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Introdução ao Direito II Algumas fontes do Direito. Espécies de fontes: Fatos Sociais: Condicionados pelos Fatores Sociais. Fatores Materiais são os fatos sociais, condicionados a fatores sociais mais os valores de cada época. O Direito espera acontecer, espera os fatos acontecerem. Fatores Políticos Leis Fontes Formais: Tem algumas formalidades. Meio pelos quais o Direito ficou conhecido pela sociedade. Tradicionalmente: Leis Costumes Jurisprudência Doutrina Espécies de Fontes. Fontes Formais Estatais: Lei e Jurisprudência. Fontes Formais Não Estatais: Costume e Doutrina. A Doutrina vem do povo, tem um caráter específico. Para “Reale” a doutrina não é uma fonte do Direito, e sim, um instrumento adicional que junto com os modelos jurídicos complementam as fontes do Direito. Lei: Forma moderna de produção de direito É indiscutivelmente a mais importante das fontes formais da ordem jurídica. Brasil sistema continental de regras Regra: De Direito geral (Todos), mesma situação Abstrata Permanente (É Perene), até que seja revogada Escrita Obrigatoriedade advinda de autoridade competente (Poder Legislativo) Jurisprudência Conjunto de decisões reiteradas dos tribunais SENTENÇA JURISPRUDÊNCIA - Decisões individualizada - Norma Geral - Aplicada ao caso concreto - Aplicável a todos os casos idênticos Órgãos colegiados: onde há mais de um julgador Uma decisão do Juiz da 2º Vara não é jurisprudência Procura-se amoldar as transformações sociais Apenas orienta, informa Fonte subsidiaria Jurisprudência: apenas orienta e informa Jurisprudência em sentido amplo: Coletânea de decisões proferidas por tribunais podendo ser uniforme ou conter decisões contraditórias. Jurisprudência, em sentido amplo, é o conjunto de decisões judiciais sobre um determinado assunto. Jurisprudência em sentido estrito: Jurisprudência, em sentido estrito, é um conjunto de decisões judiciais reiteras ( decisões de mesmo sentido) de tribunais. Conjunto de decisões uniformes Fonte do Direito Reiteradas no mesmo sentido Pra ser fonte Stricto sensu Espécies de Jurisprudência Secundum Legem: Segundo a lei - Se limita a interpretar - Reflete o verdadeiro sentido das normas Praetem Legem: Além da lei - Na falta de regras especificas quando omissas – NÃO TEM EXPLICAÇÃO, É VAGO. - Base analógica ou princípios Contra Legem: Contra a lei - Prática não admitida no plano retorico (Vedada) - Realidade (Existe caso que a jurisprudência contraria a lei) Súmula Tribunais fixam seu entendimento sobre questões com divergência de interpretação entre turma ou câmaras. - Resume a tendência de julgamentos - Ementas-Formato - Orientação para juízes e advogados. Ex.: Súmula 402 do STF “Vigia noturno tem direito a salario adicional”. Sumula Vinculante Emitidos somente pelo STF Após reiteradas decisões sobre matéria constitucional. Efeito vinculante em relação ais demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta nas esferas federal, estadual e municipal. Visa evitar o constrangimento de ações no STF NÃO REPETINDO UMA AÇÃO COM O MESMO PEDIDO, ENTÃO PARA ISSO TEM A SÚMULA VINCULANTE. Costume Jurídico Direito costumeiro ou consuetudinário Fonte de Direito mais antiga Povos adotam norma de controle social geradas pelo consenso popular Antigas legislações, como a de Hamurabi, foram compilações de costumes. Elementos para ser fonte do Direito: Materiais e Psicológicos. Matérias ou objetivos (Corpus): Externo, Repetição constante e uniforme de uma prática social, Período razoável de tempo (Praticada por 100 anos). Psicológicos ou subjetivos (Animus): Interno, convicção de que a prática social é necessária e obrigatória, certeza de que tem valor jurídico. USO COSTUME JURÍDICO - Tem o corpus (Repetição constante) – Tem Corpus - Não tem o animus – Tem o animus (Prática necessária e obrigatória) Ex.: Condicional. (Uso) Costume Jurídico Atualmente: Pouca expressividade Insegurança jurídica Fonte supletiva da lei Na falta de lei e normas usa o costume. Espécies de costumes Secundum Legem: Conforme a lei - Quando a própria lei remete sua interpretação aos costumes Art. 569: O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados e em falta de ajuste segundo o costume do lugar. Praeter Legem: Além da lei - Aplicado supletivamente na hipótese de lacuna da lei Art. 4º LINDB: Quando a lei for omissa o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia dos costumes e dos princípios gerais do Direito. Contra Legem: Contrária a lei - Prática Social: Contraria as normas de Direito escrito Crítica: A lei pode ser revogada por outra lei Doutrina: Rejeição dessa modalidade, pois a supremacia de um costumes dobre a lei deixaria instável o sistema. Ex.: Arrendamento de terras, contrato tantas sacas por hectares (isso