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www.topcoachconcursos.com.br 32 Assunto: Outras questões de semântica A frase que apresenta comprometimento da lógica pelo uso inadequado da palavra destacada é: a) Todos se alegravam por sua verborragia ser intermitente, pois ninguém suportaria tanto vigor se não houvesse pausas de alívio. b) Queria que os respingos de sua declaração fossem para bem longe de si, que se manifestara de modo infeliz, por isso desejava que a força centrípeta fosse, nesse caso, bastante vigorosa. c) Havia censura acerca de a equipe estar sempre voltada para problemas internos, mas diga-se a favor dela que os maiores desafios a serem enfrentados eram mesmo de natureza endógena. d) É lugar-comum a afirmação de que não se deve transigir com o nepotismo, mas a prática mostra que a frase se banalizou sem que se tenha levado a sério o princípio nela expresso. e) Sendo voz corrente que era habituado a procrastinar o mais insignificante compromisso que fosse, ninguém se esforçava para atendê-lo em suas demandas no prazo que estipulava. Gabarito: B Questão 57: VUNESP - CDJ (TJ SP)/TJ SP/2010 Assunto: Outras questões de semântica A questão refere-se ao texto que segue. A odontologia de mercado jamais perdeu a hegemonia no sistema de saúde brasileiro. Em linhas gerais, sua concepção de prática centrada na assistência odontológica ao indivíduo doente, realizada com exclusividade por um sujeito individual no restrito ambiente clínico-cirúrgico, não apenas predomina no setor privado, como segue exercendo poderosa influência sobre os serviços públicos. A essência da odontologia de mercado está na base biológica e individual sobre a qual constrói seu fazer clínico e em sua organicidade ao modo de produção capitalista, com a transformação dos cuidados de saúde em mercadorias, solapando a saúde como bem comum sem valor de troca, e impondo-lhes as deformações mercantilistas e éticas sobejamente conhecidas. Neste início do século XXI, a maioria dos serviços públicos odontológicos brasileiros reproduz, mecânica e acriticamente, os elementos nucleares do modelo de prática odontológica do setor privado de prestação de serviços. (NARVAI, P.C. "Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade". Com adaptações. Revista de Saúde Pública, v. 40, São Paulo, ago. 2006. Disponível em: www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf) Assinale a alternativa em que a frase contém informações em conformidade com o sentido do texto. a) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setor privado, apesar de não continuar exercendo poderosa influência sobre os serviços públicos. b) A concepção de prática da odontologia de mercado não predomina no setor privado, mas continua exercendo poderosa influência sobre os serviços públicos. c) A concepção de prática da odontologia de mercado não predomina no setor privado nem continua exercendo poderosa influência sobre os serviços públicos. d) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setor privado, porque continua exercendo poderosa influência sobre os serviços públicos. e) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setor privado e continua exercendo poderosa influência sobre os serviços públicos. Gabarito: E Questão 58: FCC - Ana MPU/MPU/Processual/2007 Assunto: Outras questões de semântica Atenção: A questão refere-se ao texto apresentado abaixo. As discussões sobre a liberdade assentam necessariamente e em princípio na negação de suas próprias bases possibilitadoras. Quero dizer que o único pressuposto histórico viável para que se possa instaurar a inteireza do entendimento da questão está na ausência de liberdade. Mas isso não no sentido preconizado por um Fichte que, sem estar totalmente desprovido de razão, jogava com a oposição entre o livre e o não-livre, no sentido de que a liberdade se faz a partir do elemento não-livre, da presença de um obstáculo sem o qual nem se poderia conceber o surgimento da liberdade. A tese de Fichte, entretanto, se move dentro do âmbito de uma teoria geral do exercício da liberdade, válida para todos os tempos e todos os lugares, enraizada na existência de um eu puro. Nosso ponto de partida é bem outro; claro que a educação para a liberdade deve pressupor a freqüentação de elementos não- livres vistos como o solo em que medra o desenvolvimento da liberdade. Mas entendemos que a tese nada tem a ver com um suposto eu puro, pois ela se mostra essencialmente e antes de tudo em seu caráter histórico: não existe algo como uma liberdade constitutiva da natureza humana considerada em si mesma. Para nós, longe disso, a liberdade revela-se histórica de ponta a ponta, e já no sentido de que o homem em suas origens nada ostenta que poderia insinuar a presença da liberdade. Um eu puro - mas o que poderia ser isso? Não existe esse eu à espera de sua eclosão a ser provocada por coisas que lhe seriam totalmente estranhas, determinadas por uma exterioridade cega. Portanto, já nesse ponto de partida histórico, parece evidente que as origens situam-se em três níveis principais: um, de ordem propriamente biológica, a confundir- se em suas primícias com os enredos da evolução das espécies; já o segundo aferra-se aos contextos sociais, e a liberdade passa a ser o objetivo de uma longa e laboriosa conquista. Certamente cabe asseverar http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf)