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Principais Pragas do Algodoeiro e Inseticidas Utilizados no Controle

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Estágiarios: 
Bruno dos santos peres
Danilo MATURANO JORDANO SOARES
Steif Camargo FEITOSA
 Principais Pragas do Algodoeiro e Inseticidas Utilizados no Controle
Grupo Vanguarda
Tripes (Frankniella sp, Tripis tabacci, Selenothrips rubrocinctus)
São insetos pequenos(<1mm), de coloração variável(amarelo palha e marrom claro) e de asas franjadas. O ciclo é de 14 dias. Cada fêmea vive, em média, de 2 3 semanas produzindo 20 a 100 ovos.
Sintomas e Danos: São prejudiciais quando atacam nos primeiros 15 dias, causando deformações de brotos. As folhas ficam coriáceas, quebradiças, de cor marrom, e caem causando nanismo. Transmitem a virose “mosaico tardio”. Para amostrar coleta-se 50 plantas e observa-se o número de Tripes por ponteiro.
Pulgão(Aphis gossypi)
Dentre as espécies de pulgões que atacam o algodoeiro esta é a mais prejudicial. O Adulto tem cerca de 1,5mm, é verde ou amarelado, com formas ápteras e aladas. A reprodução é por partenogênese. O aparelho sugador com câmara-filtro permite sucção ininterrupta. O ciclo é de 8 dias, e 23 é a média de descendentes por fêmea. A longevidade do adulto é 24 dias. Ocorrem logo após germinação e ficam presentes até o final do ciclo da cultura. São favorecidos por tempo seco e temperaturas elevadas. Inicialmente ocorrem em reboleiras. Preferem tecidos novos e vivem na face inferior das folhas. Quando ocorrem na fase final da cultura, depreciam a qualidade da fibra pelas exudações açucaradas(Mela)
Sintomas e Danos: Sugam a seiva das plantas e , em altas infestações provocam deformações das mesmas. Na fase do surgimento dos capulhos, o melado e a fumagina provocam a caramelização das fibras. Os pulgões são vetores de duas viroses: Vermelhão e Azulão. O Vermelhão deixa as folhas com áreas avermelhadas entre s nervuras, é de ocorrência esporádica e causa poucos prejuízos. O Azulão se caracteriza pelo aparecimento de áreas amareladas, formando um mosaico. As folhas se apresentam com bordos curvados e quebradiços. O vírus causa encurtamento de entrenós, paralisação do crescimento e perda acentuada de produtividade.
Mosca –branca (Bemisia argentifolli)
Os adultos são de coloração amarelada com as asas brancas. Localizam-se preferencialmente na face inferior das folhas, onde ovipositam, em média, 150 ovos por fêmea. As ninfas são transparentes, ovais, medem de 0,3 a 0,7 mm, a spupas são amarelo-esbranquiçadas, e apresentam os olhos avermelhados.
Sintomas e Danos: Os adultos e ninfas deste inseto se alimentam da seiva das plantas podendo levá-las á morte ou queda de produção. Durante a alimentação, as ninfas excretam um “melado” que favorece o desenvolvimento de “fumagina” um fungo nefro que cresce sobre as folhas e provoca o escurecimento das fibras do algodoeiro, prejudicando a qualidade.
Percevejo castanho da raiz (Scaptocoris castanea, S. carvalhoi)
As ninfas são de coloração branca e os adultos possuem coloração castanha, com aproximadamente 8 mm de comprimento. Nos períodos mais secos aprofundam até 1,70m. Possuem pernas anteriores adaptadas para a escavação. O acasalamento ocorre no solo. Os ovos são de coloração creme, de forma ovalada e com a superfície lisa e brilhante.
Sintomas e Danos: Através da alimentação nas raízes, impede o crescimento das plantas que, quando atacadas, tornam-se avermelhadas, definham e algumas podem até morrer s eo ataque ocorrer no inicio de seu desenvolvimento. Ocorrem em reboleiras, e os danos podem diferir e relação a fertilidade do solo.
