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Relatório sobre I Seminário Pernambucano de execução penal

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
RELATÓRIO SOBRE O 1º SEMINÁRIO PERNAMBUCANO DE EXECUÇÃO PENAL
ALUNA: RAISSA LUIZA DE FRANÇA
RECIFE
2015
ALUNA: RAISSA LUIZA DE FRANÇA
RELATÓRIO SOBRE O 1º SEMINÁRIO PERNAMBUCANO DE EXECUÇÃO PENAL
Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia da Pesquisa Jurídica, como exigência para nota do 1º GQ
RECIFE
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 RELATÓRIO 5
 2.1 Descrição do local 5
 2.2 Principais aspectos 5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 8
1 INTRODUÇÃO
O tema execução penal é abordado nesse seminário a partir das perspectivas jurídicas e sociológicas, por palestrantes que exercem atividades no âmbito da execução penal, ou seja, a partir do momento que o juiz condena o réu e determina a pena a ser aplicada. Por muito tempo o tema foi negligenciado até que se percebeu o caos instaurado no nosso sistema prisional e anorexia da sociedade sobre as causas e consequências. O seminário abordou desde as causas do problema, suas consequências, o que tem sido feito para a resolução e as possíveis soluções do problema. O Seminário contou com nove mesas temáticas, debateram questões como rumos e avanços do Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária, novos desafios da execução da pena no Brasil, Lei Maria da Penha e expansão punitiva, alternativas ao cárcere e justiça restaurativa e garantias constitucionais na execução penal. Tivemos a contribuição de juízes, promotores, defensores, advogados e professores da área.
2 RELATÓRIO 
 2.1 Descrições do local
 Realizado no auditório G2 do bloco g da Universidade Católica de Pernambuco.
 2.2 Principais aspectos 
 Luiz Antônio Bressane que é Defensor Público em Brasília colocou que eu o tema execução penal é negligenciado academicamente quando não há disciplinas específicas para ao assunto e também pelo Estado, quando o tema é visto como o “patinho feio” das ciências jurídicas.
 Segundo ele nosso sistema prisional encontra-se defasado no que tange a estrutura, com presídios superlotados, agentes penitenciários despreparados e o principal problema: pessoas em situação sub-humanas. 
 Citou a existência um populismo penal na sociedade em que o problema carcerário é sempre tratado como um problema de outrem, o olhar das pessoas é sempre superficial, apenas requerendo que o delinquente seja enclausurado sob pena máxima e regime fechado do começo ao fim. Ou seja, as pessoas colocam como solução do problema da criminalidade o encarceramento. Como podemos verificar com as recentes propostas e emendas à constituição, uma pedindo redução da maioridade penal e a outra pedindo o aumento do limite da pena.
 Segundo dados estatísticos recentes do InfoPen (Sistema de Informações Penitenciárias), o Brasil é o 4º país que mais encarcera no mundo e enquanto os números dos países que estão acima no ranking diminuem, do Brasil não para de crescer. Com aproximadamente 607 mil presos hoje, a maioria não tem condenação penal, ou seja, prisões cautelares sem sentença transitada em julgado.
 O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciárias, composto por 18 pessoas, entre elas médicos, psicólogos e advogados, representados em todo país, buscam políticas que garantem direitos aos presos.
 O Conselho, hoje, procura evitar que o aumento no número da população carcerária continue crescendo, tentando mudar a visão da sociedade sobre o tema e buscando um Estado eficiente não só na função de prender, mas também eficiente garantidor de dignidade daqueles que estão sob sua tutela.
 Adeildo Nunes, que é professor na UNICAP, falou de questões controvertidas na Lei de Execuções Penais. Primeiro nos tipos de execução, pois a prisão cautelar deveria ser aplicada excepcionalmente, porém tem sido observado que na prática a prisão provisória é posta como regra e muitas vezes o réu é condenado por um crime de menor potencial ofensivo, onde nem cabia pena privativa de liberdade.
 Essa política vai de encontro com o que diz o Conselho de Justiça, que visa a redução da população carcerária.
