Buscar

PAGAMENTO DA HORA EXTRA AOS BANCÁRIOS

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
Considera – se à aplicabilidade da caracterização das jornadas especiais de trabalho ao conjunto do mercado laborativo do nosso país, isto é, pertinência de módulos de caráter especial, regidos por parâmetros peculiares, inerente, distinções em relação à duração padrão de trabalho (8 horas ao dia, 44 horas na semana, 220 horas no mês).
Embora, a duração padrão seja regra constitucional, desde outubro de 1988, é evidente que os diplomas legais instauradores de durações laborativas tiveram de passar a serem considerados em adequação ao comando constitucional superior. Nas circunstâncias de módulos diários especiais fixados em lei em patamar superior ao padrão constitucional, sua validade somente seria preservada desde que preservado, pelo menos, o padrão semanal máximo fixado na Carta Magna.
Portanto, a jornada especial referida neste material, é aquela estabelecida por norma jurídica heterônoma estatal – lei, em sentido estrito. Sabe – se, contudo, que a criatividade privada pode, evidentemente, também criar jornadas especiais mais favoráveis aos trabalhadores envolvidos. 
Sendo dos trabalhadores bancários, pertinente a excepcionalidade com a duração de seis horas e consequente a duração semanal reduzida. Por isso, relativização do trabalho extraordinário é preponderante a modalidade especial de organização do trabalho.
Em princípio todas as horas excedentes à jornada de trabalho devem ser computadas como extras. Entretanto, a CLT em seu artigo 62, excetua circunstância de emprego onde inexiste obrigação de remunerar como extraordinário o trabalho prestado além do limite laboral normal. Tais situações existem segundo a norma jurídica, ora devido à impossibilidade de controle da jornada, em virtude da função desempenhada pelo empregado dentro da empresa.
No caso específico dos bancários, as regras da jornada de seis horas não se aplicam aos que exercem função de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a um terço do salário do cargo efetivo, artigo 224, § 2º da CLT. Para estes empregados, o Tribunal Superior do Trabalho – TST inseriu na pauta de revisão de suas Súmulas e Orientações Jurisprudenciais, alterações no entendimento de determinadas matérias trabalhistas que serão arguidas no conteúdo conseguinte. 
EMPREGADO BANCÁRIO E CONTEÚDO DE SUA PRESTAÇÃO PRINCIPAL
A categoria dos bancários é instituída, pela pessoa física sob a prestação laborativa as instituições financeiras denominadas como os Bancos, que exercem, além de outras, a função de captar recursos dos superavitários e apresenta-los a juros aos deficitários gerando a margem de ganho financeiro. Expressamente caracterizado as instituições financeiras, diante exposto, pela Súmula mantida de n° 55:
“As empresas de crédito, financiamento ou investimento, também denominadas financeiras, equiparam-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art. 224 da CLT.”··.
Também, é considerado bancário aquele empregado em empresa de processamento de dados que presta serviço de forma exclusiva a banco integrante do mesmo grupo econômico. Porém, quando a empresa de processamento de dados não se dispõe da prestação de serviços vinculados a empresas bancárias, sejam elas integrante do mesmo grupo econômico ou não pertencente a terceiros, atenção, os empregados não serão considerados bancários, Súmula n° 239, TST:
“É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico, exceto quando a empresa de processamento de dados presta serviços a banco e a empresas não bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros”. [1: Súmula n° 239, TST - BANCÁRIO. EMPREGADO DE EMPRESA DE PROCESSAMENTO DE DADOS (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nº 64 e 126 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 ]
Portanto, para melhor compreensão da relação empregatícia dos bancários, suas atribuições laborativas relacionadas a jornada extraordinária, se faz necessário mencionar, o que distingue a relação de emprego, o contrato de emprego, o empregado, de outras figuras sociojurídicas próximas, é o modo de concretização dessa obrigação de fazer. A prestação laborativa dos bancários, há de se realizar, pela pessoa física, pessoalmente, subordinada mente, com não eventualidade e sob o intuito oneroso. Excetuado, portanto, o elemento fático-jurídico pessoa física, todos os demais pressupostos referem-se ao processo (modus operandi) de realização da prestação laborativa. Essa específica circunstância é de notável relevo para a precisa identificação da figura de empregado (e, portanto, da existência de relação de emprego), no universo comparativo com outras figuras próxima e assemelhadas de trabalhadores.[2: Obrigação de Fazer: infungível, personalíssima ou intuitu personae (quando for convencionado que o devedor cumpra pessoalmente a prestação), GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro - Vol. 2 - Teoria Geral Das Obrigações - 12ª Ed. 2015.][3: Modus Operandi: modo de viver, Web-site: advogado.adv.br/termosjuridicos.htm, acessado em 20 de Setembro de 2015, ás 23 horas e 47 minutos.]
No Direito do Trabalho destaca-se figura especial da jornada extraordinária do trabalhador bancário, pois, o direito adquirido competente a essa classe em institutos jurídicos foi reiterado diante a dubiedade frente a este tema, pertinente à normatização do Direito Constitucional, a Consolidação da Leis do Trabalho – CLT, Jurisprudências, Doutrinadores e Princípios Jurídico próprios do ramo justrabalhista especializado, em análise circunstanciado ao Tribunal Superior do Trabalho – TST.
Portanto, vejamos que o estudo do exame das fontes competentes de qualquer segmento jurídico é incompleto sem a análise de inter-relação entre as fontes hábeis, com fins de garantir a harmonização dos casos em conflitos entre as fontes normativas. Pois, o Direito é um sistema, isto é, um conjunto de parte lógica e dinamicamente coordenadas entre si. A conciliação da regulamentação exercida pelo valor jurídico atribuído nas Súmulas Vinculantes do Tribunal Superior do Trabalho deve ser indiscutivelmente consideradas, para tanto, atribuir ao entendimento relacionado as atividades dos bancários e a onerosidade da Jornada Extraordinária destes.
DURAÇÃO DO TRABALHO 
A Constituição Federal de 1988 consagrou no artigo 7º inciso XIII a regra que faculta a duração normal do trabalho em função do dia (jornada de trabalho) e da semana. “Inc. XIII - A duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho” A Carta Magna estabeleceu o limite máximo de 8 diárias e 44 horas semanais de trabalho. Esse é o tempo máximo previsto para o trabalhador executar as obrigações do contrato de trabalho e não poderá ser extrapolado, salvo nas hipóteses de prorrogação de horas, previstas no artigo 59 da CLT e que serão abordadas no curso deste trabalho
No artigo 58 da CLT aborda que a duração normal do trabalho não poderá ultrapassar o limite de oito horas diárias:
 “Art. 58 - A duração do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não poderá exceder de oito horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.”
 Pela razão de garantia constitucional, versada sobre a limitação de jornada como critério geral é que se confirma, que as normas sobre jornada de trabalho são de ordem pública e, salvo nas hipóteses do art. 7º XIII e XIV da Constituição Federal, são irrenunciáveis, não podendo ser negociadas por qualquer ajuste entre trabalhador e empregador, nem pelas normas coletivas que lhe sejam aplicáveis, sob pena de violação do art. 9º e art. 444 e 468 da CLT e da declaração de nulidade do ato.
No entanto a categoria bancária possui questões polêmicas, na atualidade, conforme excepcionalidade normatizadas no teor à caracterização da tipificaçãolegal do cargos aos bancários. Obrigatoriamente a jornada do bancário deverá ser realizada de segunda a sexta-feira, entre as sete horas e as vinte e duas horas, assegurado um intervalo de quinze minutos para alimentação, no horário diário com duração de seis horas diárias, conforme o Art. 224, da redação dada pela Lei 7.430, de 17/12/1985 e § 1°, de acordo com a redação dada pelo Decreto-lei n°229, de 11/08/1969, sendo o sábado considerado dia útil não trabalhado, vide Súmula n° 113 do TST:
 “O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.”[4: Súmula nº 113 do TST: BANCÁRIO. SÁBADO. DIA ÚTIL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003]
Ressaltando que, se houver a supressão total ou parcial do intervalo intrajornada admite-se a onerosidade do período total correspondente, e não daquele apenas suprimido, com acréscimo de pelo menos, 50% sobre o valor da hora normal (CLT, art., 71, §4°), sem prejuízo do computo da efetiva jornada de labor para efeito da remuneração (Súmula n. 437do TST)
A jornada especial de trabalho do empregado bancário provoca discussões entre as categorias profissional e econômica. Relativo a determinadas circunstâncias, os banqueiros procuram relativizar a jornada legal de 6 horas, em consequência o enquadramento do trabalho exercido de um maior número de empregados, na exceção de que trata o § 2º do art. 224 da CLT, os bancários excedentes de funções de confiança, desde que recebam gratificação de no mínimo 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo, não se beneficiam da jornada especial, em consequência são prestados a desenvolverem a jornada de oito horas (CF, art. 7°, XIII; CLT, art. 58; Súmula n. 102 do TST).
