Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
3-10 IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Rede sem defeitos, ideal, T= 0 K, diagrama de fases, equilíbrio termodinâmico ESTRUTURA CRISTALINA PERTURBAÇÕES NA ESTRUTURA CRISTALINA Estágio 1: vibração da rede, T>0 Estágio 2: defeitos pontuais (vacâncias, átomos intersticiais, substitucionais, Frenkel e Schottky) na rede Propriedades: difusão, processos de transporte condução iônica, reações de estado sólido, transformações de fase, evolução da microestrutura, deformação em Televadas Estágio 3: defeitos lineares, discordâncias. Propriedades: mecânicas (deformação plástica), fragilidade, dureza Estágio 4: defeitos planares,falhas, contornos de grãos, de fases. Propriedades: magnéticas e dielétricas Não apresenta rede cristalina, defeito volumétrico. ESTRUTURA AMORFA • Todos os materiais apresentam imperfeições no arranjo de seus átomos, o que reflete no comportamento do mesmo. • Controlar as imperfeições, significa obter materiais com diferentes propriedades e para novas aplicações. • Podem existir diferentes tipos de imperfeições na rede: i) vibrações da rede: quantizadas por fônons ii) defeitos pontuais: vacâncias, átomos intersticiais, átomos substitucionais, defeito Frenkel e Schottky; iii) defeitos lineares: discordâncias; iv) defeitos planares: superfícies interna e externa e interfaces (falhas de empilhamento, contorno de fases, superfícies livres); v) defeitos volumétricos: estruturas amorfas ou não-cristalinas As vibrações da rede são quantizadas por fônons. Configuração cristalina ideal só ocorre hipoteticamente temperatura do zero absoluto demais temperaturas: vibração dos átomos na rede provoca distorções no cristal perfeito. 3.10.1 Vibrações na rede 3.10.2 Defeitos pontuais Podem ser classificados segundo: FORMA - vacância - átomo intruso - schottky - frenkel VACÂNCIAS: Também denominado de lacuna É a falta de um átomo na rede cristalina Pode resultar do empacotamento imperfeito na solidificação inicial, ou decorrer de vibrações térmicas dos átomos em temperaturas elevadas 3.10.2 Defeitos pontuais 3.10.2.1 Quanto à forma VACÂNCIAS: O número de vacâncias varia com a temperatura onde: nv: n° de vacâncias/cm 3 n: n° de pontos na rede/cm3 Q: energia necessária para produzir a vacância (J/mol) R: cte dos gases (8,31 J/mol.K) T: temperatura em K 3.10.2 Defeitos pontuais 3.10.2.1 Quanto à forma RT Q v enn DEFEITO INTERSTICIAL: Quando um átomo é abrigado por uma estrutura cristalina, principalmente se esta tiver um baixo fator de empacotamento Conseqüência, distorção da rede 3.10.2 Defeitos pontuais 3.10.2.1 Quanto à forma DEFEITO SUBSTITUCIONAL: Quando um átomo é deslocado de sua posição original por outro, e conforme o tamanho, pode (a) aproximar os átomos da rede (b) separar os átomos da rede Conseqüência, distorção da rede (a) (b) 3.10.2 Defeitos pontuais 3.10.2.1 Quanto à forma DEFEITO SUBSTITUCIONAL: Átomo substitucional pequeno Átomo substitucional grande Gera distorção na rede 3.10.2 Defeitos pontuais 3.10.2.1 Quanto à forma DEFEITO FRENKEL: Quando um íon desloca-se de sua posição no reticulado (formando uma lacuna) para uma posição intersticial Ocorre em compostos iônicos 3.10.2 Defeitos pontuais 3.10.2.1 Quanto à forma DEFEITO SCHOTTKY: Quando ocorre lacuna de um par de íons Ocorre para compostos que devem manter o equilíbrio de cargas opostas Somente para compostos iônicos 3.10.2 Defeitos pontuais 3.10.2.1 Quanto à forma • Discordâncias associadas a cristalização – origem: térmica, mecânica e supersaturação de defeitos pontuais • Tipo de defeito responsável por deformação falha • rompimento dos materiais • Quantidade e movimento das discordâncias podem ser controlados pelo grau de deformação (conformação mecânica) e/ou por tratamentos térmicos 3.10.3 Defeitos lineares As discordâncias podem ser: - Cunha - Hélice - Mista As discordâncias geram um vetor de Burgers: - Fornece a magnitude e a direção de distorção da rede - Corresponde à distância de deslocamento dos átomos ao redor da discordância Ilustrada pelo corte parcial de um cristal perfeito, deslocando a rede de um espaçamento atômico 3.10.3 Defeitos lineares 3.10.3.1 Discordância em espiral Produz distorção na rede O vetor de Burgers é paralelo à direção da linha de discordância Deslocamento na vertical Ilustrada pelo talhamento de um cristal perfeito, deslocando a rede de um espaçamento atômico O vetor de Burgers é perpendicular à discordância em cunha 3.10.3 Defeitos lineares 3.10.3.2 Discordância em cunha Vista superior da discordância Deslocamento na horizontal 3.10.3 Defeitos lineares 3.10.3.2 Discordância em cunha 3.10.3 Defeitos lineares 3.10.3.3 Discordância mista Discordância em cunha Discordância em espiral Em um cristal pode ocorrer os dois tipos de discordância Visualização de discordâncias na microestrutura de um material 3.10.4.2 Contorno de grão Microestrutura de metais e outros materiais sólidos consistem de muitos grãos Grão: porção de material onde o arranjo cristalino é idêntico, variando sua orientação Contorno de grão: fronteira entre os grãos 3.10.4 Defeitos planares 3.10.4.1 Superfície externa Mais evidente dos defeitos de superfície devido a descontinuidade 3.10.4.2 Contorno de grão 3.10.4 Defeitos planares 3.10.5 Estruturas amorfas 3.10.5 Defeitos volumétricos Vidros Polímeros Algumas estruturas sem ordenamento a longo alcance são consideradas como defeitos volumétricos, como é o caso do vidro e dos polímeros Defeitos possíveis em um material a partir da dimensão em que ocorrem na estrutura Ciência dos Materiais - DEMAT- EE - UFRGS 3.10 Imperfeições no arranjo cristalino
Compartilhar