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SUMÁRIO Endereço SIBS, Quadra 02 Conjunto A, Lote nº 03 Núcleo Bandeirante/DF – CEP 71.736-201 Fone: (61) 3326 9374/3051 6500 PÁG 03 PÁG 07 PÁG 13 PÁG 16 TRABALHADORES ENTREVISTA SOBRE A INVISÍVEIS IA E O FUTURO PALAVRA DA PRESIDENTE DESCOBERTAS DA RADIOLOGIA ESPECIAL NOVEMBRO AZUL CONAFI: SISTEMA CONTER/CRTRs PÁG 09 PÁG04 O PASSADO E AS HISTÓRIAS DO CONTER DA SAÚDE PÁG 24 COOPERAÇÃO ENTRE ABENDI E CONTER PÁG 25 PARCERIA CONTER E ABTER PÁG 20 PÁG 27 CONTER PELO BRASIL WWW.CONTER.GOV.BR PRESENTE: REVISTA CONTER - 2 Vivemos num tempo de construção de identidade. Nesta edição especial tal construção é feita sobre o ponto de vista temporal, PASSADO, PRESENTE, FUTURO no campo da radiologia: Passado – início de tudo e memória. Presente – condição atual e desafios. Futuro : perspectivas com a implementação das novas tecnologias. Autor: Luis Sousa WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL REVISTA CONTER - 3 WWW.CONTER.GOV.BR PRESIDENTE PALAVRA DA Seguindo a proposta da revista, traço prontamente uma linha no tempo e recordo que desde os seis anos de idade escolhi trilhar o campo da radiologia. Já me via encantada com o universo das imagens e fascinada por uma aparelhagem que parecia futurista. Certifico-me que os sonhos mais autênticos parecem surgir na infância. Esco- lhas que fazemos e carregamos durante um longo período, um propósito, um destino que atravessa muitas fases, muitos desafios, mas sempre tomada por um sentido. Assumir o regional numa fase crítica e os primeiros passos ao lidar com as políticas públicas, em meio a plan- tões e demandas de toda ordem. Complexidade de um tempo adverso, sempre liderados por homens, em meio a uma percepção inerente ao universo feminino: Sensibilidade, força e determinação. Sim, é preciso seguir o sonho. Os ventos sopraram a favor do sonho e o destino ao CONTER. Desta vez os desafios foram: a reorganiza- ção, a implementação de projetos estratégicos, o fortalecimento da nossa representatividade, a garantia de um futuro promissor, a criação de um canal de comunicação eficaz com o site, portal da transparência, redes sociais com informes à categoria acerca da prestação de contas. Intensificação da fiscalização através da capacitação dos fiscais, com a modernização dos equipamentos, atualização do sistema de informação. No âmbito político, o PL 3.661/2012, que regulamenta a profissão de Tecnólogo em Radiologia, tramitou da Comissão de Saúde para a Comissão de Trabalho, avanço significativo nos últimos tempos. Iniciativas voltadas para o campo da formação continuada, que estimulam a qualificação dos profissionais. Reto- mada das comissões de trabalho com suas respectivas atividades, fazendo girar a engrenagem do sistema. Crescem o sonho e a menina que torna-se profissional e mais desafios. EDITORIAL Desde sempre invadida por uma pergunta: por que não ir além? Haja visto que o futuro certamente trará novas descobertas, novos horizontes e a certeza de que outros que estarão aqui darão continuidade a essa empreitada. No futuro imaginado, reencontrar aquela menina de seis anos e dizer -lhe: Cá estamos, conseguimos. Meus agradecimentos: em primeiro lugar, a Deus, aos técnicos e tecnólogos que aqui represento, estudantes, colaboradores e a todos que me apoiaram nessa jornada. Meu objetivo é deixar um legado para a classe da radiologia. Sobretudo a oportunidade de ter participado da Autarquia da nossa categoria. Acredito que tudo que vivemos nos faz crescer e amadurecer. Cassiana Crispim de Araújo (de 21 de março de 1987 a 18 agosto de 1991) INSTITUIÇÃO O PASSADO DA O Sr. Jenner Moraes, fundador e primeiro presidente do CONTER, nos concedeu generosamente uma entrevista por videochamada em 29 de outubro de 2024. A voz grave em ritmo pausado revelava sinais de maturidade, fruto de larga experiência vivenciada nas mais diversas institui- ções. A escuta atenta a cada pergunta traduzia a sensatez de quem sabe ouvir. As perguntas foram formuladas a partir de um artigo sobre o Sr. Jenner em uma publicação da revista “30 anos das Técnicas Radiológicas no Brasil 1985 – 2015”. Perceptível a clareza e o entendimento do Sr. Jenner quanto à criação da instituição, sobretudo acerca do seu papel junto à classe da radiologia. Notáveis a precisão e o detalhamento das informações discorridas por ele, que num dado momento nos fez parecer ter sido algo muito recente. Destaque para uma qualidade rara na visão do entrevistado: a virtude política de combinar ação e pensamento. Depois de uma análise detida do artigo publicado na revista, ficou claro a descrição de um período tortuoso, mas fecundo, que deu origem a criação do Conselho. Dessa forma, propuse- mos uma questão hipotética: “Se o mesmo dispusesse de uma máquina do tempo, que lhe permitisse voltar ao passado e inspi- rado na ideia de que os erros também nos conduzem ao aprendi- zado, o que o senhor mudaria nas tomadas de decisões?”. Houve um hiato de tempo em que o Sr. Jenner entendeu a profundidade da pergunta e de uma forma extremamente didá- tica nos disse que em dado momento durante sua gestão sentiu- -se só, com acúmulo de algumas funções, entretanto, não deixou de reconhecer o apoio de parceiros e colaboradores que abraçaram a causa. Jenner continua indagando que talvez isso o tenha conduzido àquilo que se pode considerar um “erro”: uma saída abrupta e sem ter o cuidado de articular a composição de uma sucessão segura, ou seja, da forma como ele gostaria. Em Jenner Morais Primeiro Presidente do CONTER poucas palavras, Sr. Jenner se refere à escolha democrática de sucessores. Fundamentados nesta resposta, elaboramos uma segunda questão: “Quais conselhos o senhor daria para as gestões presente e futuras na condução da Instituição?”. Prontamente, deixou clara com sua respos- ta um profundo sentimento de coletividade e total conhecimento da legislação, ou seja, amparado pelo afeto e por dispositivos legais, Jenner defendeu a necessidade urgente de recompor o corpo de conselheiros, conforme o decreto 9531/2018, o qual põe em evidên- cia o princípio máximo da democracia: a eleição. Certamente, isto deixa claro para a classe que todo o processo deve respeitar o princípio básico da coesão e da diversidade, isto é, com a união e o alinhamento precisos para cons- trução de um futuro. É graças a iniciativa de quem iniciou que aqui estamos. REVISTA CONTER - 4 WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA Autor: Hítalo SIlva 06 das A criação do CONTER (Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia), em 1987, traz um marco histórico e essencial no país para a valo- rização dos profissionais perante a sociedade. Sua função é normatizar, julgar de forma ética a conduta profissional, desenvolver a formação continuada, fiscalizar o exercício profissional, garantir não apenas a qualidade dos serviços prestados, mas também promover um ambien- te profissional mais justo e reconhecido. Para falarmos sobre o início e o presente da Autar- quia, ninguém melhor para compartilhar um pedaço dessa rica história do que a empregada pública ativa, Agda Baez Gonzales, que há tempos participa das atividades da autarquia. Ela atualmente trabalha no Setor de Fiscalização do CONTER. Presente desde 1995, na Instituição passou pela administração, diretoria, coordenação executiva e analista jurídico. Ela relembrou quando iniciou sua caminhada no CONTER: “Quando ingressei no quadro funcional da Autarquia, o CONTER já tinha 10 anos de existência e contava com poucos funcionários. Foi todo um processo evolutivo de construção até a realida- de atual e muito me satisfaz profissio- nalmente participar de toda a evolu- ção desta profissão linda e primordial para a área da saúde”. “Foram anos e anos de trabalho juntamente com outros funcioná- rios que participaram dessa história, como a Vera Lucia Barroso e o David Santana Sena (Em memória), cito esses, em especial, pois David jáProfessor universitário; MBA em Recursos Humanos e mestre em Educação. MEMBROS RESPONSÁVEIS Amanda Machado: Assessora de Comunicação, responsável pela ASCOM/CONTER; educadora e assessora de impren- sa educacional; graduada em Comunicação Social – Publicidade e pós-graduada em Comunicação e Marketing Digital. Francisco Mattos: Biólogo, Tecnólogo em Radiologia; pós-graduado em Docência e Novas Tecnologias, além de Tomo- grafia Computadorizada e Ressonância Magnética; professor de Educação Básica e Ensino Técnico. José Carlos de Jesus Junior: Diretor-Tesoureiro do CONTER, Técnico e Tecnólogo em Radiologia; pós-graduado em Gestão Hospitalar, Imaginologia e Docência do Ensino Superior; especialista em Radiologia Pediátrica; docente na área de Radiologia. Luis Carlos Santos Sousa: Responsável pela Revista CRTR08 da Bahia; bacharel em Física e especialista em Ciência Ética e Filosofia; docente universitário. PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E CONTEÚDOS Anderson Aguiar: Diagramador da Revista CRTR08 da Bahia; instrumentador industrial; engenheiro em Controle e Automação; artista 3D generalista, Nuke artist, compositor VFX, designer gráfico e desenvolvedor de jogos. Hitalo Silva: Estagiário na