Lagarta Elasmos (Elasmopalpus lignosellus )
A lagarta apresenta coloração variando do verde-azulado ao róseo, com listras transversais marrom e cabeça pequena também marrom. Pode atingir 15 mm no máximo e se caracteriza por formar um abrigo feito de seda, detritos e partículas do solo. O adulto é uma micro-mariposa cinza e é muito atraída por focos luminosos.
Sintomas e Danos: Penetram na planta á altura do colo, cavando uma galeria ascendente no interior do caule, alimentando-se do mesmo. As plantas atacadas inicialmente murcham, podendo morrer imediatamente levando a falhas de estande ou sofrer agravamento de danos sob a ação de chuvas, vento ou implementos agrícolas, que tombam as plantas.
Elasmo - Elasmopalpus lignoselus
Elasmo - Plantula
Elasmo - Lagarta
Elasmo - Mariposa
Elasmo - Sintoma
Ovo
12
Pupa
Larva
Ovo
Adulto
2 – 3 dias
20 dias
7 - 13 dias
10 dias
~ 200 ovos
6 instares
2 x 8 mm
0,4 x 0,6 mm
Elasmo - Elasmopalpus lignoselus
Elasmo - Ciclo
13
Lagarta rosca (Agrotis e Spodoptera sp)
A lagarta-rosca ataca o caule de plantinhas novas, um pouco acima da região do colo. Muitas vezes provoca tombamento de plântulas e alimenta-se das folhas, levando a falhas no estande. É de ocorrência bastante comum em áreas com palhada de milheto, sorgo e capim pé de galinha.
Sintomas e Danos: O dano direto é o tombamento da planta jovem, o qual é facilmente percebido caminhando pela lavoura, de manhã, onde são encontradas plantinhas (as vezes fileiras dela) cortadas nas proximidades do nível do solo e a lagarta é vista nas imediações. É uma praga esporádica, geralmente ocorrendo em reboleiras, principalmente em anos secos. Altas infestações geralmente estão associadas a muita matéria orgânica no solo, como a dos restos culturais recém destruídos. 
Lagarta rosca (Agrotis sp.)
15
Lagarta rosca (Agrotis sp.)
Ciclo de vida da Lagarta Rosca 
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Broca da raiz (Eutinobothrus brasiliensis)
É um besouro com cerca de 5 mm, de cor pardo-escura. A fêmea abre cavidade no colo da planta, onde deposita seus ovos. Ao eclodir, a larva começa a se alimentar, abrindo galerias na região.
Sintomas e Danos: a medida que a larva se desenvolve, as galerias tornam-se maiores, impossibilitando a circulação da seiva e impedindo o crescimento da planta e em alguns casos pode levar a morte da planta. Em solos arenosos, o prejuízo pode ser maior, com a disponibilidade de agua e nutrientes inferior.
Broca da Raiz (Eutinobothrus brailiensis)
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Curuquerê do algodoeiro (Alabama argillacea)
O adulto é uma mariposa marrom-avermelhada, a fêmea pode colocar em média de 500 ovos com coloração esverdeada-azulada que são depositadas na face inferior das folhas. No inicio as lagartas se alimentam raspando as folhas, após a primeira muda passam para a parte superior da folha e se alimentam de todo o tecido foliar ao longo das nervuras principais. As lagartas são de coloração verde-escura, com duas estrias longitudinais no dorso e apresentam pintas pretas em todo o corpo.
Sintomas e Danos: atacam com voracidade as folhas, e em ataques severos consomem as nervuras mais grossas, pecíolos. Podem causar 30% de redução na produtividade, se não for controlada. Quando o ataque ocorre na época da abertura das maçãs, provoca sua maturação forçada, diminuindo a resistência das fibras.
Lagarta das maçãs (Heliothis virescens)
A lagarta é de coloração variável, variando de creme, verde, amarelada, parda ou rósea com pintas escuras pelo corpo, apresentam micro-espinhos nas pintas salientes do corpo. As mariposas possuem hábitos noturnos e durante o dia ficam escondidas entre as folhas das plantas, apresentam coloração marrom-clara e apresentam três listras brancas transversais na largura das asas. Os ovos são depositados isoladamente nas folhas.
