Prévia do material em texto
CURSO: ELETRICISTA DE SISTEMA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Profª Thaís Cordeiro 2024 MÓDULO 4 EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES: BATERIAS, CONTROLADOR DE CARGA E INVERSOR BATERIAS • Em SFI (sistemas fotovoltaicos isolados da rede) o uso de dispositivos de armazenamento de energia é necessário para podermos atender a demanda em períodos nos quais não tem geração de energia (noite) ou quando a geração de energia é muito baixa (dias chuvosos ou nublados, baixa irradiância) • A energia convertida pelos módulos durante o dia é armazenada para ser usada em outros momentos para atender a demanda • Em SFCR (sistemas fotovoltaicos conectados à rede) as baterias podem ser utilizadas como um recurso em caso de falta de energia rede elétrica (Europa e EUA) • No Brasil, a micro e mini geração é regulamentado pela RN 482/2012 que não prevendo este tipo de operação conectada à rede com baterias, as distribuidoras de energia não aceitam esse tipo de sistema, exigindo, inclusive um tipo de proteção para desligamento da geração em casos de falta de energia. 2 BATERIAS • Quando um SFCR continua operando apesar de ter ocorrido interrupção de energia (falha/desligamento da rede) acontece o fenômeno de ilhamento • Ilhamento: quando o SFV continua operando mas não consegue injetar a energia da rede, assim a geração fica isolada da alimentação principal, formando “ilhas” que ficariam energizadas trazendo riscos materiais e riscos de vida • Em países como a Europa e EUA baterias podem ser utilizadas para armazenar essa energia gerada em casos de ilhamento • No Brasil, como a ANEEL não permite o uso de baterias em SFCR, equipamentos de proteção devem ser instalados na rede para forçar o desligamento do sistema fotovoltaico em casos de ilhamento para evitar a energização da rede e acidentes naquele local. 3 TIPOS DE BATERIAS • Bateria é um conjunto de células eletroquímicas conectados capazes de produzir e armazenar energia por meio dos processos de oxidação e redução • De forma geral, funcionam como uma pilha convencional, dentro do dispositivo ocorre uma reação de oxidação (perda de elétrons) em um eletrodo denominado ânodo e a redução (ganho de elétrons) em outro eletrodo denominado cátodo. Esa reação acaba quando não existe mais o eletrodo de oxidação (o dispositivo para de gerar corrente elétrica) 4 TIPOS DE BATERIAS • As baterias podem ser classificadas, dependendo do tipo de célula que as compõe, em recarregáveis e não recarregáveis • Esses dois tipos básicos de baterias também podem ser chamadas de primárias e secundárias • As células primárias compõem as baterias que podem ser utilizadas apenas uma vez (não recarregáveis) • Nesse tipo quando as células se descarregam completamente, sua vida útil se encerra e elas devem ser descartadas • Geralmente são utilizadas como fontes de energia de baixa potência, em aplicações como relógios de pulso, calculadoras e muitos outros aparelhos portáteis 5 TIPOS DE BATERIAS • Células secundárias compõem as baterias recarregáveis (aquelas que podem ser carregadas através de uma fonte de tensão ou corrente) e reutilizadas várias vezes, até quando seus eletrodos permitirem • São comumente chamadas de “acumuladores” ou “baterias de armazenamento” e são úteis na maioria das aplicações por longos períodos, como por exemplo, em sistemas fotovoltaicos. • Muitos tipos de baterias são utilizados para aplicações em SFV. As mais utilizadas atualmente são as baterias de chumbo-ácido em função do seu melhor custo x benefício • As de níquel-cádmio também tem aumentado a sua participação em SFV, no entanto, sua principal desvantagem com relação à de chumbo-ácido é o custo mais elevado. Também pode se utilizar baterias de íons de Litio 6 BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO Nas baterias de chumbo-ácido inicialmente, os dois eletrodos (ânodo e cátodo), são ambos compostos de sulfato de chumbo (PbSO4). Durante a carga, uma fonte externa de energia elétrica (módulos) aplica uma corrente à bateria. O terminal positivo do módulo é conectado ao cátodo e o terminal negativo ao ânodo. A aplicação da corrente elétrica no ânodo (conectado ao terminal negativo do módulo), o sulfato de chumbo (PbSO4) é oxidado para dióxido de chumbo (PbO2): No cátodo (conectado ao terminal positivo do módulo, o sulfato de chumbo (PbSO4) é reduzido a chumbo metálico (Pb): 7 BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO • Durante a carga, uma fonte externa de energia restaura a energia da bateria • No anodo ocorre a redução do PbSO4 à PbO2. O terminal negativo da fonte está conectado ao ânodo e empurra elétrons para ele • No cátodo ocorre a oxidação do PbSO4 á Pb. O terminal positivo da fonte ira puxar elétrons do cátodo • O movimento de elétrons, forçado pela aplicação da fonte externa, restaura a bateria à sua condição carregada 8 BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO Durante a descarga (uso da energia), a bateria fornece energia elétrica a uma carga externa (por exemplo, um motor ou uma luz). As reações químicas nos eletrodos se invertem. No ânodo (agora PbO2), o dióxido de chumbo reage com o ácido sulfúrico e se reduz a sulfato de chumbo (PbSO4), liberando elétrons. No cátodo (agora Pb), o chumbo metálico reage com o ácido sulfúrico e se oxida a sulfato de chumbo (PbSO4), absorvendo elétrons. 9 BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO • Durante a descarga a bateria fornece energia à carga externa (isso causa reações químicas nos eletrodos, gerando um fluxo de elétrons no circuito externo) • No ânodo, ocorre a oxidação do PbO2 à PbSO4. O ânodo libera elétrons, que entram no circuito externo (Elétrons são "empurrados" do ânodo para o circuito). • No cátodo, ocorre a redução do Pb metálico à PbSO4. O cátodo recebe elétrons do circuito externo (Elétrons são "puxados" do circuito para o cátodo) 10 BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO • Em uma bateria de chumbo-ácido o eletrólito participa de forma ativa no processo eletroquímico, variando a proporção de ácido na solução com o estado da carga do acumulador • Quando a bateria está descarregada, a quantidade de ácido na solução diminui • Se a bateria está carregada, a quantidade de ácido na solução aumenta • Este mecanismo tem uma aplicação prática: monitorando-se a concentração de ácido pode-se determinar o estado da carga da bateria • Esta monitoração é feita por um densímetro. 