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Química Geral e Orgânica (parte2/3)

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UNIDADE 2
FUNÇÕES INORGÂNICAS
ObjEtIvOS DE ApRENDIzAGEm
A partir do estudo desta unidade, você estará apto(a) para:
	identificar as quatro funções inorgânicas;
	reconhecer os grupos funcionais pertencentes à química inorgânica; 
	realizar a nomenclatura dos compostos inorgânicos, conforme as 
regras da IUPAC (União de Química Pura e Aplicada);
	diferenciar as propriedades das funções inorgânicas;
	identificar a ocorrência dos compostos inorgânicos em nosso 
cotidiano.
TÓPICO 1 – ÁCIDOS
TÓPICO 2 – BASES OU HIDRÓXIDOS
TÓPICO 3 – SAIS 
TÓPICO 4 – ÓXIDOS
pLANO DE EStUDOS
A Unidade 2 está dividida em quatro tópicos e, ao final 
desses tópicos, você encontrará atividades que contribuirão para a 
compreensão e fixação dos conteúdos.
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ÁCIDOS
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1
UNIDADE 2
Função Química é um conjunto de substâncias com propriedades químicas funcionais 
semelhantes. Iremos estudar quatro importantes funções inorgânicas: os ácidos, as bases 
ou hidróxidos, os sais e os óxidos.
FONTE: Adaptado de: <https://sites.google.com/site/profpedrofarias/home/funcoes-inorganicas>. 
Acesso em: 14 mar. 2014.
É de suma importância, no estudo de qualquer função inorgânica, conhecer a sua 
formulação, ou seja, a sua composição molecular. O conhecimento do número de oxidação 
(nox) das espécies químicas é indispensável para tal formação.
2 NOX: NÚMERO DE OXIDAÇÃO 
O nox (número de oxidação) é a carga positiva ou negativa que um átomo apresenta 
ao realizar uma ligação química, iônica, por exemplo. No geral, nox é o valor da carga de uma 
espécie química.
Exemplo:
1º) No composto NaCl.
O sódio (Na) está presente na família 1A da tabela periódica e por isso se estabiliza 
formando um cátion monovalente, como nox = +1 (Na+) e o cloro que pertence à família 7A se 
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estabiliza formando um ânion monovalente, com nox = -1 
(Cl-).
Assim, a fórmula molecular é:
NaCl
 
Logo, as cargas ou nox (números de oxidação) desses íons se anulam, pois possuem 
valores iguais e sinais contrários.
•	 DETERMINAÇÃO DO NOX (NÚMERO DE OXIDAÇÃO)
Algumas regras podem ser utilizadas para facilitar a determinar o número de oxidação.
1°- Toda substância simples apresenta número de oxidação (nox) igual a ZERO.
Exemplos:
Átomo Substância Simples NOX
Hidrogênio H2 zero
Oxigênio O2, O3 zero
Cloro Cl2 zero
Ferro Fe zero
QUADRO 14 – NÚMERO DE OXIDAÇÃO (NOX) DAS SUBSTÂNCIAS SIMPLES
FONTE: A autora
2° - Em relação aos elementos do grupo A (elementos representativos) da tabela 
periódica, podemos verificar os números de oxidação, conforme o quadro a seguir.
Famílias grupo A 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A
Nox +1 +2 +3
+4
-4
-3 -2 -1
QUADRO 15 – NÚMERO DE OXIDAÇÃO (NOX) DOS ELEMENTOS 
REPRESENTATIVOS DA TABELA PERIÓDICA
FONTE: A autora
OBS.: O nox do hidrogênio (H+) normalmente é +1, podendo em alguns casos apresentar nox = -1. 
Note no Quadro 15 que até a Família 3A, os números de oxidação são positivos (cátions) 
e a partir da Família 5A, os números de oxidação são negativos (ânions). Já na família 4A o 
número de oxidação pode ser positivo ou negativo, isso depende da composição molecular da 
substância formada, porém geralmente o nox usado é o positivo. 
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UNI
Caro(a) acadêmico(a), consulte em sua tabela periódica, na parte 
posterior, a tabela de cátions e ânions, lá você encontrará íons 
com nox fixo e íons com nox variável.
3° - Nas fórmulas moleculares (moléculas), a soma dos números de oxidação de todos 
os átomos deve ser igual a zero.
Exemplo: 
Determine o nox de todos os átomos formadores do ácido nítrico (HNO3).
Fórmula H N O3
Cada átomo +1 ? -2
 +1 +5 -6
Para que a soma de todos os nox seja igual a zero, o enxofre (S) apresentará NOX = +7
Observe que ao somarmos os valores dos nox positivos tem-se +1 + +5 = +6. 
Como se tem quatro átomos de oxigênio multiplicamos: 3 x -2 = -6. Assim +8 -8 = 0. Logo, 
a soma das cargas positivas e negativas se anulam.
UNI
Quando a fórmula molecular apresentar três elementos, teremos 
que encontrar um valor de nox para o elemento central (do meio) 
de tal forma que as cargas (nox) positivas sejam iguais a carga 
negativa, para que no final as cargas sejam zeradas.
4º No caso de íons oxigenados, a soma das cargas (nox) deve ser igualada a carga do 
íon, para que no final a soma total seja nula.
 
Exemplo: Cr2O7 
-2 
Neste caso, teremos que determinar o nox do cromo (Cr) para que a soma total das 
cargas (nox) seja nula. Como o Cr2O7 
-2 é um íon a soma das cargas será igual a sua carga, - 
2. Assim:
Cr2 x O7 -2
Cr2 x O7 -2 ------- 2x – 14 = -2 ------ x = +6
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Na química uma das maiores preocupações é a de verificar todas as características 
químicas e físicas das substâncias existentes na natureza. Caracterizando quimicamente 
uma substância, conseguimos diferenciá-la, como exemplo, podemos citar as substâncias 
eletrolíticas, que conduzem corrente elétrica e as substâncias não eletrolíticas, que não 
conduzem corrente elétrica.
A verificação de condução elétrica de uma substância deve ser realizada em soluções 
aquosas, ou seja, deve-se dissolver a substância em água. 
• IONIZAÇÃO E DISSOCIAÇÃO 
A palavra ionização se refere aos íons, cátions e ânions, já as palavras dissociação 
significa a separação, dissipação. Quando dissolvemos compostos iônicos (formados por um 
metal (cátion) e um não metal (ânion)) em água, como o sal de cozinha (NaCl), teremos uma 
solução eletrolítica, ou seja, que conduz corrente elétrica devido às diferenças de cargas 
(polos contrários se atraem).
Exemplo: água do mar, rica em sais minerais, cátions como Na+1, K+1, Ca+2 e ânions 
como Cl-1, NO3
-1.
Já nos compostos moleculares, que não apresentam metais em sua composição, ou seja, 
não apresentam íons, a condução de corrente elétrica é muito baixa, ainda somente, quando 
dissolvidos em água. A solução que não conduz corrente elétrica é chamada de solução não 
eletrolítica.
Exemplo: açúcar em água. 
Quando compostos iônicos são dissolvidos (misturados) em água, ocorre um fenômeno 
chamado de dissociação iônica ou dissociação eletrolítica, onde o cátion se dissocia (se 
separa) do ânion. Note no exemplo a seguir, que o sal, cloreto de potássio, se dissociou.
Exemplo:
 água
K+Cℓ- (s) K+ (aq) + Cℓ-(aq)
Em relação às substâncias moleculares, não podemos garantir a ocorrência da 
dissociação.
Os ácidos, por exemplo, são substâncias que quando dissolvidas em água, sofrem o 
processo da ionização, gerando como único cátion o íon hidrônio ou hidroxônio (H3O
+). 
 
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Verifique a seguir, como ocorre a ionização do ácido bromídrico, gerando uma solução 
eletrolítica, ou seja, que conduz corrente elétrica:
HBr + H2O H3O+ + Br-
 Cátion hidroxônio ânion brometo (ânion)
São esses íons formados através da dissociação, os responsáveis pela condução de 
corrente elétrica.
O cientista Svante August Arrhenius estabeleceu conceitos sobreos ácidos e bases ou 
hidróxidos (funções inorgânicas) e também sobre o grau de ionização (α).
 
