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SUMÁRIO
Endereço
SIBS, Quadra 02
Conjunto A, Lote nº 03
Núcleo Bandeirante/DF – CEP 71.736-201
Fone: (61) 3326 9374/3051 6500
PÁG
03
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07
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13
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16
TRABALHADORES
ENTREVISTA SOBRE A
INVISÍVEIS
IA E O FUTURO
PALAVRA DA PRESIDENTE
DESCOBERTAS DA RADIOLOGIA
ESPECIAL NOVEMBRO AZUL
CONAFI: SISTEMA CONTER/CRTRs 
PÁG 09
PÁG04
O PASSADO E
AS HISTÓRIAS DO
CONTER
DA SAÚDE
PÁG
24 COOPERAÇÃO ENTRE ABENDI E CONTER
PÁG
25 PARCERIA CONTER E ABTER
PÁG 20
PÁG
27 CONTER PELO BRASIL
WWW.CONTER.GOV.BR
PRESENTE:
REVISTA CONTER - 2
Vivemos num tempo de construção de
identidade. Nesta edição especial tal
construção é feita sobre o
ponto de vista temporal,
PASSADO, PRESENTE, FUTURO
no campo da radiologia:
Passado – início de tudo e memória.
Presente – condição atual e desafios. 
Futuro : perspectivas com a implementação
das novas tecnologias.
Autor: Luis Sousa
WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL
REVISTA CONTER - 3
WWW.CONTER.GOV.BR
PRESIDENTE
PALAVRA DA
 Seguindo a proposta da revista, traço prontamente uma linha no tempo e recordo que desde os seis anos de 
idade escolhi trilhar o campo da radiologia. Já me via encantada com o universo das imagens e fascinada por uma 
aparelhagem que parecia futurista. Certifico-me que os sonhos mais autênticos parecem surgir na infância. Esco-
lhas que fazemos e carregamos durante um longo período, um propósito, um destino que atravessa muitas fases,
muitos desafios, mas sempre tomada por um sentido.
 Assumir o regional numa fase crítica e os primeiros passos ao lidar com as políticas públicas, em meio a plan-
tões e demandas de toda ordem. Complexidade de um tempo adverso, sempre liderados por homens, em meio 
a uma percepção inerente ao universo feminino: Sensibilidade, força e determinação. Sim, é preciso seguir o 
sonho. Os ventos sopraram a favor do sonho e o destino ao CONTER. Desta vez os desafios foram: a reorganiza-
ção, a implementação de projetos estratégicos, o fortalecimento da nossa representatividade, a garantia de um 
futuro promissor, a criação de um canal de comunicação eficaz com o site, portal da transparência, redes sociais 
com informes à categoria acerca da prestação de contas. Intensificação da fiscalização através da capacitação dos
fiscais, com a modernização dos equipamentos, atualização do sistema de informação. 
 No âmbito político, o PL 3.661/2012, que regulamenta a profissão de Tecnólogo em Radiologia, tramitou 
da Comissão de Saúde para a Comissão de Trabalho, avanço significativo nos últimos tempos. 
Iniciativas voltadas para o campo da formação continuada, que estimulam a qualificação dos profissionais. Reto-
mada das comissões de trabalho com suas respectivas atividades, fazendo girar a engrenagem do sistema.
Crescem o sonho e a menina que torna-se profissional e 
mais desafios.
EDITORIAL
Desde sempre invadida por uma pergunta:
por que não ir além? Haja visto que o 
futuro certamente trará novas
descobertas, novos horizontes 
e a certeza de que outros 
que estarão aqui 
darão continuidade
a essa empreitada. 
No futuro
imaginado, 
reencontrar 
aquela 
menina
de seis anos
 e dizer -lhe:
Cá estamos, 
conseguimos.
Meus agradecimentos: em primeiro lugar, a
Deus, aos técnicos e tecnólogos que aqui
represento, estudantes, colaboradores
e a todos que me apoiaram nessa 
jornada. Meu objetivo é 
deixar um legado para a
classe da radiologia.
Sobretudo a 
oportunidade de ter 
participado da 
Autarquia da 
nossa categoria. 
Acredito que 
tudo que 
vivemos nos 
faz crescer e
amadurecer. 
Cassiana Crispim de Araújo
(de 21 de março de 1987 a 18 agosto de 1991)
INSTITUIÇÃO
O PASSADO DA
 O Sr. Jenner Moraes, fundador e primeiro presidente do 
CONTER, nos concedeu generosamente uma entrevista por 
videochamada em 29 de outubro de 2024.
A voz grave em ritmo pausado revelava sinais de maturidade, 
fruto de larga experiência vivenciada nas mais diversas institui-
ções. A escuta atenta a cada pergunta traduzia a sensatez de 
quem sabe ouvir.
As perguntas foram formuladas a partir de um artigo sobre o Sr. 
Jenner em uma publicação da revista “30 anos das Técnicas 
Radiológicas no Brasil 1985 – 2015”.
Perceptível a clareza e o entendimento do Sr. Jenner quanto à 
criação da instituição, sobretudo acerca do seu papel junto à 
classe da radiologia. Notáveis a precisão e o detalhamento das 
informações discorridas por ele, que num dado momento nos 
fez parecer ter sido algo muito recente.
 Destaque para uma qualidade rara na visão do entrevistado: 
a virtude política de combinar ação e pensamento.
 Depois de uma análise detida do artigo publicado na revista, 
ficou claro a descrição de um período tortuoso, mas fecundo, 
que deu origem a criação do Conselho. Dessa forma, propuse-
mos uma questão hipotética: “Se o mesmo dispusesse de uma 
máquina do tempo, que lhe permitisse voltar ao passado e inspi-
rado na ideia de que os erros também nos conduzem ao aprendi-
zado, o que o senhor mudaria nas tomadas de decisões?”.
 Houve um hiato de tempo em que o Sr. Jenner entendeu a 
profundidade da pergunta e de uma forma extremamente didá-
tica nos disse que em dado momento durante sua gestão sentiu-
-se só, com acúmulo de algumas funções, entretanto, não 
deixou de reconhecer o apoio de parceiros e colaboradores que 
abraçaram a causa. Jenner continua indagando que talvez isso o 
tenha conduzido àquilo que se pode considerar um “erro”: uma 
saída abrupta e sem ter o cuidado de articular a composição de 
uma sucessão segura, ou seja, da forma como ele gostaria. Em 
Jenner Morais Primeiro Presidente do CONTER
poucas palavras, Sr. Jenner se refere à escolha 
democrática de sucessores. Fundamentados 
nesta resposta, elaboramos uma segunda 
questão: “Quais conselhos o senhor daria 
para as gestões presente e futuras na condução 
da Instituição?”. 
 Prontamente, deixou clara com sua respos-
ta um profundo sentimento de coletividade e 
total conhecimento da legislação, ou seja, 
amparado pelo afeto e por dispositivos legais, 
Jenner defendeu a necessidade urgente de 
recompor o corpo de conselheiros, conforme 
o decreto 9531/2018, o qual põe em evidên-
cia o princípio máximo da democracia: a 
eleição.
 Certamente, isto deixa claro para a classe 
que todo o processo deve respeitar o princípio 
básico da coesão e da diversidade, isto é, com 
a união e o alinhamento precisos para cons-
trução de um futuro.
É graças a iniciativa de quem iniciou 
que aqui estamos.
REVISTA CONTER - 4
WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA Autor: Hítalo SIlva
06
das 
 A criação do CONTER (Conselho Nacional 
de Técnicos em Radiologia), em 1987, traz um 
marco histórico e essencial no país para a valo-
rização dos profissionais perante a sociedade. 
Sua função é normatizar, julgar de forma ética 
a conduta profissional, desenvolver a formação 
continuada, fiscalizar o exercício profissional, 
garantir não apenas a qualidade dos serviços 
prestados, mas também promover um ambien-
te profissional mais justo e reconhecido. Para 
falarmos sobre o início e o presente da Autar-
quia, ninguém melhor para compartilhar um 
pedaço dessa rica história do que a empregada 
pública ativa, Agda Baez Gonzales, que há 
tempos participa das atividades da autarquia.
 Ela atualmente trabalha no Setor 
de Fiscalização do CONTER. 
Presente desde 1995, na Instituição 
passou pela administração, diretoria, 
coordenação executiva e analista 
jurídico. Ela relembrou quando 
iniciou sua caminhada no 
CONTER: “Quando ingressei no 
quadro funcional da Autarquia, o 
CONTER já tinha 10 anos de 
existência e contava com poucos 
funcionários. Foi todo um processo 
evolutivo de construção até a realida-
de atual e muito me satisfaz profissio-
nalmente participar de toda a evolu-
ção desta profissão linda e primordial 
para a área da saúde”.
 “Foram anos e anos de trabalho 
juntamente com outros funcioná-
rios que participaram dessa história, 
como a Vera Lucia Barroso e o 
David Santana Sena (Em memória), 
cito esses, em especial, pois David jáProfessor universitário; MBA em Recursos Humanos e mestre em Educação.
MEMBROS RESPONSÁVEIS 
Amanda Machado: Assessora de Comunicação, responsável pela ASCOM/CONTER; educadora e assessora de impren-
sa educacional; graduada em Comunicação Social – Publicidade e pós-graduada em Comunicação e Marketing Digital.
Francisco Mattos: Biólogo, Tecnólogo em Radiologia; pós-graduado em Docência e Novas Tecnologias, além de Tomo-
grafia Computadorizada e Ressonância Magnética; professor de Educação Básica e Ensino Técnico. 
José Carlos de Jesus Junior: Diretor-Tesoureiro do CONTER, Técnico e Tecnólogo em Radiologia; pós-graduado em 
Gestão Hospitalar, Imaginologia e Docência do Ensino Superior; especialista em Radiologia Pediátrica; docente na área 
de Radiologia.
Luis Carlos Santos Sousa: Responsável pela Revista CRTR08 da Bahia; bacharel em Física e especialista em Ciência 
Ética e Filosofia; docente universitário.
PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E CONTEÚDOS
Anderson Aguiar: Diagramador da Revista CRTR08 da Bahia; instrumentador industrial; engenheiro em Controle e 
Automação; artista 3D generalista, Nuke artist, compositor VFX, designer gráfico e desenvolvedor de jogos.
