Teoria Geral do Estado

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TEORIA GERAL DO ESTADO – CIÊNCIA POLÍTICA
O ESTADO É UMA ORGANIZAÇÃO DESTINADA A MANTER, PELA APLICAÇÃO DO DIREITO, AS CONDIÇÕES UNIVERSAIS DE ORDEM SOCIAL.
ESTADO É O AGRUPAMENTO HUMANO, ESTABELECIDO EM DETERMINADO TERRITÓRIO E SUBMETIDO A UM GOVERNO; NÃO EXISTE ESTADO SEM NAÇÃO. PODE HAVER ESTADO SEM TERRITÓRIO.
AGRUPAMENTO HUMANO = POVO = POPULAÇÃO = NAÇÃO.
A FINALIDADE PRINCIPAL DO ESTADO É A DE GARANTIR O INTERESSE PÚBLICO, OU SEJA, O INTERESSE COLETIVO PREVALECE SOBRE O INTERESSE PARTICULAR.
ESTADO PERFEITO – PRESSUPÕE A PRESENÇA DE POPULAÇÃO HOMOGÊNEA, TERRITÓRIO CERTO E INALIENÁVEL E GOVERNO INDEPENDENTE.
ESTADO IMPERFEITO – É A AUSÊNCIA OU DESFIGURAÇÃO DE QUALQUER DESSES ELEMENTOS – EX.: CANADÁ, QUE NÃO TEM GOVERNO INDEPENDENTE, SENDO SUBORDINADO AO GOVERNO BRITÂNICO.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO
1 – ESTADO ANTIGO (ORIENTAL) – TEOCRÁTICO E POLITEÍSTA, DESTACANDO-SE, PELO SEU FEITIO MAIS HUMANO E MAIS RACIONAL. EX.: ESTADO DE ISRAEL.
Teocracia é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião. O poder teocrático pode ser exercido direta ou indiretamente pelos clérigos de uma religião; os governantes, juízes e demais autoridades podem ser os próprios líderes religiosos (tal como foi Justiniano) ou podem ser cidadãos leigos submetidos ao controle dos clérigos (como ocorre atualmente no Irã, onde os chefes de governo, estado e poder judiciário estão submetidos ao aiatolá e ao conselho dos clérigos). Sua forma corrupta é também denominada clerocracia.
Exemplos atuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo como chefe de Estado um sacerdote (o Papa), e o Irã, que é controlado pelos aiatolás, líderes religiosos islâmicos, desde a Revolução Islâmica, em 1979.
2 – ESTADO GREGO – CARACTERIZA-SE POR UMA NÍTIDA SEPARAÇÃO ENTRE A RELIGIÃO E A POLÍTICA.
3 – ESTADO ROMANO – EXPRESSÃO MÁXIMA DA CONCENTRAÇÃO POLÍTICA E ECONÔMICA.
4 – ESTADO FEUDAL – SURGIU EM CONSEQUÊNCIA DA INVASÃO DOS BÁRBAROS, QUE FOI A EXPRESSÃO MÁXIMA DA DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA, ADMINISTRATIVA E ECONÔMICA.
5 – ESTADO MEDIEVAL – A PARTIR DO SÉCULO XI, QUE FOI UMA NOVA EXPRESSÃO DA CENTRALIZAÇÃO DO PODER, COM A PREEMINÊNCIA DO PAPADO SOBRE O GOVERNO TEMPORAL.
6 – ESTADO MODERNO – REAGIU CONTRA A DESCENTRALIZAÇÃO FEUDAL DA IDADE MÉDIA E CONTRA O CONTROLE DA IGREJA ROMANA, REVESTINDO A FORMA DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO.
7 – ESTADO LIBERAL – IMPLANTADO PELA REVOLUÇÃO FRANCESA E BASEADO NO PRINCÍPIO DA SOBERANIA NACIONAL.
8 – ESTADO SOCIAL – SURGE A PARTIR DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.
ESTADO ANTIGO (IMPÉRIOS TEOCRÁTICOS) – IDADE ANTIGA
TEOCRACIA – ESTADO/RELIGIÃO.
OS ESTADOS MAIS ANTIGOS FORAM OS GRANDES IMPÉRIOS QUE SE FORMARAM NO ORIENTE, DESDE 3.000 ANOS A.C. ATÉ O SÉCULO V DA ERA CRISTÃ; OS MAIORES E MAIS ANTIGOS FORAM OS QUE SE FORMARAM NA BAIXA MESOPOTÂMIA, BANHADA PELAS ÁGUAS DOS RIOS TIGRE E EUFRATES, E, NO EGITO, BANHADO PELO RIO NILO.
ESTADO DE ISRAEL - ERA UMA EXCEÇÃO ENTRE OS ESTADOS ANTIGOS, POR SER DEMOCRÁTICO, SENDO QUE TODOS OS INDIVÍDUOS TINHAM A PROTEÇÃO DA LEI; O GOVERNO DE ISRAEL CONCEITUAVA-SE COMO UM PODER LIMITADO PELAS LEIS DE DEUS. O REI DE ISRAEL ERA APENAS CHEFE, CIVIL E MILITAR, ESCOLHIDO POR DEUS, ATRAVÉS DE SUA VONTADE.
EXTINGUIU-SE O ESTADO ANTIGO DE ISRAEL, COM A EXPULSÃO DE JERUSALÉM, RESSURGINDO EM 1948, CRIADO PELA DIVISÃO DA PALESTINA.
ESTADO GREGO – TEVE SEU APOGEU NO SÉCULO DE PÉRICLES (SÉC. VI A IV A.C.).
O ESTADO GREGO ERA DENOMINADO ESTADO-CIDADE (POLIS).
A POLIS ERA UMA ASSOCIAÇÃO POLÍTICA E UMA COMUNIDADE RELIGIOSA.
SÃO FILÓSOFOS GREGOS, PLATÃO E ARISTÓTELES.
ESTADO ROMANO – ESTADO-CIDADE (CIVITAS) – ERA UM ESTADO MONÁRQUICO, DO TIPO PATRIARCAL, EVOLUINDO PARA A REPÚBLICA.
DIVIDIU-SE EM DUAS CLASSES:
- PATRÍCIOS (PATERS E SEUS DESCENDENTES) – FORMAVAM A NOBREZA.
- CLIENTES – ERAM SERVIDORES DAS FAMÍLIAS.
ESTADO MEDIEVAL – IDADE MÉDIA
O ESTADO MEDIEVAL É UMA AFIRMAÇÃO SOLENE DA SUPREMACIA DA LEI.
COMEÇA NO SÉCULO V D.C. E TERMINA NO SÉCULO XV.
CARACTERÍSTICAS DO ESTADO MEDIEVAL:
1 – FORMA MONÁRQUICA DE GOVERNO;
2 – SUPREMACIA DO DIREITO NATURAL;
3 – CONFUSÃO ENTRE O DIREITO PÚBLICO E O PRIVADO;
4 – DESCENTRALIZAÇÃO FEUDAL;
5 – SUBMISSÃO DO ESTADO AO PODER ESPIRITUAL, REPRESENTADO PELA IGREJA ROMANA.
FEUDALISMO – A DESCENTRALIZAÇÃO FEUDAL FOI UMA DAS MAIS NOTÁVEIS CARACTERÍSTICAS DO ESTADO NA IDADE MÉDIA.
OS REIS BÁRBAROS, FRANCOS, E OUTROS, APÓS A INVASÃO AO IMPÉRIO ROMANO, TOMARAM O PODER E O DESCENTRALIZARAM, POIS O TERRITÓRIO CONQUISTADO ERA MUITO GRANDE; CRIOU-SE O FEUDALISMO, OU SEJA, OS TERRITÓRIOS FORAM DIVIDIDOS E NELES HAVIA UM PODER PRÓPRIO, DESCENTRALIZADO; PEDAÇOS DE TERRA OU FAZENDAS ERAM DE PROPRIEDADE DOS SENHORES FEUDAIS, SENDO QUE OS HABITANTES ERAM SEUS VASSALOS.
ESTADO MEDIEVAL E A IGREJA ROMANA
TODA A HISTÓRIA POLÍTICA DA IDADE MÉDIA GIRA EM TORNO DAS RELAÇÕES ENTRE O ESTADO E A IGREJA ROMANA; OS INTERESSES DA IGREJA, NESSE PERÍODO, PREVALECERAM SOBRE OS INTERESSES DOS MONARCAS (PODER ECLESIÁSTICO SOBRE O PODER DO ESTADO).
MONARQUIAS MEDIEVAIS – NESSE PERÍODO, A IGREJA ENFRAQUECEU-SE; LIBERADAS DO PODER DE ROMA E FORTALECIDAS PELA DISSOLUÇÃO DO FEUDALISMO, AS MONARQUIAS MEDIEVAIS CAMINHARAM PARA A CENTRALIZAÇÃO ABSOLUTA DO PODER, CHEGANDO A SUPLANTAR A PRÓPRIA AUTORIDADE ECLESIÁSTICA.
ABSOLUTISMO MONÁRQUICO – PODER ÚNICO E CENTRAL; CORRESPONDE A UMA ÉPOCA DE TRANSIÇÃO DA IDADE MÉDIA PARA A IDADE MODERNA, QUE CORRESPONDE AO FIM DO FEUDALISMO.
REAÇÃO ANTIABSOLUTISTA – AS PREGAÇÕES RACIONALISTAS INCUTIRAM NO ESPÍRITO DAS POPULAÇÕES SOFREDORAS E ESCRAVIZADAS UMA CLARA CONSCIÊNCIA DA NOÇÃO DE LIBERDADE, DOS DIREITOS INTANGÍVEIS DOS INDIVÍDUOS, ABALANDO PROFUNDAMENTE A ESTRUTURA DO MONARQUISMO ABSOLUTISTA; NESSA NOVA MENTALIDADE DESTACOU-SE JOHN LOCKE.
LIBERALISMO – INICIOU-SE NA INGLATERRA; OPÔS-SE AO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO. TINHA POR OBJETIVO UM ESTADO LIBERAL (INTERVENÇÃO MÍNIMA POR PARTE DO ESTADO).
LIBERALISMO ECONÔMICO – INTERVENÇÃO MÍNIMA DO ESTADO NA ECONOMIA.
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ESTADO
1 – NAÇÃO: É O AGRUPAMENTO HUMANO COM VÍNCULO JURÍDICO COM O ESTADO; É O CONJUNTO HOMOGÊNEO DE PESSOAS LIGADAS ENTRE SI POR VÍNCULOS PERMANENTES DE SANGUE, IDIOMA, RELIGIÃO, CULTURA E IDEAIS; A NAÇÃO É ANTERIOR AO ESTADO E PODE EXISTIR SEM ELE; VÁRIAS NAÇÕES PODEM REUNIR-SE EM UM SÓ ESTADO E UMA NAÇÃO PODE DIVIDIR-SE EM VÁRIOS ESTADOS. NÃO HÁ NAÇÃO SEM GOVERNO. A NAÇÃO PODE EXISTIR SEM ESTADO.
2 – TERRITÓRIO – É A LIMITAÇÃO GEOGRÁFICA QUE COMPÕE O ESTADO.
O TERRITÓRIO É A BASE FÍSICA, O ÂMBITO GEOGRÁFICO DA NAÇÃO, ONDE OCORRE A VALIDADE DA SUA ORDEM JURÍDICA.
COMPÕE-SE DO ESPAÇO TERRESTRE, MARÍTIMO, FLUVIAL E AÉREO DE UM ESTADO.
3 – GOVERNO – É O CONJUNTO DAS FUNÇÕES NECESSÁRIAS À MANUTENÇÃO DA ORDEM JURÍDICA E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA; É O ÓRGÃO EXECUTOR DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
CARACTERÍSTICAS DO GOVERNO:
UNO – POSSUI UM GOVERNO SOBERANO; NÃO PODE EXISTIR MAIS DE UMA AUTORIDADE SOBERANA EM UM MESMO TERRITÓRIO. 
INALIENÁVEL – NÃO SE PODE TRANSFERÍ-LO.
IMPRESCRITÍVEL – NÃO PRESCREVE; NÃO TEM PRAZO DE DURAÇÃO; NÃO PODE SOFRER LIMITAÇÃO NO TEMPO.
SOBERANIA É UMA AUTORIDADE SUPERIOR QUE NÃO PODE SER LIMITADA POR NENHUM OUTRO PODER.
AUTONOMIA – INDEPENDÊNCIA; O ESTADO DE SÃO PAULO POSSUI AUTONOMIA PERANTE O GOVERNO FEDERAL, MAS NÃO POSSUI SOBERANIA.
PERSONALIDADE JURÍDICA DO ESTADO – CAPACIDADE DE CONTRAIR DIREITOS E OBRIGAÇÕES; O ESTADO NÃO POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA, POIS OS SUJEITOS DE DIREITOS SÃO APENAS AQUELES DOTADOS DE CONSCIÊNCIA E VONTADE. 
TEORIAS
FICÇÃO JURÍDICA – O ESTADO É CRIADO ATRAVÉS DAS LEIS;
 O ESTADO NÃO POSSUI CAPACIDADE JURÍDICA PRÓPRIA. 
REALISTA – O ESTADO DETÉM CAPACIDADE JURÍDICA PRÓPRIA (TEORIA QUE PREVALECE ATUALMENTE).
Capacidade de uma pessoa física ou jurídica é a possibilidade delaexercer pessoalmente os atos da vida civil - isto é, adquirir direitos e contrair deveres em nome próprio.
NASCIMENTO DE UM ESTADO
OCORRE COM A UNIÃO ENTRE POPULAÇÃO, TERRITÓRIO E GOVERNO. 
MODOS DE NASCIMENTO DE UM ESTADO:
MODO ORIGINÁRIO – NASCE, ORIGINARIAMENTE, DO PRÓPRIO MEIO NACIONAL, SEM DEPENDÊNCIA DE QUALQUER FATOR EXTERNO.
UM AGRUPAMENTO HUMANO MAIS OU MENOS HOMOGÊNEO, ESTABELECENDO-SE NUM DETERMINADO TERRITÓRIO, ORGANIZA O SEU GOVERNO E PASSA A APRESENTAR AS CONDIÇÕES UNIVERSAIS DA ORDEM POLÍTICA E JURÍDICA.
MODOS SECUNDÁRIOS:
CONFEDERAÇÃO – É UMA UNIÃO CONVENCIONAL DE PAÍSES INDEPENDENTES, OBJETIVANDO A REALIZAÇÃO DE GRANDES EMPREENDIMENTOS DE INTERESSE COMUM OU O FORTALECIMENTO DA DEFESA DE TODOS CONTRA A EVENTUALIDADE DE UMA AGRESSÃO EXTERNA. EX.: CEI (COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES); É A UNIÃO DE ESTADOS SOBERANOS, POR MEIO DE TRATADOS, SEM QUE ESTES ESTADOS PERCAM A SOBERANIA.
FEDERAÇÃO – É UMA UNIÃO NACIONAL MAIS ÍNTIMA, PERPÉTUA E INDISSOLÚVEL, DE PROVÍNCIAS QUE PASSAM A CONSTITUIR UMA SÓ PESSOA DE DIREITO PÚBLICO INTERNACIONAL. EX.: BRASIL (REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL), ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.
UNIÃO PESSOAL – É O GOVERNO DE DOIS OU MAIS PAÍSES POR UM SÓ MONARCA; É UMA UNIÃO DE NATUREZA PRECÁRIA, TRANSITÓRIA, PORQUE DECORRE EXCLUSIVAMENTE DE EVENTUAIS DIREITOS SUCESSÓRIOS OU CONVENCIONAIS DE UM DETERMINADO PRÍNCIPE. EX.: ALEMANHA E ESPANHA, SOB O PODER DE CARLOS V.
UNIÃO REAL – É UMA UNIÃO EFETIVA, COM CARÁTER PERMANENTE, DE DOIS OU MAIS PAÍSES, FORMANDO UMA SÓ PESSOA DE DIREITO PÚBLICO INTERNACIONAL. EX.: INGLATERRA, ESCÓCIA E IRLANDA, QUE SE JUNTARAM PARA FORMAR A GRÃ-BRETANHA.
DIVISÃO NACIONAL – É A QUE SE DÁ QUANDO UMA DETERMINADA REGIÃO OU PROVÍNCIA INTEGRANTE DE UM ESTADO OBTÉM A SUA INDEPENDÊNCIA E FORMA UMA NOVA UNIDADE POLÍTICA.
DIVISÃO SUCESSORIAL – É UMA FORMA TÍPICA DAS MONARQUIAS MEDIEVAIS: O ESTADO, CONSIDERADO COMO PROPRIEDADE DO MONARCA, ERA DIVIDIDO ENTRE OS SEUS PARENTES E SUCESSORES, DESDOBRANDO-SE, ASSIM, EM REINOS MENORES AUTÔNOMOS. ESSE TIPO DE DIVISÃO NÃO OCORRE ATUALMENTE.
MODOS DERIVADOS:
COLONIZAÇÃO – UM TERRITÓRIO DESCOBERTO E POVOADO, CRIANDO-SE UM ESTADO. EX.: BRASIL.
CONCESSÃO DOS DIREITOS DE SOBERANIA – OCORRIA FREQUENTEMENTE NA IDADE MÉDIA, QUANDO OS MONARCAS, POR SUA LIVRE VONTADE PESSOAL, OUTORGAVAM OS DIREITOS DE AUTODETERMINAÇÃO AOS SEUS PRINCIPADOS, DUCADOS, CONDADOS, ETC. NOS TEMPOS ATUAIS, A IRLANDA, O CANADÁ E OUTROS PAÍSES DA BRITISH COMMONWEALTH OF NATIONS CAMINHAM PARA SUA COMPLETA INDEPENDÊNCIA, ATRAVÉS DE CONCESSÕES FEITAS PELO GOVERNO INGLÊS.
ATO DE GOVERNO – O NASCIMENTO DE UM NOVO ESTADO DECORRE DA SIMPLES VONTADE DE UM EVENTUAL CONQUISTADOR OU DE UM GOVERNANTE ABSOLUTO. EX.: NAPOLEÃO.
MODOS DE EXTINÇÃO DE UM ESTADO
CONQUISTA – QUANDO O ESTADO, DESORGANIZADO, ENFRAQUECIDO, SEM AMPARO DE UM ÓRGÃO INTERNACIONAL DE JUSTIÇA E SEGURANÇA, É INVADIDO POR FORÇAS ESTRANGEIRAS, OU DIVIDIDO VIOLENTAMENTE POR UM MOVIMENTO SEPARATISTA INSUFLADO POR INTERESSES EXTERNOS.
EMIGRAÇÃO – QUANDO, SOB PRESSÃO DE QUALQUER ACONTECIMENTO IMPREVISTO, TODA A POPULAÇÃO ABANDONA O PAÍS. 
EXPULSÃO – QUANDO AS FORÇAS CONQUISTADORAS, OCUPANDO PLENAMENTE O TERRITÓRIO DO ESTADO INVADIDO, OBRIGAM A POPULAÇÃO VENCIDA A SE DESLOCAR PARA OUTRA REGIÃO. 