• GRAU DE IONIZAÇÃO (α)
O grau de ionização é calculado para medir a “força” da ionização ou dissociação iônica. 
A força dos ácidos, por exemplo, pode ser determinada através do grau de ionização. 
O cálculo do grau de ionização é realizado através da relação entre o número total 
de moléculas ionizadas (final) e o número total de moléculas dissolvidas (inicial), no 
final multiplica-se o resultado por cem, para se ter a relação em porcentagem. Conforme 
representado a seguir:
 
Número total de moléculas ionizadas
α = ----------------------------------------------------------
Número total de moléculas dissolvidas
Exemplo 1: 100 moléculas de ácido clorídrico (HCℓ) foram misturadas em água, e 92 
moléculas se ionizaram (H+ e Cℓ-).
Para medirmos o grau de ionização faremos:
α = 92
100
 ⇒ 0,92 x 100 = 92% de ionização.
Exemplo 2: 100 moléculas de ácido fluorídrico (HF) foram dissolvidas em água e apenas 
8 moléculas se ionizaram (H+ e F-).
 
Logo: α = 8
100
 ⇒ 0,08 x 100 = 8%
Dependendo do grau de ionização, os eletrólitos podem ser classificados em: 
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Eletrólito forte: quando o α ≥ 50%.
Eletrólito moderado: quando o α variar de 5% ≤ α < 50%.
Eletrólito fraco: quando o α < 5%.
3 ÁCIDOS
As funções inorgânicas são compostas com propriedades químicas semelhantes, que 
pertencem à parte da química inorgânica, ou seja, dos compostos minerais. Diferente da 
química orgânica, na qual as suas funções orgânicas são compostos derivados do elemento 
carbono.
Nas funções inorgânicas, as substâncias apresentam grupos funcionais em comum. Por 
exemplo, os ácidos apresentam um único cátion, o H+1, e as bases ou hidróxidos apresentam um 
único ânion, a hidroxila OH-1. É através da presença destes grupos funcionais que poderemos 
caracterizar as funções inorgânicas.
 Caro(a) acadêmico(a), são quatro as funções químicas inorgânicas que iremos estudar: 
os ácidos, as bases ou hidróxidos, os sais e os óxidos.
• Ácidos
“Ácido é toda substância que, ao ser dissolvida em água, sofre ionização e apresenta 
como único tipo de íon positivo o cátion hidrogênio (H+1)”. (COVRE, 2011 p. 151).
Exemplo: HNO3 ----------- H
+1 e NO3
-1
UNI
Note que os ácidos apresentam como primeiro elemento na 
fórmula molecular, o único cátion o H+, seguido de um ânion 
qualquer. Para verificar a carga do ânion (nox), consulte sua tabela 
de cátions e ânions.
Os ácidos são substâncias que, no geral apresentam sabor azedo, como no vinagre 
(ácido acético), na laranja, limão, abacaxi (ácido cítrico), na uva (ácido tartárico), na vitamina 
C (ácido ascórbico). São corrosivos aos metais e apresentam baixos valores de pH.
pH = Potencial hidrogeniônico, ou seja, é uma medida de acidez. Quanto menor o valor 
do pH, mais ácida é a substância.
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FIGURA 45 – ESCALA DE pH
FONTE: Disponível em: <jcpaiva.net>. Acesso em: 14 mar. 2012.
Na Figura 45 podemos notar a ordem crescente de pH. De zero a 6,9 temos valores pH 
ácidos. Acima de sete temos valores de pH básicos ou alcalinos. Repare que, quanto menor 
o valor do pH, mais ácida será a substância e quanto maior o valor de pH, mais alcalina ou 
básica será a substância. No sete, encontra-se o valor de pH neutro.
Exemplo: em um refrigerante, a base de cola apresenta pH = 2,5 o que o torna muito ácido e 
agressivo ao nosso estômago, que já produz o ácido clorídrico, e auxilia na reação de digestão.
3.1 DEFINIÇÃO SEGUNDO ARRHENIUS
Os ácidos são compostos moleculares, que sofrem ionização quando misturados em 
água, gerando como único íon positivo o H3O
+ (íon hidrônio ou hidroxônio).
“Ionização é o nome dado ao processo pelo qual a água forma íons que não existiam”. 
(COVRE, 2011, p. 151). 
Exemplo: reação de ionização do ácido clorídrico (HCl), repare que o hidrogênio do 
ácido se separa do ânion Cl- e se liga aos dois hidrogênios da água, formando assim, o íon 
hidrônio ou hidroxônio H3O
+.
HCl(l) + H2O(l) H3O+(aq) + Cl-(aq)
 
ÍON HIDRÔNIO 
OU 
HIDROXÔNIO.
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A ionização ocorre em etapas, o que depende do número de hidrogênios ionizáveis, ou 
seja, se o ácido apresenta um hidrogênio ionizável à ionização ocorrerá em uma única etapa. 
Se apresentar três hidrogênios ionizáveis a ionização ocorrerá em três etapas. E ainda, o 
número de hidrogênios ionizáveis indicará o número de íons H3O
+ formados.
Exemplo: H2SO4 + H2O ------------- H3O+ + HSO4 1ª etapa – saída do 1º hidrogênio
 HSO4 + H2O ------------- H3O+ + SO4 2ª etapa – saída do 2º hidrogênio
 2 H3O
+ + SO4 
-2
OBSERVAÇÃO: ocorreu a formação de dois íons hidrônios ou hidroxônios (2 H3O+), 
justamente porque o ácido sulfúrico (H2SO4) possui dois hidrogênios ionizáveis.
Construção da fórmula molecular de um ácido
Formulação Geral = H x A
OBS.: o número de hidrogênios do ácido deriva da carga (nox) do ânion. Basta 
fazer a inversão de cargas de cima para baixo na diagonal. 
Exemplos: 
Ácido bromídrico: HBr H+ CN-1 
Ácido bórico: H3BO3 H+ (BO3)3-
Repare que no ácido bromídrico as cargas se anulam, pois têm o mesmo valor, porém, 
com sinais contrários. Já no ácido bórico, a carga do ânion (BO3)
3- , desceu na diagonal, 
formando três hidrogênios.
ONDE: H = H+
x = NOX de A 
 não oxigenado
 A = ânion 
 oxigenado
{
 
