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09/05/2020 1 Professor: Joelson Fagundes Jr. Incentivos Fiscais Objetivos Discutir os principais incentivos fiscais de redução do imposto de renda. Será possível: i) Conhecer os principais incentivos existentes com seus limites individuais e coletivos; ii) Utilizar os incentivos fiscais como forma de planejamento tributário, reduzindo seus encargos, de forma direta e indireta. 1 2 09/05/2020 2 Incentivos Fiscais Programa 1. Conceito geral 2. Fundo da infância e Adolescência – FIA 3. Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT 4. Atividade Audiovisual 5. Atividade Cultural e Artística (Lei Rouanet) 6. Incentivo ao Esporte 7. SUDAM e SUDENE 8. Incentivos a Inovação Tecnológica (Lei do bem) Conceito Geral 3 4 09/05/2020 3 Conceito Geral O que são incentivos fiscais? • É a ação social feita pelo Estado que ele faz com a arrecadação de tributos; • É uma das modalidades de renúncia fiscal. • Consistem na permissão legal de deduzir do valor do imposto a pagar determinada importância apurada na forma prevista em lei. Conceito Geral O que são incentivos fiscais? • Para atingir outros fins de interesse da sociedade através do legislativo, o Estado pode abrir mão de parte da arrecadação deles, a fim de incentivar determinadas atividades (ex. cultura, criança e adolescente, programas especiais: alimentação do trabalhador, desenvolvimento tecnológico industrial ou agrícola etc.) ou desenvolvimento de determinadas regiões. 5 6 09/05/2020 4 Conceito Geral Quem não tem direito? as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado; as microempresas e empresas de pequeno porte, optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições SIMPLES NACIONAL (Lei Complementar 123, de 2006, art. 24). A prática de atos que configurem crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/1990). Conceito Geral Quem não tem direito? Nos casos em que for necessário concessão ou reconhecimento expressos pelos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal dos incentivos ou benefícios fiscais, são exigidas as Certidões Negativas de Débitos relativamente aos tributos e contribuições federais. Nesse caso, é obrigatória a consulta prévia ao Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta, para a concessão ou reconhecimento de incentivos fiscais. 7 8 09/05/2020 5 Conceito Geral Limites Pessoa Física Para as pessoas físicas, o limite anual de aplicação em incentivos fiscais nas áreas social, cultural, desportiva e na saúde é de 8% divididos em dois grupos: Limite individual e anual de até 6% do IR devido: - Lei Rouanet; - Funcriança; -Fundo do Idoso; -Desporto; e -Audiovisual. Incentivos fiscais vinculados à saúde, com o limite individual de 1%, perfazendo 2% na soma: - Pronon – Entidades de combate ao Câncer; - Pronas – entidades de Apoio ao Deficiente Físico. Conceito Geral Limites Pessoa Jurídica INCENTIVO FISCAL DEDUÇÃO MÁXIMA INDIVIDUAL DEDUÇÃO MÁXIMA CONJUNTA Programa de Alimentação ao Trabalhador - PAT 4% 4%Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial - PDTI ou Agropecuário - PDTA 4% Atividade Audiovisual 3% 4% Atividade Cultural ou Artística 4% Fundo da Criança e do Adolescente 1% 1% Programas Desportivos 1% 1% DEDUÇÃO MÁXIMA PERMITIDADA DO IR ALÍQ. BÁSICA 10% 9 10 09/05/2020 6 Conceito Geral Importante!! Os incentivos recaem somente sobre a alíquota básica do IR de 15%. Não alcançam o adicional de 10% Não alcançam a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. (CSLL) FIA Fundo da Infância e da Adolescência 11 12 09/05/2020 7 FIA – Fundo da Infância e da Adolescência Finalidade Assegurar as garantias constitucionais de direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte ao Lazer, à profissionalização, à cultura à dignidade, ao respeito, à liberdade , à convivência familiar, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligencia, discriminação, exploração violência, crueldade e opressão. Previsto no ECA (Lei 8069/90) Regulamentado na IN SRF 267/02 FIA – Fundo da Infância e da Adolescência Consiste na Doação para o Fundo Federal, Estadual ou Municipal da criança e do adolescente. A dedução é de até 1% da alíquota básica. O valor da doação deve ser adicionada nas bases do IR e da CSLL, independente da parcela incentivada (art. 11 da IN SRF 267/02) 13 14 09/05/2020 8 FIA – Fundo da Infância e da Adolescência Exemplo: Uma empresa com lucro real: • Lucro Real R$ 120.000, • IR (15%) R$ 18.000, • Doação (1%) R$ 180, • IR a pagar R$ 17.820, • A despesa de R$ 180, não será deduzida nas bases de IR e CSLL. FIA – Fundo da Infância e da Adolescência Exemplo 2: Uma empresa com lucro real: • Lucro Real R$ 120.000, • IR (15%) R$ 18.000, • Doação R$ 300, • IR a pagar R$ 17.820, • A despesa de R$ 300, não será deduzida nas bases de IR e CSLL. • A empresa arcará com os R$ 120,00. 15 16 09/05/2020 9 FIA – Fundo da Infância e da Adolescência Cuidados com o Incentivo: Os conselhos Municipais, Estaduais ou Nacionais dos Direitos das Crianças e Adolescentes, controladores do fundo deverão: Emitir comprovante em favor do doador constando o nome, CNPJ, data e valor efetivamente recebido. FIA – Fundo da Infância e da Adolescência Cuidados com o Incentivo: No caso de doação de bens o comprovante deverá conter ainda: Comprovar a propriedade do bem Identificação dos bens Avaliação (se houver) com CNPJ ou CPF do avaliador. Pelo valor contábil Pelo valor de Mercado (Laudo) Proceder a baixo dos bens doados 17 18 09/05/2020 10 FIA – Fundo da Infância e da Adolescência Informações prestadas pelos Conselhos à SRF Até o último dia útil do mês de março do ano subsequente as doações recebidas. Declarações de benefícios Fiscais -DBF Através da IN SRF311/03 PAT Programa de Alimentação do Trabalhador 19 20 09/05/2020 11 PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Histórico O PAT é um incentivo instituído em 1976 (lei 6.321) e consiste na dedução direta no IR de parte do valor pago a título de despesas com alimentação de seus empregados, objetivando os trabalhadores de baixa renda. (menos de 5 salários mínimos) Consta no RIR/99, nos artigos 581 a 589. Regulamentado na IN SRF 267/02. PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Finalidade O PAT tem como finalidade melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores as quais repercutiram em qualidade de vida, na redução de acidentes de trabalho e no aumento da produtividade. 21 22 09/05/2020 12 PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Inscrição no PAT As pessoas jurídicas devem requerer junto à Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, ligada ao MTE. A portaria 05/99 estabelece que, uma vez efetivada a adesão ao PAT, será por prazo indeterminado. No entanto a empresa deverá informar anualmente a RAIS – Relatório anual de informações Sociais, se participa ou não do PAT. PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Modalidades Autogestão A empresa assume toda a responsabilidade de elaboração das refeições. Terceirização O fornecimento das refeições se dará por intermédio de contrato entre pessoas jurídicas beneficiárias e as concessionárias. • Transportada • Adm. de cozinha e refeitório • Refeição convênio (Tíquetes, cupons, vales) • Cestas de alimentos 23 24 09/05/2020 13 PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Exigências Nutricionais Refeições principais (almoço, jantar e ceia) Devem ter no mínimo 1400 calorias; Redução para 1200 calorias trabalho leve; Acréscimos para 1600 calorias atividade intensa. Refeições menores (Desjejum e merenda) Mínimo de 300 cal. PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Cálculo do Incentivo A pessoa jurídica poderá deduzir o valor equivalente a aplicação da alíquota do imposto sobre a soma das despesasdestinados à P&D Depreciação imediata dos equipamentos comprados para P&D Amortização acelerada dos dispêndios para aquisição de bens intangíveis para P&D 145 146 09/05/2020 74 Lei do Bem FundamentaçãoFundamentação Exclusão 60% Automático 10% Com incremento de 5% dos pesquisadores 20% Para marca ou patente concedida Potencial: • Mínimo 60% • Máximo 100% Lei 11.196 de 21 de Novembro de 2005 • Recursos humanos (Salários e encargos) • Doutores, Mestres, Graduados, Técnico de Nível Médio, etc... • Serviços de terceiros • Contratados (universidades, Institutos de Pesquisa, Inventor Independente) • Valores Transferidos (microempresas, EPP, Inventor Indepentente) • Outras despesas (viagens) • Materiais de consumo • Protótipos ou prototipagem Lei do Bem S/ Incentivo C/ Incentivo Lucro Real 9.800.000 8.900.000 IRPJ 15% 1.470.000 1.335.000 Adicional IRPJ 10% 980.000 890.000 CSLL 9% 882.000 801.000 Total 3.332.000 3.026.000 Diferença = R$ 306.000 Cálculo do Benefício S/ Incentivo C/ Incentivo Lucro Líquido 10.000.000 10.000.000 Adições + 300.000 + 300.000 Exclusões - 500.000 - 500.000 Exclusão Lei do Bem - - 900.000 Lucro Real 9.800.000 8.900.000 ExemploExemplo 147 148 09/05/2020 75 Lei do Bem janeiro junho julho dezembro Ano 2014 Etapas anuais da Lei do BemEtapas anuais da Lei do Bem Lei do Bem Inovação TecnológicaInovação Tecnológica A concepção de um novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado. 149 150 09/05/2020 76 Lei do Bem Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica a) Pesquisa Básica Dirigida: Os trabalhos executados com o objetivo de adquirir conhecimentos quanto à compreensão de novos fenômenos, com vistas ao desenvolvimento de produtos, processos ou sistemas inovadores; b) Pesquisa Aplicada: Os trabalhos executados com o objetivo de adquirir novos conhecimentos, com vistas ao desenvolvimento ou aprimoramento de produtos, processos e sistemas; Lei do Bem Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica c) Desenvolvimento Experimental: Os trabalhos sistemáticos delineados a partir de conhecimentos pré-existentes, visando a comprovação ou demonstração da viabilidade técnica ou funcional de novos produtos, processos, sistemas e serviços ou ainda, um evidente aperfeiçoamento dos já produzidos ou estabelecidos d) Tecnologia Industrial Básica: Aquelas tais como aferição e calibração de máquinas e equipamentos, o projeto e a confecção de instrumentos de medida específicos, a certificação de conformidade, inclusive os ensaios correspondentes a normalização ou a documentação técnica gerada e o patenteamento do produto ou processo desenvolvido; 151 152 09/05/2020 77 Lei do Bem Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica e) Serviços de Apoio Técnico: Aqueles que sejam indispensáveis À implementação e à manutenção das instalações ou dos equipamentos destinados, exclusivamente, à execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento ou inovação tecnológica, bem como a capacitação dos recursos humanos a eles dedicados. f) Pesquisador Contratado: O pesquisador graduado, pós-graduado, tecnólogo ou técnico de nível médio, com relação formal de emprego com a pessoa jurídica, que atue EXCLUSIVAMENTE em atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica; Lei do Bem EXEMPLOEXEMPLO A Cia. Farmalicão tenha uma despesa com inovação tecnológica de R$ 50.000,00 no ano de 2014 e apresentou, no ano, um LAIR na faixa de 450.000,00, já deduzidas as despesas com inovação. A base, tanto do IR e da CSLL, seria a seguinte: CIA FARMALICÃO Lucro antes do IR/CSLL 450.000,00 Exclusões (60% Desp. Inovação) - 30.000,00 LF 420.000,00 CSLL 37.800,00 IR 15% 63.000,00 IR 10% 18.000,00 IMPOSTO DEVIDO IR 81.000,00 IR+CSLL 118.800,00 153 154 09/05/2020 78 Lei do Bem Caso a empresa não efetuasse o gasto com inovação, o lucro seria de R$ 500.000,00 e a despesa de IR+CSLL seria de 146.000,00 (R$ 101.000,00 de IR e R$45.000,00 de CSLL). A redução de IR/CSLL foi de 27.200 para um gasto de 50.000, representando 54,4% de dedução da despesa. A dedução poderia chegar a 61,2% caso o aumento dos empregados fosse acima de 5% teria exclusão de 80%. EXEMPLOEXEMPLO Lei do Bem EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃOEXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 155 156 09/05/2020 79 Obrigado! Prof. Joelson Fagundes Jr. Msc.Joelson@yahoo.com.br “Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino”. (Leonardo da Vinci) 157de custeio realizadas no período de apuração Sem prejuízo da dedutibilidade da despesa, custos ou encargos. Dedução em dobro!!! 25 26 09/05/2020 14 PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Cálculo do Incentivo O valor incentivado definido em lei é de 15% sobre o valor da despesa. No entanto a INDRF n° 267/02 menciona outro limite para ser considerado em conjunto. N° de Refeições fornecidas X (R$ 1,99 x 15%) Ou 15% da Despesa com alimentação Dos dois o menor Limitado a 4% do IR alíquota básica. PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Cálculo do Incentivo Todavia, algumas empresas sempre utilizaram o limite de 15% da despesa. Ato Declaratório PGFN n° 13 (DOU 11/12/08) Dispensou a apresentação de contestação. Receita não poderá constituir crédito tributário caso o contribuinte deixe de cumprir o limite de R$ 1,99 por refeição. 27 28 09/05/2020 15 PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Extensão do Programa O benefício poderá ser estendido: Aos trabalhadores que cumprem aviso prévio; Empregados com contrato suspenso para participação de curso ou qualificação profissional (5 meses) PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Exemplo: empresa tributada pelo lucro real em 31/12/x5 Lucro Líquido Ajustado 200.000,00 IRPJ 15% 30.000,00 Adicional 10% (trim.) 14.000,00 • Cálculo do Incentivo Gastos com PAT 27.000,00 15% DE 27.000,00 4.050,00 • Limite de dedução (4%) 4% de 30.000,00 1.200,00 • IRPJ Líquido R$ 30.000,00 - R$ 1.200,00 = 28.800,00 + R$ 14.000,00 (adicional) • Eventual excedente Valor do incentivo 1.200,00 Valor limite incentivado 4.050,00 excedente 2.850,00 29 30 09/05/2020 16 PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador Despesas Dedutíveis De acordo com o Decreto 3000/99 art.369, admite-se como dedutíveis as despesas com alimentação fornecida pela pessoa jurídica indistintamente, a todos os empregados, com exceção dos sócios, acionistas e administradores. A lei 9.249/95 conjugada com a IN SRF 11/9, esclarece que a dedutibilidade independe da existência de PAT e aplica-se inclusive as cestas básicas fornecidas. Atividade Audiovisual 31 32 09/05/2020 17 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O AUDIOVISUAL •MINISTÉRIO DA CULTURA (1985): fomento e incentivo à cultura. 6 Secretarias: - de Políticas Culturais; - da Cidadania e da Diversidade Cultural; - do Audiovisual (SAV); - de Economia Criativa; - de Articulação Institucional; e - de Fomento e Incentivo. •SAV: “propõe a política nacional do cinema e do audiovisual”. -6 Entidades Vinculadas: 4 fundações, 2 autarquias (uma delas é a Agência Nacional de Cinema – ANCINE). POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O AUDIOVISUAL ● ANCINE (2001): regulação como fomento, incentivo e fiscalização audiovisual. www.ancine.gov.br Agência regulatória cujas competências (fixadas no art. 7º da MP 2228-1/01) incluem “executar a política nacional de fomento ao cinema”, definida pelo Conselho Superior de Cinema. Sua atuação divide-se em: - fomento (incentivo fiscal, FSA, desoneração para investimento em salas de cinema) e incentivo ao audiovisual (PAR, PAQ, promoção internacional); e - fiscalização (fiscaliza cota de tela nos cinemas nacionais – que existe desde Vargas – e as obrigações legais relativas à organização dos pacotes, à exibição de conteúdos brasileiros na TV paga e ao credenciamento de agentes econômicos – desde 2011 –). ● OUTRAS INSTITUIÇÕES: Ministério da Justiça (classificação indicativa), Fundação Biblioteca Nacional (meio de prova de registro de obras intelectuais), BNDES (Procult: fomento, incentivo), Anatel, SBDC etc. 33 34 09/05/2020 18 COMPETÊNCIAS DA ANCINE ● A ANCINE administra as políticas públicas federais de fomento à produção e à distribuição de obras audiovisuais brasileiras independentes e de regulação de certos segmentos de mercado audiovisuais (a televisão aberta não é um deles); •As políticas públicas federais de fomento consistem em incentivos fiscais (fomento indireto) e financiamento público direto (fomento direto); •As políticas públicas federais de regulação de mercado incluem a criação de cotas para obras brasileiras (i) em cinemas (além de limites de número de salas de exibição de um mesmo complexo que podem exibir a mesma obra) e (ii) em televisão por assinatura; e •A ANCINE pretende regular o mercado de vídeo por demanda (VOD), o que pode incluir a criação de cotas para esse segmento de mercado. Atividade Audiovisual Legislação A lei 8.685/93 criou para a atividade audiovisual um mecanismo específico de incentivo fiscal. A regulamentação é dada pela IN SRF 267/02. 35 36 09/05/2020 19 Atividade Audiovisual Criação da ANCINE A MP 2228-1/01 – criou a Agencia Nacional do Cinema, órgão responsável pela política audiovisual Nacional. A lei 10454/02 mudou alguns dispositivos da MP. Nasceu com o objetivo de preparar a indústria do cinema para se auto sustentar no médio prazo. Com ela foi criada a a contribuição para o Desenvolvimento da Industria Cinematográfica Nacional – CONDICINE, cobrado sobre a veiculação, a produção, o licenciamento e a distribuição de obras cinematográficas e videofonográficas com fins comerciais. Atividade Audiovisual Conceituação A Lei do audiovisual funciona através de 4 mecanismos: - Art. 1º. - Art. 1º. A - Art. 3º. - Art. 3º. A 37 38 09/05/2020 20 Atividade Audiovisual Artigo 1º: investimento Projetos audiovisuais beneficiados: obras cinematográficas de curta (menos de 15`), média (de 15` a 70`) ou longa metragem (mais de 70`); projetos de reforma/adaptação de salas de cinema; e projetos de aquisição de equipamentos de infraestrutura para exibição cinematográfica; • Possibilita o abatimento integral do valor aportado a título de investimento, até o limite de dedução de 3% do IR devido (excluídos o adicional e a CSLL), sendo que o valor a ser abatido pode ser lançado como despesa operacional, o que resulta em um abatimento real de 125% sobre o valor investido; e Atividade Audiovisual Artigo 1º: investimento A produtora deve providenciar o registro (previamente autorizado pela ANCINE) da emissão dessas quotas na CVM; -Necessidade, para tanto, de contratação de uma corretora para intermediar a colocação dessas quotas; e -A captação de recursos ocorre a partir da assinatura de boletins de subscrição registrados na CVM (a serem adquiridos pelo investidor). O investidor receberá um certificado de investimento. 