ASCOM/CONTER; graduando em Comunicação Social – Jornalismo, com experiência em criação de releases e entrevistas em veículo nacional. João Pedro Correia: Assessor de Comunicação da ASCOM/CONTER; graduado em Publicidade e Propaganda, com projeto em UX Design; pós-graduado em Marketing Digital com Big Data. João Salomão Meira: Assessor de Comunicação CONTER, e Graduado em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, Pós-Graduado em Marketing e Vendas e ESG – Governança Ambiental, Social e Corporativa. DIRETORIA EXECUTIVA CONTER Diretora-Presidente Cassiana Crispim de Araújo Diretor-Tesoureiro José Carlos de Jesus Junior Hitalo Silva, Luis Carlos, João Pedro, José Carlos, Amanda Machado, Anderson Aguiar, João Raimundo e Francisco Mattos REVISTA CONTER - 30 https://www.instagram.com/conteroficial/ https://www.youtube.com/@tvradiologiaconter https://www.linkedin.com/company/conternacional https://www.facebook.com/conselhoderadiologia https://www.instagram.com/conteroficial/ https://www.youtube.com/@tvradiologiaconter https://www.facebook.com/conselhoderadiologia https://www.conter.gov.brtrabalhava no CONTER e Vera Lucia iniciou no mesmo dia que eu, sem prejuízo de outros funcionários que também contribuíram grande- mente com sua força de trabalho junto aos gestores à frente do órgão”. “A sede do CONTER, quando comecei, estava localizada no Edifí- cio Mariana, na Asa Norte (DF). Em 1995, o Sistema CON- TER/CRTRs era composto por 13 Conselhos Regionais (CRTRs da 1ª à 13ª Regiões). Depois foram criados os demais Regionais da 14ª à 19ª Regiões; portanto, o trabalho administrativo da Autarquia foi significativo e a evolução foi cons- tante”, recordou. “Depois foi adquirida uma nova sala também na Asa Norte, no Edifício Brasília Rádio Center, que devido ao crescimento e a necessi- dade de melhores instalações, houve necessidade de ampliação das suas instalações em Brasília Agda Baez Gonzales FALAR DO PASSADO É DIZER COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI REVISTA CONTER - 5 WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA Ela também analisou esse processo de mudanças: “Muito foi feito para que o Sistema CONTER/CRTRs esteja na situação atual. Foram unidas muitas forças de gestores e funcionários comprometidos. O trabalho dos profissionais das Técnicas Radiológicas é de extrema importância para a sociedade. O CONTER está trabalhando com seriedade para garantir o cumprimento da função pública como Autar- quia Pública Federal e subsidiar os CRTRs na realização de seu papel de fiscalização do exercício profissional, demonstrando à sociedade a relevância dessa profissão.” Sempre empenhada com a categoria, Agda agradeceu aos profissionais: “Meu total respeito vai para aquele profissional que levanta de madrugada para ganhar seu pão de cada dia e alimentar sua família”. Agda Baez Gozales Agda Baez Gonzales, David Santana Sena (in memorian) e Vera Lúcia Barroso Muito foi feito para que o Siste- ma CONTER/CRTRs esteja na situação atual. Foram unidas muitas forças de gestores e funcionários comprometidos. O trabalho dos profissionais das Técnicas Radiológicas é de extrema importância para a sociedade. WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA REVISTA CONTER - 6 DAS DESCOBERTAS A ESPIRAL DO TEMPO NA RADIOLOGIA Espaço-tempo uma ligação indissociável. WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL REVISTA CONTER - 7 WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL REVISTA CONTER - 8 REVISTA CONTER - 9 O A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) INVISÍVEIS TRABALHADORES texto a seguir é uma resenha crítica do artigo “Condições de trabalho e biossegurança dos pro�s- sionais de saúde e trabalha- dores invisíveis da saúde no contexto da COVID-19 no Brasil”, publicado na Revis- ta Ciência & Saúde Coletiva, edição 28 em outubro de 2023, escrito por MH Machado, EJ Pereira, FL Vargas (FIOCRUZ), MCR Coelho (UFES), AO Telles (UFRJ), JJ Soares Neto e LG Silva (UnB), FRG Ximenes (UVA), EG Teixeira (FTESM) e JN Bembele (Departamento de Formação e Pesquisa, Direcção Provin- cial de Saúde de Maputo), cujo objetivo foi avaliar realizada virtualmente em 24 de outubro deste ano, a qual possibili- tou uma compreensão mais profun- da das nuances da pesquisa e do papel dos técnicos e tecnólogos em radiologia. A combinação da análise do artigo com os insights da entre- vista proporciona uma visão mais específica e enriquecedora do tema. Os autores revisitaram o evento da pandemia de COVID-19, afirmando que foi um aconteci- mento que expôs e agravou profun- das desigualdades sociais e econô- micas em todo o mundo, especial- mente no Brasil. A doença afetou os mais vulneráveis, intensificando a precarização do trabalho e as condições de vida de milhões de pessoas. Após a contextualização, o estudo direciona o foco aos profissionais de saúde, linha de frente no combate à pandemia, os quais encontra- ram condições desafiadoras. A pesquisa classifica os profissio- nais em duas categorias: profissionais da saúde (PS) e trabalhadores invisíveis da saúde (TIS). A produção de documen- tos, pesquisas, artigos, a participação em debates e eventos são fundamentais para fortalecer nossa identidade profissional e mostrar à sociedade a importância do nosso trabalho. DA SAÚDE PRFª, DRª MARIA HELENA MACHADO as condições de trabalho, a biosse- gurança e a invisibilidade de trabalhadores da saúde. Para enriquecer a discussão, esta resenha incorpora elementos da entrevista realizada com a Profª. Dra. Maria Helena Macha- do ao CONTER, Os profissionais da saúde (PS) são considerados: Médico, Enfer- meiro, Fisioterapeuta/Terapeuta Ocupacional, Cirurgião Dentista, Biomédico, Farmacêutico/Bioquí- mico, Psicólogo, Assistente Social, Nutricionista, Fonoaudiólogo, Biólogo, Médico Veterinário, Adm. Hospitalar, Ed. Físico, Engenhei- ro/Segurança do Trabalho/Sanita- A invisibilidade é uma forma velada de exclusão RESENHA WWW.CONTER.GOV.BRRESENHA Autor: Francisco de Mattos Nogueira Soares - Imagem ilustrativa: Fluoróscopia Imagem ilustrativa: Negatoscópio - RESENHA rista, Graduando (medicina, enfermagem etc.), que compõe em nosso país um universo de mais 2 milhões de profissionais, segundo a pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil” (Machado MH, coordenado ra (ENSP/CEE-Fiocruz; 2020/2021). Já a categoria “trabalhadores invisíveis da saúde (TIS)” abrange: Tec./Aux. de Enfermagem, Tec./Aux. de Saúde Bucal/Prótese Dentária, Tec./Aux. De Farmá- cia/Hemoterapia/Hematologia/Análises Clínicas, Tecnólogo/Técnico/Auxiliar de Radiologia, Tec. Em Imobilizações Ortopédicas/Gesseiro, Tec. em Segurança do Trabalho, Tec. em Vigilância em Saúde, Agente de Saúde (ACS, ACE, VS e afins), Agente Indígena de Saúde/Saneamento, Maqueiro, Condutor de Ambulân- cia, Sepultador e afins, Pessoal de: Cozinha Hospitalar; Administrativo; Porteiro/Recepcionista/Telefonista/Se- gurança; Limpeza e Conservação; e Manutenção, que compõe em nosso país um universo de mais de 2,5 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Segundo a pesquisa “Trabalhadores invisíveis da saúde: Condições de Trabalho e Saúde Mental no Contexto da Covid-19 no Brasil” (Machado MH, coordenadora (ENSP/CEE -Fiocruz2021/2022). O artigo é fruto da conexão de duas pesquisas aprova- das pela Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Nacio- nal de Saúde Pública (CEP/ENSP), as quais analisaram as condições de trabalho e biossegurança de PS e TIS durante a pandemia da Covid-19 no Brasil. Os dados foram coletados através de questionários online e alcançou milhares de profissionais de saúde em diversas regiões do Brasil. A participação foi voluntária, com consentimento prévio e anonimato garantido, foram entrevistados 15.132 profissionais de nível supe- rior da saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, por exemplo) e 21.480 trabalhadores(as) das mais de 60 ocupações de nível técnico, auxiliar e de apoio. Na análise dos dados, realizaram-se comparações entre os dois universos (PS e TIS) nos âmbitos nacional e regional, levando em conta o perfil sociodemográfico, jornada de trabalho, proteção no ambiente de trabalho, disponibilidade de equipamento de proteção individual (EPI), exposição à tipo de agentes de risco, treinamento para o enfrentamento à pandemia, mudança de rotina profissional, problemas e desgastes ergonômicos no ambiente de trabalho. Os resultados das entrevistas envolveram diversos aspectos pertinentes para discussão. Constatou-se que os TIS tendem a ter jornadas mais longas e menos flexíveis, frequentemente recorrendo a ‘‘bicos” para complementarem a renda, enquanto PS têm mais oportunidades de multiemprego. Referente à sensação de desproteção no trabalho, é comum a ambos os grupos, porém mais acentuada entre os TIS. Além disso, os TIS também demonstraram condições de trabalho mais precárias, com menores salários, jornadas mais longas e menor acesso a benefícios como auxílio alimentação e vale-transporte. Foi constatado que apesar das duas categorias atua- remna linha de frente, os TIS enfrentaram maiores dificuldades em relação ao acesso a EPIs, como másca- ras e luvas. Resenha crítica REVISTA