
cido conjuntivo denso não modelado,que 
une os ossos longos adjacentes e permite 
pouco movimento (anfiartrose). Há duas 
membranas interósseas (sindesmoses) 
principais no corpo humano. Uma ocorre 
entre o rádio e a ulna, no antebraço, e a ou-
tra ocorre entre a tíbia e a fíbula, na perna.
Articulação Cartilagíneas
Assim como uma articulação fibrosa a articu-
lação cartilagínea não possui uma cavidade articular 
(sinovial) permitindo pouco ou nenhum movimento. 
Aqui, os ossos da articulação são firmemente uni-
dos por cartilagem hialina ou por fibrocartilagem. 
35
Anotações:Os dois tipos de articulações cartilagíneas são as 
sincondroses e as sínfises.
• Sincondroses: sincondrose é uma articu-
lação cartilagínea na qual o material de co-
nexão é cartilagem hialina. Um exemplo de 
sincondrose é a cartilagem epifisial, que 
une a epífise e o corpo (diáfise) de um osso 
em crescimento.
• Sínfises: sínfise (= crescendo junto) é uma 
articulação cartilagínea em que as extre-
midades dos ossos das articulações são 
recobertas por cartilagem hialina, porém 
um disco plano largo de fibrocartilagem 
une os ossos. Todas as sínfises ocorrem 
na linha mediana do corpo. A sínfise púbi-
ca entre as faces anteriores dos ossos do 
quadril é um exemplo.
Articulação Sinovial
As articulações sinoviais têm certas caracte-
rísticas que as distinguem das demais articulações. 
A característica única de uma articulação sinovial é a 
presença de um espaço chamado de cavidade articu-
lar (sinovial) entre os ossos da articulação. 
Como a cavidade articular permite que uma 
articulação execute movimentos com ampla liber-
dade, todas as articulações sinoviais são classifica-
das funcionalmente como diartroses. Os ossos em 
uma articulação sinovial são recobertos por uma lâ-
mina de cartilagem hialina, chamada de cartilagem 
articular.
36
Anotações:
Cápsula Articular
Uma cápsula articular é semelhante a um 
manguito, envolve uma articulação sinovial, circun-
da a cavidade articular e une os ossos da articula-
ção. A cápsula articular é composta por duas cama-
das, uma cápsula fibrosa externa e uma membrana 
sinovial interna.
A membrana sinovial secreta um líquido ama-
relo claro viscoso, assim chamado por sua simila-
ridade na aparência e na consistência com a clara 
de ovo crua. O líquido sinovial consiste em ácido 
hialurônico secretado por células semelhantes aos 
fibroblastos, situadas na membrana sinovial e em 
líquido intersticial filtrado do plasma sanguíneo. 
Suas funções incluem a redução do atrito 
por meio da lubrificação das articulações, a absor-
ção de impactos e o fornecimento de oxigênio e 
nutrientes para os condrócitos dentro da cartila-
gem articular, assim como a remoção de dióxido de 
carbono e resíduos produzidos pelos condrócitos. 
 
Tipos de Articulação Sinovial
Articulações Planas - Faces articulares dos 
ossos em uma articulação plana são achatadas ou 
pouco encurvadas. As articulações planas permi-
tem, fundamentalmente, os movimentos laterais 
para a frente e para trás entre as faces planas dos 
ossos. Exemplos de articulações planares são as 
articulações intercarpais (entre os ossos carpais, 
no punho), articulações intertársicas (entre os os-
sos tarsais, no tornozelo).
37
Anotações:Articulação Gínglimo - Em uma articulação 
gínglimo, a face convexa de um osso encaixa-se na 
face côncava de outro osso. Como o próprio nome 
sugere, os gínglimos produzem um movimento an-
gular, de abrir e fechar, como aquele de uma por-
ta com dobradiças (porta articulada). Exemplos de 
gínglimos são as articulações do joelho (na realida-
de um gínglimo modificado), do cotovelo, talocrural 
e interfalângicas.
Articulações Trocoideas - Em uma articula-
ção trocóidea, a face pontiaguda ou arredondada 
de um osso articula-se como um anel, formado 
parcialmente por outro osso e relativamente por 
um ligamento. Exemplos de articulações trocoide-
as são as articulações atlantoaxial, na qual o atlas 
gira em tomo do áxis e permite que a cabeça se 
movimente de um lado para o outro, quando se ex-
pressa “negação”.