Sintomas e Danos: o período de maior ataque da praga esta compreendido entre os 50 e 90 dias após a emergência, atacam as plantas no sentido descendente destroem os botões a partir do ponteiro e, posteriormente atingem as flores e maçãs nas partes inferiores, diminuindo a produção. Favorecem a penetração de microrganismos através dos orifícios. 
Lagarta rosada (Pectinophora gossypiella)
O adulto é uma mariposa (15 a 19 mm) a fêmea tem hábitos noturnos, de coloração pardo-escura e asas franjadas. Os ovos são de coloração branco-esverdeada e são colocados nas maçãs jovens em grupos de 5 a 100. As lagartas perfuram as maçãs e passam a se alimentar das sementes. Inicialmente as
lagartas são brancas e, com a alimentação tornam-se rosadas.
Danos: as lagartas atacam os botões florais impedindo a abertura das pétalas, que apresentam aspecto de roseta e não se abrem, impedindo a polinização e formação das maçãs. Quando o ataque ocorre nas maçãs, as lagartas podem destruir as fibras e as sementes, um sintoma característico de seu ataque é a presença de carimãs, que são maçãs defeituosas e que não se abrem normalmente.
 
Lagarta falsa-medideira (Pseudoplusia includens)
As lagartas apresentam coloração verde claro, com uma serie de linhas brancas longitudinais espalhadas sobre o dorso. Apresentam apenas três pares de falsas pernas na região abdominal e, no seu deslocamento, parecem medir palmos. A mariposa apresenta cor marrom, com duas manchas prateadas em cada uma das asas do primeiro par. As asas posteriores também são marrons.
Sintomas e Danos: As lagartas atacam as folhas do algodão, porem não se alimentam das nervuras, dando um aspecto rendilhado. Dessa forma, acabam contribuindo para a redução da área foliar. Esta espécie é favorecida por condições de seca e se alojam no baixeiro das plantas.
Lagarta spodoptera (eridanea)
As lagartas apresentam cor cinza escura a castanha, com três listras longitudinais, alaranjadas e triângulos pretos no dorso do corpo. As mariposas são de cor cinza, com uma mancha preta na parte central das asas anteriores.
Lagarta spodoptera (cosmioides)
As lagartas nos primeiros estádios possuem coloração marrom, passando a preta com listras longitudinais brancas e marrons, nos últimos estádios apresentam coloração preta-brilhante com pontuações douradas sobre o dorso, distribuídas em duas linhas longitudinais de cor alaranjada. As mariposas apresentam asas anteriores pardas, com riscos ou desenhos brancos, e as posteriores são de coloração branca. Os ovos são depositados em massa nas folhas.
Lagarta spodoptera (frugiperda)
A lagarta inicialmente é verde clara, com cabeça e pelos negros, quando desenvolvida apresenta coloração variando de esverdeada a pardo-escura, apresenta linha mediana longitudinal de cor marrom-clara, entre duas linhas laterais de cor mais clara. A mariposa apresenta asas anteriores pardo-escuras e as posteriores branco-acizentadas. Deposita, em média, 1500 ovos agrupados sob as folhas e as brácteas dos botões florais.
Sintomas e Danos: As lagartas podem atacar plantas jovens, cortando na base do caule, com habito semelhante a lagarta rosca. As lagartas atacam as folhas, a parte superior do caule, brácteas, os botões florais e as maçãs. Geralmente são encontradas no interior das flores. Lagartas maiores raspam a base das maçãs antes de perfura-las, ocasionando, de um modo geral, grandes orifícios.
 
Percevejo manchador (Dysdercus sp)
O adulto apresenta corpo elíptico com coloração de castanho-claro a castanho-escuro. As ninfas são de coloração avermelhada, e permanecem nas maçãs e capulhos, onde sugam a seiva e atingem a semente.
Sintomas e Danos: preferem atacar capulhos abertos, onde penetram entre as fibras para perfurar as sementes. O ataque também pode ocorrer em botões e maçãs pequenas, que caem ao solo quando picadas.
