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24/03/2014 1 ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR Via Glicolítica, Ciclo de Krebs, CTE e Fosforilação Oxidativa Prof. Tiago FS Araújo Caruaru (PE) – Brasil 2014 • Processo de quebra da glicose para geração de ATP, o qual acontece no citoplasma da célula. Glicólise 1a ETAPA: FOSFORILAÇÃO DA GLICOSE A glicose é fosforilada em glicose-6-fosfato, numa reação catalisada pela hexoquinase. Hexoquinase Glicólise 2a ETAPA: ISOMERIZAÇÃO DA GLICOSE A glicose-6-fosfato é isomerizada em frutose-6- fosfato, numa reação catalisada pela glicose-6- fosfato isomerase. Isomerase Glicólise 3a ETAPA: FOSFORILAÇÃO DA FRUTOSE-6-FOSFATO A frutose-6-fosfato é fosforilada em frutose-1,6- fosfato, numa reação catalisada pela fosfofrutoquinase. Fosfofrutoquinase Glicólise 4a ETAPA: QUEBRA DA FRUTOSE-1,6-FOSFATO EM DUAS TRIOSES A frutose-1,6-fosfato é quebrada em duas trioses: o fosfogliceraldeído e a fosfodihidroxiacetona, numa reação catalisada pela aldolase. “Nesta fase a fosfodihidroxiacetona é convertida em fosfogliceraldeído”. Aldolase Isomerase 3-fosfogliceraldeído fosfodiidroxiacetona Frutose,1,6-difosfafo Glicólise 24/03/2014 2 5a ETAPA: OXIDAÇÃO DO FOSFOGLICERALDEÍDO O 3-fosfogliceraldeído é oxidado em Ácido 1,3 difosfoglicérico numa reação catalisada pela desidrogenase. “Nesta reação a desidrogenase utiliza como cofator o NAD+ (Niacina – Vitamina B3) e durante esta etapa a energia liberada pela oxidação é transferida para a formação de uma nova ligação fosfato, rica em energia”. 3-fosfo-gliceraldeído Ácido 1,3-difosfoglicérico Desidrogenase Glicólise 6a ETAPA: HIDRÓLISE DO ÁCIDO DIFOSFOGLICÉRICO O Ácido 1,3 difosfoglicérico é convertido em ácido 3-fosfoglicérico “Nesta etapa a energia liberada pela hidrólise é transferida para a síntese de ATP a partir de ADP e de fosfato inorgânico”. Ácido 1,3-difosfoglicérico Ácido 3-fosfoglicérico Fosfoglicerol quinase Glicólise 7a ETAPA: PRODUÇÃO DE ÁCIDO PIRÚVICO O ácido 3-fosfoglicérico é convertido em ácido pirúvico. Obs.: Como a fosfodihidroxiacetona foi convertida em fosfogliceraldeído na ETAPA 4, duas moléculas de ác. Pirúvico são geradas . Ác. 3-fosfoglicérico Ác. 2-fosfoglicérico Ác. fosfoenolpirúvico Ác. pirúvico Quinase EnolaseMutase Glicólise Balanço Energético da Glicólise Glicose Piruvato - 2 ATP + 4 ATP Saldo Final = 2 ATP Glicose 2 Piruvato Glicólise Condições Aeróbicas Condições Anaeróbicas Condições Anaeróbicas 2 Lactatos (fermentação em lactato por humanos e bactérias) 2 Etanóis (fermentação em álcool por leveduras) 2 Acetil-CoA Ciclo do Ácido Cítrico Produção de ATP Destino do Piruvato � Hipoperfusão Aguda: baixa oferta de O2 para os tecidos; � Produto do Metabolismo Anaeróbico: PIRUVATO→ LACTATO (Lactato Desidrogenase) Lactato Desidrogenase Fermentação em Lactato 24/03/2014 3 � Concentrações Normais: < 2 mmol/L, em repouso e até 5 mmol/L durante o exercício físico; Formação de Lactato Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) Lactato Desidrogenase Hiperlactatemia Cárie Dentária Açúcar da Dieta Proliferação das Bactérias Placa Dentária / Favorece o Metabolismo Anaeróbio Produção de Lactato / Promove o surgimento da cárie Favorece o Crescimento Bacteriano Metabolismo Anaeróbio Leite Fermentado Lactose = glicose + galactose Lactobacilos Produção de Lactato/ Ác. Lático pH reduzido (Azedo) Coagulação das proteínas / Formação do coalho Fermentação Lática 24/03/2014 4 Destino alternativo do piruvato, onde as reações relacionadas à via glicolítica conduzem à produção de etanol. Ác. Pirúvico Aldeído Acético Etanol Descarboxilase Álcool-desidrogenase Mg2+ e TPP TPP = Pirofosfato de Tiamina (Forma Ativa da Vitamina B1) NAD = Nicotinamida Adenina Dinucleotídio (Vitamina B3) Fermentação em Álcool Ciclo do Ácido Cítrico Para o ciclo iniciar primeiro temos a descarboxilação do piruvato para formar acetil coenzima A (Acetil-CoA). Piruvato Desidrogenase Ciclo de Krebs � Reações finais de oxidação dos carboidratos e dos lipídios (oxidação completa); � Resultado Final: CO2 e Água; � Reações Anfibólicas: Catabolismo ou Anabolismo; � Conhecido como Ciclo de Krebs (Sir Hans Krebs – Prêmio Nobel em 1953); � Conhecido como Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos; � O produto final da glicólise (2 piruvatos) são convertidos em Acetil-CoA para entrar no ciclo. Ciclo de Krebs As reações do Ciclo de Krebs ocorrem na Matriz Mitocondrial Há oito etapas no ciclo do ácido cítrico e cada uma delas é catalisada por uma enzima diferente. Ciclo de Krebs 1 1. Citrato Sintase 2. Aconitase 3. Isocitrato Desidrogenase 4. Alfa- cetoglutarato- desidrogenase 5. Succinil CoA sintase 6. Succinato desidrogenase 7. Fumarase 8. Malato Desidrogenase Ciclo de Krebs 2 1. Citrato Sintase 2. Aconitase 3. Isocitrato Desidrogenase 4. Alfa- cetoglutarato- desidrogenase 5. Succinil CoA sintase 6. Succinato desidrogenase 7. Fumarase 8. Malato Desidrogenase 24/03/2014 5 Ciclo de Krebs 3 1. Citrato Sintase 2. Aconitase 3. Isocitrato Desidrogenase 4. Alfa- cetoglutarato- desidrogenase 5. Succinil CoA sintase 6. Succinato desidrogenase 7. Fumarase 8. Malato Desidrogenase Ciclo de Krebs 4 1. Citrato Sintase 2. Aconitase 3. Isocitrato Desidrogenase 4. Alfa- cetoglutarato- desidrogenase 5. Succinil CoA sintase 6. Succinato desidrogenase 7. Fumarase 8. Malato Desidrogenase Ciclo de Krebs 5 1. Citrato Sintase 2. Aconitase 3. Isocitrato Desidrogenase 4. Alfa- cetoglutarato- desidrogenase 5. Succinil CoA sintase 6. Succinato desidrogenase 7. Fumarase 8. Malato Desidrogenase Ciclo de Krebs 6 1. Citrato Sintase 2. Aconitase 3. Isocitrato Desidrogenase 4. Alfa- cetoglutarato- desidrogenase 5. Succinil CoA sintase 6. Succinato desidrogenase 7. Fumarase 8. Malato Desidrogenase Ciclo de Krebs 7 1. Citrato Sintase 2. Aconitase 3. Isocitrato Desidrogenase 4. Alfa- cetoglutarato- desidrogenase 5. Succinil CoA sintase 6. Succinato desidrogenase 7. Fumarase 8. Malato Desidrogenase Ciclo de Krebs 8 1. Citrato Sintase 2. Aconitase 3. Isocitrato Desidrogenase 4. Alfa- cetoglutarato- desidrogenase 5. Succinil CoA sintase 6. Succinato desidrogenase 7. Fumarase 8. Malato Desidrogenase 24/03/2014 6 � Reações que promovem a síntese de ATP a partir da oxidação das coenzimas NADH e FADH2 pelo Oxigênio; � O NAD e o FAD recebem H+ durante a Glicólise, a Oxidação de Ácidos Graxos e o Ciclo de Krebs; � Para a síntese de ATP acontecer é necessário um transporte de elétrons através da membrana interna da mitocôndria que podem ativar a enzima ATP sintase; �As reações ocorrem na membrana interna da mitocôndria; CTE e Fosforilação Oxidativa � O NADH do ciclo de Krebs doa 2 elétrons para o Complexo I; � O segundo passo é a transferência destes elétrons para o próximo complexo; � Antes desta transferência de elétrons acontecer dois íons hidrogênio são transportados para o Espaço Intermembranas. CTE e Fosforilação Oxidativa 1a ETAPA: (NADH) Complexo I � Os elétrons serão transferidos do Complexo I para a Coenzima Q (Complexo II); � Assim, mais dois hidrogênios são capturados da matriz mitocondrial; � A Coenzima Q desliza através da membrana e transporta os hidrogênios para o espaço intermembranas; � A Coenzima Q também transfere os elétrons para um outro complexo (Complexo III); CTE e Fosforilação Oxidativa 2a ETAPA: (NADH) Complexo II � No Complexo III maisdois hidrogênios são transferidos através da membrana para o espaço intermembranas; � Nesta etapa, um átomo de Oxigênio captura os dois elétrons do