Articulações Elipsoides - Em uma articulação 
elipsoide, a projeção oval convexa de um osso se 
encaixa na depressão oval de outro osso. Exemplos 
de articulações elipsoides são as articulações me-
tatarsofalângicas para o segundo ao quinto dedos e 
o radiocarpal.
Articulações Selares - Na articulação selar, a 
face articular de um osso tem o formato de sela e a 
face articular do outro osso se encaixa na “sela”, as-
sim como um cavaleiro sentado faria. Um exemplo 
de uma articulação selar é a articulação carpome-
tacarpal, entre o trapézio do carpo e o osso meta-
carpal do polegar. (Fig. 14)
38
Figura 14: Tipos de articulações sinovais
Fonte:de energia química em energia mecânica para 
gerar força, realizar trabalho e produzir movimento. 
Além disso, os tecidos musculares estabilizam a po-
sição do corpo, regulam o volume dos órgãos, geram 
calor e impulsionam líquidos e alimentos por vários 
sistemas do corpo. O estudo científico dos músculos 
é conhecido como miologia.
Tipos de tecido muscular
Tecido muscular esquelético - é assim cha-
mado porque a maioria dos músculos esqueléticos 
movimentam os ossos do esqueleto. O tecido mus-
cular esquelético é denominado estriado: faixas 
escuras e claras alternadas (estriações), ou sarcô-
meros (compreende o segmento entre duas linhas 
Z consecutivas, é a unidade contrátil da fibra mus-
cular, pois é a menor porção da fibra com capacida-
de de contração e distensão rápidas) e são visíveis 
41
quando o tecido é examinado ao microscópio. O 
tecido muscular esquelético atua, basicamente, de 
forma voluntária. Sua atividade pode ser conscien-
temente controlada pelos neurônios (células nervo-
sas), que são parte da divisão somática (voluntária) 
do sistema nervoso.
Tecido muscular cardíaco – é visto somente no 
coração, que forma a maior parte da sua parede. O 
músculo cardíaco também é estriado, mas sua ação 
é involuntária. A contração e o relaxamento alterna-
dos do coração não são controlados conscientemen-
te. Ao contrário, o coração bate porque possui um 
marca-passo que inicia cada contração. Esse ritmo 
intrínseco é chamado de autorrítmicidade, sístole e 
diástole (a sístole é a fase de contração do coração, 
na qual o sangue é bombeado para os vasos sanguí-
neos, já a diástole é a fase de relaxamento, fazendo 
com que o sangue entre no coração).
Tecido muscular liso - localiza-se nas paredes 
das estruturas internas ocas, como os vasos san-
guíneos, as vias respiratórias e a maioria dos órgãos 
situados na cavidade abdominopélvica. (Fig. 15)
Figura 15: Tipos de músculo
CÉLULA MUSCULA
CARDÍACA
CÉLULA MUSCULA
ESQUELÉTICA
CÉLULA MUSCULA
LISA
42
Anotações: O tecido também é encontrado na pele, fixa-
do aos folículos pilosos. Ao microscópio, esse teci-
do não apresenta as estriações do tecido muscu-
lar cardíaco e esquelético. Por essa razão, parece 
não estriado, motivo pelo qual é chamado de liso. A 
ação do músculo liso normalmente é involuntária, e 
certos tecidos musculares lisos, como os músculos 
que impulsionam o alimento pelo trato gastrointes-
tinal apresentam contração, ou seja, movimentos 
peristálticos.
Funções do Tecido Muscular
Por meio de contrações prolongadas ou alter-
nadas e de relaxamento, o tecido muscular realiza 
quatro funções principais: produção dos movimen-
tos do corpo, estabilização das posições do corpo, 
armazenamento e movimentação de substâncias 
dentro do corpo e geração de calor.
1. Produção dos movimentos do corpo: são 
ações que movimentam todo o corpo, como 
caminhar, correr e movimentos localiza-
dos como pegar um lápis ou acenar com a 
cabeça, como consequência das contra-
ções musculares, contam com o funciona-
mento integrado dos ossos, articulações e 
músculos esqueléticos.
2. Estabilização das posições do corpo: as 
contrações do músculo esquelético esta-
bilizam as articulações e ajudam a manter 
as posições do corpo, como ficar de pé ou 
sentar. Os músculos posturais se contra-
em continuamente quando se está alerta, 
por exemplo, contrações prolongadas dos 
43
Anotações:músculos do pescoço mantêm a cabeça 
na posição ereta.
