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1 TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E TRANSTORNOS DE HUMOR Parte I Conteudista Prof.ª Esp. Iris Teresa Lafuente Avila Revisão Profa. Dra. Ana Irene Fonseca Mendes 2 Ao longo das últimas décadas, diversos estudos desenvolvidos nos Estados Unidos apontam que por volta de 5% da população pode ser diagnosticada com transtorno depressivo maior. Ainda há dados recentes indicando que 10% da população experimenta uma crise melancólica profunda ou depressiva pelo menos uma vez na sua vida. Antes de iniciar a compreensão do Transtorno Depressivo, cabe uma revisão sintomática (compreendida pela TCC como respostas) do quadro depressivo segundo o CID-10 e o DSM-V (APA, 2013). De forma geral, a sintomatologia da depressão varia em intensidade e tempo de duração. Uma pessoa deprimida pode apresentar alguns (sendo necessário 5 deles para Transtorno Depressivo Maior) dos seguintes sintomas: Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p. ex., parece choroso). Sentimentos de desamparo e desesperança. Num panorama desolador, a pessoa pensa que nunca mais nada irá melhorar e que, independentemente dos seus esforços, não há nada que se possa fazer para melhorar sua situação. Perda de interesse nas atividades diárias. Falta de interesse nos passatempos anteriores, lazer, atividades sociais, ou sexo. A pessoa perde a capacidade de sentir alegria e prazer na vida. Alterações no apetite ou no peso. Significativa perda ou ganho de peso com uma alteração em mais de 5% do peso corporal em um mês. Alterações do sono ou insônia. Especialmente acordar nas primeiras horas da manhã, ou dormir demais (também conhecido como hiper-sonia). Irritabilidade ou inquietação. A pessoa sente-se agitada e inquieta. O seu nível de tolerância à frustração é baixo. Perda de energia. A pessoa sente-se cansada, lenta e fisicamente esgotada. Pode-se sentir todo o corpo pesado e até mesmo pequenas tarefas são difíceis de realizar ou leva-se mais tempo para serem concluídas. Autoaversão. Fortes sentimentos de inutilidade ou culpa. O indivíduo critica-se duramente por falhas percebidas e erros. 3 Problemas de concentração. Dificuldade para se concentrar, tomar decisões ou lembrar as coisas. Dores inexplicáveis. Um aumento do número de queixas físicas, como dores de cabeça, dores nas costas, dores musculares e dor de estômago. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio Segundo o DSM-V, os Transtornos Depressivos podem ser classificados em: transtorno disruptivo da desregulação do humor, transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior), transtorno depressivo persistente (distimia), transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno depressivo induzido por substância/medicamento, transtorno depressivo devido a outra condição médica, outro transtorno depressivo especificado e transtorno depressivo não especificado. Nota: No DSM-V, diferentemente do DSM-IV, os "Transtornos Depressivos" são apresentados separados do capítulo "Transtornos Bipolares e Transtornos Relacionados". A característica comum desses transtornos é a presença de humor triste ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo. O que difere entre eles são os aspectos de duração, momento ou etiologia presumida. Em um estudo realizado em um grupo de mulheres (por terem maior prevalência de Transtornos Depressivos) levantaram-se as situações ativadoras da patologia mais comuns, destacando-se: Solidão. Falta de apoio social. Experiências recentes de estresse. 4 História familiar de depressão. Problemas de relacionamento interpessoal ou conjugal. Tensão financeira. Trauma ou abuso de infância. Uso de álcool ou drogas. Situação de desemprego ou o subemprego. Problemas de saúde ou de dor crônica. Na atualidade, observa-se que o termo depressão às vezes é utilizado para referir um estado natural de humor. Na cultura ocidental, o sentimento de tristeza é visto com uma conotação ruim, e que muitas vezes não é permitido sentir. Desta forma, o que deveria ser uma emoção natural da humanidade é definido como uma patologia, a depressão. Diferente da tristeza, a depressão e segue um processo sintomático, está descontextualizada e gera um prejuízo significativo no trabalho e nas relações interpessoais de quem a possui. Sendo assim, cabe refletir a aplicação do termo e fazer uma na verificação cuidadosa dos sintomas e prejuízos da patologia. Discute-se que a maioria das pessoas apresentaria, em algum momento da vida, pelo menos dois sintomas do quadro depressivo, o que não configuraria um transtorno depressivo. Segundo a Associação Americana de Psiquiatria (DSM-V), para se classificado como transtorno depressivo, seria no mínimo necessário apresentar cinco sintomas de forma contínua em pelo menos duas semanas de duração. Sendo assim, apesar dos critérios diagnósticos para os Transtornos Depressivos, a patologia deve ser avaliada a partir do contexto sociocultural e da extensão do prejuízo dos sintomas e não apenas a partir de sintomas fisiológicos ou