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TEORIA GERAL DO DIREITO – TGD
O QUE É O DIREITO?
Direito é a Ciência humana, na qual emana da razão social, que são: Costumes e Princípios/virtudes; é um fato Social.
(NORMA, FACULDADE, JUSTO, CIÊNCIA E FATO SOCIAL)
O QUE É JUSTIÇA?
JUSTIÇA: (Virtude/Princípio)
Justiça é dar a outrem o que lhe é devido, segundo uma igualdade.
A Justiça não pode possuir conceito ABSOLUTO. Um ideal justo aplicado a todos.
A Justiça está basicamente formada por ideias de conformidade e equidade.
A Justiça é RELATIVA.
3 PRINCÍPIOS BÁSICOS
· Alteridade
· Igualdade Substancial
· Devido ou “Exigibilidade”
Para que seja possível aplicar a Justiça em caso prática, é necessário analisa-la sob certos parâmetros: IGUALDADE, MÉRITO, NECESSIDADE, PROPORCIONALIDADE E CAPACIDADE.
JUSTIÇA CONVENCIONAL
· Juiz quando julga, se preocupa em aplicar a LEI não se importando se ela é Justa ou Injusta.
DIREITO E JUSTIÇA
· O Direito só não é aquele que se encontra escrito em: códigos, na constituição e em leis esparsas, ou seja, o direito positivado que tem como principal fonte o poder legislativo, mas também normas provenientes do poder executivo como regulamentos e do poder judiciário como súmulas. Diferente do que seja direito a justiça não tem um conceito definido ou pré-definido, pois a justiça muitas vezes se distancia do que é direito. Na justiça usa-se muito o adjetivo justo, que em várias ocasiões não tem nada haver com o que seja direito.
· Direito e Justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal ponto de serem considerados uma só coisa pela consciência social. Fala-se no Direito com o sentido de Justiça e vice-versa. Sabemos todos, entretanto, que nem sempre eles andam juntos. Nem tudo que é direito é justo e nem tudo que é justo é direito. Enquanto a Justiça é um sistema aberto de valores, em constante mutação, o Direito é um conjunto de princípios e regras destinado a realizá-la.
CIÊNCIA JURÍDICA
Tem como propósito estudar as normas jurídicas
· OBJETO: ordenamento Jurídico – seu objeto de estudo é através do ordenamento jurídico, que é um conjunto de normas.
· MÉTODO 
· INDUTIVO - questões particulares até chegar em conclusões generalizadas
· DEDUTIVO- conclusões verdadeiras
· TÉCNICA: é a forma procedimental de se criar e aplicar o direito
· LINGUAGEM: Meio de comunicação pelo qual o direito usa através de termos e vocábulos que lhe são próprios.
DIREITO POSITIVO OBJETIVO
· Regras previstas nos códigos
DIREITO POSITIVO SUBJETIVO
· Faculdade de agir quando lesado
OS TRÊS PODERES (LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO E EXECUTIVO)
 
PODER EXECUTIVO
· É o poder destinado a executar, fiscalizar e gerir as leis de um país.
(Presidência da República, Ministérios, Secretarias da Presidência, Órgãos da Administração Pública e Conselhos de Políticas Públicas) – Representado pelo prefeito
PODER LEGISLATIVO
· É o poder que estabelece as Leis de um país. Composto pelo Congresso Nacional, ou seja, Câmara de Deputados, o Senado, Parlamentos, Assembleias. Além de desempenhar o papel de elaboração das Leis que regerão a sociedade, também fiscaliza o Poder Executivo.
PODER JUDICIÁRIO
· Cumprimento das Leis. É o poder responsável por julgar as causas conforme a constituição do Estado. Composto por Juízes, Promotores de Justiça, Desembargadores, Ministros. Tem a função de aplicar a Lei, julgar e interpretar os fatos e conflitos
· Direito Natural – É o conjunto de normas e direitos que já nascem incorporados ao homem, como o direito à vida. E é também chamado de Jusnaturalismo.
Jusnaturalismo é o Direito Natural, todos os princípios, normas e direitos que se têm ideia universal e imutável de justiça e independente da vontade humana.
Exemplos de Direito Natural: 
Direito à vida
Direito à defesa
Direito à liberdade
· Direito Positivo – Conjunto de todas as regras e leis que regem a vida social e as instituições de determinado local e durante certo período de tempo. É o conjunto de leis instituídas por um Estado, considera as variações da vida social e dos Estados como influenciadoras das leis criadas pelos homens. 
Também conhecido como Juspositivismo.Juspositivismo acredita que só pode existir o direito e consequentemente a justiça através de normas positivadas, ou seja, normas emanadas pelo Estado com poder coercivo, podemos dizer que são todas as normas escritas, criadas pelos homens por intermédio do Estado.
Exemplo de Direito positivo
Constituição federal - pois assim como as outras leis e códigos escritos, serve como disciplina para o ordenamento de uma sociedade.
JUSNATURALISMO
· Leis superiores.
· Direito como produto de ideias (Metafísico).
· Pressuposto: Valores.
· Existência de leis naturais.
JUSPOSITIVISMO
· Leis impostas.
· Leis como produto da ação humana (empírico-cultural).
· Pressuposto: o próprio ordenamento positivo.
· Existência de leis formais.
· Normativismo Jurídico – O Normativismo Jurídico defendido por Kelsen consisti em um partir da norma jurídica dada para chegar à própria norma jurídica dada. Nesse sentido, Kelsen através de sua teoria tentou trazer para o Direito a pureza necessária a qualquer ciência. Baseia-se na ideia de que Kelsen admitia unicidade do ordenamento jurídico: o Direito é formado por normas hierarquicamente subordinadas e existe uma única autoridade que atribui direta ou indiretamente caráter jurídico a todo o conjunto de normas.
· Tridimensionalidade da Norma – Em termos gerais, ela prega a interpretação do direito sob três ópticas simultâneas e complementares: a normativa, a fática e a axiológica. Unificando três correntes filosófico-jurídicas até então independentes (a normativista, a sociologista e a moralista, nessa ordem) e se tornando, se não a principal, umas das mais importantes teorias gerais do direito no Brasil e na América Latina.
Normativista – com enfoque no caráter normativo do direito.
Sociologista – com enfoque nos fatos e contextos.
Moralista – com enfoque nos valores (axiologia) do direito.
DIREITO POSITIVO
Conjunto de normas elaboradas pela sociedade.
Está dividido em duas partes, sendo elas o Direito Público e o Direito Privado. 
· DIREITO PÚBLICO –Segue o principio da legalidade estrita, pelo qual o estado somente pode fazer o que está previsto na Lei.
Há interesse Direto do Estado, regula atos em que o Estado participe.
Princípio: Legalidade Estrita
RAMOS DO DIREITO PÚBLICO 
É o ramo do direito que se ocupa das questões relacionadas ao interesse coletivo.
· Direito Tributário
· Direito Administrativo 
· Direito Internacional Público
· Direito Constitucional
· Direito Penal
· Direito Eleitoral
· Direito Processual – Direito Processual Penal (DPP), Direito Processual Civil (DPC) e Direito Processual do Trabalho (DPT).
· DIREITO PRIVADO – Faculdade de agir quando lesado, baseia-se na autonomia da vontade.
Regulam situações entre particulares, o Estado não possui interesse Direto
Principio: Autonomia
RAMOS DO DIREITO PRIVADO
Ocupa-se dos assuntos que se diz respeito a interesses particulares. Quando imediato e prevalecente o interesse particular, é privado.
· Direito Civil
· Direito Empresarial
· Direito Internacional Privado
· Direito do Consumidor
DIREITO COMUM
· É aplicável em todo o território do Estado, também chamado de direito geral.
DIREITO PARTICULAR
· É aquele que só tem eficácia em parte do território nacional.
DIREITO GERAL
· É o aplicável a todas as relações jurídicas ou a um amplo delas
DIREITO ESPECIAL
· Ele é aplicável apenas a uma parte limitada das relações jurídicas.
DIREITO REGULAR
· É o direito normal, que expressa caráter e fins do direito.
DIREITO SINGULAR
· É criado em atenção a situações excepcionais, para atender necessidades imperativas.
PRIVILÉGIO JURÍDICO
· É uma exceção à regra e ao princípio da generalidade da norma.
FONTES DO DIREITO
As fontes do direito estão previstas no artigo 4º da Lei de Introdução ao Código Civil “Quando a lei for omissa, o Juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”. Assim, o intérprete é obrigado a integrar o sistemajurídico, ou seja, diante da lacuna (a ausência de norma para o caso concreto), ele deve sempre encontrar uma solução adequada.
