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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO DO SUS O SUS nasceu há pouco mais de 30 anos, teve como marco legal a CF88 que designou o estado como provedor da saúde e todo cidadão como beneficiário deste serviço. Antes de o SUS desabrochar, a ideia de saúde estava intimamente ligada a ausência de doenças. Aos poucos percebeu-se que os hábitos de vida, o meio ambiente como um todo, os comportamentos sociais e a classe social, interferiam diretamente sobre a saúde, iniciando assim a aceitação de um conceito ampliado de saúde, entendendo outros setores da sociedade como atores principais do processo saúde-doença. A assistência à saúde, à priori, estava relacionada ao trabalho formal, quando apenas trabalhadores formalizados, ou seja, contribuintes, tinham acesso à assistência médica, através das caixas de previdência do INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) – que antes do SUS, sendo extintas somente em 1993 definitivamente em todo o país, através da Lei Federal 8.689 de 1993. Desta forma, quem não estava registrado formalmente na classe trabalhadora do Brasil, era obrigado a recorrer à médicos particulares, sendo a assistência hospitalar também restringida a recursos financeiros próprios. Quem não tinha emprego registrado e nem podia pagar por assistência particular, precisava recorrer aos Postos Municipais de Saúde ou Santas Casas de Misericórdia, que dada a situação no país, naturalmente estavam sempre lotadas. Observando essas disparidades, iniciou-se um processo de Reforma Sanitária no Brasil, trazendo experiências estrangeiras além de discussões referentes à Conferência de Alma Ata, que construiu o Decreto de Alma Ata como produto de todas as discussões, e que trazia 10 pontos de cuidados primários pela saúde, avaliava a saúde um conjunto de bem-estar físico, mental e social e já não aceitava a ausência de doença como um indicador de saúde. A conferência defendeu também, que a saúde precisava ser promovida a todos os povos ao redor do mundo, com urgência, especialmente nos países em desenvolvimento. Era defendido, nesta ocasião, que a saúde deveria ter acesso ampliado, e que o financiamento não devia se limitar à Previdência, mas ser promovido pela política de desenvolvimento. A partir de 1985 iniciou-se o processo de discussão para criação da Constituição Federal. Um ano mais tarde, em 1986 foi realizada a 8ª Conferência Nacional de Saúde e criada a Comissão Nacional de Reforma Sanitária a fim de realizar o planejamento primário para um sistema de saúde orgânico nacional. A nova maneira de entender a Saúde culminou no art. 196 da CF/88. Para promover a universalidade e igualdade de acesso, conforme o art.198 CF/88, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), basicamente com 3 diretrizes, quais sejam, descentralização, atendimento integral, com prioridade para prevenção, sem contudo prejudicar a assistência à saúde e a participação da comunidade. Essas diretrizes são as bases iniciais para desenvolvimento do SUS e as veremos em todo arcabouço legal do SUS. O orçamento para manutenção do Sistema Único de Saúde, juntamente com a previdência e a assistência social, estão compreendidos como Seguridade social. A Constituição cidadã, apresenta genericamente o SUS. No art. 197, a CF/88 apresenta como de relevância pública, as ações e serviços de saúde, trazendo além dessa responsabilização, a prerrogativa de regulamentação, fiscalização e controle. Desta forma, a partir de agora vamos adentrar ao estudo das Leis 8.080/90 e 8.142/90, denominadas Lei Orgânica da Saúde. A Constituição Federal vem transfazer o modelo da assistência à saúde no Brasil, orientando um novo processo de fazer saúde buscando a radical transformação do cenário que à época, desenhava-se nacionalmente. Dentro desse cenário era nítido que as variadas doenças eram resultado do tipo de desenvolvimento socioeconômico do país e que não existiam estratégias capazes de os enfrentar; a divisão aleatória dos serviços de saúde, concentrando nos grandes centros, a maior oferta de serviço e inexistência em outros locais; além da centralização, que desfavorecia o processo de tomada de decisão, insuficiência de recursos, deixava a população ainda mais a margem da sociedade; desperdício de recursos alocados na saúde; baixa cobertura assistencial da população, sobretudo entre os pobres e os mais carentes; inexistência de identificação das competências entre os órgãos e as instâncias administrativas; desempenho descoordenado dos órgãos públicos e privados; inexistência de política de recursos humanos efetiva, baixos salários e desmotivação dos profissionais da saúde; baixa qualidade dos serviços de saúde; ausência de critérios e de transparência de gastos públicos; entre outros milhares de problemas. O SUS não é a reformulação do SUDS, ou o sucessor do INAMPS, mas um novo sistema de saúde, em construção. A Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 dispõe sobre a organização do SUS e estabelece condições para execução das ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento, por sua vez, a Lei 8.142/90 trata do financiamento e do controle social, omissos na primeira legislação e já auferidos anteriormente, através da CF/88. Para nortear a aplicação de recursos humanos no âmbito do SUS, vamos nos ater a algumas disposições da Lei 8.080/90. Primariamente é necessário compreender que a saúde é direito fundamental do ser humano e o Estado deve prover as condições necessárias ao seu pleno exercício, conforme descrito no art.2º da Lei 8.080/90. Porém é também de suma importância intentar, que o dever do Estado, não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade, ou seja, não é porque o Estado tem dever para com o indivíduo, que ele não precisa se responsabilizar pela sua saúde, adotando métodos de prevenção, estilos saudáveis de vida e reduzindo danos a si próprio. Outro ponto importante de se destacar, para orientação do trabalho no SUS está disposto no art.3° da Lei 8.080/90, a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso a bens e serviços essenciais, entre outros. Desta forma, se há insuficiência em qualquer desses aspectos, aí é necessário atuação do profissional de saúde. Então, o que é afinal o SUS e onde encontramos a atuação do SUS? É o que fica ecoando em nossas mentes. Bem, o SUS é o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por qualquer instituição pública no âmbito dos três poderes, administrados direta ou indiretamente e das fundações que são mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada pode participar do SUS, em caráter complementar, mas não integra o SUS. Os órgãos de controle e qualidade, pesquisa, produção de insumos, medicamentos, sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde, estão incluídos nesse conjunto de ações e serviços. Além desses diretamente relacionados, o SUS atua em muitos outros segmentos, a exemplo dos bens e serviços e água para consumo humano. Em tudo que pode impactar diretamente nos fatores condicionantes e determinantes da saúde, o SUS participa, em alguma fase do processo. O SUS é um sistema que objetiva dar assistência à população, baseado no modelo de promoção, proteção e recuperação da saúde. Para isso, utiliza meios, processos, estruturas e métodos, para torná-lo efetivo no país. Os meios são orientados pelos princípios organizativos (descentralização, regionalização, hierarquização, resolutividade, participação social e complementariedade do setor privado) e devem constituir objetivos estratégicos que tornem concreto o modelo de atenção à saúde, desejado para o SUS. O SUS é único em cada esfera de governo, segue a mesma política, princípios, diretrizese doutrina em todo território nacional, em todas as três esferas autônomas de governo: federal (MS), Estadual (SES) e Municipal (SMS), então o SUS não é uma instituição, é um sistema, um conjunto de meios interagindo para um fim comum. Em um preceito Constitucional, o SUS se norteia pela universalidade, equidade e integralidade. Todo cidadão tem direito ao atendimento de suas necessidades, independente de sua cor, posição social, raça, religião, local de moradia, posição política, entre outros aspectos. Todo cidadão é igual perante o SUS, devendo ser atendidos conforme sua necessidade, sendo consideradas suas especificidades e problemas específicos, sejam, individuais, coletivos, de regiões, entre outras peculiaridades. Desta forma, sendo primordial oferecer mais a quem mais precisa, tratando desigualmente os desiguais, diminuindo, assim, as desigualdades existentes. As ações e serviços de saúde devem ser orientadas ao mesmo tempo para prevenção e cura. O SUS deve funcionar, atendendo o indivíduo como um todo, como um cidadão único, individual, inserido em uma sociedade, passível de danos e riscos. Além disso não se vê um indivíduo como um tuberculoso, cardíaco, asmático, etc. Assim, o atendimento é orientado ao Ser Humano e não a sua doença, sendo o atendimento direcionado também para erradicar possíveis situações de causas e riscos e também tratar os danos. Por esses motivos, as ações devem ser integradas, como as ações de promoção que envolve, por exemplo, habitação, meio ambiente, educação; as ações de prevenção, como saneamento básico, imunizações, ações coletivas e preventivas, vigilância à saúde e ações de recuperação como atendimento multiprofissional, tratamento e reabilitação. Todas as três modalidades de ações, formam um todo indivisível, que não pode ser compartimentalizado. As várias unidades e os vários graus de complexidade, também compõem um todo indivisível com a finalidade de prestar assistência integral. A Lei 8.080/90 trata de vários subsistemas de atenção à saúde, justamente com a finalidade de oferecer equidade e desenvolver atenção especializada a populações específicas. Por fim, a Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990, vem regulamentar as omissões e os vetos da Lei 8.080/90, nascendo por um resultado de pressão popular. Esta legislação cria os Conselhos e as Conferências de Saúde e regulamenta sua atuação. Em princípio, oferece aos diversos atores da sociedade um instrumento efetivo de controle social, de participação e responsabilidade direta nas tomadas de decisão. Os Conselhos de Saúde são órgãos, deliberativos, atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, de acordo com o nível de governo que representa. Os conselhos se reúnem, em média, uma vez por mês e as decisões e ações definidas durante as reuniões devem ser homologadas pelos gestores. Os Conselhos são formados por representantes de diversos setores da sociedade, os chamados segmentos. Dentre eles, estão: Governo: Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e o Ministério da Saúde; Prestadores de serviços de saúde: hospitais e clínicas particulares, empresas de planos de saúde; Profissionais de saúde: associações de médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais de Nível Superior e de Nível Médio; Usuários: todos usuários da saúde. Já as Conferências de Saúde reúnem também os representantes dos diversos setores da sociedade, que são escolhidos por voto ou indicação. As conferências propõem ou indicam ações e políticas e devem acontecer a cada quatro anos. A partir de 1990, com os marcos legais, o SUS deixou de ser um conjunto de Leis e Princípios e se transformou em realidade. Com a descentralização das ações, começou também a municipalização, ou seja, o dinheiro federal começou a ser repassado diretamente aos municípios, que passaram a decidir sobre sua utilização. A população, através do Conselho Municipal de Saúde, passou a poder participar da definição das ações e das políticas do município. Atualmente a participação da comunidade nos Conselhos está mais forte e mais organizada, porém a participação da comunidade não acontece somente no Conselho ou na Conferência de Saúde. Acontece no dia a dia de seu trabalho, em sua comunidade, fazendo com que mais pessoas possam ter acesso à informações e orientações sobre como cuidar de sua saúde, os bens e serviços prestados e as estratégias de promoção e proteção da saúde. Com relação ao financiamento e recebimento de recursos, os municípios, os Estados e o Distrito Federal, necessariamente precisam ter fundo de saúde, conselho de saúde com composição paritária, plano de saúde, relatórios de gestão, contrapartida de recursos para a saúde prevista no orçamento e comissão de elaboração do plano de Carreira, Cargos e Salários; para recebimento dos recursos, elevando o controle social a um patamar regulador da alocação e execução dos serviços prestados. ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA O PSF (programa de saúde da família) é uma estratégia voltada para promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos, focada no núcleo familiar, como estratégia de atenção integral e contínua, desde o nascimento até o idoso. A implantação primária da ESF aconteceu em 1991, através do PACS (PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE), sendo que a partir de 1994, começaram a se formar as primeiras equipes do Programa de Saúde da Família, para incorporar e ampliar a atuação dos agentes comunitários. A ESF é uma reorientação do modelo assistencial, operacionalizada a partir da implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Cada equipe é responsável pelo acompanhamento de um número de famílias pré-estabelecido, em uma área geográfica delimitada, congruente e contínua. A responsabilidade de acompanhamento dessas famílias exige das equipes de saúde a necessidade de ultrapassar limites definidos classicamente para atenção básica no Brasil. No Brasil, a hegemonia da medicina curativista não apresentou resolutividade para a maioria dos problemas de saúde, sendo submetido a um processo de reversão proposto pelo PSF. A ESF é um processo que busca dinamizar o SUS, levando a saúde primária, básica, para dentro da comunidade e mais além, para dentro do domicílio de quem necessita da assistência básica à saúde. O processo de expansão da ESF comprova a adesão de gestores estaduais e municipais aos seus princípios. A consolidação dessa estratégia precisa ser sustentada por um processo que permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos municípios pela capacidade de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida. A saúde da família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de reorganizar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes saúde da família. A implantação da ESF pretende reverter a médio e longo prazo a ideologia hospitalocêntrica e trazer para dentro da UBS através da responsabilização pela população acompanhada a maior capacidade de desenvolvimento de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. O modelo assistencial familiar é antigo, porém antigamente era focado apenas no médico de família, havendo mudanças posteriores. Alguns países criaram programas de prestação de cuidados domiciliares. O objetivo era melhorar a saúde das pessoas que necessitavam de ajuda, alguma dependência ou patologia, principalmente idosos. Porém, as ações privilegiavam as ações curativas e desfavoreciam atividades de promoçãoe prevenção. A partir do PACS, observou-se que a maioria dos problemas identificados no domicílio, poderiam ser resolvidos por lá, se houvesse uma equipe de referência que pautasse a atuação dos agentes comunitários de saúde. Assim, o Ministério da Saúde, criou o PSF. Nesta estratégia, uma equipe mínima, formada por um médico, um enfermeiro e um técnico de enfermagem, além dos ACS’s, passou a ter a atribuição de vincular uma determinada população e atuar sobre aquela realidade, promovendo saúde e qualidade de vida à referida população. As equipes trabalham com território definido e com clientela conhecida através de cadastramento e acompanhamento contínuo. Os princípios de atuação do PSF promovem mudança na prática convencional de assistência à saúde e adoção de um novo jeito de trabalhar a saúde. Realizam a promoção de hierarquização de serviços, ações primárias e garantia de atenção integrais aos indivíduos e famílias que já se encontram englobados na rede de serviços de saúde. A portaria 2.436 de 21 de setembro de 2017, aprova a PNAB (política nacional de atenção básica), estabelece e revisa as diretrizes organizacionais da atenção básica no SUS. É a legislação que vigora atualmente e orienta a atuação das Equipes de ESF no Brasil. Esta portaria ascende a ESF como principal porta de entrada e centro de comunicação da RAAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. Reitera o caráter integral e resolutivo do SUS e proíbe qualquer exclusão baseada em qualquer característica populacional. Apresenta formalmente a equidade como um princípio organizativo, e como diretriz, angaria a territorialização, a população adscrita, o cuidado centrado na pessoa, a resolutividade, a longitudinalidade do cuidado, a coordenação do cuidado, a ordenação da rede e reincide a participação da comunidade. A PNAB ecoa a integração da Vigilância em saúde e atenção básica, como condição essencial para o alcance de resultados que atendam as necessidades da população. Referente às atribuições do AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE, a PNAB oferece em seus anexos: Atribuições comuns a todos os profissionais: 1- Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades; 2- Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde das famílias e dos indivíduos no sistema de informação da Atenção Básica vigente, utilizando as informações sistematicamente para a análise da situação de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local; 3- Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da Unidade Básica de Saúde, e quando necessário, no domicílio e demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros), com atenção especial às populações que apresentem necessidades específicas (em situação de rua, em medida socioeducativa, privada de liberdade, ribeirinha, fluvial, etc.). 4- Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem como aquelas previstas nas prioridades, protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, assim como, na oferta nacional de ações e serviços essenciais e ampliados da AB; 5. Garantir a atenção à saúde da população adscrita, buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, prevenção de doenças e agravos e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância em saúde, e incorporando diversas racionalidades em saúde, inclusive Práticas Integrativas e Complementares; 6. Participar do acolhimento dos usuários, proporcionando atendimento humanizado, realizando classificação de risco, identificando as necessidades de intervenções de cuidado, responsabilizando-se pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo; 7. Responsabilizar-se pelo acompanhamento da população adscrita ao longo do tempo no que se refere às múltiplas situações de doenças e agravos, e às necessidades de cuidados preventivos, permitindo a longitudinalidade do cuidado; 8. Praticar cuidado individual, familiar e dirigido a pessoas, famílias e grupos sociais, visando propor intervenções que possam influenciar os processos saúde-doença individual, das coletividades e da própria comunidade; 9. Responsabilizar-se pela população adscrita mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde; 10. Utilizar o Sistema de Informação da Atenção Básica vigente para registro das ações de saúde na AB, visando subsidiar a gestão, planejamento, investigação clínica e epidemiológica, e à avaliação dos serviços de saúde; 11. Contribuir para o processo de regulação do acesso a partir da Atenção Básica, participando da definição de fluxos assistenciais na RAS, bem como da elaboração e implementação de protocolos e diretrizes clínicas e terapêuticas para a ordenação desses fluxos; 12. Realizar a gestão das filas de espera, evitando a prática do encaminhamento desnecessário, com base nos processos de regulação locais (referência e contrarreferência), ampliando-a para um processo de compartilhamento de casos e acompanhamento longitudinal de responsabilidade das equipes que atuam na atenção básica; 13. Prever nos fluxos da RAS entre os pontos de atenção de diferentes configurações tecnológicas a integração por meio de serviços de apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir a integralidade do cuidado; 14. Instituir ações para segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos; 15. Alimentar e garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação da Atenção Básica, conforme normativa vigente; 16. Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória, bem como outras doenças, agravos, surtos, acidentes, violências, situações sanitárias e ambientais de importância local, considerando essas ocorrências para o planejamento de ações de prevenção, proteção e recuperação em saúde no território; 17. Realizar busca ativa de internações e atendimentos de urgência/emergência por causas sensíveis à Atenção Básica, a fim de estabelecer estratégias que ampliem a resolutividade e a longitudinalidade pelas equipes que atuam na AB; 18. Realizar visitas domiciliares e atendimentos em domicílio às famílias e pessoas em residências, Instituições de Longa Permanência (ILP), abrigos, entre outros tipos de moradia existentes em seu território, de acordo com o planejamento da equipe, necessidades e prioridades estabelecidas; 19. Realizar atenção domiciliar a pessoas com problemas de saúde controlados/compensados com algum grau de dependência para as atividades da vida diária e que não podem se deslocar até a Unidade Básica de Saúde; 20. Realizar trabalhos interdisciplinares e em equipe, integrando áreas técnicas, profissionais de diferentes formações e até mesmo outros níveis de atenção, buscando incorporar práticas de vigilância, clínica ampliada e matriciamento ao processo de trabalho cotidiano para essa integração (realização de consulta compartilhada reservada aos profissionais de nível superior, construção de Projeto Terapêutico Singular, trabalho com grupos, entre outras estratégias, em consonância com as necessidades e demandas da população); 21 Participar de reuniões de equipes a fim de acompanhar e discutir em conjunto o planejamento e avaliação sistemática das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis, visando a readequação constante do processo de trabalho; 22. Articular e participar das atividades de educação permanente e educação continuada;23 Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento da equipe e utilizando abordagens adequadas às necessidades deste público; 24.Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS; 25. Promover a mobilização e a participação da comunidade, estimulando conselhos/colegiados, constituídos de gestores locais, profissionais de saúde e usuários, viabilizando o controle social na gestão da Unidade Básica de Saúde; 25. Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais; 26. Acompanhar e registrar no Sistema de Informação da Atenção Básica e no mapa de acompanhamento do Programa Bolsa Família (PBF), e/ou outros pro- gramas sociais equivalentes, as condicionalidades de saúde das famílias beneficiárias;e 27. Realizar outras ações e atividades, de acordo com as prioridades locais, definidas pelo gestor local. Nota: Existe no município um decreto municipal direcionado ao trabalho do ACS. Que será disponibilizado em tempo a cada profissional admitido. Existe ainda as atribuições compartilhadas pelos ACE e ACS, quais sejam: Atribuições comuns do ACS e ACE 1- Realizar diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental, epidemiológico e sanitário do território em que atuam, contribuindo para o processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe; 2 - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, por meio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade, incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário; 3 - Realizar visitas domiciliares com periodicidade estabelecida no planejamento da equipe e conforme as necessidades de saúde da população, para o monitoramento da situação das famílias e indivíduos do território, com especial atenção às pessoas com agravos e condições que necessitem de maior número de visitas domiciliares; 4 - Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatores ambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos; 5 - Orientar a comunidade sobre sintomas, riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva; 6 - Identificar casos suspeitos de doenças e agravos, encaminhar os usuários para a unidade de saúde de referência, registrar e comunicar o fato à autoridade de saúde responsável pelo território; 7 - Informar e mobilizar a comunidade para desenvolver medidas simples de manejo ambiental e outras formas de intervenção no ambiente para o controle de vetores; 8 - Conhecer o funcionamento das ações e serviços do seu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; 9 - Estimular a participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para a área da saúde; 10 - Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais de relevância para a promoção da qualidade de vida da população, como ações e programas de educação, esporte e lazer, assistência social, entre outros; e 11 - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal. E atribuições específicas do ACS, previstas ainda na PNAB. Atribuições do ACS: 1 - Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em base geográfica definida e cadastrar todas as pessoas de sua área, mantendo os dados atualizados no sistema de informação da Atenção Básica vigente, utilizando-os de forma sistemática, com apoio da equipe, para a análise da situação de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, e priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local; 2 - Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade; 3 - Registrar, para fins de planejamento e acompanhamento das ações de saúde, os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde, garantido o sigilo ético; 4- Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividades; 5 - Informar os usuários sobre as datas e horários de consultas e exames agendados; 6 - Participar dos processos de regulação a partir da Atenção Básica para acompanhamento das necessidades dos usuários no que diz respeito a agendamentos ou desistências de consultas e exames solicitados; 7 - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal. Poderão ser consideradas, ainda, atividades do Agente Comunitário de Saúde, a serem realizadas em caráter excepcional, assistidas por profissional de saúde de nível superior, membro da equipe, após treinamento específico e fornecimento de equipamentos adequados, em sua base geográfica de atuação, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de referência. I - aferir a pressão arterial, inclusive no domicílio, com o objetivo de promover saúde e prevenir doenças e agravos; II - realizar a medição da glicemia capilar, inclusive no domicílio, para o acompanhamento dos casos diagnosticados de diabetes mellitus e segundo projeto terapêutico prescrito pelas equipes que atuam na Atenção Básica; III - aferição da temperatura axilar, durante a visita domiciliar; IV - realizar técnicas limpas de curativo, que são realizadas com material limpo, água corrente ou soro fisiológico e cobertura estéril, com uso de coberturas passivas, que somente cobre a ferida; e V - Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa; VI - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em conjunto com os outros membros da equipe; e VII - Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área de atuação. ATENÇÃO: é vedada a atuação do agente comunitário nas ações supracitadas, destacadas em itálico e sublinhadas, sem a autorização expressa do enfermeiro da unidade, bem como treinamento. Além da PNAB, existe uma lei federal que define as atribuições do ACS, a atual legislação é a Lei nº13.595 de 5 de janeiro de 2018, que aborda a obrigatoriedade da presença de agentes comunitários de saúde na estrutura de Atenção Básica, incumbe aos ACS, desempenhar com zelo e presteza as atividades previstas na Lei. Apresenta em seu Art. 3º ”O Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício de atividades de prevenção de doenças e de promoção da saúde, a partir dos referenciais da Educação Popular em Saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS que normatizam a saúde preventiva e a atenção básica em saúde, com objetivo de ampliar o acesso da comunidade assistida às ações e aos serviços de informação, de saúde, de promoção social e de proteção da cidadania, sob supervisão do gestor municipal, distrital, estadual ou federal.” Retirando a ideia central de que o agente comunitário trabalha apenas com o núcleo familiar e apenas dentro do domicílio. A legislação evidencia também a atuação dos agentes comunitários no processo de Educação Popular em saúde, protagonizando a atuação destes. Considera atividades típicas do agente comunitário de saúde: “I - a utilizaçãode instrumentos para diagnóstico demográfico e sociocultural; II - o detalhamento das visitas domiciliares, com coleta e registro de dados relativos a suas atribuições, para fim exclusivo de controle e planejamento das ações de saúde; III - a mobilização da comunidade e o estímulo à participação nas políticas públicas voltadas para as áreas de saúde e socioeducacional; IV - a realização de visitas domiciliares regulares e periódicas para acolhimento e acompanhamento: a) da gestante, no pré-natal, no parto e no puerpério; b) da lactante, nos seis meses seguintes ao parto; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11350.htm#art3. c) da criança, verificando seu estado vacinal e a evolução de seu peso e de sua altura; d) do adolescente, identificando suas necessidades e motivando sua participação em ações de educação em saúde, em conformidade com o previsto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); e) da pessoa idosa, desenvolvendo ações de promoção de saúde e de prevenção de quedas e acidentes domésticos e motivando sua participação em atividades físicas e coletivas; f) da pessoa em sofrimento psíquico; g) da pessoa com dependência química de álcool, de tabaco ou de outras drogas; h) da pessoa com sinais ou sintomas de alteração na cavidade bucal; i) dos grupos homossexuais e transexuais, desenvolvendo ações de educação para promover a saúde e prevenir doenças; j) da mulher e do homem, desenvolvendo ações de educação para promover a saúde e prevenir doenças; V - realização de visitas domiciliares regulares e periódicas para identificação e acompanhamento: a) de situações de risco à família; b) de grupos de risco com maior vulnerabilidade social, por meio de ações de promoção da saúde, de prevenção de doenças e de educação em saúde; c) do estado vacinal da gestante, da pessoa idosa e da população de risco, conforme sua vulnerabilidade e em consonância com o previsto no calendário nacional de vacinação; VI - o acompanhamento de condicionalidades de programas sociais, em parceria com os Centros de Referência de Assistência Social (Cras). § 4º No modelo de atenção em saúde fundamentado na assistência multiprofissional em saúde da família, desde que o Agente Comunitário de Saúde tenha concluído curso técnico e tenha disponíveis os equipamentos adequados, são atividades do Agente, em sua área geográfica de atuação, assistidas por profissional de saúde de nível superior, membro da equipe: I - a aferição da pressão arterial, durante a visita domiciliar, em caráter excepcional, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de referência; II - a medição de glicemia capilar, durante a visita domiciliar, em caráter excepcional, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de referência; III - a aferição de temperatura axilar, durante a visita domiciliar, em caráter excepcional, com o devido encaminhamento do paciente, quando necessário, para a unidade de saúde de referência; IV - a orientação e o apoio, em domicílio, para a correta administração de medicação de paciente em situação de vulnerabilidade; V - a verificação antropométrica. § 5º No modelo de atenção em saúde fundamentado na assistência multiprofissional em saúde da família, são consideradas atividades do Agente Comunitário de Saúde compartilhadas com os demais membros da equipe, em sua área geográfica de atuação: I - a participação no planejamento e no mapeamento institucional, social e demográfico; II - a consolidação e a análise de dados obtidos nas visitas domiciliares; III - a realização de ações que possibilitem o conhecimento, pela comunidade, de informações obtidas em levantamentos socioepidemiológicos realizados pela equipe de saúde; IV - a participação na elaboração, na implementação, na avaliação e na reprogramação permanente dos planos de ação para o enfrentamento de determinantes do processo saúde-doença; V - a orientação de indivíduos e de grupos sociais quanto a fluxos, rotinas e ações desenvolvidos no âmbito da atenção básica em saúde; VI - o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação de ações em saúde; VII - o estímulo à participação da população no planejamento, no acompanhamento e na avaliação de ações locais em saúde. Além destas disposições, a Lei de atribuições do Agente comunitário de Saúde, apresenta a letra descritiva dos atos referentes à Educação popular em Saúde, a carga horária e definição quantitativa do tempo dedicado a cada ação, entre outros. ESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE CARANGOLA A porta de entrada preferencial para todo e qualquer serviço de saúde no âmbito do SUS é a Estratégia de Saúde da Família e Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde em todo o Brasil, Carangola não seria diferente. A prioridade é que qualquer fator que possa interferir no estado de saúde possa ser prematuramente identificado e que haja intervenção, para redução de riscos e danos à saúde do indivíduo. Porém, a doença ou condição pode ter se instalado sem que fosse percebida a tempo. Desta forma, a ESF deve identificar os fatores e intervir eliminando-o ou reduzindo-o quando for o caso. Uma das portas de entrada do serviço é o Pronto Atendimento Médico de Urgência, hoje vinculado à Casa de Caridade de Carangola, referência de serviço hospitalar no município, devendo sempre, após cada atendimento, ser orientado ao paciente que ele deve retornar à ESF para que sejam adotadas as medidas de prevenção, intervenção ou reabilitação necessárias. Por esse motivo, é importante observar em cada visita domiciliar, em cada acolhimento e em cada “conversa” informal com o paciente, se houve internação, atendimento hospitalar, realização de exames, etc. No município, além do P.A.M da Casa de Caridade de Carangola, outra forma de entrada, pelo serviço de urgência e emergência é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que realiza o primeiro atendimento de urgência ou emergência, quando solicitado e após estabilização, encaminha o paciente ao P.A.M da C.C.C.. Como estratégia de Atenção Primária à saúde, contamos com 9 equipes de ESF, compostas por 1 enfermeiro, 1 técnico de enfermagem, 8 agentes em média, além de algumas unidades contarem com odontólogo e auxiliar de consultório odontológico. Desfrutamos também de um Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), com