 
3.2 CLASSIFICAÇÃO
Os ácidos podem ser classificados através de alguns critérios citados a seguir.
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•	 Binários: são ácidos que apresentam dois elementos diferentes em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: HI (ácido iodídrico). 
•	 Ternários: são ácidos que apresentam três elementos diferentes em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: HCN (ácido cianídrico).
•	 Quaternários: são ácidos que apresentam quatro elementos diferentes em sua fórmula 
molecular. 
 Exemplo: HSCN (ácido tiocianídrico).
3.3.1 Quanto ao número de hidrogênios ionizáveis
•	 Monoácidos: são ácidos que apresentam apenas 1 hidrogênio ionizável em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: HNO2 (ácido nitroso); H3PO2 (ácido hipofosforoso, este ácido é uma exceção, pois 
ioniza apenas um hidrogênio em água).
•	 Diácidos: são ácidos que apresentam 2 hidrogênios ionizáveis em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: H2SO3 (ácido sulfuroso), H3PO3 (ácido fosforoso, este ácido é uma exceção, pois 
ioniza apenas dois hidrogênios em água).
•	 Triácidos: são ácidos que apresentam 3 hidrogênios ionizáveis em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: H3BO3 (ácido brômico); H3PO4 (ácido fosfórico). 
•	 Tetrácidos: são ácidos que apresentam 4 hidrogênios ionizáveis em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: H4SiO4 (ácido silícico)
3.3.2 Quanto à presença de oxigênio
•	 Hidrácidos: ácidos que não possuem oxigênio na molécula. 
 Exemplo: HF (ácido fluorídrico).
•	 Oxiácidos: ácidos que possuem oxigênio na molécula. 
 Exemplo: H2SO4 (ácido sulfúrico).
3.3 QUANTO AO NÚMERO DE ELEMENTOS DIFERENTES 
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3.3.3 Quanto à força
A força dos ácidos está relacionada com o grau de ionização (α). Assunto vistoanteriormente. 
No geral, seguimos a regra descrita a seguir, porém a maneira de se determinar a força 
dos hidrácidos difere dos oxiácidos:
•	 Ácidos Fortes: α > 50%
•	 Ácidos Moderados: 5% ≤ α ≤ 50% 
•	 Ácidos Fracos: α < 5%
FORÇA DOS OXIÁCIDOS
Para determinar a força dos oxiácidos, usaremos a fórmula Y- X, onde:
 Y = número de oxigênios e X = número de hidrogênios.
Quando:
Y – X = 3 - oxiácido muito forte
Y – X = 2 – oxiácido forte
Y – X = 1 – oxiácido moderado
Y – X = 0 – oxiácido fraco
Exemplo: H3PO4 ----- Y – X ---- 4 – 3 = 1 ---- oxiácido moderado
UNI
•	O ácido cianídrico (HCN) apresenta um α = 0,008%, que o 
classifica como fraco, contudo quando o seu gás é inalado, causa 
a morte em pouco tempo. É um ácido muito usado nas câmaras 
de gás aplicadas à pena de morte.
•	O ácido sulfúrico (H2SO4) apresenta um α = 61%, que o classifica 
como um ácido forte, porém é extremamente corrosivo.
•	O ácido sulfídrico (H2S) apresenta um α = 0,08%, que o classifica 
como fraco, porém o seu gás libera um odor desagradável (“ovo 
podre”), que pode ser sentido nos esgotos, pois é um produto 
formado, a partir da decomposição da matéria orgânica. A inalação 
do ácido sulfídrico na forma de gás pode levar à morte de forma 
tão rápida quanto o ácido cianídrico.
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FORÇA DOS HIDRÁCIDOS
Devido aos valores do grau de ionização (α), a definição das forças dos hidrácidos pode 
assim ser resumida:
a) Hidrácidos fortes: HCl, HBr e HI.
b) Hidrácido moderado: HF.
c) Hidrácidos fracos: os demais HCN, HSCN, H2S etc.
3.4 NOMENCLATURA DOS ÁCIDOS
a) Nomenclatura dos hidrácidos
Caro(a) acadêmico(a), para nomear os hidrácidos, basta seguir a regra:
Ácido + nome do ânion + a terminação: ídrico
Exemplo: HBr – Ácido + brometo + terminação: ídrico =
 Ácido bromídrico.
H2S - Ácido + sulfeto + terminação: idríco =
 Ácido Sulfídrico
UNI
Note que na nomenclatura todos os hidrácidos apresentam a 
terminação: ídrico.
a) Nomenclatura dos oxiácidos
Caro(a) acadêmico(a), para nomear os oxiácidos, basta seguir a regra: 
Ácido + nome do ânion + a terminação: ico para o maior ânion
 + a terminação: oso para o menor ânion 
Exemplo: H2SO4 – Ácido + sulfato + a terminação: ico = Ácido sulfúrico.
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H2SO3 – Ácido + sulfito+ a terminação: oso = Ácido sulfuroso.
Para definir o maior e o menor ânion, deve-se observar o número de oxigênios. O maior 
ânion é aquele que apresenta um número maior de oxigênios em sua composição. Logo, o 
ânion menor é aquele que apresenta um número menor de oxigênios em sua composição.
UNI
Caro(a) acadêmico(a), consulte sua tabela de ânions para verificar 
os ânions e suas variações, quanto ao número de oxigênios.
 Ainda em relação à nomenclatura, caso o nome do ânion iniciar com o prefixo “Per” o 
sufixo será: ico. Caso iniciar com o prefixo “Hipo”, o sufixo será: oso.
Exemplo: HClO4 – Ácido perclorato – Ácido perclórico.
 HClO – Ácido hipoclorito – Ácido hipocloroso.
OBS.: Quando o ânion for fixo, ou seja, não apresentar variação, quanto ao número 
de oxigênios, usa-se a terminação ico.
Exemplos:
H2CO3 - Ácido Carbônico 
H3BO3 - Ácido Bórico
DIC
AS!
Verifique a terminação dos nomes dos ânions em sua tabela e saiba 
qual a terminação utilizar na nomenclatura do respectivo ácido.
ato ............................................................. ico 
ito .............................................................. oso
eto ............................................................. ídrico
terminação nome
dos ânios
terminação nome
dos ácidos
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LEITURA COMPLEMENTAR
PERFUMES
Ivana Correa Ramos Leal
José Celestino Barros
Leandro Soter de Mariz Miranda
Não é de hoje que as fragrâncias despertam interesse do homem. Os perfumes vêm 
fascinando a humanidade há milhares de anos. A data da origem da utilização de fragrâncias 
pelo ser humano é difícil de determinar, mas alguns pesquisadores dizem que pode estar 
associada à descoberta do fogo e, possivelmente, possuía cunho religioso. É possível que, 
a partir da descoberta do fogo, tenhamos começado a realizar oferendas aos deuses com a 
queima de folhas secas, as quais possivelmente exalavam odores agradáveis. Com o passar 
do tempo, essa prática passou a ser utilizada por sacerdotes em rituais religiosos. A própria 
origem da palavra perfume está associada a essa atividade, uma vez que deriva do latim per 
(de origem) fumare (fumaça).
O século XVI foi marcado por explorações e desbravamentos sem qualquer precedente 
na história do nosso planeta. Vasco da Gama, Cristovão Colombo, Pedro Álvares Cabral e 
Fernão de Magalhães são grandes exemplos desses desbravadores. Com suas expedições 
foram os responsáveis por trazer, das terras desbravadas para os grandes centros europeus, 
novos aromas e fragrâncias. Alavancaram o interesse da burguesia europeia e subsidiaram 
os alquimistas, com ingredientes para novas receitas. 
Nesse período, surgiram os primeiros livros sobre perfumaria. A industrialização dos 
aromas e perfumes parece datar do século XIX, capitaneada pela indústria britânica Crown 
Fragrances (em português, Fragrâncias da Coroa). Indústrias de toda a Europa expandiram 
seus negócios globalmente, levando à massa o que antes apenas a classe alta tinha acesso. 
Esse cenário conduziu às revoluções de comportamento e moda, observadas no século XX. 
Decifrar a composição de um perfume não é uma tarefa fácil. Um perfume é constituído de uma 
mistura extremamente complexa de substâncias orgânicas, mistura essa que denominamos 
fragrância. As fragrâncias podem ser de origem vegetal, animal ou até mesmo de origem 
sintética. Aquelas obtidas de origem vegetal podem ser extraídas tanto das flores quanto de 
árvores e arbustos.
 
