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1 Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 Check Point Threat Extraction secured this document Get Original http://sg.int.cagece.com.br/UserCheck/PortalMain?IID={99B16ECA-F679-3D52-B3FA-EFDBAB0F75AD}&origUrl= 2 Seja muito bem-vindo! Você acaba de adquirir o material: Caderno Mapeado para o Concurso Nacional Unificado – 2024. Esse material é totalmente focado no certame e aborda ponto a ponto do edital da disciplina de Gestão Governamental e Governança Pública. Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua compreensão, e marcações das partes mais importantes. Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na banca Cesgranrio. Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus questionamentos para o suporte: suporte@cadernomapeado.com.br e WhatsApp. Bons Estudos! Rumo à Aprovação!! Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 3 SUMÁRIO CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 5 GESTÃO DE RISCOS ....................................................................................................................................... 6 1) Introdução.................................................................................................................................................. 6 2) Considerações Iniciais ............................................................................................................................. 6 2.1) Princípios da Gestão de Riscos .......................................................................................................... 6 2.2) Objetos e Técnicas da Gestão de Riscos .......................................................................................... 7 2.3) Modelos Nacionais e Internacionais ................................................................................................ 8 2.3.1) ISO 31000 - Internacional ................................................................................................................ 8 2.3.2) COSO ERM Framework - Internacional ........................................................................................ 8 2.3.3) ABNT NBR ISO 31000 - Nacional ................................................................................................... 9 2.4) Integração ao Planejamento .............................................................................................................. 9 3) Processo de Gestão de Riscos ................................................................................................................ 9 3.1) Identificação e Classificação dos Riscos ........................................................................................ 10 3.2) Avaliação dos Riscos .......................................................................................................................... 10 3.3) Mensuração dos Riscos...................................................................................................................... 11 3.4) Tratamento dos Riscos ...................................................................................................................... 11 3.5) Monitoramento dos Riscos ............................................................................................................... 11 3.6) Informação e Comunicação .............................................................................................................. 12 4) Boas Práticas de Gestão de Risco ....................................................................................................... 12 TECNOLOGIA NA GESTÃO PÚBLICA ....................................................................................................... 13 1) Introdução................................................................................................................................................ 13 2) Comunicação na gestão pública, Transparência e Accountability ............................................. 13 2.1) Transparência e Accountability ....................................................................................................... 14 2.2) Controle Social e Cidadania .............................................................................................................. 15 2.3) Mecanismos Legais e Institucionais ............................................................................................... 16 4) Formas de Participação Social na Gestão Pública .......................................................................... 17 4.1) Conselhos .............................................................................................................................................. 17 4.2) Conferências ......................................................................................................................................... 17 4.3) Audiências Públicas ............................................................................................................................ 18 4.4) Orçamentos Participativos ............................................................................................................... 18 4.5) Ouvidoria .............................................................................................................................................. 18 5) Inovação na Gestão Pública ................................................................................................................. 19 Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 4 6) Controles Interno e Externo ................................................................................................................ 20 ARTICULAÇÃO VERSUS A FRAGMENTAÇÃO DE AÇÕES GOVERNAMENTAIS .............................. 23 1) Introdução................................................................................................................................................ 23 2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 23 3) Dimensões da Coordenação ................................................................................................................ 24 3.1) Intragovernamental ........................................................................................................................... 24 3.2) intergovernamental............................................................................................................................ 24 3.3) Governo-Sociedade ............................................................................................................................ 25 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS ...................................................................................... 26 1) Introdução................................................................................................................................................ 26 2) Aspectos Básicos na Administração de Recursos Materiais ......................................................... 26 2.1) Patrimônio das Empresas e Órgãos Públicos ............................................................................... 27 2.1.1) Patrimônio Imobiliário ................................................................................................................... 28 2.1.2) Patrimônio Mobiliário .................................................................................................................... 29 3) Gestão PatrimonialTome nota! O termo de abandono do bem patrimonial é um documento utilizado para formalizar a renúncia ou abandono de um bem patrimonial que não será mais utilizado ou não tem valor para a instituição. •Realizada a verificação do acervo em 31/12 e compara com o ano anterior. Anual •Realiza quando ocorre a criação de uma nova unidade - possui o objetivo de registrar todos os bens patrimoniais que serão incorporados ao patrimônio da organização desde o seu início. Inicial •Realizado quando ocorre a troca de gestão de bens da unidade e a transferência da responsabilidade de guarda. De transferência •Específico para entidades públicos que possuem atividades relacionadas à extração ou transformação de recursos naturais. Esse inventário registra e controla os bens utilizados nesses processos. De extração ou transformação •realizado em situações específicas que exijam uma verificação pontual e detalhada dos bens patrimonais da organização. Eventual Cessão •transfere a posse, gratuita, com a troca de responsabilidade •Bens- inativos, ocisoso e recuperáveis Alienação •Transfere a propriedade (baixa patrimonial), através da venda, alocação ou permuta •Bens - antieconômico, irrecuperável Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 36 Esse termo é utilizado quando não é viável realizar a alienação do bem devido ao seu estado de conservação. Momento das Questões CESGRANRIO 2012 – Dentre as diversas medidas de administração de bens e materiais, uma autarquia federal iniciou o processo de inventário físico dos materiais e bens patrimoniais da organização. A realização de inventário físico NÃO apresenta entre seus benefícios o fato de a) permitir a verificação das discrepâncias entre os registros de estoque e a quantidade real no estoque. b) permitir a verificação das discrepâncias entre o estoque físico e o estoque contábil, em valores monetários. c) proporcionar a apuração do valor total do estoque, para efeito de balanço quando realizado próximo ao encerramento do exercício fiscal. d) viabilizar o atendimento à exigência fiscal, uma vez que é transcrito no livro de inventário conforme a legislação. e) garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de demora ou atraso no fornecimento de materiais. Gabarito: Letra E. Comentário: O inventário físico de bens é definido como o procedimento que envolve a contagem dos bens diretamente em seu local de armazenamento ou uso, conhecido como "in loco". Esse processo consiste na verificação das quantidades reais de estoques e bens permanentes existentes. As práticas adequadas de inventário permitem não apenas identificar a composição qualitativa do patrimônio em um determinado momento, mas também fornecer informações cruciais para refletir sua situação qualitativa no balanço patrimonial. CESGRANRIO 2011 – O inventário anual é realizado a) quando da mudança do dirigente de uma unidade gestora. b) quando da extinção ou transformação da unidade gestora. c) quando da criação de uma empresa ou unidade gestora para identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade. d) em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por iniciativa dos órgãos fiscalizadores, através de auditorias. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 37 e) para comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais da empresa e de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício, constituído dos acréscimos e baixas autorizadas de bens. Gabarito: Letra E. Comentário: Anualmente, é realizado um inventário destinado a verificar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais de cada unidade gestora, vigentes em 31 de dezembro de cada ano fiscal. Esse inventário compreende o inventário anterior e quaisquer variações patrimoniais ocorridas durante o exercício. 5) Impacto da Inteligência Artificial nos processos de trabalho A Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de substituir muitas das tarefas atualmente desempenhadas por seres humanos. Isso pode resultar na redução de empregos em setores como manufatura, serviços e atendimento ao cliente. Segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial, até 85 milhões de empregos podem ser automatizados até 2030. Por outro lado, a IA também pode gerar novas oportunidades de emprego em áreas como desenvolvimento de IA, análise de dados e design de produtos. De acordo com o mesmo relatório, até 97 milhões de novos empregos podem ser criados para atender à demanda por habilidades relacionadas à IA. Levando isso em consideração, o impacto da IA nos processo de trabalho é significativo e abrange diversas áreas e setores da sociedade. Fizemos o quadro esquematizado abaixo com os principais aspectos: Vamos nos aprofundar nos aspectos específicos da utilização da IA nas organizações: Automatização de Tarefas Repetitivas: A IA pode automatizar tarefas repetitivas e rotineiras, liberando os profissionais para se concentrarem em atividades mais complexas e estratégicas. Isso aumenta a eficiência e a produtividade no local de trabalho. Automatização de tarefas repetitivas Tomada de decisão Otimização de processos Atendimento ao cliente Personalização Saúde e diagnóstico Segurança e prevenção de fraudes Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 38 Tomada de Decisão: Com algoritmos avançados e análises preditivas, a IA pode ajudar na tomada de decisões mais informadas e precisas. Isso é especialmente útil em setores como finanças, saúde e manufatura, onde as decisões têm um grande impacto. Otimização de Processos: A IA pode identificar padrões em grandes conjuntos de dados e sugerir melhorias nos processos de trabalho. Isso pode levar a uma otimização significativa, reduzindo custos, desperdícios e tempo de execução. Atendimento ao Cliente: Chatbots e assistentes virtuais alimentados por IA estão sendo amplamente adotados para fornecer suporte ao cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana. Eles podem responder a perguntas comuns, resolver problemas simples e encaminhar consultas mais complexas para agentes humanos quando necessário. Personalização: A IA permite a personalização em massa, adaptando produtos, serviços e experiências do usuário com base em dados individuais e preferências. Isso aumenta a satisfação do cliente e a fidelidade à marca. Saúde e Diagnóstico: Na área da saúde, a IA está sendo usada para análise de imagens médicas, diagnóstico de doenças, descoberta de medicamentos e até mesmo para prever surtos de doenças com base em padrões de propagação. Segurança e Prevenção de Fraudes: A IA é usada para detectar atividades fraudulentas e identificar ameaças de segurança cibernética em tempo real, protegendo empresas e organizações contra ataques maliciosos. Parabéns por ter concluído o estudo da matéria! Bora para cima! Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90na Administração Pública ................................................................................ 30 4.1) Gestão de cadeia de suprimentos ................................................................................................... 31 4.2) Logística e Transformação Digital .................................................................................................. 31 4.3) Logística Reversa................................................................................................................................. 32 4.4) Serviços de Apoio e Infraestrutura ................................................................................................. 33 4.4.1) Tombamento .................................................................................................................................... 33 4.4.2) Controle ............................................................................................................................................. 34 4.4.3) Cessão, Alienação e Baixa .............................................................................................................. 35 5) Impacto da Inteligência Artificial nos processos de trabalho ..................................................... 37 Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 5 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Pessoal! Antes de iniciarmos o estudo da matéria de Eixo Temático 2 – Gestão Governamental e Governança Pública, apresentaremos os assuntos que são cobrados no edital. Siga firme com os estudos que a aprovação virá!! CONTEÚDO 1 Gestão de riscos: princípios, objetos, técnicas, modelos nacionais e internacionais, integração ao planejamento. 1.1 Processo de Gestão de Riscos: comunicação, consulta, contextualização, identificação, análise, tratamento, monitoramento e retroalimentação. 1.2 Boas práticas de gestão de Riscos. 2 Inovação na gestão pública. 3 Governo eletrônico; transparência da administração pública; controle social e cidadania; accountability. 4 Organização sistêmica da administração pública federal. 4.1 Sistemas estruturantes e estruturadores da administração pública federal. 5 Controles interno e externo. 6 Processos participativos de gestão pública: conselhos de gestão, orçamento participativo, parceria entre governo e sociedade. 7 Articulação versus a fragmentação de ações governamentais. 7.1 Dimensões da coordenação: intragovernamental, intergovernamental e governo-sociedade. 8 Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. 8.1 Conceituação de Material e Patrimônio. 8.2 O Patrimônio das empresas e órgãos públicos. 8.3 O Patrimônio Imobiliário. 8.4 O Patrimônio Mobiliário. 8.5 Organização e Controle Logístico. 8.6 Gestão de cadeia de suprimentos. 8.7 Logística reversa. 8.8 Serviços de apoio e infraestrutura (protocolo, movimentação de arquivos, sistemas de informação, manutenção de equipamentos e manutenção de instalações físicas). 8.9 Logística e transformação digital. 8.10 Impacto da Inteligência Artificial nos processos de trabalho. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 6 GESTÃO DE RISCOS 1) Introdução Seguiremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco 7 – Gestão Governamental e Administração Pública: 1 – Gestão de riscos: princípios, objetos, técnicas, modelos nacionais e internacionais, integração ao planejamento; processo de Gestão de Riscos: comunicação, consulta, contextualização, identificação, análise, tratamento, monitoramento e retroalimentação; boas práticas de gestão de Riscos. 2) Considerações Iniciais Antes de iniciar os conceitos básicos, precisamos entender o que é gestão de riscos. A gestão de risco é um processo estratégico que visa identificar, avaliar, controlar e monitorar os riscos que uma organização enfrente, buscando maximizar oportunidades e minimizar possíveis impactos adversos. Mas, afinal, o que é risco? Risco é a possibilidade de um evento incerto causar impacto negativo ou positivo em objetivos. Pode ser interpretado como ameaça ou oportunidade, sendo que oportunidades podem trazer vantagens competitivas. 2.1) Princípios da Gestão de Riscos Conforme a definição da ISO 31000 para o gerenciamento de riscos, uma gestão eficaz de riscos deve seguir os seguintes princípios: Proteger e Valorizar as Organizações: Garantir a segurança e promover a criação de valor para as organizações. Integração nos Processos Organizacionais: Fazer parte integrante de todos os processos da organização, permeando suas atividades. Probabilidade de Ocorrência Impactos Risco Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 7 Consideração na Tomada de Decisão: Ser levada em consideração durante o processo de tomada de decisão em todos os níveis. Abordagem Explícita à Incerteza: Lidar explicitamente com a incerteza associada aos riscos. Sistemática, Estruturada e Oportuna: Ser conduzida de maneira sistemática, estruturada e no momento adequado. Baseada nas Melhores Informações Disponíveis: Fundamentar-se nas melhores informações disponíveis para uma análise precisa. Alinhamento com o Contexto Interno e Externo: Estar em conformidade com os contextos internos e externos da organização, considerando seu perfil de risco. Consideração de Fatores Humanos e Culturais: Levar em conta os fatores humanos e culturais que influenciam a gestão de riscos. Transparência e Inclusividade: Ser transparente e envolver todas as partes interessadas de forma inclusiva. Dinâmica, Interativa e Adaptável a Mudanças: Ser dinâmica, interativa e capaz de reagir eficientemente a mudanças nas circunstâncias. Facilitar a Melhoria Contínua dos Processos Organizacionais: Possibilitar a melhoria contínua dos processos organizacionais por meio do aprendizado contínuo com os riscos identificados e gerenciados. 2.2) Objetos e Técnicas da Gestão de Riscos A gestão de riscos tem como objetivo a preservação e prosperidade das organizações, direcionando esforços para proteger ativos valiosos, salvaguardar a reputação, garantir a continuidade operacional e assegurar a conformidade com regulamentações e padrões. Ao proteger e preservar os ativos da organização, a gestão de riscos busca garantir que propriedades, recursos financeiros, tecnologia e outros elementos de valor estejam resguardados contra ameaças potenciais. Isso não apenas protege a base financeira da organização, mas também contribui para sua estabilidade operacional, sustentando seu crescimento e desenvolvimento contínuo. Além disso, tenha em mente que gerenciar os riscos que podem impactar a reputação envolve antecipar e mitigar possíveis ameaças à imagem e à percepção pública da organização. Ao cultivar uma imagem positiva e responder proativamente a desafios, a gestão de riscos ajuda a manter a confiança dos stakeholders e a preservar a reputação conquistada ao longo do tempo. Com o advento da crescente necessidade de regulação e conformidade normatiza, a Administração Pública também deverá, com fundamento nos princípios constitucionais administrativos, assegurar a conformidade com leis, regulamentações e padrões é uma responsabilidade crítica da Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 8 gestão de riscos. Conhecer e atender aos requisitos legais e regulatórios aplicáveis é fundamental para evitar penalidades legais, danos à reputação e para garantir a operação ética e responsável da organização. Ao empregar técnicas como a Análise SWOT, que identifica Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças, a gestão de riscos ganha insights valiosos sobre fatores internos e externos que podem influenciar o desempenho organizacional. A Análisede Cenários permite explorar futuros possíveis, enquanto a Matriz de Riscos, com sua representação gráfica da probabilidade versus impacto, facilita a priorização e o planejamento estratégico. 2.3) Modelos Nacionais e Internacionais Existem vários modelos nacionais e internacionais de gestão de riscos que oferecem diretrizes e estruturas para as organizações implementarem práticas eficazes de gestão de riscos. Esses modelos são desenvolvidos por instituições reconhecidas e contribuem para a padronização e aprimoramento das abordagens de gestão de riscos em diversos setores. Vamos estudar os 3 mais aplicados e aceitos na administração geral: 2.3.1) ISO 31000 - Internacional A ISO 31000 é uma norma internacional estabelecida pela Organização Internacional para Padronização (ISO) que fornece princípios e diretrizes para a gestão de riscos. Publicada em 2009, a ISO 31000 é amplamente reconhecida e adotada globalmente. Seu foco está na criação de valor para a organização, considerando a incerteza inerente ao ambiente de negócios. A norma destaca os seguintes princípios: Integração: A gestão de riscos deve ser integrada aos processos organizacionais. Personalização: A abordagem deve ser adaptada à cultura, estrutura e objetivos da organização. Melhoria Contínua: A gestão de riscos é um processo dinâmico que exige revisão e aprimoramento constantes. 2.3.2) COSO ERM Framework - Internacional O COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) ERM Framework é um modelo internacional que oferece uma estrutura abrangente para a gestão de riscos. O COSO ERM Framework é amplamente reconhecido nos setores público e privado. Publicado pela primeira vez em 2004 e revisado em 2017, o modelo destaca os seguintes componentes: Ambiente Interno: Estabelecimento de uma cultura que sustenta a gestão de riscos. Objetivos de Riscos: Definição clara de objetivos alinhados com a missão da organização. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 9 Eventos de Riscos: Identificação, avaliação e resposta a eventos que podem impactar os objetivos. Atividades de Controle: Implementação de políticas e procedimentos para gerenciar riscos. Informação e Comunicação: Fluxo eficaz de informações relacionadas a riscos. Monitoramento: Avaliação contínua do processo de gestão de riscos. 2.3.3) ABNT NBR ISO 31000 - Nacional A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) adaptou a ISO 31000 para a realidade brasileira, resultando na norma ABNT NBR ISO 31000. Essa adaptação considera as nuances e especificidades do contexto nacional, facilitando a aplicação da gestão de riscos em organizações brasileiras. 2.4) Integração ao Planejamento A integração da gestão de riscos ao planejamento é uma prática comumente buscada pelas organizações, não apenas identificar e mitigar ameaças, mas também capitalizar oportunidades e alcançar seus objetivos de maneira eficiente. Essa abordagem envolve incorporar considerações de risco em todas as fases do processo de planejamento, alinhando as estratégias de gestão de riscos aos objetivos organizacionais. A integração poderá ocorrer em todos os níveis da organização – nível estratégico, operacional e tático. 3) Processo de Gestão de Riscos No contexto do gerenciamento de riscos, assim como em qualquer forma de gerenciamento, há etapas essenciais a serem consideradas. O processo de gestão de riscos representa uma Planejamento Estratégico A gestão de riscos identifica e avalia os riscos estratégicos que podem impactar o alcance dos objetivos de longo prazo. Isso permite que a organização desenvolva estratégias proativas para enfrentar desafios e capitalizar oportunidades no cenário competitivo. Planejamento Tático Enquanto o planejamento estratégico abrange metas de longo prazo e o planejamento operacional se concentra nas atividades diárias, o planejamento tático atua em um nível intermediário, buscando traduzir as estratégias gerais em ações concretas e práticas. Planejamento Operacional Nesta etapa, a gestão de riscos contribui para a definição de metas realistas e a identificação de riscos operacionais que podem afetar a eficiência e a continuidade das operações diárias. Ao considerar riscos potenciais, a organização pode desenvolver planos de contingência e aprimorar a resiliência operacional. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 10 abordagem sistêmica que busca capacitar a organização a tomar decisões informadas e gerenciar efetivamente a incerteza inerente às suas atividades. 3.1) Identificação e Classificação dos Riscos Esta etapa é a definição do conjunto de eventos, externos ou internos, que podem impactar os objetivos estratégicos da organização. Nas organizações sempre existirão riscos desconhecidos pela organização. Por isso, o processo de identificação e análise geral de riscos deve ser monitorado e continuamente aprimorado. A categorização dos riscos deve ser fundamentada em suas características comuns. Os riscos podem ser classificados como inerentes ou residuais: Riscos Inerentes – natural Riscos Residuais – resultante Os riscos inerentes referem-se aos perigos e incertezas associados às atividades e operações de uma organização antes de qualquer ação ser tomada para mitigá-los. Esses riscos são inerentes à natureza das atividades e podem ser identificados mesmo na ausência de estratégias de gerenciamento. Os riscos residuais referem-se aos riscos restantes após a implementação de estratégias de mitigação ou ações corretivas para lidar com os riscos inerentes. Em outras palavras, são os riscos que permanecem após a aplicação de medidas de controle. Ex.: Uma empresa que opera em uma área suscetível a desastres naturais, como terremotos, tem o risco inerente a essa exposição, independentemente de qualquer medida de mitigação que possa ser implementada. Ex.: Utilizando o mesmo cenário de uma empresa suscetível a desastres naturais, após a implementação de estratégias de prevenção, como construção de infraestrutura resistente a terremotos, os riscos residuais seriam aqueles que ainda persistem, apesar dessas medidas. 