Hitalo Silva: Estagiário na ASCOM/CONTER; graduando em Comunicação Social – Jornalismo, com experiência em 
criação de releases e entrevistas em veículo nacional.
João Pedro Correia: Assessor de Comunicação da ASCOM/CONTER; graduado em Publicidade e Propaganda, com 
projeto em UX Design; pós-graduado em Marketing Digital com Big Data.
João Salomão Meira: Assessor de Comunicação CONTER, e Graduado em Comunicação Social - Publicidade e 
Propaganda, Pós-Graduado em Marketing e Vendas e ESG – Governança Ambiental, Social e Corporativa.
DIRETORIA EXECUTIVA
CONTER
Diretora-Presidente
Cassiana Crispim de Araújo
Diretor-Tesoureiro
José Carlos de Jesus Junior
Hitalo Silva, Luis Carlos, João Pedro, José Carlos, Amanda Machado, Anderson
Aguiar, João Raimundo e Francisco Mattos 
REVISTA CONTER - 30
https://www.instagram.com/conteroficial/
https://www.youtube.com/@tvradiologiaconter
https://www.linkedin.com/company/conternacional
https://www.facebook.com/conselhoderadiologia
https://www.instagram.com/conteroficial/
https://www.youtube.com/@tvradiologiaconter
https://www.facebook.com/conselhoderadiologia
https://www.conter.gov.brtrabalhava no CONTER e Vera 
Lucia iniciou no mesmo dia que eu, 
sem prejuízo de outros funcionários 
que também contribuíram grande-
mente com sua força de trabalho 
junto aos gestores à frente do 
órgão”. 
 “A sede do CONTER, quando 
comecei, estava localizada no Edifí-
cio Mariana, na Asa Norte (DF).
 Em 1995, o Sistema CON-
TER/CRTRs era composto por 13 
Conselhos Regionais (CRTRs da 1ª 
à 13ª Regiões). Depois foram 
criados os demais Regionais da 14ª 
à 19ª Regiões; portanto, o trabalho 
administrativo da Autarquia foi 
significativo e a evolução foi cons-
tante”, recordou.
 “Depois foi adquirida uma nova 
sala também na Asa Norte, no 
Edifício Brasília Rádio Center, que 
devido ao crescimento e a necessi-
dade de melhores instalações, 
houve necessidade de ampliação das 
suas instalações em Brasília 
Agda Baez Gonzales
FALAR DO PASSADO É 
DIZER COMO CHEGAMOS 
ATÉ AQUI
REVISTA CONTER - 5
WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA
 Ela também analisou esse 
processo de mudanças: “Muito 
foi feito para que o Sistema 
CONTER/CRTRs esteja na 
situação atual. Foram unidas 
muitas forças de gestores e 
funcionários comprometidos.
 O trabalho dos profissionais 
das Técnicas Radiológicas é de 
extrema importância para a 
sociedade. O CONTER está 
trabalhando com seriedade 
para garantir o cumprimento 
da função pública como Autar-
quia Pública Federal e subsidiar 
os CRTRs na realização de seu 
papel de fiscalização do exercício 
profissional, demonstrando à 
sociedade a relevância dessa
profissão.”
 Sempre empenhada com a 
categoria, Agda agradeceu aos 
profissionais: “Meu total respeito 
vai para aquele profissional que 
levanta de madrugada para 
ganhar seu pão de cada dia e 
alimentar sua família”.
Agda Baez Gozales
Agda Baez Gonzales, David Santana Sena (in memorian) e Vera Lúcia Barroso
Muito foi feito para que o Siste-
ma CONTER/CRTRs esteja na 
situação atual. Foram unidas 
muitas forças de gestores e 
funcionários comprometidos. O 
trabalho dos profissionais das 
Técnicas Radiológicas é de 
extrema importância para a 
sociedade.
WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA
REVISTA CONTER - 6
DAS DESCOBERTAS
A ESPIRAL DO TEMPO 
NA RADIOLOGIA 
Espaço-tempo uma ligação 
indissociável.
WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL
REVISTA CONTER - 7
WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL
REVISTA CONTER - 8
REVISTA CONTER - 9
O
A pesquisadora da Escola Nacional
de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz)
INVISÍVEIS
TRABALHADORES
texto a seguir é 
uma resenha 
crítica do artigo 
“Condições de 
trabalho e 
biossegurança dos pro�s-
sionais de saúde e trabalha-
dores invisíveis da saúde no 
contexto da COVID-19 no 
Brasil”, publicado na Revis-
ta Ciência & Saúde Coletiva, 
edição 28 em outubro de 
2023, escrito por MH 
Machado, EJ Pereira, FL 
Vargas (FIOCRUZ), MCR 
Coelho (UFES), AO Telles 
(UFRJ), JJ Soares Neto e LG 
Silva (UnB), FRG Ximenes 
(UVA), EG Teixeira 
(FTESM) e JN Bembele 
(Departamento de Formação 
e Pesquisa, Direcção Provin-
cial de Saúde de Maputo), 
cujo objetivo foi avaliar
realizada virtualmente em 24 de 
outubro deste ano, a qual possibili-
tou uma compreensão mais profun-
da das nuances da pesquisa e do 
papel dos técnicos e tecnólogos em 
radiologia. A combinação da análise 
do artigo com os insights da entre-
vista proporciona uma visão mais 
específica e enriquecedora do tema.
 Os autores revisitaram o evento 
da pandemia de COVID-19, 
afirmando que foi um aconteci-
mento que expôs e agravou profun-
das desigualdades sociais e econô-
micas em todo o mundo, especial-
mente no Brasil. A doença afetou 
os mais vulneráveis, intensificando
a precarização do trabalho e as 
condições de vida de
milhões de pessoas.
 Após a contextualização, o 
estudo direciona o foco aos 
profissionais de saúde, linha 
de frente no combate à 
pandemia, os quais encontra-
ram condições desafiadoras. A 
pesquisa classifica os profissio-
nais em duas categorias: 
profissionais da saúde (PS) e 
trabalhadores invisíveis da
 saúde (TIS). 
A produção de documen-
tos, pesquisas, artigos, a 
participação em debates e 
eventos são fundamentais 
para fortalecer nossa
identidade profissional e 
mostrar à sociedade a
importância do nosso
trabalho.
DA SAÚDE
PRFª, DRª MARIA HELENA MACHADO
as condições de trabalho, a biosse-
gurança e a invisibilidade de 
trabalhadores da saúde.
 Para enriquecer a discussão, 
esta resenha incorpora elementos 
da entrevista realizada com a 
Profª. Dra. Maria Helena Macha-
do ao CONTER,
 Os profissionais da saúde (PS) 
são considerados: Médico, Enfer-
meiro, Fisioterapeuta/Terapeuta 
Ocupacional, Cirurgião Dentista, 
Biomédico, Farmacêutico/Bioquí-
mico, Psicólogo, Assistente Social, 
Nutricionista, Fonoaudiólogo, 
Biólogo, Médico Veterinário, Adm. 
Hospitalar, Ed. Físico, Engenhei-
ro/Segurança do Trabalho/Sanita-
A invisibilidade é uma 
forma velada de exclusão
RESENHA WWW.CONTER.GOV.BRRESENHA Autor: Francisco de Mattos Nogueira Soares
-
Imagem ilustrativa: Fluoróscopia
Imagem ilustrativa: Negatoscópio 
-
RESENHA
rista, Graduando (medicina, enfermagem etc.), que 
compõe em nosso país um universo de mais 2 milhões 
de profissionais, segundo a pesquisa “Condições de 
Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da 
Covid-19 no Brasil” (Machado MH, coordenado
ra (ENSP/CEE-Fiocruz; 2020/2021).
 Já a categoria “trabalhadores invisíveis da saúde 
(TIS)” abrange: Tec./Aux. de Enfermagem, Tec./Aux. 
de Saúde Bucal/Prótese Dentária, Tec./Aux. De Farmá-
cia/Hemoterapia/Hematologia/Análises Clínicas, 
Tecnólogo/Técnico/Auxiliar de Radiologia, Tec. Em 
Imobilizações Ortopédicas/Gesseiro, Tec. em Segurança 
do Trabalho, Tec. em Vigilância em Saúde, Agente de 
Saúde (ACS, ACE, VS e afins), Agente Indígena de 
Saúde/Saneamento, Maqueiro, Condutor de Ambulân-
cia, Sepultador e afins, Pessoal de: Cozinha Hospitalar;
Administrativo; Porteiro/Recepcionista/Telefonista/Se-
gurança; Limpeza e Conservação; e Manutenção, que 
compõe em nosso país um universo de mais de 2,5 
milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Segundo a 
pesquisa “Trabalhadores invisíveis da saúde: Condições 
de Trabalho e Saúde Mental no Contexto da Covid-19 
no Brasil” (Machado MH, coordenadora (ENSP/CEE
-Fiocruz2021/2022).
 O artigo é fruto da conexão de duas pesquisas aprova-
das pela Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Nacio-
nal de Saúde Pública (CEP/ENSP), as quais analisaram 
as condições de trabalho e biossegurança de PS e TIS 
durante a pandemia da Covid-19 no Brasil.
 Os dados foram coletados através de questionários 
online e alcançou milhares de profissionais de saúde em
diversas regiões do Brasil. A participação foi voluntária,
com consentimento prévio e anonimato garantido, 
foram entrevistados 15.132 profissionais de nível supe-
rior da saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, 
por exemplo) e 21.480 trabalhadores(as) das mais de 60 
ocupações de nível técnico, auxiliar e de apoio.
 Na análise dos dados, realizaram-se comparações 
entre os dois universos (PS e TIS) nos âmbitos nacional 
e regional, levando em conta o perfil sociodemográfico, 
jornada de trabalho, proteção no ambiente de trabalho, 
disponibilidade de equipamento de proteção individual 
(EPI), exposição à tipo de agentes de risco, treinamento 
para o enfrentamento à pandemia, mudança de rotina 
profissional, problemas e desgastes ergonômicos no
ambiente de trabalho.
 Os resultados das entrevistas envolveram diversos
aspectos pertinentes para discussão.