39 40 09/05/2020 21 Atividade Audiovisual Artigo 1º: investimento “Art. 1o Até o exercício fiscal de 2017, inclusive, os contribuintes poderão deduzir do imposto de renda devido as quantias referentes a investimentos feitos na produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente, mediante a aquisição de quotas representativas de direitos de comercialização sobre as referidas obras, desde que esses investimentos sejam realizados no mercado de capitais, em ativos previstos em lei e autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e os projetos de produção tenham sido previamente aprovados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine)” Atividade Audiovisual - Artigo 1º: investimento § 1º A responsabilidade dos adquirentes é limitada à integralização das quotas subscritas. § 2º A dedução prevista neste artigo está limitada a três por cento do imposto devido pelas pessoas físicas e a um por cento do imposto devido pelas pessoas jurídicas. § 3º Os valores aplicados nos investimentos de que trata o artigo anterior serão: a) deduzidos do imposto devido no mês a que se referirem os investimentos, para as pessoas jurídicas que apuram o lucro mensal; b) deduzidos do imposto devido na declaração de ajuste para: 1. as pessoas jurídicas que, tendo optado pelo recolhimento do imposto por estimativa, apuram o lucro real anual; 2. as pessoas físicas. § 4º A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá, também, abater o total dosinvestimentos efetuados na forma deste artigo como despesa operacional. § 5º Os projetos específicos da área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição e infra-estrutura técnica apresentados por empresa brasileira de capital nacional, poderão ser credenciados pelos Ministérios da Fazenda e da Cultura para fruição dos incentivos fiscais de que trata o caput deste artigo. 41 42 09/05/2020 22 Atividade Audiovisual- Artigo 1º-A: patrocínio Projetos audiovisuais beneficiados: - obras cinematográficas de curta, média ou longa metragem; - minisséries (mínimo de 3 e máximo de 26 capítulos – duração máxima de 1.300 minutos); - telefilmes (mínimo de 50 e máximo de 120 minutos); e - obras seriadas (único mecanismo que oficialmente contempla obras seriadas); e - programas de TV de caráter educativo e cultural. • sistemática similar à do art. 18 da Lei Rouanet: possibilita abatimento integral do valor aportado (não lançável como despesa operacional) a título de patrocínio, até o limite de dedução de 4% do IR devido (excluídos o adicional e a CSLL). Atividade Audiovisual- Artigo 1º-A: patrocínio Art. 1o-A. Até o ano-calendário de 2017, inclusive, as quantias referentes ao patrocínio à produção de obras cinematográficas brasileiras de produção independente cujos projetos tenham sido previamente aprovados pela Ancine poderão ser deduzidas do imposto de renda devido apurado: I - na declaração de ajuste anual pelas pessoas físicas; e II - em cada período de apuração, trimestral ou anual, pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real. 43 44 09/05/2020 23 Atividade Audiovisual- Artigo 1º-A: patrocínio § 1o A dedução prevista neste artigo está limitada: I - a 4% (quatro por cento) do imposto devido pelas pessoas jurídicas e deve observar o limite previsto no inciso II do art. 6o da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997; e II - a 6% (seis por cento) do imposto devido pelas pessoas físicas, conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997. § 2o Somente são dedutíveis do imposto devido os valores despendidos a título de patrocínio: I - pela pessoa física no ano-calendário a que se referir a declaração de ajuste anual; e II - pela pessoa jurídica no respectivo período de apuração de imposto Atividade Audiovisual- Artigo 1º-A: patrocínio § 3o As pessoas jurídicas não poderão deduzir o valor do patrocínio de que trata o caput deste artigo para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. § 4o Os projetos específicos da área audiovisual, cinematográfica de difusão, preservação, exibição, distribuição e infra-estrutura técnica apresentados por empresa brasileira poderão ser credenciados pela Ancine para fruição dos incentivos fiscais de que trata o caput deste artigo, na forma do regulamento. 45 46 09/05/2020 24 Atividade Audiovisual- Artigo 1º-A: patrocínio § 5o Fica a Ancine autorizada a instituir programas especiais de fomento ao desenvolvimento da atividade audiovisual brasileira para fruição dos incentivos fiscais de que trata o caput deste artigo. § 6o Os programas especiais de fomento destinar-se-ão a viabilizar projetos de distribuição, exibição, difusão e produção independente de obras audiovisuais brasileiras escolhidos por meio de seleção pública, conforme normas expedidas pela Ancine. § 7o Os recursos dos programas especiais de fomento e dos projetos específicos da área audiovisual de que tratam os §§ 4o e 5o deste artigo poderão ser aplicados por meio de valores reembolsáveis ou não- reembolsáveis, conforme normas expedidas pela Ancine. § 8o Os valores reembolsados na forma do § 7o deste artigo destinar-se-ão ao Fundo Nacional da Cultura e serão alocados em categoria de programação específica denominada Fundo Setorial do Audiovisual. FUNCINES (Fundos de Financiamento a Indústria Cinematográfica): investimento Partes envolvidas: (i) contribuinte investidor; (ii) FUNCINE (regulado pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM); e (iii)Projetos investidos; •Possibilita o abatimento integral do valor investido pelo contribuinte investidor com a aquisição de cotas do Funcine até o limite de dedução de 3% do IR devido (não conta adicional ou CSLL). Não pode ser lançado como despesa operacional. 47 48 09/05/2020 25 FUNCINES (Fundos de Financiamento a Indústria Cinematográfica): investimento Beneficia os seguintes projetos audiovisuais: - Produção de obras audiovisuais brasileiras independentes; - construção, reforma e recuperação das salas de exibição de empresas brasileiras; - Aquisição de ações de empresas brasileiras para produção, comercialização, distribuição e exibição de obras audiovisuais brasileiras independentes, bem como para prestação de serviços de infraestrutura cinematográficos e audiovisuais; - Comercialização e distribuição de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras independentes; e - Projetos de infraestrutura realizados por empresas brasileiras. Introdução à co-produção internacional via arts. 3º, 3º-A e 39-X. O contribuinte beneficiário desses artigos é sempre uma pessoa jurídica estrangeira; -Esses mecanismos referem-se ao IR e/ou à CONDECINE; -Sua utilização pressupõe o prévio envio de informações/documentos à ANCINE, como o contrato de coprodução; -O uso desses artigos para coprodução de produções televisivas deve ser feito conforme as regras e limites que a Deliberação 95/10 impõe para os direitos sobre uma obra que tais contribuintes estrangeiros podem adquirir ao usar qualquer desses artigos; e -A IN 106/12 (aplicável a coproduções internacionais em geral) não se aplica a coproduções que apenas sejam “internacionais” em razão do uso desses mecanismos. 49 50 09/05/2020 26 Art. 3º: coprodução. Contribuintes estrangeiros (produtores, distribuidores, intermediários) que receberem rendimentos decorrentes da importação, aquisição e exploração de obras estrangeiras no Brasil poderão: - efetuar o abatimento integral de até 70% do IR incidente sobre tal remessa (de 25%) se aportarem tal valor para projetos aprovados pela ANCINE; e - ter isenção da CONDECINE incidente sobre aquela remessa (de 11%) se aportarem o valor mencionado no parágrafo anterior para projetos aprovados pela ANCINE. Art. 3º: coprodução. Projetos audiovisuais beneficiados: • Coprodução de obra cinematográfica de longa, média e curta-metragem; • Coprodução de minisséries e, por analogia, de obras seriadas; • Coprodução de telefilmes; e • Investimento no desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas de longa-metragem. 51 52 09/05/2020 27 Art. 3º: coprodução. Procedimento- a empresa estrangeira (contribuinte): •deposita os recursos em conta específica (“conta de recolhimento”); • celebra contrato de coprodução com empresa brasileira independente para produção de obra audiovisual apta à captação de recursos via art. 3º; e • tem 180 dias (prorrogáveis por 180 dias) para utilizar os recursos (indicação formal do projeto), sob pena de esses recursos serem revertidos para a ANCINE. Art. 3º-A: coprodução. Sistemática similar à do art. 3º (coprodução); •Contribuintes estrangeiros que receberem rendimentos decorrentes da aquisição ou remuneração pelos direitos de transmissão (em TV aberta ou por assinatura) de quaisquer obras ou eventos (inclusive os esportivos de que faça parte “representação brasileira”) poderão abater até 70% do IR devido (de 15%) sobre essa remessa se aportarem recursos a projetos aprovados . 53 54 09/05/2020 28 Art. 39-X: coprodução. A programadora internacional que aplicar 3% do valor das remessas que receber em decorrência da aquisição, licenciamento, importação e exploração de obras cinematográficas/videofonográficas em projetos aprovados pela ANCINE estará isenta de recolher a CONDECINE (de 11%) incidente sobre essa remessas, o que resulta em um benefício fiscal real de (11% - 3% =) 8% do valor de tal remessa. Art. 39-X: coprodução. Projetos audiovisuais beneficiados:-obras de curta, média ou longa-metragens; -telefilmes; -minisséries (e, por analogia, obras seriadas); e -programa televisivo educativo e cultural. Obs: esse mecanismo também menciona “documentários, ficção e animação”. 