Percevejo rajado (Horcias nobilellus)
Os adultos apresentam coloração ocre brilhante, com listras vermelhas, amarelas e brancas, apresentam um ‘V’ característico no dorso de cor amarela. Efetuam a postura em ramos tenros.
Sintomas e Danos: provocam queda de botões florais, flores e maçãs novas. Quando sugam as maças podem acarretar deformações denominadas bico de papagaio, que normalmente não abrem, diminuindo a produção.
Percevejos Migrantes
Percevejo Marrom (Euschistus heros), Percevejo verde-pequeno (Piezodorus guildini), Percevejo acrosterno (Chinavia sp.)
Ao final do ciclo da soja poderá ocorrer migração de percevejos desta cultura para o algodoeiro. Estes percevejos migrantes causam danos aos botões florais, e maçãs em fase de enchimento.
Sintomas e Danos: Os sintomas de ataque são pontuações nas maças, com formação de calosidades na parte interna, ocasionando queda destas estruturas, principalmente em maçãs novas. O ataque dos percevejos também provoca prejuízos nas características das fibras e reduzem a produtividade em ataques severos.
Mosca branca (Bemisia argentifolli)
Os adultos são de coloração amarela com as asas brancas. Localizam-se preferencialmente na face inferior das folhas, onde ovipositam, em média, 150 ovos por fêmea. As ninfas são transparentes, ovais, medem de 0,3 a 0,7 mm, as pupas são amarelo-esbranquiçadas, e apresentam os olhos avermelhados.
Sintomas e Danos: Os adultos e ninfas deste inseto se alimentam da seiva das plantas podendo leva-las a morte ou queda de produção. Durante a alimentação, as ninfas excretam um “melado” que favorece o desenvolvimento de “fumagina” um fungo negro que cresce sobre as folhas e provoca o escurecimento das fibras do algodoeiro, prejudicando a qualidade.
Ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus)
São ácaros pequenos, as femeas medem 0,17 mm de comprimento por 0,11 mm de largura. Os ovos são colocados isoladamente na face inferior das folhas novas.
Sintomas e Danos: Inicialmente as folhas se tornam mais escuras, em seguida os bordos se dobram para baixo e a folha apresenta um aspecto vítreo, no ultimo estagio ocorrem rasgaduras, mas nesse estagio não se observa mais ácaros nas folhas. O ataque aos ponteiros pode resultar em perdas significativas, principalmente devido as reduções no numero de maçãs desta parte da planta.
 
Ácaro rajado (tetranychus urticae)
Os ovos são esféricos e de tonalidade amarelada, sendo a postura feita entre os fios de teia que o acaro tece na pagina inferior das folhas. As femeas apresentam 2 manchas verdes escuras no dorso, sendo uma de cada lado.
Sintomas e Danos: aparecimento de manchas avermelhadas na pagina superior das folhas, com o passar do tempo essas manchas cobrem toda a folha e as tornam necrosadas e, posteriormente há queda dessas folhas. Temperaturas elevadas e baixa precipitação favorecem o aumento populacional.
 
Bicudo do algodoeiro (anthonomus grandis)
O adulto é um besouro com 7 mm de comprimento, de coloração cinza ou castanha, com rostro alongado. Apresenta dois espinhos no fêmur do primeiro par de pernas. A femea ovoposita em botões florais, flores e maçãs através do rostro e deposita um ovo por orifício. O numero de ovos durante o ciclo é de 100 a 300 ovos, o período de incubação é de 3 a 4 dias. As larvas são de coloração branca e o período larval é de 7 a 12 dias dentro do botão floral. As pupas são brancas e após 3 a 5 dias transformam-se em adultos.
Sintomas e Danos: provoca queda de botões florais devido a sua alimentação, os botões com postura também são danificados, pois as larvas se desenvolvem dentro desses. Por essa praga ter grande potencial de reprodução deve-se ficar atento ao seu ataque e o nível de controle é de 3 a 5 % de botões florais atacados. Seu controle depende de uma serie de estratégias para reduzir a população

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