RENÚNCIA DOS DIREITOS DE SOBERANIA – É UMA FORMA DE DESAPARECIMENTO ESPONTÂNEO; UMA COMUNIDADE NACIONAL PODE RENUNCIAR AOS SEUS DIREITOS DE AUTODETERMINAÇÃO, EM BENEFÍCIO DE OUTRO ESTADO MAIS PRÓSPERO, AO QUAL SE INCORPORA, FORMANDO UM NOVO E MAIOR ESTADO. EX.: ESTADO MEXICANO DO TEXAS, O QUAL INGRESSOU NA FEDERAÇÃO NORTE-AMERICANA. 
ESTADO X DIREITO
TEORIA MONÍSTICA – TAMBÉM CHAMADA ESTATISMO JURÍDICO, SEGUNDO A QUAL O ESTADO E O DIREITO CONFUNDEM-SE EM UMA SÓ REALIDADE.
PARA OS MONISTAS, SÓ EXISTE O DIREITO ESTATAL, POIS NÃO ADMITEM ELES A IDÉIA DE QUALQUER REGRA JURÍDICA FORA DO ESTADO; O ESTADO É A FONTE ÚNICA DO DIREITO, PORQUE QUEM DÁ VIDA AO DIREITO É O ESTADO, ATRAVÉS DA FORÇA COATIVA DE QUE SÓ ELE DISPÕE.
TEORIA DUALÍSTICA – CHAMADA PLURALÍSTICA, QUE SUSTENTA SEREM O ESTADO E O DIREITO DUAS REALIDADES DISTINTAS, INDEPENDENTES E INCONFUNDÍVEIS.
PARA OS DUALISTAS, O ESTADO NÃO É A FONTE ÚNICA DO DIREITO NEM COM ESTE SE CONFUNDE. O QUE PROVÉM DO ESTADO É APENAS O DIREITO POSITIVO; SEGUNDO OS DUALISTAS, O DIREITO É CRIAÇÃO SOCIAL, NÃO ESTATAL; A FUNÇÃO DO ESTADO É A DE POSITIVAR O DIREITO, ISTO É, TRADUZIR EM NORMAS ESCRITAS OS PRINCÍPIOS QUE SE FIRMAM NA CONSCIÊNCIA SOCIAL.
TEORIA DO PARALELISMO – O ESTADO E O DIREITO SÃO REALIDADES DISTINTAS, PORÉM INTERDEPENDENTES.
TEORIA TRIDIMENSIONAL DO ESTADO E DO DIREITO – FATO, VALOR E NORMA SÃO OS TRÊS ELEMENTOS INTEGRANTES DO ESTADO COMO REALIDADE SÓCIO-ÉTICO-JURÍDICA.
DIVISÃO GERAL DO DIREITO
DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO
DIREITO NATURAL – (JUSNATURALISMO) – É UMA TEORIA QUE POSTULA A EXISTÊNCIA DE UM DIREITO, CUJO CONTEÚDO É ESTABELECIDO PELA NATUREZA E, PORTANTO, É VÁLIDO EM QUALQUER LUGAR.
É O QUE EMANA DA PRÓPRIA NATUREZA, INDEPENDENTE DA VONTADE DO HOMEM; É INVARIÁVEL NO TEMPO E NO ESPAÇO, INSUSCETÍVEL DE VARIAÇÃO PELAS OPINIÕES INDIVIDUAIS OU PELA VONTADE DO ESTADO. ELE REFLETE A NATUREZA COMO FOI CRIADA; É ANTERIOR E SUPERIOR AO ESTADO, PORTANTO CONCEITUADO DE ORIGEM DIVINA.
DIREITO POSITIVO - É O DIREITO ESCRITO, CONSUBSTANCIADO EM LEIS, DECRETOS, REGULAMENTOS, DECISÕES JUDICIAIS, ETC., VARIANDO NO TEMPO E NO ESPAÇO.
É O CONJUNTO DE PRINCÍPIOS E REGRAS QUE REGEM A VIDA SOCIAL DE DETERMINADO POVO EM CERTA ÉPOCA; ABRANGE TODA A DISCIPLINA DA CONDUTA HUMANA E INCLUI AS LEIS, DECRETOS, ETC.
DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO
DIREITO PÚBLICO – REGULA AS RELAÇÕES EM QUE O ESTADO É PARTE; HÁ A SUPREMACIA DOS INTERESSES DO ESTADO SOBRE O PARTICULAR.
O DIREITO CONSTITUCIONAL – RAMO PRINCIPAL DO DIREITO PÚBLICO INTERNO – COMPREENDE UMA PARTE GERAL E OUTRA ESPECIAL.
A TEORIA GERAL DO ESTADO É A PARTE GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL, A SUA ESTRUTURA TEÓRICA.
DIREITO PRIVADO – REGULA AS RELAÇÕES ENTRE PARTICULARES.
ENGLOBA O DIREITO CIVIL E O DIREITO COMERCIAL.
TEORIA GERAL DO ESTADO
A CIÊNCIA DO ESTADO OU DOUTRINA DO ESTADO É ANTIGA QUANTO O PRÓPRIO ESTADO; O ESTADO É CITADO NAS OBRAS “REPÚBLICA” E “AS LEIS”, DE PLATÃO, “POLÍTICA”, DE ARISTÓTELES, E “DE REPUBLICA” E “DE LEGIBUS”, DE CÍCERO.
A TEORIA GERAL DO ESTADO É UMA CIÊNCIA CULTURAL, DE FUNDO EMINENTEMENTE SOCIOLÓGICO, COM A FINALIDADE PRECÍPUA DE INVESTIGAR A ESPECÍFICA REALIDADE DA VIDA ESTATAL, NAS SUAS MAIS AMPLAS CONEXÕES; TEM O OBJETIVO DE COMPREENDER O ESTADO NA SUA ESTRUTURA E FUNÇÕES; A TEORIA GERAL DO ESTADO REÚNE DIVERSAS CIÊNCIAS, COMO HISTÓRIA. SOCIOLOGIA, POLÍTICA, ÉTICA, FILOSOFIA E DIREITO. 
DIVIDE-SE EM:
TEORIA SOCIAL DO ESTADO – QUANDO ANALISA A GÊNESE E O DESENVOLVIMENTO DO FENÔMENO ESTATAL, EM FUNÇÃO DOS FATORES HISTÓRICOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS.
TEORIA POLÍTICA DO ESTADO – QUANDO JUSTIFICA AS FINALIDADES DO GOVERNO EM RAZÃO DOS DIVERSOS SISTEMAS DE CULTURA.
TEORIA JURÍDICA DO ESTADO – QUANDO ESTUDA A ESTRUTURA, A PERSONIFICAÇÃO E O ORDENAMENTO LEGAL DO ESTADO.