55 56 09/05/2020 29 REQUISISTOS COMUNS AOS MECANISMOS AUDIOVISUAIS Os mecanismos de incentivo fiscal federais à produção audiovisual apenas beneficiam obras brasileiras e independentes + com determinadas características + produzidas por produtoras brasileiras e independentes devidamente registradas na Ancine: –produtoras brasileiras e independentes registrada na Ancine; + –obras com determinadas características (de natureza, de gênero e de destinação inicial); e + –obras brasileiras e independentes. REQUISISTOS COMUNS AOS MECANISMOS AUDIOVISUAIS Incentivos apenas beneficiam determinadas obras brasileiras e independentes produzidas por produtoras brasileiras e independentes registradas na Ancine (registro de agente: Instrução Normativa 91/10). –Produtora brasileira é aquela em que 70% do capital social total votante pertence a brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos, responsáveis pela gestão das atividades da empresa e pela linha editorial dos conteúdos produzidos, com poder decisório de fato e de direito; e –Produtora independente não controla nem é controlada ou coligada a programadoras, empacotadoras, distribuidoras ou emissoras de TV (“agentes não independentes”); não é vinculada por contrato que dê a sócios minoritários que sejam “agentes não independentes” direito de veto comercial ou interferência sobre os conteúdos produzidos; e não tem vínculo de exclusividade que a impeça de produzir ou comercializar conteúdos para terceiros. 57 58 09/05/2020 30 REQUISISTOS COMUNS AOS MECANISMOS AUDIOVISUAIS Incentivos apenas beneficiam determinadas obras brasileiras e independentes produzidas por produtoras brasileiras e independentes registradas na Ancine: – obras não publicitárias; (obras publicitárias são disciplinadas na IN 95/10 e definidas como aquelas “cuja destinação é a publicidade e propaganda, exposição ou oferta de produtos, serviços, empresas, instituições públicas ou privadas, partidos políticos, associações, administração pública, assim como de bens materiais e imateriais de qualquer natureza”). – obras dos gêneros ficção, documentário ou animação; e (esse conceito é distinto do conceito de “espaço qualificado”) – obras originalmente destinadas à comunicação pública em cinema ou em televisão (primeira janela). Nota: não há restrições à filmagem de conteúdos no exterior ou ao uso de outro idioma que não o português. REQUISISTOS COMUNS AOS MECANISMOS AUDIOVISUAIS Requisitos das obras independentes e brasileira: - Obra independente: aquela cuja produtora majoritária (51%) não tenha vínculo direto ou indireto com emissoras de TV ou distribuidoras/operadoras de TV por assinatura. - Obra brasileira (3 hipóteses): •(Co)produção 100% nacional: produzida por produtora brasileira + diretor brasileiro ou residente há mais de três anos no Brasil + 2/3 de artistas e técnicos brasileiros ou residentes há mais de 5 anos; ou •Em coprodução internacional reconhecida como brasileira segundo Tratado de Coprodução Audiovisual “ratificado” pelo Brasil; ou •(Na ausência de Tratado) em coprodução internacional coproduzida por produtora brasileira com pelo menos 40% dos direitos patrimoniais sobre a obra + 2/3 de artistas e técnicos brasileiros ou residentes há mais de 3 anos no Brasil (consultar IN 106/12). 59 60 09/05/2020 31 VALOR MÁXIMO PARA UTILIZAÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS FEDERAIS POR PRODUTORA Apenas produtoras brasileiras independentes registradas na ANCINE podem captar recursos incentivados; •O volume desses recursos que pode ser captado para o conjunto de projetos audiovisuais ativos aprovados na Ancine por produtora obedece aos critérios da IN 54/06: - Esse volume será determinado pelo nível de pontuação (que vai de 1 a 7) de cada produtora, de acordo com o número de obras brasileiras (co)produzidas por ela que tenham: - 1º) Certificado de Produto Brasileiro (CPB) - 2º) exibição comprovada (cf. art. 3º da IN 104/12); - Essas obras têm que ser dos gêneros ficção, documentário, animação, videomusical não constituídas principalmente por registros de shows ou performances musicais ou programas de TV; - Do nível 4 (captação de até R$6.000.000,00) em diante, haverá exigências adicionais quanto ao formato de parte das obras co(produzidas): longas, minisséries etc.; VALOR MÁXIMO PARA UTILIZAÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS FEDERAIS POR PRODUTORA 61 62 09/05/2020 32 VALOR MÁXIMO PARA UTILIZAÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS FEDERAIS POR PRODUTORA Atividade Audiovisual - Para exemplificar: Uma empresa com Lucro Real de R$ 1.000.000,00 paga IR alíquota básica de 150.000, podendo deduzir do imposto até 3%, ou seja, R$4.500, Além da dedução direta do imposto devido, ainda é possível abater o valor total aplicado (Sem a limitação de 3%) como despesa para fins de IR. O valor aplicado em cotas de produções deve ser contabilizado no ativo não circulante- investimentos. 63 64 09/05/2020 33 Atividade Audiovisual Caso da Cia Lunar. A Cia Lunar obteve um lucro de R$ 1.000.000 em 2012. admitindo-se que todas as receitas sejam tributadas e todas as despesas dedutíveis, o calculo do Ir devido será: SE a empresa não pagar nada ao cinema o desembolso será de 226.000,00 Admitindo um patrocínio a uma produção Registrada na ANCINE no valor de 6.000,00 o registro será feito em despesa e não mais no ativo como no incentivo anterior. Lucro Fiscal 1.000.000,00 IRPJ 15% 150.000,00 Adicional 10% 76.000,00 IR devido Total 226.000,00 Atividade Audiovisual Caso da Cia Lunar. Cia Lunar Sem Cinema Com Cinema Lucro antes do IR Fiscal 1.000.000,00 994.000,00 (+) Adições (lei 11.437/06) - 6.000,00 Lucro real 1.000.000,00 1.000.000,00 IR 15% 150.000,00 150.000,00 IR 10% 76.000,00 76.000,00 (-) incentivo - - 6.000,00 Total do IR devido 226.000,00 220.000,00 65 66 09/05/2020 34 Atividades Culturais ou Artísticas Atividades Culturais ou Artísticas Legislação A previsão constitucional sobre cultura encontra-se no art.215 “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.” • Regulamentado pela IN SRF 267/02 • A Lei que institui é a 8.313/91 (Lei Rouanet – Secretário de cultura do governo Collor) • Lei Rouanet institui o programa Nacional de apoio a cultura (PRONAC), que engloba: • I - Fundo Nacional da Cultura (FNC); • II - Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficart); • III - Incentivo a projetos culturais. 67 68 09/05/2020 35 Atividades Culturais ou Artísticas Pronac - Objetivos I - incentivo à formação artística e cultural, mediante: a) concessão de bolsas de estudo, pesquisa e trabalho, no Brasil ou no exterior, a autores, artistas e técnicos brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil; b) concessão de prêmios a criadores, autores, artistas, técnicos e suas obras, filmes, espetáculos musicais e de artes cênicas em concursos e festivais realizados no Brasil; c) instalação e manutenção de cursos de caráter cultural ou artístico, destinados à formação, especialização e aperfeiçoamento de pessoal da área da cultura, em estabelecimentos de ensino sem fins lucrativos; Atividades Culturais ou Artísticas Pronac - Objetivos II - fomento à produção cultural e artística, mediante: a) produção de discos, vídeos, obras cinematográficas de curta e média metragem e filmes documentais, preservação do acervo cinematográfico bem assim de outras obras de reprodução videofonográfica de caráter cultural; b) edição de obras relativas às ciências humanas, às letras e às artes; c) realização de exposições, festivais de arte, espetáculos de artes cênicas, de música e de folclore; d) cobertura de despesas com transporte e segurode objetos de valor cultural destinados a exposições públicas no País e no exterior; e) realização de exposições, festivais de arte e espetáculos de artes cênicas ou congêneres; 69 70 09/05/2020 36 Atividades Culturais ou Artísticas Pronac – Objetivos III - preservação e difusão do patrimônio artístico, cultural e histórico, mediante: a) construção, formação, organização, manutenção, ampliação e equipamento de museus, bibliotecas, arquivos e outras organizações culturais, bem como de suas coleções e acervos; b) conservação e restauração de prédios, monumentos, logradouros, sítios e demais espaços, inclusive naturais, tombados pelos Poderes Públicos; c) restauração de obras de artes e bens móveis e imóveis de reconhecido valor cultural; d) proteção do folclore, do artesanato e das tradições populares nacionais; Atividades Culturais ou Artísticas Pronac – Objetivos IV - estímulo ao conhecimento dos bens e valores culturais, mediante: a) distribuição gratuita e pública de ingressos para espetáculos culturais e artísticos; b) levantamentos, estudos e pesquisas na área da cultura e da arte e de seus vários segmentos; c) fornecimento de recursos para o FNC e para fundações culturais com fins específicos ou para museus, bibliotecas, arquivos ou outras entidades de caráter cultural; 71 72 09/05/2020 37 Atividades Culturais ou Artísticas Pronac – Objetivos V - apoio a outras atividades culturais e artísticas, mediante: a) realização de missões culturais no país e no exterior, inclusive através do fornecimento de passagens; b) contratação de serviços para elaboração de projetos culturais; c) ações não previstas nos incisos anteriores e consideradas relevantes pelo Ministro de Estado da Cultura, consultada a Comissão Nacional de Apoio à Cultura Atividades Culturais ou Artísticas Fundo Nacional da Cultura (FNC) - Objetivos Captar e destinar recursos para projetos culturais