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Do Surgimento à Auguste Comte

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Faculdade Estácio FAP
Sociologia: Do Surgimento à Auguste Comte
Priscilla Lima Machado
201301094048 
Turma: 2001
Fundamentos das Ciências Sociais
Profª: Rose Vieira
Maio – 2013
Belém – PA
Segundo o autor Carlos Benedito Martins, em seu livro O Que É Sociologia, essa ciência é vista como um conjunto de conceitos e métodos de investigação para a compreensão de situações sociais existentes. Surgindo a partir das mudanças de mentalidade com a evolução do pensamento científico, a Revolução Industrial no século XVIII, e as transformações econômicas, políticas e culturais que se aceleram a partir dessa época, com a consolidação de uma nova sociedade.
A Revolução Industrial consistiu na instalação da sociedade capitalista, e possibilitou o surgimento da sociologia. Representou a vitória da indústria capitalista que converteu grandes massas humanas em simples trabalhadores, sem qualquer privilégio. Desencadeou um grande êxodo dos camponeses para as grandes cidades urbanas. Houve exploração também de mulheres e crianças e inúmeros problemas de cunho social, o que chamou a atenção de intelectuais da época, que investigaram as transformações que ocorriam à sua volta através da observação e experimentação, e não mais recorrendo à visão sobrenatural.
Foi visto então que se poderia compreender o processo histórico, e a sociedade deveria ser estudada a partir de seus grupos e não de indivíduos isolados.
O autor cita pensadores como Owen (1771-1858), William Thompson (1775-1833), Jeremy Bentham (1748-1832) que foram muito importantes para a formação e constituição de um saber sobre a sociedade.
Com a formação dessa nova sociedade capitalista foi impulsionada essa reflexão sobre a sociedade, crises, diferenças sociais e transformações. O surgimento da sociologia, pode-se dizer que foi influenciado por essas consequências da revolução industrial e pelas novas condições de existência criadas por ela.
Com as discussões metodológicas e filosóficas sobre a política e os iluministas foi possível que o "homem comum" da sociedade européia não visse mais as instituições sociais com fenômenos sagrados e imutáveis, mas algo que é criação humana passível de transformações.
 A insatisfação por parte da população francesa para com a parcela privilegiada de nobres que detinham poder político, recursos financeiros e eram isentos de impostos, desencadeou a tomada do poder por parte da burguesia em 1789. O objetivo da revolução francesa não era simplesmente mudar a estrutura do Estado, mas abolir as convenções e instituições tradicionais. Houve então profundas inovações políticas, econômicas e culturais, rompendo com os costumes e hábitos anteriores.
Estudiosos que assistiram e, que sucederam a Revolução Francesa, a criticaram largamente por julgarem que seus ideais de liberdade e igualdade não foram verdadeiramente aplicados. Após ascenderem ao poder, não interessava mais à burguesia promover ou mesmo permitir que ocorressem novas revoluções, para eles, era hora de reorganizar a sociedade, sendo assim, o papel dos fundadores da sociologia foi de estabilização da nova ordem.
Para Comte, um dos fundadores da sociologia, esta deveria orientar-se no sentido de conhecer e estabelecer aquilo que ele denominava como leis imutáveis da vida social, abstendo-se de qualquer discussão sobre a realidade existente, deixando de abordar, a questão da igualdade, da justiça, da liberdade. Com a inspiração positivista, a sociologia procurou construir uma ciência separada da filosofia, economia e política como base do conhecimento da realidade social.
No final do século passado o matemático francês Henri Poicaré referiu-se à sociologia como sendo uma ciência de muitos métodos e poucos resultados. Ao que parece, nos dias de hoje poucas pessoas colocam em dúvida os resultados alcançados pela sociologia. Havia uma falta de entendimento comum pelos sociólogos, existiam interesses opostos na sociedade capitalista que também invadiram a formação da sociologia. Diversos entendimentos sobre o objeto deu origem a diferentes tradições sociológicas.
Uma das tradições sociológicas que se comprometeu com a defesa da ordem instalada pelo capitalismo, encontrou no pensamento conservador uma rica fonte de inspiração para formular seus principais conceitos explicativos da realidade. Com o impacto da Revolução Francesa que julgavam ser um castigo divino à humanidade, não cansavam de responsabilizar os iluministas e suas ideias como um dos elementos desencadeadores da revolução de 1789.
Ao fazer a crítica da modernidade, inaugurada por acontecimentos como a economia industrial, o urbanismo e a Revolução Francesa, os conservadores estavam tecendo uma nova teoria sobre a sociedade, cujas intenções centravam-se no estudo de instituições sociais como a família, a religião, o grupo social e a contribuição delas para a manutenção da ordem social.
Alguns teóricos positivistas como Saint-Simon, Auguste Comte e Emile Durkheim, foram em grande parte influenciados pelas ideias conservadoras da “escola retrógrada”.
Esses pensadores verão uma série de ideias dos conservadores, procurando dar a elas uma nova roupagem, para que pudessem defender os propósitos e interesses da classe dominante capitalista.
Nos trabalhos de Saint-Simon (1760-1825), como reconheceu Engels, podem ser vistos como os primeiros pensamentos socialistas, que seria germe de futuras ideias do socialismo. Ele também é tido como um dos precursores do positivismo. Durkheim o considerava o iniciador do positivismo e o verdadeiro pai da sociologia, e não Comte, que geralmente tem merecido tal destaque. 
A ciência para ele poderia desempenhar a mesma função de conservação social que a religião tivera no período feudal. A ciência da sociedade era vital para o estabelecimento da nova ordem social. E influenciou Auguste Comte (1798-1857).
Os principais estudos de Comte são sobre o estado de “anarquia” e de “desordem” de sua época histórica. A verdadeira sociologia (disciplina auxiliar da ciência), para ele, deveria proceder diante da realidade de forma “positiva”. Em seus trabalhos, sociologia e positivismo aparecem intimamente ligados, uma vez que a criação desta ciência marcaria o triunfo final do positivismo no pensamento humano. O advento da sociologia representava para Comte o coroamento da evolução do conhecimento científico, constituído em várias do saber. A “física social”, ou seja, a sociologia, deveria utilizar em suas investigações os mesmos procedimentos das ciências naturais, tais como a observação, a experimentação, a comparação.
O positivismo procurou oferecer uma orientação geral para a formação da sociologia ao estabelecer que ela deveria basicamente proceder em suas pesquisas com o mesmo estado de espírito que dirigia a astronomia ou a física, rumo as suas descobertas. A sociologia deveria, tal como as demais ciências, dedicar-se à busca dos acontecimentos constantes e repetitivos da natureza.
Comte considerava como um dos pontos altos de sua sociologia a reconciliação entre “ordem” e “progresso”, pregando a necessidade mútua destes dois elementos para a nova sociedade.
Referência: 
MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. 38°Ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção Primeiros Passos)

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