CONTER - 10 WWW.CONTER.GOV.BRRESENHA em Saúde (CBS); a infraestrutura precária em unidades de saúde e a falta de treinamento disponibiliza- do para os profissionais, principal- mente aos TIS, comprometeram as condições e a qualidade dos servi- ços. A exposição a riscos ocupacio- nais é um grande problema enfren- tado pelos profissionais de saúde. A pandemia de COVID-19 eviden- ciou a urgência de investimentos em infraestrutura para garantir a saúde dos trabalhadores e dos usuá- rios. Os pesquisadores concluem que a pandemia expôs as profundas desigualdades e precariedades nas condições de trabalho de profissio- nais de saúde (PS) e técnicos e administrativos em saúde (TIS). Ambos enfrentam sobrecarga, risco de contaminação e sofrimento psicológico, mas os TIS, muitas vezes invisibilizados, sofrem com condições ainda mais precárias e instabilidade no emprego. Os denominados “trabalhadores invisí- veis”, desempenham um papel fundamental nos processos de prevenção, promoção e recupera- ção da saúde. A invisibilização desses profissionais constitui um problema que precisa ser urgente- mente superado, a fim de garantir a valorização de suas contribuições e a melhoria da qualidade da assis tência à saúde. Em virtude disso, a Profª. Dra. Maria Helena Machado enfatizou, durante a entrevista ao CONTER, a invisibilidade social e as condi- ções de trabalho precárias dos técnicos e tecnólogos em radiolo- gia. Apesar de serem essenciais para o diagnóstico por imagem, esses profissionais carecem de reconhe- Os percentuais apresentados demonstram ainda que os traba- lhadores invisíveis da saúde (TIS) enfrentaram um maior desgaste físico e mental durante a pande- mia; a jornada de trabalho prolongada, aliada a condições precárias, como falta de estrutura e excesso de demandas, intensifi- caram os riscos ergonômicos significativos. O artigo propõe uma discussão sobre a precarização do trabalho em saúde no Brasil, intensificada pela pandemia, que expôs os trabalhadores a condições insalu- bres e violentas. A flexibilização da legislação trabalhista e a falta de proteção adequada agravaram os problemas já existentes, como a sobrecarga de trabalho e a falta de recursos. Na entrevista ao CONTER, a Profª. Dra. Maria Helena Macha- do faz um alerta para os riscos da terceirização na saúde, especial- mente para os técnicos em radio- logia. A instabilidade no empre- go, a ausência de direitos traba- lhistas e as condições de trabalho precárias são uma triste realidade para muitos profissionais da área. É necessária a mobilização para combater a terceirização e garan- tir melhores condições de traba- lho. A radiologia merece ser valo- rizada e os técnicos em radiologia precisam ter seus direitos garanti- dos. Ademais, o artigo também expõe que apesar das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde (MS), Agência Nacional de Vigilância Saúde (ANVISA) e da Comissão de Biossegurança cimento e valorização. A pandemia evidenciou a importância da radio- logia, mas é preciso ir além: investir em melhores condições de traba- lho, garantir o acesso aos serviços de imagem e, principalmente, reco- nhecer a radiologia como área estratégica para a saúde pública. A participação ativa da categoria nas decisões sobre as políticas públicas de saúde é fundamental para cons- truir um sistema mais justo e eficiente. Além disso, para ela é crucial investir na melhoria da infraestru- tura para garantir a saúde e o bem- -estar dos profissionais da saúde. Diante do exposto, o artigo “Condições de trabalho e biossegu- rança dos profissionais de saúde e trabalhadores invisíveis da saúde no contexto da COVID-19 no Brasil” trouxe uma discussão ampla e transversal sobre a atuação de todos os profissionais da saúde. Apesar da divisão das categorias em PS e TIS para facilitar a discus- são dos dados, percebe-se que o termo “profissionais da saúde” não se restringe a médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, por exemplo, mas envolve uma diversidade de profis- sionais que muitas vezes são esque- cidos. A metodologia escolhida pelos pesquisadores deixou claro que os “trabalhadores invisíveis” não foram assistidos nem valorizados durante sua atuação na pandemia, dentre eles estão os profissionais das técnicas radiológicas. Vale lembrar que a categoria TIS é bastante diversa sendo difícil atribuir as causas dessa desvaloriza- ção, portanto, sem dúvidas, a pesquisa pode servir de fundamen- RESENHA REVISTA CONTER - 11 WWW.CONTER.GOV.BR Imagem Ilustrativa: Película de um exame de tomografia computadorizada. to para estudos mais específicos que investiguem, por exemplo, a invisi- bilidade dos técnicos e tecnólogos apesar da sua relevância. É indiscutível que técnicos e tecnólogos em radiologia desempe- nharam um papel essencial na linha de frente do combate à COVID-19. Expostos ao vírus, realizaram exames em pacientes infectados, contribuindo para o diagnóstico rápido e preciso da doença. Seu conhecimento e prática foram fundamentais para a geração de imagens de alta qualidade, que auxiliaram os médicos no planeja- mento de tratamentos, na avaliação da resposta à terapia, sobretudo no diagnóstico. Esses profissionais contribuíram para a segurança dos pacientes e dos colegas de traba- lho, seguindo rigorosamente os protocolos de biossegurança. Dito isso, a Profª. Dra. Maria Helena Machado traz como sugestão sermos protagonistas da transforma- ção da categoria profissional da radiologia. A produção de documen- tos, pesquisas, artigos, a participação em debates e eventos são fundamen- tais para fortalecer nossa identidade profissional e mostrar à sociedade a importância do nosso trabalho. É preciso que nos unamos e lutemos por melhores condições de trabalho e maior reconhecimento. Outra indicação seria realizarmos uma pesquisa com o levantamento detalhado sobre o perfil desses profissionais da radiologia, incluin- do quantidade, distribuição geográ- fica, idade e formação para fortalecer a nossa luta por condições de traba- lho e maior reconhecimento. O CONTER defende a urgente necessidade de rever a Resolução nº 287/1998 do Conselho Nacional de Saúde - CNS, que exclui os tecnólo- gos em radiologia do rol de profis- sionais de saúde de nível superior e atualizar a resolução incluindo esses profissionais. Essa omissão prejudi- ca o reconhecimento dos nossos direitos e dificulta a luta por melho- res condições de trabalho. Paralela- mente, a aprovação do PL 3661/2012 é fundamental para garantir direitos trabalhistas especí- ficos à categoria. A conquista desses dois objetivos é crucial para fortale- cer a visibilidade e o reconhecimen- to dos técnicos e tecnólogos em radiologia. REVISTA CONTER - 12 RESENHA WWW.CONTER.GOV.BR Ressonância Multiparamétrica Revoluciona Diagnóstico Precoce do Câncer de Próstata N el so n Ju ni or /S C O /S TF Novembro Azul é um movimento fundamental para conscientizar sobre a saúde masculina, em especial sobre o câncer de próstata. A detecção precoce é crucial para aumentar as chances de cura e os exames de imagem, como a ressonância magnética, desempenham um papel vital nesse processo. Dito isso, a Ressonância Magnética Multiparamétrica (RMMP) oferece um olhar detalhado da próstata, permitindo identificar lesões suspeitas com al- ta precisão. Essa tecnologia, aliada ao exame de toque e à dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico), forma um conjunto de ferramentas poderosas para o diagnóstico preco- ce, possibilitando intervenções mais eficazes e preservando a qualidade de vida dos homens. O texto “Cuidados na realização do exame de Imagem por Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata (RMMP)”, produzido por TR Almir Inacioda Nobrega, professor de Imagem por Ressonância Magnética no Centro Universitário São Camilo – SP, enfatiza a importância da qualidade técnica do exame e da interpretação dos resultados de acordo com as diretrizes internacionais. Cuidados na realização do exame de Imagem por Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata (RMMP) Segundo o INCA, o tumor maligno da próstata é o segun- do tumor que mais acomete os homens, perdendo apenas para o tumor de pele. A cada ano, cerca de 65.000 novos casos são registrados e, em média, um quarto desses pacientes vão a óbito. A ressonância multiparamétrica da próstata (RMMP) é um importante aliado na identificação dessa doença e está espe- cialmente indicada na diferenciação entre hiperplasia prostá- tica benigna (HPB) e hiperplasia prostática maligna (HPM). Os tecnólogos em radiologia que realizam a RMMP preci- sam estar atentos na execução desse exame. O padrão de qualidade das imagens e os recursos técnicos a serem utiliza- dos devem atender as principais diretrizes estabelecidas no sistema internacional de classificação de lesões da próstata denominado PI-RADS 2.1 - Prostate Imaging – Reporting and Data System. TR Almir Inacio da Nobrega Prof. de Imagem por Ressonância Magnética no Centro Universitário São Camilo – SP almir.nobrega@prof.saocamilo-sp.br REVISTA CONTER - 13 Tecnologia de imagem detalhada, aliada ao PSA e ao exame de toque, amplia as chances de cura e qualidade de vida dos homens ENTREVISTA