 O professor ainda falou do problema da morosidade jurídica, numa realidade que desde o cometimento do fato delituoso até a apreciação do caso pelo juiz, decorre meses e até anos e muitas vezes a pena decretada não é nem privativa de liberdade. E o réu durante esse lapso temporal esteve em condições sub humanas.
 Outra questão controversa colocada foi a do trabalho externo do preso, pois nem sempre esse direito é garantido e também em relação a fiscalização desse trabalho que é ineficiente.
 Ainda foi posto, o contingenciamento dos Estados ao fundo penitenciário, e o processo de acesso ao fundo que é muito burocrático.
 O Promotor de execução penal Marcellus Aggiete falou de um novo desafio posto a contemporaneidade da execução da pena do Brasil é de que ao acusado deve ser destinado apenas a pena a que lje foi aplicada, todo o constrangimento a mais que vier, deverá ser declarada inconstitucional.
 Outro desafio é em relação a agilidade do processo penal, sob realização de audiências de custódia, que consiste na garantia da imediata apresentação do preso a um juiz nos casos de prisão em flagrante, e o acusado é apresentado e entrevistado pelo juiz, em que se manifestam também o Ministério Público, a Defensoria Pública ou o advogado do réu.
 A professora Karina Vasconcelos apresentou a proposta do Centro de Mediação Humanista, que propões a reinserção singular atrelada à libertação do sofrimento do cárcere e a saída do ciclo de retorno desse ambiente, buscando mediação de conflitos resultados ou não do oferecimento da denúncia.
 O Defensor Público Rodrigo Durque Estrada Roig trouxe temas atuais da execução penal, como as condições detentivas que violam os direitos dos presos e não podem ser justificadas por ausência de recursos, e o Supremo Tribunal Federal determinou que as unidades federativas têm competência para tratar da questão de infra estrutura das unidades prisionais.
 O Rodrigo também colocou em pauta a questão de o Estado ser o garantidor dos direitos dos presos, pois estes se encontram sob sua tutela. Também falou da morosidade nos processos de execução penal no que tange a benefícios do preso: progressão de regime, livramento condicional, remissão da pena por estudo ou trabalho.
 Ele falou ainda de uma resolução que está em tramitação que busca a possibilidade de indenizações aos presos que se encontrem em situações de violação de direitos, ou ainda a remissão da pena em um dia por cada três dias de cárcere em condições degradantes. 
 Yuri Herculano, professor de Direito Peal e Processual Penal, remeteu a questão das faltas disciplinares na disciplina prisional, que repercutem na execução da pena. E muitas vezes a apuração dessas faltas não cumpre o procedimento administravivo e judicial, repercutindo negativamente para o preso, ou seja, absolutamente inconstitucional e de encontro com os direitos do preso.
 Marília Montenegro pôs a Lei Maria da Penha como contribuidora para o aumento no número da população carcerária. Pois a maioria dos acusados enquadrados nessa lei, é por crime de menor potencial ofensivo. E buscam-se formas alternativas de resolução do conflito, que não o cárcere, uma vez que esse se mostra danoso ao indivíduo réu primário.
 E por fim Renato Marcão que é promotor em São Paulotrouxe as garantias constitucionais na execução da pena: o acesso à saúde, a ampla defesa, o contraditório, o devido processo legal, o exame criminológico. Porém o nosso sistema de execução penal não vêm garantido esses direitos básicos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 É difícil falar sobre direitos de delinquentes numa sociedade onde sem tem permeado o discurso do ódio e torna-se quase impossível se colocar no lugar do outro. Muito se critica Lombroso mas ainda hoje se tipifica o delinquente, e o coloca sempre a margem. Pensa-se que a resolução do conflito é exclusivamente o encarceramento, mas não é isso que constatamos na prática, na maioria dos casos o encarceramento piora o indivíduo, ou seja, estamos indo de encontro com a finalidade da pena que é ressocializar. 
 Se procurássemos mudar o nosso modo de ver as ações do outro, não a partir da visão individualista que temos do mundo, mas a visão do outro, seria o princípio de permear a política do perdão. De aceitar que o delinquir pode vir de qualquer um de nós, mas o direito de ser perdoado tem que ser básico. Assim teríamos o início de um processo de melhora, para um sistema que cumpra com sua finalidade.

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