DENOMINAÇÃO DAS HORAS NO DIREITO DO TRABALHO
No Direito do Trabalho, segundo Martins, P., Sergio (2015), é exteriorizado três nominações para a denominação de estudo relativo as horas de duração do trabalho relacionadas no âmbito do Direito do Trabalho Brasileiro.
Antes que possam ser exposto as distinções apontadas pelo doutrinador, é interessante mencionar que no caso em estudo, de horas de trabalho comum na CF/88 não faz referência ao nome de jornada, quando circunstanciada as quarenta e quatro horas semanais. Pois, caracteriza-se neste caso, módulo semanal ou duração semanal do trabalho.
Vejamos, a jornada de trabalho é caracterizada pela quantidade de horas diárias de trabalho prestado a empresa. 
Porém, o horário de trabalho distingue-se pelo espaço de tempo, que o empregado presta o serviço viabilizado pela empresa.
Quando referimos a duração do trabalho compreende-se o módulo, ou seja, quantidades advindas de um aspecto mais amplo de tempo. Módulo Semanal, mensal ou anual.
Portanto, para que possa haver melhor entendimento do pagamento das horas extraordinárias dos bancários, faz-se necessário entender no tópico conseguinte à aplicabilidade da jornada significa o que é diário, no caso da norma especial aos bancários
CARGOS OU FUNÇÕES DE CONFIANÇA: ESPECIFICIDADE BANCÁRIA
Ante posto que, a jornada de trabalho do bancário é de seis horas, acrescidos quinze minutos obrigatórios de intervalo. Conforme o dispositivo legal mencionado no tópico anterior, podemos considerar que existem duas as condições para o bancário que labore além da sexta hora não tenha direito ao pagamento da sétima e oitava horas acrescidas do adicional de jornada extraordinária: caracterizada diante o exercício de uma função de confiança e que a contraprestação econômica não seja inferior a um terço do salário do cargo efetivo, condições estas, cumulativas, como por exemplo do supervisor ou auditor.
Portanto, é possível afirmar que a categoria bancária no tocante da tipificação legal sob norma especial relacionado ao cargo de confiança. Mas, quais as funções que convalescem essa relação jurídica ao empregado bancário?
É importante expressar que, de acordo com a tipificação trabalhista, aos bancários que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalente, ou desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a um terço do salário do cargo efetivo, enquadrados na Súmula n° 102, TST:
I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos. Atribui-se a Súmula Vinculante n° 102 do TST, (ex-Súmula nº 204 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003):
[...]
III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3. (ex-OJ nº 288 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
[...]
V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT. (ex-OJ nº 222 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta. (ex - Súmula nº 102 - RA 66/1980, DJ 18.06.1980 e republicada DJ 14.07.1980)
[...][5: Súmula n° 102 do TST - BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA (mantida) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011]
Godinho Delgado (2015), aponta no sentido, em que estes, consequentemente serão eliminados das regras legais relativas na jornada respectivo ao teor de horas extras, desde que não exista efetivo controle minucioso de horários, que afaste a presunção estabelecida pela ordem jurídica. .
CONCEITUAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO
Nas palavras do doutrinador trabalhista MARTINS, Sergio Pinto (2015):
“Jornada de trabalho é a quantidade de labor diário do empregado”.[6: MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 31ª ed., São Paulo: Atlas, 2015, p. 564]
A jornada de trabalho é o lapso temporal diário em que o empregado se dispõe ao empregador em virtude do respectivo contrato. É, desse modo, a medida principal do tempo diário de disponibilidade do obreiro em face de seu empregador como resultado do cumprimento do contrato de trabalho que os vincula.