psicológicos. Em geral, segundo estudos, pacientes com história de depressão apresentam episódios recorrentes durante a vida e com variações na intensidade e duração dos sintomas. Para a TCC, os sintomas depressivos devem ser analisados nas três seguintes áreas: os sintomas afetivos, cognitivos e comportamentais. Reações afetivas, motivação, cognitivas, fisiológicos e comportamentais 5 SINTOMAS AFETIVOS - Desalento. - Falta de autoestima. - Perda da gratificação. - Perda de vínculos. - Períodos de choro. - Perda da reação de alegria. SINTOMAS DE MOTIVAÇÃO - Perda de motivação para executar atividades. - Baixo nível de atividades. SINTOMAS COGNITIVOS - Baixa autoavaliação. - Expectativas negativas. - Culpar-se a si mesmo. - Criticar-se. - Indecisão de autoimagem distorcida. SINTOMAS FISIOLÓGICOS - Perda de apetite. - Perda do interesse sexual. - Distúrbios de sono e fadiga. SINTOMAS COMPORTAMENTAIS - Passividade. - Evitação. - Déficit social. Compreensão comportamental da depressão. Na análise funcional da depressão se avaliam os antecedentes e as consequências de cada um dos sintomas. Naturalmente, os repertórios comportamentais de uma pessoa deprimida e de uma pessoa não-deprimida são distintos. Na visão comportamental, a depressão é definida por um definhamento na frequência do comportamento positivamente reforçado. Segundo estudos, a característica mais comum em uma pessoa deprimida é uma perda de interesse em determinado tipo de atividade, apresentando comportamentos de fuga conjuntamente com queixas de choro e irritabilidade. Uma pessoa deprimida pode ficar sentada em silêncio por longos períodos de tempo, ou talvez ficar na cama o dia todo. A discussão parte da ideia de um possível desenvolvimento de repertórios rotulados como deprimidos. Chama-se a atenção para a aquisição de comportamentos positivamente reforçados, na suposição de que o aumento de comportamentos adequados reduzirá a frequência dos inadequados. Irritabilidade, raiva, pensamento lentificado também fazem parte da sintomatologia da depressão. 6 Há autores que indicam que a baixa taxa de resposta e, consequentemente, a baixa taxa de reforçamento de contingências positivas, traga à tona comportamentos depressivostais como a fadiga e outros sintomas somáticos. Desta forma, a pessoa deprimida estaria em um estado prolongado de supressão de reforçadores. Por outro lado, lança-se a hipótese que sintomas depressivos podem ser mantidos através de comportamentos de familiares e amigos. Um aspecto a ser considerado nesta situação é que o reforçamento ocorra de forma contingente, ou seja, como consequência do comportamento ou repertório depressivo. A partir desta ideia, foi considerado que o aumento dos sintomas depressivos, como envolvimento em um número menor de atividades e perda de interesse pelo ambiente, são mantidos por reforçadores como preocupação e interesse. Simpatia. Interesse. Preocupação. Estudos sobre repertório e habilidades sociais apontam que pessoas deprimidas são mais sensíveis a qualidade de reforçamento social, comparadas a pessoas não deprimidas. Ainda não está bem definido e claro se a perda de reforçadores desencadeam a depressão ou se a depressão se desenvolve quando há apenas perda de controle sobre os reforçadores, sem perda de reforçadores em si. Compreensão cognitivista da depressão. Segundo o cognitivista Seligman (1975), o desamparo aprendido, bem como efeitos da incontrolabilidade, (ou seja, indivíduos sujeitos a estímulos incontroláveis aprendem que os eventos do meio são independentes da resposta) seriam as possíveis explicações para desencadear o quadro depressivo. AMIGOS FAMÍLIA No que se refere à etiologia, prevenção e tratamento, o conceito de desamparo apresenta sintomatologia semelhante à da depressão,. O discurso do indivíduo com depressão se apresenta relacionado ao fenômeno do desamparo. 7 Há outros estudos que analisam a causa da depressão em função de uma situação especifica, a partir de um ‘trauma’ (não pelo trauma em si, mas pela dificuldade de controlar a angústia eliciada pelo trauma). A crença em um trauma é, na maior parte das vezes, incontrolável, e de alguma forma irá influenciar no comportamento. Contudo, a depressão também estaria associada a condições de estresse tais como no trabalho, na família, em situações financeiras, e em situações de baixa qualidade de vida,. De um outro ponto de vista, Bandura (1969), em seu estudo sobre depressão, apontou que indivíduos não deprimidos, de forma geral, conseguem estabelecer critérios realistas para o comportamento e avaliam objetivamente o comportamento no meio. Enquanto indivíduos deprimidos estabelecem padrões irreais, perfeccionistas, difíceis de atingir e com maior carga de frustração, da qual seria difícil de enfrentar. Além disso, acrescenta que autoreforçamento está prejudicado em indivíduos deprimidos. O autoreforçamento requer de dois componentes: automonitoração e autoavaliação que também estão prejuidicados no quadro depressivo. A passividade pode dificultar a automonitoração, autoavaliação e