Fonte Primária:
· Lei – A lei são as normas ou o conjunto de normas jurídicas criadas através de processos próprios, estabelecidas pelas autoridades competentes.
LEI EM DESUSO – A lei em desuso só perde a validade quando é revogada, não sendo revogada ela é considerada válida.
LEI EM SENTIDO FORMAL – Processo – Código de Processo Civil
LEI EM SENTIDO MATERIAL – Direitos/Deveres – Código Civil
Fonte Secundária:
· Analogia – É fonte formal mediata do direito, com a finalidade de integração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente apresentado à apreciação jurisdicional, a que se denomina anomia.
· Costume – Norma aceita obrigatoriamente pelo consciente coletivo (povo).
· Jurisprudência – Decisão do Poder Judiciário reiterada em um mesmo sentido sobre uma mesma matéria. 
· Doutrina – Conjunto dos estudos dos cientistas do Direito
· Princípios gerais de direito – Postulados expostos no ordenamento Jurídico implícita e explicitamente. (Quando a analogia e o costume falham no preenchimento da lacuna, o magistrado supre a deficiência da ordem jurídica, adotando princípios gerais do direito.
· Equidade – É a adaptação de regra existente sobre situação concreta que prioriza critérios de justiça e igualdade.
AUSÊNCIA DE NORMA
Sempre que houver lacuna, o magistrado deve valer-se das fontes do direito para a solução do processo.
APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO
PRINCÍPIOS
· Obrigatoriedade – Uma norma publicada é obrigatória a todos e ninguém pode alegar a sua ignorância.
· Continuidade – A norma permanente somente perde sua eficácia se outra vier a modificá-la ou revogá-la expressa ou tacitamente.
· Irretroatividade – A lei não pode retroagir para modificar situações jurídicas já consolidadas por lei anterior, tendo em vista a segurança jurídica. 
· Para não ferir a segurança Jurídica, a regra é de que a lei jurídica não retroagirá.
· RETROAGIR – alcançar fatos passados
· AS NORMAS NÃO RETROAGEM (isso é considerado REGRA)
· EXCEÇÃO – RETROATIVIDADE BENÉFICA – ALCANÇA FATOS PASSADOS QUANDO FOR MAIS BENÉFICA AO RÉU (Direito Penal e Direito Tributário).
· A irretroatividade se faz importante para assegurar segurança jurídica e estabilidade a vida em sociedade. Assim, em via de regra, a lei nova não pode atingir situações reguladas pela lei anterior.
VACATIO LEGIS
É o lapso temporal entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor. No Brasil adota-se o sistema sincrônico/simultâneo em que a lei entra em vigor na mesma data e em todo território nacional (art. 1º LICC).
· Lei com Vacatio Legis Expressa – Aquela que tem expressamente dispõe sobre o período (art.8º da lei Complementar nº 95 de 1998).
· Lei com Vacatio Legis Tácita – Aquela começa a vigorar no Brasil 45 dias depois de oficialmente publicada (art. 1º LICC).
· Lei sem vacatio Legis – Aquela que começa a vigorar na data de sua publicação, dispositivo que deve estar expresso no final do seu texto.
CONTAGEM DA VACATIO LEGIS
A contagem do prazo para a entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral (art. 8º da Lei Complementar nº 107, de 2001).
ERRATA
· Erro irrelevante: a lei não precisa ser corrigida
· Erro substancial antes da publicação: a lei pode ser corrigida
· Erro substancial no período da vacatio legis: a lei pode ser corrigida e deve ser contado novo período de vacatio legis em relação à parte alterada.
· Erro substancial depois de entrar em vigor: a lei pode ser corrigida mediante a edição de nova lei que a revogue.
REVOGAÇÃO DA NORMA
FORMAS
· Expressa – a nova norma expressamente determina a revogação da anterior.
· Tácita – a nova norma seja incompatível com a anterior.