11 BATERIAS NÍQUEL-CÁDMIO • As baterias de níquel-cádmio possuem uma estrutura similar às de chumbo- ácido, mas o material utilizado no cátodo é o hidróxido de Níquel III (NiO(OH)) e no anodo o Cádmio (Cd). O eletrólito é uma solução diluída de hidróxido de potássio (KOH) • Enquanto as baterias de chumbo-ácido são as mais empregadas em sistemas fotovoltaicos convencionais, as de níquel-cádmio são utilizadas apenas em situações específicas • Situações que exigem temperaturas de operação extremas, acima de 40 °C e abaixo de -10 °C, devido a reduzida sensibilidade térmica dessas baterias 12 BATERIAS NÍQUEL-CÁDMIO • Vantagens: • Baterias de níquel-cádmio são vantajosas em relação às de chumbo-ácido por apresentarem maior vida útil (entre dez e quinze anos), maior capacidade de descarga total e maior imunidade a sobrecargas • Desvantagens: • Em contrapartida, costumam apresentar maior custo e menor rendimento (da ordem de 70%) • Outras desvantagens das baterias de níquel-cádmio incluem a existência de efeito de memória (viciar a bateria), a autodescarga acentuada e o uso de cádmio, material extremamente tóxico e que exige reciclagem apropriada. 13 BATERIAS ÍONS DE LÍTIO • Baterias de íons de lítio tornaram-se populares por apresentar elevado rendimento (superior a 95%), volume reduzido e elevada vida útil (até 15 anos) • Vantagens: • São caracterizadas pela menor degradação em reduzido estado de carga quando comparadas às demais tecnologias, e por apresentar energia específica e densidade de energia significativamente superiores às oferecidas por baterias de chumbo-ácido. • Desvantagem: • O fato de serem mais caras do que as demais tecnologiase sensíveis à temperatura, podendo deixar de operar quando submetidas a temperaturas superiores a 45 °C ou inferiores a 5 °C. Não obstante, os materiais que as compõem são de difícil reciclagem. 14 BATERIAS 15 Características mais importantes referentes às baterias utilizadas em aplicações fotovoltaicas BATERIAS AUTOMOTIVAS E ESTACIONÁRIAS • Baterias automotivas são desenvolvidas para fornecer níveis elevados de corrente em um período curto de tempo, situação característica da partida em automóveis • Não são desenvolvidas para ciclos profundos de descarga, podendo descarregar no máximo 20% de sua carga nominal sem prejudicar sua vida útil • Baterias estacionárias são ideais para aplicações fotovoltaicas, permitem geralmente uma profundidade de descarga maior do que as automotivas (profundidade de descarga refere-se à quantidade de energia retirada de uma bateria em relação à sua capacidade total de armazenamento) • Baterias estacionarias aguentam ficar descarregadas sem prejudicar sua vida útil, já as baterias de carros nos devemos evitar esse processo (prejudica a vida útil). Baterias do tipo estacionárias são mais caras que as baterias automotivas, 16 BATERIAS SELADAS E NÃO SELADAS • Nos também podemos encontrar baterias do tipo seladas e as não seladas • Baterias seladas são ditas livres de manutenção, pois o fabricante garante que o eletrólito em seu interior dura por toda sua vida útil sem a necessidade de ser reposto • Baterias não seladas requerem manutenção periódica onde o usuário deverá verificas o nível do eletrólito e, caso esteja baixo, realizar a reposição • Existem também as baterias de chumbo ácido com eletrólito em gel, comumente chamadas de baterias de gel. São baterias um pouco mais caras que as de chumbo ácido convencionais mas apresentam algumas vantagens como maior tempo de vida útil 17 VIDA ÚTIL • Vida útil de baterias pode ser expressa como: número de ciclos ou período de tempo (dependendo do tipo de serviço para o qual a bateria foi especificada) • Número de ciclos: a vida útil é igual ao número de ciclos, com uma determinada profundidade de descarga, a que uma célula ou bateria pode ser submetida antes de começar a apresentar falhas • Esse número (vida cíclica) depende da profundidade de descarga do ciclo, da corrente de descarga e da temperatura de operação da bateria • A profundidade de descarga indica, em termos percentuais, quanto da capacidade nominal da bateria foi retirado a partir do estado carga completa • Em SFI normalmente os ciclos carga e descarga são diários, desta forma o número de ciclos de vida corresponde ao número de dias de serviço. 18 VIDA ÚTIL • Nas baterias de Chumbo-ácido (mais utilizadas em sistemas fotovoltaicos) o fim da vida útil acontece no momento em que mesmo estando totalmente carregada a bateria consegue fornecer apenas 80% da sua capacidade nominal • Esta perda permanente de 20% está relacionada com a degradação dos eletrodos que existem dentro da bateria • A cada ciclo de carga e descarga pequenas quantidades de material ativo são desprendidos dos eletrodos e são depositados no fundo da bateria • Uma vez que este material se separa do eletrodo, ele não pode ser utilizado novamente nas reações de oxidação e redução e a capacidade de carga da bateria vai diminuindo 19 VIDA ÚTIL • A vida útil de uma bateria de chumbo ácido é influenciada por dois fatores: • Quantidade ciclos de carga e descarga • Temperatura de trabalho • Conforme o uso da bateria, o material dos eletrodos vai sendo degradado e este não pode ser reposto (isso diminui a capacidade de armazenamento de energia ao longo do tempo) • Descargas profundas (descarregamento completo) diminui a quantidade de ciclos de carga e descarga e, consequentemente, diminui a vida útil da bateria • O aumento da temperatura de trabalho das baterias influencia negativamente sua vida útil (altas temperaturas aceleram as reações químicas) pois favorecem o processo de degradação dos eletrodos. Temperaturas de trabalho acima de 40°C acarretam numa forte diminuição de sua vida útil. 20 TAXA DE CARGA E DESCARGA • A taxa de carga é o valor da corrente aplicado a uma célula ou bateria durante o processo de carga. Esta taxa é normalmente normalizada em relação a capacidade nominal da bateria. Por exemplo, uma taxa de carga de 10 horas para uma bateria de 500 Ah de capacidade nominal é expressa da seguinte forma: • A taxa de descarga é definida como o valor da corrente durante o processo de descarga de uma bateria. Esta taxa pode ser expressa em ampéres mas é mais comumente encontrada normalizada pela capacidade nominal da bateria. 21 ESTADO DA CARGA E PROFUNDIDADE DE DESCARGA • O estado da carga representa a capacidade disponível em uma bateria expressa como porcentagem da capacidade nominal. • Ex: Se 25 Ah foram retirados de uma bateria de capacidade nominal de 100 Ah, o novo estado da carga é de 75%. • A profundidade de descarga é o valor complementar do estado da carga. Indica em termos porcentuais, quanto da capacidade nominal da bateria foi retirado a partir do estado de plena carga. • Ex: A remoção de 25 Ah de uma bateria de capacidade nominal de 100 Ah resulta em uma profundidade de descarga de 25%. • A profundidade de descarga e a temperatura são os parâmetros mais comumente usados pelos fabricantes de células para estimar a capacidade de vida cíclica da bateria 22 EFEITO DA TEMPERATURA E PROFUNDIDADE DE DESCARGA As normas consideram o fim da vida útil de uma bateria Chumbo-ácido como o momento em que a capacidade remanescente da bateria é de 80% de sua capacidade nominal. 23 TAXAS DE CARREGAMENTO 24 Carregar rapidamente (C/10) leva a um aumento rápido na tensão, enquanto carregar lentamente (C/500) resulta em um aumento gradual da tensão ao longo de um período mais longo. Embora a tensão suba rapidamente com taxas de carregamento altas, carregar a bateria rapidamente diminui sua vida útil. Taxas de carregamento lentas são geralmente mais benéficas para a vida útil da bateria, mesmo demorando mais. TAXAS DE CARREGAMENTO 25 Descarregar rapidamente (C/10) leva a uma queda rápida na tensão, enquanto descarregar lentamente (C/50) resulta em uma queda gradual da tensão ao longo do tempo. Embora a tensão caia mais rapidamente com taxas de descarga mais altas, descarregar a bateria rapidamente pode resultar em uma menor quantidade de energia total extraída. Taxas de descarga mais lentas permitem uma extração de energia mais eficiente ao longo do tempo. CARACTERISTICAS ELÉTRICAS DAS BATERIAS • Tensão nominal: Tensão média de uma bateria (Geralmente 12V, mas também podemos encontrar baterias com tensão nominal de 24V) • Capacidade: Expressa em ampéres-hora (Ah), indica a quantidade de corrente que pode ser retirada da bateria em uma hora. Ex: Uma bateria de 120Ah pode fornecer 120 ampéres em uma hora, 60A em 2h, 30A em 4h ou 1A em 120h (basta multiplicar o valor da corrente pelo tempo) • Tensão de flutuação: Nível de tensão que deve ser mantido na bateria para manter o estado de carga no máximo sem sobrecarregá-la (Baterias de chumbo ácido a tensão de flutuação gira em torno dos 13,2Ve 13,8V) • Tensão de carga: Tensão que deve ser aplicada para carregar a bateria. Valores indicados pelos fabricantes estão entre 14,4Ve 15,5V. 26 BANCO DE BATERIAS • Podemos associar baterias para atingir níveis de tensão ou capacidade nas quais não encontramos em uma única bateria comercial • Um conjunto de baterias associadas eletricamente denomina-se banco de baterias • Baterias podem ser associadas em: ✓Série ✓Paralelo ✓Mista 27 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE • Ex: Baterias de 12V de tensão nominal e capacidade de 150Ah. 28 ASSOCIAÇÃO EM PARALELO • Ex: Baterias de 12V de tensão nominal e capacidade de 150Ah. 29 ASSOCIAÇÃO MISTA • Ex: Baterias de 12V de tensão nominal e capacidade de 150Ah. 30 BANCO DE BATERIAS • Geralmente nos SFI a bateria/banco de baterias é conectadaem paralelo ao módulo (maior capacidade de armazenamento) • O módulo FV pode fornecer energia para a bateria mesmo após atingir seu nível máximo - isso acarreta sobrecarga - gera aquecimentos – diminui a vida útil • Se o consumo alto a nível de deixar a bateria com cargas muito baixa por um determinado período de tempo, caso não haja recarga, provoca uma diminuição na sua vida útil (esse fato pode acontecer à noite quando os módulos não geram energia e o consumo de energia pode ser grande) • Para o excesso de carga e também a falta de carga deve-se realizar o controle da carga e da descarga da bateria de forma constantemente • O equipamento que realiza função é o chamado de controlador de carga. 31 CONTROLADOR DE CARGA • Controladores de carga são incluídos na maioria dos SFI com o objetivo de proteger a bateria/banco de baterias contra cargas ou descargas excessivas • Assim, esses equipamentos aumentam a vida útil das baterias • Pode ser chamado de “gerenciador de carga”, “regulador de carga” ou “regulador de tensão” conforme seu nível de sofisticação • São componentes críticos em SFI pois, caso venham a falhar, a bateria poderá sofrer danos irreversíveis. • Devem ser projetados considerando-se as especificidades dos diversos tipos de bateria, uma vez que um controlador projetado para um determinado tipo de bateria não consegue operar eficientemente com uma bateria de outro tipo • Ex: Uma bateria de chumbo ácido selada temos que usar um controlador de carga especifico para esse tipo de bateria 32 CONTROLADOR DE CARGA • O controlador de carga é um equipamento essencial e indispensável nos sistemas isolados com armazenamento de energia por bateria • Para determinar o estado de carga das baterias esse controlador realiza a medição da tensão do banco de baterias/bateria para tomar algumas decisões • Quando o nível de carga da bateria atinge seu máximo, o controlador “desliga” o carregamento para evitar sobrecarga (situações quando módulos fotovoltaicos continuam mandando energia para a bateria) • Quando o nível de carga da bateria cai demais, chegando a níveis considerados prejudiciais a vida útil dela, o controlador de carga desliga o fornecimento de energia para os consumidores e só volta a fornecer energia quando a carga da bateria estiver a níveis não comprometam sua vida útil da bateria. 