Atualmente, a classificação geral das fragrâncias engloba 14 diferentes tipos, 
basicamente, segundo a sua volatilidade e características olfativas: Cítrica > Lavanda > Ervas > 
Aldeídica > Verde > Fruta > Floral >Especiarias > Madeira > Couro > Animal > Almíscar > Âmbar 
> Baunilha. Um perfume não é composto apenas de uma fragrância, podendo conter várias 
delas. A fragrância final de um perfume é dividida em notas: superior (cabeça), do meio (coração) 
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e de fundo (fixação). A nota superior é composta por fragrâncias mais voláteis, presentes no 
perfume e que evaporam rapidamente, constituindo o odor que primeiro percebemos. 
A nota do meio é composta por fragrâncias que constituem o verdadeiro cheiro (tema) 
do perfume, que perdura na pele por várias horas. A nota de fundo é composta por fragrâncias 
menos voláteis, constituídas por moléculas mais pesadas, também conhecidas como fixadores 
e que dão corpo ao perfume. A classificação das fragrâncias, segundo sua volatilidade e nota 
encontra-se na Figura 10:
FIGURA 10 – CLASSIFICAÇÃO DAS FRAGRÂNCIAS SEGUNDO A 
SUA VOLATILIDADE E NOTA AROMÁTICA
FONTE: Adaptada da referência de Dias e Cols, 1996
A combinação entre o tipo de pele e o perfume é de extrema importância. Pessoas com 
peles mais oleosas são capazes de permanecer perfumadas por mais tempo, com uma única 
aplicação de perfume. Isso ocorre em função de sua maior capacidade em fixar as substâncias 
presentes no perfume. 
No Brasil, o produto que conhecemos como perfume não é perfume propriamente dito, e 
sim água de toalete, a qual apresenta apenas 4% de essência em sua composição, enquanto o 
produto que é conhecidocomo perfume apresenta até 15% de essência (Tabela 5). Em função 
das altas temperaturas e taxas de transpiração em regiões tropicais como o Brasil, a utilização 
deles não é recomendada. 
Ao longo dos anos, diferentes tecnologias para a extração de fragrâncias de fontes 
naturais foram desenvolvidas. A técnica a ser empregada depende da matriz de onde se 
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deve extrair a substância odorífera, e também de suas propriedades. Por exemplo, se uma 
substância odorífera é sensível ao calor (termolábil), não podem ser empregadas técnicas 
extrativas que fazem uso de altas temperaturas. Cabe destacar que, dependendo da região 
geográfica, época do ano e método com que uma mesma fragrância é obtida, produtos com 
características diferentes são obtidos. As técnicas mais utilizadas para a obtenção (extração) 
das fragrâncias podem ser divididas em dois grandes grupos: destilação e extração.
A destilação é um modo de separação, baseado no fenômeno de equilíbrio líquido-
vapor de misturas. Simplificadamente, quando diferentes substâncias formam uma mistura 
homogênea líquido-líquido, a destilação pode ser um método adequado para purificá-las: basta 
que tenham pontos de ebulição, razoavelmente diferentes entre si. De modo simplificado, uma 
aparelhagem básica de destilação encontra-se na Figura 11. Ela é constituída de um recipiente 
(balão de destilação), que contém a substância a ser destilada. Esse recipiente é aquecido 
e as substâncias, que entram na fase vapor, são conduzidas até o condensador, onde são 
resfriadas, para então serem coletadas no balão de recolhimento.
FIGURA 11 – APARELHAGEM BÁSICA DE DESTILAÇÃO
As técnicas de destilação empregadas para a obtenção de fragrâncias são: destilação 
a seco (dry distillation) e destilação por arraste a vapor (steam distillation). A destilação a seco 
envolve usualmente altas temperaturas e é por isso utilizada, principalmente, para as fragrâncias 
de baixa volatilidade e resistentes ao calor. 
Normalmente, cascas de árvores são os materiais utilizados como fonte de substância 
odorífica nesse tipo de destilação, uma vez que as altas temperaturas são necessárias para a 
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volatilização de seus componentes. Na destilação por arraste a vapor, a água é adicionada ao 
sistema de destilação, sendo essa aquecida até o seu ponto de ebulição. O vapor d’água, assim 
gerado entra em contato com o material a ser extraído, que é então arrastado pelo vapor. No 
final, o óleo arrastado pelo vapor d’água é separado, uma vez que esses não se misturam. Umas 
das principais fragrâncias obtidas através de arraste a vapor é o óleo essencial de lavanda.
O processo de extração por solvente é uma técnica que utilizamos diariamente. Dentre 
elas destacamos: a decocção, a infusão, a percolação e a maceração. Essa técnica é parecida 
com o processo de cozimento de alimentos ou o de preparo de alguns tipos de chás, que 
consiste em aquecer o material vegetal em contato com o solvente (no caso do cozimento e 
do chá, o solvente é a água). 
Após a ebulição por certo período de tempo, o material é resfriado e separado do solvente 
que contém, agora, as substâncias odoríficas de interesse dissolvidas. É exatamente como 
o chá-mate feito em casa, em que colocamos a erva para ferver com a água e que ao final é 
filtrado, estando pronto para ser bebido. Quando o fizer novamente, observe como o aroma 
da erva seca é transferido para a bebida. A técnica de infusão assemelha-se ao processo de 
preparo do popular cafezinho e chás em saquinhos, onde o solvente, já aquecido, é colocado 
em contato com o material a ser extraído. É o processo utilizado, por exemplo, para o preparo 
do chimarrão pela população da região sul do Brasil.
Percolação, nesse método, o solvente frio passa (percola) pelo material que contém 
as substâncias a serem extraídas. O produto final de um processo de percolação é conhecido 
como percolato. Outro processo importante é o de maceração. 
Esse processo consiste, simplesmente, em colocar em contato o material, que possui 
as substâncias a serem extraídas, e o líquido extrator. É o mesmo utilizado quando, em casa, 
adicionamos azeite à pimenta e deixamos curtindo (macerando). Nesse processo, o azeite 
funciona como líquido extrator.
Em função das características físico-químicas das substâncias presentes nos óleos 
essenciais, a água não é o solvente adequado, uma vez que as substâncias a serem extraídas 
não são solúveis nela. Na maioria dos casos, para a extração de substâncias odoríferas, são 
utilizados solventes orgânicos de baixo ponto de ebulição (para facilitar a sua remoção no final 
do processo), como o éter de petróleo. A técnica de extração conhecida como enfleurage será 
discutida mais à frente.
FONTE: Leal; Barros; Miranda (2012). Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/54140142/9/
Feromonios-de-vertebrados>. Acesso em: 20 fev. 2012.
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Neste tópico você aprendeu que:
• Os ácidos são compostos moleculares que possuem um único cátion, H+.
•	 Os ácidos sofrem ionização em água, gerando um único íon positivo, o H3O
+.
 
• Os ácidos são classificados quanto ao número de elementos diferentes em binários, ternários 
e quaternários.
• Os ácidos são classificados quanto ao número de hidrogênios ionizáveis em: monoácidos, 
diácidos, triácidos e tetrácidos.
• Os ácidos são classificados quanto à presença ou ausência de oxigênio em: hidrácidos ou 
oxiácidos.
• Os ácidos são classificados quanto à força, devido ao grau de ionização, em: fracos, 
moderados ou fortes.
•	 Os hidrácidos recebem nomenclaturas distintas à dos oxiácidos.
RESUMO DO TÓPICO 1
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Caro(a) acadêmico(a), coloque em prática e fixe tudo que você aprendeu sobre 
os ácidos, fazendo os exercícios a seguir.
1 Realize a nomenclatura dos ácidos a seguir:
a) HF 
b) HNO3 
c) H3PO4 
d) H2S
2 Monte a fórmula molecular dos seguintes ácidos:
a) ácido tiocianídrico: 
b) ácido sulfuroso: 
c) ácido clórico:
3 Usando os ânions a seguir, monte a fórmula molecular dos futuros ácidos:
a) NO3
-
 
b) ClO4 
- 
c) BO3
3- 
d) S2- 
e) SbO4
3- 
f) SiO4
4-
 
4 Em relação à força, classifique os ácidos a seguir.
HF (α = 8%), HCl (α = 92%), HCN ( α = 0,008%), H2SO4 (α = 61%) e H3PO4 
(α = 27%). 
 