 Constatou-se que os TIS tendem a ter jornadas mais 
longas e menos flexíveis, frequentemente recorrendo a 
‘‘bicos” para complementarem a renda, enquanto PS 
têm mais oportunidades de multiemprego. Referente à 
sensação de desproteção no trabalho, é comum a ambos 
os grupos, porém mais acentuada entre os TIS. Além 
disso, os TIS também demonstraram condições de 
trabalho mais precárias, com menores salários, jornadas 
mais longas e menor acesso a benefícios como auxílio
alimentação e vale-transporte.
 Foi constatado que apesar das duas categorias atua-
remna linha de frente, os TIS enfrentaram maiores 
dificuldades em relação ao acesso a EPIs, como másca-
ras e luvas. 
Resenha crítica 
REVISTA CONTER - 10
WWW.CONTER.GOV.BRRESENHA
em Saúde (CBS); a infraestrutura 
precária em unidades de saúde e a 
falta de treinamento disponibiliza-
do para os profissionais, principal-
mente aos TIS, comprometeram as 
condições e a qualidade dos servi-
ços. A exposição a riscos ocupacio-
nais é um grande problema enfren-
tado pelos profissionais de saúde. A 
pandemia de COVID-19 eviden-
ciou a urgência de investimentos 
em infraestrutura para garantir a 
saúde dos trabalhadores e dos usuá-
rios.
 Os pesquisadores concluem que 
a pandemia expôs as profundas 
desigualdades e precariedades nas 
condições de trabalho de profissio-
nais de saúde (PS) e técnicos e 
administrativos em saúde (TIS). 
Ambos enfrentam sobrecarga, risco 
de contaminação e sofrimento 
psicológico, mas os TIS, muitas 
vezes invisibilizados, sofrem com 
condições ainda mais precárias e 
instabilidade no emprego. Os 
denominados “trabalhadores invisí-
veis”, desempenham um papel 
fundamental nos processos de 
prevenção, promoção e recupera-
ção da saúde. A invisibilização 
desses profissionais constitui um 
problema que precisa ser urgente-
mente superado, a fim de garantir a 
valorização de suas contribuições e 
a melhoria da qualidade da assis
tência à saúde.
 Em virtude disso, a Profª. Dra. 
Maria Helena Machado enfatizou, 
durante a entrevista ao CONTER, 
a invisibilidade social e as condi-
ções de trabalho precárias dos 
técnicos e tecnólogos em radiolo-
gia. Apesar de serem essenciais para 
o diagnóstico por imagem, esses
profissionais carecem de reconhe-
 Os percentuais apresentados 
demonstram ainda que os traba-
lhadores invisíveis da saúde (TIS) 
enfrentaram um maior desgaste 
físico e mental durante a pande-
mia; a jornada de trabalho 
prolongada, aliada a condições 
precárias, como falta de estrutura 
e excesso de demandas, intensifi-
caram os riscos ergonômicos
significativos.
 O artigo propõe uma discussão 
sobre a precarização do trabalho 
em saúde no Brasil, intensificada 
pela pandemia, que expôs os 
trabalhadores a condições insalu-
bres e violentas. A flexibilização 
da legislação trabalhista e a falta 
de proteção adequada agravaram 
os problemas já existentes, como 
a sobrecarga de trabalho e a falta
de recursos.
 Na entrevista ao CONTER, a 
Profª. Dra. Maria Helena Macha-
do faz um alerta para os riscos da 
terceirização na saúde, especial-
mente para os técnicos em radio-
logia. A instabilidade no empre-
go, a ausência de direitos traba-
lhistas e as condições de trabalho 
precárias são uma triste realidade 
para muitos profissionais da área. 
É necessária a mobilização para 
combater a terceirização e garan-
tir melhores condições de traba-
lho. A radiologia merece ser valo-
rizada e os técnicos em radiologia 
precisam ter seus direitos garanti-
dos.
Ademais, o artigo também 
expõe que apesar das orientações 
da Organização Mundial de 
Saúde (OMS), Ministério da 
Saúde (MS), Agência Nacional de 
Vigilância Saúde (ANVISA) e
da Comissão de Biossegurança 
cimento e valorização. A pandemia 
evidenciou a importância da radio-
logia, mas é preciso ir além: investir 
em melhores condições de traba-
lho, garantir o acesso aos serviços 
de imagem e, principalmente, reco-
nhecer a radiologia como área 
estratégica para a saúde pública. A 
participação ativa da categoria nas 
decisões sobre as políticas públicas 
de saúde é fundamental para cons-
truir um sistema mais justo e
eficiente.
 Além disso, para ela é crucial 
investir na melhoria da infraestru-
tura para garantir a saúde e o bem-
-estar dos profissionais da saúde.
Diante do exposto, o artigo 
“Condições de trabalho e biossegu-
rança dos profissionais de saúde e 
trabalhadores invisíveis da saúde no 
contexto da COVID-19 no Brasil” 
trouxe uma discussão ampla e 
transversal sobre a atuação de todos
os profissionais da saúde. 
 Apesar da divisão das categorias 
em PS e TIS para facilitar a discus-
são dos dados, percebe-se que o 
termo “profissionais da saúde” não 
se restringe a médicos, enfermeiros, 
fisioterapeutas, por exemplo, mas 
envolve uma diversidade de profis-
sionais que muitas vezes são esque-
cidos.
A metodologia escolhida pelos 
pesquisadores deixou claro que os 
“trabalhadores invisíveis” não 
foram assistidos nem valorizados 
durante sua atuação na pandemia, 
dentre eles estão os profissionais 
das técnicas radiológicas. Vale 
lembrar que a categoria TIS é 
bastante diversa sendo difícil 
atribuir as causas dessa desvaloriza-
ção, portanto, sem dúvidas, a 
pesquisa pode servir de fundamen-
RESENHA
REVISTA CONTER - 11
WWW.CONTER.GOV.BR
Imagem Ilustrativa: Película de um exame de tomografia computadorizada. 
to para estudos mais específicos que 
investiguem, por exemplo, a invisi-
bilidade dos técnicos e tecnólogos 
apesar da sua relevância.
 É indiscutível que técnicos e 
tecnólogos em radiologia desempe-
nharam um papel essencial na linha 
de frente do combate à COVID-19. 
Expostos ao vírus, realizaram 
exames em pacientes infectados, 
contribuindo para o diagnóstico 
rápido e preciso da doença. Seu 
conhecimento e prática foram 
fundamentais para a geração de 
imagens de alta qualidade, que 
auxiliaram os médicos no planeja-
mento de tratamentos, na avaliação 
da resposta à terapia, sobretudo no 
diagnóstico. Esses profissionais 
contribuíram para a segurança dos 
pacientes e dos colegas de traba-
lho, seguindo rigorosamente os 
protocolos de biossegurança.
 Dito isso, a Profª. Dra. Maria 
Helena Machado traz como sugestão 
sermos protagonistas da transforma-
ção da categoria profissional da 
radiologia. A produção de documen-
tos, pesquisas, artigos, a participação 
em debates e eventos são fundamen-
tais para fortalecer nossa identidade 
profissional e mostrar à sociedade a 
importância do nosso trabalho. É 
preciso que nos unamos e lutemos 
por melhores condições de trabalho
e maior reconhecimento.
 Outra indicação seria realizarmos 
uma pesquisa com o levantamento 
detalhado sobre o perfil desses 
profissionais da radiologia, incluin-
do quantidade, distribuição geográ-
fica, idade e formação para fortalecer 
 a nossa luta por condições de traba-
lho e maior reconhecimento.
 O CONTER defende a urgente 
necessidade de rever a Resolução nº 
287/1998 do Conselho Nacional de 
Saúde - CNS, que exclui os tecnólo-
gos em radiologia do rol de profis-
sionais de saúde de nível superior e 
atualizar a resolução incluindo esses 
profissionais. Essa omissão prejudi-
ca o reconhecimento dos nossos 
direitos e dificulta a luta por melho-
res condições de trabalho. Paralela-
mente, a aprovação do PL 
3661/2012 é fundamental para 
garantir direitos trabalhistas especí-
ficos à categoria. A conquista desses 
dois objetivos é crucial para fortale-
cer a visibilidade e o reconhecimen-
to dos técnicos e tecnólogos em
radiologia.
REVISTA CONTER - 12
RESENHA WWW.CONTER.GOV.BR
Ressonância Multiparamétrica Revoluciona
Diagnóstico Precoce do Câncer de Próstata
 
 
 
N
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so
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Ju
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or
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O
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 Novembro Azul é um movimento fundamental para conscientizar sobre a 
saúde masculina, em especial sobre o câncer de próstata. A detecção precoce é 
crucial para aumentar as chances de cura e os exames de imagem, como a 
ressonância magnética, desempenham um papel vital nesse processo.
 Dito isso, a Ressonância Magnética Multiparamétrica (RMMP) oferece um 
olhar detalhado da próstata, permitindo identificar lesões suspeitas com al-
ta precisão. Essa tecnologia, aliada ao exame de toque e à 
dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico), forma um 
conjunto de ferramentas poderosas para o diagnóstico preco-
ce, possibilitando intervenções mais eficazes e preservando a
 qualidade de vida dos homens.
 O texto “Cuidados na realização do exame de Imagem por 
Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata 
(RMMP)”, produzido por TR Almir Inacioda Nobrega, 
professor de Imagem por Ressonância Magnética no Centro 
Universitário São Camilo – SP, enfatiza a importância da 
qualidade técnica do exame e da interpretação dos resultados
de acordo com as diretrizes internacionais.
Cuidados na realização do exame de Imagem 
por Ressonância Magnética Multiparamétrica 
da Próstata (RMMP)
 Segundo o INCA, o tumor maligno da próstata é o segun-
do tumor que mais acomete os homens, perdendo apenas 
para o tumor de pele. A cada ano, cerca de 65.000 novos 
casos são registrados e, em média, um quarto desses pacientes
 vão a óbito.
 A ressonância multiparamétrica da próstata (RMMP) é um 
importante aliado na identificação dessa doença e está espe-
cialmente indicada na diferenciação entre hiperplasia prostá-
tica benigna (HPB) e hiperplasia prostática maligna (HPM).
 Os tecnólogos em radiologia que realizam a RMMP preci-
sam estar atentos na execução desse exame. O padrão de 
qualidade das imagens e os recursos técnicos a serem utiliza-
dos devem atender as principais diretrizes estabelecidas no 
sistema internacional de classificação de lesões da próstata 
denominado PI-RADS 2.1 - Prostate Imaging – Reporting
and Data System.