33 CONTROLADOR DE CARGA 34 CONTROLADOR DE CARGA • Os controladores devem desconectar o gerador fotovoltaico quando a bateria atingir carga plena e interromper o fornecimento de energia quando o estado de carga da bateria atingir um nível mínimo de segurança • Alguns controladores também monitoram o desempenho do SFI acompanhando a tensão e corrente do sistema e acionam alarmes quando ocorre algum problema • Para melhorar o desempenho do controlador de carga, este pode ainda incorporar um sensor de temperatura para avaliar a temperatura e evitar danos as baterias • Para valores elevados de corrente de operação, em sistemas fotovoltaicos muito grande, o custo do controlador aumenta significativamente e a sua disponibilidade no mercado reduz-se 35 TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA • Os controladores podem se diferir basicamente em relação a grandeza utilizado para controle carga e descarga, a forma de desconexão do módulo fotovoltaico e a estratégia de controle adotada • As grandezas de controle mais utilizadas são: estado de carga, tensão e densidade do eletrólito da bateria • A forma utilizada para desconectar o painel fotovoltaico da bateria quando esta já está carregada pode ser classificada como paralelo (shunt) ou série • Ambos podem ser efetivamente usados, sendo que cada um pode incorporar um número de variáveis que alteram o desempenho básico e sua aplicabilidade. 36 TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA • Os controladores mais comuns são do tipo: ✓ Liga-desliga (on-off) ✓ PWM (Pulse width modulation) significa modulação por largura de pulso ✓ MPPT (Maximum power point tracking) significa “ponto rastreador de potência máxima 37 CONTROLADORES DE CARGA LIGA-DESLIGA • Os controladores de carga comerciais mais simples são do tipo denominado liga- desliga (on-off). Este tipo aplica diretamente a tensão e a corrente do módulo sobre a bateria, sem qualquer tipo de regulação. • O módulo funciona como uma fonte de corrente limitada pela Isc (condições STC) com o valor de tensão estabelecido pela bateria. • A estratégia de controle é baseada na tensão instantânea nos terminais da bateria, que é comparada a esses limites • Para as baterias de Chumbo ácido, no limite superior (2,5 V por célula) a bateria é desconectada do arranjo por considerar-se que, ao atingir este ponto, ela está completamente carregada • No limite inferior (1,9 V por célula) a carga é desconectada da bateria, pois neste ponto considera-se que a bateria esteja descarregada na máxima profundidade. 38 CONTROLADORES DE CARGA PWM • Controlador PWM (Pulse width modulation) significa modulação por largura de pulso. É uma técnica de controle que regula a quantidade de energia enviada para a bateria durante o carregamento • Neste, a energia dos módulos é pulsada (ligada e desligada rapidamente) para controlar a tensão e a corrente fornecida à bateria • O controlador PWM ajusta a largura dos pulsos de energia (o tempo em que o pulso está "ligado" versus "desligado") • Quando a bateria está quase cheia, a largura do pulso é reduzida, fornecendo menos energia. 39 CONTROLADORES DE CARGA PWM • O carregamento no modelo PWM acontece por etapas: ✓Bulk (Carga a Granel): Durante esta fase, a bateria recebe a corrente máxima que os painéis solares podem fornecer até atingir uma tensão específica ✓Absorption (Absorção): A tensão é mantida constante enquanto a corrente diminui gradualmente, permitindo que a bateria absorva a carga restante de forma segura ✓Float (Flutuação): A tensão é reduzida a um nível de manutenção para manter a bateria totalmente carregada sem causar sobrecarga. • Nesses equipamentos o controle na carga acontece da seguinte forma: O controlador PWM monitora a tensão da bateria e ajusta a largura dos pulsos para manter a tensão dentro de um intervalo seguro. Isso previne sobrecarga e prolonga a vida útil da bateria. 40 CONTROLADORES DE CARGA MPPT • Os controladores MPPT vem da sigla para maximum power point tracking que significa “ponto rastreador de potência máxima • MPPT é uma tecnologia avançada usada em controladores de carga que otimiza a transferência de energia dos painéis solares para as baterias • Ele rastreia continuamente o ponto de máxima potência (MPP) dos painéis solares para garantir que eles estejam operando com a eficiência máxima possível. • O controlador MPPT ajusta constantemente a resistência elétrica do sistema para encontrar o ponto onde os painéis solares estão gerando a máxima potência. • Ele ajusta a tensão e a corrente de entrada para corresponder à tensão e à corrente ideais da bateria, permitindo que mais energia seja transferida para a bateria mesmo em condições variáveis de iluminação. 41 CONTROLADORES DE CARGA MPPT • O controle da carga acontece da seguinte forma: O controlador MPPT usa algoritmos para monitorar a tensão e a corrente dos painéis solares e ajustar a resistência do sistema em tempo real • Isso permite que o controlador extraia a máxima potência disponível dos painéis solares e a converta para a tensão e a corrente ideais para carregar a bateria • Similar aos controladores PWM, os controladores MPPT também carregam as baterias em etapas (Bulk, Absorption, Float), mas com maior eficiência devido ao rastreamento do ponto de máxima potência. 