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1 Pesquisa Acadêmica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5. METODOLOGIA DA PESQUISA 
5.1. Metodologia 
De acordo com Lakatos e Marconi (2015), especificar a metodologia da pesquisa 
abrange o maior número de itens e responde de uma só vez a questões: como? com quê? 
onde? quanto? e verifica os seguintes componente: 
 
5.2 Método de abordagem 
Há atualmente uma distinção entre método e métodos feita pela maioria dos 
especialistas. Segundo eles, existem níveis distintos em relação à inspiração filosófica, ao 
grau de abstração, a sua finalidade mais ou menos explicativa, a sua ação nas etapas mais 
ou menos concretas da investigação e ao momento em que se situam. Severino (2007, 
p.162) entende os métodos como sendo “[...] os procedimentos mais amplos de raciocínio, 
enquanto técnicas são os procedimentos mais restritos que operacionalizam os métodos, 
mediante o emprego de instrumentos adequados.” 
 
Assim, o método se caracteriza por uma abordagem mais ampla, com uma abstração 
mais elevada, ou seja, indica uma busca por compreensão teórica profunda e uma tentativa 
de contribuir para o conhecimento científico em um sentido mais amplo. Trata dos 
fenômenos da natureza e da sociedade. É denominado método de abordagem, que engloba 
o indutivo, o dedutivo, o hipotético-dedutivo e o dialético. 
 
5.2.1. Método indutivo 
O método indutivo é uma abordagem de pesquisa associada ao empirismo, que 
fundamenta o conhecimento na experiência sensorial e observação. Ao contrário do método 
dedutivo, que parte de princípios gerais para chegar a conclusões específicas, o método 
indutivo opera de maneira inversa, partindo de observações particulares para derivar 
conclusões gerais. 
No método indutivo, a generalização surge da análise e observação de casos 
específicos na realidade concreta. Por meio da coleta e interpretação de dados empíricos, 
os pesquisadores identificam padrões recorrentes e, a partir dessas constatações 
particulares, formulam generalizações ou teorias mais abrangentes. 
 
 
 
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Um exemplo clássico desse método é o trabalho de Isaac Newton. Ao observar a 
queda de uma maçã e, posteriormente, diversas outras situações envolvendo a gravidade, 
Newton generalizou suas observações para formular a Lei da Gravitação Universal. Suas 
observações particulares levaram a uma conclusão geral que descreve o comportamento 
de corpos celestes em todo o universo. 
 
Assim, o método indutivo, ao se basear em evidências empíricas e derivar 
generalizações a partir de observações particulares, desempenha um papel relevante na 
construção do conhecimento científico, permitindo a formulação de teorias fundamentadas 
na realidade concreta. 
 
Em resumo, pode ser considerado como um método empirista, o qual entende o 
conhecimento como baseado na experiência. A generalização deriva de observações de 
casos da realidade concreta e são elaboradas a partir de constatações particulares. 
 
Pedro é mortal; João é mortal; José é mortal; Carlos é mortal. 
Ora, Pedro, João, José e Carlos são homens. 
Logo, (todos) os homens são mortais. 
Método dedutivo 
 
5.2.2. Método dedutivo 
O método dedutivo é uma abordagem de pesquisa que, assim como o método 
indutivo, baseia-se no racionalismo, considerando a razão como a principal via para 
alcançar o conhecimento verdadeiro. No método dedutivo, a pesquisa utiliza uma cadeia 
de raciocínio descendente, partindo da análise geral para a particular, até chegar a uma 
conclusão específica. A ferramenta-chave nesse processo é o silogismo, um tipo de 
argumento lógico em que, a partir de duas premissas, é possível retirar uma terceira 
conclusão logicamente decorrente. 
 
Um exemplo clássico de aplicação do método dedutivo é encontrado na lógica 
aristotélica. Considere o seguinte silogismo: "Todos os homens são mortais (premissa 1), 
Sócrates é um homem (premissa 2), Portanto, Sócrates é mortal (conclusão)". Nesse caso, 
a conclusão é derivada logicamente das duas premissas estabelecidas. O raciocínio parte 
 
 
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de uma afirmação geral sobre a mortalidade de todos os homens para uma aplicação 
específica a Sócrates. 
 