WWW.CONTER.GOV.BR ENTREVISTA A RMMP combina a utilização de imagens ponderadas em T1w, T2w, difusão (Dwi) com seus mapas ADC e aquisição dinâmica após contraste à base de gadolínio (Perfusão - DCE). Eventualmente, sequências de espec- troscopia podem também fazer parte do protocolo. O equipamento de 3T é o que apresenta melhor resultado para esse exame devido à sua elevada relação sinal- -ruído, no entanto, é possível também a realização em equipamento de 1.5 T. Nesse caso, a critério médico, deverá ser considerada a necessidade de uso de bobina endorretal que sabidamente promove ganho de sinal. PIRADS 1 A CLASSIFICAÇÃO DO DIAGNÓSTICO, SEGUINDO AS ORIENTAÇÕES PIRADS 2.1, PARAMETRIZA A EVENTUAL PRESENÇA DE CÂNCER NO EXAME DE RMMP E PODE SER ASSIM RESUMIDA: Muito Baixo Altamente improvável a presença de câncer PIRADS 2 Baixo Improvável que o câncer significativo esteja presente PIRADS 3 Intermediário A presença de câncer pode ser considerada. Necessita Investigação complementar. PIRADS 4 Alta É provável que o câncer esteja presente PIRADS 4 Muito Altlto É altamente provável a presença de câncer. Fonte: Colégio Americano de Radiologia Do ponto de vista anátomo-histológico, a próstata está dividida em quatro regiões: o estroma fibromus- cular anterior; a zona de transição (ZT) que circunda a uretra proximal e contém 5% do tecido glandular; a zona central (ZC), que circunda os ductos ejaculató- rios e contém cerca de 20% do tecido glandular; a zona periférica exterior (ZP) que contém de 70% a 80% do tecido glandular. Aproximadamente, 70% a 75% dos cânceres de próstata se originam na ZP e 20% a 30% na ZT. Precauções pré-exame Um preparo intestinal visando limpeza da cavidade deve ser indicado ao paciente no momento da marca- ção do exame. A presença de fezes e/ou gases no reto pode interferir negativamente na qualidade das imagens, em especial nas sequências DWi, causando artefatos que podem comprometer o diagnóstico. Eventualmente, se na série localizadora, for constata- da a presença significativa de resíduos em sigmóide e reto, o paciente poderá ser orientado a eliminar esse conteúdo e retornar para prosseguir com o exame. Não se recomenda a lavagem intestinal, pois esse procedimento pode provocar aumento acentuado do peristaltismo e causar artefatos de movimento. No início do exame, o uso de medicação antiespas- módica, Buscopan por exemplo, está indicado. Isso melhora significativamente a qualidade das imagens e deve ser feito se o paciente não relatar histórico alérgi- co a esse medicamento. O paciente deverá ainda ser orientado a ficar imóvel durante todo o procedimen- to, não movimentar as pernas e não contrair a muscu- latura pélvica. Recursos Técnicos As principais ponderações de imagem na RMMP são: T1w, T2w, DWi e Perfusão. Os planos de imagem devem ser realizados, sempre que possível, com os mesmos parâmetros geométricos. O campo de visão (FOV) deve ficar entre 16 e 22 cm e espessu- ra de corte em torno de 3mm. Recomenda-se acres- centar pelo menos uma série de imagens com campo de visão largo, entre 30 e 40 cm, ponderação T1. Essa técnica tem por objetivo o rastreamento de linfono- REVISTA CONTER - 14 WWW.CONTER.GOV.BR REVISTA CONTER - 15 dos pélvicos e metástases ósseas na bacia. A série T1w de pequeno FOV tem por finalidade evidenciar presença de sangue na próstata e vesículas seminais e, após o uso do gadolínio, mostrar o com- portamento da impregnação do contraste nos vários tecidos. A série T2w propor- ciona alta resolução do tecido prostático e pode evidenciar a natureza dos nódulos, espe- cialmente pelo destaque que confere aos seus contornos. Essa série destaca ainda a presença de cistos e possíveis formações neoplásicas. A série difusão (DWi) tem alta sensibilidade para presença de tumores. A possibilidade de aquisição de imagem com diferentes coeficientes de difusão “b”, em especial, com valores de b=1000 sec/mm2 e b=1400 sec/mm2, juntamente com os seus mapas (ADC), aumentam a especificidade da técnica para a presença de tumores e deve fazer parte do protocolo de rotina. A série dinâmica, após administra- ção do gadolínio, possibilita a análise gráfica da intensida- de do sinal em função do tempo e permite estabelecer o perfil de esvaziamento do contraste pela glândula pros- tática em curvas de padrão “Wash In” e “Wash Out”. A literatura descreve que curvas de padrão “Wash Out” apre- sentam maior relação com tumores malignos. A técnica de perfusão dura em média 5 minutos com amostras de aquisição de blocos de imagem, a cada 10 segundos ou em tempos inferiores. Pelo menos 30 amostras devem ser adquiridas. Na perfusão o contraste deve ser injetado por infusora com velocidade em torno de 3 ml por segundo. Perspectivas Futuras A ressonância multipa- ramétrica da próstata tem se mostrado um grande aliado na detecção da HPM, no entanto, novas pesquisas e novas ferramentas tem sido testadas para tornar esse método ainda melhor. Destaca-se o uso das técnicas de Imagem Tensor da Difusão (DTI), imagem de curtose difusional (DKI), contrastação pela presença de oxihemoglobina (BOLD), espectroscopia “in vivo”, agentes intravenosos de óxido de ferro e MRI- -PET. Fonte: INCA – Instituto Nacional de Câncer – Brasil - MS CBR - Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem ACR – Colégio Americano de Radiologia Novembro Azul é um movimento fundamental para conscientizar sobre a saúde masculina ENTREVISTA WWW.CONTER.GOV.BR SISTEMA A MECÂNICA DO Em 17 de outubro de 2024, fomos recebidos pela CONAFI (Coordenação Nacional de Fiscalização) com o objetivo de compor um panorama para esta edição sobre a fiscalização numa perspectiva de passado, presente e futuro na condução das atividades. Em síntese, a fala da senhora Luciene Maria do Prado, supervisora de fiscalização, evidenciou sobre o passado: por muitos motivos que não cabem aqui, certamente a pandemia contribuiu bastante para um blackout no sistema de fiscalização, seria fácil dizer onde tudo se perdeu – entretanto desnecessário, o mais urgente e imperativo para a equipe foi retomar, reordenar e reestruturar o sistema de gestão. Pode-se dizer que a fiscalização é a viga mestra que sustenta o edifício do sistema CONTER/CRTR’s, isto ficou muito claro em nossa conversa, como também fiscalizar é algo para além de vigiar, controlar,supervi- sionar, mas é também zelar. Neste âmbito, zelar é certificar a proteção e a garantia na prestação de serviços de saúde dos profissionais e das pessoas envolvidas no processo. Aqui neste espaço, o que se pensa e fala em regime de tempo integral é sobre gestão de pessoas e processos para reforçar um serviço de excelência no campo da saúde, em particular da radiologia. O ar de academicismo presente no ambiente nos inspirou a retratar a arquitetura de funcionamento do sistema de fiscalização, vide mapa conceitual abaixo. CONTER - CRTR’s Um alinhamento perfeito que visa à eficiência da gestão Autor: Luis Sousa REVISTA CONTER - 16 EDITORIAL WWW.CONTER.GOV.BR Membros da CONAFI, supervisora fiscal e diretor-tesoureiro O SISTEMA NACIONAL DE FISCALIZAÇÃO (SINAFI) foi insti- tuído pelo CONTER, por meio da Resolução nº 13/2010, alterada pela Resolução CONTER 08/2015, e é composta em sua estrutura pela COORDENAÇÃO NACIONAL DE FISCALIZAÇÃO (CONAFI) e pela COORDENAÇÃO REGIO- NAL DE FISCALIZAÇÃO (CORE- FI). A Coordenação Nacional de Fiscali- zação (CONAFI) tem como missão coordenar o trabalho dos agentes fiscais dos Conselho Regionais de Técnicos em Radiologia (CRTRs), já a Coordenação Regionail de Fiscaliza- ção (COREFI) possui a competência voltada ao exercício de suas atividades em conformidade com as disposições legais e regimentais contidas no Manual de normas e procedimentos fiscalizatórios e descritas na Resolução CONTER nº 13/2010 para cumpri- mento dos projetos de fiscalização com o objetivo de combate do exercí- cio ilegal e irregular da profissão e a garantia da integridade física dos pacientes e trabalhadores expostos à radiação ionizante. As Coordenações Nacional e Regio- nais de Fiscalização (CONAFI/CO- REFIs) do Sistema CONTER/CR- TRs, desempenham papel indispensá- vel à fiscalização do exercício profis- sional das técnicas radiológicas em todo o território nacional, com o objetivo de proteção da população contra a ação de leigos, ao fiscalizar e oferecer segurança à profissão, de modo a garantir o correto exercício. as técnicas radiológicas no Brasil. O processo de fiscalização do Sistema CONTER/CRTRs, utiliza práticas universais, de reconhecimento nacional, para que seja unifor- mizado, mantendo-se aliado à sociedade e em defesa da saúde pública. Em relação ao processo fiscalizatório, os resultados esperados são: - Uniformização da ação fiscalizatória; - Padronização e continuidade dos procedimentos administrativos oriundos da fiscalização; - Visão global dos envolvidos; - Integração entre os processos; - Conhecimento da organização; - Credibilidade do Sistema, já que haverá continuidade do processo fiscalizatório com entrega de serviços iguais; - Valorização da profissão; - Maior participação dos envolvidos no Sistema. Composição: Membros Titulares: TNR. Luciano Henrique Xavier Monteiro – COORDENADOR