TR Almir Inacio da Nobrega
Prof. de Imagem por Ressonância Magnética 
no Centro Universitário São Camilo – SP
almir.nobrega@prof.saocamilo-sp.br
REVISTA CONTER - 13
Tecnologia de imagem detalhada, aliada ao PSA e ao exame de
toque, amplia as chances de cura e qualidade de vida dos homens
ENTREVISTA WWW.CONTER.GOV.BR
 
ENTREVISTA
 A RMMP combina a utilização de imagens ponderadas em T1w, T2w, difusão (Dwi) com seus mapas ADC 
e aquisição dinâmica após contraste à base de gadolínio (Perfusão - DCE). Eventualmente, sequências de espec-
troscopia podem também fazer parte do protocolo.
 O equipamento de 3T é o que apresenta melhor resultado para esse exame devido à sua elevada relação sinal-
-ruído, no entanto, é possível também a realização em equipamento de 1.5 T. Nesse caso, a critério médico, 
deverá ser considerada a necessidade de uso de bobina endorretal que sabidamente promove ganho de sinal.
PIRADS 1
A CLASSIFICAÇÃO DO DIAGNÓSTICO,
 SEGUINDO AS ORIENTAÇÕES PIRADS 2.1,
PARAMETRIZA A EVENTUAL PRESENÇA DE CÂNCER 
NO EXAME DE RMMP E PODE SER ASSIM RESUMIDA:
Muito Baixo Altamente improvável a presença de câncer
 
 
 
 
 
 
PIRADS 2 Baixo Improvável que o câncer significativo esteja presente
PIRADS 3 Intermediário A presença de câncer pode ser considerada. Necessita Investigação complementar.
PIRADS 4 Alta É provável que o câncer esteja presente
PIRADS 4 Muito Altlto É altamente provável a presença de câncer.
 Fonte: Colégio Americano de Radiologia
 Do ponto de vista anátomo-histológico, a próstata 
está dividida em quatro regiões: o estroma fibromus-
cular anterior; a zona de transição (ZT) que circunda 
a uretra proximal e contém 5% do tecido glandular; a 
zona central (ZC), que circunda os ductos ejaculató-
rios e contém cerca de 20% do tecido glandular; a 
zona periférica exterior (ZP) que contém de 70% a 
80% do tecido glandular. Aproximadamente, 70% a 
75% dos cânceres de próstata se originam na ZP e
20% a 30% na ZT.
Precauções pré-exame
 Um preparo intestinal visando limpeza da cavidade 
deve ser indicado ao paciente no momento da marca-
ção do exame. A presença de fezes e/ou gases no reto 
pode interferir negativamente na qualidade das 
imagens, em especial nas sequências DWi, causando 
artefatos que podem comprometer o diagnóstico. 
Eventualmente, se na série localizadora, for constata-
da a presença significativa de resíduos em sigmóide e 
reto, o paciente poderá ser orientado a eliminar esse 
conteúdo e retornar para prosseguir com o exame. 
Não se recomenda a lavagem intestinal, pois esse 
procedimento pode provocar aumento acentuado do 
peristaltismo e causar artefatos de movimento. 
 No início do exame, o uso de medicação antiespas-
módica, Buscopan por exemplo, está indicado. Isso 
melhora significativamente a qualidade das imagens e 
deve ser feito se o paciente não relatar histórico alérgi-
co a esse medicamento. O paciente deverá ainda ser 
orientado a ficar imóvel durante todo o procedimen-
to, não movimentar as pernas e não contrair a muscu-
latura pélvica.
Recursos Técnicos
 As principais ponderações de imagem na RMMP 
são: T1w, T2w, DWi e Perfusão. Os planos de 
imagem devem ser realizados, sempre que possível, 
com os mesmos parâmetros geométricos. O campo 
de visão (FOV) deve ficar entre 16 e 22 cm e espessu-
ra de corte em torno de 3mm. Recomenda-se acres-
centar pelo menos uma série de imagens com campo 
de visão largo, entre 30 e 40 cm, ponderação T1. Essa 
técnica tem por objetivo o rastreamento de linfono-
REVISTA CONTER - 14
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REVISTA CONTER - 15
dos pélvicos e metástases
ósseas na bacia.
 A série T1w de pequeno 
FOV tem por finalidade 
evidenciar presença de 
sangue na próstata e vesículas 
seminais e, após o uso do 
gadolínio, mostrar o com-
portamento da impregnação 
do contraste nos vários 
tecidos. A série T2w propor-
ciona alta resolução do tecido 
prostático e pode evidenciar 
a natureza dos nódulos, espe-
cialmente pelo destaque que 
confere aos seus contornos. 
Essa série destaca ainda a 
presença de cistos e possíveis 
formações neoplásicas. 
 A série difusão (DWi) tem 
alta sensibilidade para 
presença de tumores. A 
possibilidade de aquisição de 
imagem com diferentes 
coeficientes de difusão “b”, 
em especial, com valores de 
b=1000 sec/mm2 e b=1400 
sec/mm2, juntamente com 
os seus mapas (ADC), 
aumentam a especificidade 
da técnica para a presença de 
tumores e deve fazer parte do 
protocolo de rotina. A série 
dinâmica, após administra-
ção do gadolínio, possibilita 
a análise gráfica da intensida-
de do sinal em função do 
tempo e permite estabelecer 
o perfil de esvaziamento do 
contraste pela glândula pros-
tática em curvas de padrão 
“Wash In” e “Wash Out”. A 
literatura descreve que curvas 
de padrão “Wash Out” apre-
sentam maior relação com 
tumores malignos. A técnica 
de perfusão dura em média 5 
minutos com amostras de 
aquisição de blocos de 
imagem, a cada 10 segundos 
ou em tempos inferiores. 
Pelo menos 30 amostras 
devem ser adquiridas. Na 
perfusão o contraste deve ser 
injetado por infusora com 
velocidade em torno de 3 ml
 por segundo.
Perspectivas Futuras
 A ressonância multipa-
ramétrica da próstata tem se 
mostrado um grande aliado 
na detecção da HPM, no 
entanto, novas pesquisas e 
novas ferramentas tem sido 
testadas para tornar esse 
método ainda melhor. 
Destaca-se o uso das técnicas 
de Imagem Tensor da 
Difusão (DTI), imagem de 
curtose difusional (DKI), 
contrastação pela presença 
de oxihemoglobina 
(BOLD), espectroscopia “in 
vivo”, agentes intravenosos 
de óxido de ferro e MRI-
-PET. 
Fonte: INCA – Instituto 
Nacional de Câncer – Brasil 
- MS 
CBR - Colégio Brasileiro de 
Radiologia e Diagnóstico 
por Imagem 
ACR – Colégio Americano 
de Radiologia
 Novembro Azul é um 
movimento fundamental 
para conscientizar sobre 
a saúde masculina
ENTREVISTA WWW.CONTER.GOV.BR
SISTEMA
A MECÂNICA DO 
 Em 17 de outubro de 2024, fomos recebidos pela CONAFI (Coordenação Nacional de Fiscalização) com 
o objetivo de compor um panorama para esta edição sobre a fiscalização numa perspectiva de passado, 
presente e futuro na condução das atividades.
 Em síntese, a fala da senhora Luciene Maria do Prado, supervisora de fiscalização, evidenciou sobre o 
passado: por muitos motivos que não cabem aqui, certamente a pandemia contribuiu bastante para um 
blackout no sistema de fiscalização, seria fácil dizer onde tudo se perdeu – entretanto desnecessário, o mais 
urgente e imperativo para a equipe foi retomar, reordenar e reestruturar o sistema de gestão.
 Pode-se dizer que a fiscalização é a viga mestra que sustenta o edifício do sistema CONTER/CRTR’s, isto 
ficou muito claro em nossa conversa, como também fiscalizar é algo para além de vigiar, controlar,supervi-
sionar, mas é também zelar. Neste âmbito, zelar é certificar a proteção e a garantia na prestação de serviços 
de saúde dos profissionais e das pessoas envolvidas no processo. Aqui neste espaço, o que se pensa e fala em 
regime de tempo integral é sobre gestão de pessoas e processos para reforçar um serviço de excelência no 
campo da saúde, em particular da radiologia. 
 O ar de academicismo presente no ambiente nos inspirou a retratar a arquitetura de funcionamento do 
sistema de fiscalização, vide mapa conceitual abaixo.
CONTER - CRTR’s
Um alinhamento perfeito que visa 
à eficiência da gestão
Autor: Luis Sousa
REVISTA CONTER - 16
EDITORIAL WWW.CONTER.GOV.BR
Membros da CONAFI, supervisora fiscal e diretor-tesoureiro
 O SISTEMA NACIONAL DE 
FISCALIZAÇÃO (SINAFI) foi insti-
tuído pelo CONTER, por meio da 
Resolução nº 13/2010, alterada pela 
Resolução CONTER 08/2015, e é 
composta em sua estrutura pela 
COORDENAÇÃO NACIONAL 
DE FISCALIZAÇÃO (CONAFI) e 
pela COORDENAÇÃO REGIO-
NAL DE FISCALIZAÇÃO (CORE-
FI). 
 A Coordenação Nacional de Fiscali-
zação (CONAFI) tem como missão 
coordenar o trabalho dos agentes 
fiscais dos Conselho Regionais de 
Técnicos em Radiologia (CRTRs), já 
a Coordenação Regionail de Fiscaliza-
ção (COREFI) possui a competência 
voltada ao exercício de suas atividades 
em conformidade com as disposições 
legais e regimentais contidas no 
Manual de normas e procedimentos 
fiscalizatórios e descritas na Resolução 
CONTER nº 13/2010 para cumpri-
mento dos projetos de fiscalização 
com o objetivo de combate do exercí-
cio ilegal e irregular da profissão e a 
garantia da integridade física dos 
pacientes e trabalhadores expostos à 
radiação ionizante.
 As Coordenações Nacional e Regio-
nais de Fiscalização (CONAFI/CO-
REFIs) do Sistema CONTER/CR-
TRs, desempenham papel indispensá-
vel à fiscalização do exercício profis-
sional das técnicas radiológicas em 
todo o território nacional, com o 
objetivo de proteção da população 
contra a ação de leigos, ao fiscalizar e 
oferecer segurança à profissão, de 
modo a garantir o correto exercício.
as técnicas radiológicas no Brasil. 