A principal obrigação do empregado no contrato – o tempo de prestação de trabalho ou, pelo menos, de disponibilidade perante o empregador. Por ela mensura-se, também, em princípio, objetivamente, a extensão de transferência de força de trabalho em favor do empregador no contexto de uma relação empregatícia. É a jornada, portanto, ao mesmo tempo, a medida principal obrigação obreira (prestação de serviços) e a medida da principal vantagem empresarial (apropriação dos serviços pactuados). Daí sua grande relevância no cotidiano trabalhista e no conjunto das regras inerentes ao Direito do Trabalho.
Com o objetivo de garantir ao trabalhador direitos como, horas de descanso ou disposição de tempo livre, procede-se a limitação da duração da jornada trabalhada. Pois, estas garantias são impostas diante a fundamentação em aspectos físicos relacionados a saúde e bem estar físico e psíquico do empregado, admitido sob o descanso de suas funções e os aspectos sociais do trabalhador, poder viver socialmente, companhia da família, lazer e desfrutar das suas atividades civis fora do exercício de seu emprego.
Pois, segundo o Prof. Sergio Pinto Martins (2015), o que viabilizam a limitação da jornada de trabalho são as circunstâncias:
a) Biológicos: inerentes aos efeitos psicofisiológicos ocasionados ao empregado, decorrentes da fadiga; 
b) Sociais: o empregado necessita socializar com outros indivíduos, dedicar-se à família, possuir horas de lazer; 
c) Econômicos: na circunstância que o empregado desenvolve serviços na condição exaustiva ou quando faz horas extras, ocorre o maior índice de acidentes. Osaspectos econômicos estabelecem consequentemente à produção da empresa, em que o empregador aumenta a jornada de trabalho, pagando horas extras, para a produção aumentar, assim, oportuno a necessidade da fiscalização do Estado para impor limite a jornada de trabalho e para que não existam excessos.
NATUREZA JURÍDICA DA JORNADA DE TRABALHO
Conveniente a Natureza Jurídica da Jornada de Trabalho, o Doutrinador Trabalhista Prof. Mauricio Godinho Delgado defende que a normatização que incube sobre a jornada e a duração do trabalho é multifário. Todavia, enfatiza que as normas jurídicas estatais que conduzem a estrutura e dinâmica da jornada e duração do trabalho são, genericamente, imperativas e por essa razão, a renúncia feita pelo trabalhador no âmbito da relação de emprego em respectivo a algum benefício ou situação subsequente dessas normas referentes é a frustração da invalidade. 
Toda via, no Direito do Trabalho necessita analisar a natureza da jornada de trabalho, para compreensão da classe dos bancários, que envolvem dois aspectos distintos importantes, a natureza de interesse público e privado.
No interesse público consiste nas disposições legais que gerem a jornada de trabalho que são imperativas e não podem ser objeto de transação ou renúncia por parte do trabalhador e nem violadas por parte do empregador. Pois, no poder Estatal vigora o interesse em proteger o trabalhador e limitar a sua jornada de trabalho possibilitar o descanso e evitar que o mesmo preste serviços em jornadas extensas de trabalho. Para tanto, adequação da normatização das horas extras trabalhadas.
No entanto, no interesse privado permite às partes contratantes fixar jornadas de trabalho inferiores às previstas na legislação trabalhista ou nas normas coletivas. A lei fixa apenas o limite máximo da jornada de trabalho, podendo as partes fixar limites inferiores, não admissível exceder horas extraordinárias, diante exploração dos direitos do empregado.
HORAS EXTRAS, HORAS EXTRAORDINÁRIAS OU HORAS SUPLEMENTARES
As horas extras podem ser definidas como, a prorrogação das horas de prontidão sob a prestação de serviço do empregado ao empregador, horas estas, não inerentes no quadro de horário do contrato sintagmático legalmente estabelecido entre ambos, que portanto devem ser remuneradas com o adicional respectivo.
As horas prorrogação á jornada, por sua vez, ultrapassar a duração pactuada do trabalho, serão denominadas de horas extraordinárias ou suplementares, de acordo escrito entre empregado e o empregador ou mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, ressalvado no disposto do artigo 61 da CLT.
ACORDO DA PRORROGAÇÃO DE HORAS
O artigo 59 da CLT permite que as partes estabeleçam um ajuste de vontade feito pelas partes circunstanciado a prorrogação da duração normal da jornada de trabalho. No entanto, este pacto, obrigatoriamente deverá ser escrito , podendo ser um adendo ao contrato de trabalho ou inserido no próprio pacto laboral ou, ainda, diante ao acordo ou convenção coletiva, que é o significado da expressão contrato coletivo.