 
FONTES DE ESTUDO DA TEORIA GERAL DO ESTADO
DIRETAS – PALEONTOLOGIA, PALEOETNOLOGIA, HISTÓRIA E INSTITUIÇÕES POLÍTICAS, ANTIGAS E ATUAIS.
INDIRETAS – ESTUDO DAS SOCIEDADES ANIMAIS, ESTUDO DAS SOCIEDADES HUMANAS PRIMITIVAS E ESTUDO DAS SOBREVIVÊNCIAS.
SISTEMAS DE GOVERNO
PARLAMENTARISMO – É UM SISTEMA DE GOVERNO NO QUAL O PODER EXECUTIVO DE UM ESTADO DEPENDE DO APOIO DIRETO OU INDIRETO DO PARLAMENTO, USUALMENTE MANIFESTADO POR MEIO DE UM VOTO DE CONFIANÇA. ASSIM, NÃO HÁ UMA CLARA SEPARAÇÃO ENTRE O PODER EXECUTIVO E LEGISLATIVO.
PRESIDENCIALISMO – É UM SISTEMA DE GOVERNO NO QUAL HÁ UMA NÍTIDA SEPARAÇÃO ENTRE O PODER EXECUTIVO E LEGISLATIVO, DE MANEIRA QUE O PODER EXECUTIVO É EXERCIDO INDEPENDENTEMENTE DO PARLAMENTO, NÃO É DIRETAMENTE RESPONSÁVEL PERANTE ESTE E NÃO PODE SER DEMITIDO EM CIRCUNSTÂNCIASNORMAIS.
FORMAS DE GOVERNO
MONARQUIA – GOVERNO DE UMA SÓ PESSOA.
ARISTOCRACIA – GOVERNO DA MINORIA.
DEMOCRACIA – GOVERNO DA MAIORIA.
REPÚBLICA - É O GOVERNO TEMPORÁRIO E ELETIVO.
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA (DEMOCRACIA) – É AQUELA EM QUE TODO PODER EMANA DO POVO; PODE SER DIRETA, INDIRETA OU SEMIDIRETA; É O GOVERNO NO QUAL O PODER E A RESPONSABILIDADE CÍVICA SÃO EXERCIDOS POR TODOS OS CIDADÃOS, DIRETAMENTE OU ATRAVÉS DOS SEUS REPRESENTANTES LIVREMENTE ELEITOS. 
INICIOU-SE EM ATENAS, NA GRÉCIA.
DEMOS = POVO / KRATOS = PODER, AUTORIDADE.
PRINCÍPIOS DA DEMOCRACIA:
SUPREMACIA DA VONTADE POPULAR;
PRESERVAÇÃO DA LIBERDADE;
IGUALDADE DE DIREITOS.
FORMAS DE DEMOCRACIA
DEMOCRACIA DIRETA – É QUALQUER FORMA DE ORGANIZAÇÃO NA QUAL TODOS OS CIDADÃOS PODEM PARTICIPAR DIRETAMENTE NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES. EX.: SUÍÇA.
DEMOCRACIA INDIRETA OU REPRESENTATIVA – É AQUELA EM QUE O POVO, ATRAVÉS DE ELEIÇÕES PERIÓDICAS, ESCOLHE AS PESSOAS QUE IRÃO REPRESENTÁ-LO PARA, EM SEU NOME, TOMAR DECISÕES POLÍTICAS DE SEU INTERESSE.
DEMOCRACIA SEMIDIRETA OU PARTICIPATIVA – É AQUELA QUE, PARTINDO DE UMA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA, UTILIZA-SE DE MECANISMOS QUE PROPORCIONAM AO POVO UM ENGAJAMENTO NAS QUESTÕES POLÍTICAS, LEGITIMANDO QUESTÕES DE RELEVÂNCIA PARA A POPULAÇÃO, ATRAVÉS DE UMA PARTICIPAÇÃO DIRETA, SEJA PELO PLEBISCITO, REFERENDO, INICIATIVA POPULAR, AUDIÊNCIA PÚBLICA, CONSULTAS OU QUALQUER OUTRA FORMA DE MANIFESTAÇÃO POPULAR. O BRASIL É UMA DEMOCRACIA SEMIDIRETA. 
INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA SE EFETIVAR O EXERCÍCIO DA SOBERANIA POPULAR, SEGUNDO O ART. 14 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
SUFRÁGIO UNIVERSAL – VOTO DIRETO E SECRETO, DE IGUAL VALOR PARA TODOS OS CIDADÃOS, OS QUAIS ESCOLHEM SEUS REPRESENTANTES PARA ATUAREM EM NOME DA COLETIVIDADE, ATRAVÉS DE MANDATOS.
PLEBISCITO – É UMA ESPÉCIE DE CONSULTA POPULAR, QUE SE VERIFICA ANTES DE SER TOMADA UMA DECISÃO GOVERNAMENTAL; O SEU RESULTADO É VINCULANTE, NÃO PODENDO SER DESRESPEITADO PELA ADMINISTRAÇÃO.
REFERENDO – PROCEDIMENTO FORMAL PREVISTO EM LEI, EM QUE OS CIDADÃOS TÊM O DIREITO DE SE MANIFESTAR SOBRE DECISÕES GOVERNAMENTAIS, OBJETIVANDO CONFIRMAR OU RECUSAR TAIS DECISÕES, MEDIANTE O VOTO PESSOAL; COMO OCORRE NO PLEBISCITO, TAMBÉM TEM EFEITO VINCULANTE.
INICIATIVA POPULAR – CONSISTE NA APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE LEI À CÂMARA DOS DEPUTADOS, SUBSCRITO POR, NO MÍNIMO, UM POR CENTO DO ELEITORADO NACIONAL, DISTRIBUÍDO, PELO MENOS, POR CINCO ESTADOS, COM NÃO MENOS DE TRÊS DÉCIMOS POR CENTO DOS ELEITORES DE CADA UM DELES.
LEI ESTADUAL – PARA CADA ESTADO, A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DELEGA PODERES PARA ELABORAR PROJETOS DE LEI DE INICIATIVA POPULAR.
LEI MUNICIPAL – PROJETO DE LEI SUBSCRITO POR, NO MÍNIMO, CINCO POR CENTO DO ELEITORADO DAQUELE MUNICÍPIO. 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – EXISTEM NOS PAÍSES EM QUE HÁ DEMOCRACIA.
SÃO AQUELES DIREITOS MÍNIMOS DOS CIDADÃOS, EM QUE UM ESTADO DEMOCRÁTICO OS ASSEGURE E TAMBÉM NÃO OS TRANSGRIDA.