profissionais de diversas categorias profissionais, com o objetivo de fortalecer a ESF, apoiando a equipe na resposta às diversas demandas de seus usuários, de todas as idades, incluindo desde a promoção à saúde, à prevenção de agravos e tratamento. A Vigilância Epidemiológica, por meio do serviço de Combate a endemias, atua diretamente na redução dos agravos negligenciados e potencialmente em desenvolvimento, tendo a prevenção como seu foco, desta forma, além de controlar diretamente as doenças transmitidas por vetores através do seu trabalho de conscientização e intervenção no meio ambiente, domicílios, etc. Na atenção secundária, a policlínica municipal de saúde, é responsável pelo atendimento especializado através de consultas ambulatoriais, com ginecologista/obstetra, angiologista, cardiologista, pediatra, cirurgião geral, oftalmologista, nutricionista, psicólogos, farmacêuticos, fonoaudiólogo, fisioterapeutas, além do tratamento de doenças infectocontagiosas através do serviço de referência. Também é ofertado os grupos do Programa antitabagismo, com reuniões programadas, atendimento especializado, dispensação de medicamentos e insumos necessários ao tratamento antitabaco. As especialidades não disponíveis no município são referenciadas mediante T.F.D. (tratamento fora de domicílio) a outros municípios da rede regionalizada, conforme disponibilidade, sendo o transporte, responsabilidade do setor. Há ainda o Consórcio Intermunicipal de Saúde – CIS VERDEque oferece algumas especialidades, exames e procedimentos, mediante contratos prévios de distribuição de vagas conforme modalidade. Na atenção odontológica, o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas), atua na realização de atendimentos específicos como por exemplo, extração de ciso, endodontia, etc. Na saúde Mental, o CAPS 1, acompanha os pacientes adultos acometidos de transtornos mentais instáveis, o CAPS AD se responsabiliza pelos dependentes de entorpecentes e álcool e o CAPS I se encarrega dos pacientes menores, crianças e adolescentes, com desordens psíquicas e mentais. Cabe ressaltar, porém, que todo paciente, em qualquer ponto da rede de atenção à saúde, é paciente da atenção primária, portanto, responsabilidade da ESF. Na atenção Terciária, além do SAMU e do P.A.M, o Hospital Evangélico e a Casa de Caridade de Carangola, são os responsáveis por prover a atenção especializada de terceiro nível aos munícipes. Em algumas situações e doenças específicas, os pacientes comumente são referenciados a hospitais de referência em outro município da Rede Regionalizada. Resumidamente, para se compreender basicamente como funciona o serviço, precisamos entender que a pirâmide de atenção à saúde no Brasil, busca ter por base a Atenção Primária, onde nós estamos inseridos. Desta forma, uma atenção básica, primária de qualidade, diminui a procura por serviços mais especializados, uma vez que 80% da necessidade de um paciente pode ser atendida dentro da atenção primária à saúde. Você é um AGENTE DE MUDANÇA! AÇÕES DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE Como vimos, anteriormente, existe um denso acervo legal que delimita e descreve as atribuições do agente comunitário de saúde. Observamos anteriormente, condensadamente as atribuições e a partir de agora, iremos abordar tecnicamente a aplicação dessas atribuições. O agente comunitário, como protagonista e articulador da atenção primária a saúde, tem papel determinante na expansão e efetivação das ações de atenção primária à saúde do indivíduo. Além de pertencer ao grupo o qual se responsabiliza sanitariamente, o agente comunitário está presente no dia-a-dia destes, de forma a viabilizar diretamente as ações e serviços de saúde. Realizando diária e continuamente diagnósticos sumários que possibilitam a programação e estruturação da atenção direcionada a cada grupo, indivíduo, família, região, etc. Desde o primeiro contato com a família e a comunidade o agente comunitário precisa estabelecer um processo de vínculo capaz de estabelecer uma relação de confiança com estes. É imprescindível a confidencialidade, o respeito à privacidade, o sigilo, a ética e o reconhecimento dos limites inerentes ao trabalho, para que não haja quebra de vínculo. ➔ Conhecendo O Território O território é um processo dinâmico, em constante evolução, construção e transformação. Ele promove condições para desenvolvimento de saúde ou doença. Não se limita ao espaço geográfico, mas trás consigo, um amplo conjunto de histórias, situações ambientais, socioculturais, econômicas, geográficas, ideológicas e geopolíticas, onde as pessoas e famílias transitam, residem, trabalham, estudam e constroem seus hábitos de vida. O conhecimento do território é o primeiro passo para a organização das ações do Agente Comunitário de Saúde nas técnicas de promoção e vigilância em saúde. Cada Enfermeiro realizará reunião de equipe inicial direcionando os novos agentes comunitários de saúde para sua microárea de responsabilização, oferecendo os subsídios iniciais para o processo de conhecimento do território. A área de abrangência é definida como o conjunto de microáreas sob responsabilidade de uma eSF. Dentro de uma microárea, a moradia é o menor espaço de agregação social familiar ou de grupos de indivíduos em um território, sendo o local nos quais estão estabelecidas as relações cotidianas familiares. Existem diversos tipos de moradia como, por exemplo, domicílios, pensões, abrigos, repúblicas, Instituições de Longa Permanência para Idosos, espaços nos quais vivem população em situação de rua e populações privadas de liberdade. ➔ Definição do Número de Visitas Diárias e Planejamento do Percurso Todo o trabalho em atenção primária à saúde precisa passar pelo processo de planejamento, o percurso a ser experimentado não poderia ser diferente. Primordialmente deve-se estabelecer o número de visitas a ser diariamente realizadas. Para isso, devem-se levantar alguns dados: 1- Nº de famílias sob responsabilidade sanitária, numerador sobre o qual devemos acrescentar 15% (NF); 2- Dias úteis no mês (DU); 3- Folgas programadas (F); 4- Treinamentos, cursos, reuniões programados (T); 5- Dias de escala para acolhimento ou outras atividades internas (E); A partir do levantamento desses dados, inicia-se o processo de quantificação do número de visitas domiciliares a ser realizada diariamente no mês atual (o de planejamento). Para esta quantificação podemos utilizar a equação NV = NF/DU-(F+T+E) Onde: O NV (número de visitas/dia) é igual ao Número de famílias, dividido pelo produto da subtração dos dias úteis pelo número de dias em escala de acolhimento, treinamento, folgas programadas, entre outras situações que impeçam a visitação. Exemplificando: Joana é Agente comunitária no Município de Carangola, na ESF Lagoa e é responsável sanitária pela microárea Laranja, dentro dessa microárea, existem atualmente 200 famílias. Em Outubro de 2019, juntamente com seu fechamento de relatórios mensais, Joana realizou sua programação mensal, considerando que seu nome constava na escala de acolhimento 4 dias durante o mês, considerando ainda que iria passar por uma consulta fora do município no dia 14 de novembro e aproveitando o feriado, iria gozar folga de aniversário no dia 13 de novembro. Desta forma, Joana realizou a programação mensal de visitas domiciliares da seguinte forma: 1- 200 famílias + 15%= 230 (NF=230) 2- Dias úteis no mês= 18 dias (DU=18) 3- Escala de Acolhimento= 4 dias (E=4) 4- Folga Aniversário+Atestado de comparecimento= 2 dias (F=2) Realizando a equação, Joana obteve: NV= 230/ 18-(4+2) NV= 230/18-6 NV= 230/ 12 NV= 19,166 Desta forma, Joana percebeu que era necessário realizar 19 visitas domiciliares/dia para cobertura de sua microárea. O primeiro conhecimento territorial tem como objetivo principal, estabelecer uma classificação sumária de risco e estratégias básicas para desenvolvimento de suas ações. A realização de visita domiciliar para reconhecimento do território e das necessidades da população, preferencialmente deve ser organizada por ruas, dando continuidade entre elas, visando abordagem total do território referenciado. ➔ Reconhecimento Geográfico Após o reconhecimento do território, inicia o processo de mapeamento da microárea de responsabilidade do ACS, nesse processo, o ACS, deve realizar o primeiro croqui de sua microarea, realizando o desenho/croqui de suas ruas, sinalizando escadarias, morros, áreas de vulnerabilidade, domicílios, creches, igrejas, terrenos baldios, instituições de longa permanência, nomes das ruas, vielas, becos, praças, córregos, rios, escolas, avenidas, trilhos e caminhos, postos de saúde, lagoas, correios, delegacias, rodoviárias, instituições de população privada de liberdade e locais de aglomeração de pessoas em situação de rua. O objetivo é facilitar o detalhamento e a visualização do território possibilitando a classificação das áreas de vulnerabilidade e a priorização das áreas de maior risco. Esse croqui pode ser feito em um papel A4 estando disponível para consulta sempre que necessário, ele vai iniciar o processo norteador de classificação da área de abrangência. Além disso, a partir do instrumento primário supracitado, deve ser elaborado pela equipe, cada ACS seresponsabilizando por sua microárea, um mapa vivo, interativo, isto é, passível de mudanças e carente de atualizações periódicas. Este mapa inteligente tem o objetivo de identificar no coletivo e também individualmente as situações de maior vulnerabilidade e necessidade de acompanhamento pela ESF. Devem ser claramente apontados e atualizados no mapa vivo, crianças menores de 2 anos, gestantes, idosos acamados e domiciliados, pessoas com deficiência, diabéticos, hipertensos, tuberculose, dengue, beneficiários do programa bolsa família, saúde mental, entre outros priorizados pela equipe ou município. Conforme descrito anteriormente, é um mapa dinâmico e acompanha as mudanças ocorridas na família, favorecendo a integração assistencial e ambiental do território. O mapa dinâmico além de facilitar o planejamento das ações da equipe, possibilita planejar o percurso das visitas com otimização do tempo, aponta os percursos mais rápidos e simples para chegar a um local pré-determinado; oferece visibilidade através dos símbolos às casas com famílias em situação de risco e que necessitam priorização, oferece um panorama da microárea e do trabalho a ser executado; apresentam as barreiras geográficas que limitam o acesso das pessoas ao serviço de saúde (morro, rios, escadas, etc); VISITA DOMICILIAR A visita domiciliar é uma ‘’forma de atenção em Saúde Coletiva voltada para o atendimento ao indivíduo e à família ou à coletividade que é prestada nos domicílios ou junto aos diversos recursos sociais locais, visando maior equidade da assistência em saúde’’ (CECCIM e MACHADO, 1995). Os agentes comunitários de saúde constroem o elo entre os usuários e o serviço de saúde por meio da visita domiciliar (VD). É um momento importante e estratégico para se estabelecer e fortalecer a relação de vínculo com usuários e famílias (BARALHAS e PEREIRA, 2011; SANTOS e MORAIS, 2011). A VD é a oportunidade para que o profissional conheça as necessidades da família, através da escuta ativa, e os auxilie na resolução dos problemas evidenciados (CARLI et al., 2014). A visita domiciliar precisa ser planejada individualmente para cada núcleo familiar, para que atinja os objetivos. Não deve existir um roteiro comum a todos os domicílios, devido à singularidade de cada núcleo familiar e cada condição de saúde. Quando o agente comunitário sai da unidade ele precisa ter em seu planejamento o que vai levar, por onde vai passar e como vai abordar cada indivíduo. Deve se vestir com trajes adequados, sendo vedado uso de shorts, decotes, bermudas, camisetas e minissaias. O objetivo é