Outro exemplo pode ser encontrado na matemática. Se estabelecermos a premissa 
geral de que "A soma de dois números pares é sempre um número par (premissa 1)" e a 
premissa particular "4 e 6 são números pares (premissa 2)", podemos deduzir logicamente 
que "A soma de 4 e 6 é 10 (conclusão)". Neste caso, a conclusão é uma aplicação 
específica das premissas estabelecidas. 
 
Em resumo, o método dedutivo racionalista destaca-se por utilizar a razão como 
principal instrumento, empregando um processo de raciocínio descendente que parte de 
princípios gerais para chegar a conclusões particulares. O silogismo é uma ferramenta 
eficaz neste método, proporcionando uma estrutura lógica para a dedução de verdades 
específicas a partir de premissas gerais. 
 
5.2.3. Método hipotético-dedutivo 
O método hipotético-dedutivo é uma das abordagens usadas na pesquisa científica, 
particularmente quando o conhecimento existente é insuficiente para explicar um fenômeno 
observado. Esse método segue uma sequência lógica: quando um pesquisador identifica 
um problema decorrente de lacunas no conhecimento, ele formula hipóteses como 
tentativas de explicação para o fenômeno em questão. A partir dessas hipóteses, são 
deduzidas consequências específicas que podem ser testadas ou falsificadas através de 
evidências empíricas. 
 
Um exemplo prático desse método pode ser encontrado na física. Suponhamos que 
um pesquisador observe um padrão incomum no comportamento de partículas subatômicas 
em um experimento. A falta de uma explicação convincente para esse padrão configura um 
problema. Para abordar essa questão, o pesquisador formula hipóteses sobre a natureza 
desse comportamento. A partir dessas hipóteses, ele deduz consequências observáveis 
que podem ser testadas experimentalmente. Se os resultados experimentais confirmam as 
previsões das hipóteses, isso fornece suporte à explicação proposta. No entanto, se as 
observações contradizem as previsões, as hipóteses são falseadas, indicando que a 
explicação inicial não é válida. 
 
 
 
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É importante destacar que, enquanto o método dedutivo procura confirmar a 
hipótese, o método hipotético-dedutivo procura evidências empíricas para derrubá-las. 
Esse aspecto de buscar ativamente evidências contrárias contribui para a robustez e 
confiabilidade das conclusões científicas, uma vez que as hipóteses sobrevivem a testes 
rigorosos. 
 
Em síntese, o método hipotético-dedutivo desempenha um papel fundamental na 
ciência, permitindo que os pesquisadores abordem problemas complexos, formulando 
hipóteses, deduzindo consequências observáveis e testando essas previsões em busca de 
evidências empíricas. Essa abordagem contribui para o avanço do conhecimento científico 
ao fornecer explicações cada vez mais precisas e fundamentadas sobre os fenômenos 
naturais. 
 
5.2.4. Método dialético 
O método dialético é uma abordagem essencial na pesquisa qualitativa, baseando-
se na premissa de que os fatos não podem ser adequadamente compreendidos 
isoladamente, mas devem ser considerados dentro de um contexto social mais amplo. Este 
método é fundamentado na filosofia dialética, que destaca a interconexão e a 
interdependência de elementos em constante mudança. 
 
Ao empregar o método dialético em pesquisa, os pesquisadores buscam identificar 
e analisar as contradições existentes em um determinado contexto social. Essas 
contradições não são vistas como obstáculos, mas como motores para o desenvolvimento 
e transformação. A dialética pressupõe que as contradições se transcendem, dandoorigem 
a novas contradições que, por sua vez, demandam soluções. 
 
Um exemplo prático pode ser encontrado na pesquisa sociológica sobre 
desigualdade de gênero. Ao adotar o método dialético, os pesquisadores não apenas 
examinariam as manifestações óbvias de desigualdade, mas também explorariam as 
contradições subjacentes que contribuem para a manutenção desse fenômeno. Poderiam 
investigar como as normas de gênero, as expectativas sociais e as estruturas institucionais 
se interconectam para perpetuar ou desafiar a desigualdade de gênero. 
 
