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Trabalho Sociologia

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PROBLEMAS SOCIAIS
 A enorme variedade e complexidade dos problemas sociais conduz juristas e sociólogos a concluir que não existe uma única abordagem teórica, e sim algumas hipóteses de alcance bem reduzido.
 Um problema social é um modo de comportamento que é encarado, no contexto de uma determinada ordem social, como uma violação a normas aceitas ou aprovadas. (Nisbet, op. Cit., p. 1). Seguindo essa linha de raciocínio a conduta pode ser (descrita, observada, contada, medida, e relacionada) independentemente da vontade, das opções, das crenças e dos valores dos indivíduos, segundo Émile Durkheim – que lhes determinam as ações.
 Nesse contexto é que surge a conduta desviante que apesar de manifestamente abjeta, contribui de forma positiva para o sucesso e a vitalidade dos sistemas sociais. Serve para o grupo reafirmar as bases do seu código moral, como força de sustentação da própria organização social. 
 A consciência subjetiva das normas e das condutas que as violam não tem apenas um valor intrínseco, um aspecto da natureza cognitiva, moral e social, possui também uma faceta histórica, pela qual o ato infracional não possui esse significado tão somente em decorrência do processo cumulativo em que atitudes individuais ou fatos sociais são definidos por uso e costume e daí cristalizados em instituições como o direito “Em nome da razão, como supremo critério de valor, os pensadores iluministas do século XVIII reivindicaram o fim do direito penal inquisitorial baseado na tortura, enquanto o liberalismo afirma uma noção irredutível de individualidade, o ônus da prova que recai sobre a autoridade e não sobre o indivíduo e a noção de direitos fundamentais como critério moral independente das instituições”.
 O uso de drogas é provavelmente o desvio de conduta que melhor ilustra como os problemas sociais dependem de definições em épocas determinadas da história de uma sociedade. (Clausen, p.185). Houve época em que os fumantes de tabaco eram, na Rússia, na Turquia, na Pérsia e em algumas partes da Alemanha, castigados com a pena de morte. A sociologia argumenta que não é possível ter uma exata dimensão dos efeitos dos usos das drogas quando este problema for considerado exclusivamente do ponto de vista clínico. O mesmo pode-se dizer sobre AIDS e comportamentos sexuais na sociedade contemporânea. A sociologia busca a gênesis do problema na sua constituição em seguida procura mostrar o que se sabe a população.
 O maestro Antônio Carlos Jobim costumava dizer que não abandonamos a bebida; “é ela que nos abandona”. Até o presente, os esforços para se conter o consumo de drogas parece ter resultado apenas de relativo retardamento, no entanto por forças dessas mesmas necessidades, mesmo depois de se terem tornado dependentes em fases de dúvida, descrença e desorientação, não é difícil encontrar indivíduos que passam por uma súbita recuperação, inesperada e espontânea.
 A partir da década de 70, as autoridades médicas mundiais passaram a adotar critérios como dependência e tolerância como modos mais adequados para descrever e classificar o uso de drogas. O primeiro incluía a noção de dependência psíquica ou a necessidade de administração periódica ou contínua da droga para produzir ou evitar desconforto, já o segundo denota efeitos orgânicos causados pela diminuição da eficiência da mesma quantidade de droga ou pelo fato de ser preciso mais droga para causar as mesmas reações. 