compatíveis com as finalidades do Pronac e de: I - estimular a distribuição regional equitativa dos recursos a serem aplicados na execução de projetos culturais e artísticos; II - favorecer a visão interestadual, estimulando projetos que explorem propostas culturais conjuntas, de enfoque regional; III - apoiar projetos dotados de conteúdo cultural que enfatizem o aperfeiçoamento profissional e artístico dos recursos humanos na área da cultura, a criatividade e a diversidade cultural brasileira; 73 74 09/05/2020 38 Atividades Culturais ou Artísticas Fundo Nacional da Cultura (FNC) - Objetivos CONT. IV - contribuir para a preservação e proteção do patrimônio cultural e histórico brasileiro; V - favorecer projetos que atendam às necessidades da produção cultural e aos interesses da coletividade, aí considerados os níveis qualitativos e quantitativos de atendimentos às demandas culturais existentes, o caráter multiplicador dos projetos através de seus aspectos sócio-culturais e a priorização de projetos em áreas artísticas e culturais com menos possibilidade de desenvolvimento com recursos próprios. Atividades Culturais ou Artísticas Fundo Nacional da Cultura (FNC) • Administrado pelo Ministério da Cultura • Os Recursos do FNC somente serão aplicados em projetos cultuais após aprovados, com parecer de órgão técnico competente. • Os projetos aprovados serão acompanhados e avaliados tecnicamente pelas entidades supervisionadas, cabendo a execução financeira à SEC/PR. 75 76 09/05/2020 39 Atividades Culturais ou Artísticas FNC • Sempre que necessário, as entidades supervisionadas utilizarão peritos para análise e parecer sobre os projetos, permitida a indenização de despesas com o deslocamento, quando houver, e respectivos pró-labore e ajuda de custos, conforme ficar definido no regulamento. • O Secretário da Cultura da Presidência da República designará a unidade da estrutura básica da SEC/PR que funcionará como secretaria executiva do FNC. • Os recursos do FNC não poderão ser utilizados para despesas de manutenção administrativa do Ministério da Cultura, exceto para a aquisição ou locação de equipamentos e bens necessários ao cumprimento das finalidades do Fundo Atividades Culturais ou Artísticas FNC • Ao término do projeto, a SEC/PR efetuará uma avaliação final de forma a verificar a fiel aplicação dos recursos, observando as normas e procedimentos a serem definidos no regulamento desta lei, bem como a legislação em vigor. • As instituições públicas ou privadas recebedoras de recursos do FNC e executoras de projetos culturais, cuja avaliação final não for aprovada pela SEC/PR, nos termos do parágrafo anterior, ficarão inabilitadas pelo prazo de três anos ao recebimento de novos recursos, ou enquanto a SEC/PR não proceder a reavaliação do parecer inicial. 77 78 09/05/2020 40 Atividades Culturais ou Artísticas FNC É um fundo de natureza contábil, com prazo indeterminado de duração, que funcionará sob as formas de apoio a fundo perdido ou de empréstimos reembolsáveis, conforme estabelecer o regulamento, e constituído dos seguintes recursos: • Recursos do Tesouro Nacional; • Doações, nos termos da legislação vigente; • Legados; • Subvenções e auxílios de entidades de qualquer natureza, inclusive de organismos internacionais; • Saldos não utilizados na execução dos projetos; Atividades Culturais ou Artísticas FNC CONT. • Devolução de recursos de projetos não iniciados ou interrompidos, com ou sem justa causa; • 1% da arrecadação dos Fundos de Investimentos Regionais, a que se refere a Lei n° 8.167, de 16 de janeiro de 1991, obedecida na aplicação a respectiva origem geográfica regional; • 3% da arrecadação bruta dos concursos de prognósticos e loterias federais e similares cuja realização estiver sujeita a autorização federal, deduzindo-se este valor do montante destinados aos prêmios; 79 80 09/05/2020 41 Atividades Culturais ou Artísticas FNC CONT. • Reembolso das operações de empréstimo realizadas através do fundo, a título de financiamento reembolsável, observados critérios de remuneração que, no mínimo, lhes preserve o valor real; • Resultado das aplicações em títulos públicos federais, obedecida a legislação vigente sobre a matéria; • Conversão da dívida externa com entidades e órgãos estrangeiros, unicamente mediante doações, no limite a ser fixado pelo Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento, observadas as normas e procedimentos do Banco Central do Brasil; • Saldos de exercícios anteriores; • Recursos de outras fontes. Atividades Culturais ou Artísticas FNC O FNC financiará até oitenta por cento do custo total de cada projeto, mediante comprovação, por parte do proponente, ainda que pessoa jurídica de direito público, da circunstância de dispor do montante remanescente ou estar habilitado à obtenção do respectivo financiamento, através de outra fonte devidamente identificada, exceto quanto aos recursos com destinação especificada na origem. • Poderão ser considerados, para efeito de totalização do valor restante, bens e serviços oferecidos pelo proponente para implementação do projeto, a serem devidamente avaliados pela SEC/PR. • A SEC/PR estimulará, através do FNC, a composição, por parte de instituições financeiras, de carteiras para financiamento de projetos culturais, que levem em conta o caráter social da iniciativa, mediante critérios, normas, garantias e taxas de juros especiais a serem aprovados pelo Banco Central do Brasil. 81 82 09/05/2020 42 Atividades Culturais ou Artísticas Quem pode apresentar projetos ao FNC • Pessoa Jurídica de Natureza Cultural de Direito privado sem fins lucrativos: Fundações particulares, ONGs, associações, institutos, OSCIP e etc. De direito Público (da esfera federal, estaduais e municipais): prefeituras, secretarias de Cultura, fundações, autarquias. • Pessoa Física Apoiada somente mediante a concessão de passagens e bolsas de estudo (programa suspenso) Atividades Culturais ou Artísticas Objetivos dos projetos Os projetos a serem apresentados por pessoasfísicas ou pessoas jurídicas, de natureza cultural para fins de incentivo, objetivarão desenvolver as formas de expressão, os modos de criar e fazer, os processos de preservação e proteção do patrimônio cultural brasileiro, e os estudos e métodos de interpretação da realidade cultural, bem como contribuir para propiciar meios, à população em geral, que permitam o conhecimento dos bens de valores artísticos e culturais, compreendendo, entre outros, os seguintes segmentos: I - teatro, dança, circo, ópera, mímica e congêneres; II - produção cinematográfica, videográfica, fotográfica, discográfica e congêneres; III - literatura, inclusive obras de referência; IV - música; V - artes plásticas, artes gráficas, gravuras, cartazes, filatelia e outras congêneres; VI - folclore e artesanato; 83 84 09/05/2020 43 Atividades Culturais ou Artísticas Objetivos dos projetos CONT.. VII - patrimônio cultural, inclusive histórico, arquitetônico, arqueológico, bibliotecas, museus, arquivos e demais acervos; VIII - humanidades; e IX - rádio e televisão, educativas e culturais, de caráter não- comercial. Atividades Culturais ou Artísticas Considerações gerais • Os projetos culturais relacionados com os segmentos do inciso II deste artigo deverão beneficiar exclusivamente as produções independentes, bem como as produções culturais-educativas de caráter não comercial, realizadas por empresas de rádio e televisão. • A pessoa Jurídica poderá deduzir do imposto de renda devido as quantias efetivamente realizadas no período de apuração a título de doações ou patrocínio tanto mediante contribuições ao FNC, na forma de doações nos termos do inc. II do art. 5° da Lei 8313/91, quando mediante a apoio direto a projetos: • I – Culturais aprovadas na forma de regulamentação do PRONAC nos termos do inc. II do art. 26 da Lei 8.313/91. • II – Relacionados a produção Cultural, a que se refere o art. 18, caput §§ 1° e 3°, da Lei 8.313/91. 85 86 09/05/2020 44 Atividades Culturais ou Artísticas INCENTIVOS A ATIVIDADES ESPECÍFICAS – ART 18 São enquadradas neste tipo de incentivo, as seguintes atividades: a) artes cênicas; b) livros de valor artístico, literário ou humanístico; c) música erudita ou instrumental; d) exposições de artes visuais; e) doações de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas, bem como treinamento de pessoal e aquisição de equipamentos para a manutenção desses acervos; f) produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta e média metragem e preservação e difusão do acervo audiovisual; g) preservação do patrimônio cultural material e imaterial. h) construção e manutenção de salas de cinema e teatro, que poderão funcionar também como centros culturais comunitários, em Municípios com menos de 100.000 (cem mil) habitantes. Atividades Culturais ou Artísticas INCENTIVOS A ATIVIDADES ESPECÍFICAS – ART 18 • Estes incentivos por áreas específicas são deduzidos integralmente do IR, com limite máximo de 4% • A Despesa operacional não será dedutível, ou seja, será adicionada as bases do IR e da CSLL Há discussões sobre ter que adicionar as bases da CSLL, pois o art. 18 da Lei incluiu o seguinte trecho no § 2°: As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real não poderão deduzir o valor da doação ou do patrocínio referido no parágrafo anterior como despesa operacional. O Fisco não diz claramente que a despesa não será dedutível na base da CSLL. No entanto esse entendimento ainda não prosperou. 