MODALIDADES
· Ab-rogação: revogação total
· Derrogação: revogação parcial
A NÃO REPRISTINAÇÃO DA NORMA É A REGRA DO ORDENAMENTO JURÍDICO DO BRASIL, POR UMA VEZ REVOGADA, A LEI NÃO VOLTA A VIGORAR PELA SIMPLES REVOGAÇÃO DE SUA NORMA REVOGADORA. ADMITE-SE, ENTRETANTO A RESTAURAÇÃO DA NORMA REVOGADA, DESDE QUE A NOVA NORMA O FAÇA EXPRESSAMENTE E EM SUA TOTALIDADE.
______________________________________________________________________
Direito Adquirido
O direito adquirido – cláusula pétrea – aquele que se incorporou definitivamente ao patrimônio e à personalidade de seu titular – não prevalece sobre normas constitucionais e tem o efeito de retroagir normas administrativas, processuais, de estado, de capacidade e penalmente mais benéficas.
Ato Jurídico Perfeito – ato que tem aptidão de produzir efeito:
· Instantâneo – aquele que produz efeito no momento do seu nascimento.
· Deferido – aquele que produz efeito no momento único e concretiza-se posteriormente.
· De trato sucessivo ou de execução continuada- aquele que produz efeito periodicamente.
· Condicional – aquele que para produzir efeito de evento futuro e incerto.
· Termo – aquele que para produzir efeito depende de evento futuro e certo
Coisa Julgada – qualidade do efeito da decisão, no sentido de torná-la imutável; a coisa soberanamente julgada é aquela que não mais pode ser alterada por ação rescisória.
NORMA JURÍDICA
É um conjunto de regras imposto a todos, impondo limites à vida social, determinando direito e deveres à população. 
*Não confundir LEI JURÍDICA COM NORMA JURÍDICA*
LEI JURÍDICA/LEI NATURAL
· Lei Jurídica é criada pelos homens para reger sua vida em sociedade
· Lei Natural são regras meramente descritivas, não criadas pelo homem, existentes para descrever fatos naturais, ex: LEI DA GRAVIDADE.
AS LEIS JURÍDICAS PODEM DESCREVER CONDUTAS
· Proibitivas: Aquelas que as pessoas não podem praticar
· Obrigatórias: Regras de conduta que as pessoas devem praticar. Ex: pagar impostos
· Permissivas: Prescrevem condutas, as quais podem ou não ser praticadas pelas pessoas. EX: Casamento
AS LEIS JURÍDICAS QUANDO DESCUMPRIDAS, NORMALMENTE GERAM UMA SANÇÃO
· SANÇÃO: Penas aplicadas por desconformidade com as Normas Jurídicas
VIGÊNCIA
· Via de regra, as leis entram em vigor após 45 dias de sua aplicação.
· Para que uma lei nasça, é necessário passar pelo devido processo legislativo, composto por iniciativa, deliberação e votação, sanção ou veto, promulgação e, por fim, publicação.
HERMENÊUTICA JURÍDICA
A hermenêutica jurídica é a interpretação da norma jurídica por meio dos princípios (valores tutelados pelo ordenamento jurídico) e regras (normas positivadas no ordenamento jurídico). A exegese é a aplicação dos princípios e regras de hermenêutica.
ESPÉCIES DE INTERPRETAÇÃO 
· Gramatical – busca o significado literal da norma
· Lógica – busca o significado da norma no sistema
· Histórica – busca o significado da norma pelo legislador
· Teleológica – busca o significado da norma adaptando-a ao contexto social.
SISTEMAS DE INTERPRETAÇÃO
· Livre pesquisa – busca o bem comum
· Dogmático - busca o significado da lei
· Histórico-evolutivo – busca o sistema jurídico.
PASSOS DE INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO
· Aplicação das espécies de interpretação
· Aplicação da analogia, costumes, doutrina, jurisprudência e princípios gerais de direito.
RESULTADO DA INTERPRETAÇÃO
· Declarativo – a lei disse exatamente o que pretendia em seu texto.
· Restritivo – a lei disse mais do que pretendia em seu texto.
· Extensivo – a lei disse menos do que pretendia em seu texto
CONCLUSÃO
· A Lei de introdução ao Código Civil, como Lex Legum, é aplicável a todo ordenamento jurídico pátrio.
· As fontes do Direito são a Lei, a analogia, o costume, a jurisprudência, a doutrina, os princípios gerais de direito e os brocardos jurídicos.
· A aplicação das leis no tempo tem como princípios a obrigatoriedade, a continuidade e a irretroatividade e deve observar o critérios da vacatio legis. A revogação pode ser expressa, tácita, parcial e total, sendo que a não repristinaçãoé a regra, salvo quando for expressa. No caso de conflito no tempo, deve-se observar o direito adquirido.
· As leis podem ser interpretadas pelas espécies gramatical, lógica, histórica e teleológica, tem como sistemas a livre pesquisa, o dogmático e o histórico, e o resultado pode ser declarativo, restritivo e extensivo. 
· O princípio que rege o Direito Público é o da LEGALIDADE ESTRITA segundo o qual SÓ SE PODE FAZER O QUE EXPRESSAMENTE AUTORIZADO POR LEI enquanto o que orienta o Direito Privado é o da AUTONOMIA DA VONTADE, que estabelece que PODE-SE FAZER TUDO QUE NÃO É PROIBIDO EM LEI. 
· A validade formal do direito (vigência da lei) tem por requisitos A ELABORAÇÃO E A APROVAÇÃO DA LEI POR ÓRGÃO COMPETENTE E NA FORMA PRESCRITA NO ORDENAMENTO JURÍDICO.
· O NOSSO SISTEMA ADOTA MAJORITARIAMENTE O “DIREITO POSITIVO”.
TEORIA DA NORMA
REGRAS, NORMAS E LEIS
1. REGRAS: Regras são condutas prescritas de ordem social, moral ou religiosa e o seu descumprimento gera desconforto de ordem íntima ou comportamental.
2. LEIS: Leis é a forma pela qual o ordenamento transmite suas normas. É portanto, um mandamento escrito que transmite e indica ao homem determinada conduta ou imposição.
3. NORMAS: Norma são regras decorrentes de uma imposição e o seu descumprimento gera uma sanção imposta pelo Estado. Esta sanção pode ser civil, penal ou administrativa.
CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS:
1. Bilateralidade - é a reciprocidade de direitos.
2. Generalidade – a norma obriga da mesma forma todos que se acham em igual situação jurídica. (Todos são iguais perante a lei).
3. Abstratividade – a norma visa atingir o maior número possível de situações.
4. Imperatividade – é a imposição de um comportamento. 
5. Coercitibilidade – é a possibilidade de uso da coação.
5.1. Coação é o meio pelo qual se perfaz a norma na hipótese de transgressão. 
Pode ser:
5.2. Psicológica: intimidação através de penalidades previstas para o caso de violação da norma jurídica;
5.3. Material: é a força propriamente dita, que é acionada quando o destinatário da norma jurídica não a cumpre espontaneamente.
SANÇÃO E AUTOTUTELA
Sanção: punição x aprovação
O sentido da sanção é neutralizar, desfazer ou reparar um mal causado por ato ilícito.
A sanção só pode ser aplicada de acordo com a lei.
É a consequência jurídica danosa, prevista na própria norma, aplicável no caso de sua inobservância, não desejada por quem a transgride, sendo-lhe aplicável pelo poder público.
QUANTO A SANÇÃO
Perfeitas - quando a sanção para o descumprimento da norma é a nulidade do ato, ou seja, age como se o ato nunca tivesse existido.
Mais que perfeitas – normas cuja violação dá margem a duas sanções: a nulidade do ato praticado, com possibilidade de restabelecimento do ato anterior, e também uma pena ao transgressor. 
Menos que perfeitas – Normas trazem sanção incompleta ou inadequada. O ato vale, mas com sanção parcial, como ocorre quando uma viúva contrai novo matrimônio, tendo prole do casamento anterior, não fazendo inventário do conjugue falecido. O novo matrimonio será válido, mas perderá a mulher o usufutro
Imperfeitas – Normas que presdcrevem 
 
DEFINIÇÃO DA LEI
Lei é uma regra geral de direito, abstrata e permanente, dotada de sanção, expressa pela vontade de uma autoridade competente, de cunho obrigatório e de forma escrita.
CLASSIFICAÇÃO DAS LEIS CF (Constituição Federal)
ECF (Emenda à Constituição federal
TIDH ( Tratados internacionais sobre direito humanos)
LC (Lei complementar)
LO (Lei Ordinária)
TI (Tratado internacional)
MP (Medida provisória)
LD (Lei delegada)
DL (Decreto Legislativo)
R D P (Resolução, Decreto, Portaria)
1. Quanto à origem:
1.1. Federais
1.2. Estaduais
1.3. Municipais
2. Quanto à duração:
2.1. Temporárias.
2.2. Permanentes.
3. Quanto ao alcance:
3.1. Gerais: Aquelas que atingem um número indeterminado de pessoas e uma gama de situações genéricas (exemplo: Código Civil).