 O problema das drogas precisa ser definido de forma isenta, o que descarta as habituais soluções que simplificam a questão propondo controles quase sempre fundados na impressão de que virtualmente todo ser humano, se não usa regularmente, ao menos uma vez na vida experimentou algum tipo de droga, “dinheiro e violência não são apenas os reguladores principais na estabilização das relações comerciais imediatas, pois atuam também como instrumento para abolir o direito quando este ameaça perturbar o negócio e a segurança pessoal. Por outro lado, o direito pode igualmente ser transacionado por violência privada, quando deliberadamente se denunciam rivais e se os expõe à ação da justiça. Com dinheiro e violência (ou apenas com a ameaça de utilizar esta última), pode-se comprar o silêncio e a omissão, mesmo a cooperação ativa, pode-se coagir ou até eliminar fisicamente, concorrentes ou aqueles que não querem cooperar”. (Dombois, idem). Embora efetivamente o volume movimentado pela droga no mundo seja enorme, as notícias sobre lucros exorbitantes são exageradas, exceções fita aos escalões que controlam o transporte e a comercialização, as últimas fases do processo, que parte da zona do cultivo, da “cozinha”, situada na própria lavoura de coca, onde se elabora a “pasta base” remetida a grandes centros como Bogotá, Medellín e Cali, para laboratórios, dos quais resulta a cocaína em graus cada vez mis elevados de pureza. Com as drogas “nobres” (cocaína, anfetaminas, heroína e LSD) os lucros podem ser efetivamente maiores, há de frisar sempre o tempo e o dinheiro gasto no processo. Em qualquer atividade é sempre difícil se estruturar mercados, as principais quadrilhas investem bastante em grandes redes de distribuição e ainda enfrentam os problemas da concorrência com drogas alternativas, com a dispersão das fontes de fornecimento etc.
 A falta de ação do Governo através de políticas públicas, para tratar de um problema que deteriora a sociedade gradualmente é aterrorizante, pois as leis que são criadas são apenas formais sem a devida eficácia. O policiamento e a prevenção estão sendo tratados como assuntos isolados, todavia deveriam estar unidos em um só objetivo eliminar as Drogas da sociedade. Buscam encobrir um problema tão grave sem realmente expor aquilo que está estampado nas ruas.
 Grupos de traficantes buscam brechas na lei de alguns países, para conseguir vender o ilícito de algumas nações onde este é licito, o ópio é um exemplo desta manobra, pois os ingleses usaram de permissões da China para vender esta droga que já era vista prejudicial para a saúde, mas muito usada pelos chineses por que os levavam a uma realidade diferente daquela que eles presenciavam, proporcionando um esquecimento dos problemas da vida social.
 Grandes governos como o dos Estado Unidos da América, já criaram leis severas contra o uso ou conhecimento de droga ilícita, levando o criminoso, assim tratado na época, de dez a vinte e cinco anos de cadeia, pelo porte de maconha. Mas se analisarmos o período de atuação desta lei, identificaremos em contra partida um crescimento desenfreado do uso e tráfico de drogas, mostrando que as políticas públicas adotadas não eram de eficácia necessária, logo a redução de usuários esta sendo mais vinculada a um processo temporal do que factual. Outro fator a se analisar e a rigor em que se faz a norma, que muitas vezes vem desproporcional a conduta praticada pelo indivíduo.
 As informações que estão sendo passadas a população, vem sendo alvo de críticas por não expor a real causa que leva o usuário “subir de nível”, classificações equivocadas como a da maconha ser leve e não debilitar o usuário é um exemplo.
 Os governos devem investir em conhecer o contexto social que leva o cidadão a consumir algum tipo de droga, consequentemente as políticas públicas seriam criadas de forma eficaz, eliminado o problema em sua raiz, revogando o emaranhado de leis que não resolve está problemática e criando um caminho que proporcione a uma sociedade justa e saudável, visando o bem estar do cidadão como fator acima da riqueza.
 A sociologia define como personalidade sociopática, a daqueles que não conseguem um convívio social estabelecido como conduta, esta pessoa não respeita as normas sociais, praticando crimes achando que não está fazendo nada de errado, pois para ele a norma não tem validade. O indivíduo cria um pensamento de se todo mundo faz por quenão devo fazer, criando um pensamento de legitimidade já que é “uma pratica coletiva não deve ser punida”. A pessoa com este distúrbio cria uma sociedade isolada da dele onde todos desejam prejudica-lo e ameaça-lo de alguma forma.
 O agrupamento de indivíduos com alguma personalidade sociopática, cria micro sociedades que veneram por uma adequação de seus atos, exemplos são as gangues que agem em total desacordo com o que é licito. Entretanto dentro do grupo dais atos são ditos como normais.

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