3. Armazenamento e movimentação de 
substâncias dentro do corpo: o armazena-
mento é realizado por meio de contrações 
prolongadas das camadas circulares de 
músculos lisos, chamadas de esfíncteres, 
que evitam o efluxo de conteúdos de um 
órgão oco. O armazenamento temporário 
de alimento no estômago ou de urina na 
bexiga urinária é possível porque os es-
fíncteres do músculo liso fecham as saídas 
desses órgãos. As contrações do músculo 
cardíaco bombeiam o sangue pelos vasos 
sanguíneos do corpo. A contração e o re-
laxamento do músculo liso nas paredes 
dos vasos sanguíneos, ajudam a ajustar 
seu diâmetro e, assim, regulam a veloci-
dade do fluxo sanguíneo. As contrações 
dos músculos lisos também movimentam 
alimentos e substâncias, como a bile e as 
enzimas pelo trato gastrointestinal, im-
pulsionam os gametas (espermatozoides 
e ovócitos) pelas vias dos sistemas ge-
nitais masculino e feminino e impelem a 
urina pelo sistema urinário. As contrações 
dos músculos esqueléticos promovem o 
fluxo de linfa e auxiliam o retorno do san-
gue para o coração.
4. Produção de calor: conforme o tecido 
muscular se contrai, produz calor, um 
processo conhecido como termogênese. 
Grande parte do calor liberado pelo músculo 
é usado para manter a temperatura do 
44
Anotações: corpo normal. As contrações involuntárias 
do músculo esquelético conhecidas como 
calafrios, podem aumentar a intensidade 
da produção do calor.
Propriedades do Tecido Muscular
O tecido muscular possui quatro proprieda-
des especiais que o permitem trabalhar e contribuir 
para a homeostasia:
1. Excitabilidade elétrica: uma propriedade 
tanto das células musculares quanto dos 
neurônios é a capacidade de responder a 
certos estímulos, produzindo sinais elétri-
cos chamados de potenciais de ação. Os 
potenciais de ação se propagam ao longo 
da membrana plasmática da célula graças 
à presença de canais iônicos específicos 
controlados por voltagem. Com relação às 
células musculares, dois tipos principais 
de estímulos desencadeiam os potenciais 
de ação: os sinais elétricos rítmicos que se 
originam no próprio tecido muscular, como 
ocorre no marcapasso do coração, e os es-
tímulos químicos, como neurotransmisso-
res liberados pelos neurônios, hormônios 
distribuídos pelo sangue ou mesmo altera-
ções locais no pH.
2. Contratilidade: é a capacidade do tecido 
muscular em se contrair vigorosamente 
quando estimulado por um potencial de 
ação. Quando um músculo se contrai, gera 
tensão (força de contração) enquanto tra-
ciona seus pontos de fixação.
45
Anotações:3. Extensibilidade: é a capacidade do tecido 
muscular se estender sem sofrer lesão. A 
extensibilidade permite que um músculo 
se contraia vigorosamente, mesmo que já 
esteja esticado.
4. Elasticidade: é a capacidade do tecido 
muscular em retomar o seu comprimento 
e forma original após contração ou exten-
são.
PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS 
SISTEMAS ESQUELÉTICO, ARTICULAR E 
MUSCULAR
Patologia Associada ao Sistema 
Esquelético - Osteoporose
A osteoporose é uma doença sistêmica pro-
gressiva, especificada pela diminuição da massa 
óssea e a deterioração da microarquitetura, dei-
xando os ossos enfraquecidos, aumentando o risco 
de fraturas. Fisiologicamente, o osso é constan-
temente depositado por osteoblastos e absorvido 
nos locais onde os osteoclastos estão ativos. Nor-
malmente, a não ser nos ossos em crescimento, 
existe um equilíbrio entre a degradação e absorção 
óssea; na osteoporose existe desproporção entre 
atividade osteoblástica e osteoclástica, com pre-
dominância da última.
Os riscos que influenciam a manifestação da 
osteoporose podem ser relativos às pessoas (indi-
viduais) ou do ambiente que ela vive (ambientais). 