TIVERAM ORIGEM DURANTE AS REVOLUÇÕES FRANCESA E AMERICANA.
ESTÃO ELENCADOS NO ARTIGO 5º AO 17 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
CARÁTER OBJETIVO – O ESTADO NÃO PODE TRANSGREDIR OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS CIDADÃOS.
CARÁTER SUBJETIVO – O ESTADO DEVE PROTEGER OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS CIDADÃOS.
OS DESTINATÁRIOS DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS SÃO AS PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS.
OS DIREITOS FUNDAMENTAIS NÃO SÃO ABSOLUTOS.
DIFERENÇA ENTRE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
DIREITOS – SÃO OS BENS PROTEGIDOS PELO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL; SÃO DE APLICABILIDADE IMEDIATA.
GARANTIAS – SÃO OS INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS. 
EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – NORBERTO BOBBIO – LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE.
- LIBERDADE – PRIMEIRA GERAÇÃO
- IGUALDADE – SEGUNDA GERAÇÃO
- FRATERNIDADE – TERCEIRA GERAÇÃO – MEIO AMBIENTE, DIREITO DO CONSUMIDOR
- EVOLUÇÃO GENÉTICA – QUARTA GERAÇÃO
- INFORMÁTICA – QUINTA GERAÇÃO 
FORMAS DE GOVERNO
GOVERNO É O CONJUNTO DAS FUNÇÕES PELAS QUAIS, NO ESTADO, É ASSEGURADA A ORDEM JURÍDICA.
HÁ TRÊS ASPECTOS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO A CONSIDERAR:
- SEGUNDO A ORIGEM DO PODER: GOVERNO DE DIREITO OU DE FATO;
- PELA NATUREZA DAS SUAS RELAÇÕES COM OS GOVERNADOS: GOVERNO LEGAL OU DESPÓTICO;
- QUANTO À EXTENSÃO DO PODER: GOVERNO CONSTITUCIONAL OU ABSOLUTISTA.
GOVERNO DE DIREITO É AQUELE QUE FOI CONSTITUÍDO DE CONFORMIDADE COM A LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO, SENDO, POR ISSO, CONSIDERADO COMO LEGÍTIMO PERANTE A CONSCIÊNCIA JURÍDICA DA NAÇÃO.
GOVERNO DE FATO É AQUELE IMPLANTADO OU MANTIDO POR VIA DE FRAUDE OU VIOLÊNCIA.
GOVERNO LEGAL É AQUELE QUE, SEJA QUAL FOR A SUA ORIGEM, SE DESENVOLVE EM ESTRITA CONFORMIDADE COM AS NORMAS VIGENTES DE DIREITO POSITIVO. SUBORDINA-SE ELE PRÓPRIO AOS PRECEITOS JURÍDICOS, COMO CONDIÇÃO DE HARMONIA E EQUILÍBRIO SOCIAIS.
GOVERNO DESPÓTICO (AO CONTRÁRIO DO GOVERNO LEGAL) É AQUELE QUE SE CONDUZ PELO ARBÍTRIO DOS DETENTORES EVENTUAIS DO PODER, OSCILANDO AO SABOR DOS INTERESSES E CAPRICHOS PESSOAIS.
GOVERNO CONSTITUCIONAL É AQUELE QUE SE FORMA E SE DESENVOLVE SOB A ÉGIDE DE UMA CONSTITUIÇÃO, INSTITUINDO A DIVISÃO DO PODER EM TRÊS ÓRGÃOS DISTINTOS E ASSEGURANDO A TODOS OS CIDADÃOS A GARANTIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS, EXPRESSAMENTE DECLARADOS.
GOVERNO ABSOLUTISTA É O QUE CONCENTRA TODOS OS PODERES NUM SÓ ÓRGÃO. O REGIME ABSOLUTISTA TEM SUAS RAÍZES NAS MONARQUIAS DE DIREITO DIVINO E SE EXPLICAM PELA MÁXIMA DO CESARISMO ROMANO QUE DAVA A VONTADE DO PRÍNCIPE COMO FONTE DA LEI.
CLASSIFICAÇÃO ESSENCIAL DE ARISTÓTELES
ARISTÓTELES DIVIDIU EM DOIS GRUPOS AS FORMAS DE GOVERNO:
- NORMAIS (FORMAS PURAS) – AQUELAS QUE TÊM POR OBJETO O BEM DA COMUNIDADE.
MONARQUIA – GOVERNO DE UMA SÓ PESSOA.
ARISTOCRACIA – GOVERNO DE UMA CLASSE RESTRITA.
DEMOCRACIA – GOVERNO DE TODOS OS CIDADÃOS.
- ANORMAIS (FORMAS DEGENERADAS) – AQUELAS QUE VISAM SOMENTE VANTAGENS PARA OS GOVERNANTES.
TIRANIA
OLIGARQUIA
DEMAGOGIA
MONARQUIA – CARACTERÍSTICAS:
1 – AUTORIDADE CONCENTRADA EM UMA PESSOA (MONARCA);
2 – PODER VITALÍCIO;
3 – HEREDITARIEDADE;
4 – PODER ILIMITADO E INDIVISÍVEL;
5 – IRRESPONSABILIDADE SOBRE SEUS ATOS POLÍTICOS (NÃO RESPONDE POR SEUS ATOS).
O BRASIL ADOTOU A MONARQUIA COMO FORMA DE GOVERNO NA CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824.
REPÚBLICA – RES + PUBLICA (COISA PÚBLICA) - CARACTERÍSTICAS:
1 – TRANSFERÊNCIA DE PODER;
2 – ELEIÇÃO; 
3 - RESPONSABILIDADE PELOS ATOS POLÍTICOS;
4 – REPRESENTATIVIDADE POPULAR.
SISTEMAS DE GOVERNO:
- PRESIDENCIALISMO
- PARLAMENTARISMO
PRESIDENCIALISMO: TEVE SEU SURGIMENTO NO SISTEMA NORTE-AMERICANO, JUNTO COM A GUERRA PELA INDEPENDÊNCIA DAS TREZE COLÔNIAS.
CARACTERÍSTICAS: 
1 – ELEIÇÃO DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO;
2 – UNIPESSOALIDADE DO PODER EXECUTIVO (O PODER É CONCENTRADO NAS MÃOS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA);
3 – PARTICIPAÇÃO DO PODER EXECUTIVO NA ELABORAÇÃO DE LEIS;
4 – INDEPENDÊNCIA DOS TRÊS CLÁSSICOS PODERES DO ESTADO;
5 – SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO;
6 – CONCENTRAÇÃO DO PODER DE CHEFE DE ESTADO (REPRESENTANTE DA NAÇÃO – TEM IMPORTÂNCIA NAS RELAÇÕES EXTERNAS DO PAÍS) E CHEFE DE GOVERNO (EXERCE O GOVERNO) NO PRESIDENTE.