JORNADA EXTRAORDINÁRIA 
Ao lado da duração padrão de trabalho (8 horas ao dia, 44 horas na semana. 220 horas no mês), aplicável ao conjunto do mercado laborativo do país. Há módulos temporais de caráter especial, regidos por parâmetros distintos do genérico acima enunciado. 
Entretanto, à medida que. Desde outubro de 1 988, a duração padrão tomou-se regra constitucional, é evidente que os diplomas legais instauradores de durações laborativas especiais tiveram de passar a ser lidos em adequação ao comando constitucional superior. Nesse quadro de adequação, a jurisprudência tem admitido (com divergências, reconheça-se) serem válidos essencialmente apenas módulos temporais especiais inferiores ao padrão constitucional prevalecente. 
E, no caso de módulos diários especiais fixados em lei em patamar superior ao padrão constitucional, sua validade somente seria preservada desde que acolhido, pelo menos, o padrão semanal máximo fixado na Constituição -conforme já exposto. 
Os módulos especiais de duração do trabalho existentes dizem respeito, a maioria das vezes, a certas categorias profissionais que, por força de circunstâncias particulares de sua atividade laborativa (mineiros de minas de subsolo, por exemplo), ou por força de sua capacidade de organização (bancários, por exemplo), alcançaram a construção de diplomas legais especialmente a elas dirigidos. Em número mais reduzido de situações, esses módulos especiais de duração do trabalho são estipulados pela lei em virtude de o obreiro, independentemente de sua categoria profissional. Estar submetido a sistemática especial de atividade laborativa ou especial organização do processo de trabalho (por exemplo, labor em turnos ininterruptos de revezamento).
APURAÇÃO DA JORNADA EXTRAORDINÁRIA
As horas extras e seu adicional possuem caráter salário condição, isto é, o pagamento feito pelo empregador ao empregado, em decorrência do contrato de trabalho, dependente do estabelecimento de condições específicas que devem ser cumpridas pelo obreiro. Representa um acréscimo ao salário incondicionado. Diante a jurisprudência dominante ( o Enunciado 76 que expressava entendimento contrário foi desde 1989, revisado pelo Tribunal Superior do Trabalho – Resolução 81/89, publicada em 14.4.1989). Isto é, sob o efeito da ausência na prestação de sobretrabalho, não ocorrerá a integração contratual das horas acrescidas. 
Diante menção, Delgado (2015):
“A jurisprudência já pacificou que a remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva e sentença normativa (Súmula 264, TST, grifos acrescidos). Isso significa que a base de cálculo da remuneração da sobrejornada já incluirá outros adicionais recebidos pelo obreiro (inclusive o de insalubridade ou periculosidade, que têm. segundo a jurisprudência dominante, base de cálculo mais restrita).”[7: Delgado, Mauricio Godinho, Curso de Direito do Trabalho - 14ª Ed, lTr 2015, P.1005]
Conforme a Constituição Federal de 1988, art., 7°, XVI, a remuneração extraordinária ou suplementar, em qualquer caso, será no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior o da hora normal. A limitação é de mais de duas por dia, totalizando dez horas (art.59, CLT). Compreende-se que, se persistir a prestação de mais de duas horas extras diárias, o empregado terá que as recebes, acarretaria no enriquecimento ilícito do empregador em detrimento do empregado, além do que inviabiliza a concentração do empregado, podendo provocar acidentes do trabalho. Excedido o limite de duas horas por dia, haverá multa administrativa.