46
Anotações: Como em outras patologias, o diagnóstico da os-
teoporose é feito pela história clínica, exame físico 
e exames subsidiários. A principal forma de trata-
mento da osteoporose é a prevenção; são elemen-
tos críticos o pico de massa óssea e a prevenção da 
reabsorção pós-menopausa. O pico de massa óssea 
é dependente do aporte calórico, da ingestão de cál-
cio e vitamina D, da função menstrual normal e da 
atividade física; a maioria dos agentes terapêuticos 
atuam na reabsorção óssea, como antireabsortivos.
Patologia Associada ao Sistema 
Articular – Artrite Reumatoide
A artrite reumatoide (AR) é uma doença au-
toimune (DAI) sistêmica comum, cuja prevalência é 
estimada em 1% da população mundial. O desenvol-
vimento das DAIs é influenciado por fatores hormo-
nais, ambientais e imunológicos, que atuam em con-
juntosobre indivíduos geneticamente suscetíveis. 
A AR é resultante da ação das células T e B au-
torreativas, que levam à sinovite, à infiltração celu-
lar e a um processo desorganizado de destruição e 
remodelação óssea. A membrana sinovial é a prin-
cipal fonte de citocinas pró-inflamatórias e protea-
ses e, em conjunto com os osteoclastos e condróci-
tos, promovem a destruição articular. Projeções de 
tecido proliferativo penetram na cavidade articular 
invadindo a cartilagem e o tecido ósseo, formando 
o pannus, característico da AR.
A AR constitui uma doença inflamatória crô-
nica progressiva, sendo caracterizada por sinovite 
com envolvimento preferencial de articulações de 
mãos e punhos, de caráter simétrico e aditivo. As 
47
Anotações:articulações mais frequentemente afetadas são as 
sinoviais periféricas, como metacarpo e metatar-
sofalangia, nos tornozelos e punhos. No entanto, 
também pode haver comprometimento de joelhos, 
ombros, cotovelos e quadris.
Patologia Associada ao Sistema 
Muscular – Distrofia Muscular
Eletromiografia ou EMG é um teste que men-
sura a atividade elétrica (potenciais de ação mus-
cular) nos músculos em contração e em repouso. 
Normalmente, o músculo em repouso não produz 
atividade elétrica; uma leve contração produz um 
pouco de atividade elétrica; e uma contração mais 
vigorosa produz aumento dessa atividade. A ativi-
dade elétrica do músculo é mostrada como ondas 
em um osciloscópio e ouvida pelo alto-falante.
A EMG ajuda a determinar se a paralisia ou o 
enfraquecimento muscular é decorrente de mau 
funcionamento do próprio músculo ou da sua iner-
vação. A EMG também é usada para diagnosticar 
certos distúrbios musculares, como por exemplo, a 
distrofia muscular. 
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma 
doença de herança recessiva, ligada ao X que afe-
ta músculos esqueléticos, coração e cérebro com 
evolução progressiva até ao óbito, por volta da se-
gunda década, geralmente provocado por eventos 
cardiorrespiratórios. Cerca de 1/3 de todos os novos 
casos foram diagnosticados decorrente de muta-
ções. A distrofina é uma grande proteína estrutural 
(427 kDa), cuja função é conectar o citoesqueleto 
interno da fibra esquelética com as proteínas de 
48
Anotações: matriz extracelular, estabilizando a contração mus-
cular. Na DMD, a proteína está ausente ou disfun-
cionante, resultando, assim, em um desequilíbrio 
na integridade da bicamada lipídica da membrana, 
com influxo de cálcio e necrose celular. 
A doença manifesta-se precocemente na in-
fância com atraso na conduta motora. A fraqueza 
motora é mais exuberante nos membros inferiores 
e se expressa através da dificuldade de correr, subir 
escadas, pular, marcha na ponta dos pés e quedas 
frequentes. A paresia é progressiva até a perda da 
marcha, por volta de 11-12 anos. Ocorre fibrose das 
fibras musculares cardíacas, resultando em cardio-
miopatia dilatada e distúrbios do ritmo e condução 
após 10 anos de idade.
49
U
ni
da
de
 2
Videoaula 1
Videoaula 2
Videoaula 3
Videoaula 4
Videoaula 5
52
Anotações:
53
SISTEMA 
CARDIORRESPIRATÓRIO
CARDIOVASCULAR
Coração
O sangue precisa ser cons-
tantemente bombeado ao longo 
dos vasos sanguíneos do corpo, 
de modo que consiga chegar a to-
das as células e realizar a troca de 
materiais. O estudo científico do 
coração normal e das doenças as-
sociadas é a cardiologia.
