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MARTINS, Maria Helena. O que é Leitura. 19.ed. São Paulo: Brasiliense, 2012. Resenhado

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MARTINS, Maria Helena. O que é Leitura. 19.ed. São Paulo: Brasiliense, 2012.
 Resenhado por Adriano Barros
	
Maria Helena Martins traz como destaque na obra O que é Leitura, que o ato de ler não é apenas a das palavras, mas a da leitura de mundo, sendo necessária a observação do que temos a nossa volta: O que é Leitura, de 94 páginas, publicado em 2012 pela editora Brasiliense, de São Paulo (19ª edição). A obra é composta de 5 capítulos, assim distribuídos: Falando em leitura, Como e quando começamos a ler; Ampliação a noção de leitura; O ato de ler e os sentidos; as emoções e a razão; e, por fim, A leitura ao jeito de casa leitor. Cada capítulo é apresentado de uma forma que traz um fácil entendimento para o leitor, mostrado diversos tipos de leitura.
Filha do escritor e médico psiquiatra e psicanalista Cyro Martins, Maria Helena de Sousa Martins nasceu em Porto Alegre. Fez graduação no Instituto de Letras da UFRGS, onde lecionou Teoria  e Crítica Literária, Literatura Brasileira, introduziu a disciplina Literatura infanto-juvenil e fez Mestrado. Na FFLCH da USP, tornou-se Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada, lecionou Introdução aos Estudos Literários e coordenou o Estágio de Formação do Educador em Serviço. Estudiosa da Leitura, docência e pesquisa universitárias, sempre gostou do convívio com saberes. 
A obra vem a transmitir para o leitor as informações relevantes sobre a importância da leitura desde os primórdios e como isso ajuda no desenvolvimento da capacidade intelectual e física do indivíduo, assim a evolução do processo de leitura com o passar das gerações, mostrando o quanto pode ser amplo o sentido da leitura, não apenas se referindo à leitura das palavras, mas de infinita possiblidades de se ler o mundo, os sons, as imagens, paisagens, fotografias e tantas outras situações. 
O livro retrata que a leitura é uma atividade básica na formação cultural do ser humano, atendendo a diversas finalidades, entre elas a do senso crítico aguçado e uma maior percepção das diversas leituras intelectuais e do mundo, permitindo, assim, analisar toda a e qualquer leitura, criticando conscientemente tudo o que se analisa.
Nos capítulos que constituem a obra, Maria Helena ela traz sua concepção do que é leitura. Primeiramente, fala que a leitura parece sempre estar relacionada à matéria escrita, como livros, jornais e revistas, mas o ato de ler vai muito além dos materiais escritos. Lê-se tudo, o mundo, os sons, as imagens, uma atitude, um olhar, um objeto, enfim, podemos ler através dos sentidos, das emoções e da razão.
No capítulo seguinte, a autora retrata desde o nosso primeiro contato com o mundo da leitura. É nesse contato que começamos a compreender, a dar sentido ao que nos cerca. E faz uma citação de Paulo freire: “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se de educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”. Essa frase releva que ninguém aprender a ler sozinho, mas em convivência com os outro e o mundo.
Neste capítulo, Maria Helena, busca a ampliação da noção de leitura, destacando duas concepções vigentes: uma como decodificação mecânica de signos linguísticos por meio de aprendizado estabelecido a partir do condicionamento estímulo-resposta, e outra como processo de compreensão abrangente, na qual a dinâmica envolve componentes sensoriais, intelectuais, neurológico, culturais, entre outros. E traz neste mesmo capítulo uma crítica aos livros didáticos: “Os livros didáticos contêm textos condensados, supostamente digeríveis e que dão a ilusão de tornar seus usuários aptos a conhecer, apreciar e até ensinar as mais diferentes disciplinas, de fato, com o objetivo de simplificar assuntos considerados complexos os livros didáticos acabam por deturparem os textos transcritos”. Trazendo assim um concepção que os livros didáticos são um mal necessário, devido a uma serie de fatores, tais como a deficiência na formação dos professores e na própria estrutura de encimo brasileiro. 
No quarto capítulo, temos a leitura dividida em três níveis: o sensorial, que se refere aos cinco sentidos do ser humano: audição, visão, tato, paladar e olfato, por este fato tende a ser mais rápida, irracional e ingênua; o emocional: quando uma leitura passa a ficar mais interessante, e nos deixar mais alegres ou deprimidos ou quando nos faz lembrar algo; e, por fim, o racional: essa que é a leitura considerada correta pelos intelectuais, dá significação e permite o questionamento das informações que nos são fornecidas.
 	No último capítulo, a autora fala sobe a leitura ao jeito de cada leitor, uma leitura singular, na qual cada leitor tem o seu jeito próprio de ler, possuindo objetivos e expectativas distintas, e descobre uma técnica própria para aprimorar seu desempenho ao ler. A leitura deste capítulo é indispensável, pois auxilia o leitor a buscar um novo modo de ler, que supre as suas dificuldades, aprimore, e que se faça uma boa leitura.
De linguagem acessível e leitura agradável, O que é Leitura constitui uma obra que apresenta para o leitor uma nova perspectiva quanto aos níveis de leitura, na qual se destaca as leituras, sensorial, emocional e racional. Além de fazer uma abordagem das principais questões relacionadas à leitura. Entre uma delas, traz uma crítica negativa sobre os livros didáticos, que são usados como verdadeiros ‘’manuais’’ de estudo, sendo a única fonte de conhecimento por parte de alguns educadores e fazendo com que haja um bloqueio de diálogo crítico com os alunos. 
O que é Leitura é destinada a estudantes, professores – especialmente àqueles que trabalham com o estudo da língua portuguesa – e todos aqueles que têm a preocupação e necessidade se ter uma leitura de fácil compreensão e mais crítica. 
Com a leitura e análise do livro, é possível compreender de forma clara o que é leitura, aprendendo, assim, a sua importância e visualizando os diversos tipos de leitura. A leitura da obra proporciona um desenvolvimento crítico ao leitor e induz a uma maior percepção das diversas leituras que podemos encontrar no mundo. 
Por fim, Maria Helena Martins deixa transparecer em seu livro que a leitura feita de forma crítica, nos permite analisar toda e qualquer leitura que fizermos, criticando conscientemente tudo o que se analisa.

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