 O processo de fiscalização do Sistema CONTER/CRTRs, utiliza 
práticas universais, de reconhecimento nacional, para que seja unifor-
mizado, mantendo-se aliado à sociedade e em defesa da saúde pública. 
Em relação ao processo fiscalizatório, os resultados esperados são:
- Uniformização da ação fiscalizatória;
- Padronização e continuidade dos procedimentos administrativos 
oriundos da fiscalização;
- Visão global dos envolvidos;
- Integração entre os processos;
- Conhecimento da organização;
- Credibilidade do Sistema, já que haverá continuidade do processo 
fiscalizatório com entrega de serviços iguais;
- Valorização da profissão;
- Maior participação dos envolvidos no Sistema.
Composição:
Membros Titulares:
TNR. Luciano Henrique Xavier Monteiro – COORDENADOR
TNR Peter Kühn – 1º SECRETÁRIO
TR. Sergio Roberto Zullo – 2º SECRETÁRIO
Membros Suplentes:
TR. Geórgia Sousa Chaves
TR. Eduardo da Cunha Moreira
TNR. Michel Fonseca Viana da Silva
Supervisão Fiscal:
TNR. Luciene Maria do Prado
Autores: TNR. Luciano Henrique Xavier Monteiro – COORDENADOR
TNR Peter Kühn – 1º SECRETÁRIO
TR. Sergio Roberto Zullo – 2º SECRETÁRIO
TR. Geórgia Sousa Chaves
TR. Eduardo da Cunha Moreira
TNR. Michel Fonseca Viana da Silva
TNR. Luciene Maria do Prado
REVISTA CONTER - 17
EDITORIAL WWW.CONTER.GOV.BR
 A atual composição deu início aos trabalhos em 
junho deste ano, sendo nomeados pela Portaria 
CONTER nº 081/2024, disponivel em no portal da 
trasparência (Clique aqui para acessar).
 Percebeu-se a necessidade de ocorrer a continuidade 
administrativa dos processos fiscalizatórios, pois com-
preendemos que existe a fiscalização, no entanto, em 
alguns CRTRs não são gerados os devidos processos 
administrativos, não é dado andamento após a fiscali-
zação, não sendo alcançados assim os resultados espera-
dos.
 Fazer gestão é um desafio, para gestores e institui-
ções, haja vista que toda mudança exige esforço, prepa-
ro, conhecimento, cautela e estratégia. Por isso, são 
necessárias sequências de ações para que se alcance os 
objetivos organizacionais, devendo ser eficientes, efica-
zes e efetivas, com sinergia entre decisão e execução. 
Isso deve ocorrer de maneira interligada ao que foi 
planejado e organizado, havendo identificação e geren-
ciamento das atividades relacionadas para controle e 
melhoria dos processos. 
XIII Encontro do Sistema CONTER/CRTRs 2024
REVISTA CONTER - 18
EDITORIAL WWW.CONTER.GOV.BR
 Os desafios encontrados foram grandes, pois os 
relatórios de fiscalização haviam se acumulado em 
virtude de não haver uma coordenação nos últimos 
meses.
 As COREFI’s devem enviar os relatórios de fiscaliza-
ção a cada 3 meses e a CONAFI realiza a avaliação 
destes relatórios, fazendo os apontamentos necessários 
para o regional. 
https://www.studiosti.com.br/PortalTransparencia/Radiologia/conter/Relatorio/Menu/Arquivo_Visualizar_TL.aspx?arquivo=~/Menu_File/573178603174_PORTARIA.CONTER.081.2024.RECOMPOSI.O.DA.CONAFI.assinada.pdf&codigo=5598&menu=Portaria%20CONTER%20n%C2%BA%2081/2024
Em se tratando do serviço público, gerir tem sido 
ainda mais desafiador, já que para cumprir a sua 
missão, conforme a legislação específica de cada 
órgão, deve-se possuir conhecimento adequado de 
gestão de capital financeiro e humano para conse-
guir entregar serviços de qualidade à sociedade. 
Deste modo, administrar ou gerir na Administra-
ção Pública exige muito além de conhecimentos 
específicos de uma determinada área, não se 
resume a conceitos técnicos, devendo o gestor 
conhecer, entender e praticar gestão.
Com base no relatório sintético de 2023 (compos-
to por todos os relatórios de fiscalização de todos 
os regionais), a atual coordenação, juntamente 
com a supervisora fiscal e analista jurídica escreve-
ram o Plano de Ação para o ano de 2024, cujo 
objetivo é assegurar a conformidade com a Resolu-
ção CONTER nº 13/2010 derrogada por meio da 
Resolução CONTER nº 08/2015 e outras normas 
aplicáveis, bem como, instruções normativas e 
Acórdãos do Tribunal de Contas da União (TCU) 
no que concerne ao cumprimento da atividade 
fim, melhorar os processos de fiscalização e assegu-
rar que os CRTRs adotem práticas administrativas 
eficientes e de acordo com as diretrizes estabeleci-
das, considerando que no exercício das suas 
atribuições legais, o Sistema CONTER/CRTR 
deve zelar pela integridade e pela disciplina da 
profissão das técnicas radiológicas, disciplinando e 
fiscalizando, não só sob o aspecto normativo, mas 
também punitivo, zelando pela ética no exercício 
da profissão. 0 poder de fiscalizar emana do poder 
de polícia e requer para seu pleno exercício a 
discricionariedade, a coercibilidade e a autoexecu-
toriedade, podendo implicar restrições de direitos 
individuais em favor dos interesses maiores da 
coletividade. 
Os Conselhos Regionais, com jurisdição sobre as 
respectivas unidades federativas estão subordina-
dos ao CONTER, no que concerne a aprovação 
de seus regimentos internos, verificação de seu 
regular funcionamento, expedição de instruções 
necessárias ao bom funcionamento dos conselhos 
regionais com esclarecimento de dúvidas suscita-
das pelos Conselhos Regionais. 0 CONTER 
funciona, ainda, como instância recursal das 
deliberações dos Conselhos Regionais, relativa-
mente a admissão de membros e imposição de 
penalidades. (vide Acórdão 1925/2019 - TCU 
PLENÁRIO).
O fiscal, ao realizar uma atividade de fiscalização, 
representa o Sistema CONTER/CRTR, razão 
pela qual, diante de tamanha responsabilidade, 
deve estar sempre atento para pontos vitais a serem 
observados e seguidos, que afetam diretamente a 
imagem da autarquia perante os profissionais, as 
empresas e a sociedade.
Muitas vezes, torna-se necessária a aplicação de 
medidas punitivas, o que não afasta a necessidade 
de orientação para a regularização e o cumprimen-
to da legislação vigente.Ele tem a missão de prote-
ger a população contra ações inadequadas e garan-
tir a segurança radiológica, assegurando o correto 
uso das complexas técnicas radiológicas. De norte 
a sul e de leste a oeste, temos conhecimento de 
histórias de sucesso, frutos do esforço dedicado de 
fiscais e gestores comprometidos, que se esforçam 
para se adaptar às normas estabelecidas pela nossa 
equipe e hoje recebem reconhecimento de suas 
respectivas classes.
Como parte de um órgão público, compartilha-
mos um serviço a ser prestado, o que nos leva a 
caminhar em conjunto. 
WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL
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REVISTA CONTER - 20
EDITORIAL
Raphael Ruiz
Entrevista com o professor
 
 Muito se diz e há muito a ser dito sobre o impacto 
da inteligência artificial (IA) no presente e toda uma 
expectativa futura no campo do conhecimento e profis-
sional. Ela é a marca de nossos dias, pela presença 
maciça da tecnologia, pelo excesso de informações que 
necessitam de sentido. No que tange ao campo do 
conhecimento, uma ferramenta poderosa, mas que 
exige qualificação, formação contínua e
responsabilidade ética.
 Atualmente, sobre o aspecto das políticas públicas, 
há muito a ser definido, dessa forma deixa-se em aberto 
questões legais consideradas delicadas. Em particular, a 
autorização ao acesso de informações nos bancos de 
dados que trazem especificidades de exames
 de pacientes.
 Por outro lado, no campo da 
Radiologia, pode-se dizer que 
existem diversos pontos positivos 
para o uso dessas ferramentas após 
a realização de exames, tais como 
refinamento na qualidade da 
imagem e detecção de possíveis
achados patológicos.
 Para aprofundar a discussão do 
tema inteligência artificial (IA) 
em radiologia, o CONTER 
conversou com o professor 
Raphael Ruiz, Técnico e Tecnólo-
go em Radiologia, Mestre em 
Engenharia Biomédica, coordena-
dor da Coordenação Nacional de 
Ensino (CONAE) e docente nos 
cursos de graduação e pós-gradua-
ção do Centro Universitário 
Senac para explorar os desafios 
que ela representa, as questões 
legais associadas a essas novas 
tecnologias e o que o futuro reser-
va para os profissionais das técni-
cas radiológicas em âmbito
nacional.
As ferramentas IA e a rotina pro�ssio-
nal da Radiologia
 De saída, Prof. Raphael Ruiz afirma: 
“As ferramentas de Inteligência Artifi-
cial (IA) na Radiologia têm potencial 
para transformar a rotina tanto de 
médicos radiologistas quanto de profis-
sionais técnicos e tecnólogos em radio-
logia”.
 Ruiz elencou diversos cenários nos 
quais a IA poderá ser de grande valia 
para os profissionais, desde o ajuste 
automático de parâmetros (kV e mAs), 
automatização de processos (posiciona-
mento, gestão da agenda de pacientes), 
melhoria na qualidade de imagem, 
gerenciamento de fluxo de trabalho e 
assistência na formação de imagens 3D 
(upscale). Ele acrescenta: “Um exemplo 
claro ocorre na tomografia, onde a IA 
nos beneficia em todas as etapas do 
exame, desde o posicionamento do 
paciente até o pós-processamento da 
imagem, especialmente nos equipa-
mentos mais recentes e avança-
dos”.