87 88 09/05/2020 45 Atividades Culturais ou Artísticas INCENTIVOS A ATIVIDADES ESPECÍFICAS – ART 18 EXEMPLOS: A Cia ESTRELA apresenta, em 2012, um lucro antes do IR/CSLL no valor de R$ 400.000,00. Efetuou um patrocínio a Orquestra Filarmônica Brasileira no valor de R$ 2.000,00 e fez doações para o Instituto de preservação do patrimônio cultural imaterial no valor de R$ 3.000,00. CIA ESTRELA ART 18 Lucro antes do IR/CSLL 400.000,00 Adições 5.000,00 Lucro Real 405.000,00 CSLL 36.450,00 IR 15% 60.750,00 IR 10% 16.500,00 IMPOSTO DEVIDO IR 60.750,00 Doação 3.000,00 Patrocínio 2.000,00 Limite do Incentivo Fiscal 2.430,00 Excesso 2.570,00 Atividades Culturais ou Artísticas INCENTIVOS A ATIVIDADES ESPECÍFICAS – ART 18 EXEMPLOS: • De acordo com a aplicação do art. 18 o total da despesa será adicionada as bases de IR/CSLL e o valor do incentivo será limitado a 4% do IR alíquota básica que foi de R$ 2.430,00. • O excedente, no valor de R$ 2.570,00, não poderá ser aproveitado. 89 90 09/05/2020 46 Atividades Culturais ou Artísticas INCENTIVOS A ATIVIDADES ESPECÍFICAS – ART 25 • Já os Incentivos do art. 25 englobam as demais atividades não definidas na lei 9874/99. Neste caso, a dedução direta do IR é de 40% nas doações e 30% nos patrocínios. • Neste caso as despesas serão dedutíveis. Atividades Culturais ou Artísticas INCENTIVOS A ATIVIDADES ESPECÍFICAS – ART 25 EXEMPLOS: A Cia ARAXA apresenta, em 2012, um lucro antes do IR/CSLL no valor de R$ 1.020.000,00. Considere um patrocínio de uma escola de Samba no valor de R$ 20.000,00, cujo o enredo foi enquadrado na Lei Rouanet. CIA ARAXÁ SEM Cultura COM Cultura ECONOMIA DE IR/CSLL OBTIDA C/ INCENTIVO A CULTURA Lucro antes do IR/CSLL 1.020.000,00 1.000.000,00 CSLL 91.800,00 90.000,00 IR 15% 153.000,00 150.000,00 IR 10% 78.000,00 76.000,00 (-) Incentivo Fiscal - - 6.000,00 TOTAL DE IR/CSLL 322.800,00 310.000,00 12.800,00 91 92 09/05/2020 47 Atividades Culturais ou Artísticas INCENTIVOS A ATIVIDADES ESPECÍFICAS – ART 25 EXEMPLOS: • A redução do IR e da CSLL será de R$ 12.800,00, contra desembolso de R$ 20.000,00 para patrocínio. O incentivo fiscal foi de 30% do valor da despesa, R$ 6.000,00. • De fato, a Cia ARAXÁ investiu R$ 20.000,00 e obteve redução de R$ 12.800,00 nos seus tributos. • Portanto o Incentivo da Lei Rouanet (art. 25) representou retorno de 64% do valor investido, no caso de patrocínio, e 74% caso fosse de doações. • Neste tipo de incentivo, a empresa contribui com uma parte de seus recursos próprios. Atividades Culturais ou Artísticas Conceitos de Doações e Patrocínios Consideram-se: I - Doações: A transferência gratuita em caráter definitivo a pessoa física ou pessoa jurídica de natureza cultural, sem fins lucrativos, de numerário, bens ou serviços para a realização de projetos culturais, vedado o seu uso em publicidade para divulgação das atividades objeto do respectivo projeto cultural; 93 94 09/05/2020 48 Atividades Culturais ou Artísticas Conceitos de doações e patrocínios II - Patrocínios: a) a transferência gratuita, em caráter definitivo, à pessoa física ou jurídica de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos, de numerário para a realização de projetos culturais, com finalidade promocional e institucional de publicidade; b) a cobertura de gastos ou a utilização de bens móveis ou imóveis do patrimônio do patrocinador, sem a transferência de domínio, para a realização de projetos culturais por pessoa física ou jurídica de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos. c) apoio financeiro em favor de projetos de execução de planos plurianuais de atividades culturais apresentados por entidades culturais de relevantes serviços prestados à cultura nacional; SUDAM e SUDENE Incentivos Fiscais 95 96 09/05/2020 49 SUDAM - Histórico O Plano de Valorização da Amazônia, criado pela Constituição de 1946, teve sua discussão reiniciada em 1950 com a posse do Presidente Getúlio Vargas que convocou uma Conferência Técnico Administrativo para estudar e debater assuntos relativos ao processo de desenvolvimento da Amazônia. Em sua Mensagem de 1952 ao Congresso Nacional informou da conclusão dos estudos, e da elaboração de um Projeto de Lei, que resultou na Lei nº 1.806, sancionada em 06/01/1953, que instituía o Plano de Valorização Econômica da Amazônia e em seu art. 22, criava a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia - SPVEA SUDAM - Histórico A instituição tinha como objetivos gerais:a) Assegurar a ocupação da Amazônia em um sentido brasileiro; b) Constituir na Amazônia uma sociedade economicamente estável e progressista, capaz de, com seus próprios recursos, prover a execução de suas tarefas sociais; c) Desenvolver a Amazônia num sentido paralelo e complementar ao da economia brasileira. 97 98 09/05/2020 50 SUDAM - Histórico A SUDAM, criada em substituição à SPVEA, passa a ser uma autarquia vinculada à Secretaria Especial de Políticas Regionais do Ministério do Planejamento e Orçamento e e, em seguida, passou a ser vinculada ao Ministério do Interior. É criada com a finalidade de planejar, coordenar, promover a execução e controlar a ação federal na Amazônia Legal, tendo em vista o desenvolvimento regional. A SUDAM foi instalada em 30 de novembro de 1966. O primeiro superintendente foi o General Mário de Barros Cavalcante. Já o primeiro superintende da SUDAM civil, assumiu no início de abril de 1974. Hugo de Almeida era engenheiro civil e industrial. Teve a missão de implantar a Zona Franca de Manaus e foi quem introduziu o sistema de reunião mensal do CONDEL. SUDAM - Histórico A SUDAM atuou principalmente na atração de investimentos para a Amazônia, por meio do Fundo de Investimento da Amazônia (Finam) e dos incentivos fiscais. Atuou ainda na coordenação e supervisão, outras vezes mesmo elaboração e execução de programas e planos de outros órgãos federais. Em 24 de agosto de 2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso, na medida provisória nº. 2.157-5, criou a Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA) e extinguiu a SUDAM. Esta decisão foi tomada após várias críticas quanto à eficiência dessa autarquia, passando a ser a responsável pelo gerenciamento dos programas relativos à Amazônia Legal. 99 100 09/05/2020 51 SUDAM - Histórico Com uma estrutura pequena e orçamento limitado a ADA atuou durante seis anos no planejamento regional e teve como principal foco o fortalecimento de Arranjos Produtivos Locais (APL) da Amazônia Legal. A Agência também iniciou a operacionalização do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), voltado para o financiamento de grandes projetos privados na Amazônia. SUDAM - Histórico Em 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cria a nova Sudam pela Lei Complementar N°124, de 3 de janeiro de 2007, em substituição à Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA). O Decreto N° 6.218, de 4 de outubro de 2007, aprovou a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e suas Funções Gratificadas. A SUDAM passa a ser uma Autarquia Federal, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, tendo como missão institucional promover o desenvolvimento includente e sustentável de sua área de atuação e a integração competitiva da base produtiva regional na economia nacional e internacional nos nove estados da Amazônia Legal. 101 102 09/05/2020 52 SUDENE - Histórico A criação da SUDENE em 15/12/1959 representou uma das conquistas mais importantes do povo brasileiro, na história recente de nosso país, porque deu início a uma nova era, marcada pela incorporação progressiva da Região Nordeste e, logo em seguida, da Amazônia, ao processo de desenvolvimento nacional conduzido pelo governo federal, que até àquela data se concentrava nos estreitos limites das Regiões Sudeste e Sul. A principal força motriz dessa conquista foi a conscientização e mobilização da sociedade brasileira, conduzida sob a liderança legítima de suas forças sociais e políticas mais representativas, quanto à situação de abandono secular em que se encontrava a Região, em relação às políticas nacionais de promoção do desenvolvimento, o que vinha resultando no seu atraso crescente, diante dos avanços realizados nas áreas mais desenvolvidas do País. SUDENE - Histórico Foi decisiva a contribuição ofertada no documento intitulado “Uma Política de Desenvolvimento Econômico para o Nordeste”, construída sob o comando de Celso Furtado à frente do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste - GTDN, que originou os quatro sucessivos Planos Diretores que balizaram a ação desenvolvimentista da SUDENE iniciada na década de 1960. 103 104 09/05/2020 53 SUDENE - Histórico Ao viabilizar, através de medidas administrativas, o atendimento a esses quatro requisitos fundamentais, o governo federal garantiu o extraordinário sucesso da contribuição da SUDENE, nos 25 anos iniciais, de sua atuação, ao desenvolvimento da Região Nordeste, com evidentes repercussões positivas na aceleração do Desenvolvimento Econômico do Brasil. Em consequência da atuação da Sudene a economia nordestina, após um longo período de estagnação, experimentou no período de 1960/1970, um crescimento médio anual de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5%, enquanto a economia brasileira, nela incluída a do Nordeste, pode crescer, no mesmo período, à elevada taxa média anual de 6,1%. SUDENE - Histórico Já no período de 1970/1980, época do chamado “milagre brasileiro” o crescimento médio anual de 8,7% do PIB do Nordeste contribuiu para o incremento médio anual da economia brasileira estimado em 8,6%, conforme registrado no documento “Desempenho Econômico da Região Nordeste do Brasil”. Essa relevante mudança veio desacreditar em definitivo a ideia preconceituosa de que o Nordeste constituiria um sumidouro de recursos públicos, representando apenas um custo onerando as populações das demais regiões brasileiras. 