complexo III e se junta a dois hidrogênios para formação de uma molécula de água; � Assim, podemos dizer que o Oxigênio é a molécula aceptora final de elétrons. CTE e Fosforilação Oxidativa 3a ETAPA: (NADH) Complexo III � O FADH2 entra na cadeia transportadora de elétrons a partir da Coenzima Q; � O FADH2 liga-se a Coenzima Q e dois elétrons são transportados pela cadeia, junto com os elétrons a Coenzima Q transporta dois hidrogênios; � A Coenzima Q desliza através da membrana e transporta os hidrogênios para o espaço intermembranas; � A Coenzima Q também transfere os elétrons para um outro complexo (Complexo III); CTE e Fosforilação Oxidativa (FADH2) 2ª ETAPA: Complexo II � No Complexo III mais dois hidrogênios são transferidos através da membrana para o espaço intermembranas; � Nesta etapa, um átomo de Oxigênio captura os dois elétrons do complexo III e se junta a dois hidrogênios para formação de uma molécula de água; � Assim, podemos dizer que o Oxigênio é a molécula aceptora final de elétrons. CTE e Fosforilação Oxidativa (FADH2) 3ª ETAPA: Complexo III 24/03/2014 7 � O NADH é responsável por transportar 2 elétrons para a CTE e 6 hidrogênios para o espaço intermembrana; � O FADH2 é responsável por transportar 2 elétrons para a CTE e 4 hidrogênios para o espaço intermembrana; � Após o Transporte de Elétrons na CTE o Oxigênio recebe esses dois elétrons do Complexo III e se junta a dois Hidrogênios formando uma Molécula de Água; � Assim, a função do NADH e FADH2 é transportar os elétrons para a CTE e promover a saída de hidrogênio da matriz mitocondrial para o espaço intermembranas. � O aumento de hidrogênios no espaço intermembranas promove uma diferença de potencial elétrico na mitocôndria que é responsável por ativar a ATP Sintase na Fosforilação Oxidativa. CTE e Fosforilação Oxidativa RESUMO Fosforilação Oxidativa � A ATP Sintase é a enzima responsável pela síntese de ATP; � ATP Sintase é ativada com a volta de 2 H+ para a matriz mitocondrial; � A Enzima catalisa a junção de ADP + Pi, promovendo a síntese de ATP; � Nesta reação um O2 recebe duas moléculas de H+ e forma uma molécula de H2O; Adenosina Trifosfato - ATP A energia do ATP é proveniente das ligações entre os grupamentos fosfato. Corpos Cetônicos � São formados quando estamos em condições de excesso de Acetil-CoA (Jejum Prolongado e Diabetes); � Nestas condições há a utilização de lipídios como fonte energética; � Ácidos Graxos geram grandes quantidades de Acetil-CoA; � No entanto, para o Acetil-CoA entrar no Ciclo de Krebs é necessária a sua união ao Oxaloacetato; Corpos Cetônicos � O oxaloacetato é sintetizado a partir da Piruvato da via glicolítica; � Em indivíduos que estão de jejum ou no caso do diabético, não tem entrada de glicose nas células, então não haverá produção de Piruvato e consequentemente de Oxaloacetato; � Quando a produção de Acetil-CoA for maior que a Produção de Oxaloacetato o Acetil-Coa é convertido em Corpos Cetônicos; � Sede intensa; � ↑↑↑ Micções; � Fadiga e Cansaço; � Respiração Rápida; � Náusea e Vômitos; � Confusão Mental; � Hálito Cetônico. Cetoacidose Diabética 24/03/2014 8 Corpos Cetônicos 1. Condensação de duas moléculas de Acetil- CoA para a formação de Acetoacetil-CoA numa reação catalisada pela Tiolase; Corpos Cetônicos 2. Outro Acetil-CoA é adicionado ao Acetoacetil-CoA para síntese de HMG-CoA, numa reação catalisada pela enzima HMG-CoA Sintase; Corpos Cetônicos 3. O HMG-CoA é convertido ao Acetoacetato, numa reação catalisada pela enzima HMG-CoA Liase; Corpos Cetônicos 4. O Acetoacetato pode ser convertido ao Acetona (Acetoacetato Descarboxilase) ou convertido em D-β- Hidroxibutirato (D-β-Hidroxibutirato Desidrogenase);
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