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Profª. Gisele Pereira de Carvalho AGRAVOS MAIS PREVALENTES NA POPULAÇÃO IDOSA NO BRASIL. GERIATRIA GERONTOLOGIA Ciência que estuda o envelhecimento nos aspectos biopsicosociais, de Parte da gerontologia voltada para as questões médicas do envelhecimento aspectos biopsicosociais, de forma a tentar manter qualidade de vida levando a vida a ser mais significativa e com novas expectativas. médicas do envelhecimento que se ocupa do estudo das doenças , dos distúrbios provocados em idosos e seu tratamento Especialidade de “Agregação” Contexto Hospitalar Níveis de Prevenção PRIMÁRIA SECUNDARIA Níveis de Aplicação das Medidas Preventivas (Leavell & Clark, 1965) Primária: ações para remover as causas e fatores de risco Secundária: diagnóstico precoce e TERCIÁRIA Secundária: diagnóstico precoce e tratamento imediato – limitação de incapacidade Terciária: Reabilitação PRIMÁRIA Níveis de Prevenção para Idosos SECUNDÁRIA • Prevenção de perda dentária, deficiência nutricional, isolamento social (ex.*) •Diagnóstico e tratamento precoce limitando a invalidez isolamento social (ex.*) • Avaliação das capacidades e habilidades funcionais do ambiente domiciliar com vista a perda da autonomia precoce limitando a invalidez •Ex. idosos com múltiplas co- morbidades geriátricas e que necessitam de atenção especializada • Definir o qto a doença crônica é limitante Proposta: evitar que o primeiro atendimento chegue quando a patologia já está avançada!! (VERAS, 2008) TERCIÁRIA Níveis de Prevenção para Idosos • 1º´NÍVEL • Restabelecimento de • 2º NÍVEL • “Reabilitação antecipada”, • Restabelecimento de seqüelas deixadas pelos agravos de saúde • “Reabilitação antecipada”, ampliando a qualidade de vida para o idoso e sua família • “previsão de agravos futuros” e início da reabilitação para idosos (antecipada) (VERAS, 2008) TERCIÁRIA: manejo e reabilitação da doença* Síndrome Geriátrica Incontinência Instabilidade PosturalImobilidade Alta freq em geriatria Estão associadas com o envelhecimento dos órgãos. Tb conhecidas como Síndromes Geriátricas Geriátrica Delirium Hipotermia Constipação Tb conhecidas como os “gigantes da geriatria” Têm propensão de causar incapacidade Depressão CONSTIPAÇÃO Queixa mais comum 30-50% dos idosos usam laxativos regularmente Causas: disfunção do assoalho pélvico Causas: disfunção do assoalho pélvico diminuição mobilidade do intestino diminuição da ingestão de líquidos imobilidade uso crônico de laxativos CONSTIPAÇÃO Causas secundárias: uso de medic contendo ferro diuréticos, medicações antiparkinsonianas, hipotireoidismo, hipo ou hipercalcemia, alterações obstrutivas (pólipos, câncer colorretal) Sintomas: mudança da freq. Habitual (< 3x sem) esforço e prolongamento para evacuar (+10min), sensação de defecação incompleta, distensão abdominal, apetite diminuído. CONSTIPAÇÃO Sinais: diminuição ruídos intestinais hipotonia da musculatura abdominal presença de massas nos cólons desidratação (diminuição do turgor)desidratação (diminuição do turgor) fezes endurecidas - fecalomas fezes pegajosas PREVENÇÃO E INTERVENÇÕES INTERVENÇÕES Estimular a hidratação (1.200-2000ml/dia) Estimular deambulação Evitar uso rotineiro de laxativos Se uso de suplementação de fibras aumentar Se uso de suplementação de fibras aumentar ingesta hídrica Estimular exercícios físicos Monitorar a impactação fecal Rever com o paciente o hábito alimentar Se necessário uso da comadre * – posicionar adequadamente. DEPRESSÃO Problema mais frequentes no idoso A gravidade é maior no idoso Causas: abandono, perda de entes queridos, Causas: abandono, perda de entes queridos, alteração da auto-imagem, decrescente eficiência do corpo, perda progressiva da autonomia e independência, uso de drogas que podem causar ou agravar a depressão (cimetidina, ranitina, anti-hipertensivos, etc), DEPRESSÃO