obter o máximo de informações uteis para descobrir quais são as reais necessidades daquela determinada população, dentro da área de abrangência. Lembrando que o ACS vai interferir em todo fator determinante e/ou condicionante da saúde, garantindo assim a efetiva vigilância em saúde. É necessário salientar que a visita domiciliar pode ser o primeiro contato do usuário com o serviço de saúde, devendo ser bem realizada. É necessário que seja explicado ao usuário o objetivo da visita, a frequência que será realizada, como são ofertados os serviços de saúde na UBS de referência e qual é a UBS de referência, sempre primando pelo direito à privacidade do usuário. É necessário que o ACS trabalhe com a máxima capacidade de persuasão, sem, contudo, interferir no direito de privacidade e decisão do usuário, compreendendo-o como detentor do direito sobre si, ou seja, deve-se buscar a adesão ao tratamento, às estratégias de prevenção de doenças e de promoção à saúde em todo tempo, mas em hipótese nenhuma se deve impor ao paciente uma estratégia de cuidado definida pela equipe. O paciente é o protagonista da sua própria saúde. Com essa premissa, deve-se levar em consideração as crenças do usuário, respeitando sempre suas crenças e práticas, estreitando laços e conferindo maior efetividade às ações realizadas pela ESF. Durante a VD, o ACS deve estar atento às situações de vulnerabilidade e risco em todos os ciclos de vida. Alguns desses estão no quadro a seguir: CICLOS DE VIDA CRIANÇAS GESTANTES ADULTOS IDOSOS Bebês que nasceram com menos de dois quilos e meio. Beneficiária do Programa Bolsa Família. Portadoras de doenças crônicas não infecciosas: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, obesidade, com transtornos mentais. Tabagistas, etilistas e usuárias de drogas ilícitas. Beneficiária do Programa Bolsa Família. Portadores de doenças crônicas: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, obesidade, transtornos mentais. Acamados/ restritos ao leito ou ao domicílio. Dependentes para as Atividades de Vida Diárias. Risco de queda. Déficit cognitivo. Portadores de doenças crônicas: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, obesidade, transtornos mentais. Faltosos na puericultura e/ou vacinações. Que não iniciaram ou faltosas no pré- natal. Não imunizadas. Sem adesão ao tratamento de doenças crônicas. Pessoa com deficiência e BPC. Sem adesão ao tratamento ou com dificuldades para adesão. Pessoa com deficiência e BPC. Desnutridas e obesas. Desnutridas e obesas. Pessoas com sobrepeso e com estilo de vida Desnutridos e obesos sedentário. Atraso no crescimento e/ou desenvolvimento, criança com deficiências e Benefício de Prestação Continuada (BPC). Faltosas no pré natal de alto risco, pessoa com deficiências e BPC Pessoas em uso do tabaco, álcool e drogas ilícitas. Necessitados de cuidadores, mas que não possuem alguém que exerça essa função e insuficiência familiar. Situações de violências em suas múltiplas formas e em situações de violação de direitos. Situações de violências em suas múltiplas formas e em situações de violação de direitos. Situações de violências em suas múltiplas formas e em situações de violação de direitos. Situações de violências em suas múltiplas formas e em situações de violação de direitos. Em uso de vários medicamentos ou que tenha várias doenças. Em uso de vários medicamentos ou que tenha várias doenças. Em uso de vários medicamentos ou que tenha várias doenças. Em uso de vários medicamentos ou que tenha várias doenças. Baixa escolaridade da mãe e falta de acesso a rede de apoio social. Baixa escolaridade e falta de acesso a rede de apoio social. Baixa escolaridade e falta de acesso a rede de apoio social. Baixa escolaridade e falta de acesso a rede de apoio social. Filhos de mães tabagistas, etilistas, usuárias de drogas ilícitas na gravidez. Gestante com doenças infecciosas (Sífilis, HIV, toxoplasmose, hepatites virais, leishmaniose, tuberculose, hanseníase, esquistossomose). Pessoas com doenças infectocontagiosas (Sífilis, HIV, hepatites virais, tuberculose, hanseníase, esquistossomose, leishmaniose, outros). Pessoas com deficiência e/ou com algum tipo de restrição que não têm acesso às ações e serviços de saúde. . Para essas condições e outras que vierem a ser determinadas pela chefia imediata, as visitas domiciliares e a vigilância em saúde devem ser intensificadas. Para os domicílios sem nenhuma das condições descritas, deverão ser realizadas NO MÍNIMO, 1 visita domiciliar ao mês. Nos domicílios em que pelo menos uma das condições descritas acima for identificada, as visitas domiciliares precisam ser realizadas em maior número de vezes, conforme cada residência, o volume e o tipo de condição encontrada. Não são consideradas visitas domiciliares as atividades coletivas, orientações por telefone e atendimentos na rua por encontro casual e/ou na UBS. ➔ Abordando A Família Para iniciar a vinculação, é necessário reconhecer o ator principal deste trabalho: a Família! Para isso é necessário compreender os formatos, e a dinâmicadestes. Para o Ministério da Saúde (2002) a família é um grupo de pessoas com vínculos afetivos, de consanguinidade e de convivência. Existem várias formas de organização familiar e todas devem ser compreendidas como família, e definem valores, costumes, comportamento individual no enfrentamento de sua condição de saúde, por meio de apoio, flexibilidade, paciência e cuidado ou ausência destes. O Agente deverá observar todos os integrantes da família, colher dados e história familiar e identificar situações que apontem a necessidade de intervenção pela equipe, buscando algumas informações como: • Quem faz parte do núcleo familiar? • Quem é o responsável econômico pelo núcleo familiar? • Quantas pessoas compõem esse núcleo? • Quem cuida dessa família? • Essa família pratica atividade física regularmente? • Qual horário das refeições? • Qual tipo de alimentação dessa família? • Algum indivíduo fuma? Fuma o que? Qual a quantidade por dia? Sabe dos malefícios do Fumo à sua saúde? • Há algum etilista? Qual frequência de uso? • As crianças e adolescentes estudam? • Existe alguma situação de vulnerabilidade e violência? Durante a visitação domiciliar, o ACS pode não encontrar ninguém na residência, nesses casos, deve-se deixar um bilhete no formato de um comunicado de tentativa de visita domiciliar, se dirigindo ao responsável pelo núcleo familiar, dizendo que tentou realizar visita domiciliar, o dia, o horário, a finalidade da visita, o seu nome e o nome da ESF. ➔ Registros da Visita Toda ação, seja visita domiciliar, ação em saúde ou qualquer outra função, deve ser devidamente registrada, constando data, horário da realização e o que foi realizado. As orientações, as ofertas de serviço, as queixas, as observações, as preocupações do ACS e do usuário, com a finalidade de nortear os relatórios, facilitar a tomada de decisão em algum inusitado, além de resguardar o ACS e a equipe em qualquer ação futura, seja ela informal ou judicial. A ficha de acompanhamento domiciliar contém campo para assinatura do usuário e deve ser preenchida de forma legível e concisa. Além desta, é necessário registrar na Ficha De Visita Domiciliar do E-SUS os dados referentes à cada indivíduo do núcleo familiar. A Ficha de Visita Domiciliar é um instrumento de registro individual para acompanhamento das famílias adstritas no território, agrega informações importantes ao histórico de saúde e possibilita a vigilância em saúde. Ela é o registro das ações do ACS em campo. Durante a visita, toda a Ficha de Visita Domiciliar e Territorial deve ser preenchida pelo ACS com caneta preta ou azul e com letra legível. Esta ficha é um documento, as informações devem ser digitadas no Sistema E- SUS VIVVER diariamente ou semanalmente, conforme a escala de digitação oferecida pela UBS em que o ACS está inserido, sendo obrigatória a digitação conforme escala organizada pela chefia imediata. O registro deve ser claro, sem rasuras, sem uso de corretivo ou qualquer artifício que modifique a natureza da ficha. No caso de erro, deve-se circular o erro e prosseguir com o registro correto. O procedimento deve ser validado pelo enfermeiro por meio de carimbo, assinatura e data. As fichas de Acompanhamento Domiciliar e de Visita Domiciliar e Territorial, serão entregues carimbadas, assinadas e datadas pelo enfermeiro no período da manhã. No final do expediente, a ficha deverá ser apresentada ao enfermeiro para checagem com assinatura novamente. As fichas devem ter TODOS os campos devidamente preenchidos, inclusive CNS do ACS, Nome Completo do profissional Responsável, Data de realização da visita, turno de realização da visita, entre outros campos passíveis de registro. Em caso de visita domiciliar compartilhada com outro profissional, exceto ACS, deve-se assinalar no espaço indicado. O Motivo da Visita é dinâmico, nem sempre sendo possível definir um motivo, ainda assim, o ACS deverá realizar minimamente uma visita mensal. Abaixo, estão descritos alguns exemplos de motivos de visita. OPÇÃO QUANDO SELECIONAR M O T IV O D A V IS IT A CADASTRAMENTO / ATUALIZAÇÃO Visita para CADASTRAMENTO de um núcleo familiar/membro novo no território. Quando o cadastramento for da família deverá ser preenchido o CNS de todos os membros. Quando o cadastramento for de apenas novos integrantes da família, deverá ser preenchido o CNS apenas dos novos membros. Em toda visita o ACS deverá verificar a necessidade de atualização cadastral e realizar o processo quando houver necessidade, inclusive a retirada de pessoas que não compõem o núcleo familiar. VISITA PERIÓDICA É a visita realizada para o núcleo familiar (coletivo) em que as famílias não apresentam situações de saúde (doenças crônicas, fases da vida - gestante, criança, idoso). Essa visita não é sinônimo de visita de rotina. Não deverá ser registrado simultaneamente os seguintes campos: “Busca Ativa”, “Acompanhamento”, “Egresso de Internação” e ‘’outros’’ (estes campos não poderão ser assinalados). Poderá ser registrado simultaneamente com os seguintes campos: “Cadastramento/Atualização’’, ‘’Controle ambiental/vetorial’’, ‘’Convite atividades coletivas/Campanha de saúde’’ e ‘’Orientação/Prevenção’’, quando essas atividades forem direcionadas para a coletividade e não para o indivíduo. Na visita periódica deverá ser registrado apenas o CNS e data de nascimento do responsável pelo núcleo familiar, mesmo que outros membros estejam no domicílio. M O T IV O D A V IS IT A BUSCA ATIVA Ação voltada para usuários que faltaram à consulta, exames, vacinas e acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família agendado, cuidado continuado/programado ou quando solicitados pela equipe/ gerente, após tentativa de contato telefônico. Neste caso apenas o CNS do usuário que motivou a visita deve ser preenchido. ACOMPANHAMEN TO É a visita realizada para o usuário (individual) nos quais os motivos de acompanhamento são: gestante, puérpera, RN, criança, pessoa com desnutrição, pessoa em reabilitação ou deficiência, pessoa com HAS, pessoa com DM, pessoa com asma, pessoa com DPOC/enfisema, pessoa com câncer, pessoa com outras doenças crônicas, pessoa com hanseníase, pessoa com tuberculose, sintomáticos respiratórios, tabagista, domiciliados/acamado, condições de vulnerabilidade social, condicionalidades do Bolsa Família, saúde mental, usuário de álcool, usuário de outras drogas. Esse motivo de visita não deverá ser registrado simultaneamente com o motivo ‘’Visita periódica’’. Poderá ser registrado simultaneamente com os seguintes motivos: ‘’Cadastramento/atualização’’, ‘’Controle ambiental/vetorial’’, ‘’Egresso de internação’’, ‘’Convite atividades coletivas/Campanha de saúde’’ e ‘’Orientação/Prevenção’’, quando essas atividades forem direcionadas para o indivíduo e não para