5 Observe os ácidos oxigenados a seguir e classifique-os quanto à força.
a) H3PO4 
b) HCℓO4 
c) HNO2 
d) HCℓO3 
e) H3AsO4 
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6 Complete o quadro a seguir. 
Fórmula Nº de H+
Presença de 
oxigênio
Força
HI
H2SO3
HCN
HClO4
H2S
H4SiO4
H3BO3
7 O ácido clorídrico (HCℓ)) consiste no gás cloreto de hidrogênio, que é bastante solúvel, 
dissolvido em água. O estômago secreta esse ácido para auxiliar na digestão dos 
alimentos. Quando impuro, é vendido no comércio com o nome de ácido muriático, 
sendo usado principalmente na limpeza de pisos e de superfícies metálicas antes do 
processo da soldagem. Na extração do petróleo, o ácido clorídrico é introduzido no 
bolsão rochoso, dissolvendo uma parte das rochas e facilitando o fluxo do petróleo 
até a superfície. Algumas vezes, esse procedimento pode ajudar a tornar o poço de 
petróleo mais rentável. Como esse ácido éclassificado com relação ao número de 
hidrogênios ionizáveis, quanto à presença de oxigênio e força?
8 O sulfato de hidrogênio (H2SO4) é um líquido incolor, oleoso e solúvel em água, formado 
da solução aquosa denominada de ácido sulfúrico. Esse ácido é muito importante em 
todos os setores da química e, por isso, é fabricado em grandes quantidades. Um dos 
indicadores do desenvolvimento econômico de um país é o consumo desse ácido. 
Ele é usado, por exemplo, na fabricação de fertilizantes, velas, explosivos, corantes e 
baterias de automóveis. Quando concentrado é um poderoso oxidante e desidratante: 
açúcares, algodão, papel, madeira e tecidos podem ser destruídos por sua ação 
desidratante. Como esse ácido é classificado com relação ao número de hidrogênios 
ionizáveis, quanto à presença de oxigênio e força?
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BASES OU HIDRÓXIDOS
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 2
UNIDADE 2
As bases ou hidróxidos são funções inorgânicas que apresentam pH básico ou alcalino, 
ou seja, na escala de pH possuem valores acima de oito, são corrosivas e apresentam sabor 
adstringente ou cáustico, como as bananas verdes, caqui, caju. Ao tato, as bases ou hidróxidos 
são escorregadias, ensaboadas.
 
As bases são formadas por um cátion qualquer menos o H+, e o único ânion 
monovalente, a hidroxila ou hidróxido (OH-).
Os metais alcalinos, (1A), metais alcalinos terrosos (2A) e os outros metais da tabela 
periódica, como os metais de transição (grupo B) aparecem como os cátions das bases ou 
hidróxidos, ou seja, o primeiro elemento da fórmula molecular.
Para montar a fórmula molecular de uma base ou hidróxido, basta colocar a carga 
(nox) do cátion após a hidroxila (OH-), obedecendo à mesma regra já utilizada para os ácidos: 
a soma total das cargas deve ser nula.
Exemplo: Na+1 -----------NaOH, 
 Ca+2 ------------------Ca (OH)2, 
 Al+3 ------------ Al (OH)3 , 
 
 Pb
+4 ----------- Pb (OH)4 etc.
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Observe que quando a fórmula molecular terminar com OH-, o 
composto é uma base ou hidróxido!
INDICADORES ÁCIDO/BASE
São substâncias que apresentam a capacidade de mudar de cor em presença de meio 
ácido ou básico. A fenolftaleína, por exemplo, é um indicador que em meio ácido permanece 
incolor e em meio básico ou alcalino, apresenta coloração vermelha, rósea ou violácea.
A maioria dos indicadores usados em laboratório é artificial, porém alguns são 
encontrados na natureza, como o tornassol, que é extraído de certos liquens. No 
nosso dia a dia, encontramos esses indicadores presentes em várias espécies: 
no repolho roxo, na beterraba, nas pétalas de rosas vermelhas, no chá-mate, 
nas amoras etc., sendo que sua extração é bastante fácil. A maceração de 
uma folha de repolho roxo, seguida de sua diluição com água, permite obter 
uma solução roxa que mudará de cor tanto na presença de um ácido como 
na de uma base. (USBERCO; SALVADOR, 1999, p. 146).
Indicador Ácido Base
Tornassol Róseo Azul
Fenolftaleína Incolor Vermelho
Alaranjado de metila Vermelho Amarelo
Azul de bromotimol Amarelo Azul
QUADRO 16 – PRINCIPAIS INDICADORES ÁCIDO/BASE
FONTE: A autora
2 DEFINIÇÃO, SEGUNDO ARRHENIUS
As Bases ou hidróxidos são compostos iônicos, que quando em água sofrem dissociação 
iônica, produzindo um único íon negativo monovalente o OH- (hidroxila ou hidróxido).
•	 A dissociação iônica ocorre quando uma base ou hidróxido entra em contato com a água e 
ocorre a separação dos íons, os cátions e os ânions. 
Exemplo: 
 Ca (OH)2(s) + H2O(l) Ca
+2
(aq) + 2OH
-
Dissociação do cátion 
Ca+2 e do ânion 2 OH-.
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3 CLASSIFICAÇÃO DAS BASES OU HIDRÓXIDOS
3.1 QUANTO AO NÚMERO DE HIDROXILAS (OH-1)
•	 Monobases: apresentam apenas uma hidroxila em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: NaOH, LiOH, KOH. 
•	 Dibases: apresentam duas hidroxilas em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: Ca(OH)2,, Mg (OH)2, Fe(OH)2 .
•	 Tribases: apresentam três hidroxilas em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: B(OH)3 , Al(OH)3 . 
•	 Tetrabases: apresentam quatro hidroxilas em sua fórmula molecular. 
 Exemplo: Pb(OH)4 .
3.2 QUANTO À SOLUBILIDADE EM ÁGUA
•	 As bases ou hidróxidos solúveis em água são: o hidróxido de amônio (NH4OH), hidróxidos 
de metais alcalinos (Família 1A).
 Exemplo: RbOH.
•	 Pouco solúveis em água são: os hidróxidos dos metais alcalinos-terrosos (Família 2A), 
com exceção do Mg. 
 Exemplo: Ba(OH)2.
•	 Insolúveis em água são: os hidróxidos de outros metais, Família 3A e metais de transição 
(famílias do grupo B).
 Exemplo: Pb(OH)2.
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3.3 QUANTO À FORÇA
Caro(a) acadêmico(a), a força das bases está relacionada ao grau de dissociação iônica 
(α), que é a separação do cátion e ânion em água. Porém, utiliza-se uma regra prática para 
definir essa classificação.
•	 Bases fortes: formadas por cátions das famílias dos metais alcalinos (Família 1A) e metais 
alcalinos terrosos (Família 2A).
 Exemplo: NaOH, KOH, Ca(OH)2 e Ba(OH)2. 
•	 Bases fracas: as demais e o hidróxido de amônio.
 Exemplo: Al (OH)3 Fe(OH)2 e NH4OH. 
4 NOMENCLATURA DAS BASES OU HIDRÓXIDOS
Quando o cátion, primeiro elemento, apresentar nox (carga) fixa a regra de nomenclatura é:
Hidróxido de ……………………………
 Nome do cátion
Exemplos:
LiOH - Hidróxido de lítio
NaOH - Hidróxido de sódio
NH3OH - Hidróxido de amônia
Quando o cátion, primeiro elemento, apresentar nox (carga) variável, usa-se a terminação 
ico para o maior (carga maior) e oso para o menor (carga menor). E ainda, indica-se a 
numeração do nox (carga) em algarismos romanos.
Exemplo: CuOH – Hidróxido Cuproso ou de Cu I
 Cu (OH)2 – Hidróxido Cúprico ou de Cu II
 