42 TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA 43 TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA 44 TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Formas de controle: • HVD (High Voltage Disconnect): Desconexão por alta tensão, protege contra sobretensões e sobrecarga da bateria. Exemplo de Operação HVD: Se a tensão de entrada de um módulo exceder, porexemplo, 15V em um sistema de baterias 12V, o controlador de carga desconecta o módulo para evitar danos ao sistema. • LVD (Low Voltage Disconnect): Desconexão por baixa tensão, protege contra subtensões e descarga profunda de baterias. Exemplo de Operação LVD: Se a tensão da bateria cair abaixo de 10,5V em um sistema de 12V, o controlador de carga desconecta a carga para proteger a bateria contra descarga profunda. 45 TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Esse controlador possui a função opcional para desconexão por baixa tensão (LVD). Consome menos energia do que o série e, por isso, é mais utilizado. Emprega um relé eletromecânico, que desliga ou reduz o fluxo de corrente para a bateria quando ela está completamente carregada. Assim, parte da corrente fornecida pelo gerador é desviada. Esse controlador provoca aquecimento (capacidade de trabalho mais limitada), são adequados para SFV menores. 46 TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Também apresenta a função de desconexão por baixa tensão (LVD). Utiliza um relé eletromecânico ou um semicondutor de chaveamento para desconectar o gerador quando a bateria está carregada. Podem utilizar ou não um diodo de bloqueio. Esses são necessários em redes de alta tensão pois devido a quantidade de energia o equipamento impedem que correntes inversas fluam pelo sistema e danifiquem- no. Rede de baixa tensão não sofrem perdas elevadas devidas às correntes reversas (noite), as perdas ocorridas pelo uso de um diodo podem ser maior do essas. Não emitem calor, podendo ser instalados em ambientes fechados, atendendo a diferentes aplicações, principalmente, os equipamentos maiores 47 CARACTERISTICAS ELETRICAS DO CONTROLADOR • Os controladores de carga geralmente são especificados pela tensão de trabalho e máxima corrente que eles suportam • Tensão dos controladores: É especificada de acordo com a tensão da bateria/banco de baterias que vai ser ligado a ele (Podemos encontrar com facilidade no mercado nacional controladores com tensão de 12VDC a 48VDC) • Existem controladores que funcionam com tensão automática (12 ou 24V) • Corrente dos controladores: Encontramos controladores que suportam níveis de corrente de 5A, 10A, 15A, 20A, 40A e até 60A (dificilmente se encontra controladores acima de 60A devido aos custos da fiação elétrica na instalação) • O controlador é o elemento central do sistema, que recebe a energia dos módulos, realiza o controle de carga/descarga da bateria e libera energia para as cargas 48 TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Além de controlar carga e descarga das baterias os controladores de carga podem apresentar algumas outras funções. São elas: • Proteção Contra Sobrecarga: Impedem que as baterias sejam carregadas além de sua capacidade máxima, o que pode causar danos e reduzir a vida útil. • Proteção Contra Descarga Excessiva: Evitam que as baterias sejam descarregadas completamente, o que pode danificá-las permanentemente. • Regulação da Tensão: Mantêm a tensão de carregamento dentro de um intervalo seguro para garantir o carregamento eficiente e seguro das baterias. • Gerenciamento de Energia: Otimizam o uso da energia gerada pelos painéis solares, direcionando-a de forma eficiente para as baterias e para os dispositivos conectados. • Monitoramento e Diagnóstico: Alguns controladores fornecem informações sobre o estado das baterias e do sistema, ajudando na manutenção preventiva e na detecção de problemas. 49 INVERSOR • A maioria dos equipamentos eletroeletrônicos que utilizamos funcionam com tensão de 127V ou 220V de corrente alternada (CA) (características da rede elétrica local) • Os SFV convertem a radiação em energia, no entanto entregam essa energia na forma de corrente contínua (CC) • Para fazer funcionar equipamentos eletroeletrônicos que funcionam com tensões da rede (127V/220V) em CA, é necessário um equipamento que converta a energia fornecida pelos módulos e baterias (CC) para valores adequados às novas cargas (CA) • Os equipamentos que convertem energia de corrente contínua em corrente alternada são chamados conversores CC/CA ou simplesmente inversores 50 INVERSOR • Os inversores são construídos com auxílio de dispositivos semicondutores de potência • Que constituem chaves eletrônicas controláveis que podem conduzir ou bloquear a passagem de tensão e corrente • O estado é controlado por meio de um sinal de controle, e permitem assim a conversão de tensão CC para CA e vice-versa • Durante essa conversão, os inversores utilizam componentes de comutação, como transistores ou tiristores, para realizar três funções principais: ✓ Bloqueio ✓ Comutação ✓ Condução. 51 INVERSOR • Comutação: processo de alternar entre os estados de condução e bloqueio. Deve ser realizado de forma rápida e eficiente para minimizar perdas de energia e garantir a qualidade da energia convertida. Os dispositivos de comutação permitem ou interrompem o fluxo de corrente. • Bloqueio: capacidade dos dispositivos de comutação de interromper o fluxo de corrente. Quando o dispositivo está em estado de bloqueio, ele impede que a corrente flua através do circuito, atuando como um interruptor aberto. Esta função é essencial para controlar a temporização e a direção da corrente em circuitos de potência. • Condução: é o estado que os dispositivos de comutação permitem o fluxo de corrente, funcionando como um interruptor fechado. Durante a condução, a corrente flui livremente, permitindo que a energia seja transferida de uma parte para outra. 