 
 
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A abordagem dialética também reconhece a dinâmica evolutiva das contradições. 
Por exemplo, ao estudar movimentos sociais, os pesquisadores podem analisar como as 
contradições entre diferentes grupos sociais geram protestos e resistência, resultando em 
mudanças na estrutura social. No entanto, essas mudanças podem, por sua vez, criar 
novas contradições que exigem novas formas de resolução. 
 
De maneira geral, o método dialético na pesquisa qualitativa oferece uma lente 
conceitual rica para entender a complexidade e a interdependência dos fenômenos sociais. 
Ao destacar as contradições e suas transformações, os pesquisadores podem oferecer 
insights mais profundos sobre os processos sociais em evolução, contribuindo para uma 
compreensão mais holística e contextualizada dos temas investigados. 
 
5.2.5. Método dialético 
O método fenomenológico, utilizado em pesquisas qualitativas, oferece uma 
abordagem única ao estudo da experiência humana. Diferentemente dos métodos dedutivo 
e indutivo, o fenomenológico concentra-se na descrição direta e na compreensão das 
experiências conforme vivenciadas pelos participantes, sem presumir teorias preexistentes. 
 
Na pesquisa fenomenológica, a premissa central é que a realidade é construída 
socialmente e compreendida através das interpretações individuais. Em vez de buscar 
generalizações amplas, os pesquisadores fenomenológicos se dedicam a capturar a 
essência das experiências vividas pelos participantes. Isso implica uma análise 
aprofundada das percepções, significados e sentimentos associados a uma determinada 
experiência. 
 
Por exemplo, ao estudar a experiência de pacientes que vivenciaram um 
determinado tratamento médico, os pesquisadores fenomenológicos se concentrariam nas 
narrativas detalhadas dos participantes. Em vez de buscar correlações estatísticas ou 
generalizações para uma população mais ampla, eles se envolveriam em uma análise 
minuciosa das nuances das experiências individuais, explorando as diferentes maneiras 
como os participantes interpretam e atribuem significado a essas experiências. 
 
Outro princípio da fenomenologia é a ideia de que a realidade não é única, mas sim 
moldada pelas interpretações individuais. Isso significa que diferentes pessoas podem 
 
 
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vivenciar a mesma situação de maneiras distintas, e todas essas interpretações são 
consideradas válidas. Nesse contexto, os pesquisadores fenomenológicos buscam 
capturar a diversidade de perspectivas e compreender como as interpretações individuais 
contribuem para a construção da realidade. 
 
Ao adotar o método fenomenológico, os pesquisadores podem explorar uma ampla 
gama de fenômenos, desde experiências cotidianas até eventos mais complexos. A ênfase 
na descrição detalhada e na compreensão das nuances da experiência humana torna esse 
método particularmente útil em disciplinas como psicologia, sociologia e saúde, onde a 
compreensão das experiências subjetivas é fundamental. 
 
Em resumo, a fenomenologia oferece uma abordagem valiosa para explorar a 
riqueza e a complexidade das experiências humanas. Ao enfocar a descrição direta e a 
interpretação das experiências vividas, os pesquisadores fenomenológicos contribuem para 
uma compreensão mais profunda e contextualizada da realidade construída socialmente. 
 
5.3. Métodos de procedimento 
Normalmente eles indicam os meios técnicos da investigação. São métodos 
específicos das Ciências Sociais, que visam oferecer ao pesquisador meios técnicos para 
garantir a precisão e a objetividade no estudo dos fatos sociais. É comum o uso de dois ou 
mais métodos combinados, isso porque isoladamente os métodos utilizados não são 
suficientes para orientar todos os procedimentos operados durante a investigação 
(Henriques; Medeiros, 2017). 
 
