Políticas Sociais no Brasil

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
ELISÂNGELA aGUIAR MACEDO SANCHEZ
 POLÍTICA SOCIAL NO BRASIL: construção dos direitos e políticas sociais no brasil a partir do século xx
Rio de Janeiro
2013
ELISÂNGELA AGUIAR MACEDO SANCHEZ
 POLÍTICA social no brasil: construção dos direitos e políticas sociais no brasil a partir do século xx
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do Serviço Social IV, Direito e Legislação Social e Políticas Sociais I.
Prof. Paulo Sérgio Aragão
 Jossan Batistute
 Maria Lucimar Pereira
 Clarice da Luz Kernkamp
Rio de Janeiro
2013
SUMÁRIO
1– INTRODUÇÃO...................................................................................................03
2– DESENVOLVIMENTO.......................................................................................04
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................08
REFERÊNCIAS......................................................................................................09
ANEXOS.................................................................................................................10
1 - INTRODUÇÃO
Este trabalho fará uma análise sobre a construção das políticas sociais brasileiras, apresentando um panorama histórico da trajetória percorrida para o alcance dos direitos sociais atuais. A política social tem sua origem na luta dos trabalhadores na reivindicação dos direitos de proteção social. 
A política social começa a ser construída através das mobilizações das classes operárias durante a Revolução Industrial no século XIX. No Brasil este processo começa a se desenvolver no início do século XX. Sendo assim a política social funciona como intervenção do governo nas relações sociais.
O estudo das políticas sociais vem ampliando sua importância na medida que estas tem se constituído como estratégia de enfrentamento da questão social na sociedade capitalista.
2 – DESENVOLVIMENTO
A política social surge no capitalismo com as mobilizações operárias e movimentos populares a partir do século XIX e na iniciativa do Estado no enfrentamento das demandas da questão social.
No início do século XX a maioria da população brasileira vivia no campo, era constituída por pobres, analfabetos e não tinham qualquer tipo de assistência do Estado. A capital do país era o Rio de Janeiro e por esse motivo recebia investimentos do governo, mas a maioria da população urbana vivia exposta a vários problemas como a falta de saneamento básico, água potável, esgoto, não tinham condições de higiene, conforto e segurança. Neste período se inicia uma série de conflitos e revoltas populares, pois a questão social era tratada como caso de polícia. As mobilizações das classes operárias pela conquista de seus direitos eram tratadas de forma repressiva.
Na década de 1930 durante a Era Vargas o país passou por importantes transformações no papel desempenhado pelo Estado para uma alteração no campo dos direitos sociais. A questão social torna-se objeto de resposta e estratégia do Estado por meio de políticas sociais como mecanismo de controle das classes trabalhadoras. O regime surgido com a Revolução requeria a constituição pela primeira vez levada a termo no Brasil. A Constituição Federal de 1934, a primeira Constituição do país a possuir um capítulo referente à Ordem Econômica e Social, também foi pioneira na definição de responsabilidades sociais do Estado, tais como, assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante registrando assim, novas iniciativas governamentais no campo das políticas sociais.
O Estado Novo chega ao fim com a deposição de Vargas e a convocação para uma nova Assembleia Constituinte. A nova Constituição Federal de 1946 registrou mudanças no capítulo da Ordem Econômica e Social, acentuando o papel do Estado no desenvolvimento econômico e atribuindo-lhe a responsabilidade de justiça social.
As políticas sociais no período de 1964 a 1988 eram políticas de controle, seletivas, fragmentadas, excludentes e setorizadas. Daí a necessidade de questionar esse padrão histórico das políticas sociais e propor democratização dos processos decisórios na definição de prioridades, na elaboração e a conquista das políticas sociais passam ainda por processos de pressões e negociações entre as forças políticas vigentes e uma relativa transparência das articulações. (Faleiros, 1991, p.70)
O contexto político e econômico da primeira metade dos anos 80 colocou a questão social na agenda da sociedade brasileira. As políticas sociais no Brasil passaram por impactantes formulações e ganharam um maior impulso, após o processo de transição política. O país viveu o protagonismo dos movimentos sociais que contribuiu com uma série de avanços na legislação brasileira no que diz respeito aos direitos sociais.