Manifestações: variadas, que incluem: Insônia Fadiga Anorexia, perda de peso Anorexia, perda de peso Apatia/prostração Constipação Choro sem causa aparente Autodepreciação e desinteresse pelas pessoas Queixas: cefaléia, indigestão, etc ATENÇÃO! Declínio no intelecto e na personalidade geralmente está relacionado à Demência e não à Depressão!não à Depressão! DEPRESSÃO - intervenções Sugerir que a família mantenha um controle semanal do peso; Estimular o paciente a fazer suas atividades diárias sem auxílio (alimentação, higiene, etc); Sugerir que o paciente saia do quarto para as alimentações, o mesmo para a TV; Encaminhar para atendimento especializado; DEPRESSÃO - intervenções Oferecer atividades lúdicas; Traçar metas com o paciente*; Estimular atividade física; Estimular a presença dos familiares e amigos. OBS.: O uso de ervas com efeito antidepressivos: Erva de São João ATENÇÃO: não deve ser usada com antidepressivos. DELIRIUM Transtorno mental orgânico que tem alteração da atenção, da memória e consequentemente da orientação. O delírium apresenta alteração do nível de consciência e acompanha alteração cognição;consciência e acompanha alteração cognição; Flutua durante o dia, processo agudo; Delírio (sintoma) X Delirium (categoria diagnóstica) Acomete cerca de 10 - 60% dos idosos hospitalizados. DELIRIUM Manifestações Clínicas: Alteração da cognição (pensamento, percepção e memória); Paciente distraído; Anormalidades psicomotoras (hipo ou hiper); Pode apresentar quadro de agitação; Memória recente totalmente prejudicada; DELIRIUM Manifestações Clínicas: Linguagem perturbada; Distúrbios da percepção (geralmente visual) Distúrbios da percepção (geralmente visual) Desorientação quanto ao tempo,local e pessoas; Alterações ocorrem geralmente a noite; Caráter agudo e flutuante. DELIRIUM - intervenções Orientar o paciente no tempo e espaço, Evitar sobrecarga sensorial e de ruídos; Realizar contenção mecânica se indicado; Manter similaridade do ciclo dia-noite; Evitar oferecer alimentos nos momentos de crise;Evitar oferecer alimentos nos momentos de crise; Oferecer objetos conhecidos para proporcionar vínculo com a realidade; Estimular a presença de familiares nestes momentos; Utilizar medicações conforme indicação médica. HIPOTERMIA Diminuição da temperatura corporal central para menos de 35°C. Geralmente é causada pela exposição a temperaturas ambientais baixas, combinada muitas vezes com a alteração nos mecanismos muitas vezes com a alteração nos mecanismos termorreguladores. Também podem estar presentes nos casos infecciosos* HIPOTERMIA Fatores predisponentes: Desnutrição Infecção Infecção Fatores sociais (isolamento, pobreza) Intoxicação por álcool HIPOTERMIA Disfunção anatômica associada: Incapacidade de vaso constrição periférica em resposta ao frio;em resposta ao frio; Redução da percepção cutânea; Diminuição do metabolismo em resposta ao frio; Redução da resposta de calafrio* HIPOTERMIA Riscos: Nos casos leves a moderados: aspiração, pneumonias, insuficiência renal aguda.pneumonias, insuficiência renal aguda. Nos casos graves: óbito pode ser superior a 50% dos casos. HIPOTERMIA - intervenções Aquecer o paciente (aquecimento passivo) Climatizar o quarto Evitar banho até recuperação da temperatura Orientar familiares/cuidador quanto as Orientar familiares/cuidador quanto as alterações da temperatura Monitorizar curva térmica e débito urinário Avaliar sensório (não alimentar) Solicitar avaliação especializada, se persistir. IMOBILIDADE Deteriorização das funções motoras gerando incapacidade para desempenhar as atividades da vida diária. Limitação progressiva da mobilidade Etiologia: enfraquecimento muscular, doenças como Mal de Parkinson, AVE, enfermidades osteoarticulares, demência, hospitalização*, diminuição dos sentidos, quadrosdepressivos, etc. INTERVENÇÕES