 Entende-se que essas ferramentas 
possibilitam uma melhor gestão de 
tempo para que o setor de imagem 
fique mais ágil e eficiente, benefi-
ciando os pacientes e os profissio-
nais. Prof. Ruiz complementa: “A IA 
já se faz presente há algum tempo 
nos equipamentos radiológicos mais 
modernos e tecnológicos. Cada 
modalidade possui algoritmos e 
tecnologias diferentes, que são utili-
zados frequentemente pelos profis-
sionais, muitas vezes sem percebe-
rem que estão usando IA”.
Vale lembrar que considerar a IA 
uma ferramenta do futuro é um 
pensamento equivocado uma vez 
que ela já se faz presente nos atendi-
mentos automatizados ao cliente, 
reconhecimento facial, triagem de 
pacientes, tratamento de imagem, 
por exemplo. Contudo, pode-se 
acordar que sua plenitude no campo 
da Radiologia, pelo menos em nível 
nacional, realmente está projetada
 em um futuro breve.
Autor: Francisco de Mattos Nogueira SoaresENTREVISTA
Professor Raphale Ruiz
WWW.CONTER.GOV.BR
Imagem ilustrativa do processo de de apendizado das inteligências Artificiais
REVISTA CONTER - 21
Conhecimentos e habilidades a 
serem desenvolvidas pelos pro�ssio-
nais no âmbito da IA
 Segundo Ruiz, além do domínio 
dos fundamentos da bioimagem e 
dos protocolos de exames, é necessá-
rio ter uma compreensão geral do 
funcionamento dos algoritmos, 
incluindo os modelos de aprendiza-
gem machine learning e deep 
learning, e como eles podem auxiliar 
na análise de dados radiológicos. 
Ruiz relata que a obtenção do conhe-
cimento aplicado à IA na Radiologia 
exige do profissional habilidades no 
intuito de validar a qualidade das 
imagens ou informações geradas pela 
IA, refinar os parâmetros sugeridos 
pela IA de acordo com o tipo de 
exame, usar os softwares que 
integram essa nova tecnologia, 
gerenciar e proteger esses dados de 
forma ética e segura (Lei Geral de 
Proteção de Dados). O professor 
defende que: “O uso da ferramenta 
requer uma análise crítica dos resul-
tados. Mesmo com a automação de 
processos, os profissionais precisam 
avaliar se as recomendações feitas 
pela IA são relevantes e adequadas 
para cada situação específica”.
WWW.CONTER.GOV.BR
 A fim de acompanhar o ritmo 
acelerado das inovações em inteli-
gência artificial, os profissionais da 
saúde devem dedicar-se ao aperfeiço-
amento constante, através da busca 
de atualização em cursos, capacita-
ções, congressos, workshops e treina-
mentos específicos para a área. “Em 
uma das universidades onde coorde-
no, o curso de Tecnologia em Radio-
logia, essa reformulação já acontece. 
Estamos introduzindo novos conte-
údos, incluindo programação, para 
preparar nossos alunos para essa 
nova realidade”, diz Prof. Ruiz.
Desa�os do mercado de trabalho e 
pro�ssionais quali�cados
 Ruiz prevê que as instituições de 
saúde buscarão profissionais nos 
quais o foco será menos em tarefas 
manuais e mais em supervisão de 
processos automatizados, integração 
tecnológica, gerenciamento de dados 
e análise crítica de resultados forne-
cidos pela IA. Um ponto importante 
previsto por Ruiz foi que: “O futuro 
do mercado de trabalho na radiolo-
gia demandará maior colaboração 
entre médicos, radiologistas, técni-
cos e tecnólogos, engenheiros de
TI e especialistas em IA. Profissio-
nais que tenham habilidades de 
comunicação e trabalho em equipe 
serão valorizados, pois a integração 
com diferentes áreas será essencial 
para o desenvolvimento e aplicação 
eficaz de novas tecnologias”. Dito 
isso, restringir o uso da tecnologia 
como algo estritamente técnico não 
é o caminho mais acertado, pois 
junto à tecnologia está o ser 
humano e sua capacidade nas
 relações interpessoais.
 Ruiz alerta: “Com a automação 
de processos mais técnicos e 
rotineiros, o mercado vai valorizar 
cada vez mais habilidades interpes-
soais, como comunicação, empatia 
e capacidade de resolver problemas 
complexos. Profissionais que 
demonstrarem pensamento crítico 
para validar os resultados gerados 
pela IA, questionando possíveis 
falhas ou incongruências, terão um 
papel vital para garantir diagnósti-
cos de qualidade.” Portanto, o 
profissional que entende o equilí-
brio entre uso da tecnologia e o 
cuidado centrado no indivíduo é o
 perfil esperado pelas instituições.
ENTREVISTA
-Imagem ilustrativa
REVISTA CONTER - 22
Questões éticas da IA
 Toda essa discussão implica em uma profunda 
análise das questões éticas, legais e até comerciais que 
envolvem a quantidade de dados utilizados pelas 
desenvolvedoras para alimentar as IA’s. Frente a essa 
realidade, Ruiz diz: “A coleta e o uso de grandes volu-
mes de dados de pacientes são essenciais para o 
desenvolvimento de algoritmos de IA. No entanto, 
esses dados contêm informações pessoais sensíveis, 
como histórico médico, imagens diagnósticas e
 dados demográficos”. 
 Portanto, o próprio paciente deve ter o entendi-
mento sobre como seus dados serãoutilizados e auto-
rizar o uso. “Muitas vezes, o consentimento é obtido 
de forma genérica, sem que o paciente compreenda 
completamente como seus dados serão utilizados por 
algoritmos de IA ou quem poderá ter acesso a eles”, 
diz Ruiz. Vale lembrar que as desenvolvedoras de IA’s 
utilizam os dados dos pacientes para alimentar o 
algoritmo que tem como uma das finalidades o mer-
cado tecnológico, em outras palavras, é um produto 
envolvendo relações comerciais e, portanto, lucro.
 
 
 Sobre esse tema em específico, muitos questiona-
mentos podem ser levantados, desde a atuação legal da 
LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil, da 
garantia à integridade dos dados, de ataques cibernéti-
cos e da falta de transparência de como a IA funciona 
para os profissionais e pacientes. Ruiz continua: “Se os 
dados usados para treinar os algoritmos de IA não 
forem representativos de toda a população, o sistema 
pode desenvolver vieses que levam a diagnósticos 
incorretos ou tratamentos inadequados para determi-
nados grupos”.
 Prof. Ruiz traz também uma reflexão intrigante 
sobre: Em caso de um erro cometido pelo algoritmo IA 
sobre o diagnóstico ou sugestão de uma conduta 
inadequada, quem assumirá tal erro? O desenvolvedor 
do software, o hospital que implementou o sistema, ou 
o profissional que utilizou a ferramenta? Entramos aí 
no campo vasto da bioética, que traz questões delica-
das e exige respostas claras para garantir um avanço
 tecnológico seguro.
Imagem ilustrativa
WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA
REVISTA CONTER - 23
-
Imagem ilustrativa gerada por Inteligência Artificial
Ferramentas IA’s nos serviços de radiologia do Brasil
 Prof. Raphael Ruiz aponta alguns desafios para a 
implementação das IA’s nos serviços em âmbito 
nacional: “A utilização plena das ferramentas de IA na 
radiologia no Brasil apresenta grandes oportunidades, 
mas também enfrenta uma série de desafios comple-
xos. Desde a infraestrutura inadequada até a capacita-
ção profissional, passando por questões regulatórias e 
desigualdade no acesso, é essencial que esses desafios 
sejam abordados de forma coordenada e estratégica”. 
 Frente a essa realidade, o Brasil deve superar sua 
carência de comunicação entre sistemas de informação 
(interoperabilidade), uma vez que os diferentes siste-
mas de saúde alimentam o compartilhamento e análise 
dos dados essenciais para que o algoritmo da IA tenha 
efetividade e representatividade. Ruiz afirma que um 
grande desafio é: “Melhorar a coleta e padronização 
dos dados de imagens médicas, garantindo que os algo-
ritmos de IA sejam treinados com dados representati-
vos da diversidade populacional do Brasil, incluindo 
diferentes faixas etárias, grupos étnicos e regiões”.
 Prof. Ruiz aponta que: “Estabelecer um marco regu-
latório claro que defina as responsabilidades no uso da 
IA, proteja a privacidade dos dados conforme a LGPD, 
que garanta a segurança e a ética no uso dessa tecnolo-
gia na radiologia”.
 Contudo, quando há implementações políticas e 
regulamentações, também é necessário a mudança 
cultural dos próprios profissionais. “Trabalhar para 
promover uma cultura de aceitação e adaptação à IA, a 
qual mostra que a tecnologia é uma aliada, e não uma 
substituta, dos profissionais de radiologia”, diz Ruiz. O 
processo de ensino-aprendizagem de toda uma classe, 
além de necessitar de investimentos para treinamentos, 
cursos, workshop’s e congressos; deve ser contínuo tanto 
por parte do profissional quanto das instituições. Prof. 
Raphael Ruiz complementa: “Criar programas de 
educação continuada e capacitação em IA para profis-
sionais de radiologia, tanto em nível técnico quanto 
clínico, integrando esses conteúdos nas formações
acadêmicas e cursos de aperfeiçoamento”.
 Diante do relato do Prof. Raphael Ruiz fornecido ao 
CONTER percebe-se que a IA na radiologia oferece um 
potencial enorme para melhorar a precisão e rapidez dos 
diagnósticos, beneficiando pacientes e profissionais de 
saúde. Contudo, o avanço da IA exige uma abordagem 
cuidadosa e ética, que considere a proteção de dados 
sensíveis, a adequação de dados representativos para 
populações específicas e a garantia de que a tecnologia 
seja um complemento, e não uma substituição, ao 
conhecimento médico. A colaboração entre profissio-
nais de saúde e desenvolvedores de IA é essencial para 
assegurar que os benefícios dessa tecnologia sejam maxi-
mizados e os riscos minimizados.
WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA
REVISTA CONTER - 24
WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL
ENTRE A ABENDI E O CONTER
ACORDO DE COOPERAÇÃO
 O ano era 2014. A então presidente do 
CONTER, Valdelice Teodoro, em suas 
viagens pelos estados mais industrializa-
dos do país, recebia dezenas de solicita-
ções para que o CONTER se voltasse 
para os Operadores de Radiografia Indus-
trial atividade ligada à Radiologia Indus-
trial.
