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CEARÁ MIRIM-RN PREFEITURA MUNICIPAL DE CEARÁ MIRIM - RIO GRANDE DO NORTE Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate à Endemias EDITAL Nº 02/2024 CÓD: OP-081JH-24 7908403556045 • A Opção não está vinculada às organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição ou ingresso na carreira pública, • Sua apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e esquematizada, • Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: www.apostilasopção.com.br/contatos.php, com retorno do professor no prazo de até 05 dias úteis., • É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal. Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização. ÍNDICE Língua Portuguesa 1. Fonética. Encontros Vocálicos e Consonantais. Sílaba e Tonicidade. Divisão Silábica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2. Morfologia. Componentes de um Vocábulo. Classes de Palavras: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3. Formação das Palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 4. Significação das Palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 5. Sintaxe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 6. Concordância Nominal e Concordância Verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 7. Acentuação Gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 8. Interpretação de Texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 9. Ortografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Noções de Informática 1. Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 2. Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e LibreOffice). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 3. Redes de computadores. Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet. Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google Chrome). Programas de correio eletrônico (Outlook Express e Mozilla Thunderbird). Sítios de busca e pesquisa na Internet. Grupos de discussão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 4. Redes sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 5. Computação na nuvem (cloud computing) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 6. Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 7. Segurança da informação. Procedimentos de segurança. Noções de vírus, worms e pragas virtuais. Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc.). Procedimentos de backup . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 8. Armazenamento de dados na nuvem (cloud storage) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Conhecimentos do SUS 1. NOB/96 e NOAS 01 e 02 ............................................................................................................................................................ 77 2. Políticas de Saúde: Organização dos serviços de saúde no Brasil .............................................................................................. 77 3. Sistema Único de Saúde: princípios e diretrizes, controle social, indicadores de Saúde ........................................................... 78 4. Sistema de vigilâncias em saúde epidemiológica ...................................................................................................................... 82 5. Endemias e epidemias: situação atual, medidas de controle e tratamento .............................................................................. 90 6. Modelo Assistencial ................................................................................................................................................................... 95 7. Planejamento e programação local de saúde ............................................................................................................................ 95 8. Política Nacional de Humanização ............................................................................................................................................. 97 9. Constituição Federal /88, Seção II – Da Saúde ........................................................................................................................... 106 10. Lei Federal nº 8.080 de 19/09/1990; Legislação estruturante, princípios e diretrizes do SUS .................................................. 108 11. Lei Federal nº 8.142 de 26/12/1990 .......................................................................................................................................... 118 12. Política Nacional de Atenção Básica à Saúde Portaria 2488/2011 ............................................................................................. 119 13. Estratégias de Saúde da Família Núcleos de Apoio à Saúde da Família ..................................................................................... 119 14. Cartilha de Direito e Deveres do usuário do SUS ....................................................................................................................... 119 ÍNDICE 15. redes de atenção à saúde .......................................................................................................................................................... 120 16. Política Nacional de Promoção de saúde ................................................................................................................................... 120 17. Política Nacional de Educação Permanente em saúde .............................................................................................................. 120 18. Modelo de atenção e processo de trabalho no SUS .................................................................................................................. 121 19. Determinantes do processo saúde-doença ............................................................................................................................... 122 20. Políticas de saúde e história das políticas de saúde no Brasil: retrospectiva histórica .............................................................. 122 21. Reforma sanitária .......................................................................................................................................................................Ex: rio (verbo “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta). QUESTÕES 1. (ENEM - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desa- fetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Ira- cema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jor- nal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada. História Viva, n.º 99, 2011. Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que (A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances. (B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal. (C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial. (D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional. (E) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista. 2. (FUVEST - 2013) A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela coope- ração voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos. (Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.) No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor (A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade. (B) considera utópicos os objetivos dessas ciências. (C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”. (D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências. (E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”. LÍNGUA PORTUGUESA 22 3. (UERJ - 2016) A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet: (A) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo. (B) configuram julgamentos vazios, ainda que existam crimes comprovados. (C) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de acusados. (D) apressam-se em opiniões superficiais, mesmo que possuam dados concretos. 4. (FUNDEP – 2014) As tipologias textuais são constructos teóricos inerentes aos gêneros, ou seja, lança-se mão dos tipos para a produção dos gêneros diversos. Um professor, ao solicitar à turma a escrita das “regras de um jogo”, espera que os estudantes utilizem, predominantemente, a tipologia (A) descritiva, devido à presença de adjetivos e verbos de ligação. (B) narrativa, devido à forte presença de verbos no passado. (C) injuntiva, devido à presença dos verbos no imperativo. (D) dissertativa, devido à presença das conjunções. 5. (ENEM 2010) MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006. Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é (A) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado. (B) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo. (C) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo. (D) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas. (E) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna. 6. (IBADE – 2020 adaptada) https://www.dicio.com.br/partilhar/ acesso em fevereiro de 2020 LÍNGUA PORTUGUESA 23 O texto apresentado é um verbete. Assinale a alternativa que representa sua definição (A) é um tipo textual dissertativo-argumentativo, com o intuito de persuadir o leitor. (B) é um tipo e gênero textual de caráter descritivo para de- talhar em adjetivos e advérbios o que é necessário entender. (C) é um gênero textual de viés narrativo para contar em crono- logia obrigatória o enredo por meio de personagens. (D) é um gênero textual de caráter informativo, que tem por in- tuito explicar um conceito, mais comumente em um dicionário ou enciclopédia. (E) é um tipo textual expositivo, típico em redações escolares. 7. (INSTITUTO AOCP/2017 – EBSERH) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão adequadamente grafadas. (A) Silhueta, entretenimento, autoestima. (B) Rítimo, silueta, cérebro, entretenimento. (C) Altoestima, entreterimento, memorização, silhueta. (D) Célebro, ansiedade, auto-estima, ritmo. (E) Memorização, anciedade, cérebro, ritmo. 8. (ALTERNATIVE CONCURSOS/2016 – CÂMARA DE BANDEI- RANTES-SC) Algumas palavras são usadas no nosso cotidiano de forma incorreta, ou seja, estão em desacordo com a norma culta padrão. Todas as alternativas abaixo apresentam palavras escritas erroneamente, exceto em: (A) Na bandeija estavam as xícaras antigas da vovó. (B) É um privilégio estar aqui hoje. (C) Fiz a sombrancelha no salão novo da cidade. (D) A criança estava com desinteria. (E) O bebedoro da escola estava estragado. 9. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases abaixo com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo, de classificação. “____________ o céu é azul?” “Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram trân- sito pelo caminho.” “Gostaria muito de saber o ____________ de você ter faltado ao nosso encontro.” “A Alemanha é considerada uma das grandes potências mun- diais. ____________?” (A) Porque – porquê – por que – Por quê (B) Porque – porquê – por que – Por quê (C) Por que – porque – porquê – Por quê (D) Porquê – porque – por quê – Por que (E) Por que – porque – por quê – Porquê 10. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto: Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Uma organização não governamental holandesa está propondo um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social. O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológi- cos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder par- ticipar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar um contador na rede social. Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência. Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. (http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.) Após ler o texto acima, examine as passagensdo primeiro pa- rágrafo: “Uma organização não governamental holandesa está pro- pondo um desafio” “O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social.” A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão: (A) da retomada de informações que podem ser facilmente de- preendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes seman- ticamente. (B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo possível a troca dos artigos nos enunciados, pois isso não alte- raria o sentido do texto. (C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de informação conhecida, e da especificação, no segundo, com informação nova. (D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso, e da retomada de uma informação já conhecida, no segundo. (E) de informações novas, nas duas ocorrências, motivo pelo qual são introduzidas de forma mais generalizada 11. (UFMG-ADAPTADA) As expressões em negrito correspon- dem a um adjetivo, exceto em: (A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo. (B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho. (C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. (D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga sem fim. (E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. 12. (UMESP) Na frase “As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são, respectivamente: (A) adjetivo, adjetivo (B) advérbio, advérbio (C) advérbio, adjetivo (D) numeral, adjetivo (E) numeral, advérbio 13. (BANCO DO BRASIL) Opção que preenche corretamente as lacunas: O gerente dirigiu-se ___ sua sala e pôs-se ___ falar ___ todas as pessoas convocadas. (A) à - à – à (B) a - à – à (C) à - a – a (D) a - a – à (E) à - a - à 14. (FEI) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das seguintes orações: I. Precisa falar ___ cerca de três mil operários. II. Daqui ___ alguns anos tudo estará mudado. III. ___ dias está desaparecido. IV. Vindos de locais distantes, todos chegaram ___ tempo ___ reunião. LÍNGUA PORTUGUESA 24 (A) a - a - há - a – à (B) à - a - a - há – a (C) a - à - a - a – há (D) há - a - à - a – a (E) a - há - a - à – a. 15. (TRE) O uso do acento grave (indicativo de crase ou não) está incorreto em: (A) Primeiro vou à feira, depois é que vou trabalhar. (B) Às vezes não podemos fazer o que nos foi ordenado. (C) Não devemos fazer referências àqueles casos. (D) Sairemos às cinco da manhã. (E) Isto não seria útil à ela. 16. (ENEM – 2014) Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal ‒ eu não fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para recla- mar: moderna demais, antiquada demais. Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos que parecem passar despercebidos, outros ren- dem um montão de recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei com minha namorada”. Os es- tímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: é como me botarem no colo ‒ também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo quando parece que estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais se- creto de calar. LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de janeiro: Record, 2004. Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a ar- ticulação entre suas partes. Quanto à construção do fragmento, o elemento (A) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”. (B) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”. (C) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”. (D) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”. (E) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”. 17. (FCC – 2007) O emprego do elemento sublinhado compro- mete a coerência da frase: (A) Cada época tem os adolescentes que merece, pois estes são influenciados pelos valores socialmente dominantes. (B) Os jovens perderam a capacidade de sonhar alto, por conse- guinte alguns ainda resistem ao pragmatismo moderno. (C) Nos tempos modernos, sonhar faz muita falta ao adolescen- te, bem como alimentar a confiança em sua própria capacidade criativa. (D) A menos que se mudem alguns paradigmas culturais, as ge- rações seguintes serão tão conformistas quanto a atual. (E) Há quem fique desanimado com os jovens de hoje, por- quanto parece faltar-lhes a capacidade de sonhar mais alto. 18. (UDESC – 2008) Identifique a ordem em que os períodos devem aparecer, para que constituam um texto coeso e coerente. (Texto de Marcelo Marthe: Tatuagem com bobagem. Veja, 05 mar. 2008, p. 86.) I - Elas não são mais feitas em locais precários, e sim em gran- des estúdios onde há cuidado com a higiene. II - As técnicas se refinaram: há mais cores disponíveis, os pig- mentos são de melhor qualidade e ferramentas como o laser tor- naram bem mais simples apagar uma tatuagem que já não se quer mais. III - Vão longe, enfim, os tempos em que o conceito de tatua- gem se resumia à velha âncora de marinheiro. IV - Nos últimos dez ou quinze anos, fazer uma tatuagem dei- xou de ser símbolo de rebeldia de um estilo de vida marginal. Assinale a alternativa que contém a sequência correta, em que os períodos devem aparecer. (A) II, I, III, IV (B) IV, II, III, I (C) IV, I, II, III (D) III, I, IV, II (E) I, III, II, IV 19. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós ____________________.” Apenas uma das alternativas completa coerente e adequada- mente a frase acima. Assinale-a. (A) desfilando pelas passarelas internacionais. (B) desista da ação contra aquele salafrário. (C) estejamos prontos em breve para o trabalho. (D) recuperássemos a vaga de motorista da firma. (E) tentamos aquele emprego novamente. 20. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do texto a seguir: “Todas as amigas estavam _______________ ansiosas _______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra- paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên- cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________ arte.” (A) meio - para - bastante - para com o - para - para a (B) muito - em - bastante - com o - nas - em (C) bastante - por - meias - ao - a - à (D) meias - para - muito - pelo - em - por (E) bem - por - meio - para o - pelas – na 21. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática: I - Os brasileiros somos todos eternos sonhadores. II - Muito obrigadas! – disseram as moças. III - Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada. IV - A pobre senhora ficou meio confusa. V - São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso. (A) em I e II (B) apenas em IV LÍNGUA PORTUGUESA 25 (C) apenas em III (D) em II, III e IV (E) apenas em II 22. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é: (A) O governador insistia em afirmar que o assunto principal seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam líderes pefelistas. (B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros paí- ses passou despercebida. (C) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação social. (D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um morador não muito consciente com a limpeza da cidade. (E)O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui- mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra, a aventura à repetição. 23. (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas correspondentes. A arma ___ se feriu desapareceu. Estas são as pessoas ___ lhe falei. Aqui está a foto ___ me referi. Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava. Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos. (A) que, de que, à que, cujo, que. (B) com que, que, a que, cujo qual, onde. (C) com que, das quais, a que, de cujo, onde. (D) com a qual, de que, que, do qual, onde. (E) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja. 24. (FMPA – MG) Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamen- te aplicada: (A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. (B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros. (C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. (D) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever. (E) A cessão de terras compete ao Estado. 25. (UEPB – 2010) Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos maiores nomes da educação mundial na atualidade. Carlos Alberto Torres 1O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Por- tanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe muito no 3pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diver- sidade não só em ideias contrapostas, mas também em 5identida- des que se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um processo de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diver- sidade está relacionada com a questão da educação 8e do poder. Se a diversidade fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e a realidade fosse uma boa articulação 10dessa descrição demográ- fica em termos de constante articulação 11democrática, você não sentiria muito a presença do tema 12diversidade neste instante. Há o termo diversidade porque há 13uma diversidade que implica o uso e o abuso de poder, de uma 14perspectiva ética, religiosa, de raça, de classe. […] Rosa Maria Torres 15O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, abre 16muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto 17po- lítico e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 18e pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de reconhecer que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o tema da diversidade também pode dar lugar a uma 22série de coisas indesejadas. […] Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e possibilidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29. Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo semântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperôni- mo, em relação à “diversidade”. II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diversi- dade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instaura no paradigma argumentativo do enunciado. III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso co- loquial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversi- dade e identidade”. Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposi- ção(ões) verdadeira(s). (A) I, apenas (B) II e III (C) III, apenas (D) II, apenas (E) I e II GABARITO 1 D 2 E 3 C 4 C 5 B 6 D 7 A 8 B 9 C 10 D 11 B LÍNGUA PORTUGUESA 26 12 B 13 C 14 A 15 E 16 A 17 A 18 C 19 C 20 A 21 C 22 E 23 C 24 C 25 B ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ 27 NOÇÕES DE INFORMÁTICA NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL (AMBIENTES LI- NUX E WINDOWS) Windows 7 Conceito de pastas e diretórios Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas- ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze- nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos). Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais. Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas. No caso da figura acima, temos quatro pastas e quatro arqui- vos. Arquivos e atalhos Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos. • Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc. • Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina- da pasta ou arquivo propriamente dito. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 28 Área de trabalho do Windows 7 Área de transferência A área de transferência é muito importante e funciona em se- gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários tipos de itens, tais como arquivos, informações etc. – Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, estamos copiando dados para esta área intermediária. – Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na área de transferência. Manipulação de arquivos e pastas A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e pastas e outrosobjetos é através do “Meu Computador”. Podemos executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas- tas, criar atalhos etc. Uso dos menus Programas e aplicativos • Media Player • Media Center • Limpeza de disco • Desfragmentador de disco • Os jogos do Windows. • Ferramenta de captura • Backup e Restore Interação com o conjunto de aplicativos Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en- tendermos melhor as funções categorizadas. Facilidades O Windows possui um recurso muito interessante que é o Cap- turador de Tela , simplesmente podemos, com o mouse, recortar a parte desejada e colar em outro lugar. Música e Vídeo Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente expe- riência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar playlists e etc., isso também é válido para o media center. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 29 Ferramentas do sistema • A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró- prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente confirmar sua exclusão. • O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito impor- tante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos ficam internamente desorganizados, isto faz que o computador fi- que lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza internamente tornando o computador mais rápido e fazendo com que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez. • O recurso de backup e restauração do Windows é muito im- portante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mes- mo escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma có- pia de segurança. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 30 Windows 8 Conceito de pastas e diretórios Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas- ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze- nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos). Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais. Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas. No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos. Arquivos e atalhos Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos. • Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc. • Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina- da pasta ou arquivo propriamente dito. Área de trabalho do Windows 8 Área de transferência A área de transferência é muito importante e funciona em se- gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários tipos de itens, tais como arquivos, informações etc. – Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, estamos copiando dados para esta área intermediária. – Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na área de transferência. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 31 Manipulação de arquivos e pastas A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas- tas, criar atalhos etc. Uso dos menus Programas e aplicativos Interação com o conjunto de aplicativos Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en- tendermos melhor as funções categorizadas. Facilidades O Windows possui um recurso muito interessante que é o Cap- turador de Tela, simplesmente podemos, com o mouse, recortar a parte desejada e colar em outro lugar. Música e Vídeo Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente expe- riência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar playlists e etc., isso também é válido para o media center. Jogos Temos também jogos anexados ao Windows 8. Transferência O recurso de transferência fácil do Windows 8 é muito impor- tante, pois pode ajudar na escolha de seus arquivos para serem sal- vos, tendo assim uma cópia de segurança. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 32 A lista de aplicativos é bem intuitiva, talvez somente o Skydrive mereça uma definição: • Skydrive é o armazenamento em nuvem da Microsoft, hoje portanto a Microsoft usa o termo OneDrive para referenciar o ar- mazenamento na nuvem (As informações podem ficar gravadas na internet). Windows 10 Conceito de pastas e diretórios Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas- ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze- nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos). Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais. Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas. No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos. Arquivos e atalhos Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos. • Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc. • Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina- da pasta ou arquivo propriamente dito. Área de trabalho Área de transferência A área de transferência é muito importante e funciona em se- gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários tipos de itens, tais como arquivos, informações etc. – Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, estamos copiando dados para esta área intermediária. – Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na área de transferência. Manipulação de arquivos e pastas A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas- tas, criar atalhos etc. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 33 Uso dos menus Programas e aplicativos e interação com o usuário Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en- tendermos melhor as funções categorizadas. – Música e Vídeo: Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente experiência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar playlists e etc., isso também é válido para o media center. – Ferramentas do sistema • A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró- prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente confirmar sua exclusão. • O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito impor- tante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos ficam internamente desorganizados, isto faz que o computador fi- que lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza internamente tornando o computador mais rápido e fazendo com que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez. • O recurso de backup e restauração do Windows é muito im- portante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mes- mo escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma có- pia de segurança. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 34 Inicialização e finalização Quando fizermos login no sistema, entraremos direto no Windows, porém para desligá-lo devemos recorrer ao e: O WINDOWS 11 é o sistema operacional da MICROSOFT mais utilizado do mundo para utilização nos computadores. O WINDOWS tem uma sucessão de versõesque atualizaram e criaram vários recursos para melhorar a experiência do usuário. Abaixo vamos destacar essas melhorias separadas em categorias. — Acessibilidade No WINDOWS 11 é possível tornar o computador mais acessível alterando a cor, o tamanho do mouse, da letra, estilo e etc. Isto é possível acessando o menu CONFIGURAÇÕES è ACESSIBILIDADE NOÇÕES DE INFORMÁTICA 35 — Bate-papo No WINDOWS 11 é possível fazer chamadas de chat e vídeo diretamente da área de trabalho, com apenas um toque. Bastar clicar no ícone de câmera na barra de tarefas conforme a imagem abaixo: — Organização Com o WINDOWS 11 tornou-se possível ajustar todas as janelas, conforme abaixo: – Ajustar com um mouse; – Ajustar com um teclado; – Ajuste de layouts de snap; O layout de SNAPS permite o ajustes das janelas de acordo com layouts predefinidos, conforme explicado abaixo: Ao apontar o mouse para o botão: O seguintes layouts serão mostrados: Conforme a respectiva imagem, o usuário poderá clicar em um dos quatro formatos de janelas. Feito isso, elas ficarão posicionadas conforme a escolha do usuário. — Personalização No WINDOWS 11 é possível definir temas através de Configurações > Aparência. É possível personalizar o quadro de WIDGETS (pequenas janelas que mostram uma determinada situação que ficam posicionadas na área de trabalho. Temos como exemplos de WIDGETS: – Uma janela que mostra a temperatura; – Uma janela que mostra as cotações da bolsa. Dentro deste contexto é possível é possível ocultar, remover e fixar widgets. Exemplos de widgets: — Atalhos para as funções principais, mais importantes e utilizadas Windows: Abre ou fecha o menu iniciar. Windows + S: Permite a pesquisa rápida de itens. Windows + Shift + S: Captura a tela ou parte dela. Windows + W: Move direto para o quadro de WIDGETS. Windows + E: Acessa diretamente o explorador de arquivos. Windows + D: Minimiza todos os aplicativos abertos. Windows + V: Salva itens copiados ou recortados recentemente na área de transferência para colar posteriormente em outros locais. Windows + L: Bloqueia a tela. Windows + I: Inicia as configurações. Windows + PRTSCN: Salva uma captura de tela inteira. Windows + E: Abre o Explorador de arquivos. Windows + Alt + PRTSCN: Salva captura de tela da janela em foco para arquivar. Windows + Ctrl + D: Adiciona uma área de trabalho virtual. Windows + Ctrl + Seta para a direita: Serve para alternar entre áreas de trabalho virtuais criadas. Windows + Ctrl + Seta para a esquerda: Alterna entre áreas de trabalho virtuais criadas à esquerda. Windows + Ctrl + F4: Fecha a área de trabalho virtual que está em uso. CTRL + C: Copia item para a área de transferência. CTRL + V: Cola o item previamente copiado ou recortado. CTRL + X: Recorta o item para a área de transferência. ALT + F4: Fecha janela. O Linux é um sistema operacional livre baseado no antigo UNIX, desenvolvido nos anos 60. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 36 Ele é uma cópia do Unix feito por Linus Torvalds, junto com um grupo de hackers pela Internet. Seguiu o padrão POSIX (família de normas definidas para a manutenção de compatibilidade entre sistemas operacionais), padrão usado pelas estações UNIX e desenvolvido na linguagem de programação, C1. Linus Torvalds, em 1991, criou um clone do sistema Minix (sistema operacional desenvolvido por Andrew Tannenbaun que era seme- lhante ao UNIX) e o chamou de Linux2. LINUS + UNIX = LINUX. Composição do Linux Por ser um Sistema Operacional, o Linux tem a função de gerenciar todo o funcionamento de um computador, tanto a parte de hard- ware (parte física) como a parte de software (parte Lógica). O Sistema Operacional Linux é composto pelos seguintes componentes. • Kernel (núcleo): é um software responsável por controlar as interações entre o hardware e outros programas da máquina. O kernel traduz as informações que recebe ao processador e aos demais elementos eletrônicos do computador. É, portanto, uma série de arquivos escritos em linguagem C e Assembly, que formam o núcleo responsável por todas as atividades executadas pelo sistema operacional. No caso do Linux, o código-fonte (receita do programa) é aberto, disponível para qualquer pessoa ter acesso, assim podendo modificá-lo. • Shell (concha): o intérprete de comandos é a interface entre o usuário e o sistema operacional. A interface Shell funciona como o intermediário entre o sistema operacional e o usuário graças às linhas de comando escritas por ele. A sua função é ler a linha de comando, interpretar seu significado, executar o comando e devolver o resultado pelas saídas. • Prompt de comando: é a forma mais arcaica de o usuário interagir com o Kernel por meio do Shell. Prompt de comando.3 • Interface gráfica (GUI): conhecida também como gerenciador de desktop/área de trabalho, é a forma mais recente de o usuário interagir com o sistema operacional. A interação é feita por meio de janelas, ícones, botões, menus e utilizando o famoso mouse. O Linux possui inúmeras interfaces gráficas, sendo as mais usadas: Unity, Gnome, KDE, XFCE, LXDE, Cinnamon, Mate etc. 1 MELO, F. M. Sistema Operacional Linux. Livro Eletrônico. 2 https://bit.ly/32DRvTm 3 https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2016/09/como-executar-dois-ou-mais-comandos-do-linux-ao-mesmo-tempo.html NOÇÕES DE INFORMÁTICA 37 Ubuntu com a interface Unity.4 Principais Características do Linux • Software livre: é considerado livre qualquer programa que pode ser copiado, usado, modificado e redistribuído de acordo com as necessidades de cada usuário. Em outras palavras, o software é considerado livre quando atende a esses quatro tipos de liberdades defi- nidas pela fundação. • Multiusuário: permite que vários usuários acessem o sistema ao mesmo tempo. Geralmente o conceito se aplica a uma rede, na qual podemos ter um servidor e várias pessoas acessando simultaneamente. • Código aberto (Open Source): qualquer pessoa pode ter acesso ao código-fonte (receita) do programa. • Multitarefa: permite que diversos programas rodem ao mesmo tempo, ou seja, você pode estar digitando um texto no Libre Office Writer e ao mesmo tempo trabalhar na planilha de vendas do Calc, por exemplo. Sem contar os inúmeros serviços disponibilizados pelo Sistema que estão rodando em background (segundo plano) e você nem percebe. • Multiplataforma: o Linux roda em diversos tipos de plataformas de computadores, sejam eles x86 (32bits) ou x64 (64bits). As distri- buições mais recentes do Ubuntu estão abolindo as arquiteturas de 32 bits. • Multiprocessador: permite o uso de mais de um processador no mesmo computador. • Protocolos: pode trabalhar com diversos protocolos de rede (TCP/IP). • Case Sensitive: diferenciar letras maiúsculas (caixa alta) de letras minúsculas (caixa baixa). Exemplo: ARQUIVO1ºdt é diferente de arquivo1ºdt. O caractere ponto “.”, antes de um nome, renomeia o arquivo para arquivo oculto. O caractere não aceito em nomes de arquivos e diretórios no Linux é a barra normal “/”. • Preemptivo: é a capacidade de tirar de execução um processo em detrimento de outro. O Linux interrompe um processo que está executando para dar prioridade a outro. • Licença de uso (GPL): GPL (licença pública geral) permite que os programas sejam distribuídos e reaproveitados, mantendo, porém, os direitos do autor por forma a não permitir que essa informação seja usada de uma maneira que limite as liberdades originais. A licença não permite, por exemplo, que o código seja apoderado por outra pessoa, ou que sejam impostas sobre ele restrições que impeçam que seja distribuído da mesma maneira que foi adquirido. • Memória Virtual (paginada/paginação): a memória virtual é uma área criada pelo Linux no disco rígido (HD) do computador de troca de dados que serve como uma extensão da memória principal (RAM). • Bibliotecas compartilhadas: são arquivos que possuem módulos que podem ser reutilizáveis por outras aplicações. Em vez de o software necessitar de ter um módulo próprio,poderá recorrer a um já desenvolvido e mantido pelo sistema (arquivo.so). • Administrador (Super usuário/Root): é o usuário que tem todos os privilégios do sistema. Esse usuário pode alterar tudo que há no sistema, excluir e criar partições na raiz (/) manipular arquivos e configurações especiais do sistema, coisa que o usuário comum não pode fazer. Representado pelo símbolo: #. 4 Fonte: http://ninjadolinux.com.br/interfaces-graficas. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 38 • Usuário comum (padrão): é o usuário que possui restrições a qualquer alteração no sistema. Esse usuário não consegue cau- sar danos ao sistema devido a todas essas restrições. Representado pelo símbolo: $. Distribuições do Linux As mais famosas distribuições do Linux são: Red Hat, Ubuntu, Conectiva, Mandriva, Debian, Slackware, Fedora, Open Suse, Apa- che (WebServer), Fenix, Kurumim, Kali, Kalango, Turbo Linux, Chro- me – OS, BackTrack, Arch Linux e o Android (Linux usados em dispo- sitivos móveis; Smartphone, Tablets, Relógios, etc.). Os Comandos Básicos do Linux O Linux entra direto no modo gráfico ao ser inicializado, mas também, é possível inserir comandos no sistema por meio de uma aplicação de terminal. Esse recurso é localizável em qualquer dis- tribuição. Se o computador não estiver com o modo gráfico ativa- do, será possível digitar comandos diretamente, bastando se logar. Quando o comando é inserido, cabe ao interpretador de comandos executá-lo. O Linux conta com mais de um, sendo os mais conheci- dos o bash e o sh. Para utilizá-los, basta digitá-los e pressionar a tecla Enter do teclado. É importante frisar que, dependendo de sua distribuição Linux, um ou outro comando pode estar indisponível. Além disso, alguns comandos só podem ser executados por usuários com privi- légios de administrador. O Linux é case sensitive, ou seja, seus comandos têm que ser digitados em letras minúsculas, salvo algumas letras de comandos opcionais, que podem ter tanto em maiúscula como em minúscula, mas terá diferença de resposta de uma para a outra. A relação a seguir mostra os comandos seguidos de uma des- crição. bg: colocar a tarefa em background (segundo plano). cal: exibe um calendário. cat arquivo: mostra o conteúdo de um arquivo. Por exemplo, para ver o arquivo concurso. txt, basta digitar cat concurso.txt. É utilizado também para concatenar arquivos exibindo o resultado na tela. Basta digitar: $ cat arquivo1 > arquivo2. cd diretório: abre um diretório. Por exemplo, para abrir a pasta /mnt, basta digitar cd /mnt. Para ir ao diretório raiz a partir de qual- quer outro, digite apenas cd. Cd–: volta para o último diretório acessado (funciona como a função “desfazer”). Cd~: funciona como o “home”, ou seja, vai para o diretório do usuário. Cd..: “volta uma pasta”. chattr: modifica atributos de arquivos e diretórios. chmod: comando para alterar as permissões de arquivos e di- retórios. chown: executado pelo root permite alterar o proprietário ou grupo do arquivo ou diretório, alterando o dono do arquivo ou gru- po. # chown usuário arquivo # chown usuário diretório Para saber quem é o dono e qual o grupo que é o proprietário da pasta, basta dar o comando: # ls -l / Dessa forma, pode-se ver os proprietários das pastas e dos ar- quivos. clear: elimina todo o conteúdo visível, deixando a linha de co- mando no topo, como se o sistema acabasse de ter sido acessado. cp origem destino: copia um arquivo ou diretório para outro local. Por exemplo, para copiar o arquivo concurso.txt com o nome concurso2.txt para /home, basta digitar cp concurso. txt /home/ concurso 2.txt. cut: o comando cut é um delimitador de arquivos, o qual pode ser utilizado para delimitar um arquivo em colunas, número de ca- racteres ou por posição de campo. Sintaxe: # cut date: mostra a data e a hora atual. df: mostra as partições usadas, espaço livre em disco. diff arquivo1 arquivo2: indica as diferenças entre dois arqui- vos, por exemplo: diff calc.c calc2.c. dir: lista os arquivos e diretórios da pasta atual; comando “ls” é o mais usado e conhecido para Linux. dir é comando típico do Windows. du diretório: mostra o tamanho de um diretório. emacs: abre o editor de textos emacs. fg: colocar a tarefa em foreground (primeiro plano). file arquivo: mostra informações de um arquivo. find diretório parâmetro termo: o comando find serve para lo- calizar informações. Para isso, deve-se digitar o comando seguido do diretório da pesquisa mais um parâmetro (ver lista abaixo) e o termo da busca. Parâmetros: name – busca por nome type – busca por tipo size – busca pelo tamanho do arquivo mtime – busca por data de modificação Exemplo: find /home name tristania finger usuário: exibe informações sobre o usuário indicado. free: mostra a quantidade de memória RAM disponível. grep: procura por um texto dentro de um arquivo. gzip: compactar um arquivo. Entre os parâmetros disponíveis, tem-se: -c – extrai um arquivo para a saída padrão; -d – descompacta um arquivo comprimido; -l – lista o conteúdo de um arquivo compactado; -v – exibe detalhes sobre o procedimento; -r – compacta pastas; -t – testa a integridade de um arquivo compactado. halt: desliga o computador. help: ajuda. history: mostra os últimos comandos inseridos. id usuário: mostra qual o número de identificação do usuário especificado no sistema. ifconfig: é utilizado para atribuir um endereço a uma interface de rede ou configurar parâmetros de interface de rede. -a – aplicado aos comandos para todas as interfaces do sistema. -ad – aplicado aos comandos para todos “down” as interfaces do sistema. -au – aplicado aos comandos para todos “up” as interfaces do sistema. Permissões no Linux As permissões são usadas para vários fins, mas servem princi- palmente para proteger o sistema e os arquivos dos usuários. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 39 Somente o superusuário (root) tem ações irrestritas no sistema, justamente por ser o usuário responsável pela configuração, adminis- tração e manutenção do Linux. Cabe a ele, por exemplo, determinar o que cada usuário pode executar, criar, modificar etc. A forma usada para determinar o que o usuário pode fazer é a determinação de permissões. Observe: Observe que a figura acima exibe uma listagem dos arquivos presentes no Linux. No lado esquerdo, são exibidas as permissões dos arquivos. • Detalhando as Permissões Tipos de arquivos (observe a primeira letra à esquerda): “d” Arquivo do tipo diretório (pasta) “-” Arquivo comum (arquivo de texto, planilha, imagens…) “l” Link (atalho) Tipos de permissões (o que os usuários poderão fazer com os arquivos): r: read (ler) w: writer (gravar) x: execute (executar) “-”: não permitido Tipos de usuários (serão três categorias de usuários): Proprietário (u) Grupos de usuários (g) Usuário comum (o) Tabela de permissões (a tabela é composta de oito combinações): 0: sem permissão 1: executar 2: gravar 3: gravar/executar 4: ler 5: ler/executar 6: ler/gravar 7: ler/gravar/executar Comando para alterar uma permissão: chmod Estrutura de Diretórios e Arquivos O Linux, assim como o Windows, possui seu sistema de gerenciamento de arquivos, que pode variar de acordo com a distribuição. Os mais conhecidos são: Konqueror, Gnome, Dolphin, Krusader, Pcman, XFE. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 40 Gerenciador de arquivos Dolphin.5 Enquanto no Windows a partição raiz geralmente é “C:\”, os programas são instalados em “C:\Arquivos de Programas” e os arquivos do sistema em C:\WINDOWS, no GNU/Linux, é basicamente o contrário: o diretório raiz é representado pela barra “/”, que pode ficar ar- mazenado no disco físico ou em uma unidade de rede, e todos os arquivos e pastas do sistema ficam dentro dele. Vejamos: / – diretório raiz, armazena todos os outros. /bin – armazena os executáveis dos comandos básicos do sistema. /boot – é onde ficam o kernel e os arquivos de boot (inicialização) do sistema. /cdrom – o diretório /cdrom não faz parte do padrão FHS, mas você pode encontrá-lo no Ubuntu e em outrasversões do sistema operacional. É um local temporário para CD-ROMs inseridos no sistema. No entanto, o local padrão para a mídia temporária está dentro do diretório /media. /dev – dispositivos de entrada/saída (disquete, disco rígido, paca de som etc.). Todos os arquivos contidos nesse diretório (/dev/hda, /dev/dsp, /dev/fd0 etc) são ponteiros para dispositivos de hardware. /etc – armazena os arquivos de configuração do sistema, como se fossem o arquivo de registro do Windows. /home – aqui ficam as pastas e os arquivos dos usuários. O root tem acesso a todas elas, mas cada usuário só tem acesso às suas próprias pastas. /lib – bibliotecas do sistema, como se fosse o diretório System32 do Windows. /lib64 – bibliotecas do sistema, arquitetura 64 bits. /media – o diretório /media contém subdiretórios em que os dispositivos de mídia removível inseridos no computador são montados. Por exemplo, quando você insere um CD, DVD, pen drive em seu sistema Linux, um diretório será criado automaticamente dentro do dire- tório /media. Você pode acessar o conteúdo do CD dentro desse diretório. /mnt – ponto de montagem para dispositivos de hardware que estão em /dev. O leitor de CD encontrado em /dev/fd0, por exemplo, será montado em /mnt/cdrom. Ao contrário do Windows, no qual os discos e partições aparecem como C:, D:, E:, no GNU/Linux, eles aparecem como hda1, hda2, hdb, sdb, CD-ROM etc. /opt – possui os softwares que não fazem parte da instalação padrão do GNU/Linux. /proc – é criado na memória (portanto, não ocupa espaço em disco) pelo kernel e fornece informações sobre ele e os processos ativos. /root – diretório local do superusuário (root). /run – o diretório /run é relativamente novo e oferece aos aplicativos um local padrão para armazenar arquivos temporários, como soquetes e identificações de processos. Esses arquivos não podem ser armazenados em /tmp, pois os arquivos localizados em /tmp podem ser apagados. /sbin – contém arquivos referentes à administração e manutenção de hardware e software. /snap – arquivos de implantação e um sistema de gerenciamento de pacotes que foi projetado e construído pela Canonical para o sistema operacional Ubuntu phone. Com o suporte a Snap instalado em sua distribuição, já é possível instalar aplicativos diversos para o Linux. /srv – o diretório /srv contém “dados para serviços prestados pelo sistema”. Se você usa o servidor Apache em um site, provavelmente armazena os arquivos do seu site em um diretório dentro do /srv. /sys – a pasta sys tem basicamente a mesma finalidade atribuída ao diretório proc. /tmp – arquivos temporários. 5 https://linuxdicasesuporte.blogspot.com/2018/02/gerenciador-de-arquivos-dolphin-para.html NOÇÕES DE INFORMÁTICA 41 /usr – é o diretório com o maior número de arquivos, incluindo bibliotecas (/usr/lib) e executáveis (/usr/bin) dos principais programas. /usr/X11 – arquivos do sistema do gerenciador de janelas. /usr/man – manuais on-line. /var – arquivos variáveis, que mudam com frequência. Teclas de Atalhos Ctrl + Q: fechar o aplicativo ativo. Ctrl + A: selecionar tudo. Ctrl + S: salvar o documento ou alterações feitas. Ctrl + P: imprimir o documento. Ctrl + C: copiar o conteúdo selecionado. Ctrl + V: colar o conteúdo da área de transferência. Ctrl + X: cortar o conteúdo selecionado. Atalhos de Teclado com o Gnome Ctrl + Alt + Barra de espaço: reiniciar o Gnome. Alt + F2: abrir a caixa “Executar comando”. Alt + F4: fechar a janela atual. Alt + Tab: alternar entre janelas. Ctrl + Alt + F1: mudar para o primeiro terminal ou tty1 (sem modo gráfico). Alt + Print: tirar uma captura de tela da tela ativa. Atalhos de Terminal Seta para cima ou para baixo: pesquisar entre o histórico de comandos usados. Ctrl + C: matar o processo atual ou em execução. Ctrl + U: excluir a linha atual. EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT OFFICE E LIBREOFFICE) Microsoft Office O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas em geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos – Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações – PowerPoint. A seguir verificamos sua utilização mais comum: Word O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos então apresentar suas principais funcionalidades. • Área de trabalho do Word Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo com a necessidade. • Iniciando um novo documento A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações desejadas. • Alinhamentos Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinha- mentos automáticos disponíveis na plataforma do Word. GUIA PÁGINA INICIAL ALINHAMENTO TECLA DE ATALHO Justificar (arruma a direito e a esquerda de acordo com a margem Ctrl + J Alinhamento à direita Ctrl + G Centralizar o texto Ctrl + E Alinhamento à esquerda Ctrl + Q • Formatação de letras (Tipos e Tamanho) Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação), se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos auto- máticos. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 42 GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO Tipo de letra Tamanho Aumenta / diminui tamanho Recursos automáticos de caixa-altas e baixas Limpa a formatação • Marcadores Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da se- guinte forma: Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar diferentes tipos de marcadores automáticos: • Outros Recursos interessantes: GUIA ÍCONE FUNÇÃO Página inicial - Mudar Forma - Mudar cor de Fundo - Mudar cor do texto Inserir - Inserir Tabelas - Inserir Imagens Revisão Verificação e cor- reção ortográfica Arquivo Salvar Excel O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cál- culos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos, dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia a dia do uso pessoal e empresarial. São exemplos de planilhas: – Planilha de vendas; – Planilha de custos. Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados au- tomaticamente. • Mas como é uma planilha de cálculo? – Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados são calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas es- pecíficas do aplicativo. – A unidade central do Excel nada mais é que o cruzamento entre a linha e a coluna. No exemplo coluna A, linha 2 ( A2 ) – Podemos também ter o intervalo A1..B3 – Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na cé- lula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de uma planilha. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 43 • Formatação células • Fórmulas básicas ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY) SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY) MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY) DIVISÃO =(célulaX/célulaY) • Fórmulas de comum interesse MÉDIA (em um interva- lo de células) =MEDIA(célula X:célulaY) MÁXIMA (em um inter- valo de células) =MAX(célula X:célulaY) MÍNIMA (em um inter- valo de células) =MIN(célula X:célulaY) PowerPoint O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresenta- ções personalizadas para os mais diversos fins. Existem uma série de recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui veremos os princípios para a utilização do aplicativo. • Área de Trabalho do PowerPoint Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escre- ver conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior, também alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor. Perceba que a formatação dos textos é padronizada.O mesmo tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint, o Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópi- co referente ao Word, itens de formatação básica de texto como: alinhamentos, tipos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos gerais. Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam a aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no trabalho com o programa. Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pe- las quais podemos navegador, alternando entre áreas de trabalho. A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já apresentado anteriormente. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 44 Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se fizerem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de uma posição para outra utilizando o mouse. As Transições são recursos de apresentação bastante utilizados no PowerPoint. Servem para criar breves animações automáticas para passagem entre elementos das apresentações. Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma apre- sentação, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la bastando clicar no ícone correspondente no canto inferior direito. Um último recurso para chamarmos atenção é a possibilidade de acrescentar efeitos sonoros e interativos às apresentações, le- vando a experiência dos usuários a outro nível. Office 2013 A grande novidade do Office 2013 foi o recurso para explorar a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível nas versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque (TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamen- tos com telas simples funciona normalmente. O Office 2013 conta com uma grande integração com a nuvem, desta forma documentos, configurações pessoais e aplicativos po- dem ser gravados no Skydrive, permitindo acesso através de smart- fones diversos. • Atualizações no Word – O visual foi totalmente aprimorado para permitir usuários trabalhar com o toque na tela (TouchScreen); – As imagens podem ser editadas dentro do documento; – O modo leitura foi aprimorado de modo que textos extensos agora ficam disponíveis em colunas, em caso de pausa na leitura; – Pode-se iniciar do mesmo ponto parado anteriormente; – Podemos visualizar vídeos dentro do documento, bem como editar PDF(s). • Atualizações no Excel – Além de ter uma navegação simplificada, um novo conjunto de gráficos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário melhores formas de apresentar dados. – Também está totalmente integrado à nuvem Microsoft. • Atualizações no PowerPoint – O visual teve melhorias significativas, o PowerPoint do Offi- ce2013 tem um grande número de templates para uso de criação de apresentações profissionais; – O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado; – Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o destaque de uma determinada área durante a apresentação; – No modo apresentador é possível visualizar o próximo slide antecipadamente; – Estão disponíveis também o recurso de edição colaborativa de apresentações. Office 2016 O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar junta- mente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que permite que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um mesmo projeto. Além disso, tivemos a integração com outras fer- ramentas, tais como Skype. O pacote Office 2016 também roda em smartfones de forma geral. • Atualizações no Word – No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao mesmo tempo, a edição colaborativa já está presente em outros produtos, mas no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar quando outro usuário está digitando; – Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar os documentos em tablets e smartfones; – É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo de pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para utilizar a pes- quisa inteligente; – É possível escrever equações como o mouse, caneta de to- que, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando assim a digitação de equações. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 45 • Atualizações no Excel – O Excel do Office 2016 manteve as funcionalidades dos ante- riores, mas agora com uma maior integração com dispositivos mó- veis, além de ter aumentado o número de gráficos e melhorado a questão do compartilhamento dos arquivos. • Atualizações no PowerPoint – O PowerPoint 2016 manteve as funcionalidades dos ante- riores, agora com uma maior integração com dispositivos moveis, além de ter aumentado o número de templates melhorado a ques- tão do compartilhamento dos arquivos; – O PowerPoint 2016 também permite a inserção de objetos 3D na apresentação. Office 2019 O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microsoft, não hou- ve uma mudança tão significativa. Agora temos mais modelos em 3D, todos os aplicativos estão integrados como dispositivos sensí- veis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos. • Atualizações no Word – Houve o acréscimo de ícones, permitindo assim um melhor desenvolvimento de documentos; – Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”. Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você. • Atualizações no Excel – Foram adicionadas novas fórmulas e gráficos. Tendo como destaque o gráfico de mapas que permite criar uma visualização de algum mapa que deseja construir. • Atualizações no PowerPoint – Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta de zoom facilitando assim o desenvolvimento de apresentações; – Inclusão de imagens 3D na apresentação. Office 365 O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário sua instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o Word, Excel e PowerPoint. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 46 Observações importantes: – Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as me- lhorias citadas constam nele; – Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é res- ponsável por isso; – No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre atualizados. LibreOffice é uma suíte de aplicativos voltados para atividades de escritório semelhantes aos do Microsoft Office (Word, Excel, Po- werPoint ...). Vamos verificar então os aplicativos do LibreOffice: Writer, Calc e o Impress). O LibreOffice está disponível para Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X, mas é amplamente utilizado por usuários não Windo- ws, visto a sua concorrência com o OFFICE. Abaixo detalharemos seus aplicativos: LibreOffice Writer O Writer é um editor de texto semelhante ao Word embutido na suíte LibreOffice, com ele podemos redigir cartas, livros, aposti- las e comunicações em geral. Vamos então detalhar as principais funcionalidades. Área de trabalho do Writer Nesta área podemos digitar nosso texto e formatá-lo de acordo com a necessidade. Suas configurações são bastante semelhantes às do conhecido Word, e é nessa área de trabalho que criaremos nossos documentos. Iniciando um novo documento Conhecendo a Barra de Ferramentas Alinhamentos Ao digitar um texto frequentemente temos que alinhá-lo para atender as necessidades do documento em que estamos trabalha- mos, vamos tratar um pouco disso a seguir: GUIA PÁGINA INCIAL ALINHAMENTO TECLA DE ATALHO Alinhamento a esquerda Control + L Centralizar o texto Control + E Alinhamento a direita Control + R Justificar (isto é arruma os dois lados, direita e esquerda de acordo com as margens. Control + J Formatação de letras (Tipos e Tamanho) GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO Tipo de letra Tamanho da letra NOÇÕES DE INFORMÁTICA 47 Aumenta / diminui tamanho Itálico Sublinhado Taxado SobrescritoSubescrito Marcadores e listas numeradas Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da se- guinte forma: OU Nesse caso podemos utilizar marcadores ou a lista numerada na barra de ferramentas, escolhendo um ou outro, segundo a nossa necessidade e estilo que ser aplicado no documento. Outros Recursos interessantes: ÍCONE FUNÇÃO Mudar cor de Fundo Mudar cor do texto Inserir Tabelas Inserir Imagens Inserir Gráficos Inserir Caixa de Texto Verificação e correção ortográfica Salvar LibreOffice Calc O Calc é um editor de planilhas semelhante ao Excel embutido na suíte LibreOffice, e com ele podemos redigir tabelas para cálcu- los, gráficos e estabelecer planilhas para os mais diversos fins. Área de trabalho do CALC Nesta área podemos digitar nossos dados e formatá-los de acordo com a necessidade, utilizando ferramentas bastante seme- lhantes às já conhecidas do Office. Vamos à algumas funcionalidades — Formatação de letras (Tipos e Tamanho) GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO Tipo de letra Tamanho da letra Aumenta / diminui tamanho Itálico Cor da Fonte Cor Plano de Fundo Outros Recursos interessantes ÍCONE FUNÇÃO Ordenar Ordenar em ordem crescente Auto Filtro Inserir Caixa de Texto Inserir imagem Inserir gráfico Verificação e correção ortográfica Salvar NOÇÕES DE INFORMÁTICA 48 Cálculos automáticos Além das organizações básicas de planilha, o Calc permite a criação de tabelas para cálculos automáticos e análise de dados e gráficos totais. São exemplos de planilhas CALC. — Planilha para cálculos financeiros. — Planilha de vendas — Planilha de custos Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados au- tomaticamente. Mas como funciona uma planilha de cálculo? Veja: A unidade central de uma planilha eletrônica é a célula que nada mais é que o cruzamento entre a linha e a coluna. Neste exem- plo coluna A, linha 2 ( Célula A2 ) Podemos também ter o intervalo A1..B3 Para inserirmos dados basta posicionarmos o cursor na célula e digitarmos, a partir daí iniciamos a criação da planilha. Formatação células Fórmulas básicas — SOMA A função SOMA faz uma soma de um intervalo de células. Por exemplo, para somar números de B2 até B6 temos =SOMA(B2;B6) — MÉDIA A função média faz uma média de um intervalo de células. Por exemplo, para calcular a média de B2 até B6 temos =MÉDIA(B2;B6) LibreOffice impress O IMPRESS é o editor de apresentações semelhante ao Power- Point na suíte LibreOffice, com ele podemos redigir apresentações para diversas finalidades. São exemplos de apresentações IMPRESS. — Apresentação para uma reunião; — Apresentação para uma aula; — Apresentação para uma palestra. A apresentação é uma excelente forma de abordagem de um tema, pois podemos resumir e ressaltar os principais assuntos abor- dados de forma explicativa. As ferramentas que veremos a seguir facilitam o processo de trabalho com a aplicação. Confira: Área de trabalho Ao clicarmos para entrar no LibreOffice Impress vamos nos de- parar com a tela abaixo. Nesta tela podemos selecionar um modelo para iniciar a apresentação. O modelo é uma opção interessante visto que já possui uma formatação prévia facilitando o início e de- senvolvimento do trabalho. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 49 Neste momento já podemos aproveitar a área interna para es- crever conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas, ou até mesmo excluí-las. No exemplo a seguir perceba que já escrevi um título na caixa superior e um texto na caixa inferior, também movi com o mouse os quadrados delimitados para adequá-los melhor. Formatação dos textos: Itens demarcados na figura acima: — Texto: Largura, altura, espaçamento, efeitos. — Caractere: Letra, estilo, tamanho. — Parágrafo: Antes, depois, alinhamento. — Marcadores e numerações: Organização dos elementos e tópicos. Outros Recursos interessantes: ÍCONE FUNÇÃO Inserir Tabelas Inserir Imagens Inserir Gráficos Inserir Caixa de Texto Verificação e correção ortográfica Salvar Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo obtendo vários no mesmo formato, e podemos apenas alterar o texto e imagens para criar os próximos. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 50 Percebemos agora que temos uma apresentação com dois sli- des padronizados, bastando agora alterá-los com os textos corre- tos. Além de copiar podemos movê-los de uma posição para outra, trocando a ordem dos slides ou mesmo excluindo quando se fizer necessário. Transições Um recurso amplamente utilizado é o de inserir as transições, que é a maneira como os itens dos slides vão surgir na apresenta- ção. No canto direito, conforme indicado a seguir, podemos selecio- nar a transição desejada: A partir daí estamos com a apresentação pronta, bastando cli- car em F5 para exibirmos o trabalho em tela cheia, também aces- sível no menu “Apresentação”, conforme indicado na figura abaixo. REDES DE COMPUTADORES. CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E INTRANET. PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO (MICROSOFT INTERNET EXPLORER, MOZILLA FIREFOX E GOOGLE CHROME). PROGRAMAS DE CORREIO ELETRÔNICO (OUTLOOK EXPRESS E MOZILLA THUNDERBIRD). SITES DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET. GRUPOS DE DISCUSSÃO Tipos de rede de computadores • LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro definido. Exemplos: casa, escritório, etc. • MAN: Rede Metropolitana, abrange uma cidade, por exem- plo. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 51 • WAN: É uma rede com grande abrangência física, maior que a MAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para entender- mos o conceito. Navegação e navegadores da Internet • Internet É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção global de computadores, celulares e outros dispositivos que se comunicam. • Procedimentos de Internet e intranet Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas in- formações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensagens, compartilhar dados, programas, baixar documentos (download), etc. • Sites Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar web sites para operações diversas. • Links O link nada mais é que uma referência a um documento, onde o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta para uma determinada página, pode apontar para um documento qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir. Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns dos principais navegadores de internet: Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google Chrome. Internet Explorer 11 • Identificar o ambiente O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Micro- soft, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador sim- plificado com muitos recursos novos. Dentro deste ambiente temos: – Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites; – Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um en- dereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https:// www.gov.br/pt-br/ – Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/ pt-br/ está aberta. – Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos – Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre outras. Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da inter- net muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que possibilitam ricas experiências para os usuários. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 52 • Características e componentes da janela principal do Internet Explorer À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica automa- ticamente desativada, possibilitando uma maior área de exibição. Vamos destacar alguns pontos segundo as indicações da figura: 1. Voltar/Avançar página Como o próprio nomediz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente; 2. Barra de Endereços Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada; 3. Ícones para manipulação do endereço da URL Estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da situação pode aparecer fechar ou atualizar. 4. Abas de Conteúdo São mostradas as abas das páginas carregadas. 5. Página Inicial, favoritos, ferramentas, comentários 6. Adicionar à barra de favoritos Mozila Firefox Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto de nosso estudo: NOÇÕES DE INFORMÁTICA 53 Vejamos de acordo com os símbolos da imagem: 1 Botão Voltar uma página 2 Botão avançar uma página 3 Botão atualizar a página 4 Voltar para a página inicial do Firefox 5 Barra de Endereços 6 Ver históricos e favoritos 7 Mostra um painel sobre os favoritos (Barra, Menu e outros) 8 Sincronização com a conta FireFox (Vamos detalhar adiante) 9 Mostra menu de contexto com várias opções – Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na internet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados como: Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc., sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado com o seu e-mail de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computa- dor público sempre desative a sincronização para manter seus da- dos seguros após o uso. Google Chrome O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponi- biliza inúmeras funções que, por serem ótimas, foram implementa- das por concorrentes. Vejamos: • Sobre as abas No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas tam- bém como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se qui- sermos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal (+). A barra de endereços é o local em que se digita o link da página visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao digitar palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é acionado e exibe os resultados. Vejamos de acordo com os símbolos da imagem: 1 Botão Voltar uma página 2 Botão avançar uma página 3 Botão atualizar a página 4 Barra de Endereço. 5 Adicionar Favoritos 6 Usuário Atual 7 Exibe um menu de contexto que iremos relatar seguir. O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostuma- dos ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebe- mos que o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum atualmente, a seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcio- nalidades. • Favoritos No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adi- cionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e pronto. Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Fa- voritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista. Para removê-lo, basta clicar em excluir. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 54 • Histórico O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para aces- sá-lo, podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, onde podemos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo dia a dia se preferir. • Pesquisar palavras Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso, utilizamos o atalho do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado. • Salvando Textos e Imagens da Internet Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta. • Downloads Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Nes- te caso, o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos. • Sincronização Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é im- portante para manter atualizadas nossas operações, desta forma, se por algum motivo trocarmos de computador, nossos dados esta- rão disponíveis na sua conta Google. Por exemplo: – Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão disponíveis. – Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google. No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para ativar e desativar. Safari O Safari é o navegador da Apple, e disponibiliza inúmeras fun- ções implementadas. Vejamos: NOÇÕES DE INFORMÁTICA 55 • Guias Vejamos os comandos principais de acordo com os símbolos da imagem: 1 Botão Voltar uma página 2 Botão avançar uma página 3 Botão atualizar a página 4 Barra de Endereço. 5 Adicionar Favoritos 6 Ajustes Gerais 7 Menus para a página atual. 8 Lista de Leitura Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas bastante comuns. Vejamos algumas de suas funcionalidades: • Lista de Leitura e Favoritos No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para posterior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endereços. Para adicionar uma página, clique no “+” a que fica à esquerda da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e pronto. Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para removê- -lo, basta clicar em excluir. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 56 • Histórico e Favoritos • Pesquisar palavras Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso utilizamos o atalho do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual po- demos digitar parte do que procuramos, e será localizado. • Salvando Textos e Imagens da Internet Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta. • Downloads Fazer um download é quando se copia um arquivo de um al- gum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Neste caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos. O Mozilla Thunderbird é um aplicativo usado principalmente para enviar e receber e-mails . Também pode ser usado para ge- renciar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e anotações semelhantes. Atalhos das funções principais AÇÃO ATALHO Nova mensagem CTRL + N Responder à mensagem (apenas remetente) CTRL + R Responder a todos na mensagem (remetente e todos os destinatários) CTRL + SHIFT + R Responder à lista CTRL + SHIFT + L Reencaminhar mensagem CTRL + L Editar como nova mensagem CTRL + E NOÇÕES DE INFORMÁTICA 57 AÇÃO ATALHO Obter novas mensagens para a conta atual F5 Obter novas mensagens para todas as contas SHIFT + F5 Abrir mensagem (numa nova janela ou separador) CTRL + O ENTER Abrir mensagem na conversa CTRL + SHIFT + O Ampliar CTRL + Reduzir CTRL - Endereços de e-mail • Nome do Usuário: é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva @ – Símbolo padronizado • Nome do domínio a que o e-mail pertence. Vejamos um exemplo real: joaodasilva@empresa.com.br • Caixa de Entrada: Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas; • Caixa de Saída: Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas; • E-mails Enviados: Como o próprio nome diz, é onde ficam os e-mails que foram enviados; • Rascunho: Guarda as mensagens que você ainda não termi- nou de redigir; • Lixeira: Armazena as mensagens excluídas. Ao escrever mensagem, temos os seguintes campos : • Para: é o campo onde será inserido o endereço do destinatá- rio do e-mail; • CC: este campo é usado para mandar cópias da mesma men- sagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os destinatários envolvidos; • CCO: sua funcionalidade123 22. Sistemas e serviços de saúde ..................................................................................................................................................... 124 23. Financiamento público e privado da saúde no Brasil ................................................................................................................. 125 24. Controle social: conselhos e conferências de saúde .................................................................................................................. 125 25. Conferências Nacionais de Saúde. Organização do SUS ............................................................................................................ 126 26. Constituição Federal de 1988; Lei 8.080/90 e Lei 8.142/90 ....................................................................................................... 127 27. Pacto pela Saúde, de Gestão e pela Vida ................................................................................................................................... 127 28. Planejamento e Gestão em saúde ............................................................................................................................................. 129 29. Modelos de atenção à saúde ..................................................................................................................................................... 129 30. Vigilância à saúde ; Vigilância à Saúde: noções básicas ............................................................................................................. 131 31. Programas nacionais de saúde................................................................................................................................................... 132 32. Promoção da saúde ................................................................................................................................................................... 133 33. Atenção Primária à Saúde: conceitos, princípios e organização no Brasil ; História da APS ...................................................... 134 34. Estratégia de Saúde da Família: histórico, processo de implantação, organização e normatizações; Princípios e Diretrizes .... 138 35. Processo de Trabalho em Saúde ................................................................................................................................................ 139 36. Epidemiologia básica: indicadores de saúde; sistemas de informações; métodos epidemiológicos; Principais agravos de inte- resse público .............................................................................................................................................................................. 139 37. Demografia básica: perfis nacionais, alterações recentes e perspectivas; interesse público .................................................... 141 5 LÍNGUA PORTUGUESA FONÉTICA. ENCONTROS VOCÁLICOS E CONSONANTAIS. SÍLABA E TONICIDADE. DIVISÃO SILÁBICA Muitas pessoas acham que fonética e fonologia são sinônimos. Mas, embora as duas pertençam a uma mesma área de estudo, elas são diferentes. Fonética Segundo o dicionário Houaiss, fonética “é o estudo dos sons da fala de uma língua”. O que isso significa? A fonética é um ramo da Linguística que se dedica a analisar os sons de modo físico-articula- dor. Ou seja, ela se preocupa com o movimento dos lábios, a vibra- ção das cordas vocais, a articulação e outros movimentos físicos, mas não tem interesse em saber do conteúdo daquilo que é falado. A fonética utiliza o Alfabeto Fonético Internacional para representar cada som. Sintetizando: a fonética estuda o movimento físico (da boca, lábios...) que cada som faz, desconsiderando o significado desses sons. Fonologia A fonologia também é um ramo de estudo da Linguística, mas ela se preocupa em analisar a organização e a classificação dos sons, separando-os em unidades significativas. É responsabilidade da fonologia, também, cuidar de aspectos relativos à divisão silábi- ca, à acentuação de palavras, à ortografia e à pronúncia. Sintetizando: a fonologia estuda os sons, preocupando-se com o significado de cada um e não só com sua estrutura física. Bom, agora que sabemos que fonética e fonologia são coisas diferentes, precisamos de entender o que é fonema e letra. Fonema: os fonemas são as menores unidades sonoras da fala. Atenção: estamos falando de menores unidades de som, não de sí- labas. Observe a diferença: na palavra pato a primeira sílaba é pa-. Porém, o primeiro som é pê (P) e o segundo som é a (A). Letra: as letras são as menores unidades gráfica de uma pa- lavra. Sintetizando: na palavra pato, pa- é a primeira sílaba; pê é o primeiro som; e P é a primeira letra. Agora que já sabemos todas essas diferenciações, vamos en- tender melhor o que é e como se compõe uma sílaba. Sílaba: A sílaba é um fonema ou conjunto de fonemas que emi- tido em um só impulso de voz e que tem como base uma vogal. A sílabas são classificadas de dois modos: Classificação quanto ao número de sílabas: As palavras podem ser: – Monossílabas: as que têm uma só sílaba (pé, pá, mão, boi, luz, é...) – Dissílabas: as que têm duas sílabas (café, leite, noites, caí, bota, água...) – Trissílabas: as que têm três sílabas (caneta, cabeça, saúde, circuito, boneca...) – Polissílabas: as que têm quatro ou mais sílabas (casamento, jesuíta, irresponsabilidade, paralelepípedo...) Classificação quanto à tonicidade As palavras podem ser: – Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu- -já, ra-paz, u-ru-bu...) – Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa, sa-bo-ne-te, ré-gua...) – Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…) Lembre-se que: Tônica: a sílaba mais forte da palavra, que tem autonomia fo- nética. Átona: a sílaba mais fraca da palavra, que não tem autonomia fonética. Na palavra telefone: te-, le-, ne- são sílabas átonas, pois são mais fracas, enquanto que fo- é a sílaba tônica, já que é a pronun- ciada com mais força. Agora que já sabemos essas classificações básicas, precisamos entender melhor como se dá a divisão silábica das palavras. Divisão silábica A divisão silábica é feita pela silabação das palavras, ou seja, pela pronúncia. Sempre que for escrever, use o hífen para separar uma sílaba da outra. Algumas regras devem ser seguidas neste processo: Não se separa: • Ditongo: encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba (cau-le, gai-o-la, ba-lei-a...) • Tritongo: encontro de uma semivogal, uma vogal e uma semi- vogal na mesma sílaba (Pa-ra-guai, quais-quer, a-ve-ri-guou...) • Dígrafo: quando duas letras emitem um único som na pala- vra. Não separamos os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu (fa-cha-da, co- -lhei-ta, fro-nha, pe-guei...) • Encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, psi-có-lo- -go, pa-trão...) Deve-se separar: • Hiatos: vogais que se encontram, mas estão é sílabas vizinhas (sa-ú-de, Sa-a-ra, ví-a-mos...) • Os dígrafos rr, ss, sc, e xc (car-ro, pás-sa-ro, pis-ci-na, ex-ce-ção...) • Encontros consonantais separáveis: in-fec-ção, mag-nó-lia, rit-mo...) LÍNGUA PORTUGUESA 6 MORFOLOGIA. COMPONENTES DE UM VOCÁBULO. CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ARTIGO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO, CONJUNÇÃO E INTERJEIÇÃO Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in- terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo. Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas. CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS ADJETIVO Expressar características, qualidades ou estado dos seres Sofre variação em número, gênero e grau Menina inteligente... Roupa azul-marinho... Brincadeiraé semelhante ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos; • Assunto: campo destinado ao assunto da mensagem; • Anexos: são dados que são anexados à mensagem (imagens, programas, música, textos e outros); • Corpo da Mensagem: espaço onde será escrita a mensagem. Contas de e-mail É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está apto a receber, enviar ou até mesmo guardar mensagens conforme a necessidade. Escrever novo e-mail Ao clicar em Write é aberta uma outra janela para digitação do texto e colocar o destinatário. Podemos preencher também os campos CC (outra pessoa que também receberá uma cópia deste e-mail) e o campo CCO ou BCC (outra pessoa que receberá outra cópia do e-mail, porém esta outra pessoa não estará visível aos ou- tros destinatários). Enviar e-mail De acordo com a figura abaixo, deve-se clicar em “Enviar” (Send) do lado esquerdo para enviar o e-mail. Responder e Encaminhar mensagens Utiliza-se os botões Reply e Forward, ilustrador a seguir NOÇÕES DE INFORMÁTICA 58 Destinatário oculto Arquivos anexos A melhor maneira de anexar é colar o objeto desejado no corpo do e-mail. Pode-se ainda usar o botão indicado a seguir, para ter acesso a caixa de diálogo na qual selecionará arquivos desejados. O Microsoft Outlook é um gerenciador de e-mail usado principalmente para enviar e receber e-mails. O Microsoft Outlook também pode ser usado para administrar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e anotações. Funcionalidades mais comuns: PARA FAZER ISTO ATALHO CAMINHOS PARA EXECUÇÃO 1 Entrar na mensagem Enter na mensagem fechada ou click Verificar coluna atalho 2 Fechar Esc na mensagem aberta Verificar coluna atalho 3 Ir para a guia Página Inicial Alt+H Menu página inicial 4 Nova mensagem Ctrl+Shift+M Menu página inicial => Novo e-mail 5 Enviar Alt+S Botão enviar 6 Delete Excluir (quando na mensagem fechada) Verificar coluna atalho 7 Pesquisar Ctrl+E Barra de pesquisa NOÇÕES DE INFORMÁTICA 59 8 Responder Ctrl+R Barra superior do painel da mensagem 9 Encaminhar Ctrl+F Barra superior do painel da mensagem 10 Responder a todos Ctrl+Shift+R Barra superior do painel da mensagem 11 Copiar Ctrl+C Click direito copiar 12 Colar Ctrl+V Click direito colar 13 Recortar Ctrl+X Click direito recortar 14 Enviar/Receber Ctrl+M Enviar/Receber (Reatualiza tudo) 15 Acessar o calendário Ctrl+2 Canto inferior direito ícone calendário 16 Anexar arquivo ALT+T AX Menu inserir ou painel superior 17 Mostrar campo cco (cópia oculta) ALT +S + B Menu opções CCO Endereços de e-mail • Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome do usuário; • @ – Símbolo padronizado para uso; • Nome do domínio – domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa. Vejamos um exemplo real: joaodasil- va@solucao.com.br; • Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas; • Caixa de Saída – Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas; • E-mails Enviados – Como próprio nome diz, e aonde ficam os e-mails que foram enviados; • Rascunho – Guarda as mensagens que ainda não terminadas; • Lixeira – Armazena as mensagens excluídas; Escrevendo e-mails Ao escrever uma mensagem, temos os seguintes campos: • Para – é o campo onde será inserido o endereço do destinatário do e-mail; • CC – este campo é usado para mandar cópias da mesma mensagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os destinatários envolvidos. • CCO – sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos; • Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem. • Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens, programas, música, textos e outros.) • Corpo da Mensagem – espaço onde será escrita a mensagem. Contas de e-mail É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está apto a receber e enviar mensagens, ou até mesmo guarda-las conforme a necessidade. Adicionar conta de e-mail Siga os passos de acordo com as imagens: NOÇÕES DE INFORMÁTICA 60 A partir daí devemos seguir as diretrizes sobre nomes de e-mail, referida no item “Endereços de e-mail”. Criar nova mensagem de e-mail Ao clicar em novo e-mail é aberto uma outra janela para digita- ção do texto e colocar o destinatário, podemos preencher também os campos CC (cópia), e o campo CCO (cópia oculta), porém esta outra pessoa não estará visível aos outros destinatários. Enviar De acordo com a imagem a seguir, o botão Enviar fica em evi- dência para o envio de e-mails. Encaminhar e responder e-mails Funcionalidades importantes no uso diário, você responde a e-mail e os encaminha para outros endereços, utilizando os botões indicados. Quando clicados, tais botões ativam o quadros de texto, para a indicação de endereços e digitação do corpo do e-mail de resposta ou encaminhamento. Adicionar, abrir ou salvar anexos A melhor maneira de anexar e colar o objeto desejado no corpo do e-mail, para salvar ou abrir, basta clicar no botão corresponden- te, segundo a figura abaixo: NOÇÕES DE INFORMÁTICA 61 Adicionar assinatura de e-mail à mensagem Um recurso interessante, é a possibilidade de adicionarmos assinaturas personalizadas aos e-mails, deixando assim definida a nossa marca ou de nossa empresa, de forma automática em cada mensagem. Imprimir uma mensagem de e-mail Por fim, um recurso importante de ressaltar, é o que nos pos- sibilita imprimir e-mails, integrando-os com a impressora ligada ao computador. Um recurso que se assemelha aos apresentados pelo pacote Office e seus aplicativos. Grupos de Discussão são agrupamentos de pessoas que que- rem compartilhar um mesmo assunto, baseados em acontecimen- tos, experiências e informações de diversas naturezas. Atualmente temos os grupos de WhatsApp cujo conceito é o mesmo. Temos sites gratuitos como o Google Groups e Grupos.com.br, sendo que o líder de mercado é o Google Groups, que vamos ver abaixo: Passos para usar o Groups • Possuir uma conta Google, isto é, um e-mail do Google, como por exemplo: ( usuario@gmail.com ) • Fazer o login com a sua conta no google. • Acessar o site do Google Groups ( Groups.google.com ) • A partir deste momento já podemos usar o site de grupos do Google para a discussão de assuntos. Confira o aplicativo no passo a passo a seguir: 1. 