Observação: aos ácidos que possuem sabor azedo, a maior parte é solúvel em água, 
são moleculares e só conduzem corrente elétrica em solução aquosa, as bases, apresentam 
sabor cáustico ou adstringente (banana verde), a maior parte é insolúvel em água, são iônicas 
ou moleculares e conduzem corrente elétrica em água e no estado fundido.
Ao juntarmos um ácido e uma base ocorrerá uma reação de neutralização, também 
chamada de reação de salinificação, que irá gerar como produtos um sal e água. Os sais 
são as próximas funções inorgânicas que iremos estudar.
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Neste tópico, você aprendeu que:
•	 As bases ou hidróxidos são compostos que ao se dissociarem em água, fornecem o único 
ânion monovalente, hidroxila ou hidróxido (OH-).
•	 As bases podem ser classificadas quanto ao número de hidroxilas: em monobases, dibases, 
tribases ou tetrabases.
•	 Algumas bases podem ser solúveis em água, pouco solúveis ou insolúveis.
•	 As bases podem ser classificadas em: fortes ou fracas.
•	 Os indicadores ácido-base são usados para identificar o pH ácido ou básico de uma 
solução.
RESUMO DO TÓPICO 2
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1 Dê a nomenclatura para as seguintes bases:
a) Ca (OH)2 
b) Fe(HO)3 
c) Mn(OH)2
2 Monte as fórmulas moleculares das bases a seguir.
a) Hidróxido de alumínio 
b) Hidróxido de rubídio 
c) hidróxido de magnésio
3 Usando os cátions a seguir, monte as fórmulas moleculares e nomeie as respectivas 
bases:
a) Fe+3 
b) Au+ 
c) Sn4+d) Li+1 
4 Complete o quadro a seguir.
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Fórmula Nº de OH- Solub. em água Força
Au(OH)3
NH4OH
Zn(OH)2
Al(OH)3
RbOH
Fe(OH)2
AgOH
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SAIS
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 3
UNIDADE 2
Os sais são funções inorgânicas (compostos), muito frequentes em nosso dia a dia. 
Eles podem ser encontrados nos alimentos, pela função de realçar o sabor, como conservantes 
e ainda, como um dos ingredientes fundamentais de vários produtos, tais como, em xampus, 
pastas dentais etc. O bicarbonato de sódio (NaHCO3), por exemplo, é um sal muito utilizado 
em limpezas dentárias.
2 DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO DOS SAIS
Os sais são compostos iônicos formados com um cátion qualquer, menos o hidrogênio 
(H+), e por um ânion qualquer, menos a hidroxila (OH-). Lembre-se: para montar a fórmula 
molecular deve-se descer, no sentido inverso, as cargas do cátion e do ânion. Quando as 
cargas forem iguais (mesmo valor), porém, de sinais contrários, elas se anulam.
Exemplo: Na+1 + Cl-1  NaCl
 Ca2+ + (NO3)
-1  Ca(NO3)2
 Ca2+ + (PO4)
-3  Ca3(PO4)2
3 REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO
Os sais são gerados a partir da reação de neutralização entre um ácido e uma base, 
que formará como produto, um sal e água. As reações de neutralização ou salinificação podem 
ser: neutralização total ou neutralização parcial.
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3.1 REAÇÕES DE NEUTRALIZAÇÃO TOTAL E PARCIAL
Quando o número de hidrogênio (H+) do ácido for igual ao número de hidroxilas (OH-) 
da base gera-se um sal normal ou neutro, neste caso temos uma reação de neutralização 
total. Quando o número de hidrogênio (H+) do ácido for superior ao número de hidroxilas (OH-) 
da base o sal será ácido ou hidrogenossal. Se o número de hidroxila (OH-) da base for superior 
ao número de hidrogênio (H+) do ácido, o sal será básico ou alcalino, também chamado de 
hidroxissal, nesses casos temos reações de neutralização parcial. 
Veja na figura a seguir, a reação de neutralização entre o ácido clorídrico e o hidróxido 
de sódio. Como o número de hidrogênio do ácido é igual ao número de hidroxila da base, temos 
uma reação de neutralização total, assim, forma-se um sal normal ou neutro, nesse caso, o 
cloreto de sódio, conhecido como sal de cozinha e água.
Sal normal ou neutro
FIGURA 46 – REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO ENTRE O ÁCIDO 
CLORÍDRICO E O HIDRÓXIDO DE SÓDIO
FONTE: Disponível em: <pt.wikipedia.org>. Acesso em: 25 fev. 2012.
Outros exemplos: na Figura 47 formou-se um sal básico ou alcalino (hidroxissal), pois 
o número de hidroxilas da base é três vezes maior que o número de hidrogênios do ácido. Já 
na Figura 48, como o número de hidrogênios do ácido é duas vezes maior que o número de 
hidroxilas da base, formou-se um sal ácido (hidrogenossal). Nos dois exemplos a seguir, temos 
reações de neutralização parcial.
FIGURA 47 – REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO PARCIAL – SAL BÁSICO OU HIDRÓXISSAL
FONTE: Disponível em: <sofi.com.br>. Acesso em: 25 fev. 2012.
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FIGURA 48 – REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO PARCIAL – SAL ÁCIDO OU HIDROGENOSSAL
FONTE: Disponível em: <sofi.com.br>. Acesso em: 25 fev. 2102.
4 NOMENCLATURA DOS SAIS
Para realizarmos a nomenclatura dos sais normais ou neutros, com nox do cátion 
fixo, devemos utilizar a seguinte regra:
Nome do ânion + Nome do cátion
Exemplo: KCl – Cloreto de potássio
 CaNO3 – Nitrato de cálcio
 Na3PO4 - Fosfato de sódio 
Observação: caso o cátion tenha carga (nox) variável, usa-se sufixo (terminação) 
ico para o maior e o sufixo (terminação) oso para o menor. E ainda, indica-se o valor do nox 
(carga) em algarismos romanos. Para verificar a variação do nox dos cátions, basta consultar 
sua tabela de cátions e ânions.
Exemplo: CuCl - Cloreto cuproso ou de Cu I
 CuCl2 - Cloreto cúprico ou de Cu II
•	 Nomenclatura dos sais ácidos (hidrogenossais)
Para realizar a nomenclatura dos sais ácidos (hidrogenossais) mantemos a regra geral: 
Nome do ânion + Nome do cátion, porém adiciona-se o infixo ácido ou hidrogeno à 
nomenclatura.
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Exemplo: NaH2PO4 - Ortofosfato diácido de sódio ou
 Di-hidrogeno-ortofosfato de sódio
Observação: o prefixo “di” foi utilizado para indicar a quantidade de hidrogênios na 
fórmula molecular do sal, que nesse caso são dois.
•	 Nomenclatura dos sais básicos ou alcalinos (hidroxissais)
Para realizar a nomenclatura dos sais básicos (hidroxissais) mantemos a regra geral: 
Nome do ânion + Nome do cátion, porém adiciona-se o infixo básico ou hidróxi à 
nomenclatura.
Exemplo: Al(OH)Cl2 - Cloreto monobásico de alumínio
 Monohidróxi cloreto de alumínio.
Observação: o prefixo “mono” foi utilizado para indicar a quantidade de hidroxilas na 
fórmula molecular do sal, que nesse caso é apenas uma.
5 PROPRIEDADES FUNCIONAIS DOS SAIS
Os sais em sua maioria são: sólidos, cristalinos, com sabor “salgado” e apresentam 
altos pontos de fusão e ebulição. 
São compostos iônicos, ou seja, formados por íons, cátions e ânions, e, desta, forma 
conduzem corrente elétrica quando em solução aquosa.
Os sais são também podem ser classificados em solúveis ou insolúveis em água, 
conforme sua composição molecular. Veja no quadro a seguir, a solubilidade dos sais em água 
formados pelos cátions e ânions.
Ânions Solúveis Sais formados insolúveis
Nitratos (NO3
-)
Acetatos (CH3 –COO
-)
Cloretos (Cℓ-)
Brometos (Br-)
AgCℓ, PbCℓ2, Hg2Cℓ2
AgBr, PbBr2.Hg2Br2
Iodetos (I-) AgI, PbI2, Hg2I2, BiI2
Sulfatos (SO4
2-) CaSO4, SrSO4, BaSO4, PbSO4
Sais de metais alcalinos (1A) e amônio (NH4)
QUADRO 17 - SOLUBILIDADE DOS SAIS
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 Cátions Solúveis 
Sulfetos (S2-) Metais alcalinos (1A), alcalinos-terrosos (2A) e amônio (NH4)
Hidróxidos (OH-) Metais alcalinos (1A), alcalinos-terrosos (2A) e amônio (NH4)
Carbonatos (CO3
2-) Metais alcalinos (1A) e amônio (NH4)
Fosfatos (PO4
3-) Metais alcalinos (1A) e amônio (NH4)
Sais não citados Metais alcalinos (1A) e amônio (NH4)
FONTE: A autora
•	 SAIS HIDRATADOS
Certos sais sofrem o processo de cristalização em presença de água, esta que é 
definida como água de cristalização ou água de hidratação. Os sais que cristalizam são 
chamados de sais hidratados ou hidratos e são nomeados em relação ao número de moléculas 
de hidratação (água). 
Exemplo: 
CuSO4. 5 H2O - Sulfato Cúprico ou de cobre II penta-hidratado.
Observação: repare que a nomenclatura do sal carrega a quantidade de moléculas 
de água de hidratação, que neste caso, são cinco.
6 SAIS DUPLOS OU MISTOS
São sais que apresentam em sua composição molecular dois cátions ou dois 
ânions.
Exemplos:
KNaSO4 = Sulfato duplo de sódio e potássio ou sulfato de sódio e potássio.
 