 Sensibilizada com essa demanda, em 
2015, ocorreu a primeira reunião entre o 
CONTER e a Associação Brasileira de 
Ensaios Não Destrutivos - ABENDI - na 
Sede do CONTER, na Capital Federal. 
Compareceram, representando a segunda 
instituição, o Sr. João Carlos Videira José 
- (conhecido como “Catalão”), Antônio 
Aulicino e Danilo Stocco. Pelo 
CONTER, a Diretora-Presidente e o 
Assessor Educacional, João R. A. Santos. 
 Nas reuniões posteriores, cresceu a 
convicção entre os representantes das 
instituições acerca da necessidade de se 
firmar um Acordo de Cooperação. Ele foi 
assinado em julho de 2016. Fundamen-
tou-se em dois eixos: regularizar a atuação 
do profissional das técnicas radiológicas 
no Setor Industrial e construir e 
difundir a Matriz Curricular por Competências do Curso de Técnico 
de Nível Médio em Radiologia Industrial a ser elaborada pelo 
CONTER.
 Entre as ações do primeiro eixo, destaca-se que elas preparariam 
uma Resolução sobre as atribuições dos profissionais técnicos em 
radiologia da área industrial para ser discutida com outros atores e 
profissionais da área. Posteriormente, foram publicadas as Resoluções 
21/2016 e 04/2017 que instituíram e normatizaram o processo de 
inscrição dos operadores de radiografia industrial dentro do Sistema 
CONTER/ CRTRs.
 Outros dois elementos podem ser destacados: a partir da data da 
publicação de Resolução, os profissionais que já atuam na radiologia 
industrial, com a denominação de “Operador 1 e 2”, continuariam 
com a mesma nomenclatura; todos os Profissionais da Radiologia 
Industrial “Operadores 1 e 2” deveriam se inscrever no Conselho 
Nacional de Técnicos em Radiologia com a denominação “Operado-
res 1 e 2”.
 Infelizmente, com a chegada da pandemia do Coronavírus, no 
início de 2020, e, posteriormente, por problemas alheios à Diretoria 
do CONTER e da ABENDI, o Acordo de Cooperação foi desconti-
nuado. No dia 15/03/2023 e 21/05 desse ano, ocorreram essas duas 
reuniões para retomar os pontos do Acordo e pensar novos.
 Sinteticamente, foram definidos os seguintes pontos: realizar 
cursos a distância para os profissionais e dirigentes do Sistema CON-
TER/CRTRs sobre a Radiologia Industrial; divulgar o projeto peda-
gógico do Curso Técnico em Radiologia Industrial; solicitar à 
Câmara Técnica de Radiologia Industrial a revisão da Resolução 
CONTER 11 de 2016, a qual trata da inscrição de operadores de 
radiografia industrial no sistema CONTER/CRTRs; fornecer ao 
CONTER o mapeamento onde há uma oferta maior no mercado de 
trabalho para os profissionais da radiologia industrial; criar mecanis-
mos de controle para garantir que somente os operadores inscritos no 
CONTER possam ser contratados pelas empresas; articular reunião 
conjunta entre ABENDI/CONTER com os Centros Tecnológicos 
nas grandes cidades do Brasil para diagnosticar necessidades de mão 
de obra, campos e fomento para a pesquisa na Radiologia Industrial.
 O Acordo de Cooperação entre as duas instituições, apesar do 
tempo, ainda está em processo de construção. Certamente, as deman-
das sobre os Operadores de Radiografia Industriale a Radiologia 
Industrial exigirão do CONTER e da ABENDI a disposição para 
singrarem pelos temas que já foram acordados e os novos visando a 
valorização, o acolhimento e o desenvolvimento continuado desses 
profissionais.Imagem de RX de válvulas de controle
industrial
06
 A união das entidades de classe é 
fundamental para fortalecer a repre-
sentação dos interesses da categoria. 
Juntas, as instituições têm uma voz 
mais forte, permitindo uma represen-
tação mais eficaz perante governos e
 sociedade em geral.
 O Sistema CONTER/CRTRs é 
uma autarquia federal regulamenta-
dora e conta com o apoio de Conse-
lhos Regionais (CRTR) que fiscali-
zam diretamente o exercício profissio-
nal da categoria no Brasil bem como 
normatiza e habilita os profissionais 
das técnicas radiológicas. 
A principal função do CONTER é 
supervisionar os CRTRs, garantin-
do que os profissionais atuem de 
acordo com as normas éticas e técni-
cas estabelecidas.
 A ABTER é uma entidade repre-
sentativa que busca promover os 
interesses da categoria, oferecendo 
suporte, serviços e benefícios aos 
profissionais, promovendo a valori-
zação da profissão. Portanto, ambas 
desempenham papéis importantes, 
mas com enfoques e funções distin-
tas, cuja parceria visa somar forças 
para garantir melhorias em prol da 
valorização do exercício da profissão 
de Técnicos e Tecnólogos em
 Radiologia.
 No dia 9 de outubro de 2024, o 
Conselho Nacional de Técnicos em 
Radiologia - CONTER e a Associa-
ção Brasileira de Tecnólogos em 
Radiologia – ABTER, firmaram 
um Termo de Cooperação que 
permite apoio mútuo na defesa dos 
direitos profissionais de Técnicos e
 Tecnólogos.
 O Acordo de Cooperação firma-
do entre as entidades envolve a 
realização de diversas ações, tais 
CONTER e ABTER:
uma parceria promissora
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Uma aliança a 
ser fortalecida...
REVISTA CONTER - 25
José Carlos Júnior, Cassiana Crispim e Ezequiel Pereira
como: desenvolver programa de educação continuada 
para os profissionais das técnicas radiológicas, por meio 
de cursos, grupos de estudos, intercâmbios e seminários, 
tanto presenciais quanto à distância; colaborar na orga-
nização das edições anuais do Congresso Nacional de 
Radiologia; planejar ações anuais para as comemorações 
do Dia Internacional da Radiologia; articular projetos 
políticos de interesse da categoria; planejar as provas de 
títulos promovidas pela ABTER e a implementação do 
registro de especialidades da radiologia dentro do Siste-
ma CONTER/CRTRs.
 A parceria permite um fluxo contínuo de informações 
relevantes sobre a profissão, contribuindo para a melho-
ria das práticas e a identificação de tendências interna-
cionais. Esta mobilização conjunta permite uma atuação 
mais impactante na formulação de políticas públicas, 
bem como contribui para a elaboração de diretrizes e 
normativas que assegurem a qualidade e a ética na práti-
ca profissional, beneficiando tanto os profissionais 
quanto a sociedade.
 Juntas, as entidades podem organizar eventos, contri-
buindo para a formação contínua dos profissionais, 
potencializando também a capacidade de pesquisa cien-
tífica e inovação. Esses aspectos fazem do Termo de Coo-
peração uma ferramenta preciosa para o avanço da ciên-
cia e tecnologia. A expectativa é que os projetos conjun-
tos resultem em publicações de maior impacto, aumen-
tando a visibilidade e reconhecimento da categoria, uma 
vez que a parceria combina diferentes áreas de expertise, 
promovendo soluções integradas para problemas com-
plexos e respostas mais eficazes às demandas dos profis-
sionais e da sociedade.
 A parceria para construção de um Programa de Desen-
volvimento Profissional Continuado é essencial para 
garantir que os profissionais se mantenham atualizados 
em suas respectivas áreas de atuação. O Programa visa 
oferecer uma variedade de cursos sobre temas relevantes, 
como novas tecnologias, práticas de mercado, gestão e 
ética, permitindo assim que os profissionais se mante-
nham informados sobre as últimas tendências e inova-
ções em suas áreas, melhorando sua capacidade de adap-
tação, desenvolvendo novas competências que podem 
ser aplicadas no trabalho, aumentando a eficiên-
cia e a eficácia.
 Esta cooperação para ofertar educação continuada vai 
contribuir para a formação de uma comunidade profis-
sional engajada e colaborativa, promovendo o aprendi-
zado coletivo,
e ajudando os profissionais a se prepararem para mudan-
ças e desafios contínuos na profissão, tornando-os mais 
resilientes. Profissionais bem treinados serão mais 
confiantes e competentes. Esta é uma estratégia eficaz 
para promover a formação contínua e garantir que os 
profissionais estejam sempre prontos para atender às 
demandas do mercado de trabalho cada vez mais compe-
titivo e da sociedade.
 A cooperação nos congressos anuais será uma oportu-
nidade valiosa para o acesso a novas pesquisas, tendências 
e inovações, permitindo que os profissionais se mante-
nham atualizados sobre as últimas descobertas e práticas 
em sua área. Esses eventos vão oferecer a chance de 
interação com especialistas e líderes de opinião, criando 
oportunidades de colaboração, parcerias e troca de expe-
riências. Profissionais e acadêmicos terão a oportunidade 
de apresentar suas pesquisas, contribuindo para a disse-
minação do conhecimento, promovendo debates sobre 
os principais desafios enfrentados pela profissão, permi-
tindo a discussão de soluções e melhores práticas.
 A prova de títulos proposta na parceria pretende atestar 
que o profissional possua conhecimentos e habilidades 
específicas em uma área de especialização, garantindo um 
elevado e reconhecido padrão de qualidade. A obtenção 
do título vai conferir ao profissional um reconhecimento 
formal no mercado de trabalho, aumentando sua credi-
bilidade e prestígio. A expectativa é que muitas institui-
ções e organizações adotem a prova de título para a 
contratação ou para a promoção de profissionais, 
ampliando as oportunidades de atuação na 
carreira.
 A articulação política conjunta das entidades fortalece 
a voz da categoria aumenta as chances de aprovação de 
projetos que atendam às suas necessidades. Podem 
promover campanhas de conscientização e mobilização 
para engajar os profissionais na causa, utilizando canais 
de comunicação eficazes para disseminar informações 
sobre os projetos e a importância da sua aprovação. 
Juntas podem trabalhar na construção de estratégias para 
apresentar evidências que sustentem as propostas, 
demonstrando aos parlamentares e autoridades a viabili-
dade e relevância dos temas propostos na sociedade.