52 INVERSOR • De maneira simplificada os módulos fornecem a eletricidade na forma de corrente contínua (CC). • A corrente contínua flui em uma única direção, diferente da corrente alternada (CA), que muda de direção periodicamente. • O inversor tem a função de converter essa corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA). Esse processo de conversão acontece em etapas: • Entrada de Corrente Contínua (CC) • Oscilador • Transformador • Filtro de Saída • Saída de Corrente Alternada (CA) 53 INVERSOR • Entrada de Corrente Contínua (CC): A corrente contínua gerada pelos módulos é enviada para o inversor • Oscilador: Dentro do inversor, um oscilador cria uma onda de corrente alternada a partir da corrente contínua. Este oscilador funciona através de transistores e capacitores, que rapidamente ligam/desligam a corrente contínua, criando uma forma de onda quadrada que alterna a direção da corrente. • Transformador: A onda quadrada do oscilador não é adequada para a maioria dos aparelhos/rede elétrica. Assim, a onda é enviada para um transformador que ajusta a amplitude da onda (voltagem), convertendo-a para a voltagem apropriada de uso residencial ou industrial (como 110V ou 220V). 54 INVERSOR • Filtro de Saída: A forma de onda quadrada precisa ser suavizada para se parecer mais com uma onda senoidal pura, que é a forma ideal de corrente alternada (CA) utilizada pelos aparelhos. O inversor utiliza filtros, geralmente compostos por indutores e capacitores, para converter a onda quadrada em uma onda senoidal. • Saída de Corrente Alternada (CA): A corrente alternada (CA) suavizada e ajustada é então enviada para os dispositivos elétricos ou para a rede elétrica. Esta CA é agora compatível com os padrões exigidos pelos aparelhos elétricos e pela rede. 55 INVERSOR 56 INVERSOR PWM Comumente os inversores utilizam dois métodos para criar suas ondas (quadradas, senoidais modificadas ou puras): técnica PWM ou MPPT • Modulação por largura de pulso (PWM): Modula a largura dos pulsos de CC para criar uma forma de onda que simula a CC e utilizam um filtro de saída para suavizar em uma onda senoidal mais suave. Utilizada em uma ampla variedade de inversores, tanto para criar ondas senoidais modificadas quanto puras. • Vantagens: Custo (mais barato), tecnologia mais simples (menos componentes complexos) • Desvantagens: Qualidade da Onda (os modelos comuns produzem uma onda senoidal modificada, que pode nãoser adequada para dispositivos sensíveis ou motores) • Aplicações: Equipamentos e aparelhos que não são sensíveis a formas de onda mais simples e modificadas, como iluminação, carregadores de bateria, etc. 57 INVERSOR MPPT • Inversores MPPT são mais sofisticados e incorporam a tecnologia de Rastreamento do Ponto de Máxima Potência (MPPT) para otimizar a conversão de energia. • O inversor ajusta continuamente a carga para garantir que os módulos estejam operando no ponto de máxima potência, extraindo a maior quantidade possível de energia • Converte a entrada de CC dos módulos em tensão/corrente ideais para alimentar os dispositivos ou carregar as baterias de forma eficiente • Produz uma onda senoidal pura, ideal para todos os tipos de dispositivos elétricos, incluindo os mais sensíveis. 58 INVERSOR MPPT • Vantagens: • Muito eficiente na conversão de energia, maximizando a saída dos módulos • Funciona bem em condições variáveis de iluminação e com uma ampla gama de tensões de entrada • Desvantagens: • Mais caro devido à tecnologia avançada e componentes adicionais. • Tecnologia mais complexa que pode exigir mais manutenção • Aplicações: • Sistemas de energia solar de médio a grande porte, onde a maximização da eficiência é crucial. • Equipamentos eletrônicos sensíveis, como computadores, televisores, sistemas de áudio, e eletrodomésticos de alta qualidade. 59 INVERSORES 60 Característica Inversores PWM Inversores MPPT Eficiência de Conversão Moderada Alta Qualidade da Onda Onda senoidal modificada Onda senoidal pura Custo Baixo Alto Complexidade Simples Complexa Aplicação Ideal Iluminação pública e sistemas de bombeamento de água Residencias, usinas de grande porte Maximização de Energia Solar Não Sim Adaptabilidade a Variações Menos adaptável Altamente adaptável Comparação entre Inversores PWM e MPPT INVERSOR Para classificar os inversores, usa-se critérios baseados na: •Forma da onda de saída ✓ Onda quadrada, senoidal pura e Onda senoidal modificada •Topologia do sistema ✓ Monofásico e Trifásico •Configuração do sistema ✓ Central, String e Microinversor •Fonte de energia ✓ Fotovoltaico, bateria e hibrido •Aplicação específica ✓ On-grid (conectado à rede) e Off-grid (isolado) 61 INVERSOR Classificação pelo tipo de onda de saída: Inversores de Onda quadrada • Disponibiliza em sua saída tensão com forma de onda quadrada de dois níveis (-V e +V), caracterizada por apresentar elevada distorção quando comparada à forma de onda senoidal pura • Vantagens: Apresenta baixo custo em virtude da simplicidade • Desvantagens: Qualidade de onda baixa, aplicações limitadas • Aplicações: Restringe-se a cargas insensíveis a distorções de tensão, como aquelas predominante resistivas (fornos elétricos, aquecedores e ferros de passar) e aquelas que utilizam motores com escova a carvão (liquidificadores, furadeiras e serras elétricas). 62 INVERSOR Classificação pelo tipo de onda de saída: Inversores de Onda Senoidal Modificada • Criam uma forma de onda aproximada da senoidal. Utilizam a técnica de modulação por largura de pulso (PWM) para controlar a largura dos pulsos de energia (desligando e ligando a tensão). • Aplicações: Equipamentos de baixa sensibilidade, como iluminação, ventiladores, e carregadores de baterias • Vantagens: São mais barato e mais simples de fabricar • Desvantagens: Não são adequados para dispositivos eletrônicos sensíveis ou motores que requerem uma onda senoidal pura. 63 INVERSOR Inversores de Onda Senoidal Pura • Produzem uma onda senoidal pura que é idêntica à energia fornecida pela rede elétrica. São mais complexos e caros, mas oferecem uma qualidade de energia superior, ideal para todos os tipos de dispositivos • Aplicações: Computadores, televisores, sistemas de áudio, eletrodomésticos, e qualquer equipamento sensível • Vantagens: Compatível com todos os tipos de dispositivos eletrônicos, incluindo os mais sensíveis. • Desvantagens: Mais caro e complexo de fabricar. 