3.2. Especiais: Aquelas que regulam matérias com critérios particulares, diversos das leis gerais (exemplo: Código Brasileiro de Aeronáutica).
3.3. Excepcionais: Regulam por modo contrário ao estabelecido na lei geral, fatos ou relações jurídicas que por sua natureza, estariam compreendidos nela (exemplo: atos institucionais).
3.4. Singulares: Destinadas a apenas uma pessoa.
4. Antinomia: ocorre quando a lei especial entra em conflito com a lei geral (normalmente a lei geral irá prevalecer).
5. Quanto à força da norma:
5.1. Cogente: se impõe por si mesma, ficando livre qualquer arbítrio individual.
5.2. Dispositiva: impõe-se supletivamente à vontade das partes. Assim, cabe aos interessados se utilizarem dela ou não.
6. Quanto ao tipo de sanção:
6.1. Leis mais-que-perfeitas: normas cujas sanções preveem nulidade do ato e pena ao transgressor.
6.2. Leis Perfeitas: aquelas cuja infringência importa em sanção de nulidade ou anulibilidade.
6.3. Leis menos-que-perfeitas: são aquelas que possuem sanção incompleta ou inadequada.
6.4. Leis imperfeitas: determinam uma conduta sem prever sanção.
7. Quanto à plenitude de seu sentido:
7.1. Autônomas
7.2. Não autônomas: normas que não possuem sentido completo e, para obter sua perfeita compreensão necessitam de outras normas. Ex. o art. 6º do CC dispõe que “a existência de pessoa natural termina com a morte, presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão.
REVOGAÇÃO DE UMA LEI
A revogação é o fenômeno pelo qual uma lei perde a sua vigência. Uma lei perde sua vigência em algumas situações específicas, quais sejam: revogação por outra lei, desuso e decurso de tempo. 
Revogar uma lei é um efeito produzido por uma nova lei. Como dissemos, durante o período de vacância, a lei ainda não possui vigência. Se não é vigente, não pode produzir efeitos, entre os quais, revogar a lei antiga. Então, durante o período de vacância, a lei antiga ainda é válida e vigente; a lei nova, já é válida, mas não é vigente. Caso julgue um conflito nesse momento, o juiz deve aplicar a lei antiga, pois ainda pode produzir efeitos.
Quando for revogada por outra lei: nesse caso a nova lei terá algumas opções, podendo revogar a totalidade do conteúdo da lei anterior, (resultando a ab-rogação) ou revogar tão somente alguma parte determinada (verificando a derrogação).
Poderá a nova lei, também, ser expressa quanto à revogação, dizendo claramente qual lei ou parte dela que perderá seus efeitos, ou tácita, quando a lei nova não diz expressamente o que veio revogar, mas se mostra incompatível com a norma existente (lei posterior revoga a anterior), ou a lei nova regulamenta a totalidade do assunto abordado em uma anterior (lei especial prevalece sobre lei geral).
Quando ocorre o desuso: é verificado quando a lei não é aplicada da forma prevista, ou seja, a autoridade a quem incumbia garantir a observância da lei não a aplica. Pode o desuso se dar também de forma espontânea, quando as pessoas deixam, aos poucos, de observar a norma em suas relações sociais.
As características do desuso são: a falta de observância da lei por um considerável período de tempo, e que essa inobservância ocorra em todos os âmbitos de atuação da lei, expressando assim seu caráter genérico. 
Vale dizer que o Direito Brasileiro veda a repristinação, ou seja, proíbe que uma lei que perdeu a sua vigência em virtude de outra, retorne a produzir seus efeitos se a lei que a havia revogado, por qualquer motivo, perder a sua vigência. Em outras palavras, uma vez revogada, uma lei não mais poderá recuperar a sua vigência.
· Repristinação: revalidação ou volta ao uso ou ao vigor de uma lei, de um costume ou uso.