TNR Peter Kühn – 1º SECRETÁRIO TR. Sergio Roberto Zullo – 2º SECRETÁRIO Membros Suplentes: TR. Geórgia Sousa Chaves TR. Eduardo da Cunha Moreira TNR. Michel Fonseca Viana da Silva Supervisão Fiscal: TNR. Luciene Maria do Prado Autores: TNR. Luciano Henrique Xavier Monteiro – COORDENADOR TNR Peter Kühn – 1º SECRETÁRIO TR. Sergio Roberto Zullo – 2º SECRETÁRIO TR. Geórgia Sousa Chaves TR. Eduardo da Cunha Moreira TNR. Michel Fonseca Viana da Silva TNR. Luciene Maria do Prado REVISTA CONTER - 17 EDITORIAL WWW.CONTER.GOV.BR A atual composição deu início aos trabalhos em junho deste ano, sendo nomeados pela Portaria CONTER nº 081/2024, disponivel em no portal da trasparência (Clique aqui para acessar). Percebeu-se a necessidade de ocorrer a continuidade administrativa dos processos fiscalizatórios, pois com- preendemos que existe a fiscalização, no entanto, em alguns CRTRs não são gerados os devidos processos administrativos, não é dado andamento após a fiscali- zação, não sendo alcançados assim os resultados espera- dos. Fazer gestão é um desafio, para gestores e institui- ções, haja vista que toda mudança exige esforço, prepa- ro, conhecimento, cautela e estratégia. Por isso, são necessárias sequências de ações para que se alcance os objetivos organizacionais, devendo ser eficientes, efica- zes e efetivas, com sinergia entre decisão e execução. Isso deve ocorrer de maneira interligada ao que foi planejado e organizado, havendo identificação e geren- ciamento das atividades relacionadas para controle e melhoria dos processos. XIII Encontro do Sistema CONTER/CRTRs 2024 REVISTA CONTER - 18 EDITORIAL WWW.CONTER.GOV.BR Os desafios encontrados foram grandes, pois os relatórios de fiscalização haviam se acumulado em virtude de não haver uma coordenação nos últimos meses. As COREFI’s devem enviar os relatórios de fiscaliza- ção a cada 3 meses e a CONAFI realiza a avaliação destes relatórios, fazendo os apontamentos necessários para o regional. https://www.studiosti.com.br/PortalTransparencia/Radiologia/conter/Relatorio/Menu/Arquivo_Visualizar_TL.aspx?arquivo=~/Menu_File/573178603174_PORTARIA.CONTER.081.2024.RECOMPOSI.O.DA.CONAFI.assinada.pdf&codigo=5598&menu=Portaria%20CONTER%20n%C2%BA%2081/2024 Em se tratando do serviço público, gerir tem sido ainda mais desafiador, já que para cumprir a sua missão, conforme a legislação específica de cada órgão, deve-se possuir conhecimento adequado de gestão de capital financeiro e humano para conse- guir entregar serviços de qualidade à sociedade. Deste modo, administrar ou gerir na Administra- ção Pública exige muito além de conhecimentos específicos de uma determinada área, não se resume a conceitos técnicos, devendo o gestor conhecer, entender e praticar gestão. Com base no relatório sintético de 2023 (compos- to por todos os relatórios de fiscalização de todos os regionais), a atual coordenação, juntamente com a supervisora fiscal e analista jurídica escreve- ram o Plano de Ação para o ano de 2024, cujo objetivo é assegurar a conformidade com a Resolu- ção CONTER nº 13/2010 derrogada por meio da Resolução CONTER nº 08/2015 e outras normas aplicáveis, bem como, instruções normativas e Acórdãos do Tribunal de Contas da União (TCU) no que concerne ao cumprimento da atividade fim, melhorar os processos de fiscalização e assegu- rar que os CRTRs adotem práticas administrativas eficientes e de acordo com as diretrizes estabeleci- das, considerando que no exercício das suas atribuições legais, o Sistema CONTER/CRTR deve zelar pela integridade e pela disciplina da profissão das técnicas radiológicas, disciplinando e fiscalizando, não só sob o aspecto normativo, mas também punitivo, zelando pela ética no exercício da profissão. 0 poder de fiscalizar emana do poder de polícia e requer para seu pleno exercício a discricionariedade, a coercibilidade e a autoexecu- toriedade, podendo implicar restrições de direitos individuais em favor dos interesses maiores da coletividade. Os Conselhos Regionais, com jurisdição sobre as respectivas unidades federativas estão subordina- dos ao CONTER, no que concerne a aprovação de seus regimentos internos, verificação de seu regular funcionamento, expedição de instruções necessárias ao bom funcionamento dos conselhos regionais com esclarecimento de dúvidas suscita- das pelos Conselhos Regionais. 0 CONTER funciona, ainda, como instância recursal das deliberações dos Conselhos Regionais, relativa- mente a admissão de membros e imposição de penalidades. (vide Acórdão 1925/2019 - TCU PLENÁRIO). O fiscal, ao realizar uma atividade de fiscalização, representa o Sistema CONTER/CRTR, razão pela qual, diante de tamanha responsabilidade, deve estar sempre atento para pontos vitais a serem observados e seguidos, que afetam diretamente a imagem da autarquia perante os profissionais, as empresas e a sociedade. Muitas vezes, torna-se necessária a aplicação de medidas punitivas, o que não afasta a necessidade de orientação para a regularização e o cumprimen- to da legislação vigente.Ele tem a missão de prote- ger a população contra ações inadequadas e garan- tir a segurança radiológica, assegurando o correto uso das complexas técnicas radiológicas. De norte a sul e de leste a oeste, temos conhecimento de histórias de sucesso, frutos do esforço dedicado de fiscais e gestores comprometidos, que se esforçam para se adaptar às normas estabelecidas pela nossa equipe e hoje recebem reconhecimento de suas respectivas classes. Como parte de um órgão público, compartilha- mos um serviço a ser prestado, o que nos leva a caminhar em conjunto. WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL REVISTA CONTER - 19 REVISTA CONTER - 20 EDITORIAL Raphael Ruiz Entrevista com o professor Muito se diz e há muito a ser dito sobre o impacto da inteligência artificial (IA) no presente e toda uma expectativa futura no campo do conhecimento e profis- sional. Ela é a marca de nossos dias, pela presença maciça da tecnologia, pelo excesso de informações que necessitam de sentido. No que tange ao campo do conhecimento, uma ferramenta poderosa, mas que exige qualificação, formação contínua e responsabilidade ética. Atualmente, sobre o aspecto das políticas públicas, há muito a ser definido, dessa forma deixa-se em aberto questões legais consideradas delicadas. Em particular, a autorização ao acesso de informações nos bancos de dados que trazem especificidades de exames de pacientes. Por outro lado, no campo da Radiologia, pode-se dizer que existem diversos pontos positivos para o uso dessas ferramentas após a realização de exames, tais como refinamento na qualidade da imagem e detecção de possíveis achados patológicos. Para aprofundar a discussão do tema inteligência artificial (IA) em radiologia, o CONTER conversou com o professor Raphael Ruiz, Técnico e Tecnólo- go em Radiologia, Mestre em Engenharia Biomédica, coordena- dor da Coordenação Nacional de Ensino (CONAE) e docente nos cursos de graduação e pós-gradua- ção do Centro Universitário Senac para explorar os desafios que ela representa, as questões legais associadas a essas novas tecnologias e o que o futuro reser- va para os profissionais das técni- cas radiológicas em âmbito nacional. As ferramentas IA e a rotina pro�ssio- nal da Radiologia De saída, Prof. Raphael Ruiz afirma: “As ferramentas de Inteligência Artifi- cial (IA) na Radiologia têm potencial para transformar a rotina tanto de médicos radiologistas quanto de profis- sionais técnicos e tecnólogos em radio- logia”. Ruiz elencou diversos cenários nos quais a IA poderá ser de grande valia para os profissionais, desde o ajuste automático de parâmetros (kV e mAs), automatização de processos (posiciona- mento, gestão da agenda de pacientes), melhoria na qualidade de imagem, gerenciamento de fluxo de trabalho e assistência na formação de imagens 3D (upscale). Ele acrescenta: “Um exemplo claro ocorre na tomografia, onde a IA nos beneficia em todas as etapas do exame, desde o posicionamento do paciente até o pós-processamento da imagem, especialmente nos equipa- mentos mais recentes e avança- dos”. Entende-se que essas ferramentas possibilitam uma melhor gestão de tempo para que o setor de imagem fique mais ágil e eficiente, benefi- ciando os pacientes e os profissio- nais. Prof. Ruiz complementa: “A IA já se faz presente há algum tempo nos equipamentos radiológicos mais modernos e tecnológicos. Cada modalidade possui algoritmos e tecnologias diferentes, que são utili- zados frequentemente pelos profis- sionais, muitas vezes sem percebe- rem que estão usando IA”. Vale lembrar que considerar a IA uma ferramenta do futuro é um pensamento equivocado uma vez que ela já se faz presente nos atendi- mentos automatizados ao cliente, reconhecimento facial, triagem de pacientes, tratamento de imagem, por exemplo. Contudo, pode-se acordar que sua plenitude no campo da Radiologia, pelo menos em nível nacional, realmente está projetada em um futuro breve. Autor: Francisco de Mattos Nogueira SoaresENTREVISTA Professor Raphale Ruiz WWW.CONTER.GOV.BR Imagem ilustrativa do processo de de apendizado das inteligências Artificiais REVISTA CONTER - 21 Conhecimentos e habilidades