54
Apesar de toda a sua força, o coração é rela-
tivamente pequeno, aproximadamente do mesmo 
tamanho (mas não da mesma forma) de um punho 
fechado. O coração repousa sobre o diafragma, 
próximo da linha mediana da cavidade torácica, no 
mediastino, uma região anatômica que se estende 
do esterno até a coluna vertebral, da primeira cos-
tela até o diafragma e entre os pulmões. (Fig.17)
Figura 17: Localização anatômica do coração
Fonte: 
56
A parede do coração consiste em três ca-
madas: o epicárdio (camada externa), o miocárdio 
(camada intermediária) e o endocárdio (camada 
interna).
Além disso, na superfície do coração encontra-
-se uma série de depressões chamadas de sulcos, 
contendo vasos sanguíneos coronários e uma quan-
tidade variável de gordura. Cada sulco marca o limite 
externo entre duas câmaras do coração. (Fig. 19)
Figura 19: Sulcos do coração
 
Fonte: 
58
Valvas Arteriais (Aórtica e Pulmonar)
As valvas do tronco pulmonar e da aorta são 
conhecidas como as valvas semilunares, porque 
consistem em três válvulas em forma de lua cres-
cente. As valvas arteriais permitem a ejeção do 
sangue do coração para as artérias, mas evitam o 
fluxo retrógrado do sangue para os ventrículos.
Quando os ventrículos se contraem, a pressão 
aumenta dentro das câmaras. As valvas arteriais se 
abrem quando a pressão nos ventrículos excede a 
pressão das artérias, permitindo a ejeção do san-
gue nos ventrículos para o tronco pulmonar e para 
a aorta.
CIRCULATÓRIO
Circulação Pulmonar e 
Sistêmica
Na circulação pós-natal (após 
o nascimento), o coração em cada 
batida bombeia o sangue para dois 
circuitos — a circulação pulmonar 
e a circulação sistêmica. Os dois 
circuitos estão dispostos em série: 
a saída de um torna-se a entrada 
do outro, como se ligássemos duas 
mangueiras. (Fig. 21)
59
Anotações:Figura 21 - Circulação pulmonar e sistêmica
Fonte:fundamental/5ano/ciencias/a-circulacao-pulmonar-e-as-
trocas-gasosas/2386>
O lado esquerdo do coração é a bomba para a 
circulação sistêmica, recebendo sangue rico em oxi-
gênio, vermelho vivo, dos pulmões. O ventrículo es-
querdo ejeta sangue para a aorta. A partir da aorta, o 
sangue se divide em correntes separadas, entrando 
progressivamente nas artérias sistêmicas menores 
que levam o sangue a todos os órgãos do corpo — ex-
ceto os sacos aeríferos (alvéolos) dos pulmões, que 
são irrigados pela circulação pulmonar. 
Nos tecidos sistêmicos, as artérias dão ori-
gem a arteríolas, de diâmetro menor, que fi nalmen-
te levam aos extensos leitos dos capilares sistêmi-
cos. A troca de nutrientes e gases ocorre através 
das fi nas paredes dos capilares. O sangue cede 
O2 (oxigênio) e capta CO: (dióxido de carbono). Na 
maioria dos casos, o sangue fl ui por apenas um ca-
pilar e, em seguida, entra em uma vênula sistêmi-
ca. As vênulas levam sangue desoxigenado (pobre 
60
em oxigênio) para longe dos tecidos e se fundem 
para formar veias sistêmicas maiores. Finalmente, 
o sangue fl ui de volta para o átrio direito. (Fig. 22)
Figura 22 - Circulação pulmonar e sistêmica
Fonte: Tortora, 12ª.
O lado direito do coração é a bomba para a 
circulação pulmonar; recebe todo o sangue deso-
xigenado, vermelho-escuro, que retorna da circu-
lação sistêmica. O sangue ejetado do ventrículo 
direito fl ui para o tronco pulmonar, que se ramifi ca 
61
nas artérias pulmonares, levando o sangue para os 
pulmões direito e esquerdo. Nos capilares pulmo-
nares, o sangue sede CO2, que é exalado, e capta 
O2 inalado (hematose). O sangue recém-oxigenado 
em seguida fl ui para as veias pulmonares e retoma 
ao átrio esquerdo. 