3.2) Avaliação dos Riscos Para se definir qual o tratamento que será dado a determinado risco, o primeiro passo consiste em determinar o seu efeito potencial, ou seja, o grau de exposição da organização àquele risco. Esse grau leva em consideração pelo menos dois aspectos: a possibilidade de ocorrência e seu impacto. Essa etapa, possui um aspecto qualitativo, ou seja, envolve as características e qualidades subjacentes. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 11 3.3) Mensuração dos Riscos Uma vez definido o direcionamento estratégico da organização por meio de uma visão mais qualitativa, este pode ser traduzido em termos quantitativos – objetivos, indicadores de desempenho e metas financeiras – que orientação o seu planejamento, ou seja, na projeção do orçamento e do plano plurianual. É a etapa de consolidação do cálculo dos impactos financeiros que o risco já identificado, classificado e avaliado possui. 3.4) Tratamento dos Riscos Já nessa fase, após a mensuração do risco, deve-se definir qual o tratamento a ser dado aos riscos. Na prática, a eliminação total dos riscos é impossível. As várias alternativas para o tratamento dos riscos, as quais veremos a seguir: 3.5) Monitoramento dos Riscos Essa etapa é de competência da alta administração, a avaliação contínua da adequação e eficácia de seu modelo de gerenciamento de riscos. Este deve ser constantemente monitorado, com o objetivo de assegurar a presença e o funcionamento de todos os seus componentes ao longo do tempo. Dessa forma,esse monitoramento visa verificar se o tratamento escolhido foi adequado, ou seja, se alcançou o resultado pretendido. •decisão de não se envolver ou agir de forma a se retirar de uma situação de risco Evitar o risco •apresentação de quatro alternativas - reter, reduzir, transferência e explorar Aceitar o risco •os riscos podem ser reduzidos antes que ele ocorra. •agir de forma a remediar, tentativa de redução dos impactos Prevenção e Redução dos Danos •verificar a capacidade da organização em reduzir ou antecipar o risco Capacitação Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 12 3.6) Informação e Comunicação Por fim, a última etapa diz respeito a comunicação ágil e adequada com as diversas partes interessadas e outras entidades externas, com a finalidade de permitir avaliações mais rápidas e objetivas a respeito dos riscos a que está exposta a organização. 4) Boas Práticas de Gestão de Risco Além do processo de gerenciamento de risco, a implementação de boas práticas de gestão de risco dentro da organização tem como objetivo mitigar os riscos da operação. Vamos nos aprofundar nas práticas mais comuns, os quais são trazidos para a Administração Pública através do Tribunal de Contas da União: Boas Práticas de Gestão de Risco Mapeamento de Riscos Essa prática envolve a identificação sistemática de todos os possíveis riscos que podem impactar a organização. A classificação de prioridades ajuda a focar nos riscos mais significativos, permitindo uma alocação eficiente de recursos para mitigação. Definição de Objetivos Claros Estabelecer objetivos concretos e facilmente assimiláveis é fundamental para garantir que todos na organização compreendam as metas a serem alcançadas. Objetivos claros fornecem uma base sólida para avaliar os riscos em relação aos resultados desejados. Distribuição de Responsabilidades Envolvendo todos os empregados na administração de ameaças, a organização promove uma abordagem colaborativa para a gestão de riscos. Cada membro da equipe, ao entender suas responsabilidades específicas, contribui para a cultura de conscientização e resiliência organizacional. Plano de Contingência Desenvolver um plano de contingência é uma precaução vital para garantir a continuidade dos negócios em situações de emergência. Esse plano delineia ações específicas a serem tomadas em resposta a eventos críticos, minimizando o impacto e acelerando a recuperação. Observe que a adoção de boas práticas nos procedimentos da organização reduz consideravelmente a incidência de riscos, contribuindo, assim, para a Administração Pública Federal, resultando na diminuição de custos e no aumento da eficiência na entrega dos serviços públicos. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 13 TECNOLOGIA NA GESTÃO PÚBLICA 1) Introdução Seguiremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco 7 – Gestão Governamental e Administração Pública: 1 – Inovação na gestão pública. Governo eletrônico: Transparência da administração pública. Controle social e cidadania; accountability. Comunicação na gestão pública. Organização sistêmica da administração pública federal. Sistemas estruturantes e estruturadores da administração pública federal. Controles interno e externo 2) Comunicação na gestão pública, Transparência e Accountability A comunicação na gestão pública é o canal direto na construção de uma administração transparente, eficiente e responsiva às necessidades da sociedade. Uma comunicação eficaz promove a participação cidadã, fortalece a legitimidade do governo e contribui para o alcance dos objetivos públicos. Mas, professor, o que é comunicação? A comunicação é um processo de troca de informações entre o emissor – quem envia a mensagem e um receptor – quem recebe a mensagem. Esse processo pode ocorrer por meio de diferentes canais, como a fala, a escrita, gestos, expressões faciais, entre outros. No contexto da gestão pública, a comunicação tem a finalidade de informar os cidadãos sobre políticas, programas e ações de governo, assim como, promover a transparência, além de construir confiança e legitimidade nas instituições públicas. Consequências da Comunicação Eficaz participação cidadã fortalecimento da legitimidade do governo contribuição para o alcance dos objetivos públicos Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 14 2.1) Transparência e Accountability A transparência na gestão pública refere-se à abertura e acessibilidade das informações relacionadas às atividades governamentais. É um princípio fundamental para fortalecer a confiança da sociedade nas instituições governamentais. As formas de transparência na gestão pública são: A accountability está associada à prestação de contas e à responsabilização pelos resultados e ações. Isso envolve a criação de mecanismos pelos quais as instituições governamentais são responsáveis por suas decisões e desempenho. A responsabilização na gestão pública é estabelecida por meio de ferramentas eficazes com o objetivo de responsabilizar os gestores públicos pelos resultados de suas ações. Isso pode incluir a definição de metas, avaliação de desempenho e prestação de contas à sociedade. Além disso, possibilita que os cidadãos e organizações da sociedade civil monitorem e avaliem as ações governamentais. Esse controle social contribui para a identificação de irregularidades e aprimoramento da gestão pública. Nesse contexto, a realização de auditorias regulares e independentes auxilia na avaliação de conformidade e eficiência dessas atividades. Importante! A transparência é a base sobre a qual a accountability é construída. Se as informações não são acessíveis e transparentes, é difícil responsabilizar efetivamente as instituições governamentais. Divulgação proativa Acesso à Informação Portais de Transparência Prestação de Contas Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 15 Em conjunto, a transparência e a accountability formam um ambiente no qual as instituições governamentais são abertas, responsáveis e sujeitas à avaliação pública, contribuindo para uma governança mais eficaz e democrática. Os processos participativos na gestão pública são ferramentas que auxiliam a promoção da cidadania e no fortalecimento do controle social. Mecanismos legais e institucionais têm sido estabelecidos para ampliar, diversificar e garantir direitos individuais, coletivos e difusos. Como já vimos, a qualidade na gestão pública está intimamente ligada à transparência, na qual envolve a divulgação das ações governamentais, bem como a participação da sociedade no monitoramento das ações governamentais, com a finalidade do fortalecimento da cidadania. 2.2) Controle Social e Cidadania O controle social refere-se à participação ativa da sociedade na gestão pública, visando monitorar e fiscalizar as atividades do governo com o propósito de identificar e resolver questões, garantindo a continuidade dos serviços prestados à população. A promoção do controle social é um dos princípios estabelecidos pela Lei de Acesso à Informação. Ex.: O Portal da Transparência – da Controladoria-Geral da União. Nesse contexto, torna-se essencial fomentar uma cultura de transparência dentro da Administração Pública. Além disso, é crucial que a sociedade esteja ciente de seu direito de acesso à informação e compreenda como utilizá-lo para acompanhar as iniciativas governamentais. Formas de Controle Social Socialização molda costumes, hábitos e desejos estendidos como ideias em cada sociedade. Pressão do Grupo a força do grupo promove a adequação do indivíduo ao papel social que corresponde ao seustatus. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 16 2.3) Mecanismos Legais e Institucionais O controle administrativo ocorre através de mecanismos legais e institucionais destinados a avaliar, monitorar e regular as atividades realizadas no âmbito da administração pública. Esses mecanismos possuem como objetivo garantir ativamente os princípios da administração pública – LIMPE. Ante este cenário, o controle administrativo pode ser realizado de ofício (pelo próprio órgãos que realiza a ação governamental) ou a requerimento do interessado (mediante provocação de órgãos de controle externo, participação popular). Neste momento, iremos nos aprofundar sobre os mecanismos de controle administrativo iniciados a requerimento dos interessados. O fundamento legal para o controle administrativo através de requerimento do interessado é o direito de petição, descrito no art. 5º, XXXIV da Constituição Federal: Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; O direito de petição é uma garantia fundamental que permite aos cidadãos apresentarem solicitações, denúncias, representações e reclamações aos órgãos e autoridades públicas. Na legislação infraconstitucional brasileira, há diversos instrumentos que materializam esse direito, oferecendo aos cidadãos meios específicos para interagir com o poder público. Alguns desses instrumentos são: Esses instrumentos representam meios pelos quais os cidadãos podem exercer ativamente a sua cidadania, contribuindo para a fiscalização da administração pública e o fortalecimento da democracia. Denúncia Representação Reclamação Recurso Administrativo Pedido de Informação Manifestação em Audiências Públicas Ação Popular Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 17 4) Formas de Participação Social na Gestão Pública Desde o início dos anos 1990, no contexto da reforma da administração pública na América Latina e em outras regiões, a participação social tem sido estabelecida como um dos princípios organizativos centrais. Esse princípio é proclamado e reiterado em fóruns regionais e internacionais que tratam dos processos de deliberação democrática no nível local. Envolver os cidadãos e as organizações da sociedade civil (OSC) no desenvolvimento de políticas públicas tornou-se um modelo na gestão pública local contemporânea. A participação social, também conhecida por diferentes termos como dos cidadãos, popular, democrática, comunitária, é considerada um princípio político-administrativo fundamental para inclusão dos cidadãos e das OSCs no processo decisório de políticas públicas. Fomentar a participação abrangente de diversos atores sociais e estabelecer uma rede que informe, elabore, implemente e avalie as decisões políticas agora representa o paradigma em numerosos projetos de desenvolvimento local, autodenominados inovadores, e em políticas públicas locais, autoproclamadas progressistas. 4.1) Conselhos Os conselhos são órgãos colegiados formados por representantes de diferentes setores da sociedade, incluindo governo, sociedade civil, e muitas vezes setor privado. Eles têm a finalidade de discutir, propor e acompanhar políticas públicas em determinadas áreas. Os conselhos podem ser criados em níveis municipal, estadual ou nacional, abrangendo diversos temas, como saúde, educação, meio ambiente, entre outros. Os conselhos proporcionam um espaço de participação democrática e representativa, permitindo que diversos segmentos da sociedade contribuam para a tomada de decisões em políticas específicas. Ex.: Conselho Nacional de Saúde – CNS (órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Saúde). 4.2) Conferências Já as conferências são eventos organizados para promover discussões amplas e aprofundadas sobre temas específicos. Elas geralmente envolvem a participação de especialistas, representantes governamentais, organizações da sociedade civil e o público em geral. As conferências podem ser realizadas em diferentes escalas, desde locais até internacionais, e têm como objetivo gerar consensos, recomendações e propostas de ação. As conferências são ferramentas importantes para a promoção do diálogo, compartilhamento de conhecimento e elaboração de estratégias para lidar com desafios específicos. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 18 Ex.: 16ª Conferência de Saúde (realizada nos dias 4 a 7 de agosto/2019, em Brasília). 4.3) Audiências Públicas As, audiências públicas são reuniões abertas à população, promovidas por órgãos governamentais ou entidades, nas quais são discutidos temas específicos de interesse público. Geralmente, essas reuniões têm o objetivo de permitir que os cidadãos expressem suas opiniões, apresentem sugestões ou questionamentos sobre políticas, projetos de lei, planos urbanos, entre outros. As audiências públicas têm a função de garantir a participação direta dos cidadãos no processo decisório, possibilitando a troca de informações entre o governo e a comunidade, além de promover a transparência e a accountability. Ex.: Audiência Pública da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados – ocorrida no Auditório Freitas Nobre – Brasília. 4.4) Orçamentos Participativos Os orçamentos participativos são mecanismos nos quais os cidadãos têm a oportunidade de participar ativamente na definição das prioridades de gastos públicos em suas comunidades ou cidades. Nesse processo, a população contribui para a alocação de recursos, propondo e votando em projetos e programas que consideram essenciais para o desenvolvimento local. O objetivo principal dos orçamentos participativos é democratizar a elaboração do orçamento público, envolvendo os cidadãos no planejamento e decisão sobre como os recursos públicos devem ser distribuídos, buscando atender às reais necessidades da comunidade. Ex.: Orçamento participativo da Prefeitura Municipal de Icapuí/CE, na elaboração da parede da casa do prefeito – com a finalidade de implementar o Conselho de Participação Popular. 4.5) Ouvidoria Por fim, a ouvidoria é um canal de participação e interlocução entre os cidadãos e as instituições governamentais. Sua principal função é receber, analisar e encaminhar manifestações, queixas, sugestões e elogios relacionados aos serviços públicos oferecidos pelos órgãos federais. Ex.: SISOUVI – Sistema de ouvidoria do Poder Executivo Federal. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 19 Momento da Questão Questão inédita – Diante da necessidade de elaborar políticas públicas voltadas para a promoção da inclusão digital no Brasil, o governo federal busca um mecanismo eficaz de participação democrática. Considerando o contexto da Administração Pública Federal, qual seria a alternativa mais apropriada para envolver a sociedade nesse processo? a) Criar um Conselho Nacional de Inclusão Digital, composto por representantes do governo, empresas de tecnologia e organizações da sociedade civil. b) Realizar audiências públicas em diferentes regiões do país para discutir propostas de inclusão digital com a participação ativa da população. c) Organizar uma conferência internacional sobre tecnologia para obter insights globais sobre políticas de inclusão digital. d) Implementar um orçamento participativo específico para a área de tecnologia, permitindo que os cidadãos decidam sobre a alocação de recursos para iniciativas de inclusão digital. e) Designar uma equipe técnica para desenvolver as políticas sem consulta pública, visando agilidade na implementação. Gabarito: Letra B. Comentário: A questão aborda odesafio de promover a inclusão digital no contexto da Administração Pública Federal brasileira. Considerando a necessidade de envolver a sociedade, é fundamental escolher um mecanismo que permita a participação efetiva e diversificada dos cidadãos. As audiências públicas são um mecanismo eficaz para permitir que a população contribua ativamente na discussão e formulação de políticas públicas, garantindo a representatividade e a inclusão de diversas perspectivas no processo de tomada de decisões. 5) Inovação na Gestão Pública Em 2018, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE - lançou os resultados de uma ampla avaliação do sistema de inovação pública brasileira, alinhada à visão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o referencial básico para construir programas de inovação. Diante das mudanças sociais e de mercado, a inovação tornou-se essencial para a sobrevivência das organizações privadas, impondo ao setor público a necessidade de abertura para ideias disruptivas e experimentação responsável. O lançamento de programas de inovação, exemplificado pelos I-Labs, tornou-se uma tendência global após a crise financeira de 2008-2009. O isomorfismo, fenômeno de semelhança entre organizações, influencia essa tendência, sendo coercitivo, mimético ou normativo. A proposta do "Projeto-Lei da Eficiência" evidencia a pressão por inovação, propondo a criação obrigatória de laboratórios na administração pública. No entanto, a aversão ao risco e a falta de Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 20 clareza sobre inovação são desafios identificados no contexto brasileiro, conforme a avaliação da OCDE. A avaliação proposta pelo TCU, com dimensões como clareza, paridade, adequação e normalidade, revela que a ambiguidade sobre inovação e a dependência excessiva de indivíduos inovadores são obstáculos. A falta de cooperação e a configuração predominantemente mecanicista das organizações no Brasil também são mencionadas como desafios. Enquanto o Brasil apresenta diversidade na disponibilidade de recursos para inovar, a tolerância ao erro é identificada como essencial para o processo inovador. A falta de cooperação entre organizações e a sociedade limita a difusão da inovação, sendo comparada à metáfora das abelhas e árvores. Conclui-se que, apesar dos desafios, a transformação do "DNA organizacional" brasileiro em direção a uma abordagem mais orgânica e colaborativa é crucial para modernizar o Estado e atender eficazmente às demandas sociais, possibilitando a replicação de práticas inovadoras. 