2. 3. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 62 4. Configurar as opções se necessário 5. Após digitarmos o nome do grupo será criado automaticamen- te um e-mail como o nome do grupo, no nosso caso o informati- ca998@googlegroups.com. Qualquer mensagem direcionada a este e-mail será visualizada por todos os integrantes do grupo. Moderador O criador do grupo é o Moderador, isto é, a pessoa que admi- nistra o grupo, ela pode incluir, excluir participantes, excluir mensa- gens indevidas e modificar configurações. O Moderador também pode incluir tópicos para conversas (Fó- rum de discussão) bem como excluir se necessário. REDES SOCIAIS Redes sociais são estruturas formadas dentro ou fora da inter- net, por pessoas e organizações que se conectam a partir de inte- resses ou valores comuns6. Muitos confundem com mídias sociais, porém as mídias são apenas mais uma forma de criar redes sociais, inclusive na internet. O propósito principal das redes sociais é o de conectar pessoas. Você preenche seu perfil em canais de mídias sociais e interage com as pessoas com base nos detalhes que elas leem sobre você. Po- de-se dizer que redes sociais são uma categoria das mídias sociais. Mídia social, por sua vez, é um termo amplo, que abrange diferentes mídias, como vídeos, blogs e as já mencionadas redes sociais. Para entender o conceito, pode-se olhar para o que com- preendíamos como mídia antes da existência da internet: rádio, TV, jornais, revistas. Quando a mídia se tornou disponível na internet, ela deixou de ser estática,passando a oferecer a possibilidade de interagir com outras pessoas. No coração das mídias sociais estão os relacionamentos, que são comuns nas redes sociais — talvez por isso a confusão. Mídias sociais são lugares em que se pode transmitir informações para ou- tras pessoas. Estas redes podem ser de relacionamento, como o Facebook, profissionais, como o Linkedin ou mesmo de assuntos específicos como o Youtube que compartilha vídeos. As principais são: Facebook, WhatsApp, Youtube, Instagram, Twitter, Linkedin, Pinterest, Snapchat, Skype e agora mais recente- mente, o Tik Tok. Facebook Seu foco principal é o compartilhamento de assuntos pessoais de seus membros. O Facebook é uma rede social versátil e abrangente, que reúne muitas funcionalidades no mesmo lugar. Serve tanto para gerar ne- gócios quanto para conhecer pessoas, relacionar-se com amigos e família, informar-se, dentre outros7. WhatsApp É uma rede para mensagens instantânea. Faz também ligações telefônicas através da internet gratuitamente. A maioria das pessoas que têm um smartphone também o têm instalado. Por aqui, aliás, o aplicativo ganhou até o apelido de “zap zap”. 6 https://resultadosdigitais.com.br/especiais/tudo-sobre-redes-sociais/ 7 https://bit.ly/32MhiJ0 NOÇÕES DE INFORMÁTICA 63 Para muitos brasileiros, o WhatsApp é “a internet”. Algumas operadoras permitem o uso ilimitado do aplicativo, sem debitar do consumo do pacote de dados. Por isso, muita gente se informa atra- vés dele. YouTube Rede que pertence ao Google e é especializada em vídeos. O YouTube é a principal rede social de vídeos on-line da atuali- dade, com mais de 1 bilhão de usuários ativos e mais de 1 bilhão de horas de vídeos visualizados diariamente. Instagram Rede para compartilhamento de fotos e vídeos. O Instagram foi uma das primeiras redes sociais exclusivas para acesso por meio do celular. E, embora hoje seja possível visualizar publicações no desktop, seu formato continua sendo voltado para dispositivos móveis. É possível postar fotos com proporções diferentes, além de ou- tros formatos, como vídeos, stories e mais. Os stories são os principais pontos de inovação do aplicativo. Já são diversos formatos de post por ali, como perguntas, enquetes, vídeos em sequência e o uso de GIFs. Em 2018, foi lançado o IGTV. E em 2019 o Instagram Cenas, uma espécie de imitação do TikTok: o usuário pode produzir vídeos de 15 segundos, adicionando música ou áudios retirados de outro clipezinho. Há ainda efeitos de corte, legendas e sobreposição para transições mais limpas – lembrando que esta é mais uma das fun- cionalidades que atuam dentro dos stories. Twitter Rede social que funciona como um microblog onde você pode seguir ou ser seguido, ou seja, você pode ver em tempo real as atualizações que seus contatos fazem e eles as suas. O Twitter atingiu seu auge em meados de 2009 e de lá para cá está em declínio, mas isso não quer dizer todos os públicos pararam de usar a rede social. A rede social é usada principalmente como segunda tela em que os usuários comentam e debatem o que estão assistindo na TV, postando comentários sobre noticiários, reality shows, jogos de futebol e outros programas. Nos últimos anos, a rede social acabou voltando a ser mais uti- lizada por causa de seu uso por políticos, que divulgam informações em primeira mão por ali. LinkedIn Voltada para negócios. A pessoa que participa desta rede quer manter contatos para ter ganhos profissionais no futuro, como um emprego por exemplo. A maior rede social voltada para profissionais tem se tornado cada vez mais parecida com outros sites do mesmo tipo, como o Facebook. A diferença é que o foco são contatos profissionais, ou seja: no lugar de amigos, temos conexões, e em vez de páginas, temos com- panhias. Outro grande diferencial são as comunidades, que reúnem interessados em algum tema, profissão ou mercado específicos. É usado por muitas empresas para recrutamento de profissio- nais, para troca de experiências profissionais em comunidades e outras atividades relacionadas ao mundo corporativo Pinterest Rede social focada em compartilhamento de fotos, mas tam- bém compartilha vídeos. O Pinterest é uma rede social de fotos que traz o conceito de “mural de referências”. Lá você cria pastas para guardar suas inspi- rações e também pode fazer upload de imagens assim como colocar links para URLs externas. Os temas mais populares são: – Moda; – Maquiagem; – Casamento; – Gastronomia; – Arquitetura; – Faça você mesmo; – Gadgets; – Viagem e design. Seu público é majoritariamente feminino em todo o mundo. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 64 Snapchat Rede para mensagens baseado em imagens. O Snapchat é um aplicativo de compartilhamento de fotos, ví- deos e texto para mobile. Foi considerado o símbolo da pós-moder- nidade pela sua proposta de conteúdos efêmeros conhecidos como snaps, que desaparecem algumas horas após a publicação. A rede lançou o conceito de “stories”, despertando o interesse de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que diversas vezes tentou adquirir a empresa, mas não obteve sucesso. Assim, o CEO lançou a funcionalidade nas redes que já haviam sido absorvidas, criando os concorrentes WhatsApp Status, Facebook Stories e Instagram Stories. Apesar de não ser uma rede social de nicho, tem um público bem específico, formado por jovens hiperconectados. Skype O Skype é um software da Microsoft com funções de videocon- ferência, chat, transferência de arquivos e ligações de voz. O serviço também opera na modalidade de VoIP, em que é possível efetuar uma chamada para um telefone comum, fixo ou celular, por um aparelho conectado à internet O Skype é uma versão renovada e mais tecnológica do extinto MSN Messenger. Contudo, o usuário também pode contratar mais opções de uso – de forma pré-paga ou por meio de uma assinatura – para realizar chamadas para telefones fixos e chamadas com vídeo em grupo ou até mesmo enviar SMS. É possível, no caso, obter um número de telefone por meio pró- prio do Skype, seja ele local ou de outra região/país, e fazer ligações a taxas reduzidas. Tudo isso torna o Skype uma ferramenta válida para o mundo corporativo, sendo muito utilizado por empresas de diversos nichos e tamanhos. Tik Tok O TikTok, aplicativo de vídeos e dublagens disponível para iOS e Android, possui recursos que podem tornar criações de seus usuá- rios mais divertidas e, além disso, aumentar seu número de segui- dores8. 8 https://canaltech.com.br/redes-sociais/tiktok-dicas-e-truques/ Além de vídeos simples, é possível usar o TikTok para postar duetos com cantores famosos, criar GIFs, slideshow animado e sin- cronizar o áudio de suas dublagens preferidas para que pareça que é você mesmo falando. O TikTok cresceu graças ao seu apelo para a viralização. Os usuários fazem desafios, reproduzem coreografias, imitam pessoas famosas, fazem sátiras que instigam o usuário a querer participar da brincadeira — o que atrai muito o público jovem. COMPUTAÇÃO NA NUVEM (CLOUD COMPUTING) Quando se fala em computação nas nuvens, fala-se na possibi- lidade de acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela inter- net9. Ou seja, não é preciso instalar aplicativos no seu computador para tudo, pois pode acessar diferentes serviços on-line para fazer o que precisa, já que os dados não se encontram em um computador específico, mas sim em uma rede. Uma vez devidamente conectado ao serviço on-line, é possível desfrutar suas ferramentas e salvar todo o trabalho que for feito para acessá-lo depois de qualquer lugar — é justamente por isso que o seu computador estará nas nuvens, pois você poderá acessar os aplicativos a partir de qualquer computador que tenha acesso à internet. Basta pensar que, a partir de uma conexão com a internet, você pode acessar um servidor capaz de executar o aplicativo desejado, que pode ser desde um processador de textos até mesmo um jogo ou um pesado editor de vídeos. Enquanto os servidores executamum programa ou acessam uma determinada informação, o seu computador precisa apenas do monitor e dos periféricos para que você interaja. Vantagens: – Não necessidade de ter uma máquina potente, uma vez que tudo é executado em servidores remotos. – Possibilidade de acessar dados, arquivos e aplicativos a partir de qualquer lugar, bastando uma conexão com a internet para tal — ou seja, não é necessário manter conteúdos importantes em um único computador. Desvantagens: – Gera desconfiança, principalmente no que se refere à segu- rança. Afinal, a proposta é manter informações importantes em um ambiente virtual, e não são todas as pessoas que se sentem à von- tade com isso. – Como há a necessidade de acessar servidores remotos, é pri- mordial que a conexão com a internet seja estável e rápida, princi- palmente quando se trata de streaming e jogos. 9 https://www.tecmundo.com.br/computacao-em-nuvem/738-o-que-e-compu- tacao-em-nuvens-.htm NOÇÕES DE INFORMÁTICA 65 Exemplos de computação em nuvem Dropbox O Dropbox é um serviço de hospedagem de arquivos em nu- vem que pode ser usado de forma gratuita, desde que respeitado o limite de 2 GB de conteúdo. Assim, o usuário poderá guardar com segurança suas fotos, documentos, vídeos, e outros formatos, libe- rando espaço no PC ou smartphone. Além de servir como ferramenta de backup, o Dropbox tam- bém é uma forma eficiente de ter os arquivos importantes sempre acessíveis. Deste modo, o usuário consegue abrir suas mídias e do- cumentos onde quer que esteja, desde que tenha acesso à Internet. OneDrive O OneDrive, que já foi chamado de SkyDrive, é o serviço de ar- mazenamento na nuvem da Microsoft e oferece inicialmente 15 GB de espaço para os usuários10. Mas é possível conseguir ainda mais espaço gratuitamente indicando amigos e aproveitando diversas promoções que a empresa lança regularmente. Para conseguir espaço ainda maior, o aplicativo oferece planos pagos com capacidades variadas também. Para quem gosta de editar documentos como Word, Excel e PowerPoint diretamente do gerenciador de arquivos do serviço, o OneDrive disponibiliza esse recurso na nuvem para que seja dis- pensada a necessidade de realizar o download para só então poder modificar o conteúdo do arquivo. iCloud O iCloud, serviço de armazenamento da Apple, possuía em um passado recente a ideia principal de sincronizar contatos, e-mails, dados e informações de dispositivos iOS. No entanto, recentemente a empresa também adotou para o iCloud a estratégia de utilizá-lo como um serviço de armazenamento na nuvem para usuários iOS. De início, o usuário recebe 5 GB de espaço de maneira gratuita. 10 https://canaltech.com.br/computacao-na-nuvem/comparativo-os-principais- -servicos-de-armazenamento-na-nuvem-22996/ Existem planos pagos para maior capacidade de armazena- mento também. No entanto, a grande vantagem do iCloud é que ele possui um sistema muito bem integrado aos seus aparelhos, como o iPhone. A ferramenta “buscar meu iPhone”, por exemplo, possibilita que o usuário encontre e bloqueie o aparelho remotamente, além de poder contar com os contatos e outras informações do dispositivo caso você o tenha perdido. Google Drive Apesar de não disponibilizar gratuitamente o aumento da ca- pacidade de armazenamento, o Google Drive fornece para os usuá- rios mais espaço do que os concorrentes ao lado do OneDrive. São 15 GB de espaço para fazer upload de arquivos, documentos, ima- gens, etc. Uma funcionalidade interessante do Google Drive é o seu ser- viço de pesquisa e busca de arquivos que promete até mesmo re- conhecer objetos dentro de imagens e textos escaneados. Mesmo que o arquivo seja um bloco de notas ou um texto e você queira encontrar algo que esteja dentro dele, é possível utilizar a busca para procurar palavras e expressões. Além disso, o serviço do Google disponibiliza que sejam feitas edições de documentos diretamente do browser, sem precisar fazer o download do documento e abri-lo em outro aplicativo. Tipos de implantação de nuvem Primeiramente, é preciso determinar o tipo de implantação de nuvem, ou a arquitetura de computação em nuvem, na qual os ser- viços cloud contratados serão implementados pela sua gestão de TI11. Há três diferentes maneiras de implantar serviços de nuvem: – Nuvem pública: pertence a um provedor de serviços cloud terceirizado pelo qual é administrada. Esse provedor fornece recur- sos de computação em nuvem, como servidores e armazenamento via web, ou seja, todo o hardware, software e infraestruturas de su- porte utilizados são de propriedade e gerenciamento do provedor de nuvem contratado pela organização. 11 https://ecoit.com.br/computacao-em-nuvem/ NOÇÕES DE INFORMÁTICA 66 – Nuvem privada: se refere aos recursos de computação em nuvem usados exclusivamente por uma única empresa, podendo estar localizada fisicamente no datacenter local da empresa, ou seja, uma nuvem privada é aquela em que os serviços e a infraestru- tura de computação em nuvem utilizados pela empresa são manti- dos em uma rede privada. – Nuvem híbrida: trata-se da combinação entre a nuvem públi- ca e a privada, que estão ligadas por uma tecnologia que permite o compartilhamento de dados e aplicativos entre elas. O uso de nu- vens híbridas na computação em nuvem ajuda também a otimizar a infraestrutura, segurança e conformidade existentes dentro da empresa. Tipos de serviços de nuvem A maioria dos serviços de computação em nuvem se enquadra em quatro categorias amplas: – IaaS (infraestrutura como serviço); – PaaS (plataforma como serviço); – Sem servidor; – SaaS (software como serviço). Esses serviços podem ser chamados algumas vezes de pilha da computação em nuvem por um se basear teoricamente sobre o outro. IaaS (infraestrutura como serviço) A IaaS é a categoria mais básica de computação em nuvem. Com ela, você aluga a infraestrutura de TI de um provedor de servi- ços cloud, pagando somente pelo seu uso. A contratação dos serviços de computação em nuvem IaaS (infraestrutura como serviço) envolve a aquisição de servidores e máquinas virtuais, armazenamento (VMs), redes e sistemas opera- cionais. PaaS (plataforma como serviço) PaaS refere-se aos serviços de computação em nuvem que for- necem um ambiente sob demanda para desenvolvimento, teste, fornecimento e gerenciamento de aplicativos de software. A plataforma como serviço foi criada para facilitar aos desen- volvedores a criação de aplicativos móveis ou web, tornando-a mui- to mais rápida. Além de acabar com a preocupação quanto à configuração ou ao gerenciamento de infraestrutura subjacente de servidores, ar- mazenamento, rede e bancos de dados necessários para desenvol- vimento. Computação sem servidor A computação sem servidor, assim como a PaaS, concentra-se na criação de aplicativos, sem perder tempo com o gerenciamento contínuo dos servidores e da infraestrutura necessários para isso. O provedor em nuvem cuida de toda a configuração, planeja- mento de capacidade e gerenciamento de servidores para você e sua equipe. As arquiteturas sem servidor são altamente escalonáveis e controladas por eventos: utilizando recursos apenas quando ocorre uma função ou um evento que desencadeia tal necessidade. SaaS (software como serviço) O SaaS é um método para a distribuição de aplicativos de soft- ware pela Internet sob demanda e, normalmente, baseado em as- sinaturas. Com o SaaS, os provedores de computação em nuvem hospe- dam e gerenciam o aplicativo de software e a infraestrutura subja- cente. Além de realizarem manutenções, como atualizações de soft- ware e aplicação de patch de segurança. Com o software como serviço, os usuários da sua equipe po- dem conectar o aplicativo pela Internet, normalmente com um na- vegador da web em seu telefone, tablet ou PC. CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS Pasta São estruturas que dividem o disco em várias partes de tama- nhos variados as quais podempode armazenar arquivos e outras pastas (subpastas)12. Arquivo É a representação de dados/informações no computador os quais ficam dentro das pastas e possuem uma extensão que identi- fica o tipo de dado que ele representa. Extensões de arquivos EXTENSÃO TIPO .jpg, .jpeg, .png, .bpm, .gif, ... Imagem .xls, .xlsx, .xlsm, ... Planilha .doc, .docx, .docm, ... Texto formatado .txt Texto sem formatação .mp3, .wma, .aac, .wav, ... Áudio .mp4, .avi, rmvb, .mov, ... Vídeo .zip, .rar, .7z, ... Compactadores .ppt, .pptx, .pptm, ... Apresentação .exe Executável .msl, ... Instalador 12 https://docente.ifrn.edu.br/elieziosoares/disciplinas/informatica/aula- -05-manipulacao-de-arquivos-e-pastas NOÇÕES DE INFORMÁTICA 67 Existem vários tipos de arquivos como arquivos de textos, arquivos de som, imagem, planilhas, etc. Alguns arquivos são universais podendo ser aberto em qualquer sistema. Mas temos outros que dependem de um programa específico como os arquivos do Corel Draw que necessita o programa para visualizar. Nós identificamos um arquivo através de sua extensão. A extensão são aquelas letras que ficam no final do nome do arquivo. Exemplos: .txt: arquivo de texto sem formatação. .html: texto da internet. .rtf: arquivo do WordPad. .doc e .docx: arquivo do editor de texto Word com formatação. É possível alterar vários tipos de arquivos, como um documento do Word (.docx) para o PDF (.pdf) como para o editor de texto do LibreOffice (.odt). Mas atenção, tem algumas extensões que não são possíveis e caso você tente poderá deixar o arquivo inutilizável. Nomenclatura dos arquivos e pastas Os arquivos e pastas devem ter um nome o qual é dado no momento da criação. Os nomes podem conter até 255 caracteres (letras, números, espaço em branco, símbolos), com exceção de / \ | > Programas > Acessórios. 13 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/05/conceitos-de-organizacao-e-de-gerenciamento-de-informacoes-arquivos-pastas-e-programas/ NOÇÕES DE INFORMÁTICA 68 Na parte de cima do Windows Explorer você terá acesso a muitas funções de gerenciamento como criar pastas, excluir, renomear, ex- cluir históricos, ter acesso ao prompt de comando entre outras funcionalidades que aparecem sempre que você selecionar algum arquivo. A coluna do lado esquerdo te dá acesso direto para tudo que você quer encontrar no computador. As pastas mais utilizadas são as de Download, documentos e imagens. Operações básicas com arquivos do Windows Explorer • Criar pasta: clicar no local que quer criar a pasta e clicar com o botão direito do mouse e ir em novo > criar pasta e nomear ela. Você pode criar uma pasta dentro de outra pasta para organizar melhor seus arquivos. Caso você queira salvar dentro de uma mesma pasta um arquivo com o mesmo nome, só será possível se tiver extensão diferente. Ex.: maravilha.png e maravilha.doc Independente de uma pasta estar vazia ou não, ela permanecerá no sistema mesmo que o computador seja reiniciado • Copiar: selecione o arquivo com o mouse e clique Ctrl + C e vá para a pasta que quer colar a cópia e clique Ctrl +V. Pode também clicar com o botão direito do mouse selecionar copiar e ir para o local que quer copiar e clicar novamente como o botão direito do mouse e selecionar colar. • Excluir: pode selecionar o arquivo e apertar a tecla delete ou clicar no botão direito do mouse e selecionar excluir • Organizar: você pode organizar do jeito que quiser como, por exemplo, ícones grandes, ícones pequenos, listas, conteúdos, lista com detalhes. Estas funções estão na barra de cima em exibir ou na mesma barra do lado direito. • Movimentar: você pode movimentar arquivos e pastas clicando Ctrl + X no arquivo ou pasta e ir para onde você quer colar o arquivo e Clicar Ctrl + V ou clicar com o botão direito do mouse e selecionar recortar e ir para o local de destino e clicar novamente no botão direito do mouse e selecionar colar. Localizando Arquivos e Pastas No Windows Explorer tem duas: Tem uma barra de pesquisa acima na qual você digita o arquivo ou pasta que procura ou na mesma barra tem uma opção de Pesquisar. Clicando nesta opção terão mais opções para você refinar a sua busca. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 69 Arquivos ocultos São arquivos que normalmente são relacionados ao sistema. Eles ficam ocultos (invisíveis) por que se o usuário fizer alguma alteração, poderá danificar o Sistema Operacional. Apesar de estarem ocultos e não serem exibido pelo Windows Explorer na sua configuração padrão, eles ocupam espaço no disco.SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA. NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS. APLICATIVOS PARA SEGURANÇA (ANTIVÍRUS, FIREWALL, ANTI-SPYWARE ETC.). PROCEDIMENTOS DE BACKUP Segurança da informação é o conjunto de ações para proteção de um grupo de dados, protegendo o valor que ele possui, seja para um indivíduo específico no âmbito pessoal, seja para uma organização14. É essencial para a proteção do conjunto de dados de uma corporação, sendo também fundamentais para as atividades do negócio. Quando bem aplicada, é capaz de blindar a empresa de ataques digitais, desastres tecnológicos ou falhas humanas. Porém, qualquer tipo de falha, por menor que seja, abre brecha para problemas. A segurança da informação se baseia nos seguintes pilares15: – Confidencialidade: o conteúdo protegido deve estar disponível somente a pessoas autorizadas. – Disponibilidade: é preciso garantir que os dados estejam acessíveis para uso por tais pessoas quando for necessário, ou seja, de modo permanente a elas. – Integridade: a informação protegida deve ser íntegra, ou seja, sem sofrer qualquer alteração indevida, não importa por quem e nem em qual etapa, se no processamento ou no envio. – Autenticidade: a ideia aqui é assegurar que a origem e autoria do conteúdo seja mesmo a anunciada. Existem outros termos importantes com os quais um profissional da área trabalha no dia a dia. Podemos citar a legalidade, que diz respeito à adequação do conteúdo protegido à legislação vigente; a privacidade, que se refere ao controle sobre quem acessa as informações; e a auditoria, que permite examinar o histórico de um evento de segurança da informação, rastreando as suas etapas e os responsáveis por cada uma delas. Alguns conceitos relacionados à aplicação dos pilares – Vulnerabilidade: pontos fracos existentes no conteúdo protegido, com potencial de prejudicar alguns dos pilares de segurança da informação, ainda que sem intenção – Ameaça: elemento externo que pode se aproveitar da vulnerabilidade existente para atacar a informação sensível ao negócio. – Probabilidade: se refere à chance de uma vulnerabilidade ser explorada por uma ameaça. – Impacto: diz respeito às consequências esperadas caso o conteúdo protegido seja exposto de forma não autorizada. – Risco: estabelece a relação entre probabilidade e impacto, ajudando a determinar onde concentrar investimentos em segurança da informação. 14 https://ecoit.com.br/seguranca-da-informacao/ 15 https://bit.ly/2E5beRr NOÇÕES DE INFORMÁTICA 70 Tipos de ataques Cada tipo de ataque tem um objetivo específico, que são eles16: – Passivo: envolve ouvir as trocas de comunicações ou gravar de forma passiva as atividadesdo computador. Por si só, o ataque passivo não é prejudicial, mas a informação coletada durante a sessão pode ser extremamente prejudicial quando utilizada (adulteração, fraude, reprodução, bloqueio). – Ativos: neste momento, faz-se a utilização dos dados coletados no ataque passivo para, por exemplo, derrubar um sistema, infectar o sistema com malwares, realizar novos ataques a partir da máquina-alvo ou até mesmo destruir o equipamento (Ex.: interceptação, mo- nitoramento, análise de pacotes). Política de Segurança da Informação Este documento irá auxiliar no gerenciamento da segurança da organização através de regras de alto nível que representam os prin- cípios básicos que a entidade resolveu adotar de acordo com a visão estratégica da mesma, assim como normas (no nível tático) e proce- dimentos (nível operacional). Seu objetivo será manter a segurança da informação. Todos os detalhes definidos nelas serão para informar sobre o que pode e o que é proibido, incluindo: • Política de senhas: define as regras sobre o uso de senhas nos recursos computacionais, como tamanho mínimo e máximo, regra de formação e periodicidade de troca. • Política de backup: define as regras sobre a realização de cópias de segurança, como tipo de mídia utilizada, período de retenção e frequência de execução. • Política de privacidade: define como são tratadas as informações pessoais, sejam elas de clientes, usuários ou funcionários. • Política de confidencialidade: define como são tratadas as informações institucionais, ou seja, se elas podem ser repassadas a ter- ceiros. Mecanismos de segurança Um mecanismo de segurança da informação é uma ação, técnica, método ou ferramenta estabelecida com o objetivo de preservar o conteúdo sigiloso e crítico para uma empresa. Ele pode ser aplicado de duas formas: – Controle físico: é a tradicional fechadura, tranca, porta e qualquer outro meio que impeça o contato ou acesso direto à informação ou infraestrutura que dá suporte a ela – Controle lógico: nesse caso, estamos falando de barreiras eletrônicas, nos mais variados formatos existentes, desde um antivírus, firewall ou filtro anti-spam, o que é de grande valia para evitar infecções por e-mail ou ao navegar na internet, passa por métodos de en- criptação, que transformam as informações em códigos que terceiros sem autorização não conseguem decifrar e, há ainda, a certificação e assinatura digital, sobre as quais falamos rapidamente no exemplo antes apresentado da emissão da nota fiscal eletrônica. Todos são tipos de mecanismos de segurança, escolhidos por profissional habilitado conforme o plano de segurança da informação da empresa e de acordo com a natureza do conteúdo sigiloso. Criptografia É uma maneira de codificar uma informação para que somente o emissor e receptor da informação possa decifrá-la através de uma chave que é usada tanto para criptografar e descriptografar a informação17. Tem duas maneiras de criptografar informações: • Criptografia simétrica (chave secreta): utiliza-se uma chave secreta, que pode ser um número, uma palavra ou apenas uma sequên- cia de letras aleatórias, é aplicada ao texto de uma mensagem para alterar o conteúdo de uma determinada maneira. Tanto o emissor quanto o receptor da mensagem devem saber qual é a chave secreta para poder ler a mensagem. • Criptografia assimétrica (chave pública): tem duas chaves relacionadas. Uma chave pública é disponibilizada para qualquer pessoa que queira enviar uma mensagem. Uma segunda chave privada é mantida em segredo, para que somente você saiba. Qualquer mensagem que foi usada a chave púbica só poderá ser descriptografada pela chave privada. Se a mensagem foi criptografada com a chave privada, ela só poderá ser descriptografada pela chave pública correspondente. A criptografia assimétrica é mais lenta o processamento para criptografar e descriptografar o conteúdo da mensagem. Um exemplo de criptografia assimétrica é a assinatura digital. • Assinatura Digital: é muito usado com chaves públicas e permitem ao destinatário verificar a autenticidade e a integridade da infor- mação recebida. Além disso, uma assinatura digital não permite o repúdio, isto é, o emitente não pode alegar que não realizou a ação. A chave é integrada ao documento, com isso se houver alguma alteração de informação invalida o documento. • Sistemas biométricos: utilizam características físicas da pessoa como os olhos, retina, dedos, digitais, palma da mão ou voz. 16 https://www.diegomacedo.com.br/modelos-e-mecanismos-de-seguranca-da-informacao/ 17 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-protecao-e-seguranca-da-informacao-parte-2/ NOÇÕES DE INFORMÁTICA 71 Firewall Firewall ou “parede de fogo” é uma solução de segurança baseada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um con- junto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem ser executadas. O firewall se enquadra em uma espécie de barreira de defesa. A sua missão, por assim dizer, consiste basicamente em bloquear tráfego de dados indesejado e liberar acessos bem-vindos. Representação de um firewall. Fonte: https://helpdigitalti.com.br/o-que-e-firewall-conceito-tipos-e-arquiteturas/#:~:text=Firewall%20%C3%A9%20uma%20solu%C3%A7%- C3%A3o%20de,de%20dados%20podem%20ser%20executadas. Formas de segurança e proteção – Controles de acesso através de senhas para quem acessa, com autenticação, ou seja, é a comprovação de que uma pessoa que está acessando o sistema é quem ela diz ser18. – Se for empresa e os dados a serem protegidos são extremamente importantes, pode-se colocar uma identificação biométrica como os olhos ou digital. – Evitar colocar senhas com dados conhecidos como data de nascimento ou placa do seu carro. – As senhas ideais devem conter letras minúsculas e maiúsculas, números e caracteres especiais como @ # $ % & *. – Instalação de antivírus com atualizações constantes. – Todos os softwares do computador devem sempre estar atualizados, principalmente os softwares de segurança e sistema operacio- nal. No Windows, a opção recomendada é instalar atualizações automaticamente. – Dentre as opções disponíveis de configuração qual opção é a recomendada. – Sempre estar com o firewall ativo. – Anti-spam instalados. – Manter um backup para caso de pane ou ataque. – Evite sites duvidosos. – Não abrir e-mails de desconhecidos e principalmente se tiver anexos (link). – Evite ofertas tentadoras por e-mail ou em publicidades. – Tenha cuidado quando solicitado dados pessoais. Caso seja necessário, fornecer somente em sites seguros. – Cuidado com informações em redes sociais. – Instalar um anti-spyware. – Para se manter bem protegido, além dos procedimentos anteriores, deve-se ter um antivírus instalado e sempre atualizado. Noções de vírus, worms e pragas virtuais (Malwares) – Malwares (Pragas): São programas mal intencionados, isto é, programas maliciosos que servem pra danificar seu sistema e diminuir o desempenho do computador; – Vírus: São programas maliciosos que, para serem iniciados, é necessária uma ação (por exemplo um click por parte do usuário); – Worms: São programas que diminuem o desempenho do sistema, isto é, eles exploram a vulnerabilidade do computador se instalam e se replicam, não precisam de clique do mouse por parte do usuário ou ação automática do sistema. Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware etc.) • Antivírus O antivírus é um software que encontra arquivos e programas maléficos no computador. Nesse sentido o antivírus exerce um papel fundamental protegendo o computador. O antivírus evita que o vírus explore alguma vulnerabilidade do sistema ou até mesmo de uma ação inesperada em que o usuário aciona um executável que contém um vírus. Ele pode executar algumas medidas como quarentena, remoção definitiva e reparos. 18 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-protecao-e-seguranca-da-informacao-parte-3/ NOÇÕES DEINFORMÁTICA 72 O antivírus também realiza varreduras procurando arquivos potencialmente nocivos advindos da Internet ou de e-mails e toma as medidas de segurança. • Firewall Firewall, no caso, funciona como um filtro na rede. Ele determina o que deve passar em uma rede, seja ela local ou corporativa, blo- queando entradas indesejáveis e protegendo assim o computador. Pode ter regras simples ou complexas, dependendo da implementação, isso pode ser limitado a combinações simples de IP / porta ou fazer verificações completas. • Antispyware Spyware é um software espião, que rouba as informações, em contrário, o antispyware protege o computador funcionando como o antivírus em todos os sentidos, conforme relatado acima. Muitos antivírus inclusive já englobam tais funções em sua especificação. Procedimentos de backup Backup é uma cópia dos dados para segurança e proteção. É uma forma de proteger e recuperar os dados na ocorrência de algum incidente. Desta forma os dados são protegidos contra corrupção, perda, desastres naturais ou causados pelo homem. Nesse contexto, temos quatro modelos mais comumente adotados: o backup completo, o incremental, o diferencial e o espelho. Geralmente fazemos um backup completo na nuvem (Através da Internet) e depois um backup incremental para atualizar somente o que mudou, mas vamos detalhar abaixo os tipos para um entendimento mais completo. • Backup completo Como o próprio nome diz, é uma cópia de tudo, geralmente para um disco e fita, mas agora podemos copiar para a Nuvem, visto que hoje temos acesso a computadores através da internet. Apesar de ser uma cópia simples e direta, é demorada, nesse sentido não é feito frequentemente. O ideal é fazer um plano de backup combinado entre completo, incremental e diferencial. • Backup incremental Nesse modelo apenas os dados alterados desde a execução do último backup serão copiados. Geralmente as empresas usam a data e a hora armazenada para comparar e assim atualizar somente os arquivos alterados. Geralmente é uma boa opção por demorar menos tempo, afinal só as alterações são copiadas, inclusive tem um tamanho menor por conta destes fatores. • Backup diferencial Este modelo é semelhante ao modelo incremental. A primeira vez ele copia somente o que mudou do backup completo anterior. Nas próximas vezes, porém, ele continua fazendo a cópia do que mudou do backup anterior, isto é, engloba as novas alterações. Os backups diferenciais são maiores que os incrementais e menores que os backups completos. • Backup Espelho Como o próprio nome diz, é uma cópia fiel dos dados, mas requer uma estrutura complexa para ser mantido. Imaginem dois lugares para gravar dados ao mesmo tempo, daí o nome de espelho. Este backup entra em ação rápido na falha do principal, nesse sentido este modelo é bom, mas ele não guarda versões anteriores. Se for necessária uma recuperação de uma hora específica, ele não atende, se os dados no principal estiverem corrompidos, com certeza o espelho também estará. SEQUÊNCIA DE BACKUP BACKUP COMPLETO BACKUP ESPELHO BACKUP INCREMENTAL BACKUP DIFERENCIAL Backup 1 Copia tudo Seleciona tudo e copia - - Backup 2 Copia tudo Seleciona tudo e copia Copia as mudanças do backup 1 Copia as mudanças do backup 1 Backup 3 Copia tudo Seleciona tudo e copia Copia as mudanças do backup 2 Copia as mudanças do backup 1 Backup 4 Copia tudo Seleciona tudo e copia Copia as mudanças do backup 3 Copia as mudanças do backup 1 NOÇÕES DE INFORMÁTICA 73 ARMAZENAMENTO DE DADOS NA NUVEM (CLOUD STORAGE) O armazenamento de dados na nuvem é quando guardamos informações na internet através de um provedor de serviços na nu- vem que gerencia o armazenamento dos dados19. Com este serviço, são eliminados custos com infraestrutura de armazenamento físico de dados. Além disso, pode-se acessar do- cumentos em qualquer lugar ou dispositivo (todos sincronizados). Estes provedores de armazenamento cobram um valor propor- cional ao tamanho da necessidade, mantendo os dados seguros. Você pode acessar seus dados na nuvem através de protoco- los como o SOAP (Simple Object Access Protocol), protocolo desti- nado à circulação de informações estruturadas entre plataformas distribuídas e descentralizadas ou usando uma API (Application Programming Interface, traduzindo, Interface de Programação de Aplicações) que integra os sistemas que tem linguagens diferentes de maneira rápida e segura. Benefícios do armazenamento na nuvem - Diminuição do custo de hardware para armazenamento, só é pago o que realmente necessita e ainda é fácil e rápido aumentar o espaço caso necessite; - As empresas pagam pela capacidade de armazenamento que realmente precisam20; - Implantação rápida e fácil; - Possibilidade de expandir ou diminuir o espaço por sazonali- dade; - Quem contrata gerencia a nuvem diretamente; - A empresa contratada cuida da manutenção do sistema, backup e replicação dos dados, aquisição de dispositivos para ar- mazenamentos extras; - É uma ferramenta de gestão de dados, pois, estes são arma- zenados de forma organizada. Com uma conexão estável, o acesso e compartilhamento é fácil e rápido. Desvantagens - O acesso depende exclusivamente da internet, portanto, a co- nexão deve ser de qualidade; - Companhias de grande porte precisam ter políticas de segu- rança para preservar a integridade dos arquivos; - Geralmente, os servidores estão no exterior, o que sujeita seus dados à legislação local. Tipos de armazenamento em nuvem Primeiramente, é preciso determinar o tipo de implantação de nu- vem, ou a arquitetura de computação em nuvem, na qual os serviços cloud contratados serão implementados pela sua gestão de TI21. Há três diferentes maneiras de implantar serviços de nuvem: • Nuvem pública: pertence a um provedor de serviços cloud terceirizado pelo qual é administrada. Esse provedor fornece recur- sos de computação em nuvem, como servidores e armazenamento via web, ou seja, todo o hardware, software e infraestruturas de su- porte utilizados são de propriedade e gerenciamento do provedor de nuvem contratado pela organização. 19 https://centraldefavoritos.com.br/2018/12/31/armazenamento-de-dados- -na-nuvem-cloud-storage/ 20 http://www.infortrendbrasil.com.br/cloud-storage/ 21 https://ecoit.com.br/computacao-em-nuvem/ • Nuvem privada: se refere aos recursos de computação em nuvem usados exclusivamente por uma única empresa, podendo estar localizada fisicamente no datacenter local da empresa, ou seja, uma nuvem privada é aquela em que os serviços e a infraestru- tura de computação em nuvem utilizados pela empresa são manti- dos em uma rede privada. • Nuvem híbrida: trata-se da combinação entre a nuvem pública e a privada, que estão ligadas por uma tecnologia que permite o com- partilhamento de dados e aplicativos entre elas. O uso de nuvens hí- bridas na computação em nuvem ajuda também a otimizar a infraes- trutura, segurança e conformidade existentes dentro da empresa. Software para armazenamento em nuvem Software de armazenamento cloud são sites, alguns deles vin- culados a provedores de e-mail e aplicações de escritório, como o Google Drive (Google), o One Drive (Microsoft) e o Dropbox. A maioria dos sites disponibiliza o serviço gratuitamente e o usuário paga apenas se contratar planos para expandir a capacidade. QUESTÕES 1. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo (A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô- nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú- meros e letras. (B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT. (C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos que o Excel. (D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa- gens de correio eletrônico. (E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados,para o envio e recebimento de páginas web. 2. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresenta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Página Inicial” do Word 2010. (A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento. (B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte do documento. (C) Definir o alinhamento do texto. (D) Inserir uma tabela no texto 3. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint 2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse aplicativo. A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?. ( ) CERTO ( ) ERRADO NOÇÕES DE INFORMÁTICA 74 4. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so- noros à apresentação em elaboração. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado- res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi- bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende- reço válido na Internet é: (A) http:@site.com.br (B) HTML:site.estado.gov (C) html://www.mundo.com (D) https://meusite.org.br (E) www.#social.*site.com 6. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido- res e armazenamento compartilhados, com software disponível e localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso presencial, chamamos esse serviço de: (A) Computação On-Line. (B) Computação na nuvem. (C) Computação em Tempo Real. (D) Computação em Block Time. (E) Computação Visual 7. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen- tos associados à Internet, julgue o próximo item. Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter- net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no Youtube (http://www.youtube.com). ( ) CERTO ( ) ERRADO 8. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar danos ao computador do usuário. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e-mail com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa existên- cia de vírus. Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser adotado no exemplo acima. (A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo ao administrador de rede. (B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo de vírus. (C) Apagar o e-mail, sem abri-lo. (D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni- toramento. (E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a analisá-lo posteriormente. 10. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe- cuta? (A) Capturar qualquer item da área de trabalho. (B) Capturar uma imagem a partir de um scanner. (C) Capturar uma janela inteira (D) Capturar uma seção retangular da tela. (E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou uma caneta eletrônica 11. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8, assinale a alternativa INCORRETA: (A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos pela Microsoft. (B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa- ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem- pre visível ao usuário. (C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows 7 dentro do Windows 8. (D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado Kapersky. (E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado- res x86 e 64 bits. 12. (QUADRIX – CRMV -RN) No que diz respeito ao programa Microsoft Excel 2013, ao sistema operacional Windows 8 e aos con- ceitos de redes de computadores, julgue o item. As pastas Docu- mentos, Imagens e Downloads são exemplos de pastas que estão armazenadas na pasta pessoal do usuário do sistema operacional Windows 8. ( ) CERTO ( ) ERRADO 13. (PREFEITURA DE EDÉIA/GO - TÉCNICO DE ENFERMAGEM - ITAME/2020) Em relação a arquivos e pastas no sistema operacio- nal Windows é correto afirmar: (A) a extensão da Pasta no Windows é .EXE; (B) arquivos com extensão .xlsx são próprio do Power Point; (C) a estrutura de uma Pasta pode ser composta com Pastas e Subpastas; (D) arquivos com extensão .docx podem ser abertos pelo soft- ware PAINT. 14. (PREFEITURA DE BRASÍLIA DE MINAS/MG - ENGENHEIRO AMBIENTAL - COTEC/2020) Acerca do Windows Explorer, analise as seguintes afirmações e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) - A partir da versão do Windows 10 em diante, a ferramenta Windows Explorer passou a se chamar Navegador de Arquivos. ( ) - É considerada uma das ferramentas mais importantes do Sistema Operacional Windows. ( ) - Existem basicamente três formas de acessá-lo: no Menu Iniciar, acionando as teclas do Windows + a letra E ou clicando no ícone com o desenho de uma pasta, localizada na Barra de Tarefas. ( ) - Tem recebido novos incrementos a cada nova versão, pas- sando a oferecer também suporte a novos recursos, como reprodu- ção de áudio e vídeo. ( ) - Trata-se de uma espécie de pasta utilizada somente para movimentar os arquivos do computador. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 75 A sequência CORRETA das afirmações é (A) F, V, F, V, F. (B) V, F, F, V, V. (C) F, V, V, V, F. (D) F, V, F, F, V. 15. (PREFEITURA DE SANTA LUZIA/MG - ARQUIVISTA - IBGP/2018) Sobre as operações de manipulação de pastas e arqui- vos no Windows 7, assinale V para afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) A operação “mover pasta para” equivale à sequência de ope- rações “copiar” e “colar”. ( ) A sequência de operações “recortar” e “colar” transfere um arquivo de pasta. ( ) A sequência de operações “copiar” e “colar” duplica um ar- quivo em outra pasta. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: (A) F F F. (B) F V V. (C) V F V. (D) V V F. 16. (PREFEITURA DE LINHARES/ES - AGENTE ADMINISTRATI- VO - IBADE/2020) Facebook, Instagram e Twiter são softwares co- nhecidos como: (A) Redes Sociais. (B) WebMail. (C) Correio Eletrônico. (D) Sistema operacional. (E) Comércio Eletrônico. 17. (CRF/AC - ADVOGADO - INAZ DO PARÁ/2019) “Trata-se da maior rede social voltada para profissionais, formada por comuni- dades que reúnem interessados em algum tema, profissão ou mer- cado específico. É usado por muitas empresas para recrutamento de pessoas, para troca de experiências profissionais e outras ativi- dades relacionadas ao mundo corporativo”. O trecho textual acima se refere a(o): (A) Instagram. (B) Pinterest. (C) Linkedln. (D) Snapchat. (E) Google Corp. 18. (SAAE DE JUAZEIRO/BA - ENGENHEIRO CIVIL - AS- CONPREV/2019) É um dos aplicativos de mensagem mais usados no mundo, especialmente fora do seu país de origem, os Estados Unidos. Em agosto de 2014, já era o aplicativo de mensagens mais popular do mundo com 600 milhões de usuários ativos mensalmen- te. Em janeiro de 2015, esse número chegou a 700 milhões. Um ano depois, o número de usuários chegou a 1 bilhão. O nome deste apli- cativo refere-se a uma expressão, em inglês, que pode ser traduzida como “E aí?” ou “Como vai?”. A descrição acima se refere ao: (A) WhatsApp (B) Facebook (C) Instagran (D) Twitter (E) Orkut GABARITO 1 A 2 D 3 CERTO 4 CERTO 5 D 6 B 7 ERRADO 8 CERTO 9 C 10 B 11 D 12 CERTO 13 C 14 C 15 B 16 A 17 C 18 A ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ NOÇÕES DE INFORMÁTICA 76 ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ 77 CONHECIMENTOS DO SUS NOB/96 E NOAS 01 E 02 Prezado(a), A fim de atender na íntegra o conteúdo do edital, este tópico será disponibilizado na Área do Aluno em nosso site. Essa área é re- servada para a inclusão de materiais que complementam a apostila, sejam esses, legislações, documentos oficiais ou textos relaciona- dos a este material, e que, devido a seu formato ou tamanho, não cabem na estrutura de nossas apostilas. Por isso, para atender você da melhor forma, os materiais são organizados de acordo com o título do tópico a que se referem e po- dem ser acessados seguindo os passos indicados na página 2 deste material, ou por meio de seu login e senha na Área do Aluno. Visto a importância das leis indicadas, lá você acompanha me- lhor quaisquer atualizações que surgirem depois da publicação da apostila. Se preferir, indicamos também acesso direto aos arquivos pelos links a seguir: http://siops.datasus.gov.br/Documentacao/NOB%20 96.pdf; https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2001/ prt0095_26_01_2001.html; https://bvsms.saude.gov.br/bvs/sau- delegis/gm/2002/prt0373_27_02_2002.html POLÍTICAS DE SAÚDE: ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE Lucchese1 define Políticas Públicas como conjuntos de disposi- ções, medidas e procedimentos que traduzem a orientação política do Estado e regulam as atividades governamentais relacionadas às tarefas de interesse público. Portanto, as políticas públicas de saúde fazem parte do campo de ação do Estado orientado para a melhoria das condições de saúde da população e consiste em organizar as funções públicas governamentais para a promoção, proteção e re- cuperação da saúde dos indivíduos e da coletividade. A promulgação da Constituição Federal de 1988 garantiu a efe- tivação das políticas públicas de saúde como um direito universal e igual para todos, além de promover uma descentralização da gestão entre seus entes federados.2 A política de saúde está inserida em um contexto mais amplo que adotou um modelo de seguridade social (Art. 194 da Constitui- ção Federal) que envolve a saúde, a assistência social, a previdência e estabeleceu que a saúde é direito de todos e dever do Estado. 1 LUCCHESE, Patrícia T. R. (coord.). Políticas Públicas em Saúde Públi- ca. São Paulo: IBIREME/OPAS/OMS, 2002. 2 RONCALLI, Ângelo Giuseppe. O desenvolvimento das políticas de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde. In: PEREI- RA, A. C. Odontologia em saúde coletiva: planejando ações e promo- vendo saúde. Porto Alegre: Artmed, 2003. Além da Constituição Federal é preciso mencionar as leis que regulamentam as políticas públicas de saúde no Brasil. São elas: a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080/90), a lei complementar da Saúde (Lei 8142/90), a Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei 8212/91) e a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8742/93). Como exemplo de Políticas Públicas citaremos: Política Nacional de Assistência Farmacêutica - Deve ser compreendida como política pública norteadora para a formulação de políticas setoriais, entre as quais destacam-se as políticas de medicamentos, de ciência e tecnologia, de desen- volvimento industrial e de formação de recursos humanos, dentre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao sistema de saú- de do país (SUS) e cuja implantação envolve tanto o setor público como privado de atenção à saúde; - Trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua sele- ção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concre- tos e da melhoria da qualidade de vida da população; - As ações de Assistência Farmacêutica envolvem àqueles re- ferentes à Atenção Farmacêutica, considerada como um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica e compreendendo atitudes, valores éticos, comporta- mentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na pre- venção de doenças, promoção e recuperaçãoda saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concep- ções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades biopsi- cossociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentá- vel da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional. Política Nacional de Atenção Básica Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âm- bito do Sistema Único de Saúde (SUS). CONHECIMENTOS DO SUS 78 Política Nacional de Atenção Oncológica O Ministério da Saúde está propondo por meio de portaria instituir a Política Nacional de Atenção Oncológica contemplando ações de Promoção, Prevenção, Diagnóstico, Tratamento, Reabili- tação e Cuidados Paliativos, a ser implantada em todas as unida- des federadas. A proposta estabelece que a Política Nacional de Atenção Oncológica deva ser organizada de forma articulada com o Ministério da Saúde e com as Secretarias de Saúde dos estados e municípios. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mu- lheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente cons- tituídos e a ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro. - Contribuir para a redução da morbidade e da mortalidade fe- mininas no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discrimina- ção de qualquer espécie. - Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências - Ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos deman- dados aos serviços de saúde em todos os pontos de atenção, con- templando a classificação de risco e intervenção adequada e neces- sária aos diferentes agravos; - Garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas (trau- matismos, violências e acidentes); - Regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde; - Humanização da atenção garantindo efetivação de um mode- lo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde; - Garantia de implantação de modelo de atenção de caráter multiprofissional, compartilhado por trabalho em equipe, instituído por meio de práticas clinicas cuidadoras e baseado na gestão de linhas de cuidado; - Articulação e integração dos diversos serviços e equipamen- tos de saúde, constituindo redes de saúde com conectividade entre os diferentes pontos de atenção; - Atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a partir das necessidades de saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas; - Participação e controle social dos usuários sobre os serviços; - Fomento, coordenação e execução de projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter ur- gente e transitório, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas, a partir da construção de mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos de prevenção, atenção e mitigação dos eventos; Política Nacional de Humanização - Traduzir os princípios do SUS em modos de operar dos dife- rentes equipamentos e sujeitos da rede de saúde; - Orientar as práticas de atenção e gestão do SUS a partir da experiência concreta do trabalhador e usuário, construindo um sen- tido positivo de humanização, desidealizando “o Homem”. Pensar o humano no plano comum da experiência de um homem qualquer; - Construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla tare- fa de produção de saúde e produção de sujeitos; - Oferecer um eixo articulador das práticas em saúde, destacan- do o aspecto subjetivo nelas presente; - Contagiar, por atitudes e ações humanizadoras, a rede do SUS, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e usuários; - Posicionar-se, como política pública: a) nos limites da máquina do Estado onde ela se encontra com os coletivos e as redes sociais; b) nos limites dos Programas e Áreas do Ministério da Saúde, entre este e outros ministérios (intersetorialidade). Política Nacional sobre o Álcool Contém princípios fundamentais à sustentação de estratégias para o enfrentamento coletivo dos problemas relacionados ao con- sumo de álcool, contemplando a intersetorialidade e a integralida- de de ações para a redução dos danos sociais, à saúde e à vida cau- sados pelo consumo desta substância, bem como as situações de violência e criminalidade associadas ao uso prejudicial de bebidas alcoólicas na população brasileira. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES, CONTROLE SOCIAL, INDICADORES DE SAÚDE O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro é mundialmente conhecido por ser um dos maiores, mais complexos e mais completos sistemas de saúde vigentes. Ele abrange procedimentos de baixa complexidade, como aqueles oferecidos pela Atenção Primária à Saúde (APS), e de alta complexidade, como por exemplo, transplante de órgãos. Dessa maneira, garante acesso universal e integral, de forma gratuita para a população. O SUS pode ser definido como o conjunto de ações e de serviços de saúde prestados pela federação, junto de seus estados e municípios. Até meados dos anos 80, a concepção de saúde era dada pela “ausência de doença”, contudo, com o fim da Ditadura Militar e com a 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986), ampliou-se o conceito de saúde pública no Brasil quando propôs a ideia de uma saúde preventiva, participação da população nas decisões envolvendo a saúde brasileira, descentralização dos serviços e mudanças embasadas no direito universal a saúde. Com a publicação do relatório das decisões e pautas discutidas na 8ª Conferência Nacional de Saúde, a Constituição Federal de 1988 foi o primeiro documento a oficializar a saúde no meio jurídico brasileiro, determinando, ainda que seja promovida de forma gratuita, universal e de qualidade, para que todos tenham acesso de maneira igualitária. Dessa forma, a saúde passa a ser um direito do cidadão brasileiro e de todo aquele que estiver em território nacional e um dever do Estado. CONHECIMENTOS DO SUS 79 Fernando Collor de Mello foi responsável pela sanção das leis que promoviam a criação e a organização do SUS. *OBSERVAÇÃO: Recomenda-se a leitura na íntegra da Lei n°8.080, de 19 de setembro de 1990 e Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990, ambas da Constituição Federal Lei n°8.080, de 19 de setembro de 1990 da Constituição Federal: Também conhecida como Lei Orgânica da Saúde, traz em seu texto original: “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação de saúde, organização e funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências”. Em referência a essa lei, os objetivos do SUS consistem em identificar fatores determinantes da saúde, formular políticas destinas a promover nos âmbitos econômico e social, condições para pleno exercício da saúde e aplicar ações assistenciais de proteção, promoção e recuperação com enfoque em atividades preventivas. Além disso, determina atribuições do SUS voltadas para a vigilância sanitária e epidemiológica, participação ativa em estratégias em saneamento básico e o desenvolvimento técnico-científico, com o intuito de ampliar as atribuiçõessob responsabilidade dos órgãos gestores do SUS, como o Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde. Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990 da Constituição Federal: É o resultado da luta pela democratização dos serviços de saúde. Traz em seu texto original o objetivo: “Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências”. A partir da criação dessa lei, foram criados também os Conselhos e as Conferências de Saúde, que são de extrema importância para o controle social do SUS. Os Conselhos de Saúde foram constituídos afim de fiscalizar, formular e promover ações deliberativas acerca das políticas de saúde. Em seu texto, traz que a Conferência de Saúde é um espaço voltado para discussões sobre as políticas de saúde em todas as esferas governamentais, acontecendo de maneira ordinária a cada 4 anos em formato de fórum de discussão afim de avaliar e propor mudanças e novas políticas de saúde. Dentre as conferências nacionais, a mais importante que já aconteceu até os dias atuais foi a 8ª Conferência Nacional de Saúde de 1986, que ficou conhecida como o pontapé inicial para a inclusão da saúde no âmbito legislativo do país. Por fim, determina que a representação dos usuários do SUS dentro desses conselhos e conferências deve ser paritária em relação aos demais seguimentos, em outras palavras, 50% dos representantes devem ser usuários do SUS. Princípios do SUS Para que o SUS tenha a mesma forma de organização e a mesma doutrina em todo o território nacional, fica definido pela Constituição Federal um conjunto de elementos doutrinários e organizacionais. — Princípios Doutrinários do SUS: Universalização: Cabe o Estado assegurar a saúde como um direito de todas as pessoas, garantindo o acesso a todos os serviços do SUS sem distinção de sexo, raça ou qualquer outra característica pessoal ou social. Equidade: Se faz necessário afim de diminuir desigualdades, visto que, todas as pessoas têm o mesmo direito aos serviços oferecidos pelo SUS, mas possuem necessidades distintas, ou seja, investir onde existe a maior carência de investimentos. Integralidade: Visa tratar as pessoas em um todo, atendendo todas as necessidades de cada indivíduo, de modo a integrar ações de promoção de saúde, prevenção e tratamento de doenças. Ou seja, o sistema de saúde deve estar preparado para acolher o usuário, ouvi-lo e entende-lo como parte de um contexto social e, assim, identificar suas carências e buscar formas de supri-las. — Princípios Organizativos: Regionalização e Hierarquização: Define que os serviços promovidos pelo SUS devem ser organizados em níveis crescente de complexidade, abrangendo os critérios epidemiológicos, geográficos e baseados na população a ser atendida. A hierarquização prevê a divisão de níveis de atenção (primário, secundário e terciário) afim de distribuir o atendimento de acordo com a necessidade real do paciente para o setor especializado naquilo que ele precisa. Enquanto isso, a regionalização dispõe da necessidade de não somente dividir os serviços de saúde, mas também sistematizá-los de maneira eficiente, evitando que dois setores fiquem responsáveis pelo mesmo serviço e, consequentemente, poupar que recursos materiais, financeiros e humanos sejam gastos desnecessariamente. Descentralização: A redistribuição do poder ligado as decisões, aos recursos, com o intuito de aproximar a tomada de decisão ao fato, pois entende-se que, dessa maneira, haverá mais chance de acerto. Graças a descentralização, têm-se a tendência da municipalização das decisões a respeito dos serviços de saúde. Participação dos cidadãos: Há a necessidade, embasada a partir das Leis Orgânicas, da participação da população nas decisões relacionadas a administração pública do SUS por meio dos Conselhos de Saúde, sejam eles nacionais, estaduais ou municipais. Além disso, com a ampliação do acesso à internet, foi possível aumentar o debate sobre assuntos importantes para a saúde através de consultas e audiências públicas. — Diretrizes para a gestão do SUS As diretrizes para a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) estão estabelecidas na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências. Universalidade A universalidade é um dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Ela se refere ao direito de todos os cidadãos brasileiros, sem exceção, ao acesso gratuito e igualitário aos serviços de saúde. Ou seja, qualquer pessoa, independentemente de sua condição social, econômica ou de saúde, tem direito a ser atendida pelo SUS. Ela é garantida pelo SUS por meio da oferta de serviços de saúde em todos os níveis de atenção, desde a atenção básica até a atenção especializada e hospitalar, em todo o território nacional. O SUS oferece uma ampla gama de serviços, que incluem consultas médicas, exames, cirurgias, internações, atendimento de emergência, entre outros. CONHECIMENTOS DO SUS 80 Além disso, é considerada um avanço importante na garantia do direito à saúde no Brasil, pois garante que todos os cidadãos tenham acesso aos serviços de saúde, independentemente de sua capacidade de pagamento ou de outros fatores que possam levar à exclusão do sistema de saúde. No entanto, apesar dos avanços, ainda há desafios a serem enfrentados para garantir a efetivação da universalidade no SUS, como a melhoria da qualidade dos serviços, a ampliação do acesso em regiões mais distantes e a redução das desigualdades regionais na oferta de serviços de saúde. Equidade A equidade é um dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Ela se refere ao direito de todos os cidadãos brasileiros, sem exceção, de terem acesso igualitário aos serviços de saúde, levando em conta suas necessidades individuais de saúde, independentemente de sua classe social, gênero, raça ou qualquer outra forma de discriminação. O SUS busca garantir a equidade por meio da oferta de serviços e ações de saúde que abrangem desde a promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento e reabilitação, assegurando o cuidado em todos os níveis de atenção à saúde. Dessa forma, todos os cidadãos devem ter acesso aos mesmos serviços de saúde, independentemente de sua condição socioeconômica ou de sua localização geográfica. No entanto, a equidade na oferta de serviços de saúde ainda é um desafio a ser enfrentado no SUS. Existem desigualdades regionais na oferta de serviços de saúde, com algumas regiões do país tendo acesso a uma infraestrutura mais adequada de serviços de saúde do que outras. Além disso, a discriminação de gênero, raça, orientação sexual e outros fatores também podem afetar o acesso aos serviços de saúde. Por isso, é importante que a gestão do SUS trabalhe para garantir a equidade no acesso aos serviços de saúde, implementando políticas que promovam a inclusão social e a igualdade de oportunidades, e garantindo que todos os cidadãos brasileiros possam usufruir do direito à saúde, de forma igualitária e justa. Integralidade A integralidade é um dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Ela se refere à oferta de um conjunto completo e articulado de ações e serviços de saúde, que abrangem desde a promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, assegurando o cuidado em todos os níveis de atenção à saúde. O SUS busca garantir a integralidade do cuidado, levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente e ações de saúde que visem sua recuperação, prevenção ou manutenção de sua saúde. Isso significa que os serviços de saúde devem ser organizados de maneira a garantir a oferta de serviços quede criança... Povo brasileiro... ADVÉRBIO Indica circunstância em que ocorre o fato verbal Não sofre variação A ajuda chegou tarde. A mulher trabalha muito. Ele dirigia mal. ARTIGO Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido) Varia em gênero e número A galinha botou um ovo. Uma menina deixou a mochila no ônibus. CONJUNÇÃO Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos) Não sofre variação Não gosto de refrigerante nem de pizza. Eu vou para a praia ou para a cachoeira? INTERJEIÇÃO Exprime reações emotivas e sentimentos Não sofre variação Ah! Que calor... Escapei por pouco, ufa! NUMERAL Atribui quantidade e indica posição em alguma sequência Varia em gênero e número Gostei muito do primeiro dia de aula. Três é a metade de seis. PRONOME Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivo Varia em gênero e número Posso ajudar, senhora? Ela me ajudou muito com o meu trabalho. Esta é a casa onde eu moro. Que dia é hoje? PREPOSIÇÃO Relaciona dois termos de uma mesma oração Não sofre variação Espero por você essa noite. Lucas gosta de tocar violão. SUBSTANTIVO Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc. Flexionam em gênero, número e grau. A menina jogou sua boneca no rio. A matilha tinha muita coragem. VERBO Indica ação, estado ou fenômenos da natureza Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo, número, pessoa e voz. Verbos não significativos são chamados verbos de ligação Ana se exercita pela manhã. Todos parecem meio bobos. Chove muito em Manaus. A cidade é muito bonita quando vista do alto. Substantivo Tipos de substantivos Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo: • Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade... • Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte... • Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma espécie. Ex: matilha; enxame; cardume... • Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor- ro; praça... • Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede; imaginação... • Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite... • Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno... • Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro... • Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol... LÍNGUA PORTUGUESA 7 Flexão de gênero Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino. O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora). O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gêne- ro a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo). É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, trazen- do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto. Flexão de número No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola; escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado, geral- mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra. Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis). Variação de grau Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo e diminutivo. Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino pequeno). Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho). Novo Acordo Ortográfico De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas. Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais. Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber, disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização. Adjetivo Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos). Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacionali- dade (brasileiro; mineiro). É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo: • de criança = infantil • de mãe = maternal • de cabelo = capilar Variação de grau Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superlativo. • Normal: A Bruna é inteligente. • Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas. • Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna. • Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria. • Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma. • Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma. • Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente. • Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima. Adjetivos de relação São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno). LÍNGUA PORTUGUESA 8 Advérbio Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela abaixo: CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes DE TEMPO ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei- ramente logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de noite DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente;considerem as dimensões biopsicossociais e culturais de cada pessoa. Além disso, a integralidade no SUS também significa que os serviços devem ser organizados de forma articulada, em todos os níveis de atenção à saúde, de forma a oferecer uma atenção contínua, coordenada e integral aos usuários, sem fragmentação do cuidado. Isso implica em uma gestão integrada e descentralizada do SUS, que deve envolver a atuação articulada de serviços de saúde, gestores e profissionais, em todas as esferas do sistema de saúde. Contudo, a garantia da integralidade do cuidado ainda é um desafio a ser enfrentado no SUS, especialmente em relação à oferta de serviços em algumas regiões do país, bem como em relação à disponibilidade de tecnologias e medicamentos. Por isso, é importante que a gestão do SUS trabalhe para garantir a integralidade do cuidado, implementando políticas e práticas que promovam a articulação entre os serviços de saúde e a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos aos usuários do SUS. Participação social A participação social é um dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Ela se refere ao direito dos cidadãos de participarem ativamente do processo de gestão do SUS, tanto na definição de políticas públicas de saúde, quanto no controle social das ações e serviços oferecidos pelo sistema. O SUS reconhece que a participação da sociedade é fundamental para a construção de um sistema de saúde mais democrático e eficiente, capaz de responder às necessidades de saúde da população. A participação social no SUS pode se dar por meio de diferentes formas, como: – Conselhos de Saúde: são instâncias de participação popular na gestão do SUS, que têm a função de acompanhar, fiscalizar e propor políticas de saúde para o governo; – Conferências de Saúde: são eventos que ocorrem a cada quatro anos, nos âmbitos nacional, estadual e municipal, com a participação de representantes da sociedade civil e do governo, para discutir e propor diretrizes para a política de saúde; – Ouvidorias: são canais de comunicação entre os usuários do SUS e os gestores do sistema, que recebem denúncias, reclamações e sugestões para melhorar a qualidade dos serviços de saúde; – Participação em programas de saúde: a sociedade pode participar de diferentes programas e ações de saúde, como campanhas de vacinação, mutirões de saúde, entre outras iniciativas. Ela é fundamental para a construção de um sistema de saúde mais democrático e eficiente, capaz de responder às necessidades de saúde da população. Por isso, é importante que a gestão do SUS promova e fortaleça a participação da sociedade, incentivando a participação de diferentes grupos sociais e garantindo a transparência e a prestação de contas por parte dos gestores do sistema. Descentralização Ela se refere à distribuição de poder, responsabilidades e recursos para a gestão do SUS entre as diferentes esferas do governo (federal, estadual e municipal), garantindo a autonomia e a capacidade de decisão dos gestores locais. Tem como objetivo principal promover a democratização do acesso à saúde, levando em conta as especificidades e as necessidades de cada região. Com a descentralização, os municípios passaram a ter maior autonomia para gerir seus sistemas de saúde, possibilitando a construção de políticas e serviços de saúde mais adequados às necessidades locais. Além disso, a descentralização do SUS também permite uma maior participação da sociedade na gestão do sistema de saúde, uma vez que a administração dos serviços passa a estar mais próxima dos cidadãos. CONHECIMENTOS DO SUS 81 No entanto, a descentralização também pode trazer desafios para a gestão do sistema, como a falta de recursos e capacidade técnica para a gestão em algumas regiões do país. Por isso, é fundamental que a gestão do SUS trabalhe para fortalecer a capacidade de gestão dos municípios e para garantir a equidade no acesso aos serviços de saúde em todo o território nacional. Regionalização A regionalização é uma das estratégias fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, juntamente com a descentralização e a municipalização. Ela se refere à organização dos serviços de saúde em regiões, de acordo com as necessidades e as características locais, buscando garantir o acesso equitativo e integral aos serviços de saúde em todo o território nacional. Tem como objetivo principal a promoção da equidade no acesso aos serviços de saúde, reduzindo as desigualdades regionais e garantindo a oferta de serviços de qualidade e em tempo oportuno. A partir da regionalização, os municípios podem se organizar em redes de saúde, articulando as ações e serviços de saúde e garantindo a integralidade da assistência. Para a implementação da regionalização, é fundamental que haja uma articulação entre as diferentes esferas do governo (federal, estadual e municipal) e a participação da sociedade civil. É preciso definir critérios de organização das regiões de saúde, considerando aspectos como a densidade populacional, as características epidemiológicas, a oferta de serviços de saúde, a distância entre os municípios, entre outros fatores. Também deve-se levar em conta a capacidade de gestão e a disponibilidade de recursos financeiros e humanos para a organização e o funcionamento dos serviços de saúde em cada região. Por isso, é importante que a gestão do SUS trabalhe para fortalecer a capacidade de gestão e a qualificação dos profissionais de saúde em todo o país, visando garantir a oferta de serviços de saúde de qualidade e em tempo oportuno para toda a população. Humanização A humanização é um princípio fundamental do Sistema Único de Saúde no Brasil, que busca valorizar a relação entre profissionais de saúde e usuários, respeitando suas necessidades, desejos e valores. Se baseia na construção de vínculos mais solidários e acolhedores entre os profissionais de saúde e os usuários, e visa a promoção da dignidade humana, da autonomia e da cidadania. Para a efetivação da humanização no SUS, são necessárias diversas ações, tais como a valorização e capacitação dos profissionais de saúde, estimulando a reflexão crítica e a escuta qualificada dos usuários, a ampliação e qualificação da participação dos usuários e da sociedade civil na gestão dos serviços de saúde, a garantia do acesso aos serviços de saúde, respeitando a integralidade e a equidade no atendimento, a promoção da educação em saúde e da prevenção de doenças, visando a promoção da saúde e o cuidado com o indivíduo em sua totalidade, o estímulo à promoção da saúde mental, respeitando as diferenças individuais e os aspectos psicológicos e emocionais dos usuários. A humanização no SUS busca transformar a relação tradicionalmente vertical entre profissionais de saúde e usuários, colocando-os em um patamar de igualdade e trabalhando juntos para a promoção da saúde e o cuidado do indivíduo. É um processo contínuo de transformação da cultura institucional, que busca construir uma atenção mais resolutiva, equitativa e comprometida com a qualidade de vida dos usuários do SUS. As diretrizes para a gestão do SUS estabelecem um conjunto de princípios e valores que devem orientar a gestão do sistema de saúde brasileiro, garantindo o acesso universal, equitativo, integral e humanizado aos serviços de saúde, com a participação da sociedade na sua gestão e descentralização da gestão para os estados e municípios. — Financiamento O financiamento do SUS é composto por recursos públicos provenientes dos orçamentos das três esferas de governo (federal, estadual e municipal), além de recursos oriundos de contribuições sociais e impostos específicos, como a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Os recursos do SUS são alocados de forma descentralizada e destinados para ações e serviços de saúde, como atendimento médico, consultas, exames, internaçõeshospitalares, ações de vigilância em saúde, entre outros. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu que a saúde é um direito universal e um dever do Estado, e que a União, os estados e os municípios devem aplicar um percentual mínimo de suas receitas na área da saúde. Atualmente, a Emenda Constitucional nº 86/2015 fixou o percentual de 15% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União e de 12% da RCL dos estados e do Distrito Federal para a saúde. Já os municípios devem aplicar no mínimo 15% de suas receitas próprias na saúde, acrescidos dos repasses federais e estaduais. Além disso, o SUS conta com o Fundo Nacional de Saúde (FNS), que é um mecanismo de financiamento da saúde pública no país, responsável por receber e repassar os recursos do SUS para estados e municípios, garantindo a distribuição equitativa e a aplicação adequada dos recursos. O FNS recebe recursos de diversas fontes, como o Orçamento Geral da União, as contribuições sociais e os repasses dos estados e municípios. Em resumo, o financiamento do SUS é uma responsabilidade compartilhada entre as três esferas de governo e é financiado com recursos públicos provenientes de diversos impostos e contribuições sociais, sendo gerido pelo Fundo Nacional de Saúde. — Regulação A regulação do SUS no Brasil é um processo que busca garantir o acesso igualitário e oportuno aos serviços de saúde, de forma a promover a equidade no atendimento e a eficiência na utilização dos recursos públicos. A regulação é responsável por planejar, organizar e avaliar as ações e serviços de saúde em todo o território nacional, buscando garantir a integralidade da assistência e a resolubilidade dos serviços. A regulação do SUS é realizada por meio de três tipos de ações: a regulação assistencial, a regulação da atenção à saúde e a regulação econômica. A regulação assistencial tem como objetivo garantir o acesso igualitário aos serviços de saúde, regulando o fluxo de pacientes e os critérios de encaminhamento entre as unidades de saúde. A regulação da atenção à saúde busca garantir CONHECIMENTOS DO SUS 82 a integralidade e a continuidade do cuidado, orientando a oferta de serviços e a organização da rede de atenção à saúde. Já a regulação econômica visa garantir a eficiência na utilização dos recursos públicos, regulando a oferta de serviços e estabelecendo critérios para a remuneração dos serviços prestados. A regulação do SUS é uma responsabilidade compartilhada entre as três esferas de governo (federal, estadual e municipal), com a participação da sociedade civil e dos profissionais de saúde. É importante que a regulação seja realizada de forma transparente, com a participação da população na definição das prioridades de saúde e na avaliação da qualidade dos serviços prestados. Além disso, é fundamental que a gestão do SUS trabalhe para fortalecer a capacidade de regulação em todo o país, visando garantir a oferta de serviços de saúde de qualidade e em tempo oportuno para toda a população. SISTEMA DE VIGILÂNCIAS EM SAÚDE EPIDEMIOLÓGICA O termo Vigilância Epidemiológica é utilizado em referência ao controle de doenças transmissíveis e surgiu a partir do surto de malária que aconteceu em meados do século passado. Até então, o enfoque do tratamento e controle de doenças transmissíveis no Brasil era centrado na vigilância de pessoas, utilizando medidas de isolamento e quarentena, aplicadas de forma individual e não com enfoque no coletivo. Alguns anos depois, no surto da varíola por volta de 1960, foi utilizada a busca ativa de casos, afim de promover a identificação precoce de surtos da doença e, assim, bloquear o ciclo de transmissão antes que ele se firmasse e saísse do controle. A Campanha de Irradicação da Varíola ficou conhecida como um marco epidemiológico na saúde brasileira, o que fomentou a organização de unidades de vigilância epidemiológica, graças ao sucesso das iniciativas por ela aplicadas. A 5ª Conferência Nacional de Saúde instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), por meio da legislação específica descrita na Lei n°6.259/75 e no Decreto 78.231/76, onde se tornou obrigatório a notificação de doenças transmissíveis selecionadas. Observação: Recomenda-se a leitura na íntegra da Lei nº6.259 da CF e do Decreto 78.231/76 O SUS incorporou o SNVE legalmente no texto da lei n°8.080/90, definindo a vigilância epidemiológica como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”, extravasando os princípios do SUS para a vigilância epidemiológica, como a descentralização, universalidade, equidade e integralidade. Com a alteração do perfil epidemiológico da população brasileira e graças a diminuição drástica do número de afetados e mortos por doenças infectocontagiosas e, simultaneamente, com o aumento expressivo doentes crônico-degenerativos, foi ampliado o escopo de doenças e agravos não transmissíveis na vigilância epidemiológica. A vigilância epidemiológica também atua na educação permanente de profissionais da área de saúde, promovendo a atualização de informações no controle de doenças e agravos. Além disso, também desempenha papel importante no planejamento, organização e operacionalização dos serviços de saúde, sendo à ela atribuídas as funções de coleta de dados, processamento dos dados coletados, análise e interpretação, recomendação de medidas de controle, promoção de ações para controle, avaliação da eficácia e divulgação de informações. A notificação compulsória, dentro da vigilância em saúde, é a comunicação obrigatória da incidência de casos, suspeitas, confirmações ou eventos de saúde descrita pelo Ministério da Saúde, deve ser realizada por médicos ou profissionais responsáveis por serviços de saúde. A lista de agravos de notificações compulsórias foi atualizada por meio da portaria GM/MS n°420, de 2 de março de 2022. Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Periodicidade de notificação Imediata (até 24 horas) para* Semanal MS SES SMS 1 a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico X b. Acidente de trabalho X 2 Acidente por animal peçonhento X 3 Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva X 4 Botulismo X X X 5 Cólera X X X 6 Coqueluche X X 7 Covid-19 X CONHECIMENTOS DO SUS 83 8 a. Dengue – Casos X b. Dengue – Óbitos X X X 9 Difteria X X 10 a. Doença de Chagas Aguda X X b. Doença de Chagas Crônica X 11 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) X 12 a. Doença Invasiva por “Haemophilus Influenza” X X b. Doença Meningocócica e outras meningites X X 13 Doenças com suspeita de disseminação intencional:a. Antraz pneumônicob. Tularemiac. Varíola X X X 14 Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes: a. Arenavírusb. Ebolac. Marburgd. Lassae. Febre purpúrica brasileira X X X 15 a. Doença aguda pelo vírus Zika X b. Doença aguda pelo vírus Zika em gestante X X c. Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika X X X d. Síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika X 16 Esquistossomose X 17 Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde pública (ver definição no art. 2º desta portaria) X X X 18 Eventos adversos graves ou óbitos pós vacinação X X X 19 Febre Amarela X X X 20 a. Febre de Chikungunya X b. Febre de Chikungunya em áreas sem transmissão X X X c. Óbito com suspeita de Febre de Chikungunya X X X 21 Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde pública X X X 22 Febre Maculosa e outras Riquetisioses X X X 23 Febre Tifoide X X 24 Hanseníase X 25 Hantavirose X X X 26 Hepatites virais X 27 HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida X 28 Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV X 29 Infecção peloVírus da Imunodeficiência Humana (HIV) X 30 Influenza humana produzida por novo subtipo viral X X X 31 Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados) X 32 Leishmaniose Tegumentar Americana X 33 Leishmaniose Visceral X 34 Leptospirose X 35 a. Malária na região amazônica X b. Malária na região extra-Amazônica X X X CONHECIMENTOS DO SUS 84 36 Monkeypox (varíola dos macacos) X X X 37 Óbito: a. Infantil b. Materno X 38 Poliomielite por poliovírus selvagem X X X 39 Peste X X X 40 Raiva humana X X X 41 Síndrome da Rubéola Congênita X X X 42 Doenças Exantemáticas: a. Sarampo b. Rubéola X X X 43 Sífilis: a. Adquirida b. Congênita c. Em gestante X 44 Síndrome da Paralisia Flácida Aguda X X X 45 Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Adultos (SIM-A) associada à covid-19 X X X 46 Síndrome Inflamatória Multissitêmica Pediátrica (SIM-P) associada à covid-19 X X X 47 Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus a. SARS- CoV b. MERS- CoV X X X 48 Síndrome Gripal suspeita de covid-19 X X X 49 Tétano: a. Acidental b. Neonatal X 50 Toxoplasmose gestacional e congênita X 51 Tuberculose X 52 Varicela - caso grave internado ou óbito X X 53 a. Violência doméstica e/ou outras violências X b. Violência sexual e tentativa de suicídio X Legenda: MS = Ministério da Saúde; SES = Secretaria Estadual de Saúde; SMS = Secretaria Municipal de Saúde FONTE: Portaria GM/MS n°420, de 2 de março de 2022, disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-420-de-2-de- marco-de-2022-38357827 A notificação é realizada através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), é alimentado pelas instituições de saúde. O SINAN apresenta a lista de doenças e agravos do Ministério da Saúde, entretanto, é facultado a municípios e estados incluir a notificação de outras doenças se o achar necessário. A utilização do SINAN facilita a vigilância epidemiológica nacional a realização do diagnóstico dinâmico, podendo observar a incidência dentro de um determinado espaço geográfico e, assim, analisando sua realidade epidemiológica. Outra funcionalidade do SINAN é permitir que todos os profissionais de saúde tenham acesso a informação. Dessa forma, favorece o planejamento de saúde, auxilia da definição de prioridades e na avaliação do impacto das intervenções adotadas. LEI N° 6.259, DE 30 DE OUTUBRO DE 1975 Dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art 1º Consoante as atribuições que lhe foram conferidas dentro do Sistema Nacional de Saúde, na forma do artigo 1º da Lei nº 6.229, inciso I e seus itens a e d , de 17 de julho de 1975, o Ministério da Saúde, coordenará as ações relacionadas com o controle das doenças transmissíveis, orientando sua execução inclusive quanto à vigilância epidemiológica, à aplicação da notificação compulsória, ao programa de imunizações e ao atendimento de agravos coletivos à saúde, bem como os decorrentes de calamidade pública. Parágrafo único. Para o controle de epidemias e na ocorrência de casos de agravo à saúde decorrentes de calamidades públicas, o Ministério da Saúde, na execução das ações de que trata este artigo, coordenará a utilização de todos os recursos médicos e hospitalares necessários, públicos e privados, existentes nas áreas afetadas, podendo delegar essa competência às Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. CONHECIMENTOS DO SUS 85 TÍTULO I DA AÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Art 2º A ação de vigilância epidemiológica compreende as in- formações, investigações e levantamentos necessários à programa- ção e à avaliação das medidas de controle de doenças e de situa- ções de agravos à saúde. § 1º Compete ao Ministério da Saúde definir, em Regulamento, a organização e as atribuições dos serviços incumbidos da ação de Vigilância Epidemiológica, promover a sua implantação e coorde- nação. § 2º A ação de Vigilância Epidemiológica será efetuada pelo conjunto dos serviços de saúde, públicos e privados, devidamente habilitados para tal fim. TÍTULO II DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES Art 3º Cabe ao Ministério da Saúde a elaboração do Programa Nacional de Imunizações, que definirá as vacinações, inclusive as de caráter obrigatório. Parágrafo único. As vacinações obrigatórias serão praticadas de modo sistemático e gratuito pelos órgãos e entidades públicas, bem como pelas entidades privadas, subvencionadas pelos Governos Fe- deral, Estaduais e Municipais, em todo o território nacional. Art 4º O Ministério da Saúde coordenará e apoiará, técnica, material e financeiramente, a execução do programa, em âmbito nacional e regional. § 1º As ações relacionadas, com a execução do programa, são de responsabilidade das Secretarias de Saúde das Unidades Fede- radas, ou órgãos e entidades equivalentes, nas áreas dos seus res- pectivos territórios. § 2º O Ministério da Saúde poderá participar, em caráter su- pletivo, das ações previstas no programa e assumir sua execução, quando o interesse nacional ou situações de emergência o justifi- quem. § 3º Ficará, em geral, a cargo do Ministério da Previdência e Assistência Social, por intermédio da Central de Medicamentos, o esquema de aquisição e distribuição de medicamentos, a ser custe- ado pelos órgãos federais interessados. Art 5º O cumprimento da obrigatoriedade das vacinações será comprovado através de Atestado de Vacinação. § 1º O Atestado de Vacinação será emitido pelos serviços públi- cos de saúde ou por médicos em exercício de atividades privadas, devidamente credenciados para tal fim pela autoridade de saúde competente. § 2º O Atestado de Vacinação, em qualquer caso, será forneci- do gratuitamente, com prazo de validade determinado, não poden- do ser retido, por nenhum motivo, por pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. § 3º Anualmente, para o pagamento do salário-família, será exigida do segurado a apresentação dos Atestados de Vacinação dos seus beneficiários, que comprovarem o recebimento das vaci- nações obrigatórias, na forma que vier a ser estabelecida em regu- lamento. Art 6º Os governos estaduais, com audiência prévia do Ministé- rio da Saúde, poderão propor medidas legislativas complementares visando ao cumprimento das vacinações, obrigatórias por parte da população, no âmbito dos seus territórios. Parágrafo único. As medidas de que trata este artigo serão ob- servadas pelas entidades federais, estaduais e municipais, públicas e privadas, no âmbito do respectivo Estado. TÍTULO III DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE DOENÇAS Art 7º São de notificação compulsória às autoridades sanitárias os casos suspeitos ou confirmados: I - de doenças que podem implicar medidas de isolamento ou quarentena, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional. II - de doenças constantes de relação elaborada pelo Ministério da Saúde, para cada Unidade da Federação, a ser atualizada perio- dicamente. § 1º Na relação de doenças de que trata o inciso II deste artigo será incluído item para casos de “agravo inusitado à saúde”. § 2º O Ministério da Saúde poderá exigir dos Serviços de Saúde a notificação negativa da ocorrência de doenças constantes da rela- ção de que tratam os itens I e II deste artigo. Art 8º É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitá- ria local a ocorrência de fato, comprovado ou presumível, de caso de doença transmissível, sendo obrigatória a médicos e outros pro- fissionais de saúde no exercício da profissão, bem como aos respon- sáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino a notificação de casos suspeitos ou confirmados das doenças relacionadas em conformidade com o artigo 7º. Art 9º A autoridade sanitáriaproporcionará as facilidades ao processo de notificação compulsória, para o fiel cumprimento desta Lei. Art. 10. A notificação compulsória de casos de doenças e de agravos à saúde tem caráter sigiloso, o qual deve ser observado pelos profissionais especificados no caput do art. 8º desta Lei que tenham procedido à notificação, pelas autoridades sanitárias que a tenham recebido e por todos os trabalhadores ou servidores que lidam com dados da notificação. (Redação dada pela Lei nº 14.289, de 2022) Parágrafo único. A identificação do paciente de doenças refe- ridas neste artigo, fora do âmbito médico sanitário, somente po- derá efetivar-se, em caráter excepcional, em caso de grande risco à comunidade a juízo da autoridade sanitária e com conhecimento prévio do paciente ou do seu responsável. Art 11. Recebida a notificação, a autoridade sanitária é obriga- da a proceder à investigação epidemiológica pertinente para eluci- dação do diagnóstico e averiguação da disseminação da doença na população sob o risco. Parágrafo único. A autoridade poderá exigir e executar inves- tigações, inquéritos e levantamentos epidemiológicos junto a indi- víduos e a grupos populacionais determinados, sempre que julgar oportuno visando à proteção da saúde pública. Art 12. Em decorrência dos resultados, parciais ou finais, das investigações, dos inquéritos ou levantamentos epidemiológicos de que tratam o artigo 11 e seu parágrafo único, a autoridade sanitária fica obrigada a adotar, prontamente, as medidas indicadas para o controle da doença, no que concerne a indivíduos, grupos popula- cionais e ambiente. Art 13. As pessoas físicas e as entidades públicas ou privadas, abrangidas pelas medidas referidas no artigo 12, ficam sujeitas ao controle determinado pela autoridade sanitária. CONHECIMENTOS DO SUS 86 TÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 14. A inobservância das obrigações estabelecidas nesta Lei constitui infração sanitária e sujeita o infrator às penalidades previstas em lei, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela lei nº 13.730, de 2018) Art 15. O Poder Executivo, por iniciativa do Ministério da Saú- de, expedirá a regulamentação desta Lei. Art 16. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, 30 de outubro de 1975; 154º da Independência e 87º da República. DECRETO N° 78.231, DE 12 DE AGOSTO DE 1976 Regulamenta a Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, que dis- põe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, so- bre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relati- vas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição e tendo em vista o dis- posto no artigo 15 da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, DECRETA: Art. 1º As ações de vigilância epidemiológica e a notificação compulsória de doenças, o Programa Nacional de Imunizações e as vacinações de caráter obrigatório serão organizados e disciplinados, em todo o território nacional, pelo disposto na Lei número 6.259, de 30 de outubro de 1975, neste regulamento e demais normas complementares estabelecidas pelo Ministério da Saúde. TÍTULO I DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E DA NOTIFI- CAÇÃO COMPULSÓRIA DE DOENÇAS Art. 2º Fica instituído o Sistema Nacional e Vigilância Epidemio- lógica, organizado e disciplinado em conformidade com o disposto neste decreto. Art. 3º A vigilância epidemiológica será exercida, em todo o ter- ritório nacional pelo conjunto de serviços de saúde, públicos e pri- vados, habilitados para tal fim, organizados em Sistema específico, sob a coordenação do Ministério da Saúde, observadas as diretrizes gerais do Sistema Nacional de Saúde. Art. 4º O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica é da responsabilidade institucional do Ministério da Saúde e das Secre- tarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios Federais. Art. 5º As ações de vigilância epidemiológica serão da respon- sabilidade imediata de uma rede especial de serviços de saúde, de complexidade crescente, cujas unidades disporão de meios para: I - Coleta das informações básicas necessárias ao controle de doenças; II - Diagnóstico das doenças que estejam sob o regime de noti- ficação compulsória; III - Averiguação da disseminação da doença notificada e a de- terminação da população sob risco; IV - Proposição e execução das medidas de controle pertinen- tes; V - Adoção de mecanismos de comunicação e coordenação do Sistema; Art. 6º A rede de que trata o artigo anterior será composta por Unidades de Vigilância Epidemiológica, integrantes dos serviços de saúde a serem indicados pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, cada um com atuação junto à população residente ou em trânsito, em áreas geográficas delimi- tadas, contínuas e contíguas, abrangendo todo o território de cada Unidade da Federação. § 1º As áreas referidas neste artigo poderão abranger parte de um Município, todo o Município ou mais de um Município. § 2º Em Municípios onde não for identificado serviço de saúde para assumir funções próprias do Sistema, e não houver possibi- lidade de instalar um Posto de Notificação, a Secretaria de Saúde definirá o detentor de cargo público para executar as ações de vigi- lância epidemiológica que neste caso se resumirão à recepção e ao encaminhamento das notificações de doenças. Art. 7º Constituem elementos do Sistema Nacional de Vigilân- cia Epidemiológica: I - Órgão Central - aquele mantido pelo Ministério da Saúde, através da Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística da Saúde; II - Órgãos Regionais - aqueles mantidos pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios Federais, através de órgãos específicos de Epidemiologia integrantes de suas respectivas estruturas; III - Órgãos Micro-Regionais - aqueles mantidos pelas Secre- tarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, quando houver regionalização administrativa das primeiras; IV - Unidade de Vigilância Epidemiológica (UVE) - aquela com- ponente de órgão local de saúde indicado pela Secretaria de Saúde das Unidades Federadas, dentre os estabelecimentos de saúde ins- talados no âmbito de seus respectivos territórios, e reconhecidos pelo Ministério da Saúde; Parágrafo único. Os demais serviços de saúde, os estabeleci- mentos de ensino, os Postos de Notificação e os profissionais obri- gados a notificação compulsória de doenças ficarão vinculados às Unidades de Vigilância Epidemiológica de sua área geográfica na qualidade de agentes de notificação. Art. 8º Constituem funções de Órgãos Central do Sistema Na- cional de Vigilância Epidemiológica: I - Elaborar, atualizar e publicar plenamente, a relação de do- enças de notificação compulsória para todo o território nacional; II - Analisar e aprovar propostas das Secretarias de Saúde das Unidades da Federação, para incluir no âmbito de seus respectivos territórios outras doenças de notificação compulsória; III - Estabelecer normas sobre a organização, procedimentos e funcionamento do Sistema, principalmente no que concerne às ati- vidades de investigação epidemiológica e profilaxia, específica para cada doença, bem como no que se refere aos fluxos de informações; IV - Supervisionar, controlar e avaliar a execução das ações de vigilância epidemiológica no território nacional, principalmente no que se refere ao desempenho dos Órgãos Regionais; V - Centralizar, analisar e divulgar as informações decorrentes das ações de vigilância;. VI - Prestar apoio técnico e financeiro aos elementos subjacen- tes do Sistema, sobretudo aos Órgãos Regionais; CONHECIMENTOS DO SUS 87 VII - Manter atualizada a relação das Unidades de Vigilância Epidemiológica de cada Unidade da Federação, divulgando-a anu- almente. Art. 9º Constituem funções dos Órgãos Regionais:I - Observar as normas estabelecidas pelo Órgão Central e dis- por, supletivamente, sobre a ação dos elementos subjacentes no Sistema, inclusive, no que se refere à elaboração e atualização da relação de doenças de notificação compulsória, no território da Unidade Federada; II - Supervisionar, coordenar, controlar, avaliar e apoiar a execu- ção das ações de vigilância no território da Unidade Federada prin- cipalmente aquelas desempenhadas pelos Órgãos Micro-Regionais; III - Centralizar, analisar e transmitir ao Órgão Central as infor- mações decorrentes da ação de vigilância epidemiológica, divulgan- do-as; IV - Apropriar os recursos necessários à manutenção e desen- volvimento dos elementos do Sistema sob sua responsabilidade, inclusive aqueles vinculados a outras instituições; V - Buscar apoio para as suas ações no Órgão Central do Siste- ma; VI - Manter atualizada a relação das Unidades de Vigilância Epi- demiológica da respectiva Unidade da Federação, encaminhando-a anualmente ao Órgão Central do Sistema. Art. 10. Constituem funções dos Órgãos Micro-Regionais: I - Observar as normas estabelecidas pelos Órgãos Regionais; II - Centralizar, analisar e transferir ao Órgão Regional as infor- mações decorrentes de ações de vigilância epidemiológica; III - Gerir, supervisionar e apoiar a execução das ações a cargo das Unidades de Vigilância Epidemiológica; IV - Buscar apoio para as suas ações no Órgão Regional. Art. 11. Constituem funções das Unidades de Vigilância Epide- miológica (UVE): I - Receber notificações; II - Cumprir as normas comunicadas pelo Órgão Micro-Regio- nal; III - Registrar e transmitir informações sobre a ocorrência de doenças ao Órgão Micro-Regional; IV - Executar investigações epidemiológicas e ações de profila- xia decorrentes das mesmas; V - Supervisionar a atuação dos Postos Locais de Notificação e estabelecer as vinculações necessárias com os demais agentes de notificação, informando-os dos resultados decorrentes de suas no- tificações; VI - Buscar apoio para suas ações no Órgão Micro-Regional. Art. 12. Constituem funções dos Postos de Notificação: I - Cumprir as normas comunicadas pela Unidade de Vigilância Epidemiológica; II - Receber e buscar informações sobre os casos confirmados ou suspeitos de doenças de notificação compulsória; III - Notificar a ocorrência de doenças notificáveis à Unidade de Vigilância Epidemiológica. Art. 13. Consideram-se informações básicas para o funciona- mento do Sistema Nacional e Vigilância Epidemiológica: I - As notificações compulsórias de doenças; II - As declarações e atestados de óbitos; III - Os resultados de estudos epidemiológicos pelas Autorida- des Sanitárias; IV - As notificações de quadros mórbidos inusitados e das de- mais doenças que, pela ocorrência de casos julgada anormal, sejam de interesse para a tomada de medidas de caráter coletivo. Parágrafo único. Consideram-se de notificação compulsória: I - As doenças que podem implicar medidas de isolamento ou quarentena, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional; II - As doenças constantes de relação elaborada pelo Ministério da Saúde, para cada Unidade da Federação, a ser atualizada, perio- dicamente, observado o artigo 7º, item II, e seu § 1º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. Art. 14. As notificações a que se referem os itens I e IV do artigo anterior deverão conter: I - A indicação precisa que permita a Autoridade Sanitária iden- tificar a pessoa portadora da doença e o local ou locais onde possa ser encontrada; II - A indicação precisa da doença suspeita ou confirmada; III - A data da notificação o nome e a residência do notificante. Parágrafo único. A notificação compulsória de doenças deve- rá ser realizada, imediata ou posteriormente ao conhecimento do fato, por escrito e no modelo padronizado. Art. 15. Para efeito deste Regulamento, são consideradas Au- toridades Sanitárias, os responsáveis pelas Unidades de Vigilância Epidemiológica e pelos órgãos de epidemiologia bem como os seus superiores hierárquicos. Art. 16. São componentes para o recebimento das notifica- ções, os elementos componentes do Sistema Nacional de Vigilân- cia Epidemiológica, segundo o disposto neste decreto que deverão proporcionar todas as facilidades ao seu alcance para o aperfeiçoa- mento e a celeridade do processo de notificação. Art. 17. As Unidades de Vigilância Epidemiológica, face a uma notificação recebida, providenciarão o registro e arquivamento da mesma como documento hábil para desencadeamento das ações de investigação epidemiológica e eventual aplicação das medidas legais pertinentes, comunicando o fato às autoridades superiores. Art. 18. Para cada doença de notificação compulsória, serão de- finidos a urgência e o modo de promover a notificação. Art. 19. O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica esta- rá formalmente articulado com a rede de Laboratórios de Saúde Pública de modo a possibilitar a todas as Unidades de Vigilância Epidemiológica os necessários exames laboratoriais indicados para esclarecimentos de diagnósticos, clínico e epidemiológico. Parágrafo único. Os demais laboratórios de análise de interesse para a saúde existentes nas áreas geográficas de responsabilidade das Unidades de Vigilância Epidemiológica proporcionarão às mes- mas o apoio necessário para o esclarecimento do diagnóstico, atra- vés de mecanismos administrativos adequados. Art. 20. Todas as unidades de prestação de serviços integrantes do Sistema Nacional de Saúde deverão estar vinculadas às Unida- des de Vigilância Epidemiológica, de suas respectivas áreas, facili- tando-lhes os meios para os esclarecimentos, clinico e laboratorial, do diagnóstico. Art. 21. As ações de vigilância epidemiológica de doenças, obje- to de programações verticais desenvolvidas pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública do Ministério da Saúde, constitui- rão um subsistema especial de serviços com atribuições e mecanis- mos de coordenação e comunicação próprios, diretamente vincula- dos aos subsistemas das Unidades Federadas. Art. 22. Estão particularmente obrigados à notificação de do- enças constantes das relações a que se refere o item I do artigo 8º deste Decreto: I - Os médicos, no exercício de suas funções profissionais; CONHECIMENTOS DO SUS 88 II - O dirigente de cada um dos estabelecimentos componentes do Sistema Nacional de Saúde que proporcionem serviços de saú- de, em regime ambulatorial ou de internação, o qual será solidaria- mente responsável pela notificação, juntamente com os médicos que estejam atendendo paciente com suspeita ou confirmação de doença de notificação compulsória; III - O dirigente de cada um dos estabelecimentos componen- tes do Sistema Nacional de Saúde que executem exames comple- mentares para diagnóstico e tratamento, que serão solidariamente responsáveis pela notificação, juntamente com os médicos que re- cebam os resultados dos exames; IV - O dirigente de estabelecimento de ensino em geral, público ou particular, sobretudo quando lhe houver sido feita a comunica- ção de suspeita de doença de notificação compulsória em pessoa de seu estabelecimento de ensino, por qualquer membro do corpo docente, pais ou responsáveis por seus alunos; V - As pessoas que, na forma deste Decreto, exercerem as fun- ções de agente de notificação em Postos de Notificação. Art. 23. Todos os encarregados de ações de vigilância epide- miológica manterão sigilo quanto à identificação pública do porta- dor de doença notificada. Parágrafo único. No caso de grave risco a comunidade, a juízo da autoridade sanitária e com o conhecimento prévio do paciente ou de seu responsável, será permitida a identificação do paciente fora do âmbito médico-sanitário. Art. 24. Face à notificação de doença de notificação compulsó- ria a Autoridade Sanitária mobilizará os recursos do Sistema Nacio- nal de Vigilância Epidemiológica de modo a possibilitar, na forma regulamentar, as ações necessárias ao esclarecimento do diagnósti-co, a investigação epidemiológica e adoção das medidas de controle adequadas. Art. 25. As pessoas naturais e jurídicas, de direito público e de direito privado, ficarão sujeitas às medidas de controle determina- das pela Autoridade Sanitária, quer para a investigação epidemio- lógica, quer para profilaxia decorrentes de notificação da doença. TÍTULO II DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES E DAS VACINA- ÇÕES DE CARÁTER OBRIGATÓRIO Art. 26. O Ministério da Saúde elaborará, fará publicar e atua- lizará, bienalmente, o Programa Nacional de Imunizações que de- finirá as vacinações em todo o território nacional, inclusive as de caráter obrigatório. Art. 27. Serão obrigatórias, em todo o território nacional, as vacinações como tal definidas pelo Ministério da Saúde, contra as doenças controláveis por essa técnica de prevenção, consideradas relevantes no quadro nosológico nacional. Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo o Minis- tério Saúde elaborará relações dos tipos de vacina cuja aplicação será obrigatória em todo o território nacional e em determinadas regiões do País, de acordo com comportamento epidemiológico das doenças. Art. 28. As Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Fe- deral, e dos Territórios poderão tornar obrigatório o uso de outros tipos de vacina para a população de suas áreas geográficas desde que: I - Obedeçam ao disposto neste Decreto e nas demais normas complementares baixadas para sua execução pelo Ministério da Saúde; II - O Ministério da Saúde aprove previamente, a conveniência da medida; III - Reunam condições operacionais para a execução das ações. Art. 29. É dever de todo cidadão submeter-se e os menores dos quais tenha a guarda ou responsabilidade, à vacinação obrigatória. Parágrafo único. Só será dispensada da vacinação obrigatória, a pessoa que apresentar Atestado Médico de contra-indicação explí- cita da aplicação da vacina. Art. 30. São responsáveis institucionais pela vacinação obriga- tória: I - O Ministério da Saúde, em âmbito nacional; II - As Secretarias de Saúde das Unidades Federadas, no âmbito de seus respectivos territórios. Parágrafo único. O complexo de serviços que constitui o Siste- ma Nacional de Saúde apoiará as ações de vacinação, principalmen- te aquelas de caráter obrigatório, na forma estabelecida por este regulamento e suas demais normas complementares. Art. 31. A vacinação obrigatória será da responsabilidade ime- diata de uma rede de serviços de saúde cujas unidades deverão dis- por de meios para: I - Executar as vacinações; II - Coordenar e controlar as vacinações executadas pelos de- mais serviços de saúde; III - Abastecer regularmente com vacinas os demais serviços de saúde; § 1º A rede de serviços de que trata este artigo será composta por Centros de Vacinação que integrarão determinados estabeleci- mentos de saúde definidos pelas Secretarias de Saúde das Unida- des Federadas, cada um com atuação junto à população residen- te ou em trânsito em áreas geográficas contínuas ou contíguas de modo a assegurar uma cobertura integral. § 2º As áreas a que se refere o § 1º poderão cobrir uma parte, o todo ou mais de um Município. Art. 32. Ao Ministério da Saúde, através da Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística da Saúde, compete: I - Implantar e implementar as ações do Programa relacionado com as vacinações de caráter obrigatório; II - Estabelecer critérios e prestar apoio técnico e financeiro a elaboração, implantação e implementação dos programas de vaci- nação a cargo das Secretarias de Saúde das Unidades Federadas; III - Estabelecer normas básicas para a execução das vacina- ções; IV - Supervisionar, controlar e avaliar a execução das vacinações no território nacional principalmente o desempenho dos órgãos das Secretarias de Saúde, encarregados dos programas de vacinação; V - Centralizar, analisar e divulgar as informações referentes ao Programa Nacional de Imunizações. Art. 33. Constituem funções das Secretarias de Saúde, através de seus órgãos responsáveis pelos programas de vacinação: I - Elaborar, implantar e implementar programas de imuniza- ções, principalmente aqueles referentes a vacinação obrigatória; II - Designar os serviços de saúde que deverão incorporar os Centros de Vacinação constituindo a rede especial a que se refere o artigo 31 deste Regulamento; III - Limitar a área geográfica a que deve estender-se a influên- cia dos Centros de Vacinação; IV - Manter a rede Centro de Vacinação; V - Manter Postos de Vacinação nos demais estabelecimentos de saúde que operam sob sua responsabilidade; CONHECIMENTOS DO SUS 89 VI - Promover a criação de Postos de Vacinação em todos os serviços de saúde de natureza pública e particular; VII - Credenciar médicos, como Agentes, para a execução das vacinações; VIII - Estabelecer normas complementares às baixadas pelo Mi- nistério para a execução das vacinações; IX - Supervisionar, controlar e avaliar a execução das vacinações no território da Unidade Federada, pelos Centros, Postos e Agentes de Vacinação; X - Centralizar, analisar e transferir ao Ministério da Saúde as informações referentes às vacinações realizadas em períodos ante- riores, divulgando-as. Art. 34. Constituem funções dos Centros de Vacinação: I - Programar e garantir a vacinação da população residente ou em trânsito na sua área de influência, em conformidade com o Pro- grama da respectiva Secretaria de Saúde; II - Distribuir e controlar o uso das vacinas pelos Postos e Agen- tes de Vacinação; III - Informar ao órgão imediatamente superior na estrutura da Secretaria de Saúde de que é integrante, as vacinações realizadas em períodos anteriores; IV - Manter o registro das vacinações realizadas; V - Expedir Atestados de Vacinação para as pessoas que vaci- nar; VI - Expedir Atestados da impossibilidade de obtenção das vaci- nações nos casos previstos neste Regulamento. Art. 35. Constituem funções dos Postos e Agentes de Vacina- ção: I - Vacinar as pessoas a quem estiverem prestando serviços de saúde; II - Registrar as vacinações que executarem; III - Expedir Atestados de Vacinação para as pessoas que vaci- narem. Parágrafo único. O credenciamento de serviços de saúde e de profissionais pelas Secretarias de Saúde para atuarem como Postos e Agentes de Vacinação deverá obedecer a critérios estabelecidos pelas primeiras, observadas as seguintes condições: I - Existência de meios para armazenamento das vacinas e sua perfeita conservação, e de equipamentos destinados à aplicação das mesmas; II - Registro do uso das vacinas nas fichas clínicas das pessoas vacinadas; III - Compromisso de afixar em local visível as datas e horários para a aplicação das vacinas; IV - Compromisso de comunicar as vacinações praticadas nos formulários distribuídos e nos prazos estipulados pelas Secretarias de Saúde. Art. 36. Em situações especiais como na ocorrência de surtos epidêmicos, e a Juízo da Autoridade Sanitária vinculada ao Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, a coordenação e execução do programa de vacinação serão transferidas às Unidades de Vigi- lância Epidemiológica atuantes nas áreas em que essas situações se verificarem. Art. 37. O cumprimento da obrigatoriedade das vacinações será comprovado através de Atestados de Vacinação, emitidos pe- los serviços de saúde que aplicarem as vacinas. § 1º O atestado das vacinações de caráter obrigatório será con- substanciado em documento único, padronizado pelo Ministério da Saúde e deverá conter: I - Os elementos de identificação civil da pessoa vacinada; II - O tipo e a data da vacina aplicada; III - A identificação do serviço de saúde onde a vacinação se realizou; IV - A rubrica do executor da vacinação. § 2º Continuam em vigor os Atestados de Vacinação previstos no Regulamento Sanitário Internacional, para o caso das Doenças Quarentenáveis. Art. 38. Toda pessoa vacinada tem o direito de exigir correspon- dente atestado comprobatório da vacinação obrigatóriarecebida, inclusive em segunda via, a fim de satisfazer exigências legais ou regulamentares. § 1º A pessoa que, durante o ano anterior, recorrer aos serviços de saúde autorizados para a realização de vacinações obrigatórias e não conseguir a aplicação das mesmas, poderá exigir desses es- tabelecimentos um atestado comprobatório da impossibilidade da vacinação, a fim de eximir-se nas datas aprazadas, das obrigações e sanções estabelecidas na legislação específica. § 2º Em situações excepcionais em que a coordenação das va- cinações estiver sob a responsabilidade da Unidade de Vigilância Epidemiológica a Autoridade Sanitária poderá dispensar a emissão de Atestado. TÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 39. Os atestados de vacinação obrigatória só serão exigidos a partir de 1º de julho de 1978, salvo a hipótese de emergência re- conhecida pelo Ministério da Saúde. § 1º Para efeito de pagamento de salário-família por dependen- tes de segurados de diferentes sistemas de previdência social, os atestados de vacinação obrigatória, somente serão exigidos a partir de 1º de julho de 1978, em relação aos dependentes nascidos a partir 1º de julho de 1977. § 2º O Ministério da Saúde por solicitação das Secretarias de Saúde poderá estabelecer novas datas quando ficar comprovada a impossibilidade do cumprimento da obrigação contida neste artigo e no seu § 1º. Art. 40. As vacinas obrigatórias e seus respectivos Atestados serão gratuitos, inclusive quando executados por profissionais em suas clínicas ou consultórios, ou por estabelecimentos privados de prestação de serviços de saúde. Art. 41. Os Atestados de Vacinação Obrigatória não poderão ser retidos, em qualquer hipótese e sob qualquer motivo, por pessoa natural ou jurídica. Art. 42. Sem prejuízo do disposto no artigo 22 e seus itens, é dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de fato, comprovado ou presumível, de caso de doença transmissível, relacionada em conformidade com o artigo 8º, item I. Art. 43. A inobservância das obrigações estabelecidas na Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, neste Regulamento e em suas normas complementares, configura infração da legislação referente à Saúde Pública, sujeitando o infrator às penalidades previstas no Decreto-lei nº 785 de 25 de agosto de 1969, sem prejuízo das san- ções penais cabíveis. Art. 44. Fica o Ministro de Estado da Saúde autorizado a expedir os atos complementares visando à execução deste Regulamento. Art. 45. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publica- ção, revogadas as disposições em contrário. CONHECIMENTOS DO SUS 90 Brasília, 12 de agosto de 1976; 155º da Independência e 88º da República. ENDEMIAS E EPIDEMIAS: SITUAÇÃO ATUAL, MEDIDAS DE CONTROLE E TRATAMENTO As endemias3 tem causado grandes problemas as populações ao longo da história, com grandes perdas sociais, principalmente nas populações menos favorecidas, devido à condições precárias de vida, como a falta de saneamento básico e de moradias mais dignas. As doenças endêmicas preocupam a saúde pública há mais de um século, graças ao avanço das investigações científicas e da medi- cina, muitas dessas endemias puderam ser controladas. Dentre as principais endemias que desafiam a saúde pública brasileira hoje são: a malária; leishmaniose; esquistossomose; febre amarela; dengue, tracoma; doença de chagas; hanseníase, tubercu- lose; cólera e gripe A. Por definição, Endemia é uma enfermidade, geralmente infec- ciosa que reina constantemente um certo país ou região por influ- ência de causa local4. No final do século XIX e início do século XX, a saúde pública, vi- sando encontrar soluções para o controle dessas endemias, utilizou o conceito dessas doenças infecciosas o que resultou em uma nova disciplina científica, a microbiologia, que descobriu uma significa- tiva quantidade de vetores que causavam as doenças endêmicas. Nessa época a saúde pública brasileira costumava tomar medi- das quanto ao meio ambiente em que as pessoas viviam, preocu- pavam-se muito com a localização dos cemitérios e hospitais, com a drenagem de terrenos e até com pessoas que apresentassem dis- túrbios mentais ou leprosos. A partir do início do século XX ocorreram vários estudos sobre as doenças endêmicas, nesse período foi descoberto pelo cientista brasileiro Carlos Chagas o vetor Trypanossoma cruzi causador da doença de chagas. Nesse período também houve o controle do ve- tor Aedes aegypti, o que diminuiu os casos de febre amarela. Na década de 30, a erradicação do vetor Aedes aegypti aliada com a vacina fez com que a febre amarela desaparecesse, voltando nova- mente na década de 80. A peste bubônica chegou ao Brasil no ano de 1899 e foi mais preocupante do que a febre amarela, o que fez com que encontras- sem rapidamente formas de controlar a doença. O vetor da peste bubônica é uma espécie de pulga chamada Xenopsylla cheopis, gra- ças ao empenho de investigação científica foi possível controlar a doença. Em 1950 e 1960 a fundação Rockefeller teve uma grande par- ticipação na formação do pensamento sanitário brasileiro. Os três primeiros médicos a receberem bolsa de estudos foram: Carlos Chagas, Geraldo H de Paula Souza e Francisco Borges Vieira. As doenças endêmicas são assim chamadas quando atingem uma determinada área geográfica e apresenta um padrão de ocor- rência relativamente estável com elevada incidência ou prevalência. As grandes endemias constituem hoje um dos maiores desa- fios à saúde pública, uma vez que atingem principalmente pessoas menos favorecidas, entre as doenças endêmicas citadas a maioria delas são oriundas da pobreza, isto é, de condições precárias de 3 https://sites.google.com/site/laflorania/to-dos/doencas-emergente- -e-reemergentes 4 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001, p.06). vida, a falta de saneamento básico é um dos principais fatores que contribuem para o aparecimento de algumas doenças, tais como: a malária, a cólera, a hanseníase, etc. Doenças Reemergentes Doenças reemergentes são aquelas devidas ao reaparecimento ou, aumento do número de infecções por uma doença já conhecida, mas que, por ter vindo causando tão poucas infecções, já não esta- va sendo considerada um problema de saúde pública. Cólera: a cólera reapareceu em países onde ela já havia previa- mente desaparecido a medida em que as condições de saneamento e alimentação se deterioraram. Em 1991, na América do Sul, mais de 390 mil casos foram notificados, sendo que por um século não se registravam casos de cólera. Dengue: a dengue se espalhou por vários países do sudeste asi- ático desde a década de 50 e reemergiu na América na década de 90, como consequência da deterioração do controle ao mosquito e a disseminação do vetor em áreas urbanas. Difteria: reemergiu na Federação Russa e algumas outras repú- blicas da antiga União Soviética em 1994 e culminou em 1995 com mais de 50.000 casos relatados. A reemergência está associada a um declínio dramático nos programas de imunização seguidos de uma “falência” nos serviços de saúde que se iniciou com o fim da URSS. Febre Rift Valley (RVF): doença caracterizada por febre e mial- gia, mas em alguns casos progride para retinite, encefalite ou he- morragia. Seguindo uma anormal temporada chuvosa no Kenya e na Somália no fim de 1997 e início de 1998, RVF ocorreu em vastas áreas, causando febre hemorrágica e morte pela população huma- na. O severo grau desta doença se deve a muitos fatores, incluindo condições climáticas, mal nutrição e possivelmente, outras infec- ções. Febre Amarela: exemplo de doença para a qual há várias va- cinas mas, devido ao uso não generalizado para todas as áreas de risco, epidemias continuam a ocorrer. A ameaça da febre amarela está presente em 33 países africanos e 8 sul americanos. É comum em florestas tropicais onde o vírus sobrevive em macacos. As pes- soas levam vírus para os vilarejos e a simples presença de um vetor espalha rapidamente a doença, quemata facilmente pessoas imu- nossuprimidas. Tuberculose: a tuberculose se comporta como uma doença re- emergente devido ao aumento gradativo de casos no passar dos últimos anos. Isto se dá devido ao processo de seleção responsável pela existência de cepas altamente resistentes a antibióticos. Além disso, o HIV contribui largamente para a manifestação da doença. CONHECIMENTOS DO SUS 91 Cólera5 O vibrião do cólera é Gram-negativo e tem a forma de uma vír- gula com cerca de 1-2 micrómetros. Possui flagelo locomotor ter- minal. Estes víbrios, tal como todos os outros, vivem naturalmente nas águas dos oceanos, mas o seu número é tão pequeno que não causam infecções. O víbrio é ingerido com água suja e multiplica-se localmente no intestino delgado proximal. Causa diarreia aquosa intensa devi- do aos efeitos da sua poderosa enterotoxina. Esta toxina tem duas porções A e B (toxina AB). A porção B é especifica para receptores presentes na membrana do enterócito, causando a sua endocitose (englobamento e internalização pela célula). A porção A, é a toxina propriamente dita, ela atua causando uma ADP-ribosilação na subunidade catalítica da proteína G, impe- dindo sua capacidade de hidrolisar o GTP ligado a ela, o que leva a uma superativação da enzima adenilato ciclase e provoca um au- mento abrupto dos níveis de AMPc intracelulares. O AMPc é um mediador que se liga à proteocinase A, que por sua vez ativa outras proteínas que afetam os canais de cloro, pro- vocando a secreção de cloro, sódio e água associada descontrolada pela célula no lúmen intestinal. O vibrião não é invasivo e perma- nece no lúmen do intestino durante toda a progressão da doença. O fator que transforma uma estirpe de vibrião não virulenta numa altamente perigosa parece ser a infecção da bactéria por um fago (espécie de vírus que infecta bactérias). Esse fago, o CTX-fí, contém os genes da toxina (ctxA e ctxB) que os injeta quando da sua infecção à bactéria. O cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo Vibrio cholerae, que é uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que causa diarreia. Apenas dois sorogrupos (existem cerca de 190) dessa bactéria são produtores da enterotoxina, o V. cholerae (bioti- pos “clássico” e “El Tor”) e o V. cholerae. O Vibrio cholerae é transmitido principalmente através da in- gestão de água ou de alimentos contaminados. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática (mais de 90% das pessoas) ou produz diarreia de pequena intensidade. Em algu- mas pessoas (menos de 10% dos infectados) pode ocorrer diarreia aquosa profusa de instalação súbita, potencialmente fatal, com evolução rápida (horas) para desidratação grave e diminuição acen- tuada da pressão sanguínea. Transmissão As abluções rituais com água do Rio Ganges são importantes na geração de epidemias da Cólera na Índia. A cólera é transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados. São ne- cessários em média 100 milhões de víbris (e no mínimo um milhão) ingeridos para se estabelecer a infecção, uma vez que não são re- sistentes à acidez gástrica e morrem em grandes números na pas- sagem pelo estômago. Sintomas A incubação é de cerca de cinco dias. Após esse período come- ça abruptamente a diarreia aquosa e serosa, como água de arroz. As perdas de água podem atingir os 20 litros por dia, com desidratação intensa e risco de morte, particularmente em crianças. Como são perdidos na diarreia sais assim como água, beber água doce ajuda, mas não é tão eficaz como beber água com um pouco de sal. Todos os sintomas resultam da perda de água e eletrólitos: 5 https://www.portalsaofrancisco.com.br/saude/colera - Diarreia volumosa e aquosa, tipo água de arroz, sempre sem sangue ou muco (se contiver estes elementos trata-se de disente- ria); - Dores abdominais tipo cólica; - Náuseas e vômitos; - Hipotensão com risco de choque hipovolêmico (perda de vo- lume sanguíneo) fatal, é a principal causa de morte na cólera; - Taquicardia: aceleração do coração para responder às neces- sidades dos tecidos, com menos volume sanguíneo; - Anúria: micção inferior a 100ml/dia, devido à perda de líqui- do; - Hipotermia: a água é um bom isolante térmico e a sua perda leva a maiores flutuações perigosas da temperatura corporal. O risco de morte é de 50% se não tratada, sendo muito mais alto em crianças pequenas. A morte é particularmente impressio- nante: o doente fica por vezes completamente mirrado pela desi- dratação, enquanto a pele fica cheia de coágulos verde azulados devido à ruptura dos capilares cutâneos, sendo que isso é muito importante para as crianças e adultos. Epidemiologia A cólera é uma doença de notificação obrigatória às autorida- des sanitárias. A cólera é uma doença que existe em todos os países em que medidas de saúde pública não são eficazes para a eliminar. Ela já existiu na Europa, mas com os altos níveis de saúde pública dos países europeus, foi já eliminada no início do século XX, com exceção de pequeno número de casos. A região da América do Sul é hoje a mais frequentemente afe- tada por epidemias de cólera, juntamente com a Índia. Neste último país, as grandes concentrações pouco higiênicas de multidões du- rante os rituais religiosos hindus no rio Ganges, são todos os anos ocasião para nova epidemia do vibrião. Também existe de forma endêmica na África e outras regiões tropicais da Ásia. Os seres humanos e os seus dejetos são a única fonte de infec- ção. Só quando água ou comida, suja com fezes humanas, é ingeri- da em quantidades suficientes de bactérias, pode causar a doença. As crianças, que têm a tendência de pôr tudo na boca, são mais atingidas. As pessoas infectadas eliminam nas suas fezes quantidades extremamente altas de bactérias, sendo os portadores (indivíduos que possuem o víbrio no intestino, mas que não desenvolvem a do- ença) muito raros. Há alguns casos raríssimos em que indivíduos contraíram a doença após comerem ostras contaminadas. Diagnóstico O diagnóstico é por cultura em meio especializado alcalino de amostras fecais. A identificação é por microscopia e leucemia. Tratamento O tratamento imediato é o soro fisiológico ou soro caseiro para repor a água e os sais minerais: uma pitada de sal, meia xícara de açúcar e meio litro de água tratada. No hospital, é administrado de emergência por via intravenosa solução salina. A causa é adi- cionalmente eliminada com doses de antibiótico (a doxiciclina). Medicamentos antidiarreicos não são indicados, já que facilitam a multiplicação da bactéria por diminuírem o peristaltismo intestinal. CONHECIMENTOS DO SUS 92 Efeitos genéticos nas populações Os indivíduos com a doença genética ou status de portador do gene da fibrose cística, são parcialmente resistentes aos efeitos da cólera. Nas regiões mais afetadas desde tempos imemoriais (Índia), a frequência deste gene é muito superior ao de outras regiões. Profilaxia Fazer uma boa higiene pessoal. Purificar a agua antes de con- sumir (pode ser usado cloro). Proteger os alimentos do contato com moscas. Evitar o consumo de alimentos crus. Proteger os doentes do contato das moscas. Investigar os casos de aparição da doença no grupo. A vacinação não é recomendada como medida de prote- ção porque protege, apenas, 50% dos casos em um período de três a seis meses. Dengue6 A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue. Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador da den- gue possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infec- ção porum deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três. Embora pareça pouco agressiva, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue, caracteri- zadas por sangramento e queda de pressão arterial, o que eleva o risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito. Em 1865 foi descrito o primeiro caso de dengue no Brasil, na cidade de Recife, sendo considerada epidêmica em 1846, quando se espalhou por vários estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Acredita-se que o mosquito Aedes aegypti chegou ao Brasil pelos navios negreiros, uma vez que as primeiras aparições do mosquito se deram no continente africano. No início do século XX, o médico Oswaldo Cruz implantou um programa de combate ao mosquito que chegou a eliminar a dengue no país durante a década de 1950. A dengue voltou a acontecer no Brasil na década de 1980, tendo seus primeiros novos casos em Roraima pelos vírus DEN1 e DEN4. Em 1990, houve a introdução do vírus DEN2 no Rio de Janei- ro, atingindo várias áreas do Sudeste, levando a uma epidemia em 1998, com mais de 500.000 casos no país. Em 2000, o vírus DEN3 foi isolado no Rio de Janeiro, e uma nova epidemia de dengue aconte- ceu entre 2001 e 2003. Antes dessa década, os casos de dengue he- morrágica no país eram raros, mas com a introdução do novo vírus diversas pessoas contraíram a dengue pela segunda ou terceira vez. Devemos dizer “a dengue” ou “o dengue”? A forma mais correta, sob o ponto de vista da gramática, é “o dengue”, no masculino. Entretanto, também está certo dizer “a dengue”, que hoje em dia é a forma mais utilizada pela população e até aceita em dicionários. O mosquito da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais 6 http://www.minhavida.com.br/saude/temas/dengue Tipos O vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN- 3 e DEN-4. Todos os tipos de dengue causam os mesmos sintomas. Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes. Caso ocorra um segundo ou terceiro episódio da dengue, há risco aumentado para formas mais graves da dengue, como a den- gue hemorrágica e síndrome do choque da dengue. Na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sinto- mas da dengue, combatendo o vírus sem nem saber que ele está em seu corpo. Para aqueles que apresentam sintomas, os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente de quatro formas: Dengue clássica A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas po- dem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas arti- culações, indisposição, enjoos, vômitos, entre outros. Dengue hemorrágica A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte. No geral, a dengue hemorrágica é mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou terceira vez. Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causa- das pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial do paciente, podendo gerar tonturas e quedas. Síndrome do choque da dengue A síndrome do choque da dengue é a complicação mais séria da dengue, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da den- gue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespi- ratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode levar a óbito. Causas A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A trans- missão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosqui- to da dengue adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indiví- duo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias. CONHECIMENTOS DO SUS 93 A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito da dengue podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos re- cipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mos- quito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimen- to dos ovos. O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. A fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacida- de do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam. Sintomas da dengue clássica Os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e du- ram entre 5 a 7 dias. Os principais sinais são: - Febre alta com início súbito (39° a 40°C); - Forte dor de cabeça; - Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos; - Perda do paladar e apetite; - Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, princi- palmente no tórax e membros superiores; - Náuseas e vômitos; - Tontura; - Extremo cansaço; - Moleza e dor no corpo; - Muitas dores nos ossos e articulações; - Dor abdominal (principalmente em crianças). Sintomas da dengue hemorrágica Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue clássica. A diferença é que a febre diminui ou cessa após o terceiro ou quarto dia da doença e surgem hemorragias em função do san- gramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Quan- do acaba a febre começam a surgir os sinais de alerta: - Dores abdominais fortes e contínuas; - Vômitos persistentes; - Pele pálida, fria e úmida; - Sangramento pelo nariz, boca e gengivas; - Manchas vermelhas na pele; - Comportamento variando de sonolência à agitação; - Confusão mental; - Sede excessiva e boca seca; - Dificuldade respiratória; - Queda da pressão arterial. Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamen- te, apresentando sinais de insuficiência circulatória. A baixa circula- ção sanguínea pode levar a pessoa a um estado de choque. Embora a maioria dos pacientes com dengue não desenvolva choque, a pre- sença de certos sinais alertapara esse quadro: - Dor abdominal persistente e muito forte; - Mudança de temperatura do corpo e suor excessivo; - Comportamento variando de sonolência à agitação; - Pulso rápido e fraco; - Palidez; - Perda de consciência. A síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue he- morrágica morrem. Complicações possíveis A síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespirató- rias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode levar a óbito. Outras possíveis complicações da dengue incluem: - Convulsões febris em crianças pequenas; - Desidratação grave; - Sangramentos. Prevenção O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas lar- vas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir a dengue! Veja como eliminar o risco: Evite o acúmulo de água O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não neces- sariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regular- mente e manter fechadas tampas de caixas d’água e cisternas. - Coloque areia nos vasos de plantas; - O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que o prato se torne um criadouro de mosquitos; - Coloque desinfetante nos ralos; - Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam- -se foco de dengue devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente. CONHECIMENTOS DO SUS 94 Limpe as calhas Grandes reservatórios, como caixas d’água, são os criadouros mais produtivos de dengue, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evi- tar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti. Coloque tela nas janelas Embora não seja tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito da dengue. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia não será bem-sucedida. Por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção. Lagos caseiros e aquários Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco de dengue deixou muitas pessoas pre- ocupadas. Porém, peixes são grandes predadores de formas aquá- ticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência. Seja consciente com seu lixo Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e ria- chos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas. Difteria Difteria é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. Causas A difteria é transmitida por meio de gotículas respiratórias (como aquelas produzidas pela tosse ou espirro) de um indivíduo infectado ou alguém portador da bactéria, mas que não apresenta sintomas. A difteria também pode ser transmitida por objetos ou alimentos contaminados (como leite contaminado). A bactéria normalmente infecta o nariz e a garganta. A infecção da garganta ocasiona uma cobertura preta, dura e fibrosa que pode bloquear as vias aéreas. Em alguns casos, a difteria pode infectar primeiro a pele, produzindo lesões cutâneas. Uma vez infectada, substâncias perigosas chamadas toxinas, produzidas pelas bactérias, podem se espalhar por toda a circula- ção sanguínea chegando a outros órgãos, como o coração, e causar danos significativos. Devido à ampla imunização DPT de rotina em crianças, a dif- teria agora é rara em muitas partes do mundo. Há menos de cinco casos de difteria registrados por ano nos Estados Unidos. Os fatores de risco incluem ambientes lotados, má higiene e falta de imunização. Sintomas de difteria Os sintomas geralmente aparecem entre 2 e 5 dias depois de entrar em contato com a bactéria. - Coloração azulada da pele; - Coriza aquosa e sanguinolenta do nariz; - Problemas de respiração -Respiração difícil; - Respiração rápida; - Estridor; - Calafrios; - Tosse forte; - Babar em excesso (que sugere que está prestes a ocorrer blo- queio das vias aéreas); - Febre; - Rouquidão; - Deglutição dolorida; - Lesões cutâneas (geralmente observadas em áreas tropicais); - Dor de garganta (de leve a severa). Observação: pode não haver sintomas. Complicações possíveis A complicação mais comum é a inflamação do músculo cardí- aco (miocardite). O sistema nervoso também é frequentemente e severamente afetado, o que pode resultar em paralisia temporária. A toxina diftérica também pode danificar os rins. Expectativas A difteria pode ser de leve a severa. Algumas pessoas podem não apresentar sintomas. Em outras, a doença pode piorar lenta- mente. A taxa de mortalidade é de 10%. A recuperação é lenta. Prevenção Imunizações de rotina em crianças e reforços em adultos previ- nem a doença. Ver: Vacina tríplice bacteriana, vacina pentavalente e vacina contra difteria e tétano (tipo adulto). Malária Trata-se de uma doença infecciosa que tem como agente etio- lógico um parasito do gênero Plasmodium. São espécies relaciona- das com a malária: Plasmodium falciparum, P. vivax P. malariae e P. ovale. Com relação a esta última não se ouviu dizer que já tenha ocorrido casos no Brasil, tendo em vista que se restringe mais nas regiões da África. Transmissão A transmissão natural ocorre por meio da picada de fêmeas in- fectadas de mosquito do tipo Anopheles, sendo mais importante a espécie Anopheles darlingi, onde os criadouros são provenientes de água limpa, quente, sombria e de baixo fluxo, decorrentes na Amazônia brasileira. A infecção inicia-se quando os parasitos (esporozoítos) são ino- culados na pele pela picada do vetor, os quais irão invadir as células do fígado, os hepatócitos. Nessas células multiplicam-se e dão ori- gem a milhares de novos parasitos (merozoítos), que rompem os hepatócitos e, caindo na circulação sanguínea, vão invadir as hemá- cias, dando início à segunda fase do ciclo, chamada de esquizogonia sanguínea. É nessa fase sanguínea que aparecem os sintomas da malária. O desenvolvimento do parasito nas células do fígado requer aproximadamente uma semana para o P. falciparum e P. vivax e cer- ca de duas semanas para o P. malariae. Nas infecções por P. vivax e P. ovale, alguns parasitos se desen- volvem rapidamente, enquanto outros ficam em estado de latência no hepatócito. São, por isso, denominados hipnozoítos (do grego CONHECIMENTOS DO SUS 95 hipnos, sono). Esses hipnozoítos são responsáveis pelas recaídas da doença, que ocorrem após períodos variáveis de incubação (geral- mente dentro de seis meses).7 Na fase sanguínea do ciclo, os merozoítos formados rompem a hemácia e invadem outras, dando início a ciclos repetitivos de mul- tiplicação eritrocitária.certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe Advérbios interrogativos São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de: • Lugar: onde, aonde, de onde • Tempo: quando • Modo: como • Causa: por que, por quê Grau do advérbio Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos. • Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto • Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que • Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que • Superlativo analítico: muito cedo • Superlativo sintético: cedíssimo Curiosidades Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso de alguns prefixos (supercedo). Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e ordem (ultimamente; depois; primeiramente). Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí). Pronomes Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira: • Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...). • Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...) • Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...) • Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...) • Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...) • Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...) • Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...) Colocação pronominal Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo). Veja, então, quais as principais situações para cada um deles: • Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati- vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”. Nada me faria mais feliz. LÍNGUA PORTUGUESA 9 • Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal. Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho. • Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração. Orgulhar-me-ei de meus alunos. DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula. Verbos Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro pos- suem subdivisões. Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando). • Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre- sente, futuro do pretérito. • Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito imperfeito, futuro. Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no particípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”. • Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito. • Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro. As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fa- zendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particípio) ou advérbio (gerúndio). Tipos de verbos Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em: Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...) • Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...) • Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...) • Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...) • Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...) • Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar, acontecer...) • Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado) • Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pen- tear-se...) • Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...) • Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...) • De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...) Vozes verbais As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes: • Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro) • Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto) • Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago) Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva- lente ao verbo “ser”. Conjugação de verbos Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem. • 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...) • 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...) • 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...) LÍNGUA PORTUGUESA 10 Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo: Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar LÍNGUA PORTUGUESA 11 Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor LÍNGUA PORTUGUESA 12 Preposições As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (pa- lavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição em determinadas sentenças). Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, en- tre. Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, du- rante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc. Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc.Os ciclos eritrocitários repetem-se a cada 48 horas nas infecções por P. vivax e P. falciparum e a cada 72 horas nas infecções por P. malariae. Depois de algumas gerações de merozo- ítos nas hemácias, alguns se diferenciam em formas sexuadas: os macrogametas (feminino) e microgametas (masculino). Esses gametas no interior das hemácias (gametócitos) não se dividem e, quando ingeridos pelos insetos vetores, irão fecundar-se para dar origem ao ciclo sexuado do parasito. Sintomas Momentos de calafrios, febres e sudorese, com duração que varia de 6 a 12 horas, levando a uma temperatura superior a 40ºC. Acompanhados de dores de cabeça, vômito e náuseas. O quadro da malária é oscilante podendo ir de leve a grave, dependendo da espécie do parasito. São grupos de risco de maior gravidade as gestantes e crianças. O diagnóstico precoce e o trata- mento correto e oportuno são os meios mais adequados para redu- zir a gravidade e a letalidade por malária. MODELO ASSISTENCIAL — Modelo Assistencial em Saúde: Princípios e Práticas O modelo assistencial em saúde refere-se ao conjunto de prin- cípios, políticas, estratégias e práticas que definem como os cui- dados de saúde são organizados, financiados e entregues a uma população. Este modelo é fundamental para determinar a eficácia, a eficiência e a equidade do sistema de saúde em atender às neces- sidades dos indivíduos e da comunidade. Um modelo assistencial bem estruturado é capaz de promover a saúde, prevenir doenças, tratar condições agudas e crônicas, e prover cuidado paliativo e de reabilitação de maneira integrada e sustentável. Princípios Fundamentais do Modelo Assistencial 1. Integralidade do Cuidado: Este princípio assegura que o cuidado à saúde cubra todas as necessidades do paciente, desde a prevenção e promoção da saúde até o tratamento e a reabilita- ção. A integralidade implica um cuidado que é contínuo ao longo do tempo e adaptativo às mudanças nas necessidades de saúde dos indivíduos ao longo de suas vidas. 2. Acessibilidade: Um modelo assistencial eficaz garante que todos os indivíduos tenham acesso a serviços de saúde de qualida- de, independentemente de sua condição socioeconômica, localiza- ção geográfica ou qualquer outra barreira potencial. A acessibilida- de envolve tanto a capacidade de alcançar fisicamente os serviços de saúde quanto a capacidade de pagar por eles. 3. Coordenação do Cuidado: A coordenação é crucial para evi- tar a fragmentação dos serviços de saúde, garantindo que todas as intervenções sejam bem comunicadas e harmonizadas entre os di- 7 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_malaria. pdf ferentes profissionais e setores. Isso é especialmente importante para pacientes com múltiplas condições de saúde que necessitam de cuidados de vários especialistas. 4. Centrado no Paciente e na Família: Os modelos assistenciais devem ser projetados em torno das necessidades e preferências dos pacientes e de suas famílias, promovendo a autonomia do pa- ciente e o envolvimento da família no processo de cuidado. Isso in- clui respeitar as decisões do paciente e fornecer informações claras e compreensíveis. Estratégias de Implementação de um Modelo Assistencial 1. Redes de Atenção à Saúde: A criação de redes integradas de serviços de saúde, que englobam desde a atenção primária até serviços especializados e de urgência, facilita uma abordagem coor- denada e contínua do cuidado. Estas redes permitem uma melhor distribuição dos recursos e uma resposta mais eficaz às necessida- des de saúde da população. 2. Tecnologia e Inovação: A integração de tecnologias de infor- mação e comunicação nos modelos assistenciais pode melhorar a qualidade do cuidado através de prontuários eletrônicos, telemedi- cina e sistemas de suporte à decisão clínica, proporcionando cuida- dos mais precisos e baseados em evidências. 3. Capacitação Profissional: Investir na formação e desenvolvi- mento contínuo dos profissionais de saúde é essencial para a imple- mentação eficaz de um modelo assistencial. Isso inclui não apenas o treinamento clínico, mas também habilidades em comunicação, gestão de saúde e entendimento dos determinantes sociais da saú- de. 4. Avaliação e Melhoria Contínua: Um modelo assistencial deve ser regularmente avaliado em termos de sua eficácia, eficiên- cia e equidade. A utilização de indicadores de qualidade e satisfa- ção do paciente são essenciais para identificar áreas de melhoria e adaptar o modelo às mudanças nas necessidades de saúde e avan- ços tecnológicos. O modelo assistencial em saúde é uma estrutura abrangente que orienta como os cuidados são organizados e entregues. A es- colha e a implementação de um modelo assistencial apropriado podem significativamente influenciar a saúde de uma população, tornando-o um componente crucial na gestão de sistemas de saúde modernos. PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO LOCAL DE SAÚDE Planejar faz parte do processo de trabalho da Vigilância em Saúde. Pode-se assim dizer que se insere no trabalho do Agente Local de Vigilância em Saúde o ato de planejar, mas ainda não se estaria ressaltando totalmente a importância que tem o planeja- mento para a sua atuação8. 8 https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/proformar_6.pdf CONHECIMENTOS DO SUS 96 O Planejamento é uma forma de potencializar a capacidade que se tem de raciocinar logicamente sobre uma situação proble- mática. Ele é uma forma de se definir possibilidades para a transfor- mação dessa realidade. Para lidar com problemas de saúde, que são considerados complexos, acredita-se que seja fundamental se utilizar de plane- jamento organizado e sistematizado. Desse modo, ele se tornará um instrumento orientador para que melhor se entenda futuros problemas, definir os objetivos, relacionar os diversos procedimen- tos necessários e acompanhar a sua execução, facilitando, assim, a identificação dos obstáculos. Planejamento e a Programação local são ferramentas impor- tantes para a consolidação das práticas de vigilância em saúde. Exis- tem métodos diferentes de conduzir um processo de planejamento. Aqui destacar-se-á o Planejamento e a Programação Local em Saúde - PPLS, que é uma forma de organizar os resultados do diagnóstico da situação de saúde e das condições de vida, além de sistematizar as ações necessárias para resolver os problemas e as necessidades em saúde, os quais nos foram revelados junto à popu- lação e ao território em que ela vive. Por isso, o Planejamento e a Programação local são ferramen- tas importantes para a consolidação das práticas de vigilância em saúde. Esse método de trabalho também é usado em outros seto- res e atividades com a finalidade de apontar ações, estratégias e recursos (humanos, financeiros e materiais) necessários à resolução de problemas e ao atendimento das necessidades de uma popula- ção em uma determinada área. A Vigilância em Saúde é aquela que a entende como uma or- ganização do trabalho em saúde, apresentando duas dimensões: técnico-operativa, que diz respeito à execução das práticas de pro- moção e reabilitação da saúde e de prevenção e recuperação de doenças; e político-gerencial, relativa à organização dos trabalhos necessários ao controle de problemas de saúde da população de um território. Destacaremos a dimensão político-gerencial da Vigilância em Saúde, apresentando uma proposta metodológica de planejamento aplicado no nível local do Sistema Único de Saúde, o Planejamento e a Programação Local em Saúde – PPLS. Proposta Metodológica de Planejamento Passos necessários para aplicar o planejamento segundo uma realidade. Nível Local do Sistema Único de Saúde Correspondente à existência de serviços de saúde em partes do município ou em todo o município. Planejar Pode-se afirmar que o ato de planejar consiste em desenhar, executar e acompanhar um conjunto de propostas de ação com vis- tas à intervenção sobre um determinado recorte da realidade. O planejamento pode ser tomado como um instrumentode racionali- zação da ação humana, ação realizada por atores sociais, orientada por um propósito relacionado com a manutenção ou a modificação de uma determinada situação. A partir das noções de situação, problema e ator social cons- truiu-se um enfoque de planejamento denominado estratégico-si- tuacional, útil na condução das ações em contextos caracterizados pela existência de muitos interesses e julgamentos distintos sobre como atuar em relação a um determinado recorte da realidade (si- tuação), com o propósito de transformá-lo. Ator social Pode ser uma pessoa, um grupamento humano ou uma insti- tuição que, de forma transitória ou permanente, é capaz de agir, produzindo fatos em uma determinada situação ou realidade; Situação É um conjunto de problemas e/ ou necessidades tais como são compreendidos a partir da perspectiva dos atores sociais interessados em intervir sobre um determinado recorte da realidade; Problema Algo considerado fora dos padrões de normalidade para os atores sociais que estão analisando a situação. Esses padrões são definidos a partir do conhecimento, do interesse e da capacidade de agir do ator sobre uma dada situação. Operação É formada por um conjunto de atividades, recursos, pessoas responsáveis e tempo necessário para a sua realização. Situação-objetivo É aquela que se deseja alcançar a partir de um plano. É um propósito que se estabelece em determinada situação inicial e que se altera na medida em que tal situação varia. O Enfoque estratégico situacional O Enfoque Estratégico-Situacional foi desenvolvido como for- ma de organizar processos e ações para atuar sobre situações se- lecionadas e que tem o propósito de resolver problemas e atender às necessidades de uma população em um determinado território (localidade, município, estado, país). Essa proposta, que vem sendo discutida e implementada no Brasil desde a década de 1980, é uma forma de pensar e agir e traz algumas consequências importantes para o ato de planejar: Ator social é toda pessoa, instituição pública ou privada, gru- pos sociais organizados e o Estado que têm poder para influenciar uma determinada situação. No planejamento estratégico, tenta-se reunir o máximo de atores sociais vinculados a uma situação pro- blemática, de interesse coletivo, para participarem da construção do planejamento; O ator social que planeja faz parte da realidade a ser planeja- da. Não é um observador externo e nem o único presente naquela situação. Outros atores também ali estão e planejam. Não há garan- tia de controle sobre uma determinada situação planejada, porque a ação de cada ator depende da ação dos outros; Há várias explicações sobre uma mesma situação. Elas depen- dem dos conhecimentos e dos interesses de cada ator naquele con- texto. Assim, nenhuma das explicações está “certa” ou “errada”, tornando-se necessário conhecer o enfoque do outro para analisar cada circunstância; A capacidade de agir sobre uma determinada situação varia de ator para ator e condiciona as possibilidades de sucesso de um pla- no. Não é suficiente elaborar um conjunto de propostas de ação. É CONHECIMENTOS DO SUS 97 necessário construir a viabilidade das ações, isto é, a possibilidade de sua execução, considerando as capacidades de todos os atores nela envolvidos. Pode-se concluir que, na perspectiva do enfoque estratégico- -situacional, a atuação planejada sobre uma dada situação implica esforço de compreensão do posicionamento dos diversos atores sociais que nela interferem, tornando possível construir uma expli- cação abrangente sobre os problemas que facilite a definição das ações a serem implementadas para enfrentá-los, de modo a reduzi- -los ou a controlá-los. Planejamento e a programazão local em saúde – PPLS O Planejamento e a Programação Local em Saúde – PPLS é considerado um instrumento importante para organizar as ações da Vigilância em Saúde no nível local do SUS, por se tratar de uma proposta metodológica que permite a negociação entre os diver- sos participantes interessados, com capacidade de agir em uma determinada situação de saúde sobre os problemas e ações de pro- moção, prevenção e recuperação dirigidas para a sua redução ou controle. • O que aproxima a PPLS do conceito de Vigilância em Saúde? Os seguintes pontos de encontro entre o PPLS e a Vigilância da Saúde - VS podem ser assim sistematizados: [a] Considera-se que os agentes de Vigilância em Saúde são atores sociais que têm interesse sobre a saúde-doença de grupos populacionais que vivem e trabalham em um território-processo, assim como os profissionais de saúde (gerentes e técnicos), pro- fissionais de outros setores, segmentos organizados da população; [b] O PPLS, através da utilização de técnicas de identificação, formulação, priorização e explicação dos problemas, considerando a visão dos distintos atores sociais, contribui para o processo de de- limitação desses problemas e das necessidades em saúde que estão no âmbito da Vigilância em Saúde; [c] A seleção de operações articuladas de promoção, preven- ção, recuperação e reabilitação, destinadas a intervir continuamen- te sobre os problemas selecionados, toma como referência uma situação-objetivo relacionada com a melhoria das condições de vida e de saúde da população afetada. O PPLS organiza a seleção de operações a partir da formulação de objetivos e operações e da respectiva análise de viabilidade política, técnico-organizativa e econômica; [d] A execução das operações selecionadas, articulando as di- versas profissões, setores, recursos institucionais e comunitários, aponta para a função de condução gerencial, definida no PPLS; [e] O acompanhamento e a avaliação das operações/ações rea- lizadas (da estrutura, dos processos e dos resultados) e a análise continuada da situação de saúde ou dos problemas priorizados rea- firmam tal encontro. • Momentos que fazem parte do PPLS Análise da situação de saúde; Definição de objetivos; Definição de ações, análise de viabilidade e desenho de estra- tégias; Elaboração da programação operativa; Acompanhamento e avaliação da programação operativa. POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO O SUS institui uma política pública de saúde que visa à integra- lidade, à universalidade, à busca da equidade e à incorporação de novas tecnologias, saberes e práticas. Entre os avanços e conquistas, pode-se facilmente destacar que há um SUS que dá certo, pois: - A rede de atenção pública de saúde está presente em todo o território nacional, em todos os estados e municípios; - Muitos serviços de saúde têm experimentado, em todo ter- ritório nacional, inovações na organização e oferta das práticas de saúde, permitido a articulação de ações de promoção e de preven- ção, com ações de cura e reabilitação; - O SUS vem reorganizando a rede de atenção à saúde, produ- zindo impacto na qualidade de vida do brasileiro; - O SUS tem propiciado a produção de cidadania, envolvendo e corresponsabilizando a sociedade na condução da política de saú- de, criando um sistema de gestão colegiada com forte presença e atuação de conferências e conselhos de saúde; - O SUS construiu novos arranjos e instrumentos de gestão, que ampliaram a capacidade de gestão e de co-responsabilização, ser- vindo inclusive de referência para a organização de outras políticas públicas no Brasil. - O SUS vem fortalecendo o processo de descentralização, am- pliando a presença, a autonomia e a responsabilização sanitária de municípios na organização das redes de atenção à saúde; - Tem havido uma ampliação da articulação regional, melho- rando a oferta de recursos assistenciais e a relação custo-efetivida- de, ampliando o acesso da população ao conjunto dos serviços de saúde. Mas o SUS é ainda uma reforma incompleta na Saúde, encon- trando-se em pleno curso de mudanças. Portanto, ainda estão em debate as formas de organização do sistema, dos serviços e do trabalho em saúde, que definem os modos de se produzir saúde e onde investir recursos,entre outros. Diante disto, muitos desafios para a produção de saúde perma- necem, como por exemplo: - Qualificar o sistema de co-gestão do SUS; - Criar um sistema de saúde em rede, que supere o isolamento dos serviços em níveis de atenção, o que produz baixa transversa- lização/comunicação entre as equipes e, consequentemente, seg- mentação do cuidado e dificuldades de seguimento/continuidade da ação clínica pela equipe que cuida do usuário; - Fortalecer e qualificar a atenção básica e ampliá-la como es- tratégia organizadora das redes de cuidado em saúde; - Fortalecer os processos de regionalização cooperativa e soli- dária, na perspectiva da ampliação do acesso com equidade; - Considerar a diversidade cultural e a desigualdade socioeco- nômica presente no território nacional; - Considerar o complexo padrão epidemiológico do povo bra- sileiro, que requer a utilização de multiplicidade de estratégias e tecnologias; - Superar a disputa de recursos entre os entes federados, para a afirmação da contratação de corresponsabilidades sanitárias; CONHECIMENTOS DO SUS 98 - Diminuir a interferência da lógica privada na organização da rede de saúde, ampliando a co-responsabilização nos processos de cuidado de todos os serviços que compõem a rede do SUS; - Superar o entendimento de saúde como ausência de doença (cultura sanitária biomédica), para a ampliação e o fortalecimento da concepção de saúde como produção social, econômica e cultu- ral; - Garantir recursos suficientes para o financiamento do SUS, para a superação do subfinanciamento; - Superar a fragmentação do processo de trabalho e das rela- ções entre os diferentes profissionais; - Implantar diretrizes do acolhimento e da clínica ampliada, para a ratificação do compromisso ético-político dos serviços de saúde na defesa da vida; - Melhorar a interação nas equipes e qualificá-las para lidarem com as singularidades dos sujeitos e coletivos nas práticas de aten- ção à saúde; - Fomentar estratégias de valorização do trabalhador: promo- ver melhorias nas condições de trabalho (ambiência), ampliar in- vestimentos na qualificação dos trabalhadores, etc. - Fomentar processos de co-gestão, valorizando e incentivando a inclusão dos trabalhadores e usuários em todo processo de pro- dução de saúde; - Incorporar de forma efetiva nas práticas de gestão e de aten- ção os direitos dos usuários da saúde. A humanização como política transversal na rede A humanização vista não como programa, mas como política pública que atravessa/transversaliza as diferentes ações e instân- cias gestoras do SUS, implica em: - Traduzir os princípios do SUS em modos de operar dos dife- rentes equipamentos e sujeitos da rede de saúde; - Orientar as práticas de atenção e gestão do SUS a partir da experiência concreta do trabalhador e usuário, construindo um sen- tido positivo de humanização, desidealizando “o Homem”. Pensar o humano no plano comum da experiência de um homem qualquer; - Construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla tare- fa de produção de saúde e produção de sujeitos; - Oferecer um eixo articulador das práticas em saúde, destacan- do o aspecto subjetivo nelas presente; - Contagiar, por atitudes e ações humanizadoras, a rede do SUS, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e usuários; - Posicionar-se, como política pública: a) nos limites da máquina do Estado onde ela se encontra com os coletivos e as redes sociais; b) nos limites dos Programas e Áreas do Ministério da Saúde, entre este e outros ministérios (intersetorialidade). Assim, entendemos humanização do SUS como: - Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores; - Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos e dos coletivos; - Aumento do grau de corresponsabilidade na produção de saúde e de sujeitos; - Estabelecimento de vínculos solidários e de participação cole- tiva no processo de gestão; - Mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e subjetivas de saúde; - Defesa de um SUS que reconhece a diversidade do povo brasi- leiro e a todos oferece a mesma atenção à saúde, sem distinção de idade, raça/cor, origem, gênero e orientação sexual; - Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua indissocia- bilidade, tendo como foco as necessidades dos cidadãos, a produ- ção de saúde e o próprio processo de trabalho em saúde, valorizan- do os trabalhadores e as relações sociais no trabalho; - Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil, e mais resolutivo; - Compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as condições de trabalho e de atendimento; - Compromisso com a articulação dos processos de formação com os serviços e práticas de saúde; - Luta por um SUS mais humano, porque construído com a par- ticipação de todos e comprometido com a qualidade dos seus servi- ços e com a saúde integral para todos e qualquer um. Para isso, a Humanização do SUS se operacionaliza com: - O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as práticas de saúde no SUS, reconhecendo os gestores, trabalhadores e usuá- rios como sujeitos ativos e protagonistas das ações de saúde; - A construção de diferentes espaços de encontro entre sujeitos (Grupo de Trabalho em Humanização; Rodas; Colegiados de Gestão, etc.); - A construção e a troca de saberes; - O trabalho em rede com equipes multiprofissionais, com atu- ação transdisciplinar; - O mapeamento, análise e atendimento de demandas e inte- resses dos diferentes sujeitos do campo da saúde; - O pacto entre os diferentes níveis de gestão do SUS (federal, estadual e municipal), entre as diferentes instâncias de efetivação das políticas públicas de saúde (instâncias da gestão e da atenção), assim como entre gestores, trabalhadores e usuários desta rede; - A construção de redes solidárias e interativas, participativas e protagonistas do SUS. Princípios norteadores da política de humanização - Valorização da dimensão subjetiva e coletiva em todas as prá- ticas de atenção e gestão no SUS, fortalecendo o compromisso com os direitos de cidadania, destacando-se as necessidades específicas de gênero, étnico - racial, orientação/expressão sexual e de seg- mentos específicos (população negra, do campo, extrativista, povos indígenas, quilombolas, ciganos, ribeirinhos, assentados, popula- ção em situação de rua, etc.); - Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, fo- mentando a transversalidade e a grupalidade; - Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e com- prometidas com a produção de saúde e com a produção de