105 106 09/05/2020 54 SUDENE - Histórico O crescimento significativo do PIB Nordestino registrado no período em análise, serve para explicitar sinteticamente os resultados da atuação estratégica da SUDENE na Região, abrangendo, entre outros, os seguintes setores: • Expansão e modernização da infraestrutura de transportes, energia e saneamento básico; • Montagem e fortalecimento das estruturas globais e setoriais de planejamento e execução nos estados; SUDENE - Histórico • Capacitação das Universidades Federais do Nordeste, através de diversificados programas de formação de mestres e doutores; • Desenvolvimento através do FINOR de uma base industrial moderna e competitiva; • Implantação, ampliação e modernização de empreendimentos competitivos com base na concessão de incentivos de isenção total ou parcial do imposto de renda; e • Implantação de sistema de desenvolvimento das pequenas e médias empresas para completar as cadeias produtivas regionais. 107 108 09/05/2020 55 SUDENE - Histórico A EXTINÇÃO DA ANTIGA SUDENE E A CRIAÇÃO DA AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE - ADENE • A extinção da antiga SUDENE e a criação da ADENE resultaram de iniciativa do Governo Federal concretizada na edição da Medida Provisória nº 2.146-1 de 04 de maio de 2001. • Essa decisão foi tomada sob a influência marcante da grande recessão que afetou o País a partir da década de 1980, tendo como causa remota os dois choques do petróleo ocorridos na década anterior, culminando com a cessação dos financiamentos externos e com a decretação da moratória em 1987. SUDENE - Histórico A EXTINÇÃO DA ANTIGA SUDENE E A CRIAÇÃO DA AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE - ADENE • No entanto, a criação da ADENE, sem a mínima condição de levar adiante a política de desenvolvimento que havia sido iniciada com sucesso pela SUDENE, sofreu severa rejeição da sociedade nordestina abrindo espaço para a discussão de propostas alternativas quanto à política de desenvolvimento regional. 109 110 09/05/2020 56 SUDENE - Histórico NSTITUIÇÃO DA NOVA SUDENE: NOVA APOSTA NO PLANEJAMENTO REGIONAL PARTICIPATIVO PARA A IMPULSÃO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL • A instituição da Nova SUDENE por meio da Lei Complementar nº 125/2007, veio em resposta aos anseios da população nordestina, manifestos no amplo processo de mobilização das forças sociais, políticas e econômicas da Região, ocorrido no período 2001/2003, onde se tornou evidente a inadequada configuração institucional da ADENE e a necessidade de implantação de uma nova instituição de desenvolvimentoregional legalmente aparelhada e administrativamente dotada de organização e recursos suficientes para por em marcha uma nova sistemática de articulação Inter federativa e planejamento participativo capaz de promover a necessária aceleração do processo de incorporação da Região na expectativa da retomada do desenvolvimento nacional interrompido com a recessão de 1980. Lei Complementar 124/07 Institui, na forma do art. 43 da Constituição Federal, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM; Estabelece sua composição, natureza jurídica, objetivos, área de competência e instrumentos de ação; dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia – FDA 111 112 09/05/2020 57 Lei Complementar 124/07 A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM, de natureza autárquica especial, administrativa e financeiramente autônoma, integrante do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, com sede na cidade de Belém, Estado do Pará, e vinculada ao Ministério da Integração Nacional. A área de atuação da Sudam abrange os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Tocantins, Pará e do Maranhão na sua porção a oeste do Meridiano 44º Lei Complementar 124/07 A Sudam tem por finalidade promover o desenvolvimento includente e sustentável de sua área de atuação e a integração competitiva da base produtiva regional na economia nacional e internacional. Compete à Sudam: I - definir objetivos e metas econômicas e sociais que levem ao desenvolvimento sustentável de sua área de atuação; II - formular planos e propor diretrizes para o desenvolvimento de sua área de atuação, em consonância com a política nacional de desenvolvimento regional, articulando-os com os planos nacionais, estaduais e locais; 113 114 09/05/2020 58 Lei Complementar 124/07 III - propor diretrizes para definir a regionalização da política industrial, que considerem as potencialidades e as especificidades de sua área de atuação; IV - articular e propor programas e ações perante os ministérios setoriais para o desenvolvimento regional, com ênfase no caráter prioritário e estratégico, de natureza supra-estadual ou sub-regional; V - articular as ações dos órgãos públicos e fomentar a cooperação das forças sociais representativas na sua área de atuação, de forma a garantir o cumprimento dos objetivos e metas de que trata o inciso I do caput deste artigo; Lei Complementar 124/07 VI - atuar, como agente do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, para promover a diferenciação regional das políticas públicas nacionais e a observância dos §§ 1o e 7º do art. 165 da Constituição Federal; VII - nos termos do inciso VI do caput deste artigo, em articulação com o Ministério da Integração Nacional, assessorar o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão na elaboração do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do Orçamento Geral da União, em relação aos projetos e atividades previstas na sua área de atuação; 115 116 09/05/2020 59 Lei Complementar 124/07 VIII - apoiar, em caráter complementar, investimentos públicos e privados nas áreas de infra-estrutura econômica e social, capacitação de recursos humanos, inovação e difusão tecnológica, políticas sociais e culturais e iniciativas de desenvolvimento sub-regional; IX - estimular, por meio da administração de incentivos e benefícios fiscais, os investimentos privados prioritários, as atividades produtivas e as iniciativas de desenvolvimento sub- regional em sua área de atuação, conforme definição do Conselho Deliberativo, em consonância com o § 2º do art. 43 da Constituição Federal e na forma da legislação vigente; Lei Complementar 124/07 X - coordenar programas de extensão e gestão rural, assistência técnica e financeira internacional em sua área de atuação; XI - estimular a obtenção de patentes e coibir que o patrimônio da biodiversidade seja pesquisado, apropriado e patenteado em detrimento dos interesses da região e do País; XII - propor, em articulação com os ministérios competentes, as prioridades e os critérios de aplicação dos recursos dos fundos de desenvolvimento e dos fundos setoriais na sua área de atuação, em especial aqueles vinculados ao desenvolvimento científico e tecnológico; XIII - promover o desenvolvimento econômico, social e cultural e a proteção ambiental da Amazônia, por meio da adoção de políticas diferenciadas para as sub-regiões. 117 118 09/05/2020 60 Lei Complementar 124/07 São instrumentos de ação da Sudam: I - planos regionais de desenvolvimento plurianuais e anuais, articulados com os planos federais, estaduais e locais; II - o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO; III - o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia - FDA; IV - programas de incentivos e benefícios fiscais e financeiros, na forma da lei e da Constituição Federal; V - outros instrumentos definidos em lei. Lei Complementar 124/07 Constituem receitas da Sudam: I - dotações orçamentárias consignadas no Orçamento Geral da União; II - transferências do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, equivalentes a 2% (dois por cento) do valor de cada liberação de recursos; III - resultados de aplicações financeiras de seus recursos; IV - outras receitas previstas em lei. 119 120 09/05/2020 61 Lei Complementar 125/07 Fica instituída a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, de natureza autárquica especial, administrativa e financeiramente autônoma, integrante do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, com sede na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, e vinculada ao Ministério da Integração Nacional. Lei Complementar 125/07 A área de atuação da Sudene abrange os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e as regiões e os Municípios do Estado de Minas Gerais de que tratam as Leis nos 1.348, de 10 de fevereiro de 1951, 6.218, de 7 de julho de 1975, e 9.690, de 15 de julho de 1998, bem como os Municípios de Águas Formosas, Angelândia, Aricanduva, Arinos, Ataléia, Bertópolis, Campanário, Carlos Chagas, Catuji, Crisólita, Formoso, Franciscópolis, Frei Gaspar, Fronteira dos Vales, Itaipé, Itambacuri, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas, Ladainha, Leme do Prado, Maxacalis, Monte Formoso, Nanuque, Novo Oriente de Minas, Ouro Verde de Minas, Pavão, Pescador, Ponto dos Volantes, Poté, Riachinho, Santa Fé de Minas, Santa Helena de Minas, São Romão, Serra dos Aimorés, Setubinha, Teófilo Otoni, Umburatiba e Veredinha, todos em Minas Gerais, e ainda os Municípios do Estado do Espírito Santo relacionados na Lei nº 9.690, de 15 de julho de 1998, bem como o Município de Governador Lindemberg. 