64 INVERSOR Classificação pela topologia do sistema: Inversor Monofásico • Converte corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA) monofásica (A rede monofásica comporta as voltagens de 110V e 220V) • Aplicações: pequenas instalações solares residenciais e comerciais Inversor Trifásico • Converte corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA) trifásica (a trifásica comporta 220V, 380V, 440V entre outra.) • Aplicações: Instalações industriais e comerciais de grande porte. 65 INVERSOR Classificação pela configuração do sistema: Inversor Centralizado • Consiste em um único inversor utilizado para converter a saída de um grande número de módulos. • Aplicações: Grandes usinas de energia solar. • Vantagens: Eficiência elevada e manutenção simplificada. • Desvantagens: Se o inversor falhar, toda a produção de energia é interrompida. 66 INVERSOR Inversor String • Vários inversores conectados a diferentes "strings" (fileiras) de módulos • Aplicações: Instalações solares de médio porte • Vantagens: Maior flexibilidade e melhor desempenho em condições de sombreamento parcial • Desvantagens: Pode ser mais caro e complexo de instalar 67 INVERSOR Microinversor • Inversor individual conectado a cada painel solar • Aplicações: Pequenas instalações solares residenciais. • Vantagens: Ótimo desempenho em condições de sombreamento parcial, fácil monitoramento e expansão do sistema • Desvantagens: Custo inicial mais elevado por painel. 68 INVERSOR Classificação pela fonte de energia: Inversor Fotovoltaico (PV) • Projetado especificamente para converter a saída de módulos fotovoltaicos. • Aplicações: Sistemas de energia solar. Inversor de Bateria • Converte a energia armazenada em baterias em corrente alternada. • Aplicações: Sistemas de backup de energia, sistemas off-grid. Inversor Híbrido • Converter energia de várias fontes, como painéis solares e baterias, e pode funcionar tanto em modo on-grid quanto off-grid • Aplicações: Sistemas de energia solar que exigem flexibilidade máxima. 69 INVERSOR Classificação pela aplicação: Inversor Off-Grid (isolados) • Aquele que opera de forma independente da rede elétrica, utilizando baterias para armazenamento de energia. • Aplicações: Casas isoladas, cabanas, e outras instalações remotas • Vantagens: Funciona em locais sem acesso à rede elétrica • Desvantagens: Necessita de um sistema de armazenamento (baterias) e gerenciamento de energia mais complexo. 70 INVERSOR Inversor On-Grid (conectado à rede) • Aqueles conectados à rede elétrica, projetados para sincronizar sua saída de CA com a rede. É responsável por sincronizar o sistema com a rede pública de eletricidade, fazendo com que a energia solar produzida seja fornecida exatamente como a que recebemos da rede elétrica • Aplicações: Sistemas solares residenciais e comerciais conectados à rede • Vantagens: Permite a venda de energia excedente para a rede elétrica • Desvantagens: Não funciona durante uma queda de energia, a menos que tenha capacidade de backup 71 INVERSOR PARA SFI Sistemas fotovoltaicos isolados são divididos em: • Microssistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia Elétrica (MIGDI): Sistemas do tipo MIGDI têm potência instalada total de geração de até 100 kW e atendem mais de uma unidade consumidora por meio de uma microrrede de distribuição (baterias) • Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente (SIGFI): os sistemas do tipo SIGFI atendem apenas uma única unidade consumidora. Ambos os sistemas devem garantir, no mínimo, disponibilidade mensal de energia de 45 a 180 kWh por unidade consumidora, a depender do porte do sistema (baterias) • Sistemas isolados sem armazenamento: não usam baterias, a energia gerada é consumida no mesmo ponto e instante. Só funciona durante o momento de irradiação solar. Usado para sistemas de bombeamento/irrigação para plantio 72 INVERSOR PARA SFI •Inversores para sistemas fotovoltaicos isolados, comumente chamados de inversores isolados, são equipamentos eletrônicos que geralmente recebem em sua entrada 12V ou 24V de corrente continua (CC) e convertem para 127Vou 220V em corrente alternada (CA) com frequência fixa de 50Hz ou 60Hz. A simbologia utilizada para representar um inversor é a seguinte: 73 INVERSOR PARA SFI O inversor é conectado entre o controlador de carga e os equipamentos eletroeletrônicos que funcionam com corrente alternada. A polaridade definida (positiva e negativa) está presente até a entrada do inversor. Na sua saída a tensão é alternada, o que gera também uma corrente também alternada. 74 CARACTERISTICAS ELETRICIAS PARA INVERSORES ISOLADOS Características elétricas que podemos encontrar nos inversores isolador comerciais: • Tensão de entrada: Os inversores isolados de pequeno ou médio porte geralmente podem receber em sua entrada 12V CC ou 24V CC. Inversores de porte maior podem apresentar uma tensão de entrada maior, da ordem de 100V CC ou mais, isso é feito para diminuir a corrente na entrada do inversor • Tensão de saída: No comércio brasileiro podemos encontrar inversores com saída de 127V CA ou 220V CA devido rede de tensão que temos em nosso país • Frequência da onda: Podemos encontrar inversores com frequência de onda de 50Hz ou 60Hz. No Brasil a frequência da rede é de 60Hz e muitos equipamentos eletroeletrônicos nacionais só funcionam nessa frequência 75 CARACTERISTICAS ELETRICIAS PARA INVERSORES ISOLADOS • Potência nominal de saída: potência que o inversor consegue gerar em regime de uso permanente. • Potência de pico: potência acima da nominal que o inversor consegue manter por determinado tempo, utilizado para picos de consumo. • Eficiência: relação entre potência de entrada e potência de saída do inversor, a eficiência dos inversores varia entre 50% a 90%, sendo apropriado o uso de inversores com rendimento acima de 90% para evitar o máximo de perdas. • Auto-consumo: A maioria dos inversores possuem um sistema de standby para reduzir perdas de consumo quando o inversor trabalha sem cargas, este consumo normalmente