Observação: neste caso, temos um sal duplo ou misto quanto aos cátions, o sódio 
e o potássio.
CaBrCl = Cloreto brometo de cálcio.
 
Observação: neste caso, temos um sal duplo ou misto quanto aos ânions, o cloreto 
e o brometo.
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Neste tópico, você viu que:
•	 Sais são compostos iônicos formados por um cátion qualquer, menos o hidrogênio, e por 
um ânion qualquer, menos a hidroxila.
•	 Os sais podem ser classificados em normais ou neutros, ácidos (hidrogenossais), básicos 
(hiroxissais) e saisduplos.
•	 As reações de neutralização total dão origem a um sal normal ou neutro.
•	 Os sais normais ou neutros recebem nomenclatura específica.
•	 As reações de neutralização parcial dão origem a um sal ácido (hidrogenossal) ou um sal 
básico ou alcalino (hidroxissal).
•	 Os sais ácidos (hidrogenossal) ou básicos (hidroxissais) recebem nomenclatura específica.
•	 Os sais duplos podem ser classificados: duplo pelo cátion ou duplo pelo ânion.
RESUMO DO TÓPICO 3
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1 Dê a nomenclatura para os seguintes sais:
a) Na2CO3 
b) LiCl 
c) MgCl2 
d) RbNO3 
e) K2 SO3
2 Escreva as estruturas dos seguintes sais:
a) Iodeto de potássio.
b) Nitrato de sódio.
c) Brometo de amônio.
3 Monte as reações de neutralização a seguir.
a) LiOH + H2SO4 → 
b) Ba(OH)2 + HCℓ →
c) Bi(OH)3 + H2CO3 →
d) NH3OH + H2S → 
e) Cu(OH)2 + HCℓ →
4 Monte a fórmula molecular dos respectivos sais formados.
a) Na+ e SO4
2- 
b) Ba2+ e NO2
-
 
c) Aℓ3+ e CO3
2-
d) Cu2+ e BO3
3- 
e) Pb4+ e Cl-
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ÓXIDOS
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 4
UNIDADE 2
Os óxidos são compostos químicos (funções inorgânicas) que nos rodeiam diariamente. 
Muitos dos gases poluentes, liberados pela queima de combustíveis fósseis, são óxidos, como 
por exemplo, o dióxido de carbono – CO2 (gás carbônico), o monóxido de carbono – CO, o 
dióxido de enxofre – SO2 etc. A composição de muitos materiais também apresentam óxidos, 
como na areia a presença de óxido de silício – SiO, na oxidação dos metais o óxido ferroso 
(ferrugem), assim como, na formação da crosta terrestre, das rochas e de outros planetas.
2 DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO DOS ÓXIDOS
• Óxidos
São compostos binários, ou seja, apresentam apenas dois elementos em sua composição 
molecular, onde o oxigênio (O-2) é sempre o segundo elemento e o mais eletronegativo.
Composição: 1° elemento com o valor de seu nox (carga) + o oxigênio O-2
 
A regra da “inversão de cargas” é a mesma para a montagem da fórmula molecular 
de qualquer função inorgânica, como vimos nos tópicos anteriores. A carga (nox) do primeiro 
elemento desce, depois do segundo elemento e, a carga (nox) do segundo elemento desce 
depois do primeiro elemento. Veja nos exemplos a seguir:
Al+3 O-2  Al2O3
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Na+1 O-2  Na2O
Quando os valores das cargas (nox) dos dois elementos forem iguais e de sinais 
opostos, elas se anulam.
Exemplo: Ca+2 O-2  CaO
 Ba+2 O-2  BaO
Quando os valores das cargas (nox) forem múltiplos deve-se recorrer ao método da 
“simplificação” para se obter os menores índices possíveis. Índices são os valores que indicam 
a quantidade de átomos dos elementos na fórmula molecular, que também é chamado de 
atomicidade. Veja nos exemplos a seguir:
C+4 O-2  C2O4  divide-se tudo por 2  CO2
Pb+4 O-2  Pb2O4  divide-se tudo por 2  PbO2
3 CLASSIFICAÇÃO
Os óxidos podem ser classificados por vários critérios que veremos a seguir. Inicialmente, 
podemos classificá-los quanto ao número de oxigênios presentes em sua composição 
molecular.
a) Monóxidos: apresentam apenas um oxigênio em sua composição molecular.
 Exemplo: CO.
b) Dióxidos: apresentam dois oxigênios em sua composição molecular.
 Exemplo: CO2.
c) Trióxidos: apresentam três oxigênios em sua composição molecular.
 Exemplo: Al2O3.
3.1 ÓXIDOS BÁSICOS
São óxidos que reagem com um ácido formando sal e água ou reagem com água, 
produzindo uma base ou hidróxido.
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Exemplos:
 Li2O + H2O 2 LiOH
 Li2O + 2HBr 2 LiBr + H2O
Os óxidos básicos são compostos por metais alcalinos (família 1A), metais alcalinos 
terrosos (Família 2A) e por elementos com número de oxidação (+1; +2 ou +3). São compostos 
iônicos, sólidos que apresentam o único ânion, o oxigênio (O2-), com elevados pontos de fusão 
e de ebulição. Os óxidos dos metais alcalinos (Família 1A e nox = +1) são solúveis em água, 
os demais são pouco solúveis.
 
 
3.1.1 Óxidos ácidos ou anidridos
São óxidos que reagem com uma base ou hidróxido, produzindo sal e água ou reagem 
com água, produzindo um ácido.
Exemplos:
 SO3 + H2O H2SO4
 SO3 + 2 KOH K2SO4 + H2O
Os óxidos ácidos são formados geralmente, por gases, elementos não metálicos ou 
por elementos metálicos com número de oxidação (carga) elevados.
Exemplos: Cr2O3 , Mn2O3 , Mn2CrO4 etc.
 
 
3.2 NOMENCLATURA DOS ÓXIDOS
Para realizarmos a nomenclatura dos óxidos, devemos ter em mãos, a tabela de cátions 
e ânions e seguir as regras citadas a seguir.
Óxido + nome do elemento (quando este apresentar carga (nox) fixa)
Exemplos:
 CaO – Óxido de cálcio
 Li2O – Óxido de lítio
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 CO - Óxido de carbono ou monóxido de carbono
 Al2O3 – Óxido de alumínio ou trióxido de alumínio
Note que em alguns casos, podemos usar a classificação quanto ao número de oxigênios 
na própria nomenclatura.
Caso o elemento (que antecipa o oxigênio) apresentar carga (nox) variável, usa-se a 
terminação ico para o maior e oso para o menor. E ainda, indica-se a numeração da carga 
(nox) em algarismos romanos. Veja os exemplos a seguir:
Exemplo: PbO - Óxido Plumboso ou de Pb II
 PbO2 - Óxido Plúmbico ou de Pb IV
 Fe2O3 - Óxido Férrico ou de Fe III
 FeO - Óxido Ferroso ou de Fe II
 CuO - Óxido Cúprico ou de Cu II
 Cu2O - Óxido Cuproso ou de Cu I
UNI
Caro(a) acadêmico(a), perceba que o número que está depois do 
oxigênio, ou seja, o índice ou atomicidade é exatamente o valor 
da carga (nox) do primeiro elemento.
3.3 ÓXIDOS ANFÓTEROS
São os óxidos que podem se comportar como óxidos básicos ou como óxidos ácidos.
Os óxidos anfóteros, geralmente apresentam-se na forma sólida, são compostos 
moleculares e insolúveis em água.
Para identificar os óxidos anfóteros, basta atentar em sua composição molecular. 
Podem ser formados por:
•	 Metais de zinco, alumínio, estanho e chumbo conforme os exemplos abaixo, respectivamente:
ZnO, Al2O3 , SnO , SnO2 , PbO e PbO2
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•	 Semimetais de arsênio e antimônio, conforme os exemplos a seguir, respectivamente:
•	 As2O3 e As2O5 , Sb2O3 e Sb2O5
Exemplos:
 ZnO + 2 HCl ZnCl2 + H2O
 óxido básico
 2 NaOH + ZnO Na2ZnO2 + H2O
 óxido ácido
 
 
3.4 ÓXIDOS INDIFERENTES OU NEUTROS
São óxidos que não reagem com água, nem com ácidos e nem com bases. Não 
apresentam caráter ácido, nem caráter básico. São compostos gasosos, moleculares e são 
formados por não metais. São óxidos indiferentes ou neutros:
CO (monóxido de carbono), N2O (monóxido de nitroso) e 
NO (monóxido nítrico).
3.5 ÓXIDOS DUPLOS, MISTOS OU SALINOS
São óxidos formados, a partir de dois outros óxidos, do mesmo elemento químico.
Exemplos:Fe3O4 = FeO + Fe2O3
 Pb3O4 = 2 PbO + PbO2
São óxidos iônicos, metálicos e se apresentam no estado sólido.
3.6 PERÓXIDOS
São óxidos que reagem com a água ou com ácidos diluídos, produzindo o peróxido de 
hidrogênio, conhecido como “água oxigenada” (H2O2).
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Exemplos:
 Na2O2 + 2 H2O 2 NaOH + H2O2
 Na2O2 + H2SO4 Na2SO4 + H2O2
A nomenclatura segue as mesmas regras dos óxidos, porém utiliza-se como primeiro 
substantivo, a palavra PERÓXIDO.
Exemplo: Na2O2 - Peróxido de sódio
 H2O2 - Peróxido de hidrogênio
Os peróxidos mais encontrados são:
• Peróxido de hidrogênio: H2O2 (quando em solução aquosa chama-se “Água Oxigenada”).
• Peróxidos dos metais alcalinos (1A): Na2O2, K2O2 (peróxido de potássio) etc.
• Peróxidos dos metais alcalinos terrosos (2A): BaO2 (peróxido de bário).
O H2O2 (água oxigenada) é um composto líquido molecular (hidrogênio com o não metal 
oxigênio); os demais peróxidos são compostos sólidos iônicos, onde encontramos o ânion O22-, 
de fórmula estrutural - O - O -. O Nox (carga) do oxigênio nos peróxidos é -1, justamente para 
zerar a soma de todas as cargas da molécula, como estudamos em unidades anteriores.
 
 
3.7 POLIÓXIDOS OU SUPERÓXIDOS
São óxidos que reagem com a água ou com ácidos diluídos, produzindo peróxido de 
hidrogênio, “Água oxigenada” (H2O2) e oxigênio.
Exemplos:
K2O4 ou KO2 - Polióxido de potássio
K2O4 + 2 H2O 2 KOH + H2O2 + O2
K2O4 + H2SO4 K2SO4 + H2O2 + O2
Os polióxidos são compostos sólidos iônicos, formados pelos cátions de metais alcalinos 
(família 1A) ou de metais alcalinos terrosos (2A) e pelo ânion polióxido (O42- ). O NOX (carga) 
do oxigênio nos polióxidos é - ½ justamente para zerar a soma de todas as cargas da molécula, 
como estudamos em unidades anteriores.
 
 
 
 
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Caro(a) acadêmico(a), repare que nos produtos das reações acima 
representadas, há a ocorrência de setas para cima, isso indica 
a liberação de gás, que neste caso é o gás de oxigênio (O2).
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Neste tópico, você viu que:
• Óxidos são compostos binários que possuem o oxigênio como o elemento mais eletronegativo.
• Os óxidos são classificados em: óxidos ácidos, óxidos básicos, óxidos indiferentes, óxidos 
anfóteros, óxidos duplos, peróxidos e polióxidos.
• Nomenclatura dos óxidos deve seguir a regra: óxido + nome do elemento que antecipa o 
oxigênio (quando este apresentar nox fixo).
• Caso o elemento (que antecipa o oxigênio) apresentar carga (nox) variável, usa-se em 
sua nomenclatura a terminação ico para o maior e oso para o menor. E ainda, indica-se a 
numeração da carga (nox) em algarismos romanos.
RESUMO DO TÓPICO 4
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1 Quais são os compostos que compõem as funções inorgânicas?
2 Realize a nomenclatura dos óxidos a seguir:
a) Li2O 
b) Ag2O 
c) PbO 
d) Fe2O3
3 Monte as fórmulas moleculares para os seguintes óxidos:
a) Óxido plúmbico.
b) Óxido auroso.
c) Óxido de cálcio. 
d) Óxido cúprico.
4 Associe os itens, utilizando o código a seguir:
I-Sal ( ) Al2O3
II-Base ( ) H3PO4 
III-Óxido ( ) K2SO4 
IV-Ácido ( ) NH3OH
 Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – III – IV – II.
b) ( ) III – II – I – IV.
c) ( ) III – IV – I – II.
d) ( ) II – IV – I – III.
5 Indique a função química a que pertence cada uma dessas substâncias:
a) Hidróxido de potássio.
b) Ácido clorídrico.
c) Monóxido de cálcio.
 
6 Alguns óxidos gasosos, como o dióxido de enxofre, o monóxido de carbono e o dióxido 
de nitrogênio, são altamente tóxicos ao meio ambiente. O dióxido de enxofre provoca 
desde espasmos passageiros dos músculos lisos dos bronquíolos até inflamações 
graves nas mucosas. O dióxido de nitrogênio, além de irritar olhos e mucosas em 
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geral, pode provocar enfisema pulmonar. O monóxido de carbono combina-se com a 
hemoglobina, produzindo asfixia.
A respeito desses três óxidos, classifique V para as sentenças verdadeiras e F 
para as falsas, justificando sua resposta:
( ) O dióxido de enxofre, ao reagir com a água, origina ácido sulfuroso.
( ) O CO, por ser um óxido neutro ou indiferente, não reage nem mesmo com o 
oxigênio.
( ) A reação do NO2 com a água pode ser representada por: 2 NO2 + H2O → HNO3 + HNO2
 Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V.
b) ( ) V – V – F.
c) ( ) F – V – V.
d) ( ) F – V – F.
7 Os principais óxidos poluentes do ar nos grandes centros urbanos são: o gás sulfuroso 
(SO2) e o monóxido de carbono (CO). O SO2 é proveniente das indústrias que queimam 
combustíveis fósseis (carvão e petróleo). Já o CO provém da combustão incompleta 
da gasolina em veículos automotivos desregulados. Sabendo-se que o SO2 (causador 
da chuva ácida) e o CO (causador da inibição respiratória) são óxidos, quais são suas 
classificações, respectivamente?
8 Escreva as equações das reações de óxido de potássio com a água e de trióxido 
de enxofre com a água, classifique os óxidos e escreva a reação dos dois produtos 
formados nas reações dos dois óxidos com a água. 
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Prezado(a) acadêmico(a), agora que chegamos ao final 
da Unidade 2, você deverá fazer a Avaliação referente a esta 
unidade.
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