a coletividade. Quando todos os membros da família estiverem presentes durante a visita e a todas forem direcionadas alguma ação, deverão ser registrados o CNS e o motivo de acompanhamento de todas as pessoas presentes. Quando um único membro da família estiver presente durante a visita e a ação for direcionada exclusivamente para ele, deverão ser registrados o CNS e o motivo de acompanhamento dessa única pessoa presente. Quando o único membro da família estiver presente durante a visita e o ACS obtiver informações dessas pessoas ou realizar ações (Ex.: Orientações) direcionadas a todos os membros, deverão ser registrados o CNS e o motivo de acompanhamento de todas as pessoas. CONTROLE AMBIENTAL/ VETORIAL É quando a visita realizada for por motivo voltado para avaliação de riscos ambientais. Registrar o campo ‘’ação educativa’’ quando for realizada orientações. O campo “imóvel com foco” nos casos em que sejam identificados algum foco no domicílio ou peridomicílioe o campo “ação mecânica” quando o ACS auxiliar o morador na remoção de um foco de fácil acesso. Todos os campos podem ser assinalados simultaneamente, quando for o caso. O campo ‘’tratamento focal’’ disponível no sistema do e-SUS não deverá ser registrado pelo ACS. O ACS deve registrar o CNS de todos os moradores que foram alvo das ações desta visita. EGRESSO DE INTERNAÇÃO Visita no qual o motivo é o acompanhamento de usuário após a alta hospitalar. Registrar este campo quando o ACS fizer a primeira visita ao usuário após a alta hospitalar (independente do tempo entre a alta e a visita). O ACS deverá registrar o CNS deste usuário quando as ações forem voltadas apenas para ele. Nos casos em que as ações forem direcionadas também a outros membros, o ACS deverá registrar o CNS e o motivo de visita de todas as outras pessoas. M O T IV O D A V IS IT A CONVITE PARA ATIVIDADES COLETIVAS/ CAMPANHAS Visita destinada ao convite da família ou de um determinado membro familiar para participar de atividade coletiva ou campanhas. Neste caso deverá ser registrado individualmente o CNS do usuário a quem for direcionado o convite ou de todos os membros da família que tenham sido convidados. ORIENTAÇÃO E PREVENÇÃO Visita destinada à orientação aos usuários da família sobre tema relacionado à promoção da saúde e prevenção de doenças. Neste caso deverá ser registrado individualmente o CNS do usuário a quem for direcionado às orientações e prevenção ou de todos os membros da família que tenham sido orientados OUTROS Visita com outros motivos não especificados acima. Neste caso deverá ser registrado individualmente o CNS de todos indivíduos da família que forem identificados outros motivos. Desfecho: • Visita Realizada: Deve ser assinalado sempre que o ACS for recebido no domicílio e algum motivo de visita for identificado ou a visita for compartilhada com outro profissional; • Visita Recusada: deve ser assinalado se o morador se recusa a atender, exemplo quando atende o interfone ou a porta e não aceita a visita. Deve ser registrado o CNS de quem recusou a visita, ainda que seja um funcionário da casa. • Ausente: registrado sempre que o ACS não encontrar ninguém no domicílio, deve sempre ser registrado no CNS do responsável pelo núcleo familiar. Sempre que uma visita for recusada ou o usuário estiver ausente, deve-se registrar o horário da tentativa de visita. Em todas as situações, deverá ser preenchido nome completo, sexo, data de nascimento, CNS e desfecho da visita. Todas as visitas realizadas deverão receber a assinatura no campo específico, de uma pessoa maior de 12 anos, com cognitivo preservado. Quando o usuário não assinar e for o único no domicílio, o ACS deverá registrar todas as suas informações e escrever “NÃO ASSINA” no campo de assinatura, devendo o enfermeiro validar essa informação. Se o único usuário no domicílio durante a visita for adolescente, o ACS deverá avaliar a viabilidade de realizar ou não a visita. Essa informação deverá ser discutida na reunião de equipe e de supervisão. Nos casos de rubricas só serão válidas aquelas que possuírem pelo menos parte do nome do usuário que o identifique. Algumas situações que podem surgir durante a visitação SITUAÇÃO CONDUTA Durante a VD o ACS identifica que na residência moram cinco pessoas hígidas, porém apenas uma pessoa está presente e recebeu o ACS. Na oportunidade o ACS orientou sobre os fluxos do Serviço de Saúde. Registrar ‘’Visita periódica’’ e ‘’orientações’’ como motivos da visita. No desfecho registrar visita realizada. Apenas o CNS e data de nascimento do responsável pelo núcleo familiar deverá ser registrado. No desfecho registrar visita realizada. Durante VD de um casal previamente hígido o ACS identifica que a mulher engravidou e o esposo continua hígido. O ACS realizou orientações para o casal. Registrar o motivo da visita como ‘’gestante’’ e ‘’orientações’’ para a mulher. Para o esposo registrar apenas o campo orientações (neste caso a visita não é visita periódica). O ACS deverá registrar o CNS do casal. No desfecho registrar visita realizada. Durante a VD o usuário hipertenso queixou ao ACS que estava com dor de dente. O ACS orientou o usuário a procurar atendimento na UBS e nenhuma outra ação foi realizada. Registrar o motivo da visita como ‘’pessoa com hipertensão’’, ‘’orientações’’ e ‘’ outros’’. Neste caso o motivo ‘’outros’’ se refere a dor de dente. O ACS deverá registrar o CNS do usuário. No desfecho registrar visita realizada. Durante uma VD, o ACS foi recebido por um morador hígido. No entanto, na casa reside uma pessoa portadora de diabetes que não se encontrava no local. O ACS perguntou sobre a situação de saúde da pessoa diabética e a pessoa presente soube dar informações. À pessoa hígida foi direcionada orientação referente à imunização. Registrar o motivo da visita como: Para pessoa hígida: motivo de visita (orientação). Para a pessoa diabética: Motivo da visita ‘’pessoa com diabetes’’. O ACS deverá registrar o CNS de todos os usuários. No desfecho registrar visita realizada. ACS chegou na residência e foi recebido por um morador que apenas abriu a porta e informou que não poderia conversar naquele momento. Não registrar motivo de visita. Registrar nome completo, data de nascimento, sexo e CNS. No desfecho registrar visita recusada. No campo observações registrar o horário da visita. As fichas de visita domiciliar deverão sair da Unidade apenas durante a visita domiciliar, sendo sempre guardadas na unidade, em ordem de dias, deverão ser retiradas as de uso do dia e no fim do expediente, devolvidas para o arquivo disponibilizado pelo enfermeiro para arquivamento. Em caso de dificuldade em registrar os dados das fichas em qualquer sistema de informação, o ACS deverá comunicar imediatamente ao Enfermeiro responsável ou sua Chefia Imediata e registrar em livro de ocorrência. Em hipótese alguma será aceito justificativa de não registro, sem que essas atitudes tenham sido tomadas. CADASTROS DE USUÁRIOS E DOMICÍLIOS O cadastro é o norteador de ações, divisão territorial, planejamento, acompanhamento, além de ser nos tempos atuais o principal discriminador do financiamento da Atenção Primária a Saúde no Brasil. Até 2019, o financiamento da APS era realizado mediante quantitativo populacional apontado pelo IBGE, sendo a remuneração per capita calculada sobre esse numerário. No entanto um novo modelo de financiamento passa a vigorar a partir de janeiro de 2020, um modelo focado em cadastramento. Estima-se que 50 milhões de brasileiros estejam fora do campo de visão da ESF em todo o Brasil. Em Carangola, um estudo recente do município apontou cerca de 2.974 pessoas desassistidas, sem, contudo, ter dados fidedignos, isso quer dizer que esse número pode ser um pouco menor ou maior. Com a visão maior que a atenção básica poderia ter, o Ministério da Saúde, mudou a estratégia de financiamento, buscando alcançar essa população excluída dos serviços básicos de saúde do país. Desta forma, os dados do IBGE passam a ser o teto para financiamento e o número real de cadastros é o válido para calcular o repasse aos municípios. Existe ainda mais um fator importante de se ressaltar, o MS quantifica apenas CADASTROS COMPLETOS para o financiamento, sendo indispensável, registrar TODOS os dados do usuário e inseri-los no sistema. Cadastros qualificados contendo o máximo de informações, percursos atualizados e atendimentos informatizados possibilitam a segurança do registro das informações, impactando positivamente no acompanhamento dos indicadores epidemiológicos e assistenciais das eSF, das regionais e do município, além de garantir o custeio das ações voltadas para a atenção primária à saúde no município. O cadastro é realizado pelo ACS, que realiza o preenchimentoda ficha de cadastro individual para cada usuário no domicílio e posteriormente realiza a digitação no sistema na UBS. O registro das informações em saúde é realizado de forma individualizada, permitindo o acompanhamento do histórico de atendimentos de cada usuário, assim como a produção de todo profissional da APS. Os dados dos usuários também podem ser inseridos na própria recepção da unidade de saúde mediante apresentação de documento de identificação e comprovante de endereço, quando este vier ao serviço de saúde. A identificação de cada usuário no SUS é realizada por meio do Cartão Nacional de Saúde (CNS) fornecendo informações sobre um usuário em qualquer ponto do país. Ele vincula todos os procedimentos realizados no SUS ao usuário/profissional e à unidade. O número do CNS é um dado obrigatório para o cadastramento de uma família no E-SUS/VIVVER e para preenchimento na ficha de visita domiciliar e territorial do ACS. O CNS é gerado e fornecido aos usuários em todas as UBS pelo sistema CADSUS WEB. Para ter acesso ao CADSUS WEB é necessário que o profissional realize o auto cadastramento e seja autorizado pelo administrador do sistema na unidade, geralmente o enfermeiro. Existem penalidades sobre a inserção de dados falsos, alteração e exclusão de dados corretos com o fim de obter vantagem indevida ou causar dano ao banco de dados. A ficha de visita domiciliar deve ser preenchida integralmente, com o máximo de informações referentes ao domicílio. Conforme o nome, deve ser preenchida uma por domicílio e digitada no Sistema do E-SUS/VIVVER. Sempre que houver modificação na dinâmica do domicílio e/ou usuário, a ficha respectiva deve ser atualizada e sua informação incluída no sistema. Realizar o quantitativo de pessoas por faixa etária, por sexo e por condição de saúde, por exemplo, facilita o diagnóstico sumário e direcionamento em cada situação problema, por exemplo, em casos de campanha de vacinação, é possível realizar a previsão de quantas vacinas serão necessárias. PROMOÇÃO DA SAÚDE E EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE A promoção à saúde pode ser individual, coletiva e ambiental. Tem o poder de modificar fatores que interferiam diretamente na qualidade de saúde da população, e fatores associados ao processo saúde-doença, diminuindo as vulnerabilidades e melhorando a qualidade de vida. A promoção à saúde é responsabilidade de toda equipe e deve ser intermediada pelo ACS, em parceria com os espaços da comunidade. A educação em saúde é um elemento importante da promoção à saúde e tem como principal objetivo estimular o autocuidado. A prática deve ser conduzida de forma a permitir que os indivíduos expressem suas necessidades, apresentem suas preocupações e se envolvam na tomada de decisão, entendendo as consequências de suas escolhas. O autocuidado está relacionado com as escolhas que os usuários tomam em relação à sua saúde e a seu bem-estar. É a capacidade de assumir responsabilidades por sua saúde, de forma a aumentar a sua confiança e as habilidades para gerenciar seus próprios problemas. Para apoiar