ESPÉCIES DE REVOGAÇÃO
1. Quanto à sua extensão:
1.1. Derrogação: é a revogação parcial de uma lei, ou seja, somente uma parte da lei é revogada e o restante continua em vigor.
1.2. Ab-rogação: é a revogação total de uma lei, ou seja, toda a lei é suprimida. Logo, todos os dispositivos daquela lei não serão mais usados e nem válidos.
2. Quanto à forma de execução:
2.1. Expressa: ocorre quando a nova lei declara que a antiga leiserá total ou parcialmente extinta (art. 2º, § 1º, primeira parte).
2.2. Tácita: ocorre quando a nova lei não contém declaração no sentido de revogar a lei antiga, mas isto ocorre porque a nova legislação se mostra incompatível com a antiga ou regula por inteiro a matéria de que tratava a lei anterior (art. 2º, § 1º, última parte).
Art. 2º, § 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Assim, quando a lei diz “a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare (..)”, estamos diante de uma revogação expressa. 
E quando diz: “(...) quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. ”, é o caso de revogação tácita.
Antinomia – o conflito aparente de normas e seus critérios de resolução
Antinomia é a presença de duas normas conflitantes, válidas e emanadas de autoridade competente, sem que possa dizer qual delas merecerá aplicação em determinado caso concreto (lacunas de colisão).
1. Critério cronológico: norma posterior prevalece sobre a norma anterior;
2. Critério da especialidade: norma especial prevalece sobre norma geral;
3. Critério hierárquico: norma superior prevalece sobre norma inferior;
Classificação das antinomias, quanto aos critérios que envolvem, conforme esquema a seguir:
1. Antinomia de 1º grau: conflito de normas que envolve apenas um dos critérios acima expostos.
2. Antinomia de 2º grau: choque de normas válidas que envolve dois dos critérios antes analisados.
Ademais, havendo a possibilidade ou não de solução, conforme os meta-critérios de solução de conflito, é pertinente a seguinte visualização:
1. Antinomia aparente: situação em que há meta-critério para solução de conflito.
2. Antinomia real: situação em que não há meta-critério para solução de conflito, pelo menos inicial, dentro dos que foram anteriormente expostos.
· No caso de conflito entre norma posterior e norma anterior, valerá a primeira, pelo critério cronológico (art. 2º da LICC), caso de antinomia de primeiro grau aparente.
· Norma especial deverá prevalecer sobre norma geral, emergencial que é o critério da especialidade, outra situação de antinomia de primeiro grau aparente.
· Havendo conflito entre norma superior e norma inferior, prevalecerá a primeira, pelo critério hierárquico, também situação de antinomia de primeiro grau aparente.
· Em um primeiro caso de antinomia de segundo grau aparente, quando se tem um conflito de uma norma especial anterior e outra geral posterior, prevalecerá o critério da especialidade, valendo a primeira norma.
· Havendo conflito entre norma superior anterior e outra inferior posterior, prevalece também a primeira (critério hierárquico), outro caso de antinomia de segundo grau aparente.
· Quando se tem conflito entre uma norma geral superior e outra norma, especial e inferior, um caso de antinomia real.
Cumpre destacar, que nos casos de coexistirem normas contraditórias, aplicamos o critério cronológico. Logo, prevalece a norma mais recente (lex posterior derogat legi priori).
Então, nos casos em que a lei nova que tenha caráter amplo e geral, passar a normatizar por completo determinada matéria regulada em lei que já exista, a lei revogadora (nova lei), irá substituir por inteiro a lei antiga. 
De acordo com o critério hierárquico (lex superior derogat legi inferiori), entre normas jurídicas inconciliáveis deve ser aplicada a de estatura superior. 
Por fim, segundo o critério da especialidade (lex specialis derogat legi generali), a norma especial revoga a geral quando disciplinar, de forma diversa, o mesmo assunto. 
Atenção! Muito cuidado com o que aduz o art. 2º, § 2 da LINDB. Vejamos:
Art. 2º, § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
Assim, em que pese uma lei nova regrar disposições gerais ou até mesmo especiais a respeito de uma lei que já exista esta nova lei não irá revogar a lei velha. A lei antiga somente será revogada se houver incompatibilidade para com a nova.
Vigência
· Validade formal da norma.
Efetividade
· Observância da lei pelos seus destinatários.
Eficácia
· É a produção dos efeitos das normas no mundo externo.

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