Porém, a jornada do bancário deve ocorrer de segunda a sexta-feira, entre as sete e vinte e duas horas, com duração de seis horas diárias, sendo o sábado considerado dia útil não trabalhado (Súmula n° 113 do TST). Porem existe outra excepcionalidade à esta classe, a luz sob a Súmula n° 109 do TST, distingue bancários de confiança:
“O bancário não enquadrado no § 2º do art. 224 da CLT, que receba gratificação de função, não pode ter o salário relativo a horas extraordinárias compensado com o valor daquela vantagem.”[8: Súmula nº 109 do TST - GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003]
O Direito do Trabalho permite o exercício de jornada parcial de trabalho no mercado laborativo do país ou duração semanal menor (número de dias na semana reduzido}. Portanto, a figura regulada pela Medida Provisória n. 1. 709. de 6.8.1998. e medidas provisórias subsequentes (MP n. 1.709-1 , de 3.9.1998, e outras, como MP n. 1.952-23. de 27.4.2000, e MP n. 2.164-41. de 24.8.2001).·
Nessa linha, a ideia prevalecente de fixação do salário obreiro em função de parâmetros temporais distintos (hora, dia ou mês} é funcional, exatamente por permitir o cálculo das verbas trabalhistas em comparação com as horas pactuadas de labor.Para tanto, compreende-se Súmula 124 do TST a fim da determinação do pagamento da hora extra dos bancários com suas respectivas condições:
“’I – O divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário, se houver ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de considerar o sábado como dia de descanso remunerado, será:
a) 150, para os empregados submetidos à jornada de seis horas, prevista no caput do art. 224 da CLT;
b) 200, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT.
 
II – Nas demais hipóteses, aplicar-se-á o divisor:
a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do art. 224 da CLT;
b) 220, para os empregados submetidos à jornada  de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT.” (Súmula 124 do TST).
Enfim, para o cálculo do salário-hora do bancário mensalista, o divisor a ser aplicado é o de 180 (cento e oitenta). É importante esclarecer que o divisor de 180 somente deve ser utilizado no caso dos bancários que tem jornada de 6 (seis horas). O art. 224 da CLT fixou em 30 horas semanais a carga horária dos empregados em bancos e casas bancárias, excluindo o dia de sábado, que, segundo a Súmula n.113, é dia útil não trabalhado. O princípio adotado prevê que o divisor deve ser obtido multiplicando-se por 30 (dias do mês) o número de horas da jornada (6 x 30 = 180). Considera-se o total dos dias remunerados do mês e não apenas dos dias efetivamente trabalhados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em acordo com o estudo e leituras realizadas, evidentemente não haveria modo de compreender o tema disposto, pagamento da hora extra dos bancários, se não, pesquisar e abordar outras circunstâncias que descendem este sobre os efeitos da jornada extraordinária dos bancários.
Pertinente ao contexto integral, é possível concluir a estruturação de sintetização inerentes ao respectivo tema proposto e o Direito do Trabalho, bem como, a importância da distinção da duração de trabalho, jornada de trabalho e horário de trabalho.
 Em detrimento da norma geral e especial, foi abordado excepcionalidades entre ambas, que as distinguem, apesar de não ser conteúdo de fácil assimilação, uma vez que, deve-se considerar a pesquisa atualizada não somente do direito material. 
Ante exposto nesse material, referências explicativas sobre a jornada padrão: 8 horas ao dia, e 44 horas semanais e as jornadas especiais: Bancários = 6 horas/dia, horas extras, conveniente no tempo trabalhado além da jornada comum e podem ser contratuais ou compulsórias.
Nos casos de advir de acordo individual escrito ou acordo coletivo ou convenção coletiva, não excedendo mais do que 2 horas diárias que devem ser acrescidas com um adicional de 50% do salário. Se ultrapassar duas horas diárias, a empresa incorrerá em multa que será calculada pelo número de funcionários.
A possibilidade da empresa exigir horas extras se tiver necessidade imperiosa: por força maior, se absolutamente necessário o serviço e realização e concluir um serviço que, se não for feito, o prejuízo é manifesto.
Enfim, observar os requisitos conforme normatização dos cargos e funções de confiança que interferem no cômputos do pagamento das horas extras à classe bancária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 31ª ed., São Paulo: Atlas, 2015.
Delgado, Mauricio Godinho, Curso de Direito do Trabalho - 14ª Ed, lTr 2015
REFERÊNCIAS WEB-SITE
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1973/Os-altos-empregados-e-o-Direito-do-Trabalho
http://www.direitocom.com/clt-comentada/titulo-iii-das-normas-especiais-de-tutela-do-trabalho-do-artigo-224-ao-artigo-441/capitulo-i-das-disposicoes-especiais-sobre-duracao-e-condicoes-de-trabalho/artigo-224
http://www.tst.jus.br/sumulas

Continue navegando