Os principais métodos de procedimentos nas ciências são: método histórico, método 
comparativo, método monográfico ou estudo de caso, método estatístico, método 
tipológico, método funcionalista, método estruturalista e método etnográfico. Geralmente, 
em uma pesquisa, além do método estatístico, utiliza-se outro ou outros, que devem ser 
assinalados no corpo do trabalho. Estes métodos visam oferecer orientação para a 
realização da pesquisa social, principalmente no que tange à obtenção, processamento e 
validação dos dados pertinentes à problemática que está sendo investigada. Vejamos mais 
detidamente cada um deles: 
 
 
 
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 Método histórico: Consiste em investigar os acontecimentos, processos e 
instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje, 
partindo do princípio de que as atuais formas de vida social, às instituições e os 
costumes têm origem no passado, é importante pesquisar suas raízes para 
compreender sua natureza e função. 
 
 Método comparativo: visa estabelecer paralelos entre dois ou mais objetos de 
estudo, para analisar semelhanças e diferenças. É um método para comprovar 
ou refutar teorias e hipóteses que se baseia em comparações. No processo de 
comparação, identificar as semelhanças permite organizar e relacionar o novo 
conceito com o conhecimento que já existe. 
 
 Método monográfico ou estudo de caso: Partindo do princípio de que qualquer 
caso que se estude em profundidade pode ser considerado representativo de 
muitos outros, este método consiste no estudo de determinados indivíduos, 
profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de 
obter generalizações. 
 
 Método estatístico: Envolve a aplicação de técnicas estatísticas para analisar 
dados e extrair conclusões significativas. Ele proporciona uma estrutura para 
resumir, interpretar e generalizar informações a partir de amostras 
representativas, contribuindo para a validade e objetividade dos resultados 
obtidos na pesquisa. A utilização do método estatístico é comum em diversas 
disciplinas, fornecendo ferramentas para a inferência e tomada de decisões 
baseadas em evidências numéricas. 
 
 Método tipológico: é uma abordagem que classifica e organiza elementos com 
base em características comuns, visando identificar padrões e diferenças. Busca 
criar categorias ou tipos que representem grupos distintos dentro do conjunto 
estudado, facilitando a compreensão e a análise de fenômenos complexos. Esse 
método é útil para categorizar e comparar elementos, proporcionando ideias 
sobre suas características essenciais e variações. Envolve a classificação de 
elementos com base em características compartilhadas para identificar padrões 
ou tipos. Por exemplo, ao estudar espécies de plantas, um pesquisador pode 
https://blog.mettzer.com/objeto-de-estudo/
https://blog.mettzer.com/objeto-de-estudo/
https://blog.mettzer.com/metodo-cientifico/
https://blog.mettzer.com/hipotese-tcc/
 
 
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usar o método tipológico para categorizar diferentes tipos de acordo com 
características morfológicas, como folhas, flores e frutos, facilitando a 
compreensão da diversidade botânica. 
 
 Método funcionalista: É considerado mais um método de interpretação do que 
de investigação e consiste em seraquele que analisa vários elementos que 
constituem uma sociedade como integrantes de um mesmo corpo vivo. Entende 
que para o entendimento sobre uma sociedade, é preciso analisar o conjunto de 
estruturas e mecanismos que a constituem de modo preciso e profundo. 
 
 Método estruturalista: O método estruturalista em pesquisa focaliza o objeto 
como uma totalidade que pode ser descrita com base nos elementos que a 
compõem e nas relações entre eles. Ao construir um método de análise formal, 
o estruturalismo visa proporcionar objetividade ao estudo do humano. Por 
exemplo, na linguística estruturalista, a análise da linguagem se concentra em 
elementos como fonemas e suas relações, buscando entender a estrutura 
subjacente que organiza as manifestações linguísticas. 
 
5.4. Técnicas 
As técnicas correspondem à parte prática de coleta de dados. Apresentam duas 
grandes divisões: documentação indireta, que abrange a pesquisa documental e a 
bibliográfica e documentação direta (Lakatos; Marconi, 2015). 
 
A observação direta intensiva aplica técnicas de: 
 
Observação: utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da 
realidade. Não é simplesmente ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos 
que se deseja estudar. Pode ser: sistemática, assistemática, participante, não-participante, 
individual, em equipe, na vida real ou em laboratório. 
 