Estrutura básica de um vaso
A parede de um vaso sanguíneo consiste em 
três camadas, ou túnicas, de tecidos diferentes: 
um revestimento interno epitelial, uma camada mé-
dia consistindo em músculo liso e tecido conjuntivo 
elástico e um revestimento externo de tecido con-
juntivo. (Fig. 23) 
Figura 23 - Estrutura básica e camadas dos vasos 
sanguíneos
Fonte: Tortora, 12ª.
62
As três camadas estruturais de um vaso san-
guíneo generalizado, da mais interna para a mais 
externa, são a túnica íntima, a túnica média e a tú-
nica externa. (Fig. 24)
Figura 24 - Artérias, arteíolas, capilare, vênulas 
e veias
Fonte:assemelham-se à letra C e estão 
empilhados um em cima do outro. Os sólidos anéis 
da cartilagem, em forma de C, fornecem um supor-
te semirrígido, de forma que a parede da traqueia 
não colapsa internamente (em especial durante a 
inspiração) e não obstrui a via respiratória.
Brônquios
Na margem superior da quinta vértebra torá-
cica a traqueia divide-se em brônquio principal di-
reito, que vai para o pulmão direito, e em brônquio 
principal esquerdo, que vai para o pulmão esquer-
do. O brônquio principal direito é vertical, mais cur-
to e largo do que o esquerdo. 
Como resultado é provável que um objeto as-
pirado entre e se aloje no brônquio principal direito. 
Como a traqueia, os brônquios essenciais contêm 
68
Anotações: anéis incompletos de cartilagem e são supridos 
por epitélio colunar ciliado pseudoestratificado. 
Na parte em que a traqueia divide-se em brônquios 
principais direito e esquerdo, há uma crista interna, 
chamada de carina (quilha de um barco).
Os bronquíolos, por sua vez, ramificam-se re-
petidamente, e os menores ramificam-se em tubos 
ainda menores, chamados de bronquíolos termi-
nais. Essa ramificação extensa dos brônquios asse-
melha-se a uma árvore invertida, sendo comumen-
te chamada de árvore bronquial.
Pulmões
Os pulmões são órgãos coniformes pareados, 
situados na cavidade torácica. São separados um 
do outro pelo coração e por outras estruturas do 
mediastino, que divide a cavidade torácica em duas 
câmaras anatomicamente distintas.
Cada pulmão é envolvido e protegido por uma 
túnica serosa bilaminada, chamada de pleura. A 
lâmina superficial é chamada de pleura parietal, 
reveste a parede da cavidade torácica; a lâmina 
profunda é denominada de pleura visceral, recobre 
os próprios pulmões. Entre as pleuras visceral e pa-
rietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade 
pleural, que contém uma pequena quantidade de 
líquido lubrificante produzido pelas túnicas. Esse 
líquido pleural reduz o atrito entre as túnicas per-
mitindo que deslizem facilmente uma sobre a outra, 
durante a respiração. (Fig. 27)
69
Figura 27 - Anatomia do Sistema Respiratório
Fonte: Tortora, 12ª.
Os pulmões estendem-se desde o diafragma, 
ligeiramente acima das clavículas, situam-se con-
tra as costelas anterior e posteriormente. A par-
te inferior larga do pulmão, a base, é côncava e se 
ajusta sobre a área convexa do diafragma. A parte 
superior estreita do pulmão é o ápice.
Alvéolos
Em torno da circunferência dos ductos alveolares 
encontram-se inúmeros alvéolos e sacos alveolares. 
O alvéolo nada mais é que uma invaginação reves-
tida por epitélio pavimentoso simples, sustentada 
por uma membrana basal elástica fi na; o saco alveolar 
consiste em dois ou mais alvéolos que compartilham 
uma abertura comum.
70
Anotações: Inalação e Exalação
A respiração para dentro é chamada de inala-
ção (inspiração). Há uma diferença na pressão pro-
vocada pelas alterações dos volumes pulmonares, 
que forçam o ar para dentro dos pulmões quando 
inalamos (inspiramos), para fora exalamos (expira-
mos). Para que ocorra a inalação, os pulmões preci-
sam expandir-se, o que aumenta o seu volume, por-
tanto, reduz a pressão nos pulmões para um nível 
abaixo da pressão atmosférica. Respirar para fora é 
definido como exalação (expiração), na expiração o 
volume dos pulmões diminui.
PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS 
SISTEMAS CARDIOVASCULAR, 
CIRCULATÓRIO E RESPIRATÓRIO I
Patologia Associada ao Sistema 
Cardiovascular e Circulatório – 
Aterosclerose e Infarto agudo do 
Miocárdio
As doenças cardiovasculares são alterações 
patológicas que afetam o coração e/ou vasos san-
guíneos, podemos destacar entre elas a síndrome 
coronariana aguda (SCA); insuficiência cardíaca 
(IC), infarto agudo do miocárdio (IAM), doenças val-
vulares/arritmia e hipertensão arterial sistêmica 
(HAS).
O infarto agudo do miocárdio é uma falta de 
oxigenação das células cardíacas (miócitos), um 
desequilíbrio entre oferta e demanda de nutrientes 
71
ao tecido, decorrente da obstrução do fl uxo coro-
nário, que pode ser de modo transitório ou perma-
nente. A aterosclerose é um dos principais fatores 
que levam a um infarto, associado também ao estilo 
de vida como obesidade, dieta rica em gorduras e 
colesterol, uso de substâncias químicas e falta de 
hábitos saudáveis. (Fig. 28)
Figura 28 - Processo aterosclerótico
Fonte:Os órgãos do trato gastrointestinal incluem a 
boca, grande parte da faringe, esôfago, estômago, 
intestino delgado e intestino grosso.
81
Anotações:O comprimento do trato gastrointestinal é de 
aproximadamente 5 a 7 metros de comprimento em 
uma pessoa viva. É maior em um cadáver (aproxi-
madamente 7 a 9 metros), porque os músculos ao 
longo das paredes dos órgãos do trato GI estão no 
estado de tonicidade (contração contínua).
Os órgãos acessórios da digestão incluem 
dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula 
biliar e pâncreas. Os dentes auxiliam na ruptura me-
cânica dos alimentos, a língua auxilia a mastigação 
e deglutição. No entanto, os outros órgãos acessó-
rios produzem ou armazenam secreções que fluem 
para o trato GI pelos ductos; as secreções auxiliam 
a decomposição química do alimento. 
O sistema digestório, de uma forma geral, rea-
liza seis processos básicos:
1. Ingestão: ests processo compreende a in-
trodução de alimentos e líquidos pela boca 
(comer).
2. Secreção: todos os dias as células no in-
terior das paredes do trato GI e dos órgãos 
acessórios da digestão secretam um total 
de aproximadamente 7 litros de água, áci-
do, tampões e enzimas no lume (espaço 
interior) do trato.
3. Mistura e propulsão: a contração e o rela-
xamento alternados do músculo liso nas 
paredes do trato GI misturam o alimento e 
as secreções, empurrando-os em direção 
ao ânus. Essa capacidade do trato GI de 
misturar e mover material ao longo de sua 
extensão é denominada motilidade.
4. Digestão: processos químicos e mecâni-
cos decompõem o alimento ingerido em 
partículas menores. Na digestão mecâ-
82
Anotações: nica, os dentes cortam e trituram os ali-
mentos antes de serem deglutidos e, em 
seguida, os músculos lisos do estômago e 
intestino delgado misturam vigorosamen-
te o alimento. Como resultado as molé-
culas de alimento são dissolvidas e com-
pletamente misturadas com as enzimas 
digestivas. Na digestão química grandes 
moléculas de carboidrato, lipídio, proteína 
e ácido nucleico presentes no alimento, 
são fragmentadas em moléculas menores 
por hidrólise. As enzimas digestivas pro-
duzidas pelas glândulas salivares, língua, 
estômago, pâncreas e intestino delga-
do catalisam essas reações catabólicas. 
Umas poucas substâncias presentes no 
alimento são absorvidas sem digestão 
química, incluindo vitaminas, íons, coles-
terol e água.
5. Absorção: a entrada de líquidos, íons e 
produtos da digestão secretados e ingeri-
dos nas células epiteliais que revestem o 
lúmen do trato GI é chamada de absorção. 
As substâncias absorvidas passam para o 
sangue ou linfa e circulam por todo o cor-
po para as células.
6. Defecação: resíduos, substâncias indige-
ríveis, bactérias, células desprendidas do 
revestimento do trato GI e materiais dige-
ridos que não foram absorvidos no pro-
cesso pelo trato digestivo deixam o corpo 
através do ânus, em um processo chama-
do de defecação. O material eliminado é 
chamado de fezes.