Em 1988 foi promulgada então a Constituição Federal Brasileira, que consolidou conquistas e ampliou direitos nos campos da Educação, da Saúde, da Assistência, da Previdência Social, do Trabalho, do Lazer, da Maternidade, da Infância, da Segurança. Definiu-se os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, da associação profissional e sindical, da greve, da participação de trabalhadores e empregadores em colegiados dos órgãos públicos, da atuação de representante dos trabalhadores no entendimento direto com empregadores (artigos 6 a 11, do Capítulo II, do Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais).
Algumas leis complementares foram regulamentadas a partir da proposta constitucional de 1988, como a Lei n. 8069 de 1990 – O Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei n. 8742 de 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social, resultantes de uma ampla mobilização de diversos segmentos da sociedade.
As políticas sociais do Brasil estão relacionadas às condições vivenciadas pelo país em níveis econômico, político e social, são vistas como mecanismos de manutenção de força de trabalho em alguns momentos, em outros como conquistas dos trabalhadores, ou como doação das elites dominantes e ainda como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do cidadão (Faleiros, 1991, p.8).
Constam na história vários marcos importantes na construção das políticas sociais brasileiras:
1923 – Lei Eloy Chaves – orientava para a criação de Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs), em todas as empresas ferroviárias. O trabalhador passaria a ter direito, após contribuição, de aposentadoria por invalidez, por tempo de serviço, pensão às famílias em caso de morte do responsável e assistência médica.
1933 – Criado o Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPs). O Estado passa a ter participação nas contribuições.
1942 – Criação da LBA - Legião Brasileira de Assistência, coordenada pela primeira dama para atender às famílias de pracinhas envolvidos na guerra. Após 1946 o atendimento passa a ser destinado às pessoas pobres, além de apoiar a maternidade e a infância. 
1943 – Criada a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
1960 – Aprovação da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS) – unificação dos benefícios colocando em ordem mais de 300 leis e decretos referentes a Previdência Social. Contemplava muitos benefícios e serviços, inclusive o serviço social e a alimentação. A Lops ainda incorporou os autônomos à Previdência Social.
1963 – Criado o Funrural – Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, em resposta aos movimentos dos trabalhadores rurais, estendendo-se a eles os direitos trabalhistas. A lei foi aprovada, mas não foiimplementada.
1966 – Criado o INPS - Instituto Nacional de Previdência Social – unificado e contextualizado na política centralizadora do governo federal. Neste período, foram estabelecidos convênios com as empresas para que os trabalhadores fossem atendidos no local de trabalho, apoiados na ideia de saúde e segurança do trabalho, garantindo assim uma maior produtividade.
1971 – Ampliação da previdência do trabalhador rural, como o benefício de meio salário mínimo (menor que para outras categorias).
1988 – Criada a Constituição Federal do Brasil, conhecida como Constituição cidadã. 
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3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
Durante sua trajetória a sociedade brasileira apresentou um processo de mudança social bastante lento. As mudanças ocorridas foram motivadas por que acabaram por provocar o avanço na questão das políticas sociais no país. O caminho percorrido foi longo, mas o cidadão passou a ter garantias que antes não tinha, como o direito de pessoa humana e a dignidade humana mediante os princípios universais, direitos sociais como: alimentação, saúde, educação e habitação. Embora ainda existam as contradições sociais, a discriminação, as diversas formas de violência, a exclusão e a falta de acesso as oportunidades que fazem parte da realidade da sociedade brasileira.
Este fato aponta para a necessidade de criar e recriar políticas sociais interventivas que propiciem melhores condições de vida à população. A questão social hoje apresenta-se de forma grave, porque atinge todos os setores e classes sociais, a realidade de uma política salarial injusta dificulta a construção de uma sociedade coesa. Assim as expressões da questão social tais como: as desigualdades e as injustiças sociais são consequentes das relações de produção social por meio de uma concentração de riqueza de classes dominantes.
REFERÊNCIAS
ALBIAZZETTI, Giane; BARBOZA, Sergio de G. Ciência Política. São Paulo: Pearson Education, 2009.
ARAÚJO, Luan Souza. Política Como Vocação - Parte 4. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/38888210/Politica-como-Vocacao
BARBOZA, Sérgio Goes. Sociologia Política. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=BggsKStfVwE
INTERNET: Wikipédia: Política. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica>. 
VAZ, Egídio. A Ética da convicção VS A Ética da responsabilidade. Disponível em: http://egidiovaz.wordpress.com/2007/02/06/a-etica-da-conviccao-versus-a-etica-da-responsabilidade/WEBER,