IMOBILIDADE - intervenções Interdisciplinar; Relacionada à causa; Proporcionar reabilitação motora com exercícios que fortifiquem a musculatura;que fortifiquem a musculatura; Evitar agravos na saúde: cuidados de higiene e conforto, adaptação da residência para estimular a autonomia, independência e evitar quedas; Estimular respiração eficaz!!!! IMOBILIDADE - intervenções Casos especiais* possibilidade de uso de heparina de baixo peso molecular (profil. TVP) Utilizar a escala de Braden * Orientar familiares/cuidador para as mudanças de decúbito e posição anatômica; Iniciar tratamento adequado das úlceras de pressão de acordo com avaliação criteriosa da lesão, bem como, acompanhamento da mesma. INCONTINÊNCIA URINÁRIA Perda involuntária de urina; Presente em 30% dos idosos vivendo em comunidade;comunidade; Duas vezes mais freqüente em mulheres; Tipos de incontinência: neurogênica, funcional; fluxo constante, esforço, urgência, mista (combinação destes fatores). INCONTINÊNCIA - intervenções Intervenção interdisciplinar Controlar dieta – evitar obesidade Estimular o esvaziamento vesical a cada 3hs Estimular higiene frequente – risco de infecção Estimular higiene frequente – risco de infecção Observar sinais e sintomas de ITU Realizar avaliação do PSA* Realizar exercícios para estimular o esvaziamento da bexiga* INSTABILIDADE POSTURAL Causada, muitas vezes por: Alterações neurológicas; fraqueza das extremidades inferiores, diminuição dos reflexos, diminuição da acuidade visual ,reflexos, diminuição da acuidade visual , entre outros propiciam a instabilidade postural levando muitas vezes a um aumento na incidência de acidentes (quedas). QUEDAS Acidente doméstico Principal etiologia de morte acidental em indivíduos acima de 65 anos. 1/3 pop idosa cai 1xano 1/3 pop idosa cai 1xano Fatores extrínsecos podem chegar a 50% das causas de quedas (citar exemplos) Existem tb os fatores intrínsecos e comportamentais. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2008) INSTABILIDADE POSTURAL Reorganizar e adaptar a residência para diminuir risco de quedas* Orientar idoso e familiares/cuidador quanto ao risco de hipotensão postural e como proceder ao levantar-se da cama/sofá;levantar-se da cama/sofá; Orientar o uso de calçados adequados; Avaliar SV (particularmente TA e FC) Acompanhar no banho de chuveiro – cadeira* - Trabalhar na redução de acidentes INSTABILIDADE POSTURAL Orientar quanto a marcha e postura durante a deambulação: (ELIOPOULOS, C; 2005, p.274) INSÔNIA As pessoas idosas dormem menos profundamente; A qualidade do sono está diretamente A qualidade do sono está diretamente relacionada a qualidade de vida; Indivíduos sadios dormem melhor; INSÔNIA - intervenções Proporcionar ambiente calmo e tranqüilo para estimular um sono profundo; Evitar procedimentos a noite; Manter higiene e conforto facilitando o Manter higiene e conforto facilitando o posicionamento adequado; Evitar passar o dia no quarto*; Evitar alimentação pesada antes de dormir; INSÔNIA - intervenções Evitar líquidos em excesso no final da tarde; Utilizar sedativos somente se extremamente necessários; Estimular exercícios durante o dia; Estimular exercícios durante o dia; Estimular caminhadas ao ar livre; Manter controle da dor (se aplicável); Estimular o relaxamento com banho aquecido; Manter o paciente aquecido. Câncer de mama Câncer de Próstata Câncer de Colo HAS Prevenção Secundária: detecta ou previne a doença no seu início, antes dos sintomas Patologias Câncer de Colo HAS Osteoporose Hiperlipidemia sintomas • Prevenção* • Detecção Câncer de Mama • Detecção Precoce do Câncer de Mama e Colo de útero* Câncer de Colo Câncer de Próstata Próstata Toque retal e PSA: 80% dos casos são diagnosticados em indivíduos acima de 65 anos Nestes casos o risco de mortalidade é de 3 a 4 %. Screening não é indicado para Screening