PARLAMENTARISMO: ORIGINOU-SE NA INGLATERRA E TEM ADAPTAÇÃO TANTO COM A MONARQUIA QUANTO COM A REPÚBLICA.
PARA MUITOS, O SISTEMA IDEAL DE GOVERNO, PORQUE NELE ESTARIA SENDO ESTAMPADA A DEMOCRACIA POR TODO O PERÍODO. JÁ NO PRESIDENCIALISMO, A PARTICIPAÇÃO POPULAR SOMENTE ESTARIA SENDO REALIZADA NO PERÍODO ELEITORAL.
CARACTERÍSTICAS:
1 – PODER EXECUTIVO DIVIDIDO EM DUAS FRENTES (CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO) – CHEFE DE ESTADO: PRESIDENTE, REI OU MONARCA (É POLITICAMENTE IRRESPONSÁVEL); CHEFE DE GOVERNO: PRIMEIRO MINISTRO;
2 – ÓRGÃO COLEGIADO GOVERNAMENTAL (PARLAMENTO);
3 – INTERDEPENDÊNCIA ENTRE O PODER LEGISLATIVO E EXECUTIVO.
O PRIMEIRO MINISTRO É INDICADO PELO CHEFE DE ESTADO, DEVENDO SER APROVADO PELO PARLAMENTO. 
AS FUNÇÕES GOVERNAMENTAIS SERÃO TOMADAS PELOCHEFE DE GOVERNO.
O CHEFE DE GOVERNO PODERÁ PERDER O CARGO, SE PERDER A MAIORIA PARLAMENTAR, ATRAVÉS DO PARTIDO QUE PERTENÇA, OU VOTO DE DESCONFIANÇA.
CONSTITUIÇÃO
CONCEITO: LEI FUNDAMENTAL E SUPREMA DE UM ESTADO, QUE CONTÉM NORMAS REFERENTES À ESTRUTURAÇÃO DO ESTADO, À FORMAÇÃO DOS PODERES PÚBLICOS, FORMA DE GOVERNO E AQUISIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS, DIREITOS, GARANTIAS E DEVERES DOS CIDADÃOS.
CLASSIFICAÇÃO: 
QUANTO AO CONTEÚDO: MATERIAL E FORMAL.
- MATERIAL: O QUE TEM RELEVÂNCIA É A MATÉRIA DO TEXTO CONSTITUCIONAL; AQUELA EM QUE NO TEXTO CONSTITUCIONAL ESTIVEREM OS DIREITOS FUNDAMENTAIS, A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E A SEPARAÇÃO DOS PODERES.
- FORMAL: O QUE IMPORTA É A FORMA AO TEXTO CONSTITUCIONAL; QUALQUER MATÉRIA SERÁ OBJETO CONSTITUCIONAL, DESDE QUE PREENCHA OS REQUISITOS ELENCADOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
QUANTO À FORMA: ESCRITA E NÃO ESCRITA (COSTUMEIRA).
- ESCRITA: CONSTITUIÇÃO SISTEMATIZADA EM UM DOCUMENTO, UM TEXTO (DIVERSAS MATÉRIAS EM UM ÚNICO TEXTO).
 - NÃO ESCRITA OU COSTUMEIRA: TEM FORMAÇÃO EM TEXTOS ESPARSOS, E NÃO EM UM TEXTO ÚNICO (DIVERSOS TEXTOS SEPARADOS, MAS NÃO JUNTOS EM UM ÚNICO TEXTO).
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO: HISTÓRICA E DOGMÁTICA.
- HISTÓRICA: FORMADA POR UM PROCESSO DE EVOLUÇÃO, COM TRADIÇÕES LOCAIS.
- DOGMÁTICA: SURGE ATRAVÉS DA FORMAÇÃO DE UM ÓRGÃO CONSTITUINTE.
QUANTO À ORIGEM: OUTORGADA E PROMULGADA.
- OUTORGADA (IMPOSTA): ELABORADA SEM PARTICIPAÇÃO POPULAR; CONSTITUIÇÃO IMPOSTA À POPULAÇÃO. (CARTA CONSTITUCIONAL = CONSTITUIÇÃO OUTORGADA).
- PROMULGADA (DEMOCRÁTICA): FRUTO DE UMA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE, COM REPRESENTANTES ELEITOS PELO POVO (PARTICIPAÇÃO POPULAR).
QUANTO À ESTABILIDADE: RÍGIDA, SEMI-RÍGIDA E FLEXÍVEL.
- RÍGIDA: PARA A ALTERAÇÃO DO TEXTO, SERIA NECESSÁRIA UMA FORMA MAIS SOLENE E DIFÍCIL PARA ALTERAR UMA CONSTITUIÇÃO, QUE A ELABORAÇÃO DE UMA LEI.
- SEMI-RÍGIDA: ALGUMAS REGRAS PODERÃO SER ALTERADAS PELO PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO E OUTRAS POR UM PROCESSO MAIS DIFICULTOSO.
- FLEXÍVEL: PODERÃO SER ALTERADAS POR PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO.
QUANTO À EXTENSÃO: SINTÉTICA E ANALÍTICA.
- SINTÉTICA: SERIAM APENAS OS DIREITOS FUNDAMENTAIS, A SEPARAÇÃO DOS PODERES E A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO.
- ANALÍTICA: TRAZ EM SEU BOJO UM CONTEÚDO MAIS AMPLO.
PARTIDOS POLÍTICOS
PARTIDOS POLÍTICOS SÃO ÓRGÃOS DE COORDENAÇÃO E MANIFESTAÇÃO DA VONTADE POPULAR, VISTO QUE TODO O PODER EMANA DO POVO E EM SEU NOME SERÁ EXERCIDO; OS PARTIDOS POLÍTICOS SÃO PEÇAS NECESSÁRIAS, SENÃO MESMO AS VIGAS MESTRAS DO TRAVEJAMENTO POLÍTICO E JURÍDICO DO ESTADO DEMOCRÁTICO.
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, EM SEU ART. 1º, INCISO V, AFIRMA QUE O ESTADO DEMOCRÁTICO TEM COMO UM DE SEUS FUNDAMENTOS O PLURALISMO POLÍTICO.