autoreforçamento. Sendo assim, a ausência dos reforçamentos externos explica a baixa frequência de comportamento entre pessoas deprimidas. Na década de 60, os estudos de Albert Ellis e Aaron Beck, indicavam que a depressão resultaria de hábitos de pensamentos negativos, arraigados e de pensamentos e crenças distorcidas baseados na negatividade e não de forças inconscientes como era sugerido na época pela linha psicanalista. Beck era Pessoas não deprimidas oferecem a si mesmas recompensas quando atingem critérios reais estabelecidos, e assim, mantém seu comportamento independente do meio externo e de consequências externas tardias. Pessoas deprimidas apresentam dificuldade em oferecer a si mesmas recompensas. Impõem critérios irrealistas de ser atingidos. Esperam reforçadores externos e consequências externas, quando não recebidas apresenta-se frustração em grau acentuado. 8 discípulo de Freud e observada grupos de mulheres que apresentavam o quadro depressivo. Nas observações, Beck observou uma particularidade no pensamento do paciente depremido. Este percebia-se a si mesmo, os outros/ o mundo e o futuro de forma negativista. Desta forma, Beck apontou que a depressão seria decorrente das próprias percepções e cognições disfuncionais, negativistas. Beck comprovou sua teoria com mais de 300 ensaios clínicos controlados e sua visão que prevaleceu na abordagem cognitiva com a tríade cognitiva da depressão: visão negativa de si mesmo, do outro e do mundo, e do futuro. Beck observou de que o paciente que se apresentava deprimido, de alguma forma elaborava sua experiência de forma negativa e apresentava a tendência de antecipar as expectativas do futuro e resultados de forma negativa. A forma como a interpretação ocorria era a partir de distorções cognitivas e crenças que na maioria das vezes eram irreais, nos quais, os sentimentos de autoestima baixa, autoconceito baixo, bem como a desesperança, alimentaria a interpretação distorcida e negativista. “Sou uma pessoa chata” “Sou desinteressante” “Sou muito triste para gostarem de mim” VISÃO DO SELF “As pessoas não vão gostar de mim” “As pessoas decepcionam, são desconfiáveis” VISÃO DO OUTRO “O mundo é perigoso” “O mundo é cruel” “Não há amor no mundo” VISÃO DO MUNDO Diante alguns eventos, os pacientes com depressão percebem e se comportam como se as coisas estivessem piores do que realmente estão. 9 A distorção cognitiva enviesa as interpretações das experiências, desencadeando erros de interpretação no julgamento de desempenho e habilidades pessoais. Desta forma se apresentam ideias conclusivas antecipadas e com poucas evidências, apresentadas como erro cognitivo. As distorções cognitivas são compreendidas como padrões e repertórios cognitivos e comportamentais que foram desenvolvidos ao longo da vida. São exemplos de distorções cognitivas na depressão: INFERÊNCIA ARBITRÁRIA – Se refere a ideias antecipadas sem evidências. ABSTRAÇÃO SELETIVA – Se refere à tendência de escolher evidências diante do mau desempenho ou habilidades sociais. SUPERGENERALIZAÇÃO – Tendência a pensar de que um evento ou desempenho do indivíduo poderá ocorrer sempre. PERSONALIZAÇÃO – Quando o indivíduo realiza a atribuição pessoal na maioria das vezes de forma negativa. O tratamento da depressão, a partir do modelo cognitivo-comportamental, é um processo ao qual busca ajudar o paciente a modificar as crenças e comportamentos que estão relacionados aos estados de humor a partir de três momentos: 1. O foco de trabalho na estrutura cognitiva, nos pensamentos, esquemas e crenças. 2. Ampliação da percepção e formas de relação do paciente com ele mesmo, com o outro e o mundo – trabalho da tríade cognitiva. 3. Mudança de comportamento, ampliação de habilidades comportamentais e de autoreforçamento. ANEXO Além das intervenções psicoterápicas, muitas vezes o paciente com depressão necessita ser medicado. Abaixo um quadro com algumas drogas utilizadas no tratamento medicamentoso da depressão: QUADRO 1: A intervenção psicotrópica mais utilizada no tratamento dos Transtornos Depressivos 10 NOME DO COMPOSTO QUÍMICO Exemplos de nomes comerciais Amitriptilina ADT-Zimaia, Tryptanol, Tryptizol. Bupropiona Wellbutrin, Zyban Citalopram Cipramil (br) Clomipramina Anafranil Oxalato de Escitalopram Lexapro, Exodus Fluoxetina Daforin, Deprax, Depress, Digassim, Eufor 20, Fluxene, Neo Fluxetin, Nortec, Prozac, Prozen, Psiquial, Verotina, Fluctin, Fludac, Fontex, Foxetin, Lovan, Prodep, Prozac, Psipac, Sarafem, Selectus, Symbyax Fluvoxamina Luvox Imipramina Tofranil Moclobemida Aurorix Nortriptilina Pamelor Paroxetina Pondera Reboxetina Prolift Sertralina Zoloft, Sercerin, Novativ, Tolrest, Serenata, Assert Tianeptina Stablon Trazodona Triticum Venlafaxina Efexor, Effexor XR E medicaçõesderivados de sal de lítio utilizados, principalmente em caso de transtornos bipolar: Ácido valproico Depakene, ou Diplexil, Valpakene. Carbamazepina Tegretol Lamotrigina Lamictal Divalproato de sódio Depakote. sal de lítio Carbalítium. 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