o autocuidado dos indivíduos de sua área de abrangência, o ACS tem como função: • Apoiar os usuários na aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades para a resolução dos seus problemas de saúde; • Auxiliar o usuário na identificação dos problemas vivenciados, que podem ou não ser relacionados à doença; • Aumentar a confiança do usuário na sua capacidade de implementar mudanças de vida que levem a melhores resultados; • Superar as barreiras que se interpõem à melhoria da saúde; • Corresponsabilizar os usuários pelo seu plano de cuidados. Além disso, o ACS deve reunir-se com a comunidade com a finalidade de orientar sobre as doenças prevalentes, como se prevenir de doenças transmissíveis, doenças relacionadas ao ambiente, bem como orientar sobre higiene e alimentação adequadas. Vários grupos operativos podem ser desenvolvidos no âmbito da ESF, com participação efetiva de toda a equipe de saúde da Família, inclusive NASF e ACS, nestes espaços, é importante explicitar algumas das funções do ACS: • Divulgar para população a realização de todas as atividades coletivas propostas, levando em consideração o público alvo e os temas a serem discutidos; • Auxiliar na identificação de crenças, conhecimentos e valores do grupo, auxiliando os participantes a refletirem antes, durante e após os momentos de discussão; • Discutir a importância do autoconhecimento e do autocuidado na contribuição da atividade coletiva; • Favorecer a expressão de sentimentos, experiências e dúvidas, gerando vínculo e confiança dos usuários para participarem desses momentos; • Contribuir na coordenação de grupos quando se sentir seguro, fazendo com que as pessoas reflitam e tomem consciência de seu papel na resolução dos problemas comuns; • Estar sempre atualizado quanto aos fluxos, dias e horários de realização das principais atividades coletivas existente na sua área de abrangência. Outro espaço que há de se destacar como de grande oportunidade de educação em saúde são as salas de espera. O usuário geralmente aguarda seu atendimento, o que causa ansiedade e inquietação, este é um ótimo momento para que seja ministradas orientações pertinentes, objetivas e pontuais sobre os temas levantados através dos dados obtidos nas visitas domiciliares. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO Com vistas a direcionar o profissional de saúde a executar uma ação o mais resolutiva possível é necessário realizar o planejamento destas, para otimização de tempo, recurso humano e financeiro. Cada equipe realizará em conjunto a estratificação de risco de sua área de abrangência. A estratificação leva em consideração os riscos ambientais, a violência, as situações de vulnerabilidade social, escolaridade, condições de saúde, fatores condicionantes e determinantes da saúde e o ACS deve participar de todo o processo, orientado pelo enfermeiro supervisor. A estratificação de risco, além de classificar cada domicílio conforme o risco, norteia o processo de planejamento das ações e as metas a serem elaboradas, uma vez que enriquece o diagnóstico situacional, trazendo explícitos os agravos de determinada população. SUPERVISÃO DO ACS PELO ENFERMEIRO A supervisão é considerada como algo inseparável de qualquer processo de trabalho realizado coletivamente, no qual estão presentes diferentes profissionais, com distintas formações e qualidade de atendimento, podem e devem servir de reforço e estímulo às diversas atividades, entre elas o planejamento, a organização interna dos serviços e a qualificação profissional. A supervisão, o acompanhamento e a coordenação do trabalho do ACS é uma atividade que deverá ser realizada pelo enfermeiro, regulamentada pela portaria do Ministério da Saúde, n° 2.436, de 21 de setembro de 2017. Essa atividade deve ser realizada sistematicamente em horários protegidos na agenda do enfermeiro e do ACS semanalmente, e visa também o planejamento das visitas a serem realizadas. Durante a supervisão é importante que o enfermeiro juntamente com o ACS, faça uma reflexão crítica sobre o processo de trabalho, as visitas domiciliares realizadas e não realizadas, as famílias visitadas, o processo saúde-doença das pessoas no território, as gestantes com pré-natal em atraso, as crianças com vacinação em atraso, as famílias vulneráveis, os idosos frágeis dentre outras situações elencadas pela eSF. Na contínua e importante atividade de supervisão do trabalho do ACS, existem aspectos a serem discutidos, destaca-se aqui: • Qualidade e quantidade das visitas realizadas; • Registros da visita domiciliar nos sistemas de informação; • Validação das fichas de visitas domiciliares, cadastros e mapa de acompanhamento do Programa Bolsa Família com assinaturae carimbo do enfermeiro supervisor; • Realização de busca ativa, conforme definição da equipe; • Mapeamento, dinamicidade e desafios do território; • Planejamento mensal do percurso e das visitas domiciliares a serem realizadas pelo ACS; • Conhecimento dos recursos/dispositivos da comunidade; • Atualização e cadastramentos dos usuários no sistema de informação em saúde; • Mapeamento de situações prioritárias e de elevada vulnerabilidade da população adscrita à sua microárea; • Identificação dos desafios e potencialidades da família e da comunidade percebidos durantes as visitas domiciliares; • Participação em espaços coletivos (reunião de equipe, grupos operativos, sala de espera, colegiado gestor, conselho local); • Levantamento das necessidades de capacitações; • Discussão da necessidade de ações intersetoriais. O registro da atividade de supervisão do trabalho do ACS deve ser realizado pelo enfermeiro no E-SUS/VIVVER, ficha de atividade coletiva, colocando o nome dos ACS que participaram, horário de início, horário de término e dia em que foi realizada a atividade. Durante a atividade de supervisão é importante que o enfermeiro tenha em mãos, os relatórios de visitas domiciliares realizadas por ACS, por tipo de visita, por total de usuários visitados de acordo com a situação de saúde, assim como os formulários de cadastros, a realização da supervisão, e acompanhar as atividades que foram registradas pelo ACS durante a semana, fazendo uma leitura crítica, tornando este um instrumento para supervisão e acompanhamento das atividades realizadas pelo ACS. Com isso, a organização dos instrumentos de trabalho do ACS a partir da supervisão é fundamental para detectar as dificuldades em acompanhar as famílias, auxiliando no planejamento e intervenções de gestão em saúde. REUNIÕES DE EQUIPE E MATRICIAMENTO As reuniões de equipe terão sua frequência definidas pelo enfermeiro supervisor, a coordenação ou a secretaria de saúde, também pode ser encorajada por qualquer outro membro da equipe de saúde. Em alguns encontros, podem participar profissionais específicos, a fim de pactuar, planejar, avaliar ou propiciar ações inerentes à tal classe. No geral, todos os profissionais da equipe devem participar das reuniões, onde são pactuadas rotinas, normas e regras, além de discussão sobre o processo de trabalho, discussão de casos prioritários e estratégias de enfrentamento de problemas, entre tantas outras ações que podem ser definidas nesse espaço. Aplicado à atenção primária, o apoio matricial é uma estratégia de organização do trabalho em saúde que acontece a partir da integração de eSF com equipes ou profissionais de outros núcleos de conhecimento. São ações de apoio matricial os atendimentos e grupos compartilhados, a discussão de casos e a construção de projeto terapêutico singular. O matriciamento possui duas possibilidades de apoio às eSF: clínico assistencial e técnico pedagógico. O apoio clínico assistencial ocorre quando, a partir da discussão do caso, a equipe agenda um atendimento diretamente com o usuário, em discussão, seja na forma de atividade coletiva, atendimento individual ou visita domiciliar. O apoio técnico pedagógico, por sua vez, é a construção de conhecimento entre as equipes de apoio e eSF, construindo informações que empoderem as condutas dos profissionais. Dentro dessa estratégia, as reuniões de matriciamento são importantes dispositivos para discussão de casos ou temas entre os profissionais que compõem as diferentes equipes envolvidas, obtendo-se um diagnóstico de necessidades e o levantamento/planejamento de ações que possam ser desenvolvidas para atendê-las da melhor maneira possível (BRASIL, 2014). A frequência deve ser periódica e programada, a fim de que as eSF sempre tenham oportunidade de discutirem suas demandas com os profissionais de apoio. A presença do ACS junto aos demais profissionais nas reuniões de matriciamento, assim como a presença dos profissionais de apoio, é de grande relevância para construção da assistência ao usuário em discussão, não havendo perda de informações relevantes e garantindo a responsabilização do caso para com todos participantes. O que é importante se observar para uma discussão de casos no matriciamento? • Fragilidade dos laços familiares e sociais; • Situações de violência doméstica (física, psicológica, negligência); • Isolamento social; • Abuso de álcool e outras drogas; • Alterações drásticas no humor, com dificuldade para controlar emoções e afetos; • Dificuldade para realização de atividades de vida diária (higiene, alimentação, tarefas rotineiras); • Perda de mobilidade (mudanças de postura, andar); • Necessidade de meios auxiliares de locomoção, ou dificuldades de adaptação no uso desses recursos; • Dificuldade para alimentar e/ou engolir; • Alimentação por via alternativa; • Perda ou ganho de peso significativos; • Comprometimento das funções cognitivas e motoras; • Risco de desequilíbrio ou quedas; • Autocuidado precário; • Dificuldade de adesão a tratamentos e orientações previamente propostas. PROCESSO DE TRABALHO É importante registrar que o processo de trabalho na Atenção Primária se caracteriza basicamente por: 1- Definição do território e territorialização; 2- Responsabilização sanitária; 3- Porta entrada Preferencial; 4- Adscrição de usuários e desenvolvimento de relações de vínculo; 5- Acesso; 6- Acolhimento; 7- Estratificação de risco; 8- Trabalho em equipe multiprofissional; 9- Resolutividade; 10- Promoção da atenção integral, contínua e organizada; 11- Realização de ações de atenção domiciliar; 12- Programação; 13- Implementação de atividades programadas; 14- Implementação de promoção a saúde sistematizada; 15- Desenvolvimento de ações de prevenção de doenças; 16- Desenvolvimento de ações educativas; 17- Desenvolvimento de ações intersetoriais; 18- Implementação de diretrizes de qualificação do modelo de atenção e gestão; 19- Participação do planejamento local de saúde; 20- Implantação de estratégias para segurança do paciente; 21- Apoio às estratégias de fortalecimento da gestão; 22- Formação e educação permanente em saúde; Entre outros, que serão orientados na prática; SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE Os sistemas de informação em saúde são diversos e estão presentes em nossa vida diária, estão mais próximos do que podemos pensar ou concluir. Como estratégia prática de aplicação, vamos verificar alguns e sua aplicação prática no dia-a-dia do trabalho do ACS. A alimentação dos sistemas de informação em saúde é de responsabilidade de todos os membros da equipe, sendo responsável pelo preenchimento, digitação e/ou informação, o profissional que realizou o atendimento ao usuário. SIS USO ALGUMAS FUNÇÕES DO ACS SISVAN – Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Acompanha as condições de nutrição e alimentação de toda população inclusive dos beneficiários do Bolsa Família. Realizar a pesagem, medição da estatura, registrar em formulário específico e realizar a digitação do quantitativo necessário para metas, conforme calendário anual divulgado. No caso do Bolsa Família preencher