83
O peritônio é a maior túnica serosa do corpo; 
consiste em uma camada de epitélio pavimentoso 
simples (mesotélio), com uma camada de sustenta-
ção subjacente de tecido conjuntivo areolar reveste 
o tecido muscular liso.
Boca 
A boca, também chamada de cavidade oral, 
é formada pelas bochechas, pelos palatos mole e 
duro, e pela língua. As bochechas formam as pare-
des laterais da cavidade oral. Os lábios são pregas 
carnudas que envolvem a abertura da boca.
O palato é uma parede ou septo que separa a 
cavidade oral da cavidade nasal, formando o teto 
da boca. Essa estrutura importante torna possível 
mastigar e respirar ao mesmo tempo. O palato duro 
— a parte anterior do teto da boca, é formado pelas 
maxilas e palatinos, recoberto por uma túnica mu-
cosa, formando uma parte óssea entre as cavida-
des oral e nasal. (Fig. 32) 
Figura 32: Anatomia da Boca
Fonte: Tortora, 12ª.
84
O palato mole que forma a parte posterior do 
teto da boca, é uma partição muscular em forma de 
arco entre as partes oral e nasal da faringe, revesti-
da por túnica mucosa. 
GLÂNDULAS ANEXAS AO SISTEMA 
DIGESTÓRIO
Glândulas Salivares
A glândula salivar é uma glândula que libera 
uma secreção chamada de saliva, ela está posicio-
nada na cavidade oral. Comumente, é secretada sa-
liva suficiente apenas para manter as túnicas mu-
cosas da boca e da faringe úmidas e limpar a boca 
e os dentes. No entanto, quando o alimento entra 
na boca, a secreção da saliva aumenta para poder 
lubrificar e dissolver, para poder iniciar a decompo-
sição química do alimento.
Dentes
Os dentes são órgãos acessórios da digestão, 
localizados nos alvéolos dos processos alveolares 
da mandíbula e maxila. (Fig. 33)
85
Figura 33: Corte sagital de um dente
Fonte: Tortora, 12ª.
Os processos alveolares são recobertos pelas 
gengivas. 
Faringe
Quando o alimento é deglutido passa da boca 
para a faringe, um tubo funicular que se estende 
dos cóanos até o esôfago, posteriormente, até a 
laringe. A faringe é dividida em três partes: nasal, 
oral e a laríngea.
A parte nasal da faringe atua apenas na res-
piração, mas tanto as partes oral quanto a laríngea 
possuem igualmente funções digestivas e respira-
86
tórias. Os alimentos passam da boca para as partes 
oral e laríngea da faringe; as contrações muscula-
res dessas áreas ajudam a empurrar o alimento para 
dentro do esôfago e, em seguida, para o estômago.
Esôfago
O esôfago é um tubo muscular colapsante, 
medindo aproximadamente 25 cm de comprimen-
to, encontra-se posteriormente à traquéia. (Fig. 34)
Figura 34: Processo de deglutinação
Fonte: Tortora, 12ª.
O esôfago atravessa o diafragma por uma 
abertura chamada de hiato esofágico e termina na 
parte superior do estômago. Algumas vezes, uma 
parte do estômago protrai-se acima do diafragma, 
através do hiato esofágico. Essa condição é cha-
mada de hérnia de hiato. 
Fonte: Tortora, 12ª.
87
Estômago
O estômago é uma dilatação do trato GI, em 
forma de J. O estômago conecta o esôfago ao duo-
deno, a primeira parte do intestino delgado conse-
gue digerir e absorver, uma das funções do estôma-
go é atuar como um tonel de mistura e reservatório 
de retenção.
No estômago, a digestão do amido continua, 
a digestão de proteínas e triglicerídeos começa, o 
bolo semissólido é convertido em líquido e determi-
nadas substâncias são absorvidas.
As glândulas gástricas contêm três tipos de 
células glandulares exócrinas que secretam seus 
produtos no lúmen do estômago: secretam muco, 
fator intrínseco (necessário para a absorção de vi-
tamina B12) e ácido clorídrico, pepsinogênio, lipase 
gástrica e suco gástrico. (Fig. 35)
Figura 35: Anatomia do Estômago
Fonte:

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