Esta parceria entre CONTER e ABTER é, portanto, 
fundamental para o fortalecimento da profissão e defesa 
dos interesses dos profissionais. Juntas, a Associação e o 
Conselho podem representar de forma mais eficaz os 
interesses da categoria, aumentando a visibilidade e a 
influência nas tomadas de decisão.
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REVISTA CONTER - 26
ENTRE A ABENDI E O CONTER
ACORDO DE COOPERAÇÃO
Oano era 2014. A 
então presidente do 
CONTER, Valdeli-
ce Teodoro, em suas 
viagens pelos estados 
mais industrializados do país, recebia 
dezenas de solicitações para que o 
CONTER se voltasse para os Opera-
dores de Radiografia Industrial ativi-
dade ligada à Radiologia Industrial.
 Sensibilizada com essa 
demanda, em 2015, ocorreu a 
primeira reunião entre o CONTER 
e a Associação Brasileira de Ensaios 
Não Destrutivos - ABENDI - na 
Sede do CONTER, na Capital Fede-
ral. Compareceram, representando a 
segunda instituição, o Sr. João Carlos 
Videira José - (conhecido como 
“Catalão”), Antônio Aulicino e 
Danilo Stocco. Pelo CONTER, a 
Diretora-Presidente e o Assessor Edu-
cacional, João R. A. Santos. 
 Entre as ações do primeiro eixo, destaca-se que elas prepa-
rariam uma Resolução sobre as atribuições dos profissionais técni-
cos em radiologia da área industrial para ser discutida com outros 
atores e profissionais da área. Posteriormente,foram publicadas as 
Resoluções 21/2016 e 04/2017 que instituíram e normatizaram o 
processo de inscrição dos operadores de radiografia industrial 
dentro do Sistema CONTER/ CRTRs.
 Outros dois elementos podem ser destacados: a partir da 
data da publicação de Resolução, os profissionais que já atuam na 
radiologia industrial, com a denominação de “Operador 1 e 2”, 
continuariam com a mesma nomenclatura; todos os Profissionais 
da Radiologia Industrial “Operadores 1 e 2” deveriam se inscrever 
no Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia com a denomi-
nação “Operadores 1 e 2”.
 Infelizmente, com a chegada da pandemia do Coronavírus, 
no início de 2020, e, posteriormente, por problemas alheios à 
Diretoria do CONTER e da ABENDI, o Acordo de Cooperação 
foi descontinuado. No dia 15/03/2023 e 21/05 desse ano, ocorre-
ram essas duas reuniões para retomar os pontos do Acordo e pensar 
novos.
 Sinteticamente, foram definidos os seguintes pontos: reali-
zar cursos a distância para os profissionais e dirigentes do Sistema 
CONTER/CRTRs sobre a Radiologia Industrial; divulgar o proje-
to pedagógico do Curso Técnico em Radiologia Industrial; solicitar 
à Câmara Técnica de Radiologia Industrial a revisão da Resolução 
CONTER 11 de 2016, a qual trata da inscrição de operadores de 
radiografia industrial no sistema CONTER/CRTRs; fornecer ao 
CONTER o mapeamento onde há uma oferta maior no mercado 
de trabalho para os profissionais da radiologia industrial; criar 
mecanismos de controle para garantir que somente os operadores 
inscritos no CONTER possam ser contratados pelas empresas; 
articular reunião conjunta entre ABENDI/CONTER com os 
Centros Tecnológicos nas grandes cidades do Brasil para diagnosti-
car necessidades de mão de obra, campos e fomento para a pesqui-
sa na Radiologia Industrial.
 O Acordo de Cooperação entre as duas instituições, apesar 
do tempo, ainda está em processo de construção. Certamente, as 
demandas sobre os Operadores de Radiografia Industrial e a 
Radiologia Industrial exigirão do CONTER e da ABENDI a 
disposição para singrarem pelos temas que já foram acordados e os 
novos visando a valorização, o acolhimento e o desenvolvimento 
continuado desses profissionais.
Imagem de RX de válvulas de controle
industrial
PELO BRASILCONTER
06
das 
No primeiro semestre de 2024, os fiscais Tiago Jasper Kreusch e Douglas Daniel Medeiros, do Conselho 
Regional de Técnicos em Radiologia da 11ª Região (CRTR/SC), realizaram um trabalho rigoroso e indis-
pensável para garantir a qualidade e segurança dos serviços de radiologia em Santa Catarina. Em uma 
atuação que cobriu 94 municípios e inspecionou 279 instituições de saúde, os fiscais supervisionaram as 
atividades de mais de 1650 profissionais da área.
Durante as visitas, foram geradas 202 notificações, todas orientadas para assegurar o cumprimento das 
normas técnicas e da legislação vigente. As ações de fiscalização são fundamentais para o alinhamento das 
práticas profissionais aos padrões de qualidade e segurança, proporcionando um bom atendimento à 
população.
O CRTR/SC reafirma seu compromisso com a fiscalização contínua, que é essencial para manter a 
confiança do público nas práticas radiológicas. Nosso trabalho segue firme para assegurar que tanto os 
profissionais quanto as instituições estejam em conformidade com as regulamentações, promovendo a 
saúde e a segurança de todos.
REVISTA CONTER - 28
 
Fiscalização alcança mais de 1650 profissionais das
técnicas radiológicas no primeiro semestre de 2024
WWW.CONTER.GOV.BRRESENHA
BKRAD: Radioproteção e Inteligência Artificial Transformam
Segurança na Radiologia uma iniciativa do CRTR8
CRTR11/SC
CRTR8/AL, SE e BA 
NOTÍCIAS DOS REGIONAIS 2024
O folheto BKRAD (boklet radioproteção) aborda a importância da radioproteção e como a inteligência 
artificial (IA) está revolucionando essa área. O símbolo do BKRAD representa segurança, proteção e 
inovação tecnológica, incorporando cores como amarelo, associado à cautela e atenção em questões de 
segurança radiológica, e azul, simbolizando confiança e tecnologia.
O BKRAD é essencial para os profissionais de radiologia, oferecendo diretrizes claras e ferramentas tecno-
lógicas para garantir a segurança no ambiente de trabalho. A implementação de práticas de radioproteção 
orientadas pelo BKRAD assegura que os profissionais estejam protegidos contra a exposição excessiva à 
radiação, minimizando riscos à saúde.
A integração da IA na radioproteção traz inúmeras vantagens. Sistemas de IA monitoram continuamente 
os níveis de radiação em tempo real, analisam grandes volumes de dados históricos para identificar 
padrões e tendências, otimizam as doses de radiação para cada procedimento e oferecem ferramentas de 
simulação para o treinamento dos profissionais. Além disso, a IA facilita a tomada de decisões informadas 
e a melhoria contínua das práticas de segurança.
Em resumo, o BKRAD não apenas representa a radioproteção, mas também incorpora a inovação contí-
nua na área da radiologia através da inteligência artificial. A combinação dessas tecnologias avançadas 
com práticas de segurança rigorosas garante um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente para todos 
os envolvidos.
CRTR6/RS
das 
O Rio Grande do Sul, apesar da calamidade causada pela chuva, realizou o trabalho fiscalizatório. Cita-
mos a ação conjunta de fiscalização com integrantes da Vigilância Sanitária Estadual e Regional, bem 
como ainda da agente fiscal do Conselho Regional de Enfermagem do RS que acompanharam a Agente 
fiscal e o Assessor jurídico do CRTR 6ª Região. Igualmente, o Regional, em cumprimento ao Acordo de 
Cooperação com o MPT, realiza a inspeção dos estagiários, colhendo as suas informações e documentos.
Fiscalizações superam desafios das enchentes
e garantem segurança nas técnicas radiológicas
FIQUE POR DENTRO:
NOVIDADES E EVENTOS
CRTR15/ PE
O CRTR de Pernambuco realizará em 23 de novembro, das 9h às 12h e das 14h às 16h o I Seminário 
de Radiologia (I SEMRAD CRTR PE). O evento abordará as Novas Perspectivas das Áreas na Atuação 
da Radiologia. Além de ter entrada franca também terá certificados para quem participar. As inscrições 
podem ser feitas pelo Event3 ou pelo link localizado na BIO do perfil do Instagram da CRTR 15 
(@conselhoderadiologiape). Para mais informações entre em contato pelo email coredcrtr@gmail.com.
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REVISTA CONTER - 29
CRTR3/MG
Nos dias 15 a 17 de novembro o Conselho Regional de Técnicos [Tecnólogos] em Radiologia 3ª Região 
(CRTR-MG) e a Coordenação de Educação (CORED-MG) realiza a V Convenção Estadual de Radio-
logia de Minas Gerais. Os horários serão: 15/11(sexta-feira): 19h às 22h; 16/11 (sábado): 8h às 17h; 
17/11** (domingo): 8h às 11h30. O link para as inscrições é https://www.even3.com.br/v_conven-
cao_crtrmg/.
CRTR17/MA e PI
A CORED, do CRTR 17ª Região em conjunto com o Instituto 11 Elo promoverá nos dias 21 e 22 de 
novembro, às 17h30, no Instituto 11 Elo, R. 203 - 3º Andar, Cidade Operária, São Luís - MA, um 
evento com uma visão mais aprofundada sobre os diversos campos da Radiologia, com palestras de 
especialistas, além de sorteios durante a programação. Estão confirmados como palestrantes Walbert 
Anderson Torres dos Santos, Juliane Rocha de Araújo, Tacimary Vieira Alves e Carlos Carvalho.
Interessados devem entrar em contato pelo número (98) 98441-2952 para garantir sua vaga. Mais 
informações pelo perfil do Instagram https://www.instagram.com/p/DBZx_7fPb8d/?igsh=cm5pb-
zh4aHNsd2xy
https://www.instagram.com/conselhoderadiologiape/
https://www.even3.com.br/v_convencao_crtrmg/
https://www.instagram.com/p/DBZx_7fPb8d/?igsh=cm5pbzh4aHNsd2xy
Imagem ilustrativa: Negatoscópio 
06
REVISTA EDITORIAL
A edição especial da Revista CONTER de novembro de 2024 
foi elaborada pelo Comitê Gestor da Revista e profissionais de 
comunicação: 
COORDENAÇÃO 
João Raimundo Alves dos Santos: Assessor Educacional do CONTER; Graduado em Filosofia e Pedagogia, com 
habilitação em Psicologia;

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