6) Controles Interno e Externo Antes de adentrar na classificação das formas de controle, precisamos entender o conceito de controle. A doutrinadora Maria Sylvia Zanella Di Pietro dispõe que o controle da Administração Pública pode ser definido “como o poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico”. O controle da Administração Pública representa tanto um poder quanto um dever de fiscalização e revisão da atuação administrativa, assegurando sua conformidade com o ordenamento jurídico e os princípios da boa administração pública. Isso implica que o controle vai além da mera verificação •consciência sobre o que é necessário e qual nível de prioridade em relação a outras demandas. Clareza •a inovação precisa estar equiparada com outras atividades tradicionais enquanto mecanismo capaz de promover soluções. Paridade •quantidade de recursos necessários para inovar - infraestrutura, recursos humanos, etc. Adequação •inovação deve ser vista como corriqueira, sendo esperada e defendida pela alta administração. Normalidade Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 21 de legalidade e legitimidade, abrangendo também aspectos relacionados à eficiência, eficácia e efetividade. O controle da Administração Pública pode ser qualificado de cinco formas, vejamos: Quanto ao fundamento ou amplitude: o controle poderá ser hierárquico ou finalístico. O controle hierárquico é fundamentado nas relações em que há subordinação. Para Marcelo Alexandrino, esse controle decorre do “escalonamento vertical dos órgãos da administração direta ou do escalonamento vertical de órgãos integrantes de cada entidade da administração indireta”. Tome Nota! Não há controle hierárquico entre pessoas jurídicas diferentes, essa relação de subordinação existe somente em uma mesma pessoa jurídica. Já o controle finalístico é a fiscalização e revisão, o qual, uma pessoa jurídica exerce sobre atos praticados por outra pessoa jurídica. Geralmente, esse controle é exercido pela administração direta sobre as entidades da administração indireta. Pode ser chamado também de supervisão ministerial ou tutela administrativa. Formas de controles Quanto ao fundamento Quanto a origem Quanto ao órgão que exerce o controle Quanto ao momento do controle Quanto ao aspecto de controle Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 22 Quanto à origem: o controle poderá ser interno, ou seja, o controle poderá ser feito por órgão que seja da mesma estrutura do órgão que praticou o ato; externo, o qual, será exercido por órgão de outra estrutura organizacional; ou controle popular, o qual é exercido pelos administrados ou pela sociedade civil. Quanto ao órgão que exerce o controle: em relação ao órgão controlador poderá ser administrativo, legislativo ou judicial. O controle administrativo é aquele exercido pela própria administração pública que praticou o ato, está relacionado com o princípio da autotutela. Já o controle legislativo ou parlamentar é o realizado pelo Poder Legislativo quando está exercendo sua função fiscalizadora. E por último, o controle judicial, o qual é exercido pelo Poder Judiciário em sua função típica de julgar. Quanto ao momento do controle: poderá ser prévio, concomitante ou posterior. O controle prévio ou preventivo tem a finalidade de impedir a prática de atos ilegais ou que não estejam de acordo com o interesse público. Já o controle concomitante é controle que ocorre quando, por exemplo, há uma fiscalização in loco em um prédio em construção com recurso do âmbito federal. Amplitude Hierárquico Resulta de hierárquia Finalístico Não resulta da hierarquia Órgão controlador Administrativo Função administrativa Legislativo Função fiscalizadora Judicial Função julgadora Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 23 E por último, temos o controle posterior, o qual é exercido após a pratica do ato. Quanto ao aspecto de controle: poderá ser de legitimidade ou legalidade e de mérito. O controle de legitimidade/legalidade pode ser exercido pelos três poderes. Já o controle de mérito é realizado pela própria administração ou em alguns momentos pode ser exercido pelo Poder Legislativo. Veja abaixo um quadro esquematizado para facilitara sua memorização: FUNDAMENTO ORIGEM ÓRGÃO QUE EXERCE MOMENTO DO CONTROLE ASPECTO DO CONTROLE Hierárquico Interno Poder Executivo Prévio Legalidade Finalístico Externo Poder Legislativo Concomitante Mérito Popular Poder Judiciário Posterior ARTICULAÇÃO VERSUS A FRAGMENTAÇÃO DE AÇÕES GOVERNAMENTAIS 1) Introdução Seguiremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco 7 – Gestão Governamental e Administração Pública: 1 – Articulação versus a fragmentação de ações governamentais: considerações iniciais; dimensões da coordenação - intragovernamental, intergovernamental e governo-sociedade. 2) Considerações Iniciais A coordenaçãode políticas públicas trata-se da integração e harmonização de diferentes ações e intervenções governamentais para abordar questões especificas de maneira eficiente e eficaz. Esse processo busca superar a fragmentação, promover a sinergia entre diversas áreas e garantir que as políticas sejam implementadas de forma coordenada para atingir objetivos comuns. De acordo com Celina Souza, “do ponto de vista formal, pode-se definir coordenação como a organização de todas as atividades, com o objetivo de alcançar consenso entre indivíduos e organizações para o atingimento dos objetivos de um grupo”. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 24 A coordenação foi vista como uma forma de economizar recursos e de promover serviços de forma mais eficiente. Além disso, maior coordenação também tem sido demandada pela inclusão de vários grupos minoritários como beneficiários de políticas públicas. Tome nota! A coordenação é utilizada para transferência de informações nos âmbitos federais, estaduais e municipais. 3) Dimensões da Coordenação Agora que já entendemos o motivo da coordenação estar inserida no escopo da administração pública em geral, é importante ter em mente que existem dimensões especificas, dependendo do contexto em que está sendo aplicada. Dessa forma, iremos estudar as dimensões da coordenação no contexto da gestão e políticas públicas. 3.1) Intragovernamental A dimensão de coordenação intragovernamental refere-se à colaboração e integração entre diferentes órgãos, departamentos ou agências dentro do mesmo governo, ou seja, dentro do mesmo nível de governo. A administração pública federal possui determinada organização funcional, ou seja, dividida em Ministérios e Secretarias. Dessa forma, para que o Governo Brasileiro atinja seus objetivos, é necessário uma coordenação interministerial e intersecretarial. Ex.: Em um ministério, como o Ministério da Saúde, a coordenação intragovernamental ocorre entre diferentes secretarias e departamentos internos. Por exemplo, a Secretaria de Vigilância em Saúde pode coordenar esforços com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde para implementar políticas integradas de combate a doenças. 3.2) intergovernamental Diferente da dimensão anterior, a dimensão intergovernamental envolve a coordenação entre os diferentes níveis de governo (federal, estadual e municipal). Dessa dimensão busca promover a colaboração e coesão na implementação de políticas, especialmente quando as questões transcendem as fronteiras administrativas. Ex.: O Ministério da Educação pode coordenar esforços com as secretarias estaduais e municipais de educação para implementar programas nacionais de melhoria da qualidade da educação, como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 25 3.3) Governo-Sociedade Por fim, temos a última dimensão, a chamada governo-sociedade, o qual relaciona-se à coordenação entre o governo e os diversos atores da sociedade, incluindo organizações não- governamentais (ONGs), setor privado e cidadãos. Essa dimensão busca envolver a sociedade nas decisões governamentais, promovendo a participação cidadã, a transparência e responsabilidade. Além disso, a participação social adquire um espaço de incidência política e na construção da cidadania e, por fim, a democratização da gestão pública. Ex.: O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode promover a coordenação com organizações da sociedade civil, como associações de aposentados, para obter feedback sobre os serviços prestados e ajustar suas políticas de atendimento. Isso poderia ocorrer por meio de conselhos consultivos ou audiências públicas. Momento da Questão Questão inédita – Em um contexto de administração pública federal, a discussão sobre a articulação versus a fragmentação de ações governamentais é central para a eficácia das políticas públicas. Considerando as dimensões da coordenação, avalie a seguinte situação: O Ministério da Saúde, visando melhorar a oferta de serviços de saúde à população, implementa um programa de prevenção de doenças infecciosas que envolve a distribuição de vacinas, a capacitação de profissionais de saúde e a conscientização da comunidade. Contudo, o Ministério da Educação, em paralelo, desenvolve um projeto de melhoria na qualidade da alimentação escolar, incluindo ações educativas sobre hábitos alimentares saudáveis. Considerando as dimensões da coordenação, essa situação exemplifica: a) Coordenação Intragovernamental inadequada. b) Coordenação Intergovernamental eficiente. c) Coordenação Governo-Sociedade desarticulada. d) Fragmentação de ações governamentais. e) Coordenação Intragovernamental eficaz. Gabarito: Letra D. Comentário: A situação descrita evidencia a necessidade de avaliar a coordenação entre diferentes órgãos governamentais para garantir a eficácia das ações. A análise deve considerar se há uma integração adequada entre os Ministérios da Saúde e Educação para evitar a fragmentação de esforços. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 26 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 1) Introdução Seguiremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco 7 – Gestão Governamental e Administração Pública: 1 – Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. Conceituação de Material e Patrimônio. O Patrimônio das empresas e órgãos públicos. O Patrimônio Imobiliário. O Patrimônio Mobiliário. Organização e Controle Logístico. Gestão de cadeia de suprimentos. Logística reversa. Serviços de apoio e infraestrutura (protocolo, movimentação de arquivos, sistemas de informação, manutenção de equipamentos e manutenção de instalações físicas). Logística e transformação digital. Impacto da Inteligência Artificial nos processos de trabalho. 2) Aspectos Básicos na Administração de Recursos Materiais Antes de iniciar os conceitos básicos, precisamos entender o que é recursos materiais. Os recursos materiais são todos os recursos necessários para o funcionamento da organização. Tendo isso em mente, a gestão de recursos materiais é o conjunto de atividades responsáveis pela coordenação das atividades de aquisição (compras), guarda (estoque e armazenagem) e distribuição (movimentação e transporte) de materiais. Já os recursos patrimoniais são os bens permanentes destinados à guarda e conservação, os quais não perdem a sua identidade física/química com o uso, possuindo durabilidade superior a 2 anos. Além disso, sujeita-se a controle mesmo após a sua distribuição. Recursos Patrimoniais Recursos Materiais Características São os bens permanentes de uma organização, ou seja, aqueles que não são consumidos no processo produtivo e têm uma vida útil prolongada. Se incorporam ao patrimônio da organização através do tombamento. São os bens tangíveis que são consumidos ou transformados durante o processo produtivo de uma organização. Não se incorporam ao patrimônio da organização. Exemplo Terrenos, edifícios, maquinários, veículos, móveis, entre outros. Matérias-primas, insumos, componentes, produtos semiacabados, produtos acabados, entre outros. Natureza / Uso Permanentes – de uso duradouro consumíveis ou transformáveis – de uso consumido ou transformado Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 27 Vida útil Longa Curta Além disso, os bens patrimoniais são os bens que iremos nos aprofundar neste momento. Os bens patrimoniais são classificados: 2.1) Patrimônio das Empresas e Órgãos Públicos O patrimônio da entidade é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma azienda. Através dos atos praticados pela administração, a entidadebusca atingir seus objetivos, sejam eles de natureza econômica ou social, independentemente de estarem voltados para o lucro ou não, com base em seu patrimônio. Importante! Sob a perspectiva contábil, itens como bens, direitos e obrigações que não podem ser avaliados em termos de moeda corrente não são reconhecidos como parte do patrimônio. A seguir, analisaremos com detalhes os componentes do patrimônio. Classificação dos Bens Patrimoniais Bom perfeitas condições de uso Ocioso perfeitas condições de uso, contudo está sem uso Recuperável avariado + passível de recuperação + custo de reparo (até no máx 50% do valor do bem) Antieconômico rendimento precário em razão do uso prolongaodo Irrecuperável avariado + não passível de recuperação + custo de reparo (superior a 50% do valor do bem) Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 28 O patrimônio público é o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou intangíveis, que foram adquiridos, formados ou mantidos com recursos públicos, e que fazem parte do patrimônio de qualquer entidade pública ou de uso comum, são portadores ou representam um fluxo de benefícios futuros associados à prestação de serviços públicos. Esses bens e direitos podem ou não estar sujeitos a obrigações financeiras, mas todos estão relacionados à utilização de recursos públicos e à entrega de serviços públicos. 2.1.1) Patrimônio Imobiliário Os bens que constituem o patrimônio imobiliário, por definição, não podem ser deslocados de sua posição original sem que isso resulte na destruição de sua substância ou na distorção de sua finalidade, são os chamados pela lei de bens imóveis. Os bens imobiliários públicos, não importando a sua propriedade, podem ser agrupadas em três categorias, de acordo com a sua finalidade: Tome nota! A gestão do patrimônio no setor público dá mais atenção aos bens de uso especial, uma vez que esses são ocupados pelas entidades e repartições públicas, exigindo cuidados e manutenção por parte dessas organizações. •São aqueles que podem ser utilizados por todos os indivíduos, sem necessidade de permissão específica das autoridades. Ex.: praças, ruas, praias. Bens de uso comum •São os utilizados na prestação dos serviços públicos em geral, como prédios de repartições públicas, aeroportos, hospitais e escolas públicas. Bens de uso especial •Constituem o patrimônio das entidades de direito público e não possuem uma destinação pública definida. Podem ser utilizados pelo Estado para gerar renda. Estão disponíveis para a administração, mas não têm uma finalidade pública específica. Ex.: terrenos da marinha e prédios públicos desativados. Bens dominiais Patrimônio = Bens + Direitos + Obrigações Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 29 2.1.2) Patrimônio Mobiliário Já os bens que constituem o patrimônio mobiliário são aqueles que podem ser deslocados de sua posição sem que sejam danificados ou destruídos. Em outras palavras, são todos os objetos que podem ser movido sem que sejam destruídos, ou seja, o que a lei determina de bens móveis. Momento das Questões CESGRANRIO 2011 – Os principais recursos empresariais são os recursos materiais, financeiros, humanos, mercadológicos e administrativos. Em empresas industriais e comerciais, o administrador de recursos materiais merece destaque especial. Dentre suas principais responsabilidades, está a de a) formular as políticas de remuneração de funcionários. b) negociar prazos de entrega e condições de pagamento com clientes. c) estabelecer regras e padrões de utilização dos recursos de produção. d) determinar o quê, como e quando devem ser comprados itens produtivos e improdutivos. e) determinar preço de venda e margem de lucro dos itens. Gabarito: Letra D. Comentário: O administrador de recursos materiais é responsável por gerenciar o estoque de materiais, planejar as compras de insumos e materiais necessários para a produção, otimizar os processos de armazenagem e distribuição, além de buscar redução de custos e melhoria na eficiência operacional. Portanto, sua atuação é crucial para garantir o funcionamento adequado das operações da empresa e para contribuir para a maximização dos resultados organizacionais. CESGRANRIO 2010 – A Administração de Materiais é definida como um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições. Nesse contexto, a administração de materiais abrange a(s) seguinte(s) atividade(s): a) controle de pessoal administrativo. b) controle financeiro sobre os clientes. c) propaganda e publicidade. d) serviço de atendimento ao cliente. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 30 e) compras e armazenagem de materiais. Gabarito: Letra E. Comentário: A Administração de Materiais abrange todos os fluxos de materiais da empresa, desde o planejamento dos materiais, passando pelas compras, recebimento, armazenamento no almoxarifado, movimentação, transporte interno até o armazenamento no depósito de produtos acabados. Ela engloba todas as atividades relacionadas aos materiais, desde sua chegada à empresa até sua saída para os clientes na forma de produto acabado ou serviço oferecido. O foco desse conceito está na gestão dos materiais: a Administração de Materiais é a principal preocupação, enquanto a produção é apenas um usuário do sistema. Nesse contexto, o departamento de Administração de Materiais geralmente não se subordina à produção. 