todos os dados quando realizar a pesagem. SIPNI – Sistema de Informação programa Nacional de Imunização Controle de vacinação por dose/ tipo de vacina e faixa etária Realizar Busca ativa de faltantes à vacinação, confeccionar e manter atualizado cartão espelho vacinal de todos os usuários. SISCAN- Sistema de Informação do Vigilância e Controle do Câncer de Mama e Colo do Útero Realizar busca ativa de pacientes elegíveis para Exame Cervico- uterino, Mamografia, realizar Câncer de Colo do Útero e de Mama entrega de marcações, bem como resultado de exames,E-SUS-AB- Sistema de Informações em Saúde da Atenção Básica Reestruturar as informações em saúde na atenção Básica Nacional. Cadastrar, atualizar cadastros, digitar as informações de saúde a cada visita domiciliar, etc. VIVVER- Sistema de integração Municipal de informações do Usuário e prontuário Eletrônico. Integração municipal das informações referentes ao usuário. Cadastrar, atualizar cadastros, digitar produção, recepcionar pacientes, agendar consultas, etc. CADSUS-WEB Registro dos dados do usuário do SUS e criação do Cartão Nacional de Saúde – CNS, indispensável em todo atendimento no âmbito do SUS Consultar os dados necessários para atendimento do usuário, inserção e alteração de cadastro mediante apresentação de documentos originais, bem como guarda de cópia destes e elaboração do termo de responsabilidade. Utilização do programa sempre com ética e responsabilidade, sabendo que pode ser responsabilizado administrativa e criminalmente por utilização do Sistema para fins diversos do usual. SINAN- Sistema nacional de Agravos de Notificação Acompanhamento dos agravos sob notificação, surtos, epidemias, suspeitos ou confirmados. Realizar notificação dos agravos suspeitos ou confirmados, sobretudo VIOLÊNCIA, MDDA (doenças diarreias agudas) e outras doenças conforme lista a seguir. 1. Acidente de trabalho: o com exposição a material biológico; o grave, fatal e em crianças e adolescentes; 2. Acidente por animal peçonhento; 3. Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva; 4. Botulismo; 5. Cólera; https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_de_trabalho https://pt.wikipedia.org/wiki/Pe%C3%A7onha https://pt.wikipedia.org/wiki/Raiva_(doen%C3%A7a) https://pt.wikipedia.org/wiki/Botulismo https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lera 6. Coqueluche; 7. Dengue: o a. Casos; o b. Óbitos; 8. Difteria; 9. Doença de Chagas Aguda; 10. Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ); 11. Doença Invasiva por: o Haemophilus Influenza; o Doença Meningocócica; 12. Doenças com suspeita de disseminação intencional: o Antraz pneumônico; o Tularemia; o Varíola; 13. Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes: o Arenavírus; o Ebola; o Marburg; o Lassa; o Febre purpúrica brasileira; o a)Doença aguda pelo vírus Zika; o b)doença aguda pelo vírus Zika em gestante; o c)Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika. 1. Esquistossomose; 2. Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde pública (situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico-epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem comolepizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes); 3. Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação; 4. Febre Amarela; 5. Febre de Chikungunya; 6. Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde pública; 7. Febre Maculosa e outras Riquetisioses; 8. Febre Tifoide; https://pt.wikipedia.org/wiki/Pert%C3%BAssis https://pt.wikipedia.org/wiki/Dengue https://pt.wikipedia.org/wiki/Morte https://pt.wikipedia.org/wiki/Difteria https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Chagas https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Creutzfeldt-Jakob https://pt.wikipedia.org/wiki/Haemophilus_influenzae https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_meningoc%C3%B3cica https://pt.wikipedia.org/wiki/Arma_biol%C3%B3gica https://pt.wikipedia.org/wiki/Carb%C3%BAnculo https://pt.wikipedia.org/wiki/Tularemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Var%C3%ADola https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_hemorr%C3%A1gica_viral https://pt.wikipedia.org/wiki/Arenav%C3%ADrus https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_por_v%C3%ADrus_%C3%89bola https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_de_Marburg https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_de_Lassa https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_purp%C3%BArica_brasileira https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquistossomose https://pt.wikipedia.org/wiki/Vacina%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_amarela https://pt.wikipedia.org/wiki/Chikungunya_virus https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_do_oeste_do_Nilo https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbov%C3%ADrus https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_maculosa https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_tifoide 9. Hanseníase; 10. Hantavirose; 11. Hepatites virais; 12. HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; 13. Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV; 14. Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV); 15. Influenza humana produzida por novo subtipo viral; 16. Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 17. Leishmaniose Tegumentar Americana; 18. Leishmaniose Visceral; 19. Leptospirose; 20. Malária: o na região Amazônica; o na região extra Amazônica; 21. Óbito: o Infantil; o Materno; 22. Poliomielite por poliovirus selvagem; 23. Peste; 24. Raiva humana; 25. Síndrome da Rubéola Congênita; 26. Doenças Exantemáticas: o Sarampo; o Rubéola; 27. Sífilis: o Adquirida; o Congênita; o Em gestante; 28. Síndrome da Paralisia Flácida Aguda; 29. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus: o SARS-CoV; o MERS-CoV; 30. Tétano: o Acidental; o Neonatal; 31. Tuberculose; https://pt.wikipedia.org/wiki/Lepra https://pt.wikipedia.org/wiki/Hantavirose https://pt.wikipedia.org/wiki/Hepatite_viral https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_da_imunodefici%C3%AAncia_humana https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_da_imunodefici%C3%AAncia_adquirida https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez https://pt.wikipedia.org/wiki/Influenza https://pt.wikipedia.org/wiki/Intoxica%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Agrot%C3%B3xico https://pt.wikipedia.org/wiki/Metal_pesado https://pt.wikipedia.org/wiki/Leishmaniose https://pt.wikipedia.org/wiki/Leishmaniose_visceral https://pt.wikipedia.org/wiki/Leptospirose https://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Amaz%C3%B4nia_Legal https://pt.wikipedia.org/wiki/Morte https://pt.wikipedia.org/wiki/Mortalidade_infantil https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliomielite https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliov%C3%ADrus https://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_bub%C3%B4nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Raiva_(doen%C3%A7a) https://pt.wikipedia.org/wiki/Exantema https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarampo https://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9ola https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADfilis https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADfilis_cong%C3%AAnita https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_respirat%C3%B3ria_aguda_grave https://pt.wikipedia.org/wiki/Coronav%C3%ADrus https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9tano https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose 32. Varicela - Caso grave internado ou óbito; 33. Violência: o Violência doméstica e/ou outras violências; o Violência sexual e tentativa de suicídio. Doenças e agravos de notificação imediata Caso suspeito ou confirmado de: o Botulismo; o Carbúnculo ou Antraz; o Cólera; o Febre amarela; o Febre do Nilo Ocidental; o Hantaviroses; o Influenza Humana (Gripe) por novo subtipo (pandêmico); o Poliomielite; o Paralisia Flácida Aguda; o Raiva Humana; o Sarampo, em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior; o Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda; o Síndrome Respiratória Aguda Grave; o Varíola; o Tularemia; 2. Caso confirmado de: o Tétano Neonatal; 3. Surto ou agregação de casosou de óbitos por: o Agravos inusitados; o Difteria; o Doença de Chagas Aguda; o Doença Meningocócica; o Influenza Humana (Gripe); 4. Epizootias e/ou morte de animais que podem preceder a ocorrência de doenças em humanos: o Epizootias em primatas não humanos; o Outras epizootias de importância epidemiológica. https://pt.wikipedia.org/wiki/Varicela https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_dom%C3%A9stica https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_sexual https://pt.wikipedia.org/wiki/Suic%C3%ADdio https://pt.wikipedia.org/wiki/Botulismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Carb%C3%BAnculo https://pt.wikipedia.org/wiki/Antraz https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lera https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_amarela https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_do_Nilo_Ocidental https://pt.wikipedia.org/wiki/Hantaviroses https://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe https://pt.wikipedia.org/wiki/Pandemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliomielite https://pt.wikipedia.org/wiki/Raiva_(doen%C3%A7a) https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarampo https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_respirat%C3%B3ria_aguda_grave https://pt.wikipedia.org/wiki/Var%C3%ADola https://pt.wikipedia.org/wiki/Tularemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Difteria https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Chagas https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_meningoc%C3%B3cica https://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe https://pt.wikipedia.org/wiki/Primatas Resultados laboratoriais de notificação imediata Resultado de amostra individual por: o Botulismo; o Carbúnculo ou Antraz; o Cólera; o Febre Amarela; o Febre do Nilo Ocidental; o Hantaviroses; o Influenza Humana (Gripe) por novo subtipo (pandêmico); o Peste; o Poliomielite; o Raiva Humana; o Sarampo; o Síndrome Respiratória Aguda Grave; o Varíola; o Tularemia; 2. Resultado de amostras procedentes de investigação de surtos: o Agravos inusitados; o Doença de Chagas Aguda; o Difteria; o Doença Meningocócica; o Influenza Humana (Gripe). https://pt.wikipedia.org/wiki/Botulismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Carb%C3%BAnculo https://pt.wikipedia.org/wiki/Antraz https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lera https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_Amarela https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_do_Nilo_Ocidental https://pt.wikipedia.org/wiki/Hantavirose https://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe https://pt.wikipedia.org/wiki/Pandemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Peste https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliomielite https://pt.wikipedia.org/wiki/Raiva_(doen%C3%A7a) https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarampo https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_respirat%C3%B3ria_aguda_grave https://pt.wikipedia.org/wiki/Var%C3%ADola https://pt.wikipedia.org/wiki/Tularemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Chagas https://pt.wikipedia.org/wiki/Difteria https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_meningoc%C3%B3cica https://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARALHAS, M.; PEREIRA, M. 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