121 122 09/05/2020 62 Lei Complementar 125/07 As competências e Receitas da SUDENE são as mesmas da SUDAM. Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Os incentivos Fiscais • Isenção do IRPJ (Programa de Inclusão Digital) • Redução de 75% do IRPJ para novos empreendimentos • Reinvestimentos do IRPJ • Isenção do AFRMM (Exclusivo SUDENE) • Depreciação acelerada 123 124 09/05/2020 63 Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Isenção do IRPJ (Programa de Inclusão Digital) • A quem se destina? Beneficia as pessoas jurídicas titulares de projetos de implantação, modernização, ampliação ou diversificação de empreendimentos, protocolizados até 31/12/2018, com a isenção do imposto, inclusive adicionais não-restituíveis, pelo prazo de 10 (dez) anos, para as atividades de fabricação de máquinas, equipamentos, instrumentos e dispositivos baseados em tecnologia digital, voltados para o programa de inclusão digital. Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Isenção do IRPJ (Programa de Inclusão Digital) • Pré-condições Gerais ao Direito do Benefício 1 - A unidade produtora objeto do incentivo deve estar localizada e em operação na área de atuação da SUDENE; 2 - As atividades do empreendimento objeto do incentivo devem pertencer aos setores da economia considerados como prioritários para o desenvolvimento regional,conforme definido no Decreto nº 4.213 de 26 de abril de 2002 e limitar- se-á a fabricação de máquinas, equipamentos, instrumentos e dispositivos, baseados em tecnologia digital, voltados para o programa de inclusão digital; 3 - A pessoa jurídica titular do empreendimento deve ser optante da tributação com base no lucro real, para efeito de fruição deste benefício fiscal. 125 126 09/05/2020 64 Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Conceitos aplicados aos Projetos 1 - Implantação: aquele que proporciona a entrada de uma nova unidade produtora no mercado; 2 - Diversificação: aquele que introduz novas linhas de produção, com ou sem exclusão de linhas já existentes, para produzir um novo produto/serviço; 3 - Modernização Parcial: aquele que introduz novas tecnologias, novos métodos e meios racionais de produção, modernizando parcialmente o processo produtivo de um empreendimento (uma ou mais linhas de produção); 4 - Modernização Total: aquele que introduz novas tecnologias, novos métodos e meios racionais de produção, modernizando completamente o processo produtivo de um empreendimento; 5 - Ampliação: aquele que amplia a capacidade real instalada do empreendimento (uma ou mais linhas de produção). Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Critérios para admissibilidade dos projetos 1 - Projeto de Implantação: este tipo de projeto só será admitido quando o empreendimento atingir uma produção efetiva superior a 20% de sua capacidade real instalada; 2 - Projeto de Diversificação: este tipo de projeto só será admitido quando a linha de produção diversificada atingir uma produção efetiva superior a 20% de sua capacidade real instalada; 127 128 09/05/2020 65 Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Critérios para admissibilidade dos projetos 3 - Projeto de Modernização Total: este tipo de projeto só será admitido quando a linha de produção modernizada atingir uma produção efetiva superior a 20% da nova capacidade real instalada; 4 - Projeto de Modernização Parcial / Projeto de Ampliação: existem duas condições para admissibilidade destes tipos de projeto. A primeira é que a ampliação da capacidade real instalada deve ser de, no mínimo, 20% para empreendimento de infraestrutura ou estruturadores e de, no mínimo, 50% nos casos dos demais empreendimentos. A segunda condição a ser atendida é que a produção efetiva deve esgotar a capacidade instalada anterior e atingir uma produção superior a 20% da capacidade incrementada. Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Redução de 75% do IRPJ para novos empreendimentos • Beneficia as pessoas jurídicas titulares de projetos de implantação, modernização, ampliação ou diversificação de empreendimentos, protocolizados até 31/12/2018, com a redução de 75% (setenta e cinco por cento) do imposto, inclusive adicionais não-restituíveis, pelo prazo de 10 (dez) anos.. 129 130 09/05/2020 66 Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Reinvestimentos do IRPJ Beneficia as pessoas jurídicas com empreendimentos em operação na área de atuação da SUDENE, com o reinvestimento de 30% (trinta por cento) do Imposto devido, em projetos de modernização ou complementação de equipamento, até o ano de 2018. Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Isenção do AFRMM Beneficia as pessoas jurídicas cujos empreendimentos se implantarem, modernizarem, ampliarem ou diversificarem no Nordeste até 31 de dezembro de 2015, com a isenção do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM. 131 132 09/05/2020 67 Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Isenção do AFRMM Condições 1 - A unidade produtora do empreendimento estar localizada na Região Nordeste do Brasil; 2 - O empreendimento é considerado prioritário para o desenvolvimento regional, conforme definido no Decreto nº 4.213, de 26 de abril de 2002. Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Depreciação acelerada • Beneficia as pessoas jurídicas, que usufruem do Incentivo Fiscal de Redução de 75% do IRPJ, com a depreciação acelerada incentivada de bens adquiridos, para efeito de cálculo do imposto sobre a renda, e com o desconto dos créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. 133 134 09/05/2020 68 Incentivos Fiscais – SUDAM e SUDENE Depreciação acelerada • Pré-condições Gerais ao Direito do Benefício 1 - O empreendimento é beneficiário do Incentivo Fiscal de Redução de 75% do IRPJ; 2 - A unidade produtora do empreendimento está localizada em microrregiões menos desenvolvidas na área de atuação da SUDAM e da SUDENE. Incentivo ao Esporte 135 136 09/05/2020 69 Incentivo ao Esporte Legislação • A lei LEI Nº 11.438/06, com alterações, criou incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo Incentivo ao Esporte Histórico • A partir do ano-calendário de 2007 e até o ano- calendário de 2022, inclusive, poderão ser deduzidos do imposto de renda devido, apurado na Declaração de Ajuste Anual pelas pessoas físicas ou em cada período de apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica tributada com base no lucro real os valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte 137 138 09/05/2020 70 Incentivo ao Esporte Limites I - relativamente à pessoa jurídica, a 1% (um por cento) do imposto devido, observado o disposto no § 4o do art. 3o da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, em cada período de apuração; (Redação dada pela Lei nº 11.472, de 2007) II - relativamente à pessoa física, a 6% (seis por cento) do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual, conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997 Incentivo ao Esporte Limites As pessoas jurídicas não poderão deduzir os valores de para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. Os benefícios de que trata este artigo não excluem ou reduzem outros benefícios fiscais e deduções em vigor. Não são dedutíveis os valores destinados a patrocínio ou doação em favor de projetos que beneficiem, direta ou indiretamente, pessoa física ou jurídica vinculada ao doador ou patrocinador 139 140 09/05/2020 71 Incentivo ao Esporte Vinculados ao patrocinador ou ao doador I - a pessoa jurídica da qual o patrocinador ou o doador seja titular, administrador, gerente, acionista ou sócio, na data da operação ou nos 12 (doze) meses anteriores; II - o cônjuge, os parentes até o terceiro grau, inclusive os afins, e os dependentes do patrocinador, do doador ou dos titulares, administradores, acionistas ou sócios de pessoa jurídica vinculada ao patrocinador ou ao doador; III - a pessoa jurídica coligada, controladora ou controlada, ou que tenha como titulares, administradores acionistas ou sócios alguma das pessoas a que se refere o item II. Incentivo ao Esporte Os projetos desportivos e para desportivos atenderão I - desporto educacional; II - desporto de participação; III - desporto de rendimento 141 142 09/05/2020 72 Lei do Bem Lei do Bem “Concessão de incentivos fiscais às pessoas jurídicas de qualquer segmento que realizem pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.” Lei 11.196, de 21 de Novembro de 2005 – arts 17 a 26 “...inovação tecnológica...” “...pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica...” Instrução Normativa RFB nº 1.187 de 29 de agosto de 2011 “...Regulamenta os incentivos fiscais às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, de que tratam os arts. 17 a 26 da Lei 11.196, de 21 de novembro de 2005...” Decreto 5.798/06 143 144 09/05/2020 73 Lei do Bem Estejam no Lucro Real Tenham Lucro Fiscal durante o ano Comprovem Regularidade Fiscal Investem em Pesquisa e Desenvolvimento Pré-requisitos Lei do Bem Redução da carga tributáriaRedução da carga tributária Redução de até 34% no IR e CSLL Redução de 50% no IPI na compra de equipamentos