3) Gestão Patrimonial na Administração Pública A gestão patrimonial na Administração Pública refere-se ao processo de administração dos bens e recursos tangíveis e intangíveis (patrimônios imobiliários e mobiliários) pertencentes ao Estado ou entidades públicas. O objetivo da gestão patrimonial na Administração Pública é garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente e transparente, assegurando a preservação, manutenção e utilização adequada dos bens públicos. Isso envolve diversas atividades, tais como inventário, avaliação, controle de uso, manutenção preventiva, descarte e alienação de bens. Além disso, a gestão patrimonial busca também otimizar o aproveitamento dos recursos disponíveis, evitando desperdícios e garantindo a disponibilidade dos bens necessários para o cumprimento das atividades e serviços públicos. Um bom gerenciamento patrimonial contribui para a transparência na administração pública, promovendo a prestação de contas e a eficácia no uso dos recursos públicos. 4) Organização e Controle Logístico A organização e o controle logístico se referem aos processos de planejamento, coordenação e execução das atividades relacionadas à gestão eficiente e eficaz da cadeia de suprimentos de uma organização. Todos os órgãos da administração pública possuem um manual de gestão patrimonial, no qual determina as regras de especificas controlar especificamente os materiais do órgão e auxiliar no o serviço de apoio e infraestrutura. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 31 4.1) Gestão de cadeia de suprimentos Em grandes organizações, existe uma complexa rede de unidades produtivas conectadas entre si ao longo de todo o processo operacional. Essas unidades, conhecidas como cadeias de suprimentos, abrangem desde os fornecedores até os clientes finais. A gestão da cadeia de suprimentos é a coordenação e integração dessas empresas interconectadas, que trabalham juntas para criar valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final. É uma abordagem abrangente de gestão que ultrapassa os limites individuais das empresas.De acordo com Chiavenato (2005), a gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management - SCM) engloba fornecedores, produtores, distribuidores e clientes em um processo integrado. Nesse processo, as empresas compartilham informações e planos para tornar o canal de distribuição mais eficiente e competitivo. O SCM permite uma visão completa do processo de geração de valor, desde a obtenção da matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente, de forma integrada e sistêmica. 4.2) Logística e Transformação Digital A logística refere-se ao processo de gerenciamento eficiente do transporte e armazenamento de matérias-primas ou mercadorias, desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Seu principal objetivo é satisfazer as demandas dos clientes de forma pontual e econômica, garantindo a entrega dos produtos no momento e local corretos. A logística é uma área crucial da gestão empresarial que abrange o abastecimento de matéria- prima, a produção, o gerenciamento de estoque, a distribuição de produtos, entre outros aspectos. Ela é responsável por fornecer recursos, equipamentos e informações necessárias para a realização eficiente de todas as operações de uma empresa. A transformação digital refere-se à integração e adoção de tecnologias digitais em todos os aspectos de uma organização, visando melhorar a eficiência, a produtividade e a competitividade. A transformação digital na logística envolve a aplicação de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), big data, inteligência artificial (IA), análise de dados, automação e sistemas de gestão de transporte (TMS) e de gestão de armazém (WMS). Essas tecnologias permitem uma visibilidade em Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 32 tempo real de toda a cadeia de suprimentos, melhorando a previsibilidade, a eficiência e a tomada de decisões. Além disso, a transformação digital na logística possibilita a otimização de rotas de entrega, o rastreamento em tempo real de mercadorias, a automação de processos de armazenamento e picking, a redução de custos operacionais e a melhoria da experiência do cliente. 4.3) Logística Reversa A logística reversa engloba um conjunto de atividades, processos e recursos direcionados à viabilização da coleta e retorno dos resíduos sólidos ao setor empresarial. Isso é feito com o propósito de reutilizar os resíduos em seu ciclo de produção original ou em outros ciclos produtivos, ou ainda para uma destinação final ambientalmente adequada. A logística reversa adveio com a emergente problemática socioambiental de poluição dos resíduos sólidos ou líquidos no setor empresarial e consumidor final. Em outras palavras, a logística reversa envolve a implementação de sistemas para coletar, reutilizar, reciclar, tratar e/ou descartar de forma apropriada os resíduos gerados após o consumo de vários produtos. Isso inclui tanto os produtos já utilizados quanto suas embalagens descartadas. Com a nova lei de licitações, adveio a determinação que orienta o poder público a promover o "avanço científico e tecnológico, a inovação e o espírito empreendedor, visando fortalecer a cadeia produtiva dos resíduos sólidos". Isso pode ser realizado por meio de linhas de financiamento especiais oferecidas por instituições financeiras federais para impulsionar atividades de inovação e desenvolvimento. A mudança tecnológica desempenha um papel fundamental, tanto na melhoria das infraestruturas e sistemas existentes quanto no aprimoramento da reciclagem de resíduos, e deve ser ativamente encorajada. Importante! A responsabilidade pela logística reversa é compartilhada por todos, e suas atividades são influenciadas não apenas pela empresa que produziu o produto, mas também pela forma como o consumidor irá utilizá-lo. Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 33 4.4) Serviços de Apoio e Infraestrutura O ativo imobilizado refere-se a bens tangíveis de longo prazo que são mantidos por uma empresa para uso na produção ou fornecimento de bens e serviços, para aluguel a terceiros ou para fins administrativos. Esses bens são esperados para serem utilizados por mais de um período contábil e não são destinados para venda no curso normal da operação. São os que chamamos anteriormente de bens patrimoniais. Como vimos, os bens patrimoniais ou ativo imobilizado são bens que são incorporados no patrimônio da organização e, para tanto, possuem formas especificas de incorporação e movimentação. 4.4.1) Tombamento O tombamento é a forma de incorporação do patrimônio à organização. O qual trata-se a formalização da inclusão física de um recurso patrimonial no acervo de uma organização. Essa inclusão física ocorre através atribuição de um número sequencial de registro. A identificação patrimonial é um procedimento essencial em qualquer empreendimento, pois é por meio dele que se tem conhecimento dos equipamentos de posse da empresa, sendo crucial para acompanhar seu rastreamento. Caso os ativos estejam etiquetados de forma inadequada, há o risco de enfrentar contratempos, como atrasos na manutenção preventiva e a exposição dos ativos a riscos. Importante! Algumas exceções específicas do processo de tombamento e identificação patrimonial são observadas. Não é realizado quando há um custo elevado de controle, que excede o valor do bem, quando o bem tem um valor baixo ou quando há baixo risco de perda. Recepção Tombamento Controle Cessão, Alienação e Baixa Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 34 4.4.2) Controle O controle na gestão de suprimentos na administração pública é realizado tanto antes quanto depois da distribuição dos itens, e o método varia conforme cada item. Um dos principais meios de controle patrimonial é o inventário. Antes da distribuição, o controle ocorre durante o processo de aquisição, onde são verificados aspectos como qualidade, quantidade, preço e fornecedor dos itens adquiridos. Essa etapa envolve a realização de licitações públicas ou outros processos de compra, garantindo a transparência e a legalidade das aquisições. Após a distribuição, o controle continua por meio do acompanhamento do uso e da manutenção dos itens distribuídos. Isso pode incluir a verificação regular do estoque, a avaliação da condição dos equipamentos e a garantia de que os recursos estão sendo utilizados de forma eficiente e adequada. O inventário é uma ferramenta fundamental nesse processo, pois consiste na contagem física e na avaliação de todos os itens patrimoniais de uma organização em um determinado momento. Ele permite verificar se os registros contábeis estão em conformidade com a realidade física dos bens, identificar eventuais perdas, extravios ou deteriorações, e tomar as medidas necessárias para corrigir as discrepâncias encontradas. Inventário: é o levantamento físico de todos os itens, que objetiva a exatidão dos registro, adequação dos registros ao SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal) e fornecer os dados e informações. Tipos de Inventário Rotativo contagem contínua dos itens não paraliza as atividades Periódico ocorre de forma periódica paraliza as atividades da organização Grasielle Cristina Chaves Bandeira - grazy.cris@hotmail.com - CPF: 045.442.303-90 35 Na administração públicas, existem cinco tipos específicos, quais sejam: 4.4.3) Cessão, Alienação e Baixa Conforme discutido anteriormente, os bens patrimoniais da administração pública são classificados com base na sua utilização. Quando um bem não está sendo empregado nas atividades administrativas, são adotados procedimentos específicos para realizar sua baixa do patrimônio público. Esta baixa se dá por cessão ou alienação.