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para diminuir o dinheiro em circulação, conter a expan-
são do crédito e, assim, evitar que a espiral inflacionária 
dispare. Com menos pessoas e empresas consumindo 
bens e serviços, os preços tendem a cair. Sempre que a 
Taxa Selic sobe, o juro sobre a dívida pública cresce.
Metade da dívida pública brasileira é atrelada ao juro. Toda 
vez que o Copom eleva os juros para combater a inflação, essa 
metade da dívida aumenta. Como países com dívida alta em 
relação ao PIB precisam de juros mais altos, cria-se um círculo 
vicioso do qual só se sai com cortes profundos de gastos.
 
Redução da Taxa Selic
Quando há redução da Taxa Selic a economia fica 
estimulada e há crescimento. O efeito é exatamente o 
inverso daquele obtido pelo aumento da taxa de juros: 
o sistema de crédito cresce, o volume de dinheiro em 
circulação aumenta e as pessoas consomem mais. A faci-
lidade em obter financiamentos pode, por exemplo, fazer 
com que as pequenas empresas cresçam, novos negó-
cios surjam e os empregos se multipliquem.
Uma redução abrupta da taxa de juros pode trazer 
inflação, tamanho é o estímulo dado à economia. Existe 
também certo consenso de que os juros reais – que é o 
resultado da Taxa Selic menos a inflação anual – não po-
dem ficar abaixo de oito por cento ao ano, sob o risco de 
despertar o dragão inflacionário. Abaixo desse patamar, 
a economia ficaria sujeita a dois choques. Um interno, 
devido ao superaquecimento da atividade, que causa in-
flação. Outro externo, porque os juros passariam a ser 
menos atraentes para os investidores, o que levaria à 
uma fuga de capitais e disparada do dólar.
Basicamente todo o funcionamento do juros no mer-
cado financeiro vem das decisões tomadas pelo Copom, 
as quais as ordens são passadas pela CMN com o objeti-
vo especifico de controlar a inflação do país. 
Bolsa de Valores
O termo bolsa de valores refere-se ao ambiente onde 
são realizados negócios envolvendo ações, títulos de 
renda fixa, títulos públicos federais, moedas, commodi-
ties agropecuárias e diversos tipos de derivativos finan-
ceiros, como as opções de compra e venda de ações e os 
contratos futuros. 
Uma bolsa de valores funciona como um mercado 
organizado, que promove o encontro entre investidores 
interessados em negociar valores e mercadorias. A bol-
sa de valores também é responsável por estabelecer as 
regras de negociação e por criar um ambiente seguro e 
transparente para a realização destes negócios. 
Por meio de sua plataforma de negociação, a bolsa 
de valores realiza o registro, a compensação, a liquida-
ção e a listagem de todos os ativos e valores mobiliários 
negociados, assim como divulga diversas informações de 
suporte ao mercado.
A bolsa de valores também pode atuar como depo-
sitária central dos ativos negociados em seus ambientes 
(agente de custódia), exercer atividades de gerenciamen-
to de riscos das operações realizadas por meio de seus 
sistemas (agente de clearing), além de licenciar softwares 
e índices.
Cada bolsa de valores possui seus próprios índices, 
compostos pela performance das cotações de um nú-
mero pré-estabelecido de ações de empresas. As regras 
para a seleção das ações que formam determinado índi-
ce são definidas pela própria bolsa de valores. A variação 
destes índices funciona como um termômetro para se 
avaliar o desempenho médio dos ativos negociados na 
bolsa de valores.
Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros 
A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBO-
VESPA) foi criada em maio de 2008 com a integração da 
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Bovespa 
Holding. Juntas, essas companhias originaram uma das 
maiores bolsas do mundo em valor de mercado.
Negociações
• Compra e venda de ações (empresas de sociedade 
aberta: Petrobrás);
• Ouro;
• Câmbio (mercado de dólar a vista - dólar pronto);
• Ativos (títulos públicos federais);
• Fundos (imobiliários);
• Carbono (créditos de carbono – MDL – Mecanismo 
de Desenvolvimento Limpo);
• Contratos futuros, de opções, a termo e de swaps 
(mercadoria ou ativo financeiro);
• Mercadorias: commodities agropecuárias (soja, mi-
lho);
Clearings e Central Depositária
É a responsável pela compensação e liquidação das 
operações realizadas nos mercados a vista e de liquida-
ção futura, bem como pelo registro e pelo controle das 
operações de empréstimo de títulos (BTC).
Central Depositária
Local onde ficam guardadas as ações, em contas de 
custódia (semelhantes a contas correntes).
Agentes de compensação
São instituições responsáveis por receber ações e di-
nheiro, das corretoras que intermediaram as operações, 
e repassá-los para a central depositária da Bolsa (podem 
ser as corretoras).
Agente de custódia
É responsável pela manutenção da conta de custódia 
do investidor (podem ser as corretoras).
Sistema especial de liquidação e custodia (SELIC)
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Se-
lic), do Banco Central do Brasil, é um sistema informati-
zado que se destina à custódia de títulos escriturais de 
emissão do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à 
liquidação de operações com esses títulos.
As liquidações no âmbito do Selic ocorrem por meio 
do mecanismo de entrega contra pagamento (Delivery 
versus Payment — DVP), que opera no conceito de Liqui-

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