a serem desenvolvidas pelos pro�ssio- nais no âmbito da IA Segundo Ruiz, além do domínio dos fundamentos da bioimagem e dos protocolos de exames, é necessá- rio ter uma compreensão geral do funcionamento dos algoritmos, incluindo os modelos de aprendiza- gem machine learning e deep learning, e como eles podem auxiliar na análise de dados radiológicos. Ruiz relata que a obtenção do conhe- cimento aplicado à IA na Radiologia exige do profissional habilidades no intuito de validar a qualidade das imagens ou informações geradas pela IA, refinar os parâmetros sugeridos pela IA de acordo com o tipo de exame, usar os softwares que integram essa nova tecnologia, gerenciar e proteger esses dados de forma ética e segura (Lei Geral de Proteção de Dados). O professor defende que: “O uso da ferramenta requer uma análise crítica dos resul- tados. Mesmo com a automação de processos, os profissionais precisam avaliar se as recomendações feitas pela IA são relevantes e adequadas para cada situação específica”. WWW.CONTER.GOV.BR A fim de acompanhar o ritmo acelerado das inovações em inteli- gência artificial, os profissionais da saúde devem dedicar-se ao aperfeiço- amento constante, através da busca de atualização em cursos, capacita- ções, congressos, workshops e treina- mentos específicos para a área. “Em uma das universidades onde coorde- no, o curso de Tecnologia em Radio- logia, essa reformulação já acontece. Estamos introduzindo novos conte- údos, incluindo programação, para preparar nossos alunos para essa nova realidade”, diz Prof. Ruiz. Desa�os do mercado de trabalho e pro�ssionais quali�cados Ruiz prevê que as instituições de saúde buscarão profissionais nos quais o foco será menos em tarefas manuais e mais em supervisão de processos automatizados, integração tecnológica, gerenciamento de dados e análise crítica de resultados forne- cidos pela IA. Um ponto importante previsto por Ruiz foi que: “O futuro do mercado de trabalho na radiolo- gia demandará maior colaboração entre médicos, radiologistas, técni- cos e tecnólogos, engenheiros de TI e especialistas em IA. Profissio- nais que tenham habilidades de comunicação e trabalho em equipe serão valorizados, pois a integração com diferentes áreas será essencial para o desenvolvimento e aplicação eficaz de novas tecnologias”. Dito isso, restringir o uso da tecnologia como algo estritamente técnico não é o caminho mais acertado, pois junto à tecnologia está o ser humano e sua capacidade nas relações interpessoais. Ruiz alerta: “Com a automação de processos mais técnicos e rotineiros, o mercado vai valorizar cada vez mais habilidades interpes- soais, como comunicação, empatia e capacidade de resolver problemas complexos. Profissionais que demonstrarem pensamento crítico para validar os resultados gerados pela IA, questionando possíveis falhas ou incongruências, terão um papel vital para garantir diagnósti- cos de qualidade.” Portanto, o profissional que entende o equilí- brio entre uso da tecnologia e o cuidado centrado no indivíduo é o perfil esperado pelas instituições. ENTREVISTA -Imagem ilustrativa REVISTA CONTER - 22 Questões éticas da IA Toda essa discussão implica em uma profunda análise das questões éticas, legais e até comerciais que envolvem a quantidade de dados utilizados pelas desenvolvedoras para alimentar as IA’s. Frente a essa realidade, Ruiz diz: “A coleta e o uso de grandes volu- mes de dados de pacientes são essenciais para o desenvolvimento de algoritmos de IA. No entanto, esses dados contêm informações pessoais sensíveis, como histórico médico, imagens diagnósticas e dados demográficos”. Portanto, o próprio paciente deve ter o entendi- mento sobre como seus dados serãoutilizados e auto- rizar o uso. “Muitas vezes, o consentimento é obtido de forma genérica, sem que o paciente compreenda completamente como seus dados serão utilizados por algoritmos de IA ou quem poderá ter acesso a eles”, diz Ruiz. Vale lembrar que as desenvolvedoras de IA’s utilizam os dados dos pacientes para alimentar o algoritmo que tem como uma das finalidades o mer- cado tecnológico, em outras palavras, é um produto envolvendo relações comerciais e, portanto, lucro. Sobre esse tema em específico, muitos questiona- mentos podem ser levantados, desde a atuação legal da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil, da garantia à integridade dos dados, de ataques cibernéti- cos e da falta de transparência de como a IA funciona para os profissionais e pacientes. Ruiz continua: “Se os dados usados para treinar os algoritmos de IA não forem representativos de toda a população, o sistema pode desenvolver vieses que levam a diagnósticos incorretos ou tratamentos inadequados para determi- nados grupos”. Prof. Ruiz traz também uma reflexão intrigante sobre: Em caso de um erro cometido pelo algoritmo IA sobre o diagnóstico ou sugestão de uma conduta inadequada, quem assumirá tal erro? O desenvolvedor do software, o hospital que implementou o sistema, ou o profissional que utilizou a ferramenta? Entramos aí no campo vasto da bioética, que traz questões delica- das e exige respostas claras para garantir um avanço tecnológico seguro. Imagem ilustrativa WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA REVISTA CONTER - 23 - Imagem ilustrativa gerada por Inteligência Artificial Ferramentas IA’s nos serviços de radiologia do Brasil Prof. Raphael Ruiz aponta alguns desafios para a implementação das IA’s nos serviços em âmbito nacional: “A utilização plena das ferramentas de IA na radiologia no Brasil apresenta grandes oportunidades, mas também enfrenta uma série de desafios comple- xos. Desde a infraestrutura inadequada até a capacita- ção profissional, passando por questões regulatórias e desigualdade no acesso, é essencial que esses desafios sejam abordados de forma coordenada e estratégica”. Frente a essa realidade, o Brasil deve superar sua carência de comunicação entre sistemas de informação (interoperabilidade), uma vez que os diferentes siste- mas de saúde alimentam o compartilhamento e análise dos dados essenciais para que o algoritmo da IA tenha efetividade e representatividade. Ruiz afirma que um grande desafio é: “Melhorar a coleta e padronização dos dados de imagens médicas, garantindo que os algo- ritmos de IA sejam treinados com dados representati- vos da diversidade populacional do Brasil, incluindo diferentes faixas etárias, grupos étnicos e regiões”. Prof. Ruiz aponta que: “Estabelecer um marco regu- latório claro que defina as responsabilidades no uso da IA, proteja a privacidade dos dados conforme a LGPD, que garanta a segurança e a ética no uso dessa tecnolo- gia na radiologia”. Contudo, quando há implementações políticas e regulamentações, também é necessário a mudança cultural dos próprios profissionais. “Trabalhar para promover uma cultura de aceitação e adaptação à IA, a qual mostra que a tecnologia é uma aliada, e não uma substituta, dos profissionais de radiologia”, diz Ruiz. O processo de ensino-aprendizagem de toda uma classe, além de necessitar de investimentos para treinamentos, cursos, workshop’s e congressos; deve ser contínuo tanto por parte do profissional quanto das instituições. Prof. Raphael Ruiz complementa: “Criar programas de educação continuada e capacitação em IA para profis- sionais de radiologia, tanto em nível técnico quanto clínico, integrando esses conteúdos nas formações acadêmicas e cursos de aperfeiçoamento”. Diante do relato do Prof. Raphael Ruiz fornecido ao CONTER percebe-se que a IA na radiologia oferece um potencial enorme para melhorar a precisão e rapidez dos diagnósticos, beneficiando pacientes e profissionais de saúde. Contudo, o avanço da IA exige uma abordagem cuidadosa e ética, que considere a proteção de dados sensíveis, a adequação de dados representativos para populações específicas e a garantia de que a tecnologia seja um complemento, e não uma substituição, ao conhecimento médico. A colaboração entre profissio- nais de saúde e desenvolvedores de IA é essencial para assegurar que os benefícios dessa tecnologia sejam maxi- mizados e os riscos minimizados. WWW.CONTER.GOV.BRENTREVISTA REVISTA CONTER - 24 WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL ENTRE A ABENDI E O CONTER ACORDO DE COOPERAÇÃO O ano era 2014. A então presidente do CONTER, Valdelice Teodoro, em suas viagens pelos estados mais industrializa- dos do país, recebia dezenas de solicita- ções para que o CONTER se voltasse para os Operadores de Radiografia Indus- trial atividade ligada à Radiologia Indus- trial. Sensibilizada com essa demanda, em 2015, ocorreu a primeira reunião entre o CONTER e a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos - ABENDI - na Sede do CONTER, na Capital Federal. Compareceram, representando a segunda instituição, o Sr. João Carlos Videira José - (conhecido como “Catalão”), Antônio Aulicino e Danilo Stocco. Pelo CONTER, a Diretora-Presidente e o Assessor Educacional, João R. A. Santos. Nas reuniões posteriores, cresceu a convicção entre os representantes das instituições acerca da necessidade de se firmar um Acordo de Cooperação. Ele foi assinado em julho de 2016. Fundamen- tou-se em dois