Entrevista: é uma conversação efetuada face a face, de maneira metódica, 
proporcionando ao entrevistador, verbalmente, a informação necessária. Pode ser dos 
tipos: padronizada ou estruturada, despadronizada ou não-estruturada e painel. 
 
 
 
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Já a observação direta extensiva aplica técnicas de: 
 
 Questionário: constituído por uma série de perguntas que devem ser 
respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador. 
 Formulário: roteiro de perguntas anunciadas pelo entrevistador e preenchidas 
por ele com as respostas do pesquisado. 
 Medidas de opinião e de atitudes: instrumento de padronização por meio do 
qual se pode assegurar a equivalência de diferentes opiniões e atitudes, com a 
finalidade de compará-las. 
 Testes: instrumentos utilizados com a finalidade de obter dados que permitam 
medir o rendimento, a frequência, a capacidade ou a conduta de indivíduos, de 
forma quantitativa. 
 Sociometria: técnica quantitativa que procura explicar as relações pessoais 
entre indivíduos de um grupo. 
 Análise de conteúdo: permite a descrição sistemática, objetiva e quantitativa 
do conteúdo da comunicação. 
 História de vida: tenta obter dados relativos à experiência íntima de alguém, 
que tenha significado importante para o conhecimento do objeto em estudo. 
 Pesquisa de mercado: é obtenção de informações sobre o mercado, de 
maneira organizada e sistemática, tendo em vista ajudar o processo decisivo das 
empresas, minimizando a margem de erros. 
 
Dentro do capítulo destinado ao método, o pesquisador deve descrever tanto a 
característica, quanto a forma de sua aplicação, indicando como pensa codificar e tabular 
os dados obtidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Esta semana tratamos sobre a metodologia da pesquisa, que aborda vários 
aspectos, começando pela especificação da metodologia. A diferenciação 
entre método e métodos é destacada, levando em consideração diferentes 
níveis de inspiração filosófica, grau de abstração, finalidade explicativa e ação 
nas etapas da investigação. Os métodos de abordagem incluem o indutivo, 
dedutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico. 
O método indutivo, associado ao empirismo, parte de observações 
particulares para derivar generalizações na realidade concreta. O método 
dedutivo, fundamentado no racionalismo, utiliza raciocínio descendente, 
partindo do geral para o específico, destacando o silogismo. O método 
hipotético-dedutivo é empregado quando o conhecimento é insuficiente, 
formulando hipóteses cujas consequências são testadas empiricamente. Este 
método contribui para a robustez das conclusões científicas. O método 
dialético, fundamental na pesquisa qualitativa, considera os fenômenos em 
um contexto social, identificando contradições que geram transformações. O 
método fenomenológico, aplicado em pesquisas qualitativas, enfoca a 
descrição direta da experiência humana, sem presumir teorias preexistentes. 
Ele reconhece a construção social da realidade e a multiplicidade de 
interpretações. Os métodos de procedimento, como histórico, comparativo, 
monográfico, estatístico, tipológico, funcionalista, estruturalista e etnográfico, 
são mencionados como meios técnicos na pesquisa social. A coleta de dados 
envolve técnicas como observação, entrevista, questionário, sociometria, 
entre outras, que são adaptadas conforme a necessidade do estudo. Foi 
destacada a importância de combinar métodos para garantir a precisão na 
pesquisa social, reconhecendo que métodos isolados podem não ser 
suficientes. O pesquisador é encorajado a descrever características e aplicação 
dos métodos, além de indicar como pretende codificar e tabular os dados 
obtidos. 
 
Espero vocês em nossas aulas pelo AVA. Contem comigo para tirar dúvidas. Estou 
sempre à disposição. 
 
Um abraço e até a próxima aula! 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Pesquisa Acadêmica 
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 CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2014. 
 
HENRIQUES, Antonio; MEDEIROS, João Bosco. Metodologia Científica na 
Pesquisa Jurídica. 9.ª ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina A.. Metodologia do trabalho 
científico: pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos 
científicos. 7. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
MARCELINO, Carla Andréia Alves da Silva. Metodologia de pesquisa [recurso 
eletrônico]. Curitiba: Contentus, 2020. 
 
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e 
atual. São Paulo: Cortez, 2007.

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