não é indicado para idosos acima de 75 anos ou com expectativa de vida < 10 anos HAS Na avaliação da pessoa hipertensa, a avaliação do risco cardiovascular é de fundamental importância para orientar a conduta terapêutica e o prognóstico. A classificação de risco de cada indivíduo deve ser avaliada pelo calculo do escore de Framingham. Que avalia os níveis pressórico, perfil lipídico, entre outros, determinando o risco de mortalidade e morbidade do paciente. Classificação de risco cardiovascular MS, 20120 Classificação da HAS Classificação Pressão Sistólica (mmHg) Pressão Diastólica (mmHg) Ótima <120 <80 Normal <130 <85 VI Diretriz de HAS, 2010 Limitrofe* 130-139 85-89 Hipertensão Estágio 1 140-159 90-99 Estágio 2 160-179 100-109 Estágio 3 ≥180 ≥110 Sistólica isolada ≥140 <90 OSTEOPOROSE A OMS (2001) declarou a Osteoporose como uma “epidemia inaceitável” sendo reconhecida como o segundo maior problema de saúde pública e maior causa de fraturas ósseas nos idosos (70%). idosos (70%). Caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração de sua microarquitetura, acarreta fragilidade do osso e conseqüente aumento do risco de fratura, mesmo com traumas mínimos. OSTEOPOROSE 60 - 70 anos: peq fraturas e deform ósseas na coluna 70 – 80 anos: fraturas de quadril (colo de fêmur) Estima-se que 25% dos idosos de 80 anos já tenham sofrido de um ou mais destes tipos de tenham sofrido de um ou mais destes tipos de fraturas. Prevenção: dieta rica em cálcio e controle do excesso de proteínas, café, fumo e álcool. Estimular exposição ao sol. OSTEOPOROSE Fatores de risco: Gênero (4mulheresx1homem) Longos períodos sem efeito protetor do estrogênio (menarca tardia e menopausa estrogênio (menarca tardia e menopausa precoce) Raça: caucasianos e asiáticos mais osteoporose Fatores nutricionais Perda óssea acelerada após a menopausa Ausência de atividade física Outros (tabagismo, ingesta de álcool e café, etc) Referências Bibliográficas SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Consenso de hipertensão arterial. São Paulo; 2010: 1-63. ELIOPOULOS, C. Enfermagem Gerontológica5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. GERSHMAN, K; McCULLOUGH, D M. Geriatria: Manual prático indispensável. Rio de janeiro: Revinter, 2009.indispensável. Rio de janeiro: Revinter, 2009. NETO, EAJ; CLEMENTE, E. et al.. Aspectos biológicos e geriátricos do envelhecimento. 2ª ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. SCHWANKE, C HA, et al.. Atualizações em geriatria e gerontologia II: abordagens multidimensionais e interdisciplinares. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009. Referências Bibliográficas SMELTZER, C. S.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico- cirúrgica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 2 v. : il. SOUZA, ACA. Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS: o berço da geriatria acadêmica no Brasil. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. VERAS, R. Envelhecimento populacional: desafios e inovações VERAS, R. Envelhecimento populacional: desafios e inovações necessárias para o setor de saúde. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ , 2008. LEAVELL, S; CLARCK, E. G. Medicina Preventiva. São Paulo: McGraw-Hill, 1976. BRASIL, INCA. Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero. WWW.inca.gov.br Referências Bibliográficas Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. – Rio de Janeiro: INCA, 2011. BRASIL. Departamento de Atenção Básica Rastreamento/Ministério da Saúde , Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento deda Saúde , Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília , Ministério da Saúde, 2010. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.Projeto Diretrizes - Quedas em idosos: prevenção. 2008.
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