eixos: regularizar a atuação do profissional das técnicas radiológicas no Setor Industrial e construir e difundir a Matriz Curricular por Competências do Curso de Técnico de Nível Médio em Radiologia Industrial a ser elaborada pelo CONTER. Entre as ações do primeiro eixo, destaca-se que elas preparariam uma Resolução sobre as atribuições dos profissionais técnicos em radiologia da área industrial para ser discutida com outros atores e profissionais da área. Posteriormente, foram publicadas as Resoluções 21/2016 e 04/2017 que instituíram e normatizaram o processo de inscrição dos operadores de radiografia industrial dentro do Sistema CONTER/ CRTRs. Outros dois elementos podem ser destacados: a partir da data da publicação de Resolução, os profissionais que já atuam na radiologia industrial, com a denominação de “Operador 1 e 2”, continuariam com a mesma nomenclatura; todos os Profissionais da Radiologia Industrial “Operadores 1 e 2” deveriam se inscrever no Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia com a denominação “Operado- res 1 e 2”. Infelizmente, com a chegada da pandemia do Coronavírus, no início de 2020, e, posteriormente, por problemas alheios à Diretoria do CONTER e da ABENDI, o Acordo de Cooperação foi desconti- nuado. No dia 15/03/2023 e 21/05 desse ano, ocorreram essas duas reuniões para retomar os pontos do Acordo e pensar novos. Sinteticamente, foram definidos os seguintes pontos: realizar cursos a distância para os profissionais e dirigentes do Sistema CON- TER/CRTRs sobre a Radiologia Industrial; divulgar o projeto peda- gógico do Curso Técnico em Radiologia Industrial; solicitar à Câmara Técnica de Radiologia Industrial a revisão da Resolução CONTER 11 de 2016, a qual trata da inscrição de operadores de radiografia industrial no sistema CONTER/CRTRs; fornecer ao CONTER o mapeamento onde há uma oferta maior no mercado de trabalho para os profissionais da radiologia industrial; criar mecanis- mos de controle para garantir que somente os operadores inscritos no CONTER possam ser contratados pelas empresas; articular reunião conjunta entre ABENDI/CONTER com os Centros Tecnológicos nas grandes cidades do Brasil para diagnosticar necessidades de mão de obra, campos e fomento para a pesquisa na Radiologia Industrial. O Acordo de Cooperação entre as duas instituições, apesar do tempo, ainda está em processo de construção. Certamente, as deman- das sobre os Operadores de Radiografia Industriale a Radiologia Industrial exigirão do CONTER e da ABENDI a disposição para singrarem pelos temas que já foram acordados e os novos visando a valorização, o acolhimento e o desenvolvimento continuado desses profissionais.Imagem de RX de válvulas de controle industrial 06 A união das entidades de classe é fundamental para fortalecer a repre- sentação dos interesses da categoria. Juntas, as instituições têm uma voz mais forte, permitindo uma represen- tação mais eficaz perante governos e sociedade em geral. O Sistema CONTER/CRTRs é uma autarquia federal regulamenta- dora e conta com o apoio de Conse- lhos Regionais (CRTR) que fiscali- zam diretamente o exercício profissio- nal da categoria no Brasil bem como normatiza e habilita os profissionais das técnicas radiológicas. A principal função do CONTER é supervisionar os CRTRs, garantin- do que os profissionais atuem de acordo com as normas éticas e técni- cas estabelecidas. A ABTER é uma entidade repre- sentativa que busca promover os interesses da categoria, oferecendo suporte, serviços e benefícios aos profissionais, promovendo a valori- zação da profissão. Portanto, ambas desempenham papéis importantes, mas com enfoques e funções distin- tas, cuja parceria visa somar forças para garantir melhorias em prol da valorização do exercício da profissão de Técnicos e Tecnólogos em Radiologia. No dia 9 de outubro de 2024, o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia - CONTER e a Associa- ção Brasileira de Tecnólogos em Radiologia – ABTER, firmaram um Termo de Cooperação que permite apoio mútuo na defesa dos direitos profissionais de Técnicos e Tecnólogos. O Acordo de Cooperação firma- do entre as entidades envolve a realização de diversas ações, tais CONTER e ABTER: uma parceria promissora WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL Uma aliança a ser fortalecida... REVISTA CONTER - 25 José Carlos Júnior, Cassiana Crispim e Ezequiel Pereira como: desenvolver programa de educação continuada para os profissionais das técnicas radiológicas, por meio de cursos, grupos de estudos, intercâmbios e seminários, tanto presenciais quanto à distância; colaborar na orga- nização das edições anuais do Congresso Nacional de Radiologia; planejar ações anuais para as comemorações do Dia Internacional da Radiologia; articular projetos políticos de interesse da categoria; planejar as provas de títulos promovidas pela ABTER e a implementação do registro de especialidades da radiologia dentro do Siste- ma CONTER/CRTRs. A parceria permite um fluxo contínuo de informações relevantes sobre a profissão, contribuindo para a melho- ria das práticas e a identificação de tendências interna- cionais. Esta mobilização conjunta permite uma atuação mais impactante na formulação de políticas públicas, bem como contribui para a elaboração de diretrizes e normativas que assegurem a qualidade e a ética na práti- ca profissional, beneficiando tanto os profissionais quanto a sociedade. Juntas, as entidades podem organizar eventos, contri- buindo para a formação contínua dos profissionais, potencializando também a capacidade de pesquisa cien- tífica e inovação. Esses aspectos fazem do Termo de Coo- peração uma ferramenta preciosa para o avanço da ciên- cia e tecnologia. A expectativa é que os projetos conjun- tos resultem em publicações de maior impacto, aumen- tando a visibilidade e reconhecimento da categoria, uma vez que a parceria combina diferentes áreas de expertise, promovendo soluções integradas para problemas com- plexos e respostas mais eficazes às demandas dos profis- sionais e da sociedade. A parceria para construção de um Programa de Desen- volvimento Profissional Continuado é essencial para garantir que os profissionais se mantenham atualizados em suas respectivas áreas de atuação. O Programa visa oferecer uma variedade de cursos sobre temas relevantes, como novas tecnologias, práticas de mercado, gestão e ética, permitindo assim que os profissionais se mante- nham informados sobre as últimas tendências e inova- ções em suas áreas, melhorando sua capacidade de adap- tação, desenvolvendo novas competências que podem ser aplicadas no trabalho, aumentando a eficiên- cia e a eficácia. Esta cooperação para ofertar educação continuada vai contribuir para a formação de uma comunidade profis- sional engajada e colaborativa, promovendo o aprendi- zado coletivo, e ajudando os profissionais a se prepararem para mudan- ças e desafios contínuos na profissão, tornando-os mais resilientes. Profissionais bem treinados serão mais confiantes e competentes. Esta é uma estratégia eficaz para promover a formação contínua e garantir que os profissionais estejam sempre prontos para atender às demandas do mercado de trabalho cada vez mais compe- titivo e da sociedade. A cooperação nos congressos anuais será uma oportu- nidade valiosa para o acesso a novas pesquisas, tendências e inovações, permitindo que os profissionais se mante- nham atualizados sobre as últimas descobertas e práticas em sua área. Esses eventos vão oferecer a chance de interação com especialistas e líderes de opinião, criando oportunidades de colaboração, parcerias e troca de expe- riências. Profissionais e acadêmicos terão a oportunidade de apresentar suas pesquisas, contribuindo para a disse- minação do conhecimento, promovendo debates sobre os principais desafios enfrentados pela profissão, permi- tindo a discussão de soluções e melhores práticas. A prova de títulos proposta na parceria pretende atestar que o profissional possua conhecimentos e habilidades específicas em uma área de especialização, garantindo um elevado e reconhecido padrão de qualidade. A obtenção do título vai conferir ao profissional um reconhecimento formal no mercado de trabalho, aumentando sua credi- bilidade e prestígio. A expectativa é que muitas institui- ções e organizações adotem a prova de título para a contratação ou para a promoção de profissionais, ampliando as oportunidades de atuação na carreira. A articulação política conjunta das entidades fortalece a voz da categoria aumenta as chances de aprovação de projetos que atendam às suas necessidades. Podem promover campanhas de conscientização e mobilização para engajar os profissionais na causa, utilizando canais de comunicação eficazes para disseminar informações sobre os projetos e a importância da sua aprovação. Juntas podem trabalhar na construção de estratégias para apresentar evidências que sustentem as propostas, demonstrando aos parlamentares e autoridades a viabili- dade e relevância dos temas propostos na sociedade. Esta parceria entre CONTER e ABTER é, portanto, fundamental para o fortalecimento da profissão e defesa dos interesses dos profissionais. Juntas, a Associação e o Conselho podem representar de forma mais eficaz os interesses da categoria, aumentando a visibilidade e a influência nas tomadas de decisão. WWW.CONTER.GOV.BREDITORIAL REVISTA CONTER - 26 ENTRE A ABENDI E O CONTER ACORDO DE COOPERAÇÃO Oano era 2014. A então presidente do CONTER, Valdeli- ce Teodoro, em suas viagens pelos estados mais industrializados do país, recebia dezenas de solicitações para que o CONTER se voltasse para os Opera- dores de Radiografia Industrial ativi- dade ligada à Radiologia Industrial. Sensibilizada com essa demanda, em 2015, ocorreu a primeira reunião entre o CONTER e a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos - ABENDI - na Sede do CONTER, na Capital Fede- ral. Compareceram, representando a segunda instituição, o Sr. João Carlos Videira José - (conhecido como “Catalão”), Antônio Aulicino e Danilo Stocco. Pelo CONTER, a Diretora-Presidente e o Assessor Edu- cacional, João R. A. Santos. Entre as ações do primeiro eixo, destaca-se que elas prepa- rariam uma Resolução sobre as atribuições dos profissionais técni- cos em radiologia da área industrial para ser discutida com outros atores e profissionais da área. Posteriormente,foram publicadas as Resoluções 21/2016 e 04/2017 que instituíram e normatizaram o processo de inscrição dos operadores de radiografia industrial dentro do Sistema CONTER/ CRTRs. Outros dois elementos podem ser destacados: a partir da data da publicação de Resolução, os profissionais que já atuam na radiologia industrial, com a denominação de “Operador 1 e 2”, continuariam com a mesma nomenclatura; todos os Profissionais da Radiologia Industrial “Operadores 1 e 2” deveriam se inscrever no Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia com a denomi- nação “Operadores 1 e 2”. Infelizmente, com a chegada da pandemia do Coronavírus, no início de 2020, e, posteriormente, por problemas alheios à Diretoria do CONTER e da ABENDI, o Acordo de Cooperação foi descontinuado. No dia 15/03/2023 e 21/05 desse ano, ocorre- ram essas duas reuniões para retomar os pontos do Acordo e pensar novos. Sinteticamente, foram definidos os seguintes pontos: reali- zar cursos a distância para os profissionais e dirigentes do Sistema CONTER/CRTRs sobre a Radiologia Industrial; divulgar o proje- to pedagógico do Curso Técnico em Radiologia Industrial; solicitar à Câmara Técnica de Radiologia Industrial a revisão da Resolução CONTER 11 de 2016, a qual trata da inscrição de operadores de radiografia industrial no sistema CONTER/CRTRs; fornecer ao CONTER o mapeamento onde há uma oferta maior no mercado de trabalho para os profissionais da radiologia industrial; criar mecanismos de controle para garantir que somente os operadores inscritos no CONTER possam ser contratados pelas empresas; articular reunião conjunta entre ABENDI/CONTER com os Centros Tecnológicos nas grandes cidades do Brasil para diagnosti- car necessidades de mão de obra, campos e fomento para a pesqui- sa na Radiologia Industrial. O Acordo de Cooperação entre as duas instituições, apesar do tempo, ainda está em processo de construção. Certamente, as demandas sobre os Operadores de Radiografia Industrial e a Radiologia Industrial exigirão do CONTER e da ABENDI a disposição para singrarem pelos temas que já foram acordados e os novos visando a valorização, o acolhimento e o desenvolvimento continuado desses profissionais. Imagem de RX de válvulas de controle industrial PELO BRASILCONTER 06 das No primeiro semestre de 2024, os fiscais Tiago Jasper Kreusch e Douglas Daniel Medeiros, do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 11ª Região (CRTR/SC), realizaram um trabalho rigoroso e indis- pensável para garantir a qualidade e segurança dos serviços de radiologia em Santa Catarina. Em uma atuação que cobriu 94 municípios e inspecionou 279 instituições de saúde, os fiscais supervisionaram as atividades de mais de 1650 profissionais da área. Durante as visitas, foram geradas 202 notificações, todas orientadas para assegurar o cumprimento das normas técnicas e da legislação vigente. As ações de fiscalização são fundamentais para o alinhamento das práticas profissionais aos padrões de qualidade e segurança, proporcionando um bom atendimento à população. O CRTR/SC reafirma seu compromisso com a fiscalização contínua, que é essencial para manter a confiança do público nas práticas radiológicas. Nosso trabalho segue firme para assegurar que tanto os profissionais quanto as instituições estejam em conformidade com as regulamentações, promovendo a saúde e a segurança de todos. REVISTA CONTER - 28 Fiscalização alcança mais de 1650 profissionais das técnicas radiológicas no primeiro semestre de 2024 WWW.CONTER.GOV.BRRESENHA BKRAD: Radioproteção e Inteligência Artificial Transformam Segurança na Radiologia uma iniciativa do CRTR8 CRTR11/SC CRTR8/AL, SE e BA NOTÍCIAS DOS REGIONAIS 2024 O folheto BKRAD (boklet radioproteção) aborda a importância da radioproteção e como a inteligência artificial (IA) está revolucionando essa área. O símbolo do BKRAD representa segurança, proteção e inovação tecnológica, incorporando cores como amarelo, associado à cautela e atenção em questões de segurança radiológica, e azul, simbolizando confiança e tecnologia. O BKRAD é essencial para os profissionais de radiologia, oferecendo diretrizes claras e ferramentas tecno- lógicas para garantir a segurança no ambiente de trabalho. A implementação de práticas de radioproteção orientadas pelo BKRAD assegura que os profissionais estejam protegidos contra a exposição excessiva à radiação, minimizando riscos à saúde. A integração da IA na radioproteção traz inúmeras vantagens. Sistemas de IA monitoram continuamente os níveis de radiação em tempo real, analisam grandes volumes de dados históricos para identificar padrões e tendências, otimizam as doses de radiação para cada procedimento e oferecem ferramentas de simulação para o treinamento dos profissionais. Além disso, a IA facilita a tomada de decisões informadas e a melhoria contínua das práticas de segurança. Em resumo, o BKRAD não apenas representa a radioproteção, mas também incorpora a inovação contí- nua na área da radiologia através da inteligência artificial. A combinação dessas tecnologias avançadas com práticas de segurança rigorosas garante um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente para todos os envolvidos. CRTR6/RS das O Rio Grande do Sul, apesar da calamidade causada pela chuva, realizou o trabalho fiscalizatório. Cita- mos a ação conjunta de fiscalização com integrantes da Vigilância Sanitária Estadual e Regional, bem como ainda da agente fiscal do Conselho Regional de Enfermagem do RS que acompanharam a Agente fiscal e o Assessor jurídico do CRTR 6ª Região. Igualmente, o Regional, em cumprimento ao Acordo de Cooperação com o MPT, realiza a inspeção dos estagiários, colhendo as suas informações e documentos. Fiscalizações superam desafios das enchentes e garantem segurança nas técnicas radiológicas FIQUE POR DENTRO: NOVIDADES E EVENTOS CRTR15/ PE O CRTR de Pernambuco realizará em 23 de novembro, das 9h às 12h e das 14h às 16h o I Seminário de Radiologia (I SEMRAD CRTR PE). O evento abordará as Novas Perspectivas das Áreas na Atuação da Radiologia. Além de ter entrada franca também terá certificados para quem participar. As inscrições podem ser feitas pelo Event3 ou pelo link localizado na BIO do perfil do Instagram da CRTR 15 (@conselhoderadiologiape). Para mais informações entre em contato pelo email coredcrtr@gmail.com. WWW.CONTER.GOV.BRRESENHA REVISTA CONTER - 29 CRTR3/MG Nos dias 15 a 17 de novembro o Conselho Regional de Técnicos [Tecnólogos] em Radiologia 3ª Região (CRTR-MG) e a Coordenação de Educação (CORED-MG) realiza a V Convenção Estadual de Radio- logia de Minas Gerais. Os horários serão: 15/11(sexta-feira): 19h às 22h; 16/11 (sábado): 8h às 17h; 17/11** (domingo): 8h às 11h30. O link para as inscrições é https://www.even3.com.br/v_conven- cao_crtrmg/. CRTR17/MA e PI A CORED, do CRTR 17ª Região em conjunto com o Instituto 11 Elo promoverá nos dias 21 e 22 de novembro, às 17h30, no Instituto 11 Elo, R. 203 - 3º Andar, Cidade Operária, São Luís - MA, um evento com uma visão mais aprofundada sobre os diversos campos da Radiologia, com palestras de especialistas, além de sorteios durante a programação. Estão confirmados como palestrantes Walbert Anderson Torres dos Santos, Juliane Rocha de Araújo, Tacimary Vieira Alves e Carlos Carvalho. Interessados devem entrar em contato pelo número (98) 98441-2952 para garantir sua vaga. Mais informações pelo perfil do Instagram https://www.instagram.com/p/DBZx_7fPb8d/?igsh=cm5pb- zh4aHNsd2xy https://www.instagram.com/conselhoderadiologiape/ https://www.even3.com.br/v_convencao_crtrmg/ https://www.instagram.com/p/DBZx_7fPb8d/?igsh=cm5pbzh4aHNsd2xy Imagem ilustrativa: Negatoscópio 06 REVISTA EDITORIAL A edição especial da Revista CONTER de novembro de 2024 foi elaborada pelo Comitê Gestor da Revista e profissionais de comunicação: COORDENAÇÃO João Raimundo Alves dos Santos: Assessor Educacional do CONTER; Graduado em Filosofia e Pedagogia, com habilitação em Psicologia;