SISTEMAS PARTIDÁRIOS
DIVIDEM-SE EM TRÊS LINHAS:
A TESE DEMOCRÁTICA, COM A CONCEPÇÃO DO ESTADO PLURIPARTIDÁRIO, AFIRMA QUE OS PARTIDOS POLÍTICOS, COMO ENTIDADES SOCIAIS OU INSTITUIÇÕES JURÍDICAS, OU AINDA CONSIDERADOS NA SUA DUPLA NATUREZA SOCIAL E JURÍDICA, SÃO INDISPENSÁVEIS À REALIZAÇÃO DO IDEAL DEMOCRÁTICO; SÃO VERDADEIROS INSTRUMENTOS DE REALIZAÇÃO DO GOVERNO;
A TESE MARXISTA, DESENVOLVIDA POR LENIN E STALIN, ATRIBUI AOS PARTIDOS POLÍTICOS UMA EXISTÊNCIA PRECÁRIA E TRANSITÓRIA, NECESSÁRIA APENAS NA FASE EVOLUTIVA DA SOCIEDADE, ATÉ ALCANÇAR O ESTÁGIO SUPERIOR DA ORDEM COMUNISTA IDEAL. TERMINADA ESSA FASE, OS PARTIDOS POLÍTICOS TENDEM A DESAPARECER, ASSIM COMO O PRÓPRIO ESTADO, QUE SE TRANSFORMARÁ EM SIMPLES ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO DO PATRIMÔNIO COMUM.
A TESE FASCISTA, RESUMINDO-SE NA TESE DO PARTIDO ÚNICO, ENTROSADO COM O PRÓPRIO PODER ESTATAL. O ESTADO UNIPARTIDÁRIO SE IMPÔS COM O FASCISMO ITALIANO E O NAZISMO ALEMÃO, PROPAGANDO-SE COM OS CHAMADOS ESTADOS-NOVOS, E PERMANECE COMO SOLUÇÃO INDICADA NA DOUTRINA NEOFASCISTA.
CLASSIFICAÇÃO
OS PARTIDOS POLÍTICOS CLASSIFICAM-SE EM TRÊS MODALIDADES PRINCIPAIS:
PARTIDOS DIREITISTAS – DE CUNHO CONSERVADOR, TRADICIONALISTA;
PARTIDOS ESQUERDISTAS – TÊM POR OBJETIVO A RENOVAÇÃO, A MUDANÇA, A TRANSFORMAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES EM FAVOR DAS MAIORIAS DESVALIDAS E DESAMPARADAS;
PARTIDOS CENTRISTAS (MODERADOS) – SÃO NÚCLEOS CIRCUNSTANCIAIS, DE TRANSIÇÃO, QUE COSTUMAM APARECER COMO REAÇÕES PROVOCADAS PELOS EXCESSOS COMETIDOS POR DIREITISTAS OU ESQUERDISTAS NO USO DO PODER PÚBLICO.
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
OS PARTIDOS POLÍTICOS TIVERAM ORIGEM NA INGLATERRA, NAÇÃO PRECURSORA DO CONSTITUCIONALISMO.
1680 – SURGIRAM DOIS GRANDES GRUPOS: OS “TORIES” E OS “WHIGS”.
MAIS TARDE, A PARTIR DESSES GRUPOS, SURGIRIAM OS PARTIDOS CONSERVADOR E LIBERAL.
NO BRASIL, OS DOIS PRIMEIROS PARTIDOS, SOB A DENOMINAÇÃO CLÁSSICA DE CONSERVADOR E LIBERAL, SURGIRAM NA FASE FINAL DA REGÊNCIA TRINA, DURANTE A LEGISLATURA DE 1838. AINDA DURANTE O IMPÉRIO, FOI CONSTITUÍDO O PARTIDO REPUBLICANO (1870), O QUAL, RECEBENDO A INFLUÊNCIA DA CHAMADA “POLÍTICA DOS GOVERNADORES”, DESDOBROU-SE EM AGREMIAÇÕES POLÍTICAS PROVINCIAIS, DESTACANDO-SE AS DUAS CORRENTES DE MAIOR PUJANÇA, QUE FORAM OS FAMOSOS PARTIDO REPUBLICANO PAULISTA (PRP) E PARTIDO REPUBLICANO MINEIRO (PRM).
OS PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS
NO TOCANTE À SUA NATUREZA JURÍDICA, OS PARTIDOS BRASILEIROS MANTIVERAM-SE DESDE O IMPÉRIO ATÉ A REPÚBLICA DE 1946 COMO CORPORAÇÕES POLÍTICO-SOCIAIS, CONSERVANDO A NATUREZA JURÍDICA DE ASSOCIAÇÃO CIVIL, SEM UMA REGULAMENTAÇÃO ESTATAL PRÓPRIA. NESSA CONDIÇÃO, FALHARAM EM QUASE TODAS AS ÉPOCAS DECISIVAS DA NOSSA VIDA CONSTITUCIONAL, NOTADAMENTE EM 1930, 34, 37, 45, 61, CULMINANDO COM O SEU DESPRESTÍGIO TOTAL EM 1964.
A CONSTITUIÇÃO DE 1969 PROCUROU REFORMÁ-LOS EM NOVAS BASES, O QUE VEIO A CONCRETIZAR-SE NA LEI ORGÂNICA DOS PARTIDOS POLÍTICOS (LEI Nº. 5.682, DE 20/07/1971), COM ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS POR DIVERSAS OUTRAS LEIS, SEGUNDO A QUAL OS PARTIDOS POLÍTICOS, PASSARAM A SER, EFETIVAMENTE, PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO, COM A MISSÃO PRECÍPUA DE “ASSEGURAR, NO INTERESSE DO REGIME DEMOCRÁTICO, A AUTENTICIDADE DO SISTEMA REPRESENTATIVO”.
A CONSTITUIÇÃO DE 1988 CONSAGROU DEFINITIVAMENTE O SISTEMA DEMOCRÁTICO DO PLURIPARTIDARISMO, ASSEGURANDO A LIBERDADE DE CRIAÇÃO, FUSÃO, INCORPORAÇÃO E EXTINÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS. OS LIMITES DESSA LIBERDADE SITUAM-SE NO RESGUARDO DA SOBERANIA NACIONAL, DO REGIME DEMOCRÁTICO, DO PLURIPARTIDARISMO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA PESSOA HUMANA (ART. 17 DA CF.).
OS PARTIDOS POLÍTICOS ADQUIREM PERSONALIDADE JURÍDICA NA FORMA DA LEI CIVIL, E REGISTRARÃO SEUS ESTATUTOS NO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (ART. 17, § 2º, DA CF.).