sujeitos; - Construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos e cole- tivos implicados na rede do SUS; - Corresponsabilidade desses sujeitos nos processos de gestão e atenção; - Fortalecimento do controle social, com caráter participativo, em todas as instâncias gestoras do SUS; - Compromisso com a democratização das relações de trabalho e valorização dos trabalhadores da saúde, estimulando processos de educação permanente em saúde; - Valorização da ambiência, com organização de espaços de tra- balho saudáveis e acolhedores. CONHECIMENTOS DO SUS 99 A PNH se estrutura a partir de: - Princípios; - Método; - Diretrizes; - Dispositivos. Princípios da PNH Por princípio entende-se o que causa ou força a ação, ou que dispara um determinado movimento no plano das políticas públi- cas. A PNH, como movimento de mudança dos modelos de atenção e gestão, possui três princípios a partir dos quais se desdobra en- quanto política pública de saúde: Transversalidade - Aumento do grau de comunicação intra e intergrupos; - Transformação dos modos de relação e de comunicação entre os sujeitos implicados nos processos de produção de saúde, pro- duzindo como efeito a desestabilização das fronteiras dos saberes, dos territórios de poder e dos modos instituídos na constituição das relações de trabalho. Indissociabilidade entre atenção e gestão- Alteração dos modos de cuidar inseparável da alteração dos modos de gerir e se apropriar do trabalho; - Inseparabilidade entre clínica e política, entre produção de saúde e produção de sujeitos; - Integralidade do cuidado e integração dos processos de tra- balho Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos - Trabalhar implica na produção de si e na produção do mundo, das diferentes realidades sociais, ou seja, econômicas, políticas, ins- titucionais e culturais; - As mudanças na gestão e na atenção ganham maior efetivi- dade quando produzidas pela afirmação da autonomia dos sujeitos envolvidos, que contratam entre si responsabilidades compartilha- das nos processos de gerir e de cuidar. O Método da PNH Por método entende-se a condução de um processo ou o seu modo de caminhar (meta = fim; hodos = caminho). A PNH caminha no sentido da inclusão, nos processos de produção de saúde, dos diferentes agentes implicados nestes processos. Podemos falar de um “método de tríplice inclusão”: - inclusão dos diferentes sujeitos (gestores, trabalhadores e usuários) no sentido da produção de autonomia, protagonismo e corresponsabilidade. Modo de fazer: rodas; - inclusão dos analisadores sociais ou, mais especificamente, inclusão dos fenômenos que desestabilizam os modelos tradicio- nais de atenção e de gestão, acolhendo e potencializando os pro- cessos de mudança. Modo de fazer: análise coletiva dos conflitos, entendida como potencialização da força crítica das crises. - inclusão do coletivo seja como movimento social organizado, seja como experiência singular sensível (mudança dos perceptos e dos afetos) dos trabalhadores de saúde quando em trabalho grupal. Modo de fazer; fomento das redes. Diretrizes da PNH Por diretrizes entende-se as orientações gerais de determinada política. No caso da PNH, suas diretrizes expressam o método da inclusão no sentido da: - Clínica Ampliada; - Co-gestão; - Acolhimento; - Valorização do trabalho e do trabalhador; - Defesa dos Direitos do Usuário; - Fomento das grupalidades, coletivos e redes; - Construção da memória do SUS que dá certo. Dispositivos da PNH Por dispositivos entende-se a atualização das diretrizes de uma política em arranjos de processos de trabalho. Na PNH, foram de- senvolvidos vários dispositivos que são postos a funcionar nas prá- ticas de produção de saúde, envolvendo coletivos e visando promo- ver mudanças nos modelos de atenção e de gestão: - Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) e Câmara Técnica de Humanização (CTH); - Colegiado Gestor; - Contrato de Gestão; - Sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde: gerência de “porta aberta”; ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação, etc.; - Visita Aberta e Direito à Acompanhante; - Programa de Formação em Saúde do Trabalhador (PFST) e Co- munidade Ampliada de Pesquisa (CAP); - Equipe Transdisciplinar de Referência e de Apoio Matricial; - Projetos Co-Geridos de Ambiência; - Acolhimento com Classificação de Riscos; - Projeto Terapêutico Singular e Projeto de Saúde Coletiva; - Projeto Memória do SUS que dá certo. Esses dispositivos encontram-se detalhados em cartilhas, tex- tos, artigos e documentos específicos de referência, disponibiliza- dos nas publicações e site da PNH . Resultados Esperados com a PNH Com a implementação da PNH, trabalhamos para alcançar re- sultados englobando as seguintes direções: - Serão reduzidas as filas e o tempo de espera, com ampliação do acesso, e atendimento acolhedor e resolutivo, baseado em cri- térios de risco; - Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e a rede de serviços que se responsabilizará por sua referência territorial e atenção integral; - As unidades de saúde garantirão os direitos dos usuários, orientandos e pelas conquistas já asseguradas em lei e ampliando os mecanismos de sua participação ativa, e de sua rede sociofami- liar, nas propostas de plano terapêutico, acompanhamento e cuida- dos em geral; - As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, com investimento na educação perma- nente em saúde dos trabalhadores, na adequação de ambiência e CONHECIMENTOS DO SUS 100 espaços saudáveis e acolhedores de trabalho, propiciando maior integração de trabalhadores e usuários em diferentes momentos (diferentes rodas e encontros); - Serão implementadas atividades de valorização e cuidado aos trabalhadores da saúde. Tanto no âmbito dos resultados esperados quanto nos pro- cessos disparados, está-se procurando ajustar metodologias para monitoramento e avaliação (articulados aos planos de ação), cui- dando para que o próprio processo avaliativo seja inovado à luz dos referenciais da PNH, em uma perspectiva formativa, participativa e emancipatória, de aprender-fazendo e fazer-aprendendo. Estratégias Gerais A implementação da PNH pressupõe vários eixos de ação que objetivam institucionalização, difusão dessa estratégia e, principal- mente, a apropriação de seus resultados pela sociedade: - No eixo das instituições do SUS, propõe-se que a PNH faça parte dos planos estaduais e municipais dos governos, como já faz do Plano Nacional de Saúde e dos Termos de Compromisso do Pac- to Pela Saúde; - No eixo da gestão do trabalho, propõe-se a promoção de ações que assegurem a participação dos trabalhadores nos pro- cessos de discussão e decisão, fortalecendo e valorizando os traba- lhadores, sua motivação, seu desenvolvimento e seu crescimento profissional; - No eixo do financiamento, propõe-se a integração de recursos vinculados a programas específicos de humanização e outros recur- sos de subsídio à atenção, unificando-os e repassando-os, fundo a fundo, mediante o compromisso dos gestores com a PNH; - No eixo da atenção, propõe-se uma política incentivadora de ações integrais, promocionais e intersetoriais de saúde, inovando nos processos de trabalho que busquem o compartilhamento dos cuidados, resultando em aumento da autonomia e protagonismo dos sujeitos envolvidos; - No eixo da educação permanente em saúde indica-se que a PNH: 1) seja incluída como conteúdo e/ou componentes curriculares de cursos de graduação, pós-graduação e extensão em saúde, vin- culando-se às instituições de formação; 2) oriente processos de educação permanente em saúde de trabalhadores nos próprios serviços de saúde; - No eixo da informação/comunicação, indica-se por meio de ação da mídia e discurso social amplo a inclusão da PNH no debate da saúde; - No eixo da gestão da PNH, propõem-se práticas de planeja- mento, monitoramento e avaliação, baseadas em seus princípios, diretrizes e dispositivos, dimensionando seus resultados e gerando conhecimento específico na perspectiva da Humanização do SUS. Alguns parâmetros para orientar a implantação de ações / dispositivos Para orientar a implementação de ações de Humanização na rede SUS, reafirmam-se os princípios da PNH, direcionados nos se- guintes objetivos: - Ampliar o diálogo entre os trabalhadores, entre os trabalha- dores e a população e entre os trabalhadores e a administração, promovendo a gestão participativa, colegiada e a gestão comparti- lhada dos cuidados/atenção; - Implantar, estimular e fortalecer os Grupos de Trabalho e Câ- maras Técnicas de Humanização com plano de trabalho definido; - Estimular práticas de atenção compartilhadas e resolutivas, racionalizar e adequar o uso dos recursos e insumos, em especial o uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas des- necessárias; - Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e corresponsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no pro- cesso de produção de saúde; - Sensibilizar as equipes de saúde para o problema da violência em todos os seus âmbitos de manifestação, especialmente a vio- lência intrafamiliar (criança,mulher e idoso), a violência realizada por agentes do Estado (populações pobres e marginalizadas), a vio- lência urbana e para a questão dos preconceitos (racial, religioso, sexual, de origem e outros) nos processos de recepção/acolhida e encaminhamentos; - Adequar os serviços ao ambiente e à cultura dos usuários, respeitando a privacidade e promovendo a ambiência acolhedora e confortável; - Viabilizar a participação ativa dos trabalhadores nas unidades de saúde, por meio de colegiados gestores e processos interativos de planejamento e de tomada de decisão; - Implementar sistemas e mecanismos de comunicação e in- formação que promovam o desenvolvimento, a autonomia e o pro- tagonismo das equipes e da população, ampliando o compromisso social e a co-responsabilização de todos os envolvidos no processo de produção da saúde; - Promover ações de incentivo e valorização da jornada de tra- balho integral no SUS, do trabalho em equipe e da participação do trabalhador em processos de educação permanente em saúde que qualifiquem sua ação e sua inserção na rede SUS; - Promover atividades de valorização e de cuidados aos traba- lhadores da saúde, contemplando ações voltadas para a promoção da saúde e qualidade de vida no trabalho. Parâmetros para implementação de ações na atenção básica - Organização do acolhimento de modo a promover a amplia- ção efetiva do acesso à atenção básica e aos demais níveis do siste- ma, eliminando as filas, organizando o atendimento com base em riscos/vulnerabilidade priorizados e buscando adequação da capa- cidade resolutiva; - Definição inequívoca de responsabilidades sanitárias da equi- pe de referência com a população referida, favorecendo a produção de vínculo orientado por projetos terapêuticos de saúde, individu- ais e coletivos, para usuários e comunidade, contemplando ações de diferentes eixos, levando em conta as necessidades/demandas de saúde. Avançar na perspectivas do: a) exercício de uma clínica ampliada, capaz de aumentar a autonomia dos sujeitos, das famílias e da comunidade; b) estabelecimento de redes de saúde, incluindo todos os atores e equipamentos sociais de base territorial (e ou- tros), firmando laços comunitários e construindo políticas e inter- venções intersetoriais; - Organização do trabalho, com base em equipes multiprofis- sionais e atuação transdisciplinar, incorporando metodologias de planejamento e gestão participativa, colegiada, e avançando na gestão compartilhada dos cuidados/atenção; - Implementação de sistemas de escuta qualificada para usuá- rios e trabalhadores, com garantia de análise e encaminhamentos a partir dos problemas apresentados; CONHECIMENTOS DO SUS 101 - Garantia de participação dos trabalhadores em atividades de educação permanente em saúde; - Promoção de atividades de valorização e de cuidados aos tra- balhadores da saúde, contemplando ações voltadas para a promo- ção da saúde e a qualidade de vida no trabalho; - Organização do trabalho com base em metas discutidas cole- tivamente e com definição de eixos avaliativos, avançando na im- plementação de contratos internos de gestão. Parâmetros para implementação de ações de urgência e emergência, nos prontos-socorros, pronto atendimentos, assistên- cia pré-hospitalar e outros - Demanda acolhida e atendida de acordo com a avaliação de risco, garantido o acesso referenciado aos demais níveis de assis- tência; - Garantia de resolução da urgência e emergência, provido o acesso ao atendimento hospitalar e à transferência segura confor- me a necessidade dos usuários; - Promoção de ações que garantam a integração com o restante da rede de serviços e a continuidade do cuidado após o atendimen- to de urgência ou de emergência; - Definição de protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e respeitando a singularidade do su- jeito; - Garantia de participação dos trabalhadores em atividades de educação permanente em saúde; - Promoção de atividades de valorização e de cuidados aos tra- balhadores da saúde, contemplando ações voltadas para a promo- ção da saúde e a qualidade de vida no trabalho. - Organização do trabalho com base em metas discutidas cole- tivamente e com definição de eixos avaliativos, avançando na im- plementação de contratos internos de gestão. Parâmetros para implementação de ações na atenção espe- cializada - Garantia de agenda de atendimento em função da análise de risco e das necessidades do usuário; - Critérios de acesso: identificados de forma pública, incluídos na rede assistencial, com efetivação de protocolos de referência e contrarreferência; - Otimização do atendimento ao usuário, articulando a agenda multiprofissional de ações diagnósticas e terapêuticas que deman- dam diferentes saberes e tecnologias de reabilitação; - Definição de protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e respeitando a singularidade do su- jeito; - Garantia de participação dos trabalhadores em atividades de educação permanente; - Promoção de atividades de valorização e de cuidados aos tra- balhadores da saúde, contemplando ações voltadas para a promo- ção da saúde e a qualidade de vida no trabalho. - Organização do trabalho com base em metas discutidas cole- tivamente e com definição de eixos avaliativos, avançando na im- plementação de contratos internos de gestão. Parâmetros para implementação de ações na atenção hospi- talar - Implantação de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho definido; - Garantia de visita aberta, da presença do acompanhante e de sua rede social, respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e peculiaridades das necessidades do acompanhante; - Implantação de mecanismos de recepção com acolhimento aos usuários; - Implantação de mecanismos de escuta para a população e para os trabalhadores; - Estabelecimento de equipe multiprofissional de referência para os pacientes internados (com médico e enfermeiro, com apoio matricial de psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacio- nais, farmacêuticos, nutricionistas e outros profissionais de acordo com as necessidades), com horário pactuado para atendimento à família e/ou sua rede social; - Implantação de Conselho de Gestão Participativa; - Implantação de acolhimento com avaliação de risco nas áreas de acesso (pronto atendimento, pronto-socorro, ambulatório, ser- viço de apoio diagnóstico e terapia); - Implantação de mecanismos de desospitalização, visando al- ternativas às práticas hospitalares como as de cuidados domicilia- res; - Garantia de continuidade de assistência, com ativação de re- des de cuidados para viabilizar a atenção integral; - Garantia de participação dos trabalhadores em atividades de educação permanente; - Promoção de atividades de valorização e de cuidados aos tra- balhadores da saúde, contemplando ações voltadas para a promo- ção da saúde e a qualidade de vida no trabalho; - Realização de atividades sistemáticas de formação, articulan- do processos de educação permanente em saúde para os trabalha- dores, contemplando diferentes temáticas permeadas pelos princí- pios e conceitos da PNH; - Organização do trabalho com base em metas discutidas cole- tivamente e com definição de eixos avaliativos, avançando na im- plementação de contratos internos de gestão. Observação Esses parâmetros devem ser associados à definição de indica- dores capazes de monitorar as ações implementadas. Em outros documentos específicos encontram-se disponibiliza- dos indicadores que podem ser tomados como referência. Para maiores detalhes consultar o sítio da PNH. Disponível: . Glossário HumanizaSUS Acolhimento Processo constitutivo das práticas de produção e promoção de saúde que implica responsabilização do trabalhador/equipe pelo usuário, desde a sua chegada até a sua saída. Ouvindo sua queixa, considerando suas preocupações e angústias, fazendo uso de uma escuta qualificada que possibilite analisara demanda e, colocando os limites necessários, garantir atenção integral, resolutiva e res- ponsável por meio do acionamento/articulação das redes internas dos serviços (visando à horizontalidade do cuidado) e redes exter- nas, com outros serviços de saúde, para continuidade da assistência quando necessário. CONHECIMENTOS DO SUS 102 Alteridade Alter: “outro”, em latim. A alteridade refere-se à experiência in- ternalizada da existência do outro, não como um objeto, mas como um outro sujeito co-presente no mundo das relações intersubjeti- vas. Ambiência Ambiente físico, social, profissional e de relações interpessoais que deve estar relacionado a um projeto de saúde voltado para a atenção acolhedora, resolutiva e humana. Nos serviços de saúde a ambiência é marcada tanto pelas tecnologias médicas ali presentes quanto por outros componentes estéticos ou sensíveis apreendidos pelo olhar, olfato, audição, por exemplo, a luminosidade e os ruídos do ambiente, a temperatura, etc. Muito importante na ambiência é o componente afetivo expresso na forma do acolhimento, da aten- ção dispensada ao usuário, da interação entre os trabalhadores e gestores. Devem-se destacar também os componentes culturais e regionais que determinam os valores do ambiente. Apoio matricial Lógica de produção do processo de trabalho na qual um pro- fissional oferece apoio em sua especialidade para outros profissio- nais, equipes e setores. Inverte-se, assim, o esquema tradicional e fragmentado de saberes e fazeres já que ao mesmo tempo em que o profissional cria pertencimento à sua equipe/setor, também fun- ciona como apoio, referência para outras equipes. Apoio institucional Apoio institucional é uma função gerencial que reformula o modo tradicional de se fazer coordenação, planejamento, supervi- são e avaliação em saúde. Um de seus principais objetivos é fomen- tar e acompanhar processos de mudança nas organizações, mis- turando e articulando conceitos e tecnologias advindas da análise institucional e da gestão. Ofertar suporte ao movimento de mudan- ça deflagrado por coletivos, buscando fortalecê-los no próprio exer- cício da produção de novos sujeitos em processos de mudança é tarefa primordial do apoio. Temos entendido que a função do apoio é chave para a instauração de processos de mudança em grupos e organizações, porque o objeto de trabalho do apoiador é, sobre- tudo, o processo de trabalho de coletivos que se organizam para produzir, em nosso caso, saúde. A diretriz do apoio institucional é a democracia institucional e a autonomia dos sujeitos. Assim sendo, o apoiador deve estar sempre inserido em movimentos coletivos, aju- dando na análise da instituição, buscando novos modos de operar e produzir das organizações. É, portanto, em, uma região limítrofe entre a clínica e a política, entre o cuidado e a gestão – lá onde estes domínios se interferem mutuamente – que a função de apoio institucional trabalha no sentido da transversalidade das práticas e dos saberes no interior das organizações. O apoiador institucional tem a função de: 1) estimular a criação de espaços coletivos, por meio de arranjos ou dispositivos que propiciem a interação entre os sujeitos; 2) reconhecer as relações de poder, afeto e a circulação de conhecimentos propiciando a viabilização dos projetos pactua- dos pelos atores institucionais e sociais; 3) mediar junto ao grupo a construção de objetivos comuns e a pactuação de compromissos e contratos; 4) trazer para o trabalho de coordenação, planejamento e supervisão os processos de qualificação das ações institucionais; 5) propiciar que os grupos possam exercer a crítica e, em última instância, que os profissionais de saúde sejam capazes de atuar com base em novos referenciais, contribuindo para melhorar a qualida- de da gestão no SUS. A função apoio se apresenta, nesta medida, como diretriz e dispositivo para ampliar a capacidade de reflexão, entendimento e análise de coletivos, que assim poderiam qualificar sua própria intervenção, sua capacidade de produzir mais e melhor saúde com os outros. Atenção especializada/serviço de assistência especializada Unidades ambulatoriais de referência, compostas por equipes multidisciplinares de diferentes especialidades que acompanham os pacientes, prestando atendimento integral a eles e a seus fami- liares. Autonomia No seu sentido etimológico, significa “produção de suas pró- prias leis” ou “faculdade de se reger por suas próprias leis”. Em oposição à heteronomia, designa todo sistema ou organismo do- tado da capacidade de construir regras de funcionamento para si e para o coletivo. Pensar os indivíduos como sujeitos autônomos é considerá-los como protagonistas nos coletivos de que participam, co-responsáveis pela produção de si e do mundo em que vivem. Um dos valores norteadores da Política Nacional de Humanização é a produção de sujeitos autônomos, protagonistas e co-responsáveis pelo processo de produção de saúde. Classificação de Risco (Avaliação de Risco) Mudança na lógica do atendimento, permitindo que o critério de priorização da atenção seja o agravo à saúde e/ou grau de sofri- mento e não mais a ordem de chegada (burocrática). Realizado por profissional da saúde que, utilizando protocolos técnicos, identifica os pacientes que necessitam de tratamento imediato, considerando o potencial de risco, agravo à saúde ou grau de sofrimento e provi- dencia, de forma ágil, o atendimento adequado a cada caso. Clínica ampliada O conceito de clínica ampliada deve ser entendido como uma das diretrizes impostas pelos princípios do SUS. A universalidade do acesso, a integralidade da rede de cuidado e a equidade das ofertas em saúde obrigam a modificação dos modelos de atenção e de ges- tão dos processos de trabalho em saúde. A modificação das práticas de cuidado se faz no sentido da am- pliação da clínica, isto é, pelo enfrentamento de uma clínica ainda hegemônica que: 1) toma a doença e o sintoma como seu objeto; 2) toma a remissão de sintoma e a cura como seu objetivo; 3) realiza a avaliação diagnóstica reduzindo-a à objetividade positivista clínica ou epidemiológica; 4) define a intervenção terapêutica considerando predominan- temente ou exclusivamente os aspectos orgânicos. Ampliar a clínica, por sua vez, implica: 1) tomar a saúde como seu objeto de investimento, conside- rando a vulnerabilidade, o risco do sujeito em seu contexto; 2) ter como objetivo produzir saúde e ampliar o grau de auto- nomia dos sujeitos; 3) realizar a avaliação diagnóstica considerando não só o saber clínico e epidemiológico, como também a história dos sujeitos e os saberes por eles veiculados; 4) definir a intervenção terapêutica considerando a complexi- dade biopsíquicossocial das demandas de saúde. As propostas da clínica ampliada: 1) compromisso com o sujeito e não só com a doença; CONHECIMENTOS DO SUS 103 2) reconhecimento dos limites dos saberes e a afirmação de que o sujeito é sempre maior que os diagnósticos propostos; 3) afirmação do encontro clínico entre dois sujeitos (trabalha- dor de saúde e usuário) que se co-produzem na relação que esta- belecem; 4) busca do equilíbrio entre danos e benefícios gerados pelas práticas de saúde; 5) aposta nas equipes multiprofissionais e transdisciplinares; 6) fomento da corresponsabilidade entre os diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde (trabalhadores de saúde, usuários e rede social); 7) defesa dos direitos dos usuários. Colegiado gestor Em um modelo de gestão participativa, centrado no trabalho em equipe e na construção coletiva (planeja quem executa), os co- legiados gestores garantem o compartilhamento do poder, a coaná- lise, a codecisão e a coavaliação. A direção das unidades de saúde tem diretrizes, pedidos que são apresentados para os colegiados como propostas/ofertas que devem ser analisadas, reconstruídas e pactuadas. Os usuários/familiares e as equipes também têm pe- didos e propostasque serão apreciadas e acordadas. Os colegiados são espaços coletivos deliberativos, tomam decisões no seu âmbito de governo em conformidade com as diretrizes e contratos defini- dos. O colegiado gestor de uma unidade de saúde é composto por todos os membros da equipe ou por representantes. Tem por fina- lidade elaborar o projeto de ação da instituição, atuar no processo de trabalho da unidade, responsabilizar os envolvidos, acolher os usuários, criar e avaliar os indicadores, sugerir e elaborar propostas. Controle social (participação cidadã) Participação popular na formulação de projetos e planos, defi- nição de prioridades, fiscalização e avaliação das ações e dos servi- ços, nas diferentes esferas de governo, destacando-se, na área da Saúde, as conferências e os conselhos de saúde. Diretrizes da PNH Por diretrizes entendem-se as orientações gerais de determina- da política. No caso da PNH, suas diretrizes apontam no sentido da: 1) Clínica Ampliada; 2) Cogestão; 3) Valorização do Trabalho; 4) Acolhimento; 5) Valorização do trabalho e do trabalhador da Saúde do Tra- balhador; 6) Defesa dos Direitos do Usuário; 7) Fomento das grupalidades, coletivos e redes; e 8) Construção da memória do SUS que dá certo. Dispositivos da PNH Dispositivo é um arranjo de elementos, que podem ser con- cretos (ex.: uma reforma arquitetônica, uma decoração, um manu- al de instruções) e/ou imateriais (ex.: conceitos, valores, atitudes) mediante o qual se faz funcionar, se catalisa ou se potencializa um processo. Na PNH, foram desenvolvidos vários dispositivos que são acionados nas práticas de produção de saúde, envolvendo coleti- vos e visando promover mudanças nos modelos de atenção e de gestão: - Acolhimento com Classificação de Risco; - Equipes de Referência e de Apoio Matricial; - Projeto Terapêutico Singular e Projeto de Saúde Coletiva; - Projetos Cogeridos de Ambiência - Colegiado Gestor; - Contrato de Gestão; - Sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde: gerência de “porta aberta”; ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação, etc.; - Visita Aberta e Direito à Acompanhante; - Programa de Formação em Saúde do trabalhador (PFST) e Comunidade Ampliada de Pesquisa (CAP); - Programas de Qualidade de Vida e Saúde para os Trabalhado- res da Saúde; - Grupo de Trabalho de Humanização (GTH); - Câmaras Técnicas de Humanização (CTH); - Projeto Memória do SUS que dá certo. Educação permanente em saúde As ações de educação permanente em saúde envolvem a arti- culação entre educação e trabalho no SUS, visando à produção de mudanças nas práticas de formação e de saúde. Por meio da Educa- ção Permanente em Saúde articula-se o ensino, gestão, atenção e participação popular na produção de conhecimento para o desen- volvimento da capacidade pedagógica de problematizar e identifi- car pontos sensíveis e estratégicos para a produção da integralidade e humanização. Eficácia/eficiência (resolubilidade) A resolubilidade diz respeito à combinação dos graus de eficá- cia e eficiência das ações em saúde. A eficácia fala da produção da saúde como valor de uso, da qualidade da atenção e da gestão da saúde. A eficiência refere-se à relação custo/benefício, ao menor investimento de recursos financeiros e humanos para alcançar o maior impacto nos indicadores sanitários. Equidade No vocabulário do SUS, diz respeito aos meios necessários para se alcançar a igualdade, estando relacionada com a ideia de justiça social. Condições para que todas as pessoas tenham acesso aos di- reitos que lhe são garantidos. Para que se possa exercer a equidade, é preciso que existam ambientes favoráveis, acesso à informação, acesso a experiências e habilidades na vida, assim como oportu- nidades que permitam fazer escolhas por uma vida mais sadia. O contrário de equidade é iniquidade, e as iniquidades no campo da saúde têm raízes nas desigualdades existentes na sociedade. Equipe de referência/equipe multiprofissional Grupo que se constitui por profissionais de diferentes áreas e saberes (interdisciplinar, transdisciplinar), organizados em função dos objetivos/missão de cada serviço de saúde, estabelecendo-se como referência para os usuários desse serviço (clientela que fica sob a responsabilidade desse grupo/equipe). Está inserido, num sentido vertical, em uma matriz organizacional. Em hospitais, por exemplo, a clientela internada tem sua equipe básica de referência e especialistas e outros profissionais organizam uma rede de ser- viços matriciais de apoio às equipes de referência. As equipes de referência em vez de serem um espaço episódico de integração ho- rizontal passam a ser a estrutura permanente e nuclear dos serviços de saúde. CONHECIMENTOS DO SUS 104 Familiar participante Representante da rede social do usuário que garante a articula- ção entre a rede social/familiar e a equipe profissional dos serviços de saúde na elaboração de projetos de saúde. Gestão participativa Modo de gestão que incluiu novos sujeitos no processo de análise e tomada de decisão. Pressupõe a ampliação dos espaços públicos e coletivos, viabilizando o exercício do diálogo e da pac- tuação de diferenças. Nos espaços de gestão é possível construir conhecimentos compartilhados considerando as subjetividades e singularidades dos sujeitos e coletivos. Grupalidade Experiência que não se reduz a um conjunto de indivíduos nem tampouco pode ser tomada como uma unidade ou identidade imu- tável. É um coletivo ou uma multiplicidade de termos (usuários, trabalhadores, gestores, familiares, etc.) em agenciamento e trans- formação, compondo uma rede de conexão na qual o processo de produção de saúde e de subjetividade se realiza. Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) Espaço coletivo organizado, participativo e democrático, que funciona à maneira de um órgão colegiado e se destina a empreen- der uma política institucional de resgate dos valores de universali- dade, integralidade e aumento da equidade no cuidado em saúde e democratização na gestão, em benefício dos usuários e dos traba- lhadores da saúde. É constituído por lideranças representativas do coletivo de profissionais e demais trabalhadores em cada equipamento de saúde, (nas SES e nas SMS), tendo como atribuições: - difundir os princípios norteadores da PNH; - pesquisar e levantar os pontos críticos do funcionamento de cada serviço e sua rede de referência; - promover o trabalho em equipes multiprofissionais, estimu- lando a transversalidade e a grupalidade; - propor uma agenda de mudanças que possam beneficiar os usuários e os trabalhadores da saúde; - incentivar a democratização da gestão dos serviços; - divulgar, fortalecer e articular as iniciativas humanizadoras existentes; estabelecer fluxo de propostas entre os diversos setores das instituições de saúde, a gestão, os usuários e a comunidade; - melhorar a comunicação e a integração do equipamento com a comunidade (de usuários) na qual está inserida. Humanização/Política Nacional de Humanização (PNH) No campo da Saúde, humanização diz respeito a uma aposta ético-estético-política: ética porque implica a atitude de usuários, gestores e trabalhadores de saúde comprometidos e corresponsá- veis. Estética porque acarreta um processo criativo e sensível de produção da saúde e de subjetividades autônomas e protagonis- tas. Política porque se refere à organização social e institucional das práticas de atenção e gestão na rede do SUS. O compromisso éti- co-estético- político da humanização do SUS se assenta nos valores de autonomia e protagonismo dos sujeitos, de corresponsabilidade entre eles, de solidariedade dos vínculos estabelecidos, dos direitos dos usuários e da participação coletiva no processo de gestão. Igualdade Segundo os preceitos do SUS e conforme o texto da Constitui- ção brasileira, o acesso às ações e aos serviços, para promoção, pro- teção e recuperação da saúde, além de universal, deve basear-se na igualdade de resultados finais,garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos. Integralidade Um dos princípios constitucionais do SUS garante ao cidadão o direito de acesso a todas as esferas de atenção em saúde, contem- plando, desde ações assistenciais em todos os níveis de complexi- dade (continuidade da assistência), até atividades inseridas nos âm- bitos da prevenção de doenças e de promoção da saúde. Prevê-se, portanto, a cobertura de serviços em diferentes eixos, o que requer a constituição de uma rede de serviços (integração de ações), capaz de viabilizar uma atenção integral. Por outro lado, cabe ressaltar que por integralidade também se deve compreender a proposta de abordagem integral do ser humano, superando a fragmentação do olhar e intervenções sobre os sujeitos, que devem ser vistos em suas inseparáveis dimensões biopsicossociais. Intersetorialidade Integração dos serviços de saúde e outros órgãos públicos com a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não-compreendidas no âmbito do SUS, potencializando, assim, os recursos financeiros, tecnoló- gicos, materiais e humanos disponíveis e evitando duplicidade de meios para fins idênticos. Se os determinantes do processo saúde/ doença, nos planos individual e coletivo, encontram-se localizados na maneira como as condições de vida são produzidas, isto é, na alimentação, na escolaridade, na habitação, no trabalho, na capa- cidade de consumo e no acesso a direitos garantidos pelo poder público, então é impossível conceber o planejamento e a gestão da saúde sem a integração das políticas sociais (educação, transporte, ação social), num primeiro momento, e das políticas econômicas (trabalho, emprego e renda), num segundo. A escolha do prefixo inter e não do trans é efetuada em respeito à autonomia adminis- trativa e política dos setores públicos em articulação. Núcleo de saber Demarca a identidade de uma área de saber e de prática pro- fissional. A institucionalização dos saberes e a sua organização em práticas se dá mediante a conformação de núcleos que são mutan- tes e se interinfluenciam na composição de um campo de saber di- nâmico. No núcleo há aglutinação de saberes e práticas, compondo um grupo ou um gênero profissional e disciplinar. Ouvidoria Serviço representativo de demandas do usuário e/ou trabalha- dor de saúde e instrumento gerencial na medida em que mapeia problemas, aponta áreas críticas e estabelece a intermediação das relações, promovendo a aproximação das instâncias gerenciais. Princípios da PNH Por princípio entende-se o que causa ou força determinada ação ou o que dispara um determinado movimento no plano das políticas públicas. A PNH, enquanto movimento de mudança dos modelos de atenção e gestão, possui três princípios a partir dos quais se desdobra enquanto política pública de saúde: CONHECIMENTOS DO SUS 105 1) A transversalidade enquanto aumento do grau de abertura comunicacional intra e intergrupos, isto é, a ampliação da grupali- dade ou das formas de conexão intra e intergrupos promovendo mudanças nas práticas de saúde; 2) A inseparabilidade entre clínica e política, o que impõe a in- separabilidade entre atenção e gestão dos processos de produção de saúde; 3) O protagonismo dos sujeitos e coletivos. Produção de saúde e produção de subjetividade Em uma democracia institucional, diz respeito à constituição de sujeitos autônomos e protagonistas no processo de produção de sua própria saúde. Neste sentido, a produção das condições de uma vida saudável não pode ser pensada sem a implicação, neste processo, de sujeitos. Projeto de saúde Projetos voltados para os sujeitos, individualmente, ou co- munidades, contemplando ações de diferentes eixos, levando em conta as necessidades/demandas de saúde. Comportam planos de ação assentados na avaliação das condições biopsicossociais dos usuários. A sua construção deve incluir a corresponsabilidade de usuário, gestor e trabalhador/equipes de saúde, e devem ser consi- derados: a perspectiva de ações intersetoriais, a rede social de que o usuário faz parte, o vínculo usuário-equipamento de saúde e a avaliação de risco/vulnerabilidade. Protagonismo É a ideia de que a ação, a interlocução e a atitude dos sujeitos ocupam lugar central nos acontecimentos. No processo de produção da saúde, diz respeito ao papel de sujeitos autônomos e corresponsáveis no processo de produção de sua própria saúde. Reabilitar-Reabilitação/Habilitar-Habilitação Habilitar é tornar hábil, no sentido da destreza/inteligência ou no da autorização legal. O “re” constitui prefixo latino que apresen- ta as noções básicas de voltar atrás, tornar ao que era. A questão que se coloca no plano do processo saúde/ doença é se é possível “voltar atrás”, tornar ao que era. O sujeito é marcado por suas ex- periências; o entorno de fenômenos, relações e condições históri- cas e sempre muda; então a noção de reabilitar é problemática. Na saúde, estaremos sempre desafiados a habilitar um novo sujeito a uma nova realidade biopsicossocial. Porém, existe o sentido estrito da volta a uma capacidade legal pré-existente e, por algum motivo, perdida, e nestes casos o “re” se aplica. Rede psicossocial Esquematicamente, todos os sujeitos atuam em três cenários: a família, o trabalho e o consumo, onde se desenrolam as suas his- tórias com seus elementos, afetos, dinheiro, poderes e símbolos, cada qual com sua força e onde somos mais ou menos hábeis, mais ou menos habilitados, formando uma rede psicossocial. Esta rede é caracterizada pela participação ativa e criativa de uma série de atores, saberes e instituições, voltados para o enfrentamento de problemas que nascem ou se expressam numa dimensão humana de fronteira, aquele que articula a representação subjetiva com a prática objetiva dos indivíduos em sociedade. Redes de atenção em saúde Modo de organização dos serviços configurados em redes sus- tentadas por critérios, fluxos e mecanismos de pactuação de funcio- namento, para assegurar a atenção integral aos usuários. Na com- preensão de rede, deve-se reafirmar a perspectiva de seu desenho lógico, que prevê níveis de complexidade, viabilizando encaminha- mentos resolutivos (entre os diferentes equipamentos de saúde), porém reforçando a sua concepção central de fomentar e assegurar vínculos em diferentes dimensões: intraequipes de saúde, intere- quipes/serviços, entre trabalhadores e gestores, e entre usuários e serviços/equipes. Sujeito/subjetividade Território existencial resultado de um processo de produção de subjetividade sempre coletivo, histórico e determinado por múlti- plos vetores: familiares, políticos, econômicos, ambientais, midiá- ticos, etc. Trabalho O trabalho tem sido identificado a emprego ou assalariamento e, também, a tarefas e produtos esperados. O trabalho é mais que isso, é atividade que se opõe à inércia. É o conjunto dos fenômenos que caracterizam o ser vivo. É, assim, resistência a toda situação de heterodeterminação das normas definidas para a sua execução. Nos processos de trabalho surgem, a todo o momento, situações novas e “ventos imprevisíveis” não definidos pelas prescrições da organização do trabalho. Para dar conta dessas situações, os tra- balhadores são convocados a criar, a improvisar ações. Quando as normas são seguidas fielmente, sem serem questionadas, podemos colocar o trabalho em crise, pois as prescrições não são suficientes para responder aos imprevistos que acontecem a cada dia. O traba- lho inclui, também, uma dimensão que não é observável – como os fracassos e as frustrações por não poder ter sido feito como se gos- taria – e exige invenções, escolhas e decisões muitas vezes difíceis. A atividade do trabalho, portanto, é submetida a uma regulação que se efetiva na interação entre os trabalhadores da saúde, numa dinâmica intersubjetiva. Somos gestores e produtores de saberes e de novidades.Transversalidade Nas experiências coletivas ou de grupalidade, diz respeito à possibilidade de conexão/confronto com outros grupos, inclusive no interior do próprio grupo, indicando um grau de abertura à al- teridade e, portanto, o fomento de processos de diferenciação dos grupos e das subjetividades. Em um serviço de saúde, pode se dar pelo aumento de comunicação entre os diferentes membros de cada grupo, e entre os diferentes grupos. A ideia de comunicação transversal em um grupo deve ser entendida não a partir do esque- ma bilateral emissor-receptor, mas como uma dinâmica multiveto- rializada, em rede, e na qual se expressam os processos de produ- ção de saúde e de subjetividade. Universalidade A Constituição brasileira instituiu o princípio da universalidade da cobertura e do atendimento para determinar a dimensão do de- ver estatal no campo da Saúde, de sorte a compreender o atendi- mento a brasileiros e a estrangeiros que estejam no País, crianças, jovens, adultos e idosos. A universalidade constitucional compreen- de, portanto, a cobertura, o atendimento e o acesso ao Sistema Único de Saúde, expressando que o Estado tem o dever de prestar CONHECIMENTOS DO SUS 106 atendimento nos grandes e pequenos centros urbanos, e também às populações isoladas geopoliticamente, os ribeirinhos, os indí- genas, os ciganos e outras minorias, os prisioneiros e os excluídos sociais. Os programas, as ações e os serviços de saúde devem ser concebidos para propiciar cobertura e atendimento universais, de modo equitativo e integral. Usuário, cliente, paciente Cliente é a palavra usada para designar qualquer comprador de um bem ou serviço, incluindo quem confia sua saúde a um tra- balhador da saúde. O termo incorpora a ideia de poder contratual e de contrato terapêutico efetuado. Se, nos serviços de saúde, o paciente é aquele que sofre, conceito reformulado historicamente para aquele que se submete, passivamente, sem criticar o trata- mento recomendado, prefere-se usar o termo cliente, pois implica em capacidade contratual, poder de decisão e equilíbrio de direitos. Usuário, isto é, aquele que usa, indica significado mais abrangente, capaz de envolver tanto o cliente como o acompanhante do cliente, o familiar do cliente, o trabalhador da instituição, o gerente da ins- tituição e o gestor do sistema. Vínculo Na rede psicossocial, compartilhamos experiências e estabele- cemos relações mediadas por instâncias. No caso da instância insti- tuição de saúde, a aproximação entre usuário e trabalhador de saú- de promove um encontro, este “ficar em frente um do outro”, um e outro sendo sujeitos, com suas intenções, interpretações, necessi- dades, razões e sentimentos, mas em situação de desequilíbrio, de habilidades e expectativas diferentes, em que um, o usuário, busca assistência, em estado físico e emocional fragilizado, junto ao ou- tro, um profissional supostamente capacitado para atender e cuidar da causa de sua fragilidade. Desse modo cria-se um vínculo, isto é, processo que ata ou liga, gerando uma ligação afetiva e ética entre ambos, numa convivência de ajuda e respeito mútuos. Visita aberta e direito de acompanhante É o dispositivo que amplia as possibilidades de acesso para os visitantes de forma a garantir o elo entre o paciente, sua rede social e os demais serviços da rede de saúde, mantendo latente o projeto de vida do paciente durante o tempo de internação. CONSTITUIÇÃO FEDERAL /88, SEÇÃO II – DA SAÚDE CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (...) SEÇÃO II DA SAÚDE Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garanti- do mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitá- rio às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saú- de, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: (Vide ADPF 672) I - descentralização, com direção única em cada esfera de go- verno; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. § 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios apli- carão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da ar- recadação dos impostos a que se referem os arts. 155 e 156-A e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, I, “a”, e II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Re- dação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 156 e 156-A e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, I, “b”, e § 3º. (Re- dação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) § 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Regulamento I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivan- do a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) CONHECIMENTOS DO SUS 107 III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) IV - (revogado) . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) § 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específi- cos para sua atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) § 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2010) Regulamento § 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descum- primento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exer- cício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) § 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde edos agentes de combate às endemias fica sob responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, além de outros consectários e vantagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o trabalho desses profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) § 8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às ende- mias serão consignados no orçamento geral da União com dotação própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) § 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não será inferior a 2 (dois) salários mínimos, repassados pela União aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) § 10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de comba- te às endemias terão também, em razão dos riscos inerentes às fun- ções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado aos seus vencimentos, adicional de insalubridade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) § 11. Os recursos financeiros repassados pela União aos Esta- dos, ao Distrito Federal e aos Municípios para pagamento do ven- cimento ou de qualquer outra vantagem dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite de despesa com pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) § 12. Lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfer- magem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas de direito público e de direito privado. (Incluído pela Emenda Consti- tucional nº 124, de 2022) § 13. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, até o final do exercício financeiro em que for publicada a lei de que trata o § 12 deste artigo, adequarão a remuneração dos cargos ou dos respectivos planos de carreiras, quando houver, de modo a atender aos pisos estabelecidos para cada categoria profissional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022) § 14. Compete à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Mu- nicípios e às entidades filantrópicas, bem como aos prestadores de serviços contratualizados que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema único de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o § 12 deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022) § 15. Os recursos federais destinados aos pagamentos da assis- tência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, bem como aos presta- dores de serviços contratualizados que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema único de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o § 12 deste artigo serão consignados no orçamento geral da União com dotação própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022) Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes des- te, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo prefe- rência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. § 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. § 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facili- tem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, proces- samento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamen- tos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros in- sumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; VII - participar do controle e fiscalização da produção, trans- porte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreen- dido o do trabalho. CONHECIMENTOS DO SUS 108 LEI FEDERAL Nº 8.080 DE 19/09/1990; LEGISLAÇÃO ES- TRUTURANTE, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recu- peração da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na- cional decreta e eu sanciono a seguinte lei: DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em ca- ráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, de- vendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formula- ção e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redu- ção de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicio- nantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento bá- sico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013) Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. TÍTULO II DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Po- der Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). § 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de san- gue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. § 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e de- terminantes da saúde; II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observânciaAo conectar os termos das orações, as preposições estabele- cem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de: • Causa: Morreu de câncer. • Distância: Retorno a 3 quilômetros. • Finalidade: A filha retornou para o enterro. • Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura. • Modo: Os rebeldes eram colocados em fila. • Lugar: O vírus veio de Portugal. • Companhia: Ela saiu com a amiga. • Posse: O carro de Maria é novo. • Meio: Viajou de trem. Combinações e contrações Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa- lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e havendo perda fonética (contração). • Combinação: ao, aos, aonde • Contração: de, dum, desta, neste, nisso Conjunção As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe- lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo- mento de redigir um texto. Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e conjunções subordinativas. Conjunções coordenativas As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti- ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em cinco grupos: • Aditivas: e, nem, bem como. • Adversativas: mas, porém, contudo. • Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer. • Conclusivas: logo, portanto, assim. • Explicativas: que, porque, porquanto. Conjunções subordinativas As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes: • Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas substantivas, definidas pelas palavras que e se. • Causais: porque, que, como. • Concessivas: embora, ainda que, se bem que. • Condicionais: e, caso, desde que. • Conformativas: conforme, segundo, consoante. • Comparativas: como, tal como, assim como. • Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. • Finais: a fim de que, para que. • Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que. • Temporais: quando, enquanto, agora. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS A formação de palavras se dá a partir de processos morfológi- cos, de modo que as palavras se dividem entre: • Palavras primitivas: são aquelas que não provêm de outra palavra. Ex: flor; pedra • Palavras derivadas: são originadas a partir de outras pala- vras. Ex: floricultura; pedrada • Palavra simples: são aquelas que possuem apenas um radi- cal (morfema que contém significado básico da palavra). Ex: cabelo; azeite • Palavra composta: são aquelas que possuem dois ou mais radicais. Ex: guarda-roupa; couve-flor Entenda como ocorrem os principais processos de formação de palavras: Derivação A formação se dá por derivação quando ocorre a partir de uma palavra simples ou de um único radical, juntando-se afixos. • Derivação prefixal: adiciona-se um afixo anteriormente à pa- lavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz) • Derivação sufixal: adiciona-se um afixo ao final da palavra ou radical. Ex: friorento (frio + ento) / guloso (gula + oso) • Derivação parassintética: adiciona-se um afixo antes e outro depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) / desgoverna- do (des + governar + ado) • Derivação regressiva (formação deverbal): reduz-se a pala- vra primitiva. Ex: boteco (botequim) / ataque (verbo “atacar”) • Derivação imprópria (conversão): ocorre mudança na classe gramatical, logo, de sentido, da palavra primitiva. Ex: jantar (verbo para substantivo) / Oliveira (substantivo comum para substantivo próprio – sobrenomes). Composição A formação por composição ocorre quando uma nova palavra se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais. • Aglutinação: fusão de duas ou mais palavras simples, de modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os elemen- tos formadores perdem sua identidade ortográfica e fonológica. Ex: aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto) • Justaposição: fusão de duas ou mais palavras simples, man- tendo a ortografia e a acentuação presente nos elementos forma- dores. Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen. Ex: beija- -flor / passatempo. LÍNGUA PORTUGUESA 13 Abreviação Quando a palavra é reduzida para apenas uma parte de sua totalidade, passando a existir como uma palavra autônoma. Ex: foto (fotografia) / PUC (Pontifícia Universidade Católica). Hibridismo Quando há junção de palavras simples ou radicais advindos de línguas distintas. Ex: sociologia (socio – latim + logia – grego) / binó- culo (bi – grego + oculus – latim). Combinação Quando ocorre junção de partes de outras palavras simples ou radicais. Ex: portunhol (português + espanhol) / aborrecente (abor- recer + adolescente). Intensificação Quando há a criação de uma nova palavra a partir do alarga- mento do sufixo de uma palavra existente. Normalmente é feita adicionando o sufixo -izar. Ex: inicializar (em vez de iniciar) / proto- colizar (em vez de protocolar). Neologismo Quando novas palavras surgem devido à necessidade do falan- te em contextos específicos, podendo ser temporárias ou perma- nentes. Existem três tipos principais de neologismos: • Neologismo semântico: atribui-se novo significado a uma pa- lavra já existente. Ex: amarelar (desistir) / mico (vergonha) • Neologismo sintático: ocorre a combinação de elementos já existentes no léxico da língua. Ex: dar um bolo (não comparecer ao compromisso) / dar a volta por cima (superar). • Neologismo lexical: criação de uma nova palavra, que tem um novo conceito. Ex: deletar (apagar) / escanear (digitalizar) Onomatopeia Quando uma palavra é formada a partir da reprodução aproxi- mada do seu som. Ex: atchim; zum-zum; tique-taque. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça as principais relações e suas características: Sinonímia e antonímia As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente esperto Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi- cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex: forte fraco Parônimos e homônimos As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro- núncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe- go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal). As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta). As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu- meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical). As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual, porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver- bo); acerto (substantivo) X acerto (verbo). Polissemia e monossemia As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo). Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos). Denotação e conotação Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam um sentido objetivo e literal. Ex: Está fazendo frio. / Pé da mulher. Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé da cadeira. Hiperonímia e hiponímia Estado disposto no § 1º do art. 2º desta lei; III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promo- ção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; (Redação dada pela Lei nº 14.572, de 2023) d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei nº 14.572, de 2023) II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compre- endido o do trabalho; VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substân- cias de interesse para a saúde; VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoati- vos, tóxicos e radioativos; X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; XI - a formulação e execução da política de sangue e seus de- rivados. XII – a formulação e a execução da política de informação e assistência toxicológica e de logística de antídotos e medicamentos utilizados em intoxicações. (Incluído pela Lei nº 14.715, de 2023) § 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produ- ção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamen- te, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. § 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. CONHECIMENTOS DO SUS 109 § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigi- lância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabi- litação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de tra- balho; III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das con- dições de produção, extração, armazenamento, transporte, distri- buição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindi- cal e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas pú- blicas e privadas; VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. § 4º Entende-se por saúde bucal o conjunto articulado de ações, em todos os níveis de complexidade, que visem a garantir promoção, prevenção, recuperação e reabilitação odontológica, in- dividual e coletiva, inseridas no contexto da integralidade da aten- ção à saúde. (Incluído pela Lei nº 14.572, de 2023) § 5º Entende-se por assistência toxicológica, a que se refere o inciso XII do caput deste artigo, o conjunto de ações e serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento das intoxicações agudas e crônicas decorrentes da exposição a substâncias químicas, medi- camentos e toxinas de animais peçonhentos e de plantas tóxicas. (Incluído pela Lei nº 14.715, de 2023) Art. 6ºA. As diferentes instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) ficam obrigadas a disponibilizar nas respectivas páginas eletrônicas na internet os estoques de medicamentos das farmácias públicas que estiverem sob sua gestão, com atualização quinzenal, de forma acessível ao cidadão comum. (Incluído pela Lei nº 14.654, de 2023) Vigência CAPÍTULO II DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços pri- vados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes pre- vistas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - integralidade de assistência, entendida como conjunto ar- ticulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou pri- vilégios de qualquer espécie; V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos servi- ços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VIII - participação da comunidade; IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saú- de; X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio am- biente e saneamento básico; XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, mate- riais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da po- pulação; XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar dupli- cidade de meios para fins idênticos. XIV – organização de atendimento público específico e espe- cializado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicoló- gico e cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017) XV – proteção integral dos direitos humanos de todos os usuá- rios e especial atenção à identificação de maus-tratos, de negligên- cia e declassificação diz respeito às relações hierárquicas de signi- ficado entre as palavras. Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão. Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, por- tanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex: Limão é hipônimo de fruta. Formas variantes São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – in- farto / gatinhar – engatinhar. Arcaísmo São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que ainda podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica far- mácia / franquia sinceridade. SINTAXE Frase É todo enunciado capaz de transmitir a outrem tudo aquilo que pensamos, queremos ou sentimos. Exemplos Caía uma chuva. Dia lindo. Oração É a frase que apresenta estrutura sintática (normalmente, su- jeito e predicado, ou só o predicado). LÍNGUA PORTUGUESA 14 Exemplos Ninguém segura este menino. (Ninguém: sujeito; segura este menino: predicado) Havia muitos suspeitos. (Oração sem sujeito; havia muitos sus- peitos: predicado) Termos da oração 1. Termos essenciais sujeito predicado 2. Termos integrantes complemento verbal complemento nominal agente da passiva objeto direto objeto indireto 3. Termos acessórios Adjunto adnominal adjunto adverbial aposto 4. Vocativo Diz-se que sujeito e predicado são termos “essenciais”, mas note que o termo que realmente é o núcleo da oração é o verbo: Chove. (Não há referência a sujeito.) Cansei. (O sujeito e eu, implícito na forma verbal.) Os termos “acessórios” são assim chamados por serem supos- tamente dispensáveis, o que nem sempre é verdade. Sujeito e predicado Sujeito é o termo da oração com o qual, normalmente, o verbo concorda. Exemplos A notícia corria rápida como pólvora. (Corria está no singular concordando com a notícia.) As notícias corriam rápidas como pólvora. (Corriam, no plural, concordando com as notícias.) O núcleo do sujeito é a palavra principal do sujeito, que encerra a essência de sua significação. Em torno dela, como que gravitam as demais. Exemplo: Os teus lírios brancos embelezam os campos. (Lí- rios é o núcleo do sujeito.) Podem exercer a função de núcleo do sujeito o substantivo e palavras de natureza substantiva. Veja: O medo salvou-lhe a vida. (substantivo) Os medrosos fugiram. (Adjetivo exercendo papel de substanti- vo: adjetivo substantivado.) A definição mais adequada para sujeito é: sujeito é o termo da oração com o qual o verbo normalmente concorda. Sujeito simples: tem um só núcleo. Exemplo: As flores morreram. Sujeito composto: tem mais de um núcleo. Exemplo: O rapaz e a moça foram encostados ao muro. Sujeito elíptico (ou oculto): não expresso e que pode ser de- terminado pela desinência verbal ou pelo contexto. Exemplo: Viajarei amanhã. (sujeito oculto: eu) Sujeito indeterminado: é aquele que existe, mas não podemos ou não queremos identificá-lo com precisão. Ocorre: - quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem referência a nenhum substantivo anteriormente expresso. Exemplo: Batem à porta. - com verbos intransitivo (VI), transitivo indireto (VTI) ou de li- gação (VL) acompanhados da partícula SE, chamada de índice de indeterminação do sujeito (IIS). Exemplos: Vive-se bem. (VI) Precisa-se de pedreiros. (VTI) Falava-se baixo. (VI) Era-se feliz naquela época. (VL) Orações sem sujeito São orações cujos verbos são impessoais, com sujeito inexis- tente. Ocorrem nos seguintes casos: - com verbos que se referem a fenômenos meteorológicos. Exemplo: Chovia. Ventava durante a noite. - haver no sentido de existir ou quando se refere a tempo de- corrido. Exemplo: Há duas semanas não o vejo. (= Faz duas semanas) - fazer referindo-se a fenômenos meteorológicos ou a tempo decorrido. Exemplo: Fazia 40° à sombra. - ser nas indicações de horas, datas e distâncias. Exempl: São duas horas. Predicado nominal O núcleo, em torno do qual as demais palavras do predicado gravitam e que contém o que de mais importante se comunica a respeito do sujeito, e um nome (isto é, um substantivo ou adjetivo, ou palavra de natureza substantiva). O verbo e de ligação (liga o nú- cleo ao sujeito) e indica estado (ser, estar, continuar, ficar, perma- necer; também andar, com o sentido de estar; virar, com o sentido de transformar-se em; e viver, com o sentido de estar sempre). Exemplo: Os príncipes viraram sapos muito feios. (verbo de ligação mais núcleo substantivo: sapos) LÍNGUA PORTUGUESA 15 Verbos de ligação São aqueles que, sem possuírem significação precisa, ligam um sujeito a um predicativo. São verbos de ligação: ser, estar, ficar, pa- recer, permanecer, continuar, tornar-se etc. Exemplo: A rua estava calma. Predicativo do sujeito É o termo da oração que, no predicado, expressa qualificação ou classificação do sujeito. Exemplo: Você será engenheiro. - O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de liga- ção, pode também ocorrer com verbos intransitivos ou com ver- bos transitivos. Predicado verbal Ocorre quando o núcleo é um verbo. Logo, não apresenta pre- dicativo. E formado por verbos transitivos ou intransitivos. Exemplo: A população da vila assistia ao embarque. (Núcleo do sujeito: população; núcleo do predicado: assistia, verbo transi- tivo indireto) Verbos intransitivos São verbos que não exigem complemento algum; como a ação verbal não passa, não transita para nenhum complemento, rece- bem o nome de verbos intransitivos. Podem formar predicado sozi- nhos ou com adjuntos adverbiais. Exemplo: Os visitantes retornaram ontem à noite. Verbos transitivos São verbos que, ao declarar alguma coisa a respeito do sujei- to, exigem um complemento para a perfeita compreensão do que se quer dizer. Tais verbos se denominam transitivos e a pessoa ou coisa para onde se dirige a atividade transitiva do verbo se denomi- na objeto. Dividem-se em: diretos, indiretos e diretos e indiretos. Verbos transitivos diretos: Exigem um objeto direto. Exemplo: Espero-o no aeroporto. Verbos transitivos indiretos: Exigem um objeto indireto. Exemplo: Gosto de flores. Verbos transitivos diretos e indiretos: Exigem um objeto direto e um objeto indireto. Exemplo: Os ministros informaram a nova política econômi- ca aos trabalhadores. (VTDI) Complementos verbais Os complementos verbais são representados pelo objeto direto (OD) e pelo objeto indireto (OI). Objeto indireto É o complemento verbal que se liga ao verbo pela preposição por ele exigida. Nesse caso o verbo pode ser transitivo indireto ou transitivo direto e indireto. Normalmente, as preposições que ligam o objeto indireto ao verbo são a, de, em, com, por, contra, para etc. Exemplo: Acredito em você. Objeto direto Complemento verbal que se liga ao verbo sem preposição obri- gatória. Nesse caso o verbo pode ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Exemplo: Comunicaram o fato aos leitores. Objeto direto preposicionado É aquele que, contrariando sua própria definição e característi- ca, aparece regido de preposição (geralmente preposição a). O pai dizia aos filhos que adorava a ambos. Objeto pleonástico É a repetição do objeto (direto ou indireto) por meio de um pronome. Essa repetição assume valor enfático (reforço) da noção contida no objeto direto ou no objeto indireto. Exemplos Ao colega, já lhe perdoei. (objeto indireto pleonástico) Ao filme, assistimos a ele emocionados. (objeto indireto pleo- nástico) Predicado verbo-nominal Esse predicado tem dois núcleos (um verbo e um nome), é for- mado por predicativo com verbo transitivo ou intransitivo. Exemplos: A multidão assistia ao jogo emocionada. (predicativo do sujei- to com verbo transitivo indireto) A riqueza tornou-o orgulhoso.(predicativo do objeto com ver- bo transitivo direto) Predicativo do sujeito O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, pode também ocorrer com verbos intransitivos ou transitivos. Nes- se caso, o predicado é verbo-nominal. Exemplo: A criança brincava alegre no parque. Predicativo do objeto Exprime qualidade, estado ou classificação que se referem ao objeto (direto ou indireto). Exemplo de predicativo do objeto direto: O juiz declarou o réu culpado. Exemplo de predicativo do objeto indireto: Gosto de você alegre. Adjunto adnominal É o termo acessório que vem junto ao nome (substantivo), res- tringindo-o, qualificando-o, determinando-o (adjunto: “que vem junto a”; adnominal: “junto ao nome”). Observe: Os meus três grandes amigos [amigos: nome substantivo] vie- ram me fazer uma visita [visita: nome substantivo] agradável on- tem à noite. São adjuntos adnominais os (artigo definido), meus (pronome possessivo adjetivo), três (numeral), grandes (adjetivo), que estão gravitando em torno do núcleo do sujeito, o substantivo amigos; o mesmo acontece com uma (artigo indefinido) e agradável (adje- tivo), que determinam e qualificam o núcleo do objeto direto, o substantivo visita. O adjunto adnominal prende-se diretamente ao substantivo, ao passo que o predicativo se refere ao substantivo por meio de um verbo. LÍNGUA PORTUGUESA 16 Complemento nominal É o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios porque estes não têm sentido completo. - Objeto – recebe a atividade transitiva de um verbo. - Complemento nominal – recebe a atividade transitiva de um nome. O complemento nominal é sempre ligado ao nome por prepo- sição, tal como o objeto indireto. Exemplo: Tenho necessidade de dinheiro. Adjunto adverbial É o termo da oração que modifica o verbo ou um adjetivo ou o próprio advérbio, expressando uma circunstância: lugar, tempo, fim, meio, modo, companhia, exclusão, inclusão, negação, afirma- ção, duvida, concessão, condição etc. Período Enunciado formado de uma ou mais orações, finalizado por: ponto final ( . ), reticencias (...), ponto de exclamação (!) ou ponto de interrogação (?). De acordo com o número de orações, classifi- ca-se em: Apresenta apenas uma oração que é chamada absoluta. O período é simples quando só traz uma oração, chamada absoluta; o período é composto quando traz mais de uma oração. Exemplo: Comeu toda a refeição. (Período simples, oração absolu- ta.); Quero que você leia. (Período composto.) Uma maneira fácil de saber quantas orações há num período é contar os verbos ou locuções verbais. Num período haverá tan- tas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele existentes. Há três tipos de período composto: por coordenação, por su- bordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo (também chamada de misto). Período Composto por Coordenação As três orações que formam esse período têm sentido próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: são inde- pendentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas uma não de- pende da outra sintaticamente. As orações independentes de um período são chamadas de orações coordenadas (OC), e o período formado só de orações coordenadas é chamado de período composto por coordenação. As orações coordenadas podem ser assindéticas e sindéticas. As orações são coordenadas assindéticas (OCA) quando não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: Os jogadores correram, / chutaram, / driblaram. OCA OCA OCA - As orações são coordenadas sindéticas (OCS) quando vêm in- troduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo: A mulher saiu do prédio / e entrou no táxi. OCA OCS As orações coordenadas sindéticas se classificam de acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as in- troduzem. Pode ser: - Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... mas ainda. A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva. - Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coor- denativa adversativa. - Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, por isso, pois, logo. A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva. - Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou, ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer. A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha com referência à oração ante- rior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa. - Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque, pois, porquanto. A 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa explicativa. Período Composto por Subordinação Nesse período, a segunda oração exerce uma função sintática em relação à primeira, sendo subordinada a ela. Quando um perío- do é formado de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da outra (princi- pal), ele é classificado como período composto por subordinação. As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função que exercem. Orações Subordinadas Adverbiais Exercem a função de adjunto adverbial da oração principal (OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa que as introduz: - Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração prin- cipal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, visto que. - Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocor- rência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, contanto que, a menos que, a não ser que, desde que. - Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. Conjunções: em- bora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que. - Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com ou- tro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo. - Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que). - Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enuncia- do na oração principal. Conjunções: para que, a fim de que, porque (=para que), que. - Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, visto que. LÍNGUA PORTUGUESA 17 - Comparativas: Expressam ideia de comparação com referência à oração principal. Conjunções: como, assim como, tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou mais). - Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona propor- cionalmente ao que foi enunciado na principal. Conjunções: à medi- da que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos. Orações Subordinadas Substantivas São aquelas que, num período, exercem funções sintáticas pró- prias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjun- ções integrantes que e se. - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. Observe: O filho quer que você o ajude. (objeto direto) - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração princi- pal. Observe: Preciso que você me ajude. (objeto indireto) - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que exerce a função de sujeitodo verbo da oração principal. Observe: É importante que você ajude. (sujeito) - Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É aquela que exerce a função de complemento nominal de um termo da oração principal. Observe: Estamos certos de que ele é inocente. (complemento nominal) - Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O principal é que você esteja feliz. (predicativo) - Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que exerce a função de aposto de um termo da oração principal. Obser- ve: Ela tinha um objetivo: que todos fossem felizes. (aposto) Orações Subordinadas Adjetivas Exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da oração principal. As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por um pronome relativo (que, qual, cujo, quem, etc.) e são classifica- das em: - Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se referem. - Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas quan- do apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem restringi-lo ou especificá-lo. Orações Reduzidas São caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerún- dio, particípio ou infinitivo. Ao contrário das demais orações subor- dinadas, as orações reduzidas não são ligadas através dos conecti- vos. Há três tipos de orações reduzidas: - Orações reduzidas de infinitivo: Infinitivo: terminações –ar, -er, -ir. Reduzida: Meu desejo era ganhar na loteria. Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse na loteria. (Oração Subordinada Substantiva Predicativa) - Orações Reduzidas de Particípio: Particípio: terminações –ado, -ido. Reduzida: A mulher sequestrada foi resgatada. Desenvolvida: A mulher que sequestraram foi resgatada. (Ora- ção Subordinada Adjetiva Restritiva) - Orações Reduzidas de Gerúndio: Gerúndio: terminação –ndo. Reduzida: Respeitando as regras, não terão problemas. Desenvolvida: Desde que respeitem as regras, não terão pro- blemas. (Oração Subordinada Adverbial Condicional) CONCORDÂNCIA NOMINAL E CONCORDÂNCIA VERBAL Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas. • Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino • Concordância em número: flexão em singular e plural • Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa Concordância nominal Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gêne- ro, de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar atento, também, aos casos específicos. Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural: • A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa. Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o subs- tantivo mais próximo: • Linda casa e bairro. Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substanti- vos (sendo usado no plural): • Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arru- mada. • Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arru- mados. Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural: • As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros. Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto seja ocupado por dois substantivos ou mais: • O operário e sua família estavam preocupados com as conse- quências do acidente. LÍNGUA PORTUGUESA 18 CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO É PROIBIDO É PERMITIDO É NECESSÁRIO Deve concordar com o substantivo quando há presença de um artigo. Se não houver essa determinação, deve permanecer no singular e no masculino. É proibida a entrada. É proibido entrada. OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala. Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem “obrigado”. BASTANTE Quando tem função de adjetivo para um substantivo, concorda em número com o substantivo. Quando tem função de advérbio, permanece invariável. As bastantes crianças ficaram doentes com a volta às aulas. Bastante criança ficou doente com a volta às aulas. O prefeito considerou bastante a respeito da suspensão das aulas. MENOS É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não existe na língua portuguesa. Havia menos mulheres que homens na fila para a festa. MESMO PRÓPRIO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a que fazem referência. As crianças mesmas limparam a sala depois da aula. Eles próprios sugeriram o tema da formatura. MEIO / MEIA Quando tem função de numeral adjetivo, deve concordar com o substantivo. Quando tem função de advérbio, modificando um adjetivo, o termo é invariável. Adicione meia xícara de leite. Manuela é meio artista, além de ser engenheira. ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substantivo a que se referem. Segue anexo o orçamento. Seguem anexas as informações adicionais As professoras estão inclusas na greve. O material está incluso no valor da mensalidade. Concordância verbal Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o qual ele se relaciona. Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural: • A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares. Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo: • Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher. Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele, eles): • Eu e vós vamos à festa. Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar tanto no singular quanto no plural: • A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado. Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um substan- tivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo: • 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo. Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue a expressão: • Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova. Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular: • Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista. LÍNGUA PORTUGUESA 19 Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, concordando com o coletivo partitivo: • A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A matilha cansou depois de tanto puxar o trenó. Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular (impessoal): • Faz chuva hoje Quando o pronome relativo “que” atua comosujeito, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração principal ao qual o pronome faz referência: • Foi Maria que arrumou a casa. Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quanto com o próprio nome, na 3ª pessoa do singular: • Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa. Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular: • Nenhum de nós merece adoecer. Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Ex- ceto caso o substantivo vier precedido por determinante: • Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos sumiram. ACENTUAÇÃO GRÁFICA A acentuação é uma das principais questões relacionadas à Ortografia Oficial, que merece um capítulo a parte. Os acentos utilizados no português são: acento agudo (´); acento grave (`); acento circunflexo (^); cedilha (¸) e til (~). Depois da reforma do Acordo Ortográfico, a trema foi excluída, de modo que ela só é utilizada na grafia de nomes e suas derivações (ex: Müller, mülleriano). Esses são sinais gráficos que servem para modificar o som de alguma letra, sendo importantes para marcar a sonoridade e a intensi- dade das sílabas, e para diferenciar palavras que possuem a escrita semelhante. A sílaba mais intensa da palavra é denominada sílaba tônica. A palavra pode ser classificada a partir da localização da sílaba tônica, como mostrado abaixo: • OXÍTONA: a última sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: café) • PAROXÍTONA: a penúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: automóvel) • PROPAROXÍTONA: a antepenúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: lâmpada) As demais sílabas, pronunciadas de maneira mais sutil, são denominadas sílabas átonas. Regras fundamentais CLASSIFICAÇÃO REGRAS EXEMPLOS OXÍTONAS • terminadas em A, E, O, EM, seguidas ou não do plural • seguidas de -LO, -LA, -LOS, -LAS cipó(s), pé(s), armazém respeitá-la, compô-lo, comprometê-los PAROXÍTONAS • terminadas em I, IS, US, UM, UNS, L, N, X, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS • ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não do plural (OBS: Os ditongos “EI” e “OI” perderam o acento com o Novo Acordo Ortográfico) táxi, lápis, vírus, fórum, cadáver, tórax, bíceps, ímã, órfão, órgãos, água, mágoa, pônei, ideia, geleia, paranoico, heroico PROPAROXÍTONAS • todas são acentuadas cólica, analítico, jurídico, hipérbole, último, álibi LÍNGUA PORTUGUESA 20 Regras especiais REGRA EXEMPLOS Acentua-se quando “I” e “U” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de “S”, desde que não sejam seguidos por “NH” OBS: Não serão mais acentuados “I” e “U” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo saída, faísca, baú, país feiura, Bocaiuva, Sauipe Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “TER” e “VIR” e seus compostos têm, obtêm, contêm, vêm Não são acentuados hiatos “OO” e “EE” leem, voo, enjoo Não são acentuadas palavras homógrafas OBS: A forma verbal “PÔDE” é uma exceção pelo, pera, para INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido completo. A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua interpretação. A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- tório do leitor. Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi- suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. Dicas práticas 1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con- ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa- rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações. 2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- cidas. 3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon- te de referências e datas. 4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de opiniões. 5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor quando afirma que... ORTOGRAFIA A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso analisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memo- rizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que também faz aumentar o vocabulário do leitor. Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento! Alfabeto O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é co- nhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras). Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional. Uso do “X” Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH: • Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxer- gar) • Depois de ditongos (ex: caixa) • Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá) Uso do “S” ou “Z” Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser ob- servadas: • Depois de ditongos (ex: coisa) • Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha) • Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa) • Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso) Uso do “S”, “SS”, “Ç” • “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão) • “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo) • “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passa- ram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela) LÍNGUA PORTUGUESA 21 Os diferentes porquês POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substituído por “por qual motivo” PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois” POR QUÊ O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final (interrogação, exclamação, ponto final) PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome Parônimos e homônimos As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal). Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes.