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Manejo de solos em áreas irrigadas
Apresentação
O avanço tecnológico em áreas de irrigação com emprego de estações agrometeorológicas e 
sensores de temperatura climática, aliado ao correto manejo do solo e armazenamento de água, 
vem garantindo produtividade no campo, acima de 30% em relação a áreas de plantios 
convencionais. O segmento que atua na automação irrigada atingiu crescimento médio anual de 
15%. Atualmente, o Estado disponibiliza tecnologia de ponta e assistência técnica aos produtores 
para manejo de culturas. Além da inovação em técnicas de gotejamento, localizada ou por aspersão, 
engenheiros agrônomos estão obtendo alto desempenho em lavouras irrigadas a partir da rotação 
de culturas. A eficiência no manejo do solo com redução de erosão hídrica e capacidade de 
infiltração de água nos solos agrícolas degradados estabelece um padrão de rentabilidade no 
campo. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará um pouco sobre as áreas irrigadas e como fazer o 
manejo adequado desses solos. Bons estudos. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Caracterizar a importância e os parâmetros de irrigação associados ao manejo do solo.•
Identificar as culturas associadas às áreas irrigadas e conhecer os investimentos no setor 
agrícola.
•
Reconhecer como se dá o manejo nas áreas irrigadas.•
Desafio
Veja uma situação de plantio em área irrigada.
 
Imagine que você é um técnico da Emater e está prestando consultoria a um agricultor que 
pretende iniciar cultivo de cana-de-açúcar por meio das novas metodologias de produção irrigada. 
Mostre ao agricultor algumas técnicas e ensine-o como manejar adequadamente o solo em áreas 
irrigadas para esse tipo de cultura.
Infográfico
O conhecimento sobre o manejo adequado em áreas irrigadas é essencial para mudar os rumos do 
agronegócio em áreas irrigadas no Brasil e, para isso, é fundamental conhecer as vantagens e 
desvantagens do cultivo em áreas irrigadas, compreendendo também quais os principais problemas 
e possíveis soluções encontradas em novas tecnologias para esse mercado.
Acompanhe o infográfico para compreender um pouco mais esse tema.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/d794562e-8bf2-4a9b-96a2-7a201f1865c3/fcf2f5a8-561b-49cb-80cb-1461804d462d.jpg
Conteúdo do livro
Com o crescimento das áreas irrigadas, cresce também a preocupação com o impacto que essa 
atividade pode provocar no solo. A utilização de implementos de forma mais intensa e o excesso de 
umidade característicos desse sistema de cultivo são também condições ideais que contribuem de 
forma significativa para o aumento do processo de compactação do solo, promovendo alterações 
em características físicas, químicas e biológicas importantes para a produção vegetal e para a 
manutenção da qualidade do solo.
Essas alterações afetam o fluxo de água, oxigênio, dióxido de carbono, nutrientes e temperatura do 
solo, limitando o desenvolvimento dos vegetais, além de causar problemas com a salinização. Nesse 
contexto, o manejo de irrigação traz diversos benefícios para as culturas.
Leia o capítulo Manejo de solos em áreas irrigadas, da obra Manejo de solos e plantas, que serve de 
base teórica para esta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
lizan
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MANEJO DE 
SOLOS E 
PLANTAS
Agnes Reis
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
R375m Reis, Agnes Caroline dos.
 Manejo de solo e plantas / Agnes Caroline dos Reis ;
 [revisão técnica : Vanessa de Souza Machado ]. – Porto 
 Alegre : SAGAH, 2017. 
 153 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-283-6
 1. Gestão ambiental. 2. Solos - Manejo. I. Título.
CDU 631.5
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado
Bióloga (ULBRA)
Mestre e Doutora em Ciências (UFRGS)
Professora do Curso de Tecnologia e Gestão Ambiental (FATO)
Manejo de solos em 
áreas irrigadas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Caracterizar a importância do manejo do solo e os parâmetros de
irrigação associados a ele.
 � Identificar as culturas associadas às áreas irrigadas e conhecer os
investimentos no setor agrícola.
 � Compreender como se dá o manejo nas áreas irrigadas.
Introdução
Neste texto, você vai estudar as áreas irrigadas e ver como fazer o manejo 
adequado desses solos. O avanço tecnológico em áreas de irrigação levou 
ao emprego de estações agrometeorológicas e sensores de temperatura 
climática. Essas mudanças, aliadas aos corretos manejo do solo e arma-
zenamento de água, vêm garantindo uma produtividade no campo 
30% maior do que a obtida em áreas de plantios convencionais. Além 
disso, o segmento que atua na automação irrigada atingiu crescimento 
médio anual de 15%. 
Atualmente, o Estado disponibiliza tecnologia de ponta e assistência 
técnica aos produtores para manejo de culturas. Além da inovação em 
técnicas de gotejamento, localizado ou por aspersão, engenheiros agrô-
nomos estão obtendo alto desempenho em lavouras irrigadas a partir 
da rotação de culturas. A eficiência no manejo do solo com redução de 
erosão hídrica e a melhoria na capacidade de infiltração de água nos 
solos agrícolas degradados estabelecem um padrão de rentabilidade 
no campo. A aprovação da Lei Estadual de Irrigação nº 14.328 de 2013 
definiu parâmetros, objetivos, diretrizes e instrumentos para a expansão 
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da agricultura irrigada. Também trouxe a possibilidade de uso e reuso 
múltiplos da água, de maneira permanente, visando à conservação e à 
potencialização dos cultivos. Que tal conhecer as técnicas de manejo 
mais a fundo?
Irrigação e manejo do solo
A irrigação de culturas agrícolas é uma prática utilizada para complementar 
a disponibilidade da água provida naturalmente pela chuva. Ela proporciona 
ao solo teor de umidade suficiente para suprir as necessidades hídricas das 
culturas. Além disso, favorece a obtenção de aumentos de produtividade e 
contribui para reduzir a expansão de plantios em áreas com cobertura vegetal 
natural. No caso das culturas irrigadas de soja, milho, café, feijão e outras, o 
sistema de irrigação mais utilizado é o pivô central.