é ilícito). Porém no interior isso é um costume, isso é contra a lei, então a lei nesse caso é deixada de lado. Ex.: Cheque pré-datado: Quando combina que vai segurar o cheque, tem-se a obrigação de cumprir. É considerado contra legem. Costume Jurídico. Direito Penal. Pode ser usado, o costume como fonte “Nullum crime, nulla poena siene lege previa” Não há crime, não há pena, sem lei anterior, não será penalizado se não tiver lei. Direito Internacional Público: Costume é fonte universal. Doutrina Jurídica. (Lemos para entender os artigos) Função da Doutrina: Criadora: Novos princípios e novas formas Substituição de velhos institutos Criação de concepções modernas - A Doutrina fala e os juízes aplicam. Prática: Analisar as regras vigentes Trabalho prévio de sistematização Reunido das disposições relativas ao assunto de sua pesquisa Crítica: Os juristas fazem críticas Submeter a legislação a juízes de valor Acusar as falhas e deficiências Doutrina é uma fonte formal. Norma Jurídica Entre as normas que dirigem o comportamento humano podemos mencionar: Regra de conduta social impostas pelo Estado buscando viabilizar a convivência dos homens em sociedade. É um comando, um imperativo que esclarece ao agente como e quando agir. Proposição normativa de uma formula jurídica (lei, regulamento, tratamento internacional, etc.) DIREITO SISTEMA DE NORMAS JURÍDICAS Decorre de imposição – Normas impostas Transgressão - possibilidade de aplicação forçada da sanção ou o uso das forças para obrigar alguém a cumprir ela. LEI NORMA Quando tem dívida o Estado pode penhorar o imóvel para a quitação da dívida. O Estado tem o poder e impões a norma. Nem toda Norma é lei. Elementos da Norma. Hipótese Normativa: Se A, B deve ser. (A) Situação de Fato Efeito Jurídico (B) Ex.: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com o menos de 14 anos. (Essa primeira parte indica Situação de fato). Pena Reclusão de 8 a 15 anos. (E na segunda indica o Efeito Jurídico). Hipótese Normativa, tem toda a situação e a pena por cometer o crime. (Se você fizer até o que vai acontecer). Estrutura Lógica da Norma Jurídica. Portanto a norma jurídica apresenta uma estrutura uma, onde a situação se integra. Logo: Se A, B, deve ser, sob pena de S A: Situação de fato B: Conduta exigida S: Sanção (Efeito Jurídico) Características da Norma Jurídica: Coercibilidade: Forçar – imposto a forçar-se. Usar ou não da coação. Generalidade: É para todos na mesma situação jurídica. Maior número de pessoas na mesma situação jurídica. Abstração: Maior número possível de situações. Bilateralidade: Feita para dois. Direito e dever (Direito de um corresponde ao Dever do outro). Imperatividade: Imposição a norma é essa. Não é se você quiser, a norma é imperativa. É imposta pelo Estado, você querendo ou não! Classificação das Normas Jurídicas. Quanto a Hierarquia:Normas Constitucionais Leis Complementares, leis ordinárias, leis delegadas, decretos. Legislativo e resoluções, medidas provisórias. Decretos regulares Outras normas de hierarquia inferior tais como portarias circulares etc.... Quanto a Natureza de suas disposições: Normas jurídicas substantivas (ou materiais) criam, declaram e definem direitos. Ex.: CC, CDF Normas jurídicas adjetivas (ou processuais) regulam o modo e o processo necessário para o acesso ao Poder Judiciário. Ex.: CPP, CPF, normas processuais da CLT Quanto à vontade das partes: Normas cogentes (taxativas): Não podem ser modificadas, por convenção dos particulares. Impõe/Não admite ser alterada. Ex.: Alguém tentou me matar, vou modificar a pena que a constituição determina. Normas dispositivas (de ordem permissivas): Permitem aos particulares estabelecer regras por acordo de vontade. As partes podem alterar por vontade própria. Ex.: Contrato = acordo de vontades. Quanto a sanção: Mais que perfeita: nulidade + sanção, se violada a lei (Ex.: casamento de pessoa já casada) Perfeita: nulidade (EX.: testamento público: 2 testemunhas) Menos que perfeita: só sanção (Multa) Imperfeita: Não impõe nulidade, nem sanção. (EX.: lei sobre as técnicas de elaboração, redação e alteração das leis. Se não obedecer, não acontece nada.) Lei de Introdução ás Normas do Direito Brasileiro Redação dada pela lei nº 12.376/10 – Antiga LICC – Lei de Introdução ao Código Civil. Decreto lei: 4.657/42 – LC 95/98 e LC 107101 Lei: 12.036/09 Características: Conjunto de normas sobre normas Função de coordenação, como interpretar e aplicar outras leis Autonomia: Dirige-se a todos os ramos do Direito, salvo naquilo que for regulado de forma diferente na legislação específica. Âmbitos da Norma Jurídica: Existência: As leis passam a existir (PROMULGAÇÃO) Promulgação: Declaração formal da existência da lei A promulgação torna a lei existente mas não obrigatória Vigência: Período onde a lei é obrigatória Impõe-se imperatividade aos seus destinatários Não se confunde com a existência, pois uma norma pode ser promulgada, mas ainda não estar em vigor Início: Após a publicação no Diário Oficial pode coincidir com a publicação (mesmo dia) ou na data que a lei determinar Se a lei não designar a data de sua entrada em vigor, considera-se vigente 45 dias após sua publicação VOCATIO LEGIS (Art. 1º LINDB) Espaço de tempo compreendido entre a publicação e a entrada em vigor da lei. Espaço Vigência inicia a publicação, não necessariamente no mesmo dia.COM Requisito Lei brasileira admitida no estrangeiro: 3 meses após sua publicação. Obrigatoriedade simultânea (todo o país). Vigência Lei corretiva: Nova publicação, antes de entrar em vigor. Recomeça a correr o prazo (Vocatio Legis ou prazo determinado). Se a correção do texto, já está em vigor, considera-se Lei Nova. Forma de contagem do prazo: A contagem do prazo para a entrada em vigor das leis, estabelecem período de vacância, far-se-á com a inclusão da data da publicação do último dia do prazo entrando em vigor no dia subsequente a sua consumação integral. (Lei complementar nº 95198 art. 8º). Tempo de duração da lei: Variável Lei: Vigência Temporária: Prazo pré determinado, já sabe quando é o prazo final. Termo fixo: Se diz até que tem vigência Termo condicionado, á um fato ou acontecimento Termo subordinado, a uma situação temporária Permanente: Prazo indeterminado, até que outra lei revogue ou a modifique Perda da vigência: Decurso do tempo (normas de vigência temporária). Revogação por outra lei. Desuso NÃO é uma perda de vigência e sim de eficácia. Revogação por outra lei: Revogar é tornar sem efeito uma norma reiterando sua obrigatoriedade. Art. 2º LINDB Preceitos quanto a revogação Lei posterior revoga a anterior quando: Declara expressamente, for ela incompatível e regula inteiramente a matéria que tratava a lei anterior. Lei Nova: Estabelece disposições gerais ou especiais a par das já existentes. Norma que não tem relação com a outra. Não revoga nem modifica a lei anterior. A lei trata de uma coisa e a lei nova de outra. Em Regra: Lei revogada não se restaura por ter a lei revogada perdido a vigência (salvo expressa) previsão legal. Repristinação: Não é aceita no Brasil. Se estiver expressa, os feitos da lei A são restaurados. Se revoga a lei revogadora não existe mais. Revogação Expressa: Determina especificamente a revogação da lei anterior. Tácita: Gera dúvidas. Lei posterior revoga a anterior, devido a incompatibilidade entre ambas. Lei posterior engloba, tudo o que a anterior trazia. Via de regra: a revogação deve vir expressa (lei complementar nº 95/98) Total ou ab-rogação: Quando uma nova lei revoga todos os dispositivos da anterior. Parcial ou derrogação: Quando uma nova lei revoga parcialmente o disposto em outra anterior. É a mais comum. Antinomia das Leis: Critérios que podem ser adotados: CCx Portaria – Prevalece o CC CCx Lei do Inquilinato – Prevalece a lei Lei 2013 X Lei 2015 – Prevalece a Lei 2015 pelo tempo. Conflitos de critérios. (Critérios de segundo grau ou metacritérios): *Divergência Validade: Uma lei inválida pode gerar efeitos. Formal: Diz respeito a forma. Obedecer todas as etapas legais de elaboração (processo legislativo) – Questão objetiva. Material: Está de acordo com a constituição, caso contrário pode ser declarada inválida pelo Judiciário. Normas inferiores devem ser avaliadas em confronto com normas superiores. Efetividade: Quando é efetivamente observada pelo grupo social (destinatário e aplicadores do Direito). Se atuar sobre a sociedade. Eficácia: Coincidência entre o ser e o dever ser (Kant) Princípio da Causalidade Princípio da Imputação Direito diz como deve ser as coisas Causa e Efeito. O que acontece. - Aplicação concreta da Norma Jurídica - Relação entre a ocorrência concreta e o que está prescrito na norma. Ocorrência concreta: Quando produz o efeito esperado e satisfatório. - Cumprimento da Norma ou transgressão da Norma, com a aplicação da consequência jurídica. Não se observa o mundo dos fatos/Valores sociais mudam - Perda da eficácia pelo desuso, norma deixa de ter aplicabilidade por que os valores sociais se alteram. - Leis ineficazes podem ser assim declaradas pelo juiz, que pode deixar de usa-la naquele caso concreto. O desuso acarreta na perda da Eficácia - Art. 3º LINDB: Ninguém se escusa a cumprir a lei, alegando que não a conhece. Princípio da Obrigatoriedade: A lei uma vez que publicada e tendo entrado em vigor, torna-se obrigatória para todos. - O art. 3º da LINDB visa garantir a eficácia da ordem jurídica. A lei é obrigatória e deve ser cumprida por todos para que seja possível a convivência social.
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