é de até 2% da potência nominal de saída. • Forma de onda: podendo ser inversores de onda senoidal modificada ou inversores de onda senoidal pura. 76 INVERSORES PARA SFCR Sistemas conectados à rede (injetam a energia gerada diretamente na rede elétrica) são divididos em 3 classes: • Microgeração - Sistema fotovoltaico com potência de até 75kW • Minigeração - Sistema fotovoltaico com potência entre 76kW e 5MW. • Geração centralizada – Sistemas fotovoltaicos de grande porte acima de 5MW 77 INVERSORES PARA SFCR • Diferentemente dos inversores para SFI, os inversores para SFCR necessitam da rede para funcionar • Esses equipamentos realizam a leitura de parâmetros da rede constantemente para trabalhar em sincronismo com a mesma • Caso os parâmetros da rede não estejam dentro dos valores definidos pelo fabricante, o inversor é desligado automaticamente e deixa de mandar energia para a rede • Dentre as exigências cobradas pelas concessionárias para autorizar o uso de inversores on-grid é que o inversor tenha a função anti-ilhamento • Essa função garante que o inversor pare de fornecer energia no momento em que a rede seja desligada. Ex: Quando a rede é desenergizada para manutenção • Caso o inversor continue fornecendo energia, o técnico que está realizando a manutenção na rede corre riscos de acidentes 78 INVERSORES PARA SFCR Uma possível classificação de tipos de inversores para SFCRs é a seguinte: • Microinversor • Inversor string • Inversor Multistring • Inversor Central 79 MICROINVERSOR • Microinversor, adequado para sistemas pequenos como os residências. que trabalha com tensões até 60V CC. Visa atender a no máximo 4 módulos por equipamento 80 INVERSOR STRING 81 • Inversores String: Um dos modelos mais utilizados no mundo. Conecta uma ou mais fileiras de módulos. Adequados a instalações de microgeração (até 10kWp) INVERSOR MULTISTRING 82 • Inversores Multistring: Possuem várias entradas para conexão de strings (fileiras) de módulos e são adequados a instalações urbanas (telhados, fachadas) nas quais cada string pode estar submetida a diferentes condições de irradiância e/ou sombreamento. Tem potência na faixa de dezenas de kWp. INVERSOR CENTRAL 83 • Inversores Centrais: Versão maior do inversor string, são mais adequados para construções de grande porte (Usinas) numa faixa que vai de centenas de kWp até MWp CARACTERISTICAS ELETRICIAS PARA INVERSORES CONECTADOS À REDE 84 • VDC max: Indica o valor máximo da tensão de entrada do inversor. • VDC MPP: Faixa de tensão de entrada na qual o inversor opera extraindo a máxima potência do arranjo • IDC max: Máximo valor de corrente DC na entrada do inversor. • VAC: Tensão nominal da rede elétrica no qual o inversor será interligado. • PAC: Potência máxima que o inversor pode fornecer a rede elétrica. • FAC: Valor nominal de frequência da tensão da rede no qual o inversor pode operar. • IAC max: Máximo valor de corrente que o inversor pode injetar na rede elétrica Características elétricas de um modelo de inversor 85 Obrigada pela atenção! thais.c@ufabc.edu.br Slide 1 Slide 2: BATERIAS Slide 3: BATERIAS Slide 4: TIPOS DE BATERIAS Slide 5: TIPOS DE BATERIAS Slide 6: TIPOS DE BATERIAS Slide 7: BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO Slide 8: BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO Slide 9: BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO Slide 10: BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO Slide 11: BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO Slide 12: BATERIAS NÍQUEL-CÁDMIO Slide 13: BATERIAS NÍQUEL-CÁDMIO Slide 14: BATERIAS ÍONS DE LÍTIO Slide 15: BATERIAS Slide 16: BATERIAS AUTOMOTIVAS E ESTACIONÁRIAS Slide 17: BATERIAS SELADAS E NÃO SELADAS Slide 18: VIDA ÚTIL Slide 19: VIDA ÚTIL Slide 20: VIDA ÚTIL Slide 21: TAXA DE CARGA E DESCARGA Slide 22: ESTADO DA CARGA E PROFUNDIDADE DE DESCARGA Slide 23: EFEITO DA TEMPERATURA E PROFUNDIDADE DE DESCARGA Slide 24: TAXAS DE CARREGAMENTO Slide 25: TAXAS DE CARREGAMENTO Slide 26: CARACTERISTICAS ELÉTRICAS DAS BATERIAS Slide 27: BANCO DE BATERIAS Slide 28: ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE Slide 29: ASSOCIAÇÃO EM PARALELO Slide 30: ASSOCIAÇÃO MISTA Slide 31: BANCO DE BATERIAS Slide 32: CONTROLADOR DE CARGA Slide 33: CONTROLADOR DE CARGA Slide 34: CONTROLADOR DE CARGA Slide 35: CONTROLADOR DE CARGA Slide 36: TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Slide 37: TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Slide 38: CONTROLADORES DE CARGA LIGA-DESLIGA Slide 39: CONTROLADORES DE CARGA PWM Slide 40: CONTROLADORES DE CARGA PWM Slide 41: CONTROLADORES DE CARGA MPPT Slide 42: CONTROLADORES DE CARGA MPPT Slide 43: TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Slide 44: TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Slide 45: TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Slide 46: TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Slide 47: TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Slide 48: CARACTERISTICAS ELETRICAS DO CONTROLADOR Slide 49: TIPOS DE CONTROLADORES DE CARGA Slide 50: INVERSOR Slide 51: INVERSOR Slide 52: INVERSOR Slide 53: INVERSOR Slide 54: INVERSOR Slide 55: INVERSOR Slide 56: INVERSOR Slide 57: INVERSOR PWM Slide 58: INVERSOR MPPT Slide 59: INVERSOR MPPT Slide 60: INVERSORES Slide 61: INVERSOR Slide 62: INVERSOR Slide 63: INVERSOR Slide 64: INVERSOR Slide 65: INVERSOR Slide 66: INVERSOR Slide 67: INVERSOR Slide 68: INVERSOR Slide 69: INVERSOR Slide 70: INVERSOR Slide 71: INVERSOR Slide 72: INVERSOR PARA SFI Slide 73: INVERSOR PARA SFI Slide 74: INVERSOR PARA SFI Slide 75: CARACTERISTICAS ELETRICIAS PARA INVERSORES ISOLADOS Slide 76: CARACTERISTICAS ELETRICIAS PARA INVERSORES ISOLADOS Slide 77: INVERSORES PARA SFCR Slide 78: INVERSORES PARA SFCR Slide 79: INVERSORES PARA SFCR Slide 80: MICROINVERSOR Slide 81: INVERSOR STRING Slide 82: INVERSOR MULTISTRING Slide 83: INVERSOR CENTRAL Slide 84: CARACTERISTICAS ELETRICIAS PARA INVERSORES CONECTADOS À REDE Slide 85