Um fator de estudo importante para fins de manejo de irrigação é o 
processo pelo qual a água penetra no solo através de sua superfície. Esse 
processo é denominado de infiltração. Ele é certamente um parâmetro 
significativo na irrigação. Afinal, a velocidade de infiltração determina o 
tempo durante o qual se pode manter a água na superfície do solo. Desse 
modo, é possível aplicar uma quantidade desejada de água sem que ocorra 
saturação do solo, lixiviação de nutrientes e escoamento superficial. Com 
a operação de preparo do solo na agricultura, por exemplo, sua estrutura é 
modificada. Isso influencia o desenvolvimento das plantas, a aeração do 
solo, o armazenamento de água, o grau de compactação desse componente 
e a disposição das partículas de argila, silte e areia, formando os agregados 
do solo. Já a textura compreende o estudo criterioso do tamanho dessas 
partículas, sua distribuição em diferentes tamanhos, fator este relevante 
para classificar os solos. 
Portanto, como você pode ver, as práticas agrícolas causam um signi-
ficativo aumento da porosidade. Contudo, à medida que vão ocorrendo as 
precipitações naturais ou as irrigações, o solo tende a voltar à condição inicial. 
Logo, a velocidade de infiltração tende a reduzir de irrigação para irrigação. 
Essa variação é grande da primeira para a segunda irrigação, diminuindo da 
segunda para a terceira e sendo praticamente desprezível a partir de então. 
A qualidade da água em irrigação é um dos fatores mais importantes e deve 
ser levada em consideração no projeto de irrigação. Nesse sentido, pequenas 
quantidades de solutos na água de irrigação podem transformar lentamenteuma área fértil em solo salino de baixa produtividade. Esses fatores tornam 
Manejo de solos em áreas irrigadas118
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importante o manejo racional da água na agricultura, e isso implica um cuidado 
especial com a qualidade da água. 
Para que se possa fazer correta interpretação da qualidade da água em 
irrigação, os parâmetros analisados devem estar relacionados com seus efeitos 
no solo, na planta e no manejo da irrigação. Esses efeitos serão necessários 
para controlar ou compensar os problemas relacionados com a qualidade da 
água. A literatura evidencia a importância de se considerar a qualidade da 
água no manejo de irrigação; contudo, infelizmente, muitos dos projetos de 
irrigação não alcançam o êxito por negligenciar a qualidade da água.
Qualidade da água de irrigação
Na agricultura irrigada, a água é o principal insumo de produção, mas é um 
recurso finito, portanto é necessário otimizar o seu uso por meio de tecnologias 
mais eficientes. Com os recursos ambientais cada vez mais escassos e poluídos, 
a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável das atividades são 
indispensáveis. Assim, o manejo da irrigação traduz uma prática eficiente e 
importante de preservação ambiental. Esse manejo depende de alguns fatores 
e parâmetros, como os que você pode ver a seguir:
 � Concentração total de sais solúveis ou salinidade.
 � Proporção relativa de sódio em relação aos outros cátions ou à capaci-
dade de infiltração do solo.
 � Concentração de elementos tóxicos.
 � Concentração de bicarbonatos.
 � Aspecto sanitário.
 � Aspecto de entupimento de emissor (irrigação localizada).
Você deve considerar a quantidade e o custo da água de irrigação em 
regiões onde esses parâmetros são limitantes. Assim, é necessário maximizar 
a eficiência do uso da água e também é importante escolher bem o método de 
irrigação a ser implantado. A literatura evidencia que sistemas de irrigação 
localizada, como gotejamento e microaspersão, são mais eficientes.
Disponibilidade de água
Cada solo possui diferentes características para o armazenamento de água. 
Fatores ligados à disponibilidade de água são o tamanho das partículas mine-
rais, a quantidade de matéria orgânica, a porosidade, entre outros. Para saber 
119Manejo de solos em áreas irrigadas
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a quantidade de água disponível, existem alguns parâmetros. Entre eles: a 
capacidade de campo, que representa a condição do solo com 100% de água 
disponível para as plantas; o ponto de murcha permanente, que representa a 
condição do solo com 0% de água disponível para as plantas; e a umidade, 
que representa o teor de água no solo. 
Demanda climática e energética
A energia elétrica também é utilizada como insumo na agricultura. Ela é 
necessária para o aumento da produtividade das culturas, principalmente em 
irrigação por pivôs. A irrigação é uma atividade que consome muita energia 
elétrica. Além disso, o clima é um fator que influencia a quantidade de irri-
gação. Fatores como alta demanda de evaporação, ausência de chuva durante 
o período de crescimento e clima árido aumentam a necessidade de irrigação.
Disponibilidade de mão de obra
A mão de obra é essencial para a implantação dos sistemas de irrigação e para a 
realização do manejo desses sistemas. Dependendo, um sistema mais eficiente 
com adequado manejo acaba permitindo a racionalização da mão de obra.
Grau de automação e tecnologia
A tecnologia e a automação permitem implantar sistemas de irrigação mais 
eficientes e um manejo de solo melhor. Como exemplo, você pode considerar 
um controlador que possibilita monitorar de forma automática a tensão com 
que a água está retida no solo e acionar automaticamente o sistema de irrigação 
quando há a necessidade, evitando que a cultura fique sem água.
Medição e vazão
A vazão é a quantidade de água liberada pelo sistema para irrigar a cultura. 
Ela é um fator de extrema importância no manejo de áreas irrigadas. A vazão 
de um sistema de irrigação deve ser bem calculada para evitar o desperdício 
de água ou a falta dela para as culturas.
Tipos de sistemas de irrigação
São quatro os sistemas de irrigação:
Manejo de solos em áreas irrigadas120
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 � Sistema de irrigação por gotejamento: esse sistema consiste em 
uma irrigação localizada em que a água é aplicada no solo de maneira 
constante por emissores chamados de gotejadores. Dessa forma, a 
irrigação se torna lenta e de baixa pressão. Ela é aplicada numa fração 
do volume de solo explorado pelas raízes das plantas.
 � Sistema de irrigação por microaspersão: esse sistema também possui 
a irrigação localizada. Nele, microaspersores aplicam a água na área 
sombreada pela copa da planta. Esse sistema irriga uma área maior 
do que o de gotejamento. A água também é aplicada numa fração do 
volume de solo explorado pelas raízes das plantas, de maneira circular 
ou em faixa contínua. 
 � Sistema de irrigação por aspersão: nesse sistema, mostrado na Figura 
1, a água é pulverizada por meio de um jato de água no ar, umedecendo 
tanto a folhagem inteira quanto o solo. Assim, umedece toda a área 
ocupada pela planta. A aspersão pode utilizar um sistema móvel que 
cobre, em cada posição, um setor da área irrigada, ou um sistema fixo 
que cobre toda a área ao mesmo tempo.
 � Sistema de irrigação por sulcos: esse sistema utiliza a irrigação por 
superfície por meio de pequenos canais abertos ao longo do solo para 
irrigar as culturas. É realizada a inundação parcial desses canais que 
acompanham paralelamente as linhas das culturas.
Figura 1. Sistema de irrigação por aspersão.
Fonte: Jaboticaba Fotos/Shutterstock.com.
121Manejo de solos em áreas irrigadas
Como você viu, muitas são as técnicas que podem ser aplicadas. Além 
disso, novas tecnologias tendem a aprimorar cada vez mais esses processos. 
Contudo, o manejo de irrigação não pode ser considerado uma prática isolada. 
Ele é um conjunto de operações que busca determinar o momento correto 
da aplicação da lâmina de irrigação requerida pelas culturas, melhorando a 
eficiência no uso da água e respeitando o meio ambiente. 
Assim, a prática da agricultura irrigada não somente aumenta o lucro, 
mas também amplia a produção em quantidade e em qualidade. Além disso, 
incorpora à agricultura novas áreas que, sem o uso da irrigação, não seriam 
cultiváveis. Entretanto, um projeto de irrigação que vise a atender à máxima 
produção e à boa qualidade do produto, usando de maneira eficiente e sus-
tentável a água, requer alguns conhecimentos. Assim, é preciso conhecer as 
inter-relações entre solo, água, planta e atmosfera, além de boas metodologias 
de manejo na irrigação. É nesse sentido que você deve buscar sempre um 
equilíbrio entre o desenvolvimento agrícola e a responsabilidade ambiental.
Em 2013, foi sancionada a Política Nacional de Irrigação (Lei nº 12.787, de 11 de janeiro), 
com o objetivo de incentivar o uso racional da água nos solos. Ela é regida pelos 
seguintes princípios (BRASIL, 2013b): 
 � Uso e manejo sustentável dos solos e dos recursos hídricos destinados à irrigação; 
 � Integração com as políticas setoriais de recursos hídricos, de meio ambiente, de
energia, de saneamento ambiental, de crédito e seguro rural e seus respectivos
planos, com prioridade para projetos cujas obras possibilitem o uso múltiplo dos 
recursos hídricos; 
 � Articulação entre as ações em irrigação das diferentes instâncias e esferas de governo
e entre estas e as ações do setor privado; 
 � Gestão democrática e participativa dos projetos públicos de irrigação com infra-
estrutura de irrigação de uso comum, por meio de mecanismos a serem definidos 
em regulamento; 
 � Prevenção de endemias rurais de veiculação hídrica.
Culturas associadas às áreas irrigadas e 
investimentos no setor agrícola
No Brasil, dos 60 milhões de hectares de área plantada, cerca de 4,7 milhões 
utilizam a prática de agricultura irrigada.Estudos mostram que, com o aumento 
Manejo de solos em áreas irrigadas122
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de produtividade das culturas e pastagens onde se utiliza essa tecnologia, é 
possível produzir mais de uma safra anual. Além disso, essa técnica minimiza 
os problemas climáticos, especialmente em época de estiagem. Cada hectare 
irrigado corresponde a três hectares de sequeiro em termos de produtividade 
física e a sete hectares em termos de produtividade econômica. O Plano Brasil 
Maior atribui ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a 
responsabilidade de aperfeiçoar o desenvolvimento tecnológico da agricultura 
irrigada e sua difusão. As autoridades agropecuárias estudam mecanismos 
de apoio à prática de agricultura irrigada. O objetivo é garantir a qualidade 
e o aumento da produção agropecuária fazendo o uso consciente da água e 
da energia. Por esse motivo, está em processo, no Ministério, o Programa de 
Incentivo da Agropecuária Irrigada (Pro-Irriga), que pretende ampliar a área 
irrigada, a produtividade e a qualidade dos produtos agrícolas. 
Nos últimos dois anos, as políticas públicas de irrigação ganharam força 
e destaque cada vez maior entre as prioridades para expansão da atividade 
agrícola. O Governo Federal tem dado grande atenção à agricultura irrigada no 
Brasil desde a criação da Secretaria Nacional de Irrigação, em 2011. A partir 
daí, houve aumento do fomento às investidas nesse segmento, que passou a 
figurar, cada vez mais, entre as prioridades federais para o setor agrícola. O 
Ministério da Integração Nacional lançou, em novembro de 2012, o programa 
Mais Irrigação (BRASIL, 2013c). Essa iniciativa foi considerada estratégica 
para a irrigação pública. Ela prevê investimentos de R$ 10 bilhões para aumen-
tar a eficiência das áreas irrigáveis, além de incentivar a criação de polos de 
desenvolvimento. Do valor total, R$ 3 bilhões são do Programa de Aceleração 
do Crescimento (PAC) e outros R$ 7 bilhões de parcerias com a iniciativa 
privada. O Mais Irrigação (BRASIL, 2013c) tem um forte foco no semiárido 
brasileiro e também em todo o debate do desenvolvimento regional, voltado 
a levar essa tecnologia para a produção agropecuária a partir da irrigação. 
Política nacional
Após 17 anos tramitando no Congresso Nacional, a Política Nacional de Irrigação 
(Lei nº 12.787/2013) foi aprovada pelo Legislativo e sancionada, em janeiro de 
2013, pela então presidenta Dilma Rousseff. Ao organizar o marco legal para 
gestão de projetos públicos de irrigação, a Política Nacional busca modernizar 
as diretrizes para o desenvolvimento da agricultura irrigada no País. Assim, 
incentiva parcerias entre setores públicos e privados para aumentar a produtivi-
dade de forma sustentável. Entre os instrumentos estabelecidos pela nova política 
para melhorar o planejamento estratégico do setor, estão os planos diretores 
123Manejo de solos em áreas irrigadas
de agricultura irrigada, com indicadores, metas e prioridades de abrangência 
estadual e nacional. Atualmente, está em elaboração, sob coordenação da Se-
cretaria Nacional de Irrigação, um estudo de tendências e oportunidades que 
vai subsidiar a elaboração do Plano Diretor Nacional de Irrigação.
Desenvolvimento sustentável
O Ministério da Integração Nacional também tem incentivado os estados a criar 
esses planos, com linhas estratégicas de ação e arranjos institucionais adequados 
que permitam o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada. Ao todo, 
sete planos diretores estaduais (Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, 
Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Paraná) estão sendo desenvolvidos, com 
apoio do Ministério da Integração Nacional. Em Minas Gerais, o plano diretor, 
elaborado em parceria com o Governo Federal, já está em execução.
Culturas em destaque
As atividades relacionadas à agropecuária são as que mais usam os recursos 
hídricos. Estima-se que de mil a 3 mil m3 de água são utilizados para pro-
duzir uma tonelada de alimentos de origem vegetal. Segundo o Ministério 
da Integração Nacional e dados da Agência Nacional de Águas (ANA), 5,5 
milhões de hectares são irrigados no País (BRASIL, 2013a). As culturas 
que necessitam de mais áreas irrigadas são: cana-de-açúcar (1,7 milhão de 
hectares); arroz em casca (1,1 milhão de hectares); soja (624 mil hectares); 
milho em grão (559 mil hectares) e feijão de cor (195 mil hectares). Agora, 
você vai ver algumas das principais culturas associadas a essa prática.
Cana-de-açúcar
Para a cana-de-açúcar, a irrigação só é utilizada em novos plantios. Além 
disso, podem ser realizados dois tipos de irrigação, como você vê a seguir.
 � Irrigação para produção: o objetivo é aumentar a produtividade da
lavoura;
 � Irrigação de salvação ou complementar: visa ao uso da água apenas
por um período curto ou estágio de cultivo.
O sistema irrigado de cultivo de cana permite atingir eficiência de uso 
da água maior que a alcançada pelos outros sistemas. A cana possui grande 
Manejo de solos em áreas irrigadas124
resistência à acidez do solo, não sendo tão necessário o manejo nesse sentido, 
com a aplicação de cal.
Arroz
A irrigação do arroz em casca depende muito do sistema de cultivo utilizado. 
De modo geral, a cultura necessita de muita água (Figura 2). O preparo do 
solo para o cultivo já é realizado em condições de inundação. A quantidade 
necessária para essa cultura é o somatório da água para saturar o solo, formar 
uma lâmina d’água, compensar a evapotranspiração realizada pelas plantas 
e repor as perdas por percolação vertical, as perdas que ocorrem nas laterais 
dos cultivos e as perdas dos canais de irrigação. 
Soja
A soja necessita em torno de 7 a 8 mm de água por dia no seu período de 
floração. Ela precisa absorver 50% do seu peso em água, sendo que a falta 
e o excesso (mais de 85%) prejudicam a planta. A temperatura ideal para 
esse cultivo está entre 20°C e 30°C, sendo que a floração só é estimulada 
com temperaturas acima de 13°C. O fotoperíodo (comprimento do dia) é 
muito importante no desenvolvimento desse cultivo e na sua floração, sendo 
necessário um dia com no mínimo 13 horas, não ultrapassando 16 horas, pois 
o excesso de insolação também é prejudicial.
Milho em grão
O milho se trata de uma cultura que, assim como o arroz, necessita de muita água, 
principalmente no estágio de espigamento. A temperatura necessária para o desen-
volvimento do milho varia muito de acordo com o estágio. Uma temperatura média 
para o bom desenvolvimento dessa cultura é entre 24° e 30°C. O milho é considerado 
um cultivo de dias curtos, necessitando menos períodos de luz solar. Porém, no 
Brasil o fotoperíodo não influencia muito. Já a radiação solar é muito importante 
para a produção de grãos, e a falta dela pode causar até mesmo queda na produção.
Trigo
A cultura do trigo possui certa tolerância à falta de água. O trigo é uma planta 
bastante sensível à acidez do solo, sendo assim necessárias aplicações de 
calcário para correção. 
125Manejo de solos em áreas irrigadas
A irrigação é uma ferramenta necessária para aumentar a produtividade na agricultura, 
a estabilidade na produção de alimentos e o crescimento econômico. Suas principais 
vantagens são:
 � garantia de produção, com a instalação de sistema adequado, não dependendo 
mais de chuvas;
 � diminuição de riscos;
 � colheita na entressafra (fora de época);
 � aumento de produtividade;
 � fertirrigação (aplicação de adubo por meio da água, reduzindo-se máquinas, in-
sumos e mão de obra).
Figura 2. Cultivo de arroz.
Fonte: Natalia Rezanova/Shutterstock.com. 
Manejo de solos em áreas irrigadas
Como você sabe, o avanço tecnológico em áreas de irrigação trouxe o emprego 
de estações agrometeorológicas e sensores de temperatura climática. Aliados 
aos corretos manejo do solo e armazenamento de água, esses recursos vêm 
Manejo de solos em áreas irrigadas126
garantindo uma produtividade no campo 30% maior do que a obtida em áreas 
de plantios convencionais. O segmentoque atua na automação irrigada atingiu 
crescimento médio anual de 15%. A aprovação da Lei Estadual de Irrigação 
(nº 14.328 de 2013), do Rio Grande do Sul, estabeleceu parâmetros, objetivos, 
diretrizes e instrumentos para a expansão da agricultura irrigada e trouxe 
a possibilidade do uso e reuso múltiplos da água, de maneira permanente, 
visando à conservação e à potencialização da produção. 
O manejo do solo é um conjunto de operações que tem como objetivo 
propiciar condições favoráveis à semeadura, ao desenvolvimento e à produção 
das plantas cultivadas, por tempo ilimitado. O manejo adequado das irriga-
ções tem por objetivo maximizar a produção agrícola racionalizando o uso 
de mão de obra, energia e água. Assim, se evitam a ocorrência de problemas 
fitossanitários relacionados às aplicações excessivas ou deficientes de água e 
o desperdício de fertilizantes.
As irrigações podem ser manejadas com lâminas constantes ou não, com-
binadas com intervalos fixos ou não. A adoção de um critério está associada à 
técnica da propriedade, à instrumentação disponível, à cultura, às condições 
edáficas e climáticas do local, ao custo e à disponibilidade de água, ao sistema 
de irrigação utilizado e à rentabilidade da cultura. O plantio direto é também 
considerado um dos melhores tipos de manejo de solo. 
O solo sem manejo possui uma camada maior de matéria orgânica que garante maior 
umidade, amortece as gotas de chuva, impede de forma mais efetiva a erosão e fornece 
suporte às plantas, bem como os nutrientes necessários para seu desenvolvimento.
O aumento ou a diminuição de água disponível para as culturas está ligado 
ao manejo realizado no solo. O manejo do solo, junto a outros fatores, como 
teor elevado de sais na água de irrigação, drenagem natural pobre e limitações 
quanto à cota de saída, pode causar a salinização do solo. As áreas irrigadas, 
em geral, necessitam de manejo de água para garantir a disponibilidade hídrica 
durante o ano todo. Esse manejo, em que se define a quantidade de água a ser 
aplicada, garante uma boa produtividade. 
A seguir, você pode conhecer algumas formas de manejo do solo em áreas 
irrigadas.
127Manejo de solos em áreas irrigadas
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Drenagem agrícola
Esse manejo permite a remoção do excesso de água acumulada no solo ou 
na superfície dele. O objetivo é melhorar as condições do solo, permitindo o 
desenvolvimento da planta que não pode receber água em excesso. 
Subsolagem
Esse é um manejo essencial para os solos que possuem fácil compactação e 
que já estão compactados. A subsolagem é a quebra da estrutura superficial 
do solo, permitindo que as raízes penetrem no solo com mais facilidade para 
retirar a água e os nutrientes. Também melhora a capacidade de infiltração 
da água. Você pode ver um subsolador na Figura 3. 
Figura 3. Subsolador, aparelho para descompactar o solo.
Fonte: Deyana Stefanova Robova/Shutterstock.com. 
Rotação de culturas
Esse é um manejo fundamental para um sistema sustentável, pois evita o 
esgotamento do solo pela produção da mesma cultura. A rotação possui grande 
eficiência no aumento da produtividade da cultura. Essa técnica é utilizada 
para alternar diferentes tipos de cultivos, ou seja, diferentes espécies vegetais 
Manejo de solos em áreas irrigadas128
na mesma área agrícola. Os grandes benefícios gerados por esse sistema são: 
melhoria na qualidade do solo, produção de cobertura vegetal, diversificação 
de cultivares de acordo com a melhor época e diminuição da chance de ino-
culação do patógeno na cultura, evitando pragas.
Indicadores de manejo da irrigação – vantagens e 
desvantagens
Existem três processos de manejo de irrigação: processos baseados nas con-
dições atmosféricas, nas condições de umidade do solo e nas condições de 
água na planta. Pode ser feito também o manejo integrado, que recomenda 
a irrigação baseada nas condições da atmosfera e do solo, conjuntamente.
Via solo
Indicado para todos os tipos de irrigação e culturas, porém é mais indicado para 
irrigação localizada, em que os sistemas mais utilizados são o gotejamento e 
a microaspersão. Nesses tipos de irrigação, o turno de rega é mais frequente 
e costuma-se manter a umidade próxima à capacidade de campo com maior 
constância, mantendo ar nos macroporos do solo.
Vantagens: condiciona o solo a manter-se com teor de água adequado, 
favorecendo o desenvolvimento da cultura, além de não interferir nos tratos 
fitossanitários.
Desvantagens: esse método é mais dependente de uma curva de retenção, 
que irá indicar o volume correto que cabe em cada tipo de solo. Nessa opção, 
não há o registro de dados meteorológicos, que também são importantes para 
uma boa gestão do manejo da irrigação.
Com a implantação de equipamentos direto no solo, pode-se medir a dis-
ponibilidade hídrica para as plantas. A capacidade de retenção hídrica de um 
solo é conhecida como Capacidade de Água Disponível (CAD). Ela considera 
um limite máximo em que a água não está sendo perdida por percolação e um 
limite mínimo em que a água está tão aderida aos poros dos agregados do solo 
que é indisponível para as plantas. O ponto máximo é chamado de Capacidade 
de Campo (CC) e o ponto mínimo de Ponto de Murcha Permanente (PMP).
Via atmosfera
Indicado para todos os tipos de cultura e sistemas de irrigação, mas normal-
mente é mais utilizado em sistemas de irrigação por aspersão.
129Manejo de solos em áreas irrigadas
lizan
Realce
lizan
Realce
Vantagens: técnica bastante difundida, principalmente para grãos, que 
permite o monitoramento eficaz das condições meteorológicas na região e 
suas influências no consumo de água da planta por meio da evapotranspiração. 
Pode ser aplicada para várias culturas, em várias fases de desenvolvimento 
em um mesmo local.
Desvantagens: uso de muitos cálculos e fórmulas empíricas. 
Esse manejo repõe a água perdida pela demanda atmosférica do dia ou 
de dias anteriores desde a última irrigação. A contabilização da quantidade 
de água que deve ser restituída para o solo é realizada pelo balanço hídrico.
É o caso da evapotranspiração, em que as perdas de água por percola-
ção profunda, escoamento superficial e subterrâneo são os componentes de 
saída do balanço hídrico. As entradas e saídas do escoamento superficial e 
subterrâneo tendem a se compensar e podem ser desprezadas. No entanto, 
a evapotranspiração é a principal componente de saída do balanço hídrico. 
O balanço hídrico considera todos os fluxos de água que entram e saem do 
volume de solo explorado pelas raízes. As componentes de entrada do balanço 
são a precipitação, a irrigação e o orvalho.
Integrado: via solo e atmosfera
Indicado para todos os sistemas de irrigação e tipos de cultura.
Vantagens: maior precisão na detecção do momento das irrigações. Além disso, 
auxilia na adequação da lâmina de irrigação, pois toda a irrigação é feita com base 
na evapotranspiração e é monitorada pelos sensores de umidade instalados no solo.
Desvantagens: a viabilidade de implantação do sistema pode restringir 
áreas muito pequenas de determinadas culturas.
Nesse sistema de manejo, são coletados dados tanto do solo como do clima. 
Esses dados são relacionados com o estágio fenológico da cultura, de forma a 
gerar a recomendação mais precisa, como a exata quantidade de água necessária 
em todos os momentos do crescimento e do desenvolvimento da cultura. Por 
sua coleta de variáveis de diferentes fontes, possui maior precisão na geração 
de informações. Esse é o sistema mais avançado em termos de tecnologia e 
informação disponível atualmente, tornando-se um fator primordial no sucesso 
dos empreendimentos agrícolas.
Pesquisas recentes
Em tempos de restrição hídrica, o correto manejo da irrigação nas propriedades 
rurais pode melhorar o aproveitamento da água e também a produtividade 
Manejo de solos em áreas irrigadas130
das culturas. Uma forma de controle é por meio do acompanhamento do 
nível de umidade do solo em cada estágio de desenvolvimento da planta. 
Omonitoramento é uma forma de incentivar o uso consciente da água nas 
lavouras. Um bom exemplo de acompanhamento está sendo realizado pela 
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ela desenvolveu 
um equipamento de medição chamado Irrigas, por meio do qual é possível 
ficar até 10 dias sem oferecer água às plantas e, mesmo assim, obter ganhos 
em produtividade. Isso porque, nos primeiros estágios de desenvolvimento 
das culturas, não é necessário usar tanto recurso hídrico. 
Na verdade, o tempo de irrigação depende de fatores como cultura, solo, 
tempo e umidade relativa. Também faz diferença se a planta ainda é uma muda 
ou se já está maior. A aferição da umidade do solo estabelece a quantidade 
de água infiltrada, independentemente do modelo de irrigação usado, se 
por gotejamento ou aspersão. O sistema consiste em um equipamento com 
cerâmica porosa em uma ponta e um medidor de água enterrado próximo à 
raiz da planta, além de uma cápsula com marcação de volume. A cerâmica 
é colocada na base da raiz para identificar o nível de infiltração no solo e 
para saber até que ponto o líquido se acumula. Assim, com esse sistema, 
os produtores perceberam que a água e o adubo que aplicavam nas plantas 
acabavam escorrendo abaixo da raiz. Isso é desperdício, segundo a opinião 
técnica dos agrônomos e especialistas na área. Dessa forma, a redução no uso 
do agrotóxico também é evidente, de acordo com os produtores. Como a planta 
fica mais resistente, a aplicação de defensivos agrícolas pode ser reduzida.
Para lavouras de feijão ou soja, que demandam áreas grandes de produção, 
a técnica é uma alternativa para minimizar os impactos da redução da vazão 
retirada no período da seca, como ocorreu em 2016, pois nas grandes proprie-
dades não há excesso; o problema é a falta de água. Portanto, o monitoramento 
é imprescindível para o melhor aproveitamento da janela de irrigação a que 
os produtores têm direito. O manejo adequado ajuda a definir a lâmina de 
água conforme o estágio de crescimento e o modo como a planta responde às 
medidas. O trabalho de assistência técnica da Empresa de Assistência Técnica 
e Extensão Rural (Emater) com os produtores vem sendo muito significativo 
nesse segmento. A orientação inclui também adequações na cultura.
131Manejo de solos em áreas irrigadas
O manejo de irrigação traz diversos benefícios para as culturas. Suas principais van-
tagens são:
 � Redução das condições de estresse hídrico (excesso e/ou falta de água) na cultura.
 � Redução das perdas de fertilizantes, na medida em que minimiza as perdas de 
água por escoamento superficial e lixiviação.
 � Redução de problemas de doenças de solo e da parte aérea, principalmente aquelas 
associadas a irrigações em excesso e/ou frequentes. 
 � Manutenção da salinidade na zona radicular das plantas em limites aceitáveis, por 
meio de lixiviação planejada e controlada de sais.
 � Redução de problemas de encharcamento do solo, reduzindo dificuldades de 
aeração e necessidade de drenagem.
 � Aumento da produtividade das culturas e da qualidade dos produtos.
 � Redução de despesas com água, energia, mão de obra, agroquímicos e manutenção 
do sistema de irrigação.
 � Redução das perdas de água por percolação profunda, escoamento superficial e, 
consequentemente, erosão dos solos.
 � Melhoria da qualidade das águas subterrâneas e/ou superficiais a jusante.
 � Potencialização do retorno do investimento pelo aumento da receita bruta e pela 
redução de custos.
 � Ampliação da área irrigada, especialmente na época seca, em razão da economia 
de água.
1. A irrigação pode ser realizada por 
diferentes tipos de sistemas. Com 
relação à escolha do método de 
irrigação, não existe um melhor que 
o outro, e sim o que mais se adapta 
a cada situação em particular. Qual 
é o tipo de irrigação que ocorre na 
superfície por meio de pequenos 
canais abertos ao longo do solo?
a) Vazão
b) Pulverização
c) Microaspersão
d) Por sulcos
e) Gotejamento
2. Na agricultura irrigada, a água é 
o principal insumo de produção, 
mas é um recurso finito. Portanto, 
é necessário otimizar o seu uso 
por meio de tecnologias mais 
eficientes. Esse processo é abordado 
no manejo da irrigação. A esse 
respeito, é correto afirmar que:
a) O manejo da irrigação 
leva em consideração os 
aspectos relacionados 
exclusivamente com a água.
b) O manejo da irrigação consiste 
na determinação do controle 
Manejo de solos em áreas irrigadas132
fitossanitário (quimigação), 
climatológico e econômico.
c) O manejo da irrigação consiste 
na determinação do momento, 
da quantidade e de como 
aplicar a água, levando em 
consideração também outros 
aspectos do sistema.
d) O manejo da irrigação consiste 
na determinação de estratégias 
de condução da cultura, levando 
em consideração também 
outros aspectos do sistema.
e) O manejo da irrigação é 
um conceito específico e 
consiste na determinação de 
parâmetros relacionados à 
aplicação da água nas culturas.
3. Saber manejar os solos e as 
culturas agrícolas a partir da 
disponibilidade hídrica de uma 
região é fundamental para a 
utilização mais consciente desse 
recurso, que inclusive é protegido 
e regulado por lei. Nesse contexto, 
marque a alternativa que completa 
adequadamente a seguinte frase: 
A Lei nº 12.787, de 11 de janeiro de 
2013, sancionou a ___________ 
com o objetivo de incentivar o uso 
racional da água nos solos. 
a) Politica Nacional do 
Meio Ambiente.
b) Política Nacional de Irrigação.
c) Politica Nacional dos 
Resíduos Sólidos.
d) Política Nacional das 
Unidades de Conservação.
e) Política Nacional de 
Incentivos à Agricultura.
4. A água é fundamental para as 
culturas agrícolas, mas existe 
uma cultura, em especial, para 
a qual é necessário o cultivo 
em solo saturado em água. 
Marque a alternativa que 
indica essa cultura. 
a) Mandioca
b) Feijão
c) Banana
d) Arroz
e) Transgênicos
5. O manejo do solo é um conjunto 
de ações que tem como objetivo 
propiciar condições favoráveis à 
semeadura, ao desenvolvimento e 
à produção das plantas cultivadas. 
Ele deve integrar, portanto, o 
planejamento e as peculiaridades 
de utilização da água. Com respeito 
às vantagens do manejo hídrico 
adequado nas culturas, marque a 
alternativa correta. 
a) O manejo de irrigação traz 
diversos benefícios para as 
culturas, como o aumento 
das condições de estresse 
hídrico nas plantas.
b) O manejo de irrigação traz 
diversos benefícios para as 
culturas, como o aumento 
da produtividade.
c) O manejo de irrigação 
traz diversos benefícios 
para as culturas, como a 
redução de água no solo.
d) O manejo de irrigação traz 
diversos benefícios para as 
culturas, como o aumento 
do escoamento superficial.
e) O manejo de irrigação traz 
diversos benefícios para as 
culturas, como o aumento 
de processos erosivos.
133Manejo de solos em áreas irrigadas
BRASIL. Atualmente, segundo dados da Agência Nacional de Águas, são 5,5 milhões 
de hectares irrigados no país. Brasília, DF, 2013a. Disponível em: . Acesso em: 12 dez. 2017.
BRASIL. Lei nº 12.787, de 11 de janeiro de 2013. Brasília, DF, 2013b. Disponível em: . Acesso em: 12 
dez. 2017.
BRASIL. Programa Mais Irrigação. Brasília, DF, 2013c. Disponível em: . Acesso em: 12 dez. 2017.
RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 14328 de 23/10/2013. Porto Alegre, 2013. Disponível em: 
. Acesso em: 12 dez. 2017.
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, P. E. P. et al. Uso eficiente da água de irrigação e da energia elétrica 
em cultura de milho sob pivô central num plantio comercial em Várzea da Palma,MG. 
In: CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 28., 2010, Goiânia. Anais... Goiânia: 
Associação Brasileira de Milho e Sorgo, 2010. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2017.
BRASIL. Agricultura irrigada é uma das prioridades entre ações para o setor agrícola. Brasília, 
DF, 2014. Disponível em: . 
Acesso em: 11 dez. 2017.
BRASIL. Agricultura irrigada impulsiona ganhos de produtividade nas cinco regiões do 
país. Brasília, DF, 2014. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2017.
BRASIL. Lei n. 6.684, de 03 de setembro de 1979. Brasília, DF, 1979. Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 2017.
FANTIN, G. M.; DUARTE, A. P.; BARROS, V. L. H. P. Benefícios da rotação de culturas. Pelo-
tas: Grupo Cultivar, 2014. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2017.
KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: EdUSP, 2004.
LOPES, A. S. Manejo do solo e da irrigação na cultura do feijoeiro sob pivô central. 2006. 141 
f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Esta-
Manejo de solos em áreas irrigadas134
dual Paulista, São Paulo, 2006. Disponível em: . 
Acesso em: 11 dez. 2017.
MAROUELLI, W. A. et al. Manejo da água de irrigação. In: SOUSA, V. F. et al. Irrigação 
e fertirrigação em fruteiras e hortaliças. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnoló-
gica, 2011. cap. 5. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2017.
SCIVITTARO, W. B.; PETRINI, J. A.; GOMES, A. S. Irrigação de drenagem. Brasília, DF: Em-
brapa, c2017. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2017.
SOARES, J. M.; COSTA, F. F. Cultivo da videira: irrigação. Brasília, DF: Embrapa, 2004. 
Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2017.
SOCIEDADE SUL-BRASILEIRA DE ARROZ IRRIGADO. Arroz irrigado: recomendações 
técnicas da pesquisa para o Sul do Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ 
IRRIGADO, 5., 2007, Pelotas. Repositório... Pelotas: SOSBAI, 2007. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2017.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Métodos e sistemas de irrigação. Goiânia: UFG, 
c2017. Disponível em: . 
Acesso em: 27 nov. 2017.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Recuperação de solos degradados por sais. For-
taleza: UFC, 2013. Disponível em: . 
Acesso em: 27 nov. 2017.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO. Manejo da irrigação. Seropédica: 
UFRRJ, 2013. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2017.
VIZZOTTO, R. Manejo do solo irrigado e tecnologia aplicada garantem maior produ-
tividade no campo. Porto Alegre: Governo do Estado do Rio Grande do Sul, 2017. 
Disponível em: .
Acesso em: 27 nov. 2017. 
135Manejo de solos em áreas irrigadas
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Conteúdo:
 
Dica do professor
Um manejo adequado do solo, em conjunto com uma irrigação consciente e sustentável, pode 
trazer muitos benefícios à agricultura como um todo.
Na Dica do Professor, acompanhe uma síntese do conteúdo, com aspectos conceituais importantes 
e novas tecnologias.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/00459c496602567fed15b57d3f682220
Exercícios
1) A irrigação pode ser realizada por diferentes tipos de sistemas. Com relação à escolha do 
método de irrigação, não existe um melhor que o outro, e sim o que mais se adapta a cada 
situação em particular. 
 
Qual o tipo de irrigação que ocorre na superfície através de pequenos canais abertos ao 
longo do solo? 
A) Vazão.
B) Pulverização.
C) Microaspersão.
D) Por sulcos.
E) Gotejamento.
2) Na agricultura irrigada, a água é o principal insumo de produção, mas é um recurso finito. 
Portanto, é necessário otimizar o seu uso por meio de tecnologias mais eficientes. 
Esse processo é abordado no manejo da irrigação. A esse respeito, é correto afirmar que: 
A) o manejo da irrigação leva em consideração os aspectos relacionados exclusivamente com a 
água.
B) o manejo da irrigação consiste na determinação do controle fitossanitário (quimigação), 
climatológico e econômico.
C) o manejo da irrigação consiste na determinação do momento, da quantidade e de como 
aplicar a água, levando em consideração também outros aspectos do sistema.
D) o manejo da irrigação consiste na determinação de estratégias de condução da cultura, 
levando em consideração também outros aspectos do sistema.
E) o manejo da irrigação é um conceito específico, e consiste na determinação de parâmetros 
relacionados à aplicação da água nas culturas.
3) 
lizan
Realce
lizan
Realce
A irrigação se trata de uma ferramenta necessária para aumentar a produtividade na 
agricultura, a estabilidade na produção de alimentos e o crescimento econômico. Sua 
principal vantagem é: 
A) a garantia de produção, com a instalação de sistema adequado, não dependendo mais de 
chuvas.
B) o aumento de riscos de erosão.
C) a colheita somente na época certa de cada vegetal.
D) a diminuição da produtividade, pois nem todos os alimentos produzidos toleram tanta água.
E) a fertirrigação (adubação com o auxílio de aeronaves que pulverizam a plantação).
4) A água é fundamental para as culturas agrícolas, mas existe uma cultura em especial na qual 
é necessário o cultivo em solo saturado em água. Marque a alternativa que indica essa 
cultura. 
A) Mandioca
B) Feijão
C) Bananeira
D) Arroz
E) Transgênicos
5) O manejo do solo é um conjunto de ações que tem como objetivo propiciar condições 
favoráveis à semeadura, ao desenvolvimento e à produção das plantas cultivadas, e que 
deve, portanto, integrar o planejamento e as peculiaridades de utilização da água. 
 
Com respeito às vantagens do correto manejo hídrico nas culturas, marque a alternativa 
correta. 
A) O manejo de irrigação traz diversos benefícios para as culturas, como o aumento das 
condições de estresse hídrico nas plantas.
B) O manejo de irrigação traz diversos benefícios para as culturas, como o aumento da 
produtividade.
lizan
Realce
lizan
Realce
lizan
Realce
C) O manejo de irrigação traz diversos benefícios para as culturas, como a redução de água no 
solo.
D) O manejo de irrigação traz diversos benefícios para as culturas, como o aumento do 
escoamento superficial.
E) O manejo de irrigação traz diversos benefícios para as culturas, como o aumento de 
processos erosivos.
Na prática
Pedro herdou uma grande fazenda de seu pai; no entanto, tem encontrado problemas para manter 
a produtividade da cultura de soja. Ele sabe que o manejo do solo é muito importante na 
agricultura, pois é isso que determina a qualidade do componente solo para a realização de novas 
culturas produtivas,mas não tem certeza se está realizando o manejo adequado para fortalecer o 
solo e propiciar a revitalização dos nutrientes desse recurso.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/fe6f3611-134c-42e8-9f7b-25795894d8fd/155b2a6d-a7a3-4077-bbaa-3f0156a21d10.jpg
Depois das orientações de Henrique, Pedro concluiu que mudanças físicas no solo, principalmente 
em sua camada mais superficial, podem influenciar significativamente no desenvolvimento da 
cultura e no armazenamento e distribuição da água no solo. Isso resulta em produtividade com mais 
qualidade e mais potencial de produção, trazendo mais retorno econômico ao produtor e menos 
danos à sustentabilidade dos sistemas.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Viabilidade agroeconômica de rotação de culturas e manejo do 
solo em áreas irrigadas por aspersão
Trata do sistema de plantio direto (SPD) e de técnicas como a rotação de culturas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Propriedades físicas do solo e produtividade de arroz irrigado 
em diferentes sistemas de manejo
O Estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz irrigado do país, com destaque para a 
região da Fronteira Oeste. O objetivo deste trabalho é fazer uma avaliação das propriedades físicas 
do solo e a produtividade de arroz irrigado por inundação em plantio direto e convencional, em 
níveis de palha residual de arroz em plantio direto.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Salinização do solo em áreas irrigadas: aspectos físicos e 
químicos
Este artigo mostra uma problemática muito importante no contexto do manejo de solos: os 
problemas gerados pela prática de irrigação sobre a qualidade dos solos por meio das suas 
propriedades físicas e químicas.
http://doi.editoracubo.com.br/10.4322/rca.2013.068
http://www.scielo.br/pdf/rbcs/v36n5/24.pdf
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://revistas.ufcg.edu.br/acsa/index.php/ACSA/article/view/402

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