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APOSTILA DE
ÉTICA NO
SERVIÇO PÚBLICO
Jaciane de Souza Ferreira dos Santos - jacylove@gmail.com - CPF: 130.649.997-61
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
 
1 
 
Sumário 
1. Ética e Moral ....................................................................................................... 4 
2. Ética, princípios e valores ..................................................................................... 8 
3. Ética e democracia: exercício da cidadania .......................................................... 12 
4. Ética e função pública ........................................................................................ 16 
5. Ética no Setor Público ......................................................................................... 20 
5.1 Código de Ética Profissional do Serviço Público (DECRETO nº 1.171/1994) ....... 24 
Das Regras Deontológicas ............................................................................... 25 
Dos Principais Deveres do Servidor Público ...................................................... 27 
Das Vedações ao Servidor Público ................................................................... 29 
DAS COMISSÕES DE ÉTICA .............................................................................. 30 
5.2 Lei 8.112/90 e suas alterações (Resumo) ........................................................ 39 
5.2.1 Deveres .................................................................................................. 39 
5.2.2 Proibições .............................................................................................. 39 
5.2.3 Acumulação ........................................................................................... 40 
5.2.4 Responsabilidades ................................................................................. 40 
5.2.5 Penalidades ........................................................................................... 41 
5.2 LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 ................................................... 44 
Dos Deveres ................................................................................................... 44 
Das Proibições ................................................................................................ 45 
Da Acumulação .............................................................................................. 46 
Das Responsabilidades ................................................................................... 47 
Das Penalidades ............................................................................................. 48 
6. Lei de Improbidade Administrataiva (Lei 8.429/1992) ........................................... 64 
6.1 Disposições Gerais ....................................................................................... 64 
6.2 Atos de Improbidade Administrativa ............................................................... 68 
6.3 LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 ............................................................ 72 
Das Disposições Gerais ...................................................................................... 72 
Dos Atos de Improbidade Administrativa .............................................................. 74 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito ... 74 
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2 
 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário ............ 76 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da 
Administração Pública..................................................................................... 78 
Questões sobre a Lei de Improbidade Administrativa ......................................... 81 
7. LEI Nº 12.846, DE 1º DE AGOSTO DE 2013............................................................ 91 
DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................ 91 
DOS ATOS LESIVOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIONAL OU ESTRANGEIRA .... 92 
DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ......................................................... 93 
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZAÇÃO ................................. 95 
DO ACORDO DE LENIÊNCIA ................................................................................ 96 
DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL ..................................................................... 98 
DISPOSIÇÕES FINAIS ......................................................................................... 99 
Questões de múltipla escolha com base na Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção).
 ....................................................................................................................... 101 
8. LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. ......................................................... 116 
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................ 116 
CAPÍTULO II DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS ......................................... 117 
CAPÍTULO III DOS DEVERES DO ADMINISTRADO............................................. 118 
CAPÍTULO IV DO INÍCIO DO PROCESSO ......................................................... 118 
CAPÍTULO V DOS INTERESSADOS .................................................................. 119 
CAPÍTULO VI DA COMPETÊNCIA .................................................................... 119 
CAPÍTULO VII DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO ...................................... 120 
CAPÍTULO VIII DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO ............ 121 
CAPÍTULO IX DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS ................................................... 121 
CAPÍTULO X DA INSTRUÇÃO .......................................................................... 122 
CAPÍTULO XI DO DEVER DE DECIDIR .............................................................. 125 
CAPÍTULO XI-A .............................................................................................. 125 
DA DECISÃO COORDENADA .......................................................................... 125 
CAPÍTULO XII DA MOTIVAÇÃO ......................................................................... 128 
CAPÍTULO XIII DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO 128 
CAPÍTULO XIV DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO ......................... 129 
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3 
 
CAPÍTULO XV DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO ............................. 129 
CAPÍTULO XVI DOS PRAZOS ........................................................................... 131 
CAPÍTULO XVII DAS SANÇÕES ........................................................................ 132 
CAPÍTULO XVIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ........................................................ 132 
Questões de múltipla escolha baseadas na Lei nº 9.784/1999 ............................. 134 
 
 
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4 
 
1. Ética e Moral 
1) O que é ética e moral? 
Ética e moral são conceitos relacionados ao comportamento humano, mas têm 
diferenças importantes: 
 Ética: É o conjunto de princípios e valores que orientam a conduta de um 
indivíduo ou de um grupo, com o objetivo de definir o que é correto ou incorreto. 
Ela está mais relacionada a reflexões sobre o que é certo e justo de uma forma 
mais geral e racional, independentemente de uma cultura ou sociedade 
específica. 
 Moral: Refere-se às regras, normas e costumes que orientam o comportamento 
das pessoas em uma determinada sociedade. Está mais vinculada a práticas 
concretas que cada sociedade adota como corretas ou incorretas. 
De forma resumida: 
 Ética = reflexão sobre os princípios do certo e errado. 
 Moral = práticasUm cargo de gerente de empresa privada com um cargo público. 
Resposta: b 
Justificativa: A Lei permite a acumulação de um cargo de professor com outro técnico 
ou científico, desde que haja compatibilidade de horários. 
 
5.2.4 Responsabilidades 
Questão 4: 
A responsabilidade civil de um servidor público ocorre quando: 
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43 
 
a) Ele é acusado de corrupção no exercício do cargo. 
b) Ele causa dano ao patrimônio público ou a terceiros. 
c) Ele comete crime de peculato. 
d) Ele é suspenso por má conduta no trabalho. 
e) Ele se ausenta do trabalho sem justificativa. 
Resposta: b 
Justificativa: A responsabilidade civil do servidor público decorre de danos causados 
ao patrimônio público ou a terceiros. 
 
5.2.5 Penalidades 
Questão 5: 
Qual penalidade é aplicada ao servidor que comete infrações graves, como 
improbidade administrativa? 
a) Advertência. 
b) Suspensão. 
c) Demissão. 
d) Cassação de aposentadoria. 
e) Destituição de cargo em comissão. 
Resposta: c 
Justificativa: A demissão é a penalidade aplicada em casos de infrações graves, como 
improbidade administrativa. 
 
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44 
 
5.2 LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e 
das fundações públicas federais. 
 
Título IV 
Do Regime Disciplinar 
Capítulo I 
Dos Deveres 
 Art. 116. São deveres do servidor: 
 I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
 II - ser leal às instituições a que servir; 
 III - observar as normas legais e regulamentares; 
 IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
 V - atender com presteza: 
 a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as 
protegidas por sigilo; 
 b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de 
situações de interesse pessoal; 
 c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
 VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento 
da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao 
conhecimento de outra autoridade competente para apuração; (Redação dada 
pela Lei nº 12.527, de 2011) 
 VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
 VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
 IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
 X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
 XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
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45 
 
 XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via 
hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, 
assegurando-se ao representando ampla defesa. 
Capítulo II 
Das Proibições 
 Art. 117. Ao servidor é proibido: 
 I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe 
imediato; 
 II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou 
objeto da repartição; 
 III - recusar fé a documentos públicos; 
 IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou 
execução de serviço; 
 V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
 VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o 
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
 VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação 
profissional ou sindical, ou a partido político; 
 VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, 
companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
 IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da 
dignidade da função pública; 
 X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou 
não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 
 XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo 
quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o 
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
 XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em 
razão de suas atribuições; 
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46 
 
 XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
 XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
 XV - proceder de forma desidiosa; 
 XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades 
particulares; 
 XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em 
situações de emergência e transitórias; 
 XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do 
cargo ou função e com o horário de trabalho; 
 XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica 
nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
 I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades 
em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em 
sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; 
e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
 II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta 
Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 
11.784, de 2008 
 
Capítulo III 
Da Acumulação 
 Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação 
remunerada de cargos públicos. 
 § 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em 
autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da 
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. 
 § 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da 
compatibilidade de horários. 
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47 
 
 § 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou 
emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que 
decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade. (Incluído pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97) 
 Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no 
caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em 
órgão de deliberação coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela 
participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e 
sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer 
empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação 
no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação 
específica.(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
 Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois 
cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado 
de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de 
horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos 
órgãos ou entidades envolvidos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
Capítulo IV 
Das Responsabilidades 
 Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício 
irregular de suas atribuições. 
 Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou 
culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
 § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será 
liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução 
do débito pela via judicial. 
 § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a 
Fazenda Pública, em ação regressiva. 
 § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será 
executada, até o limite do valor da herança recebida. 
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48 
 
 Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas 
ao servidor, nessa qualidade. 
 Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou 
comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. 
 Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo 
independentes entre si. 
 Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
 Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou 
administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita 
de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação 
concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que 
em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública. (Incluído pela 
Lei nº 12.527, de 2011) 
 
Capítulo V 
Das Penalidades 
 Art. 127. São penalidades disciplinares: 
 I - advertência; 
 II - suspensão; 
 III - demissão; 
 IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; (Vide ADPF nº 418) 
 V - destituição de cargo em comissão; 
 VI - destituição de função comissionada. 
 Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade 
da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as 
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. 
 Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o 
fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
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 Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição 
constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto 
em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade 
mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com 
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a 
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. 
 § 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, 
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela 
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a 
determinação. 
 § 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá 
ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento 
ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. 
 Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros 
cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, 
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração 
disciplinar. 
 Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. 
 Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
 I - crime contra a administração pública; 
 II - abandono de cargo; 
 III - inassiduidade habitual; 
 IV - improbidade administrativa; 
 V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
 VI - insubordinação grave em serviço; 
 VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa 
própria ou de outrem; 
 VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
 IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
 X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
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50 
 
 XI - corrupção; 
 XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
 XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
 Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou 
funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por 
intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez 
dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento 
sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo 
disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97) 
 I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta 
por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da 
transgressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e 
relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 § 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do 
servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em 
situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de 
ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 § 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, 
termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo 
anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por 
intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa 
escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos 
arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 § 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à 
inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos 
autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo 
dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para 
julgamento. (Incluído pela Lei nº9.527, de 10.12.97) 
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 § 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade 
julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do 
art. 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 § 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-
fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro 
cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 § 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de 
demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos 
cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em 
que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (Incluído pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97) 
 § 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao 
rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que 
constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as 
circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 § 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-
se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta 
Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver 
praticado, na atividade, falta punível com a demissão. (Vide ADPF nº 418) 
 Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo 
efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de 
demissão. 
 Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração 
efetuada nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão. 
 Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos 
IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao 
erário, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 
117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público 
federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. (Vide ADIN 2975) 
 Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for 
demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, 
VIII, X e XI. 
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 Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço 
por mais de trinta dias consecutivos. 
 Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa 
justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. 
 Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também 
será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se 
especialmente que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
 a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência 
intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97) 
 b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem 
causa justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, 
durante o período de doze meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto 
à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos 
autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de 
cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá 
o processo à autoridade instauradora para julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97) 
 Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
 I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e 
dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de 
demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao 
respectivo Poder, órgão, ou entidade; 
 II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas 
mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 
(trinta) dias; 
 III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos 
regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 
(trinta) dias; 
 IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de 
cargo em comissão. 
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 Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
 I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
 II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
 III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
 § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou 
conhecido. 
 § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações 
disciplinares capituladas também como crime. 
 § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a 
prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. 
 § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em 
que cessar a interrupção. 
 
Questões sobre o art. 116 da Lei 8.112/90, que trata dos deveres do servidor público 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 116 da Lei 8.112/90, qual dos seguintes é um dever do servidor 
público? 
a) Atuar de forma independente, sem a necessidade de seguir normas legais. 
b) Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais. 
c) Zelar pela economia do material e patrimônio público apenas quando solicitado. 
d) Guardar sigilo sobre qualquer informação, mesmo as de interesse público. 
e) Deixar de cumprir ordens que considere desnecessárias. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público deve cumprir as ordens superiores, exceto quando 
estas forem manifestamente ilegais, conforme o inciso IV do Art. 116 da Lei 8.112/90. 
 
Questão 2: 
Um servidor público deve sempre tratar as pessoas com: 
a) Desdém, dependendo da sua posição hierárquica. 
b) Urbanidade, respeitando os direitos de todos. 
c) Formalidade excessiva, ignorando as necessidades dos usuários. 
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d) Imparcialidade, sem se preocupar com a ética. 
e) Prepotência, considerando sua função pública. 
Resposta: b 
Justificativa: De acordo com o inciso XI do Art. 116 da Lei 8.112/90, o servidor deve 
tratar com urbanidade todas as pessoas, respeitando-as em todas as situações. 
 
Questão 3: 
O servidor público tem o dever de comunicar irregularidades de que tiver 
conhecimento ao: 
a) Público em geral. 
b) Qualquer pessoa de sua confiança. 
c) Autoridade superior ou outra autoridade competente, quando houver suspeita de 
envolvimento da primeira. 
d) Seus colegas de trabalho para decidirem conjunto. 
e) Nenhuma autoridade, se achar que a irregularidade é irrelevante. 
Resposta: c 
Justificativa: O servidor deve comunicar irregularidades à autoridade superior ou, se 
houver suspeita de envolvimento dessa autoridade, a outra competente para apuração, 
conforme o inciso VI do Art. 116. 
 
Questão 4: 
Segundo o Art. 116 da Lei 8.112/90, o servidor público deve: 
a) Manter sigilo sobre qualquer assunto, independentemente de ser protegido por lei. 
b) Manter conduta compatível com a moralidade administrativa. 
c) Atender às requisições apenas quando for de interesse pessoal. 
d) Desconsiderar a necessidade de sigilo quando a informação for solicitada pelo 
público. 
e) Não se preocupar com a conservação do patrimônio público. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor deve manter uma conduta compatível com a moralidade 
administrativa, conforme o inciso IX do Art. 116 da Lei 8.112/90. 
 
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Questão 5: 
Um dos deveres do servidor público ao prestar informações ao público em geral, 
conforme o Art. 116 da Lei 8.112/90, é: 
a) Recusar-se a prestar qualquer informação, independentemente de ser de interesse 
público. 
b) Prestar informações ao público, exceto aquelas protegidas por sigilo. 
c) Prestar informações apenas mediante solicitação formal por escrito. 
d) Divulgar qualquer tipo de informação, mesmo as protegidas por sigilo. 
e) Somente atender às requisições do público em situações de emergência. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor deve atender com presteza ao público, prestando as 
informações requeridas, exceto aquelas protegidas por sigilo, conforme o inciso V do 
Art. 116. 
 
Questões sobre o Art. 117 da Lei 8.112/90, que trata das proibições impostas aos 
servidores públicos. 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 117 da Lei 8.112/90, é proibido ao servidor público: 
a) Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. 
b) Exercer suas funções com zelo e dedicação. 
c) Cumprir ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais. 
d) Zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público. 
e) Tratar com urbanidade as pessoas. 
Resposta: a 
Justificativa: O servidor público é proibido de promover manifestações de apreço ou 
desapreço no recinto da repartição, conforme o inciso V do Art. 117. 
 
Questão 2: 
Segundo o Art. 117, o servidor público não pode: 
a) Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição para fins particulares. 
b) Atuar como procurador junto a repartições públicas para tratar de benefícios 
previdenciários de parentes até o segundo grau. 
c) Receber vantagens indevidas, exceto em casos especiais. 
d) Cometer a pessoa estranha à repartição o desempenho de funções, quando houver 
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supervisão direta. 
e) Opor resistência justificada ao andamento de processos. 
Resposta: a 
Justificativa: O uso de pessoal ou recursos materiais da repartição para fins 
particulares é proibido, conforme o inciso XVI do Art. 117 da Lei 8.112/90. 
 
Questão 3: 
De acordo com o Art. 117, o servidor público está proibido de: 
a) Receber presentes ou vantagens de qualquer espécie em razão de suas atribuições. 
b) Representar seus familiares em qualquer tipo de ação perante a administração 
pública. 
c) Desempenhar atividades comerciais em tempo integral. 
d) Cumprir ordens de superiores imediatos, mesmo que sejam legais. 
e) Participar de associações e sindicatos. 
Resposta: a 
Justificativa: O servidor está proibido de receber propina, comissão, presente ou 
vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições, conforme o inciso XII do 
Art. 117. 
 
Questão 4: 
Qual das seguintes condutas é proibida ao servidor público, conforme o Art. 117 da Lei 
8.112/90? 
a) Recusar fé a documentos públicos. 
b) Utilizar os bens públicos para atividades ligadas ao serviço. 
c) Denunciar irregularidades ao superior hierárquico. 
d) Cumprir ordens superiores quando estas forem legais. 
e) Manter a conservação do patrimônio público. 
Resposta: a 
Justificativa: Recusar fé a documentos públicos é uma conduta proibida ao servidor, 
conforme o inciso III do Art. 117 da Lei 8.112/90. 
 
Questão 5: 
De acordo com o Art. 117, o servidor público não pode: 
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a) Atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
b) Manter sob sua chefia imediata, em cargo de confiança, cônjuge, companheiro ou 
parente até o segundo grau civil. 
c) Receber propina, desde que seja de valor simbólico. 
d) Atuar como procurador de familiares em casos de benefícios previdenciários. 
e) Cumprir as normas e regulamentos do serviço público. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público está proibido de manter sob sua chefia imediata, em 
cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau 
civil, conforme o inciso VIII do Art. 117. 
 
Questões sobre o Capítulo III (Da Acumulação) e Capítulo IV (Das 
Responsabilidades) da Lei 8.112/90. 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 118 da Lei 8.112/90, a acumulação remunerada de cargos 
públicos é: 
a) Permitida sem restrições, desde que haja compatibilidade de horários. 
b) Vedada em todos os casos, sem exceções. 
c) Permitida apenas nos casos previstos na Constituição, com compatibilidade de 
horários. 
d) Permitida, mesmo que os horários dos cargos sejam incompatíveis. 
e) Vedada para servidores que acumulam cargos em empresas privadas. 
Resposta: c 
Justificativa: A acumulação remunerada de cargos públicos é vedada, exceto nos 
casos previstos na Constituição, desde que haja compatibilidade de horários, 
conforme o Art. 118, caput e §2º. 
 
Questão 2: 
Segundo o Art. 118 da Lei 8.112/90, mesmo que a acumulação de cargos públicos seja 
lícita, ela está condicionada a: 
a) Comprovação de competência técnica. 
b) Compatibilidade de horários. 
c) Aprovação por autoridade superior. 
d) Remuneração diferenciada entre os cargos. 
e) Exclusividade de trabalho em um cargo. 
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Resposta: b 
Justificativa: A acumulação de cargos, ainda que lícita, é condicionada à comprovação 
de compatibilidade de horários, conforme o §2º do Art. 118. 
 
Questão 3: 
No caso de acumulação lícita de dois cargos efetivos, conforme o Art. 120, quando o 
servidor for investido em cargo de comissão, ele: 
a) Fica afastado de ambos os cargos efetivos, salvo compatibilidade de horários e 
locais. 
b) Pode continuar exercendo ambos os cargos efetivos sem restrições. 
c) Deve pedir exoneração de um dos cargos efetivos. 
d) Fica automaticamente afastado de todos os cargos públicos. 
e) Pode acumular indefinidamente os cargos efetivos e comissionados. 
Resposta: a 
Justificativa: Quando o servidor acumular licitamente dois cargos efetivos e for 
investido em cargo de comissão, ele ficará afastado de ambos os cargos, salvo 
compatibilidade de horários e locais, conforme o Art. 120. 
 
Questão 4: 
De acordo com o Art. 121 da Lei 8.112/90, o servidor responde: 
a) Apenas civilmente por seus atos no exercício das funções. 
b) Apenas penalmente em casos de crimes dolosos. 
c) Civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. 
d) Somente em casos de omissão dolosa no serviço. 
e) Exclusivamente em casos de danos materiais ao patrimônio público. 
Resposta: c 
Justificativa: O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício 
irregular de suas atribuições, conforme o Art. 121. 
 
Questão 5: 
Conforme o Art. 126 da Lei 8.112/90, a responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada quando: 
a) Ele for absolvido criminalmente, independentemente do motivo. 
b) Ele for absolvido criminalmente com basena inexistência do fato ou negativa de 
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autoria. 
c) A absolvição criminal não estiver relacionada ao fato administrativo. 
d) A administração pública decidir que a pena administrativa foi suficiente. 
e) O servidor tiver bom comportamento após o cometimento do ato. 
Resposta: b 
Justificativa: A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, conforme o Art. 126. 
 
10 Questões sobre Capítulo V (Das Penalidades) da Lei 8.112/90. 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 127 da Lei 8.112/90, qual das seguintes alternativas não é uma 
penalidade disciplinar prevista? 
a) Advertência. 
b) Suspensão. 
c) Demissão. 
d) Redução de salário. 
e) Destituição de cargo em comissão. 
Resposta: d 
Justificativa: A redução de salário não está listada como uma penalidade disciplinar 
no Art. 127, enquanto advertência, suspensão, demissão e destituição de cargo em 
comissão são penalidades previstas. 
 
Questão 2: 
Conforme o Art. 128, na aplicação das penalidades disciplinares, deve-se levar em 
consideração: 
a) A quantidade de anos de serviço do servidor. 
b) A gravidade da infração, os danos causados ao serviço público e os antecedentes 
funcionais do servidor. 
c) O tempo que o servidor levou para cometer a infração. 
d) O cargo ocupado pelo servidor no momento da infração. 
e) A relação pessoal entre o servidor e o chefe imediato. 
Resposta: b 
Justificativa: Na aplicação das penalidades, devem ser considerados a natureza e a 
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60 
 
gravidade da infração, os danos causados ao serviço público, as circunstâncias 
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais, conforme o Art. 128. 
 
Questão 3: 
A advertência, conforme o Art. 129 da Lei 8.112/90, será aplicada por escrito nos casos 
de: 
a) Violação de proibição constante do Art. 117, incisos I a VIII e XIX. 
b) Improbidade administrativa. 
c) Crimes contra a administração pública. 
d) Abandono de cargo. 
e) Corrupção passiva. 
Resposta: a 
Justificativa: A advertência será aplicada por escrito nos casos de violação de 
proibição constante do Art. 117, incisos I a VIII e XIX, e por inobservância de dever 
funcional que não justifique penalidade mais grave, conforme o Art. 129. 
 
Questão 4: 
Qual é o limite máximo de dias para uma penalidade de suspensão aplicada ao 
servidor, conforme o Art. 130 da Lei 8.112/90? 
a) 30 dias. 
b) 60 dias. 
c) 90 dias. 
d) 120 dias. 
e) 180 dias. 
Resposta: c 
Justificativa: A suspensão pode ser aplicada por até 90 dias nos casos previstos na lei, 
conforme o Art. 130. 
 
Questão 5: 
Segundo o Art. 131 da Lei 8.112/90, os registros de advertência e suspensão serão 
cancelados após: 
a) 1 e 3 anos, respectivamente. 
b) 2 e 4 anos, respectivamente. 
c) 3 e 5 anos, respectivamente. 
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d) 5 e 10 anos, respectivamente. 
e) Nunca poderão ser cancelados. 
Resposta: c 
Justificativa: Os registros de advertência e suspensão serão cancelados após o 
decurso de 3 e 5 anos, respectivamente, se o servidor não cometer nova infração 
disciplinar nesse período. 
 
Questão 6: 
A demissão, de acordo com o Art. 132 da Lei 8.112/90, será aplicada nos seguintes 
casos, exceto: 
a) Abandono de cargo. 
b) Crime contra a administração pública. 
c) Acumulação ilegal de cargos. 
d) Falta ao trabalho por dois dias consecutivos. 
e) Improbidade administrativa. 
Resposta: d 
Justificativa: A falta ao trabalho por dois dias consecutivos não configura motivo para 
demissão. A demissão é aplicada nos casos mais graves, como abandono de cargo, 
crimes contra a administração pública, improbidade e acumulação ilegal de cargos, 
conforme o Art. 132. 
 
Questão 7: 
De acordo com o Art. 133, detectada a acumulação ilegal de cargos, o servidor será 
notificado para apresentar opção no prazo de: 
a) 5 dias. 
b) 10 dias. 
c) 15 dias. 
d) 30 dias. 
e) 60 dias. 
Resposta: b 
Justificativa: A autoridade notificará o servidor para apresentar sua opção no prazo 
improrrogável de 10 dias, conforme o Art. 133. 
 
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Questão 8: 
Conforme o Art. 134, a cassação de aposentadoria será aplicada ao servidor inativo 
que: 
a) Tenha cometido crime grave após se aposentar. 
b) Cometer qualquer infração após a aposentadoria. 
c) Tenha praticado, na atividade, falta punível com demissão. 
d) Não pagar sua contribuição previdenciária. 
e) Tenha mais de 20 anos de serviço. 
Resposta: c 
Justificativa: A cassação de aposentadoria é aplicada ao inativo que houver praticado, 
na atividade, falta punível com demissão, conforme o Art. 134. 
 
Questão 9: 
Conforme o Art. 136, a demissão ou a destituição de cargo em comissão nos casos de 
improbidade administrativa implica: 
a) A suspensão temporária do servidor por 5 anos. 
b) A devolução do salário recebido nos últimos 12 meses. 
c) A indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. 
d) A proibição de aposentadoria. 
e) A redução dos benefícios sociais do servidor. 
Resposta: c 
Justificativa: A demissão ou destituição de cargo em comissão por improbidade 
administrativa implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, 
conforme o Art. 136. 
 
Questão 10: 
De acordo com o Art. 137 da Lei 8.112/90, o servidor que for demitido por infringência 
ao Art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI, estará incompatibilizado para nova investidura em 
cargo público federal por: 
a) 2 anos. 
b) 3 anos. 
c) 5 anos. 
d) 10 anos. 
e) Permanentemente. 
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Resposta: c 
Justificativa: O servidor que for demitido por infringir esses dispositivos estará 
incompatibilizado para nova investidura em cargo público federal por 5 anos, conforme 
o Art. 137. 
 
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6. Lei de Improbidade Administrataiva (Lei 
8.429/1992) 
A Lei 8.429/1992, também conhecida como a Lei de Improbidade Administrativa 
(LIA), estabelece as sanções aplicáveis aos agentes públicos em casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na 
administração pública direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da 
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A lei também se aplica a 
terceiros que induzam ou concorram para a prática dos atos de improbidade ou deles 
se beneficiem direta ou indiretamente. 
A finalidade principal da lei é proteger o patrimônio público e punir a desonestidade 
dos agentes públicos que pratiquem atos contrários aos princípios da administração 
pública, como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
6.1 Disposições Gerais 
Quem está sujeito à Lei 8.429/1992? 
A Lei de Improbidade Administrativa abrange: 
 Agentes públicos: qualquer pessoa que exerce função pública, seja por 
nomeação, contratação, eleição ou qualquer outra forma de investidura, ainda 
que temporária, remunerada ou não, vinculada à administração pública direta, 
indireta ou fundacional. 
 Terceiros: qualquer pessoa que não seja agente público, mas que induza ou 
colabore para a prática de atos de improbidade, ou se beneficie deles. 
Atos de improbidade administrativa 
A Lei classifica os atos de improbidade administrativa em três categorias: 
1. Enriquecimento ilícito (Art. 9º): quando o agente público enriquece 
indevidamente, apropriando-se de bens ou valores públicos. 
Exemplos: Receber propina, usar bens públicos para fins pessoais, aceitar vantagens 
indevidas. 
2. Prejuízoao erário (Art. 10): quando o agente público age de forma a causar 
dano ao patrimônio público, seja por ação ou omissão. 
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Exemplos: Desvio de dinheiro público, realizar contratos irregulares que causem 
prejuízo ao erário. 
3. Violação dos princípios da administração pública (Art. 11): quando o agente 
público age de forma a violar os princípios que regem a administração pública, 
como legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. 
Exemplos: Favorecer amigos ou parentes na administração pública, frustrar a licitude 
de um concurso público. 
Sanções previstas 
As sanções que podem ser aplicadas aos agentes públicos que praticarem atos de 
improbidade administrativa incluem: 
 Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. 
 Ressarcimento integral do dano causado ao erário. 
 Perda da função pública. 
 Suspensão dos direitos políticos por até 14 anos, dependendo da gravidade do 
ato. 
 Pagamento de multa civil, proporcional ao valor do dano causado ou ao 
enriquecimento ilícito. 
 Proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais ou 
creditícios por até 14 anos. 
Essas penalidades podem ser aplicadas cumulativamente, a depender do tipo de ato 
cometido e da gravidade do caso. 
 
Questões 
Questão 1: 
Quem está sujeito à Lei de Improbidade Administrativa? 
a) Somente servidores concursados. 
b) Apenas agentes políticos eleitos. 
c) Todos os agentes públicos, incluindo servidores temporários e comissionados, além 
de terceiros que induzam ou colaborem para a prática de improbidade. 
d) Apenas pessoas que trabalham na administração direta. 
e) Somente funcionários com vínculo permanente com a administração pública. 
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Resposta: c 
Justificativa: A Lei 8.429/1992 se aplica a todos os agentes públicos e também a 
terceiros que induzam ou colaborem para a prática de improbidade. 
 
Questão 2: 
Qual das seguintes condutas é considerada enriquecimento ilícito, conforme a Lei de 
Improbidade Administrativa? 
a) Realizar contratos com empresas privadas de forma legal. 
b) Aumentar o patrimônio pessoal utilizando bens e valores públicos. 
c) Cumprir ordens legais superiores. 
d) Aplicar corretamente recursos públicos em programas sociais. 
e) Negociar contratos com fornecedores com base em critérios técnicos. 
Resposta: b 
Justificativa: Enriquecimento ilícito ocorre quando o agente público apropria-se de 
bens ou valores públicos para aumentar indevidamente seu patrimônio. 
 
Questão 3: 
Qual é uma sanção prevista na Lei 8.429/1992 para um agente público que comete ato 
de improbidade? 
a) Recebimento de benefícios fiscais. 
b) Suspensão dos direitos políticos por até 14 anos. 
c) Promoção automática no cargo. 
d) Extinção automática de qualquer processo judicial contra o agente. 
e) Aumento salarial proporcional ao dano causado. 
Resposta: b 
Justificativa: A Lei 8.429/1992 prevê, entre outras sanções, a suspensão dos direitos 
políticos do agente público por até 14 anos. 
 
Questão 4: 
Quando o agente público causa dano ao patrimônio público, ele comete: 
a) Enriquecimento ilícito. 
b) Violação dos princípios da administração pública. 
c) Prejuízo ao erário. 
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d) Desídia no serviço público. 
e) Desvio de função. 
Resposta: c 
Justificativa: Quando o agente público causa dano ao patrimônio público, ele comete 
ato de improbidade que prejudica o erário, conforme o Art. 10 da Lei 8.429/1992. 
 
Questão 5: 
Qual das seguintes condutas caracteriza uma violação dos princípios da administração 
pública? 
a) Favorecer parentes na contratação de pessoal, sem base em critérios técnicos. 
b) Apresentar as contas da gestão pública dentro do prazo. 
c) Recusar receber vantagem financeira indevida. 
d) Promover concurso público de forma regular e transparente. 
e) Exercer função pública de forma eficiente e dentro da legalidade. 
Resposta: a 
Justificativa: Favorecer parentes ou amigos na administração pública viola os 
princípios da impessoalidade, moralidade e eficiência, configurando improbidade 
administrativa conforme o Art. 11. 
 
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68 
 
6.2 Atos de Improbidade Administrativa 
A Lei 8.429/1992 classifica os atos de improbidade administrativa em três categorias 
principais: enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e violação dos princípios da 
administração pública. Cada uma dessas categorias descreve condutas que violam o 
dever do agente público de atuar com honestidade, transparência e eficiência, além de 
impor sanções proporcionais à gravidade dos atos. 
1. Enriquecimento Ilícito (Art. 9º) 
O enriquecimento ilícito ocorre quando o agente público, em função de seu cargo, 
aumenta seu patrimônio de forma indevida, obtendo vantagens ou benefícios pessoais 
à custa do patrimônio público. 
Exemplos de enriquecimento ilícito: 
 Receber propinas ou vantagens indevidas. 
 Usar bens públicos, como carros oficiais, para fins particulares. 
 Apropriar-se de bens ou dinheiro público. 
 Facilitar a concessão de benefícios fiscais em troca de vantagens pessoais. 
Sanções para enriquecimento ilícito: 
 Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. 
 Ressarcimento integral do dano. 
 Perda da função pública. 
 Suspensão dos direitos políticos por 8 a 14 anos. 
 Pagamento de multa civil. 
 Proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais por até 
10 anos. 
 
2. Prejuízo ao Erário (Art. 10) 
O prejuízo ao erário ocorre quando o agente público, por ação ou omissão, causa dano 
ao patrimônio público, seja através de má gestão, desvios de recursos, ou contratos 
irregulares que resultam em perda de dinheiro público. 
Exemplos de prejuízo ao erário: 
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69 
 
 Realizar contratos administrativos sem licitação ou com irregularidades. 
 Desvio de recursos públicos. 
 Ordenar despesas públicas sem a devida justificativa ou amparo legal. 
 Conceder benefícios fiscais indevidos que gerem perda de receita para o 
Estado. 
Sanções para prejuízo ao erário: 
 Ressarcimento integral do dano. 
 Perda da função pública. 
 Suspensão dos direitos políticos por 5 a 8 anos. 
 Pagamento de multa civil de até 2 vezes o valor do dano. 
 Proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais por até 
5 anos. 
 
3. Violação dos Princípios da Administração Pública (Art. 11) 
A violação dos princípios da administração pública ocorre quando o agente público 
age de maneira contrária aos princípios que regem a administração pública, como a 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
Exemplos de violação dos princípios da administração pública: 
 Favorecer amigos ou parentes em concursos ou contratos públicos (nepotismo). 
 Frustrar a licitude de um processo licitatório. 
 Deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício. 
 Divulgar informações sigilosas para prejudicar a administração ou beneficiar 
terceiros. 
Sanções para violação dos princípios da administração pública: 
 Ressarcimento integral do dano, se houver. 
 Perda da função pública. 
 Suspensão dos direitos políticos por 3 a 5 anos. 
 Pagamento de multa civil. 
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70 
 
 Proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais por até 
3 anos. 
 
Questões 
Questão 1: 
Qual dos seguintes atos é considerado enriquecimento ilícito segundo a Lei 
8.429/1992?a) Favorecer parentes em uma licitação pública. 
b) Receber propina para facilitar a aprovação de um contrato público. 
c) Utilizar recursos públicos para cobrir prejuízos pessoais. 
d) Realizar contratos administrativos sem licitação. 
e) Conceder benefícios fiscais dentro da legalidade. 
Resposta: b 
Justificativa: O enriquecimento ilícito ocorre quando o agente público recebe propina 
ou qualquer outra vantagem indevida para favorecer terceiros, conforme o Art. 9º da Lei 
8.429/1992. 
 
Questão 2: 
Um agente público que autoriza uma despesa pública sem justificativa legal comete: 
a) Enriquecimento ilícito. 
b) Prejuízo ao erário. 
c) Violação dos princípios da administração pública. 
d) Imprudência no serviço público. 
e) Desídia no serviço público. 
Resposta: b 
Justificativa: Autorizar despesas públicas sem justificativa legal caracteriza prejuízo ao 
erário, conforme o Art. 10 da Lei 8.429/1992. 
 
Questão 3: 
Qual dos seguintes atos configura violação dos princípios da administração pública? 
a) Utilizar veículos oficiais para fins pessoais. 
b) Desviar recursos públicos para benefício pessoal. 
c) Favorecer parentes em uma licitação pública, violando a impessoalidade. 
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71 
 
d) Firmar contratos públicos com empresas regulares. 
e) Recusar propina de fornecedores. 
Resposta: c 
Justificativa: Favorecer parentes ou amigos em processos administrativos configura 
violação do princípio da impessoalidade, conforme o Art. 11 da Lei 8.429/1992. 
 
Questão 4: 
Um exemplo de prejuízo ao erário, conforme a Lei de Improbidade Administrativa, seria: 
a) Apropriar-se de dinheiro público para benefício próprio. 
b) Realizar contratos administrativos irregulares que causem dano ao patrimônio 
público. 
c) Receber vantagem indevida para facilitar um contrato público. 
d) Deixar de praticar um ato de ofício, causando atraso em um processo. 
e) Divulgar informações sigilosas que prejudiquem o poder público. 
Resposta: b 
Justificativa: Prejuízo ao erário ocorre quando o agente público realiza contratos 
administrativos irregulares que causam dano ao patrimônio público, conforme o Art. 10 
da Lei 8.429/1992. 
 
Questão 5: 
Entre as sanções aplicáveis ao servidor que comete ato de improbidade administrativa, 
está: 
a) Promoção automática no cargo. 
b) Suspensão dos direitos políticos por até 14 anos. 
c) Aumento de benefícios previdenciários. 
d) Extinção de processos disciplinares. 
e) Aumento salarial proporcional ao dano causado. 
Resposta: b 
Justificativa: A Lei 8.429/1992 prevê a suspensão dos direitos políticos por até 14 anos 
como sanção para atos de enriquecimento ilícito. 
 
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72 
 
6.3 LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 
 
Dispõe sobre as sanções aplicáveis em 
virtude da prática de atos de improbidade 
administrativa, de que trata o § 4º do art. 
37 da Constituição Federal; e dá outras 
providências. 
 
 
CAPÍTULO I 
Das Disposições Gerais 
Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará 
a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções, como forma de 
assegurar a integridade do patrimônio público e social, nos termos desta Lei. (Redação 
dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas 
nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados tipos previstos em leis especiais. (Incluído 
pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito 
tipificado nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do 
agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem 
comprovação de ato doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de 
improbidade administrativa. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado nesta Lei os princípios 
constitucionais do direito administrativo sancionador. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 
2021) 
§ 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício 
de suas funções e a integridade do patrimônio público e social dos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário, bem como da administração direta e indireta, no âmbito da 
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 14.230, 
de 2021) 
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73 
 
§ 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o 
patrimônio de entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou 
creditício, de entes públicos ou governamentais, previstos no § 5º deste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 7º Independentemente de integrar a administração indireta, estão sujeitos às sanções 
desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada 
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou 
receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos, nesse caso, à repercussão do ilícito 
sobre a contribuição dos cofres públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência 
interpretativa da lei, baseada em jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que 
não venha a ser posteriormente prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou 
dos tribunais do Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 
7236) 
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o 
servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma 
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas 
no art. 1º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às sanções 
previstas nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a 
administração pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo de 
parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equivalente. (Incluído pela 
Lei nº 14.230, de 2021) 
Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não 
sendo agente público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de 
improbidade. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito 
privado não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa 
jurídica, salvo se, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em 
que responderão nos limites da sua participação. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 
2021) 
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade 
administrativa seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de que 
trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
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74 
 
Art. 4° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Art. 5° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Art. 6° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que conhecer dos fatos 
representará ao Ministério Público competente, para as providências 
necessárias.(Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer 
ilicitamente estão sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da 
herança ou do patrimônio transferido. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º desta Lei aplica-se também 
na hipótese de alteração contratual, de transformação, de incorporação, de fusão ou de 
cisão societária. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de incorporação, a responsabilidade da 
sucessora será restrita à obrigação de reparação integral do dano causado, até o limite 
do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta 
Lei decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão ou da incorporação, 
exceto no caso de simulação ou de evidente intuito de fraude, devidamente 
comprovados. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
CAPÍTULO II 
Dos Atos de Improbidade Administrativa 
Seção I 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento 
Ilícito 
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento 
ilícito auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial 
indevida em razão do exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de 
atividade nas entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (Redação dada 
pela Lei nº 14.230, de 2021) 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra 
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação 
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75 
 
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou 
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; 
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta 
ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades 
referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado; 
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta 
ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço 
inferior ao valor de mercado; 
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à 
disposição de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, bem como o 
trabalho de servidores, de empregados ou de terceiros contratados por essas 
entidades; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a 
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, 
de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; 
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer 
declaração falsa sobre qualquer dado técnico que envolva obras públicas ou qualquer 
outro serviço ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de 
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades referidas no art. 1º desta 
Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, de cargo, de emprego ou 
de função pública, e em razão deles, bens de qualquer natureza, decorrentes dos atos 
descritos no caput deste artigo, cujo valor seja desproporcional à evolução do 
patrimônio ou à renda do agente público, assegurada a demonstração pelo agente da 
licitude da origem dessa evolução; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento 
para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado 
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; 
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba 
pública de qualquer natureza; 
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para 
omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; 
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores 
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; 
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76 
 
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo 
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. 
Seção II 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer 
ação ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, 
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades 
referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 
2021) 
I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a indevida incorporação ao patrimônio 
particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, de rendas, de verbas ou de valores 
integrantes do acervo patrimonial das entidades referidas no art. 1º desta 
Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, 
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 
1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; 
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de 
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de 
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das 
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; 
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio 
de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço 
por parte delas, por preço inferior ao de mercado; 
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço 
superior ao de mercado; 
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares 
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; 
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades 
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de 
parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, 
acarretando perda patrimonial efetiva; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
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IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; 
X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de renda, bem como no que diz respeito 
à conservação do patrimônio público; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de 
qualquer forma para a sua aplicação irregular; 
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; 
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de 
qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de 
servidor público, empregados ou terceiros contratadospor essas entidades. 
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de 
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas 
na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação 
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 
11.107, de 2005) 
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio 
particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos 
transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de 
parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, 
verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada 
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 
2014) (Vigência) 
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a 
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
XIX - agir para a configuração de ilícito na celebração, na fiscalização e na análise das 
prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades 
privadas; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades 
privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma 
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
 
78 
 
para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação 
dada pela Lei nº 13.204, de 2015) 
XXI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que 
dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 
2003. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 1º Nos casos em que a inobservância de formalidades legais ou regulamentares não 
implicar perda patrimonial efetiva, não ocorrerá imposição de ressarcimento, vedado o 
enriquecimento sem causa das entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Incluído pela 
Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 2º A mera perda patrimonial decorrente da atividade econômica não acarretará 
improbidade administrativa, salvo se comprovado ato doloso praticado com essa 
finalidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Seção II-A 
(Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Art. 10-A. (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Seção III 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os 
Princípios da Administração Pública 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da 
administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, 
de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes 
condutas: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva 
permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada ou 
colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado; (Redação dada pela Lei 
nº 14.230, de 2021) 
IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua imprescindibilidade para 
a segurança da sociedade e do Estado ou de outras hipóteses instituídas em 
lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
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79 
 
V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de 
chamamento ou de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício 
próprio, direto ou indireto, ou de terceiros; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das 
condições para isso, com vistas a ocultar irregularidades; (Redação dada pela Lei nº 
14.230, de 2021) 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva 
divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de 
mercadoria, bem ou serviço. 
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas 
de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas. (Vide 
Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 
2014) (Vigência) 
IX - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
X - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, 
até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa 
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de 
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração 
pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de 
publicidade que contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma 
a promover inequívoco enaltecimento do agente público e personalização de atos, de 
programas, de obras, de serviços ou de campanhas dos órgãos 
públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada 
pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de 2006, somente haverá improbidade 
administrativa, na aplicação deste artigo, quando for comprovado na conduta funcional 
do agente público o fim de obter proveito ou benefício indevido para si ou para outra 
pessoa ou entidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo a quaisquer atos de improbidade 
administrativa tipificados nesta Lei e em leis especiais e a quaisquer outros tipos 
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especiais de improbidade administrativa instituídos por lei. (Incluído pela Lei nº 
14.230, de 2021) 
§ 3º O enquadramento de conduta funcional na categoria de que trata este artigo 
pressupõe a demonstração objetiva da prática de ilegalidade no exercício da função 
pública, com a indicação das normas constitucionais, legais ou infralegais 
violadas. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem 
jurídico tutelado para serem passíveis de sancionamento e independem do 
reconhecimento da produção de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes 
públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 5º Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação política por parte 
dos detentores de mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com 
finalidade ilícita por parte do agente. 
 
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Questões sobre a Lei de Improbidade Administrativa 
5 questões demúltipla escolha com base no Capítulo I (Das Disposições Gerais) da 
Lei de Improbidade Administrativa, conforme a redação dada pela Lei nº 14.230/2021. 
Cada questão é seguida da resposta correta e sua justificativa. 
 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 1º da Lei de Improbidade Administrativa, qual das seguintes 
alternativas define corretamente a improbidade administrativa? 
a) A prática de qualquer ato administrativo, independentemente de dolo. 
b) A prática de atos dolosos que violam a probidade na organização do Estado e no 
exercício de suas funções. 
c) A prática de qualquer ato administrativo que resulte em dano ao particular, 
independentemente de dolo. 
d) Qualquer ação de agente público que envolva a administração pública. 
e) A omissão do agente público em exercer suas funções. 
Resposta: b 
Justificativa: A improbidade administrativa refere-se à prática de atos dolosos que 
violam a probidade na organização do Estado e a integridade do patrimônio público e 
social, conforme o Art. 1º da Lei nº 14.230/2021. 
 
Questão 2: 
Conforme o § 2º do Art. 1º da Lei nº 14.230/2021, como é caracterizado o dolo em atos 
de improbidade administrativa? 
a) Pela mera negligência do agente público. 
b) Pelo descumprimento de uma norma, mesmo sem intenção de prejudicar o 
patrimônio público. 
c) Pela vontade livre e consciente de alcançar um resultado ilícito. 
d) Pela voluntariedade de qualquer ato praticado pelo servidor público. 
e) Pelo simples exercício da função pública. 
Resposta: c 
Justificativa: O dolo, de acordo com o § 2º do Art. 1º, é caracterizado pela vontade livre 
e consciente de alcançar um resultado ilícito, não bastando a mera voluntariedade do 
agente. 
 
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Questão 3: 
O que ocorre quando o mero exercício da função pública não está associado a dolo, 
segundo o § 3º do Art. 1º da Lei nº 14.230/2021? 
a) O agente é automaticamente responsabilizado por improbidade administrativa. 
b) O agente só será responsabilizado se houver dano ao erário. 
c) Afasta-se a responsabilidade por improbidade administrativa. 
d) O agente será advertido por conduta negligente. 
e) A responsabilidade por improbidade administrativa será aplicada, 
independentemente do dolo. 
Resposta: c 
Justificativa: O § 3º do Art. 1º afirma que, sem comprovação de dolo, o mero exercício 
da função pública não configura ato de improbidade administrativa. 
 
Questão 4: 
De acordo com o Art. 2º da Lei nº 14.230/2021, quem pode ser considerado agente 
público para efeitos desta Lei? 
a) Somente servidores concursados que exercem cargo público. 
b) Apenas agentes políticos eleitos. 
c) Qualquer pessoa que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, 
mandato, cargo, emprego ou função pública. 
d) Apenas servidores públicos de carreira. 
e) Apenas funcionários de empresas privadas contratadas pelo governo. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 2º define como agente público qualquer pessoa que exerce, ainda 
que temporariamente ou sem remuneração, mandato, cargo, emprego ou função 
pública em entidades referidas pela Lei. 
 
Questão 5: 
Segundo o § 8º do Art. 1º da Lei nº 14.230/2021, qual das seguintes situações não 
configura improbidade administrativa? 
a) A prática de atos que causem dano ao patrimônio público. 
b) A omissão deliberada em cumprir uma norma legal. 
c) A ação decorrente de divergência interpretativa da lei baseada em jurisprudência. 
d) A aplicação irregular de verbas públicas. 
e) O enriquecimento ilícito de um agente público. 
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Resposta: c 
Justificativa: O § 8º do Art. 1º especifica que ações ou omissões decorrentes de 
divergências interpretativas da lei, mesmo que não pacificadas, não configuram 
improbidade administrativa, desde que baseadas em jurisprudência. 
 
5 questões de múltipla escolha com base na Seção I (Dos Atos de Improbidade 
Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito), Art. 9º da Lei de Improbidade 
Administrativa. Cada questão é seguida da resposta correta e sua justificativa. 
 
Questão 1: 
Conforme o Art. 9º da Lei de Improbidade Administrativa, constitui enriquecimento 
ilícito: 
a) Receber vantagem econômica para intermediar a liberação de verba pública, mesmo 
que dentro dos limites legais. 
b) Perceber vantagem econômica para facilitar a aquisição de um bem público por 
valor inferior ao de mercado. 
c) Realizar qualquer atividade pública que resulte em benefícios para o governo. 
d) Utilizar bens públicos para obras públicas. 
e) Receber remuneração regular por serviços prestados ao Estado. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 9º, inciso III, caracteriza como enriquecimento ilícito a percepção 
de vantagem econômica para facilitar a alienação ou permuta de bem público por 
preço inferior ao valor de mercado. 
 
Questão 2: 
De acordo com o Art. 9º, qual das seguintes situações é considerada ato de 
improbidade administrativa que importa em enriquecimento ilícito? 
a) Receber um presente de um amigo particular sem qualquer relação com o cargo 
público. 
b) Adquirir, para si ou para outrem, bens cuja evolução patrimonial seja 
desproporcional à renda do agente público. 
c) Realizar uma compra pública com base em cotação regular de mercado. 
d) Aceitar um emprego fora da administração pública, sem relação com seu cargo 
atual. 
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e) Realizar serviços particulares com recursos próprios e sem vínculo com a 
administração pública. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 9º, inciso VII, considera como ato de improbidade administrativa 
adquirir bens desproporcionais à evolução patrimonial ou à renda do agente público, 
sem comprovação da licitude da origem. 
 
Questão 3: 
Qual das seguintes práticas, segundo o Art. 9º da Lei nº 14.230/2021, constitui 
enriquecimento ilícito? 
a) Fazer declaração falsa sobre dados técnicos de obras públicas para obter vantagem 
econômica. 
b) Realizar atividades comerciais privadas sem vínculo com o serviço público. 
c) Declarar corretamente a quantidade de materiais fornecidos a um órgão público. 
d) Trabalhar para uma empresa privada após deixar o serviço público. 
e) Prestar consultoria legalmente para entidades privadas que não têm relação com o 
cargo ocupado. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 9º, inciso VI, define como enriquecimento ilícito fazer declaração 
falsa sobre dados técnicos que envolvam obras públicas para obter vantagem 
econômica. 
 
Questão 4: 
Segundo o Art. 9º da Lei de Improbidade Administrativa, constitui ato de improbidade: 
a) Receber salário compatível com o cargo exercido. 
b) Utilizar, em obra ou serviço particular, bem móvel de uma entidade pública. 
c) Prestar serviços para a administração pública em caráter temporário. 
d) Realizar contratos administrativos de acordo com a legislação vigente. 
e) Aceitar um presente de baixo valor de um amigo pessoal. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 9º, inciso IV, considera enriquecimento ilícito a utilização de bens 
públicos, como móveis e serviços, para fins particulares. 
 
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Questão 5: 
Qual das seguintes condutas é caracterizada como enriquecimento ilícito de acordo 
com o Art. 9º? 
a) Perceber vantagem econômica para facilitar a contratação de serviços públicos por 
preço de mercado. 
b) Incorporar ao patrimônio próprio bens e rendas pertencentes ao patrimônio público. 
c) Declarar bens adquiridos de forma lícita durante o exercício do cargo público. 
d) Receber gratificações devidas por desempenho de funções. 
e) Utilizar bens próprios em benefício do Estado. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 9º, inciso XI, caracteriza como enriquecimento ilícito incorporar aoe regras que seguimos no cotidiano de acordo com a cultura. 
2) Por que é importante? 
A ética é importante porque: 
 Garante a convivência harmoniosa entre as pessoas ao estabelecer padrões de 
conduta que buscam o bem comum. 
 Ajuda a evitar conflitos, pois cria regras que todos devem seguir, promovendo 
respeito e justiça. 
 Em ambientes profissionais, como o serviço público, a ética assegura que o 
servidor ou gestor aja de acordo com o interesse público, evitando corrupção, 
desvios e abusos de poder. 
A moral é importante porque: 
 Regula a conduta dos indivíduos em uma sociedade específica. 
 Ajuda a formar o caráter de uma pessoa, pois está diretamente ligada aos 
valores ensinados desde cedo, como honestidade e respeito. 
3) Como funciona? (Exemplo de aplicação) 
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5 
 
Exemplo de ética: Imagine um médico que precisa decidir entre dois pacientes em 
estado grave e que só tem um leito de UTI disponível. A ética médica (ética profissional) 
vai orientar que o médico tome uma decisão baseada no princípio da justiça, 
priorizando quem tem maior chance de sobrevivência, em vez de agir por interesses 
pessoais, como escolher o paciente que ele mais gosta. 
Exemplo de moral: Em uma determinada sociedade, é comum que as pessoas deem 
lugar para idosos em transportes públicos. Essa prática é baseada na moral daquela 
cultura, que valoriza o respeito pelos mais velhos. Se uma pessoa não der lugar para 
um idoso, ela pode ser considerada "imoral" naquele contexto. 
Exceções ou situações mais complicadas: 
 A ética nem sempre vai ter uma resposta "preta e branca". Muitas vezes, ela 
envolve dilemas, onde todas as alternativas parecem ter pontos negativos. 
 A moral pode variar de uma cultura para outra. O que é considerado correto em 
uma sociedade pode não ser em outra. 
 
Questões 
Questão 1: 
O que é ética? 
a) A mesma coisa que moral. 
b) Um conjunto de regras fixas que todas as pessoas seguem. 
c) Um conjunto de princípios que orienta o que é certo ou errado, com base na reflexão. 
d) A obediência a regras culturais específicas. 
e) Uma prática exclusivamente religiosa. 
Resposta: c 
Justificativa: Ética envolve a reflexão sobre o que é certo e errado com base em 
princípios mais amplos e não necessariamente atrelados a uma cultura ou regras 
específicas. 
 
Questão 2: 
O que é moral? 
a) Um conjunto de princípios racionais sobre o certo e o errado. 
b) As regras e costumes que orientam a conduta em uma determinada sociedade. 
c) Uma prática universal que é igual em todas as culturas. 
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d) Um conjunto de normas fixas e imutáveis. 
e) Um valor puramente legal. 
Resposta: b 
Justificativa: Moral refere-se às normas e costumes aceitos em uma sociedade, que 
podem variar de uma cultura para outra. 
 
Questão 3: 
Qual a diferença entre ética e moral? 
a) A moral é fixa, enquanto a ética é sempre variável. 
b) A ética se refere a reflexões sobre o que é certo e errado, enquanto a moral está 
ligada às práticas e costumes. 
c) A ética é um conjunto de regras, e a moral é uma reflexão sobre essas regras. 
d) Não há diferença, são termos sinônimos. 
e) A ética é individual, enquanto a moral é universal. 
Resposta: b 
Justificativa: A ética é a reflexão sobre o que é certo ou errado, enquanto a moral se 
refere a práticas concretas de uma sociedade. 
 
Questão 4: 
Um exemplo de aplicação da moral seria: 
a) Um médico decidindo quem tratar com base em princípios de justiça. 
b) Uma pessoa decidindo se deve ou não dar lugar para um idoso em um transporte 
público. 
c) Um professor avaliando um aluno com base em suas habilidades. 
d) Um juiz aplicando uma sentença justa com base nas leis. 
e) Um gerente contratando o funcionário que mais lhe agrada. 
Resposta: b 
Justificativa: A moral refere-se a costumes e práticas sociais específicas, como dar 
lugar para um idoso em um transporte público, algo que pode variar entre culturas. 
 
Questão 5: 
Uma situação ética é aquela em que: 
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a) Não há necessidade de reflexão, pois as regras são fixas. 
b) Um conjunto de normas culturais é seguido cegamente. 
c) O indivíduo toma uma decisão com base em princípios que buscam o bem comum e 
a justiça. 
d) A pessoa age conforme seus próprios interesses pessoais. 
e) A decisão sempre favorece a pessoa mais poderosa. 
Resposta: c 
Justificativa: A ética envolve tomar decisões baseadas em princípios de justiça e bem 
comum, em vez de seguir apenas interesses pessoais ou normas fixas sem reflexão. 
 
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2. Ética, princípios e valores 
1) O que são ética, princípios e valores? 
 Ética: Como já vimos, ética é a reflexão sobre o que é certo e errado, 
fundamentada em princípios que guiam o comportamento humano em direção 
ao bem comum e à justiça. É um campo filosófico que avalia moralmente as 
ações humanas. 
 Princípios: Princípios são normas gerais que orientam a conduta, como regras 
universais que devem ser seguidas independentemente das circunstâncias. 
Exemplo de princípios: honestidade, justiça, lealdade. Eles são guias de ação e 
estão na base das decisões éticas. 
 Valores: Valores são crenças ou padrões que uma pessoa ou sociedade 
considera importantes. Eles influenciam o comportamento e as decisões. 
Exemplos de valores: respeito, solidariedade, liberdade. Diferente dos 
princípios, os valores podem variar mais entre indivíduos e culturas. 
Resumo: 
 A ética é o estudo do que é certo e errado. 
 Os princípios são normas gerais e universais que orientam as decisões e as 
ações. 
 Os valores são aquilo que uma pessoa ou sociedade considera importante e 
que influencia suas escolhas. 
2) Por que são importantes? 
 Ética: É importante porque nos ajuda a fazer escolhas corretas, que respeitam 
os direitos das outras pessoas e promovem o bem comum. Em ambientes 
profissionais, como o serviço público, a ética impede abusos de poder e garante 
que o servidor trabalhe de acordo com o interesse da coletividade. 
 Princípios: São importantes porque nos orientam a agir de maneira justa, 
responsável e coerente com as regras universais de comportamento. Eles 
fornecem um norte para que nossas decisões sejam equilibradas e justas, 
independentemente da situação. 
 Valores: São importantes porque moldam nossa identidade, nossas prioridades 
e nossas ações. Valores ajudam a definir quem somos como indivíduos e como 
sociedade. Eles dão propósito às nossas decisões e são a base das nossas 
interações sociais. 
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3) Como funciona? (Exemplo de aplicação) 
Exemplo de princípios aplicados à ética: 
Imagine um servidor público que recebe um presente caro de uma empresa que quer 
fechar um contrato com o governo. O princípio da honestidade orienta que ele recuse 
o presente, pois aceitar poderia comprometer sua imparcialidade. O servidor está 
agindo de acordo com um princípio ético. 
Exemplo de valores aplicados à ética: 
Em uma escola, os alunos são incentivados a valorizar o respeito pelos colegas. 
Quando um aluno vê outro sendo desrespeitoso com um colega, ele pode agir com 
base no valor do respeito e denunciar a situação para evitar que isso continue. O valor 
do respeito guia o comportamento de quem valoriza uma convivência harmoniosa. 
Exceções ou situações mais complicadas: 
 Princípios costumam ser considerados universais, mas em algumas situações 
podem colidir. Por exemplo, o princípio da lealdade a um amigo pode entrar em 
conflito com o princípio da justiça, se o amigo cometer algo ilegal.patrimônio próprio bens, rendas ou valores que pertencem ao patrimônio público. 
 
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5 questões de múltipla escolha com base na Seção II (Dos Atos de Improbidade 
Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário), Art. 10 da Lei de Improbidade 
Administrativa. Cada questão é seguida da resposta correta e sua justificativa. 
 
Questão 1: 
Conforme o Art. 10 da Lei de Improbidade Administrativa, constitui ato de improbidade 
administrativa que causa lesão ao erário: 
a) Liberar recursos públicos com base em critérios legais e regulamentares. 
b) Facilitar a incorporação de bens públicos ao patrimônio particular sem observância 
de formalidades legais. 
c) Realizar contratos de compra pública com base em licitações regulares. 
d) Utilizar bens públicos em obras públicas devidamente autorizadas. 
e) Receber uma remuneração justa pelos serviços prestados ao setor público. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 10, inciso I, caracteriza como ato de improbidade causar lesão ao 
erário facilitando a incorporação de bens públicos ao patrimônio particular sem 
observar as formalidades legais. 
 
Questão 2: 
De acordo com o Art. 10, um ato de improbidade que causa prejuízo ao erário ocorre 
quando: 
a) Há licitação pública em conformidade com a lei. 
b) Um servidor público doa bens do patrimônio público sem seguir as formalidades 
legais. 
c) Um contrato de serviços é realizado conforme os valores de mercado. 
d) Verbas públicas são aplicadas corretamente em programas governamentais. 
e) O servidor realiza seu trabalho sem qualquer negligência ou dolo. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 10, inciso III, considera ato de improbidade doar bens do 
patrimônio público sem observância das formalidades legais, resultando em prejuízo 
ao erário. 
 
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Questão 3: 
Qual das seguintes situações, segundo o Art. 10 da Lei nº 14.230/2021, constitui um 
ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário? 
a) Realizar uma operação financeira respeitando todas as normas legais. 
b) Permitir a locação de bem público por valor inferior ao de mercado. 
c) Utilizar o patrimônio público para o desenvolvimento de atividades públicas. 
d) Arrecadar tributos de maneira correta e regular. 
e) Fazer uso adequado dos recursos destinados a obras públicas. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 10, inciso IV, considera ato de improbidade permitir ou facilitar a 
locação de bem público por valor inferior ao de mercado, o que causa prejuízo ao 
erário. 
 
Questão 4: 
De acordo com o Art. 10, constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão 
ao erário: 
a) Conceder benefício fiscal sem seguir as formalidades legais aplicáveis à espécie. 
b) Conceder isenções fiscais conforme a legislação vigente. 
c) Realizar uma operação financeira que segue todas as regulamentações aplicáveis. 
d) Cobrar tributos de acordo com as normas fiscais em vigor. 
e) Aplicar corretamente os recursos recebidos pela administração pública. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 10, inciso VII, caracteriza como ato de improbidade a concessão de 
benefícios fiscais sem a observância das formalidades legais, resultando em prejuízo 
ao erário. 
 
Questão 5: 
Segundo o Art. 10 da Lei de Improbidade Administrativa, qual das opções abaixo 
constitui ato de improbidade que causa lesão ao erário? 
a) Conceder benefício fiscal em conformidade com a lei. 
b) Permitir que terceiro se enriqueça ilicitamente usando recursos públicos. 
c) Realizar licitação pública dentro dos parâmetros legais. 
d) Utilizar veículos públicos exclusivamente para fins governamentais. 
e) Fazer uma doação de bens públicos seguindo todos os trâmites legais. 
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Resposta: b 
Justificativa: O Art. 10, inciso XII, considera ato de improbidade permitir ou facilitar 
que terceiros se enriqueçam ilicitamente usando recursos públicos, causando lesão ao 
erário. 
 
5 questões de múltipla escolha com base na Seção III (Dos Atos de Improbidade 
Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública), Art. 11 
da Lei de Improbidade Administrativa. Cada questão é seguida da resposta correta e 
sua justificativa. 
 
Questão 1: 
Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da 
administração pública: 
a) Garantir a publicidade de todos os atos oficiais sem exceções. 
b) Frustrar o caráter concorrencial de concurso público para obter benefício próprio. 
c) Nomear servidores com base em critérios de competência e experiência. 
d) Revelar ao público medidas econômicas antes da divulgação oficial. 
e) Receber presentes durante o exercício de um cargo público. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 11, inciso V, considera ato de improbidade frustrar o caráter 
concorrencial de concursos públicos para obter benefícios próprios, pois isso atenta 
contra a imparcialidade e legalidade. 
 
Questão 2: 
De acordo com o Art. 11, configura ato de improbidade administrativa que atenta 
contra os princípios da administração pública: 
a) Nomear cônjuge ou parente até o terceiro grau para cargo em comissão ou de 
confiança. 
b) Realizar concurso público com base em critérios legais. 
c) Garantir o sigilo de informações estratégicas para a segurança nacional. 
d) Declarar corretamente as contas públicas. 
e) Garantir a publicidade dos atos oficiais, conforme o disposto em lei. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 11, inciso XI, considera improbidade administrativa nomear 
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cônjuge, companheiro ou parente para cargos em comissão ou função gratificada, 
prática conhecida como nepotismo, violando o princípio da impessoalidade. 
 
Questão 3: 
Qual das seguintes práticas caracteriza ato de improbidade administrativa conforme o 
Art. 11? 
a) Divulgar informações econômicas antes da respectiva divulgação oficial para 
beneficiar terceiros. 
b) Conceder benefícios fiscais conforme a legislação vigente. 
c) Realizar licitações públicas de maneira transparente e imparcial. 
d) Garantir a segurança das informações governamentais sigilosas. 
e) Apresentar dados corretos sobre as finanças públicas em tempo hábil. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 11, inciso VII, considera improbidade administrativa revelar ou 
permitir que terceiros obtenham informações sigilosas antes da divulgação oficial para 
beneficiar-se economicamente. 
 
Questão 4: 
De acordo com o Art. 11, constitui ato de improbidade administrativa negar publicidade 
aos atos oficiais: 
a) Sempre, sem exceção. 
b) Exceto quando for necessário para a segurança da sociedade e do Estado ou quando 
houver hipóteses previstas em lei. 
c) Apenas quando solicitado por superiores. 
d) Somente em casos de emergências administrativas. 
e) Quando os atos não envolvem valores financeiros. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 11, inciso IV, estabelece que a negativa de publicidade aos atos 
oficiais é ato de improbidade administrativa, exceto quando a publicidade for 
dispensável para a segurança da sociedade e do Estado ou em outras hipóteses 
previstas em lei. 
 
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Questão 5: 
Segundo o Art. 11 da Lei de Improbidade Administrativa, qual das condutas abaixo não 
caracteriza ato de improbidade administrativa? 
a) Frustrar um procedimento licitatório para obter vantagem própria. 
b) Nomear um parente para cargo comissionado em um ajuste recíproco de 
designações. 
c) Revelar informações sigilosas com o objetivo de beneficiar terceiros. 
d) Promover a publicidade de um ato público, destacando o nome do agente público 
envolvido.e) Nomear uma pessoa para cargo público com base em sua competência e 
qualificação técnica. 
Resposta: e 
Justificativa: Nomear uma pessoa com base em critérios técnicos e de competência 
não caracteriza improbidade, pois é uma prática legítima e compatível com os 
princípios da administração pública. 
 
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7. LEI Nº 12.846, DE 1º DE AGOSTO DE 2013. 
 
Dispõe sobre a responsabilização 
administrativa e civil de pessoas jurídicas 
pela prática de atos contra a 
administração pública, nacional ou 
estrangeira, e dá outras providências. 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de 
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou 
estrangeira. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às 
sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de 
organização ou modelo societário adotado, bem como a quaisquer fundações, 
associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, 
filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda 
que temporariamente. 
Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos 
administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse 
ou benefício, exclusivo ou não. 
Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual 
de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora 
ou partícipe do ato ilícito. 
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsabilização 
individual das pessoas naturais referidas no caput . 
§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos 
na medida da sua culpabilidade. 
Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração 
contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária. 
§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será 
restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até 
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92 
 
o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções 
previstas nesta Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da fusão ou 
incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente intuito de fraude, devidamente 
comprovados. 
§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo 
contrato, as consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos 
previstos nesta Lei, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de 
multa e reparação integral do dano causado. 
CAPÍTULO II 
DOS ATOS LESIVOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIONAL OU 
ESTRANGEIRA 
Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, para 
os fins desta Lei, todos aqueles praticados pelas pessoas jurídicas mencionadas no 
parágrafo único do art. 1º , que atentem contra o patrimônio público nacional ou 
estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil, assim definidos: 
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente 
público, ou a terceira pessoa a ele relacionada; 
II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo 
subvencionar a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei; 
III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou 
dissimular seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados; 
IV - no tocante a licitações e contratos: 
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o 
caráter competitivo de procedimento licitatório público; 
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento 
licitatório público; 
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de 
vantagem de qualquer tipo; 
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente; 
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação 
pública ou celebrar contrato administrativo; 
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93 
 
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou 
prorrogações de contratos celebrados com a administração pública, sem autorização 
em lei, no ato convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos 
contratuais; ou 
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados 
com a administração pública; 
V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes 
públicos, ou intervir em sua atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e 
dos órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional. 
§ 1º Considera-se administração pública estrangeira os órgãos e entidades estatais ou 
representações diplomáticas de país estrangeiro, de qualquer nível ou esfera de 
governo, bem como as pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo 
poder público de país estrangeiro. 
§ 2º Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração pública estrangeira as 
organizações públicas internacionais. 
§ 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os fins desta Lei, quem, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública em 
órgãos, entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro, 
assim como em pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder 
público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais. 
CAPÍTULO III 
DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas 
responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções: 
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do 
faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo 
administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, 
quando for possível sua estimação; e 
II - publicação extraordinária da decisão condenatória. 
§ 1º As sanções serão aplicadas fundamentadamente, isolada ou cumulativamente, de 
acordo com as peculiaridades do caso concreto e com a gravidade e natureza das 
infrações. 
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94 
 
§ 2º A aplicação das sanções previstas neste artigo será precedida da manifestação 
jurídica elaborada pela Advocacia Pública ou pelo órgão de assistência jurídica, ou 
equivalente, do ente público. 
§ 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo não exclui, em qualquer hipótese, a 
obrigação da reparação integral do dano causado. 
§ 4º Na hipótese do inciso I do caput , caso não seja possível utilizar o critério do valor 
do faturamento bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a 
R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais). 
§ 5º A publicação extraordinária da decisão condenatória ocorrerá na forma de extrato 
de sentença, a expensas da pessoa jurídica, em meios de comunicação de grande 
circulação na área da prática da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua 
falta, em publicação de circulação nacional, bem como por meio de afixação de edital, 
pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias, no próprio estabelecimento ou no local de 
exercício da atividade, demodo visível ao público, e no sítio eletrônico na rede mundial 
de computadores. 
§ 6º (VETADO). 
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções: 
I - a gravidade da infração; 
II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; 
III - a consumação ou não da infração; 
IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; 
V - o efeito negativo produzido pela infração; 
VI - a situação econômica do infrator; 
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações; 
VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e 
incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de 
conduta no âmbito da pessoa jurídica; 
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade 
pública lesados; e 
X - (VETADO). 
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95 
 
Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de mecanismos e procedimentos 
previstos no inciso VIII do caput serão estabelecidos em regulamento do Poder 
Executivo federal. 
CAPÍTULO IV 
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZAÇÃO 
Art. 8º A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração da 
responsabilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou 
entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou 
mediante provocação, observados o contraditório e a ampla defesa. 
§ 1º A competência para a instauração e o julgamento do processo administrativo de 
apuração de responsabilidade da pessoa jurídica poderá ser delegada, vedada a 
subdelegação. 
§ 2º No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria-Geral da União - CGU terá 
competência concorrente para instaurar processos administrativos de 
responsabilização de pessoas jurídicas ou para avocar os processos instaurados com 
fundamento nesta Lei, para exame de sua regularidade ou para corrigir-lhes o 
andamento. 
Art. 9º Competem à Controladoria-Geral da União - CGU a apuração, o processo e o 
julgamento dos atos ilícitos previstos nesta Lei, praticados contra a administração 
pública estrangeira, observado o disposto no Artigo 4 da Convenção sobre o Combate 
da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais 
Internacionais, promulgada pelo Decreto nº 3.678, de 30 de novembro de 2000. 
Art. 10. O processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa 
jurídica será conduzido por comissão designada pela autoridade instauradora e 
composta por 2 (dois) ou mais servidores estáveis. 
§ 1º O ente público, por meio do seu órgão de representação judicial, ou equivalente, a 
pedido da comissão a que se refere o caput , poderá requerer as medidas judiciais 
necessárias para a investigação e o processamento das infrações, inclusive de busca e 
apreensão. 
§ 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade instauradora que 
suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da investigação. 
§ 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias 
contados da data da publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatórios 
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96 
 
sobre os fatos apurados e eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de 
forma motivada as sanções a serem aplicadas. 
§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, mediante ato fundamentado da 
autoridade instauradora. 
Art. 11. No processo administrativo para apuração de responsabilidade, será concedido 
à pessoa jurídica prazo de 30 (trinta) dias para defesa, contados a partir da intimação. 
Art. 12. O processo administrativo, com o relatório da comissão, será remetido à 
autoridade instauradora, na forma do art. 10, para julgamento. 
Art. 13. A instauração de processo administrativo específico de reparação integral do 
dano não prejudica a aplicação imediata das sanções estabelecidas nesta Lei. 
Parágrafo único. Concluído o processo e não havendo pagamento, o crédito apurado 
será inscrito em dívida ativa da fazenda pública. 
Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com 
abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos 
nesta Lei ou para provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos 
das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e sócios com 
poderes de administração, observados o contraditório e a ampla defesa. 
Art. 15. A comissão designada para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica, 
após a conclusão do procedimento administrativo, dará conhecimento ao Ministério 
Público de sua existência, para apuração de eventuais delitos. 
CAPÍTULO V 
DO ACORDO DE LENIÊNCIA 
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar 
acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos 
previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações e o processo 
administrativo, sendo que dessa colaboração resulte: 
I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e 
II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob 
apuração. 
§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchidos, 
cumulativamente, os seguintes requisitos: 
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97 
 
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar 
para a apuração do ato ilícito; 
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a 
partir da data de propositura do acordo; 
III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e 
permanentemente com as investigações e o processo administrativo, comparecendo, 
sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu 
encerramento. 
§2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções 
previstas no inciso II do art. 6º e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em até 2/3 (dois 
terços) o valor da multa aplicável. 
§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar 
integralmente o dano causado. 
§ 4º O acordo de leniência estipulará as condições necessárias para assegurar a 
efetividade da colaboração e o resultado útil do processo. 
§ 5º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que 
integram o mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde que firmem o acordo 
em conjunto, respeitadas as condições nele estabelecidas. 
§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a efetivação do 
respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do processo administrativo. 
§ 7º Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a proposta 
de acordo de leniência rejeitada. 
§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará 
impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos contados do 
conhecimento pela administração pública do referido descumprimento. 
§ 9º A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo prescricional dos atos 
ilícitos previstos nesta Lei. 
§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para celebrar os 
acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos 
lesivos praticados contra a administração pública estrangeira. 
Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência com a 
pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de 
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98 
 
junho de 1993, com vistas à isenção ou atenuação das sanções administrativas 
estabelecidasem seus arts. 86 a 88. 
CAPÍTULO VI 
DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL 
Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não afasta a 
possibilidade de sua responsabilização na esfera judicial. 
Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou 
órgãos de representação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão 
ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas 
infratoras: 
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito 
direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de 
terceiro de boa-fé; 
II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades; 
III - dissolução compulsória da pessoa jurídica; 
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos 
de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas 
pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. 
§ 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando 
comprovado: 
I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou 
promover a prática de atos ilícitos; ou 
II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos 
beneficiários dos atos praticados. 
§ 2º (VETADO). 
§ 3º As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa. 
§ 4º O Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de representação judicial, ou 
equivalente, do ente público poderá requerer a indisponibilidade de bens, direitos ou 
valores necessários à garantia do pagamento da multa ou da reparação integral do 
dano causado, conforme previsto no art. 7º , ressalvado o direito do terceiro de boa-fé. 
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99 
 
Art. 20. Nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, poderão ser aplicadas as sanções 
previstas no art. 6º , sem prejuízo daquelas previstas neste Capítulo, desde que 
constatada a omissão das autoridades competentes para promover a 
responsabilização administrativa. 
Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será adotado o rito previsto na Lei nº 
7.347, de 24 de julho de 1985. 
Parágrafo único. A condenação torna certa a obrigação de reparar, integralmente, o 
dano causado pelo ilícito, cujo valor será apurado em posterior liquidação, se não 
constar expressamente da sentença. 
CAPÍTULO VII 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 22. Fica criado no âmbito do Poder Executivo federal o Cadastro Nacional de 
Empresas Punidas - CNEP, que reunirá e dará publicidade às sanções aplicadas pelos 
órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas 
de governo com base nesta Lei. 
§ 1º Os órgãos e entidades referidos no caput deverão informar e manter atualizados, 
no Cnep, os dados relativos às sanções por eles aplicadas. 
§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes informações acerca das sanções 
aplicadas: 
I - razão social e número de inscrição da pessoa jurídica ou entidade no Cadastro 
Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; 
II - tipo de sanção; e 
III - data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da 
sanção, quando for o caso. 
§ 3º As autoridades competentes, para celebrarem acordos de leniência previstos 
nesta Lei, também deverão prestar e manter atualizadas no Cnep, após a efetivação do 
respectivo acordo, as informações acerca do acordo de leniência celebrado, salvo se 
esse procedimento vier a causar prejuízo às investigações e ao processo 
administrativo. 
§ 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do acordo de leniência, além das 
informações previstas no § 3º , deverá ser incluída no Cnep referência ao respectivo 
descumprimento. 
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§ 5º Os registros das sanções e acordos de leniência serão excluídos depois de 
decorrido o prazo previamente estabelecido no ato sancionador ou do cumprimento 
integral do acordo de leniência e da reparação do eventual dano causado, mediante 
solicitação do órgão ou entidade sancionadora. 
Art. 23. Os órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas 
as esferas de governo deverão informar e manter atualizados, para fins de publicidade, 
no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, de caráter público, 
instituído no âmbito do Poder Executivo federal, os dados relativos às sanções por eles 
aplicadas, nos termos do disposto nos arts. 87 e 88 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 
1993. 
Art. 24. A multa e o perdimento de bens, direitos ou valores aplicados com fundamento 
nesta Lei serão destinados preferencialmente aos órgãos ou entidades públicas 
lesadas. 
Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas nesta Lei, contados da 
data da ciência da infração ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia 
em que tiver cessado. 
Parágrafo único. Na esfera administrativa ou judicial, a prescrição será interrompida 
com a instauração de processo que tenha por objeto a apuração da infração. 
Art. 26. A pessoa jurídica será representada no processo administrativo na forma do 
seu estatuto ou contrato social. 
§ 1º As sociedades sem personalidade jurídica serão representadas pela pessoa a 
quem couber a administração de seus bens. 
§ 2º A pessoa jurídica estrangeira será representada pelo gerente, representante ou 
administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil. 
Art. 27. A autoridade competente que, tendo conhecimento das infrações previstas 
nesta Lei, não adotar providências para a apuração dos fatos será responsabilizada 
penal, civil e administrativamente nos termos da legislação específica aplicável. 
Art. 28. Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados por pessoa jurídica brasileira 
contra a administração pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior. 
Art. 29. O disposto nesta Lei não exclui as competências do Conselho Administrativo 
de Defesa Econômica, do Ministério da Justiça e do Ministério da Fazenda para 
processar e julgar fato que constitua infração à ordem econômica. 
Art. 30. A aplicação das sanções previstas nesta Lei não afeta os processos de 
responsabilização e aplicação de penalidades decorrentes de: 
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I - ato de improbidade administrativa nos termos da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 
; e 
II - atos ilícitos alcançados pela Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ou outras normas 
de licitações e contratos da administração pública, inclusive no tocante ao Regime 
Diferenciado de Contratações Públicas - RDC instituído pela Lei nº 12.462, de 4 de 
agosto de 2011. 
Art. 31. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação. 
Brasília, 1º de agosto de 2013; 192º da Independência e 125º da República. 
DILMA ROUSSEFF 
José Eduardo Cardozo 
Luís Inácio Lucena Adams 
Jorge Hage Sobrinho 
 
Questões de múltipla escolha com base na Lei nº 12.846/2013 (Lei 
Anticorrupção). 
 
Questão 1: 
De acordo com a Lei nº 12.846/2013, as pessoas jurídicas são responsabilizadas: 
a) Apenas de forma subjetiva, considerando a intenção da empresa ao praticar o ato. 
b) De forma objetiva, pelos atos lesivos praticados em seu interesse ou benefício, 
exclusivo ou não. 
c) Apenas quando há dolo comprovado por parte dos dirigentes. 
d) Somente no âmbito criminal, e não no administrativo ou civil. 
e) Exclusivamente pelos atos praticados por seus dirigentes, isentando a empresa de 
responsabilidade. 
Resposta: b 
Justificativa: A Lei nº 12.846/2013 estabelece a responsabilização objetiva das 
pessoas jurídicaspelos atos lesivos praticados em seu interesse ou benefício, 
exclusivo ou não, conforme o Art. 2º. 
 
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Questão 2: 
Segundo o Art. 1º da Lei nº 12.846/2013, a lei aplica-se a: 
a) Somente sociedades empresárias com sede no Brasil. 
b) Somente sociedades empresárias estrangeiras com sede permanente no Brasil. 
c) Sociedades empresárias, sociedades simples, fundações, associações, 
independentemente da forma de organização ou modelo societário. 
d) Apenas sociedades constituídas de direito e não de fato. 
e) Somente às empresas públicas e mistas no território brasileiro. 
Resposta: c 
Justificativa: O parágrafo único do Art. 1º esclarece que a Lei se aplica a sociedades 
empresárias e simples, fundações, associações, e sociedades estrangeiras, 
personificadas ou não, com sede ou filial no Brasil. 
 
Questão 3: 
De acordo com a Lei nº 12.846/2013, a responsabilidade da pessoa jurídica: 
a) Exclui a responsabilização de seus dirigentes ou administradores. 
b) Está limitada à responsabilidade penal. 
c) Não exclui a responsabilidade individual dos dirigentes ou administradores pelos 
atos ilícitos, de acordo com sua culpabilidade. 
d) Depende da comprovação de dolo por parte da pessoa jurídica. 
e) É condicionada à responsabilidade dos funcionários diretamente envolvidos. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 3º estabelece que a responsabilização da pessoa jurídica não 
exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores, que será 
aferida de acordo com sua culpabilidade. 
 
Questão 4: 
Em casos de fusão ou incorporação, a responsabilidade da sucessora, segundo o Art. 
4º da Lei nº 12.846/2013, será: 
a) Extinta após a transferência de patrimônio. 
b) Restrita à reparação do dano e pagamento de multa, até o limite do patrimônio 
transferido. 
c) Aplicada integralmente, independentemente do patrimônio transferido. 
d) Transferida exclusivamente à pessoa física dos administradores. 
e) Inexistente, exceto nos casos de dolo dos sucessores. 
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Resposta: b 
Justificativa: O § 1º do Art. 4º limita a responsabilidade da sucessora à obrigação de 
pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio 
transferido, exceto em casos de fraude ou simulação. 
 
Questão 5: 
Conforme o § 2º do Art. 4º, as sociedades controladoras, controladas, coligadas ou 
consorciadas são solidariamente responsáveis: 
a) Somente se houver dolo comprovado por parte de ambas as empresas. 
b) Pela prática dos atos previstos na Lei nº 12.846/2013, mas a responsabilidade é 
restrita ao pagamento de multa e reparação integral do dano causado. 
c) Pelo pagamento de todas as sanções previstas, independentemente do valor do 
patrimônio transferido. 
d) Apenas pelas multas impostas, sem responsabilidade pelo dano causado. 
e) Pela totalidade das sanções impostas à pessoa jurídica. 
Resposta: b 
Justificativa: O § 2º do Art. 4º estabelece que as sociedades controladoras, 
controladas, coligadas ou consorciadas são solidariamente responsáveis pela prática 
dos atos previstos na Lei, limitando-se ao pagamento de multa e à reparação integral 
do dano causado. 
 
5 questões de múltipla escolha com base no Capítulo II (Dos Atos Lesivos à 
Administração Pública Nacional ou Estrangeira), Art. 5º da Lei nº 12.846/2013 (Lei 
Anticorrupção). Cada questão é seguida da resposta correta e sua justificativa. 
 
Questão 1: 
Constitui ato lesivo à administração pública, segundo o Art. 5º da Lei nº 12.846/2013: 
a) Oferecer vantagem econômica para um agente público, desde que seja de maneira 
indireta. 
b) Prometer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público ou a 
terceiros a ele relacionados. 
c) Participar de um processo licitatório de maneira transparente e competitiva. 
d) Cumprir os requisitos legais para celebrar contratos com a administração pública. 
e) Declarar todas as informações relevantes ao participar de licitações públicas. 
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104 
 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 5º, inciso I, estabelece que oferecer ou dar vantagem indevida a 
agente público ou a terceiros relacionados é considerado ato lesivo à administração 
pública. 
 
Questão 2: 
De acordo com o Art. 5º, constitui ato lesivo à administração pública: 
a) Financiar ou patrocinar atos ilícitos previstos nesta Lei, apenas se houver dolo 
comprovado. 
b) Financiar, custear ou patrocinar a prática de atos ilícitos previstos na Lei, 
comprovadamente. 
c) Financiar projetos sociais aprovados pela administração pública. 
d) Financiar campanhas publicitárias em apoio à transparência governamental. 
e) Patrocinar eventos de interesse público com a devida autorização legal. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 5º, inciso II, define como ato lesivo à administração pública 
financiar, custear ou patrocinar a prática de atos ilícitos, desde que comprovado. 
 
Questão 3: 
Segundo o Art. 5º da Lei nº 12.846/2013, qual das seguintes práticas, relacionadas a 
licitações, configura ato lesivo? 
a) Participar de uma licitação com base em critérios justos e transparentes. 
b) Criar pessoa jurídica, de forma fraudulenta ou irregular, para participar de licitação 
pública. 
c) Acompanhar o andamento do processo licitatório sem interferir nos resultados. 
d) Garantir que a licitação ocorra de maneira competitiva e justa. 
e) Celebrar contratos públicos conforme os procedimentos legais estabelecidos. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 5º, inciso IV, alínea "e", considera ato lesivo criar, de modo 
fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública. 
 
Questão 4: 
Constitui ato lesivo à administração pública, de acordo com o Art. 5º, no contexto de 
licitações públicas: 
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105 
 
a) Afastar licitante de maneira fraudulenta ou oferecendo qualquer tipo de vantagem. 
b) Participar de licitações públicas de maneira transparente e regular. 
c) Fazer uma proposta competitiva para um contrato público. 
d) Recusar-se a participar de uma licitação por razões legais. 
e) Obter o contrato de forma legal após vencer uma licitação. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 5º, inciso IV, alínea "c", considera ato lesivo afastar ou procurar 
afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem. 
 
Questão 5: 
De acordo com o Art. 5º da Lei nº 12.846/2013, é considerado ato lesivo à 
administração pública dificultar: 
a) A atuação de uma empresa concorrente em um processo licitatório. 
b) A atividade de investigação ou fiscalização de órgãos ou agentes públicos. 
c) O desenvolvimento de projetos de parceria público-privada. 
d) A realização de eventos sociais promovidos pelo governo. 
e) O cumprimento das obrigações contratuais por parte da administração pública. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 5º, inciso V, define como ato lesivo à administração pública 
dificultar atividades de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes 
públicos. 
 
5 questões de múltipla escolha com base no Capítulo III (Da Responsabilização 
Administrativa), Art. 6º e Art. 7º da Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção). Cada 
questão é seguida da resposta correta e sua justificativa. 
 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 6º da Lei nº 12.846/2013, a multa aplicada às pessoas jurídicas 
por atos lesivos à administração pública pode variar de: 
a) 0,01% a 10% do faturamento bruto do último exercício. 
b) 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício, excluídos os tributos. 
c) 0,5% a 25% do faturamento bruto, incluindo os tributos. 
d) 1% a 30% do faturamento bruto, com inclusão de multas adicionais. 
e) 5% a 50% do faturamento brutoda empresa. 
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106 
 
Resposta: b 
Justificativa: Conforme o Art. 6º, inciso I, a multa pode variar de 0,1% a 20% do 
faturamento bruto do último exercício anterior ao processo, excluídos os tributos, 
sendo que a multa nunca será inferior à vantagem auferida. 
 
Questão 2: 
Além da multa, qual é outra sanção administrativa aplicada às pessoas jurídicas por 
atos lesivos, segundo o Art. 6º? 
a) Encerramento compulsório da empresa. 
b) Publicação extraordinária da decisão condenatória. 
c) Confisco de bens e ativos financeiros. 
d) Intervenção governamental por período de até um ano. 
e) Suspensão temporária das atividades comerciais. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 6º, inciso II, prevê a publicação extraordinária da decisão 
condenatória como uma das sanções, que deve ser feita às expensas da pessoa 
jurídica. 
 
Questão 3: 
Se o valor do faturamento bruto não puder ser utilizado como base para a multa, qual 
será o valor da multa imposta à pessoa jurídica, conforme o § 4º do Art. 6º? 
a) Entre R$ 5.000,00 e R$ 50.000.000,00. 
b) Entre R$ 10.000,00 e R$ 100.000.000,00. 
c) Entre R$ 6.000,00 e R$ 60.000.000,00. 
d) Entre R$ 1.000.000,00 e R$ 10.000.000,00. 
e) Entre R$ 500.000,00 e R$ 5.000.000,00. 
Resposta: c 
Justificativa: O § 4º do Art. 6º estabelece que, caso o critério do valor do faturamento 
bruto não possa ser utilizado, a multa será de R$ 6.000,00 a R$ 60.000.000,00. 
 
Questão 4: 
Na aplicação das sanções administrativas, o Art. 7º da Lei nº 12.846/2013 indica que 
deve ser considerada: 
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107 
 
a) A situação econômica do infrator. 
b) Apenas a vantagem auferida pela pessoa jurídica. 
c) O impacto midiático da infração cometida. 
d) O número de empregados da empresa. 
e) A opinião pública sobre o caso. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 7º, inciso VI, prevê que a situação econômica do infrator é um dos 
fatores a serem considerados na aplicação das sanções. 
 
Questão 5: 
Conforme o Art. 7º, a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações 
será considerada: 
a) Uma obrigação contratual da empresa. 
b) Um fator irrelevante para a aplicação de sanções. 
c) Um fator atenuante na aplicação das sanções administrativas. 
d) Um motivo para isenção total de penalidades. 
e) Um critério para aumento da multa. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 7º, inciso VII, menciona que a cooperação da pessoa jurídica para 
a apuração das infrações será levada em consideração na aplicação das sanções, 
podendo atenuar a penalidade. 
 
5 questões de múltipla escolha com base no Capítulo IV (Do Processo Administrativo 
de Responsabilização), Art. 8º a Art. 15º da Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção). 
Cada questão é seguida da resposta correta e sua justificativa. 
 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 8º da Lei nº 12.846/2013, quem tem a competência para instaurar 
e julgar o processo administrativo de responsabilização de pessoa jurídica? 
a) O Ministério Público. 
b) A autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário. 
c) O presidente da empresa investigada. 
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108 
 
d) O Tribunal de Contas da União. 
e) Somente o Poder Executivo. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 8º estabelece que a competência para instauração e julgamento 
do processo administrativo de responsabilização cabe à autoridade máxima de cada 
órgão ou entidade dos três poderes. 
 
Questão 2: 
Qual órgão, no âmbito do Poder Executivo federal, tem competência concorrente para 
instaurar processos administrativos de responsabilização de pessoas jurídicas, 
conforme o § 2º do Art. 8º? 
a) O Ministério da Justiça. 
b) O Tribunal de Contas da União (TCU). 
c) A Controladoria-Geral da União (CGU). 
d) O Supremo Tribunal Federal (STF). 
e) O Senado Federal. 
Resposta: c 
Justificativa: A CGU tem competência concorrente para instaurar processos 
administrativos de responsabilização de pessoas jurídicas no âmbito do Poder 
Executivo federal, conforme o § 2º do Art. 8º. 
 
Questão 3: 
De acordo com o Art. 10, quem conduzirá o processo administrativo para apuração da 
responsabilidade de pessoa jurídica? 
a) Um único servidor estável designado pela autoridade instauradora. 
b) Uma comissão composta por dois ou mais servidores estáveis. 
c) O procurador-geral da república. 
d) O presidente da empresa denunciada. 
e) Um delegado da polícia federal. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 10 estabelece que o processo administrativo será conduzido por 
uma comissão designada pela autoridade instauradora, composta por dois ou mais 
servidores estáveis. 
 
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109 
 
Questão 4: 
Conforme o Art. 11 da Lei nº 12.846/2013, qual é o prazo concedido à pessoa jurídica 
para apresentar defesa no processo administrativo? 
a) 15 dias a partir da intimação. 
b) 20 dias a partir da publicação do ato. 
c) 30 dias a partir da intimação. 
d) 60 dias a partir da data da infração. 
e) Não há prazo determinado para a defesa. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 11 concede à pessoa jurídica o prazo de 30 dias, contados a partir 
da intimação, para apresentação de sua defesa no processo administrativo. 
 
Questão 5: 
De acordo com o Art. 14, a desconsideração da personalidade jurídica pode ocorrer 
quando: 
a) A empresa for declarada falida. 
b) A empresa for usada com abuso de direito para encobrir a prática de atos ilícitos ou 
para provocar confusão patrimonial. 
c) A empresa não conseguir apresentar a defesa no prazo determinado. 
d) Os administradores da empresa forem eleitos ilegalmente. 
e) A empresa for condenada em outras ações judiciais civis. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 14 permite a desconsideração da personalidade jurídica quando 
esta for utilizada com abuso de direito para facilitar ou encobrir a prática de atos ilícitos 
ou para provocar confusão patrimonial. 
 
5 questões de múltipla escolha com base no Capítulo V (Do Acordo de Leniência), 
Art. 16 e 17 da Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção). Cada questão é seguida da 
resposta correta e sua justificativa. 
 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 16 da Lei nº 12.846/2013, um acordo de leniência pode ser 
celebrado com pessoas jurídicas que: 
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110 
 
a) Já tenham sido condenadas por outros atos ilícitos. 
b) Recusam-se a admitir a prática de qualquer ilícito. 
c) Colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo. 
d) Apenas apresentem defesa sem colaborar com a investigação. 
e) Sejam forçadas a colaborar por decisão judicial. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 16 estabelece que o acordo de leniência pode ser celebrado com 
pessoas jurídicas que colaborem efetivamente com as investigações, resultando na 
identificação dos demais envolvidos e na obtenção de informações e documentos. 
 
Questão 2: 
Um dos requisitos para a celebração do acordo de leniência, conforme o Art. 16, § 1º, é: 
a) A pessoa jurídica ser a última a manifestar interesse em cooperar. 
b) A pessoa jurídica continuar seu envolvimento no ilícito até a finalização do processo. 
c) A pessoa jurídica admitir sua participação no ilícito e cooperar plenamente com as 
investigações. 
d) A pessoa jurídica recusar-se a comparecer aos atos processuais. 
e) A pessoa jurídica negar qualquer envolvimento no ato ilícito. 
Resposta: c 
Justificativa: Conforme o § 1º do Art. 16, a pessoa jurídica deve admitir sua 
participação no ilícito e cooperar plena e permanentemente com as investigações para 
que o acordo de leniência seja celebrado. 
 
Questão 3: 
Qual das seguintes sançõespode ser reduzida em até 2/3 no caso de celebração de um 
acordo de leniência, de acordo com o § 2º do Art. 16? 
a) Reparação integral do dano causado. 
b) Multa aplicável à pessoa jurídica. 
c) Publicação extraordinária da decisão condenatória. 
d) Proibição de contratar com o poder público. 
e) Penalidades criminais. 
Resposta: b 
Justificativa: O § 2º do Art. 16 afirma que a celebração do acordo de leniência pode 
reduzir em até 2/3 o valor da multa aplicável à pessoa jurídica. 
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111 
 
 
Questão 4: 
Segundo o Art. 16, § 3º da Lei nº 12.846/2013, a celebração do acordo de leniência: 
a) Exime a pessoa jurídica de reparar integralmente o dano causado. 
b) Isenta a pessoa jurídica de qualquer penalidade. 
c) Não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado. 
d) Impede a aplicação de qualquer multa. 
e) Permite que a empresa continue praticando os atos ilícitos investigados. 
Resposta: c 
Justificativa: O § 3º do Art. 16 esclarece que o acordo de leniência não exime a pessoa 
jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado. 
 
Questão 5: 
Conforme o Art. 16, § 8º, em caso de descumprimento do acordo de leniência, a 
pessoa jurídica: 
a) Não sofre qualquer penalidade adicional. 
b) Poderá celebrar um novo acordo imediatamente. 
c) Fica impedida de celebrar um novo acordo por três anos. 
d) Está isenta de responsabilidade pelo descumprimento. 
e) Não pode ser punida pelo ato ilícito. 
Resposta: c 
Justificativa: O § 8º do Art. 16 estabelece que, em caso de descumprimento do acordo 
de leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de celebrar um novo acordo pelo prazo 
de três anos. 
 
5 questões de múltipla escolha com base no Capítulo VI (Da Responsabilização 
Judicial), Art. 18 a Art. 21 da Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção). Cada questão é 
seguida da resposta correta e sua justificativa. 
 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 18 da Lei nº 12.846/2013, a responsabilização administrativa de 
uma pessoa jurídica: 
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112 
 
a) Afasta a possibilidade de responsabilização judicial. 
b) Exime a pessoa jurídica de qualquer outra sanção. 
c) Não afasta a possibilidade de responsabilização judicial. 
d) Impede a aplicação de sanções no âmbito judicial. 
e) Limita-se apenas à aplicação de multas. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 18 estabelece que a responsabilização administrativa não afasta a 
possibilidade de responsabilização judicial, permitindo que ambas as esferas atuem 
simultaneamente. 
 
Questão 2: 
Quais das seguintes sanções podem ser aplicadas judicialmente às pessoas jurídicas 
infratoras, conforme o Art. 19 da Lei nº 12.846/2013? 
a) Exclusivamente multas administrativas. 
b) Apenas advertências formais. 
c) Perdimento de bens, suspensão de atividades, dissolução compulsória e proibição 
de receber incentivos públicos. 
d) Confisco de todos os ativos da empresa, sem exceções. 
e) Encerramento das atividades sem outras sanções aplicáveis. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 19 prevê diversas sanções judiciais, como perdimento de bens, 
suspensão de atividades, dissolução compulsória e proibição de receber incentivos 
públicos. 
 
Questão 3: 
Quando pode ser determinada a dissolução compulsória de uma pessoa jurídica, 
conforme o § 1º do Art. 19? 
a) Quando a empresa não pagar suas multas no prazo estabelecido. 
b) Quando houver reincidência em crimes administrativos. 
c) Quando a personalidade jurídica for usada de forma habitual para facilitar a prática 
de atos ilícitos ou para ocultar interesses ilícitos. 
d) Quando a empresa falir ou solicitar recuperação judicial. 
e) Quando a pessoa jurídica não apresentar defesa no processo judicial. 
Resposta: c 
Justificativa: O § 1º do Art. 19 estabelece que a dissolução compulsória será 
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113 
 
determinada quando a pessoa jurídica for usada de forma habitual para promover atos 
ilícitos ou ocultar interesses ilícitos. 
 
Questão 4: 
Em uma ação judicial de responsabilização de uma pessoa jurídica, o Ministério 
Público ou a Advocacia Pública poderá requerer a: 
a) Isenção de todas as penalidades. 
b) Indisponibilidade de bens, direitos ou valores para garantir o pagamento de multas e 
a reparação integral do dano causado. 
c) Isenção do pagamento de multas por parte da pessoa jurídica. 
d) Nomeação de um interventor judicial para administrar a empresa. 
e) Cancelamento das licenças operacionais da empresa. 
Resposta: b 
Justificativa: O § 4º do Art. 19 permite que o Ministério Público ou a Advocacia Pública 
requeira a indisponibilidade de bens, direitos ou valores necessários para garantir o 
pagamento de multas ou a reparação integral do dano. 
 
Questão 5: 
Conforme o Art. 21 da Lei nº 12.846/2013, nas ações de responsabilização judicial, 
será adotado o rito previsto na: 
a) Lei nº 8.666/1993 (Lei de Licitações). 
b) Lei nº 9.784/1999 (Processo Administrativo Federal). 
c) Lei nº 7.347/1985 (Ação Civil Pública). 
d) Código Penal Brasileiro. 
e) Código de Defesa do Consumidor. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 21 estabelece que o rito adotado nas ações de responsabilização 
judicial será o previsto na Lei nº 7.347/1985, que regula a Ação Civil Pública. 
 
5 questões de múltipla escolha com base no Capítulo VII (Disposições Finais), Art. 22 
a Art. 30 da Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção). Cada questão é seguida da 
resposta correta e sua justificativa. 
 
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114 
 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 22 da Lei nº 12.846/2013, o Cadastro Nacional de Empresas 
Punidas (CNEP) foi criado com o objetivo de: 
a) Reunir e dar publicidade apenas às sanções administrativas aplicadas pelo Poder 
Executivo federal. 
b) Publicar exclusivamente os acordos de leniência celebrados com pessoas físicas. 
c) Reunir e dar publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos e entidades dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo com base nesta Lei. 
d) Incluir empresas que cometeram infrações menores e não relacionadas à 
administração pública. 
e) Divulgar sanções aplicadas apenas contra empresas estrangeiras. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 22 estabelece que o CNEP reunirá e dará publicidade às sanções 
aplicadas pelos órgãos e entidades dos três poderes em todas as esferas de governo, 
em conformidade com a Lei nº 12.846/2013. 
 
Questão 2: 
Conforme o Art. 23, os órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário de todas as esferas de governo devem informar e manter atualizados os 
dados no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) para fins de 
publicidade. Este cadastro foi instituído: 
a) Pelo Congresso Nacional. 
b) Pelo Tribunal de Contas da União. 
c) No âmbito do Poder Executivo federal. 
d) Pelo Supremo Tribunal Federal. 
e) No âmbito do Poder Legislativo estadual. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 23 informa que o CEIS foi instituído no âmbito do Poder Executivo 
federal para reunir dados sobre empresas que receberam sanções. 
 
Questão 3: 
De acordo com o Art. 24 da Lei nº 12.846/2013, a multa e o perdimento de bens 
aplicados com fundamento nesta Lei serão preferencialmente destinados: 
a) Ao Tesouro Nacional. 
b) Às entidades de caridade locais. 
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115 
 
c) Aos órgãos ou entidades públicas lesadas. 
d) Ao Ministério Público. 
e) Às empresas que colaborarem com as investigações. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 24 estabelece que a multa e o perdimento de bens serão 
destinados preferencialmente aos órgãos ou entidades públicas queforam lesadas 
pelos atos ilícitos. 
 
Questão 4: 
Segundo o Art. 25, as infrações previstas na Lei nº 12.846/2013 prescrevem em: 
a) 2 anos, contados da data da ciência da infração. 
b) 3 anos, a partir da data de publicação do processo administrativo. 
c) 5 anos, contados da data da ciência da infração. 
d) 10 anos, desde que ocorra a instauração de processo judicial. 
e) 20 anos, sem interrupção do prazo prescricional. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 25 estabelece que as infrações previstas nesta Lei prescrevem em 
5 anos, contados da data da ciência da infração ou, no caso de infração permanente ou 
continuada, do dia em que tiver cessado. 
 
Questão 5: 
O Art. 28 da Lei nº 12.846/2013 estabelece que a Lei se aplica: 
a) Somente a atos lesivos praticados no território brasileiro. 
b) Somente a empresas estrangeiras que atuam no Brasil. 
c) Aos atos lesivos praticados por pessoa jurídica brasileira contra a administração 
pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior. 
d) Exclusivamente aos atos cometidos no Brasil contra a administração pública 
nacional. 
e) Apenas a empresas constituídas no Brasil que tenham sede no exterior. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 28 determina que a Lei se aplica aos atos lesivos praticados por 
pessoa jurídica brasileira contra a administração pública estrangeira, mesmo que esses 
atos tenham sido cometidos no exterior. 
 
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116 
 
8. LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. 
 
Regula o processo administrativo no 
âmbito da Administração Pública Federal. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito 
da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos 
direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. 
§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. 
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da 
estrutura da Administração indireta; 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; 
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, 
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os 
critérios de: 
I - atuação conforme a lei e o Direito; 
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes 
ou competências, salvo autorização em lei; 
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de 
agentes ou autoridades; 
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; 
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
previstas na Constituição; 
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117 
 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e 
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do 
interesse público; 
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; 
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos 
administrados; 
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos administrados; 
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à 
produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam 
resultar sanções e nas situações de litígio; 
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos 
interessados; 
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o 
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS 
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo 
de outros que lhe sejam assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o 
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição 
de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e 
conhecer as decisões proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão 
objeto de consideração pelo órgão competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a 
representação, por força de lei. 
 
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118 
 
CAPÍTULO III 
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO 
Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros 
previstos em ato normativo: 
I - expor os fatos conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
III - não agir de modo temerário; 
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento 
dos fatos. 
CAPÍTULO IV 
DO INÍCIO DO PROCESSO 
Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida 
solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: 
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; 
II - identificação do interessado ou de quem o represente; 
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; 
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; 
V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. 
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de 
documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de 
eventuais falhas. 
Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários 
padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. 
Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e 
fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo 
preceito legal em contrário. 
 
 
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119 
 
CAPÍTULO V 
DOS INTERESSADOS 
Art. 9o São legitimados como interessados no processo administrativo: 
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses 
individuais ou no exercício do direito de representação; 
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam 
ser afetados pela decisão a ser adotada; 
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses 
coletivos; 
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou 
interesses difusos. 
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, 
ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. 
CAPÍTULO VI 
DA COMPETÊNCIA 
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que 
foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente 
admitidos. 
Art. 12. Um órgão administrativoe seu titular poderão, se não houver impedimento 
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes 
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de 
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de 
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
 I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. 
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120 
 
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da 
atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, 
podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. 
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta 
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. 
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente 
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão 
hierarquicamente inferior. 
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das 
respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em 
matéria de interesse especial. 
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser 
iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
CAPÍTULO VII 
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO 
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, 
ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o 
terceiro grau; 
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo 
cônjuge ou companheiro. 
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à 
autoridade competente, abstendo-se de atuar. 
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, 
para efeitos disciplinares. 
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade 
íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos 
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. 
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem 
efeito suspensivo. 
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121 
 
CAPÍTULO VIII 
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO 
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada 
senão quando a lei expressamente a exigir. 
§ 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e 
o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. 
§ 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando 
houver dúvida de autenticidade. 
§ 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão 
administrativo. 
§ 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas. 
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de 
funcionamento da repartição na qual tramitar o processo. 
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo 
adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado 
ou à Administração. 
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável 
pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo 
de cinco dias, salvo motivo de força maior. 
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante 
comprovada justificação. 
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, 
cientificando-se o interessado se outro for o local de realização. 
CAPÍTULO IX 
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo 
determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de 
diligências. 
§ 1o A intimação deverá conter: 
I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; 
II - finalidade da intimação; 
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122 
 
III - data, hora e local em que deve comparecer; 
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; 
V - informação da continuidade do processo independentemente do seu 
comparecimento; 
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 
§ 2o A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de 
comparecimento. 
§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de 
recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do 
interessado. 
§ 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio 
indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial. 
§ 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, 
mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. 
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos 
fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. 
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla 
defesa ao interessado. 
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o 
interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de 
direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. 
CAPÍTULO X 
DA INSTRUÇÃO 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados 
necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão 
responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor 
atuações probatórias. 
§ 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários 
à decisão do processo. 
§ 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do 
modo menos oneroso para estes. 
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123 
 
 Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios 
ilícitos. 
 Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão 
competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública 
para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo 
para a parte interessada. 
§ 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim 
de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para 
oferecimento de alegações escritas. 
§ 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de 
interessado do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta 
fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais. 
 Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da 
questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do 
processo. 
 Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante,poderão 
estabelecer outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio 
de organizações e associações legalmente reconhecidas. 
 Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de 
participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do 
procedimento adotado. 
Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou 
entidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a 
participação de titulares ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a 
respectiva ata, a ser juntada aos autos. 
 Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do 
dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta 
Lei. 
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em 
documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em 
outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à 
obtenção dos documentos ou das respectivas cópias. 
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124 
 
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar 
documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações 
referentes à matéria objeto do processo. 
§ 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da 
decisão. 
§ 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas 
propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou 
protelatórias. 
Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de 
provas pelos interessados ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, 
mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento. 
Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se 
entender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a 
decisão. 
Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem 
necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela 
Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do processo. 
Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com 
antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de 
realização. 
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer 
deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou 
comprovada necessidade de maior prazo. 
§ 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o 
processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se 
quem der causa ao atraso. 
§ 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o 
processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da 
responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos 
laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo 
assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro 
órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes. 
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125 
 
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo 
máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. 
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente 
adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado. 
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias 
reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e 
documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à 
imagem. 
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final 
elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e 
formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à 
autoridade competente. 
CAPÍTULO XI 
DO DEVER DE DECIDIR 
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos 
administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. 
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo 
de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente 
motivada. 
CAPÍTULO XI-A 
DA DECISÃO COORDENADA 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública federal, as decisões administrativas que 
exijam a participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos ou entidades poderão ser 
tomadas mediante decisão coordenada, sempre que: (Incluído pela Lei nº 14.210, 
de 2021) 
I - for justificável pela relevância da matéria; e (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
II - houver discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo 
decisório. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 1º Para os fins desta Lei, considera-se decisão coordenada a instância de natureza 
interinstitucional ou intersetorial que atua de forma compartilhada com a finalidade de 
simplificar o processo administrativo mediante participação concomitante de todas as 
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autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis pela instrução técnico-jurídica, 
observada a natureza do objeto e a compatibilidade do procedimento e de sua 
formalização com a legislação pertinente. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 4º A decisão coordenada não exclui a responsabilidade originária de cada órgão ou 
autoridade envolvida. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 5º A decisão coordenada obedecerá aos princípios da legalidade, da eficiência e da 
transparência, com utilização, sempre que necessário, da simplificação do 
procedimento e da concentração das instâncias decisórias. (Incluído pela Lei nº 
14.210, de 2021) 
§ 6º Não se aplica a decisão coordenada aos processos administrativos: (Incluído 
pela Lei nº 14.210, de 2021) 
I - de licitação; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
II - relacionados ao poder sancionador; ou (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
III - em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos. (Incluído pela Lei 
nº 14.210, de 2021) 
Art. 49-B. Poderão habilitar-se a participar da decisão coordenada, na qualidade de 
ouvintes, os interessados de que trata o art. 9º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.210, 
de 2021) 
Parágrafo único. A participação na reunião, que poderá incluir direito a voz, será 
deferida por decisão irrecorrível da autoridade responsável pela convocação da 
decisão coordenada. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
Art. 49-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
Art. 49-D. Os participantes da decisão coordenada deverão ser intimados na forma do 
art. 26 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
Art. 49-E. Cada órgão ou entidade participante é responsável pela elaboração de 
documento específico sobre o tema atinente à respectiva competência, a fim de 
subsidiar os trabalhos e integrar o processo da decisão coordenada. (Incluído pela 
Lei nº 14.210, de 2021) 
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Parágrafo único. O documento Valores podem ser mais subjetivos e variam de pessoa para pessoa. O que é 
importante para uma pessoa pode não ser para outra. 
 
Questões 
Questão 1: 
Qual é a diferença entre princípios e valores? 
a) Princípios são regras universais e valores são crenças que influenciam o 
comportamento. 
b) Valores são normas universais e princípios são crenças pessoais. 
c) Princípios são leis e valores são sentimentos. 
d) Princípios mudam de acordo com a cultura, mas valores não. 
e) Não há diferença, são a mesma coisa. 
Resposta: a 
Justificativa: Princípios são normas universais que orientam o comportamento, 
enquanto valores são crenças individuais ou sociais que influenciam nossas decisões. 
 
Questão 2: 
Um exemplo de valor seria: 
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10 
 
a) Honestidade como norma de conduta. 
b) Justiça aplicada em uma sentença judicial. 
c) Respeito pelos mais velhos em uma comunidade. 
d) Uma regra que obriga todos a seguirem a lei. 
e) Lealdade como princípio ético. 
Resposta: c 
Justificativa: O respeito pelos mais velhos é um valor que uma sociedade pode ter e 
que influencia o comportamento das pessoas, mas pode variar de cultura para cultura. 
 
Questão 3: 
Por que os princípios são importantes? 
a) Porque são crenças pessoais que guiam nossas preferências. 
b) Porque são leis fixas que todas as sociedades seguem. 
c) Porque são normas gerais que orientam a conduta em busca de justiça e 
honestidade. 
d) Porque mudam de acordo com as emoções do indivíduo. 
e) Porque são recomendações que podemos seguir quando for conveniente. 
Resposta: c 
Justificativa: Os princípios são normas gerais que orientam a conduta em busca de 
justiça e honestidade, sendo fundamentais para uma conduta ética. 
 
Questão 4: 
Um exemplo de aplicação da ética com base em um princípio seria: 
a) Um servidor público que age conforme seu interesse pessoal. 
b) Uma pessoa que segue a lei apenas quando lhe convém. 
c) Um servidor que recusa presentes para manter a honestidade em seu trabalho. 
d) Uma pessoa que se baseia em seus sentimentos para tomar decisões. 
e) Um aluno que age sem considerar as regras da escola. 
Resposta: c 
Justificativa: O servidor que recusa presentes está agindo com base no princípio da 
honestidade, que é uma norma universal de conduta ética. 
 
Questão 5: 
Os valores são importantes porque: 
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11 
 
a) São leis fixas que devem ser seguidas por todos. 
b) São crenças que guiam nossas decisões e moldam nossa identidade. 
c) São regras que nunca podem ser mudadas. 
d) São sentimentos que variam de acordo com as emoções. 
e) São princípios imutáveis e universais. 
Resposta: b 
Justificativa: Valores são crenças que guiam nossas decisões e moldam nossa 
identidade, sendo fundamentais para nossas interações sociais e para nosso 
comportamento. 
 
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3. Ética e democracia: exercício da cidadania 
1) O que é ética e democracia no exercício da cidadania? 
 Ética: Como vimos, ética é a reflexão sobre os princípios que orientam o 
comportamento humano, com o objetivo de promover o bem comum e a justiça. 
Quando falamos de ética em relação à cidadania, estamos tratando de como os 
cidadãos devem agir para garantir uma convivência justa e harmoniosa em 
sociedade. 
 Democracia: A democracia é um sistema de governo em que o poder é exercido 
pelo povo, seja de forma direta ou por meio de representantes eleitos. Na 
democracia, todos os cidadãos têm direitos e deveres, e a participação ativa dos 
cidadãos na política e nas decisões do país é fundamental. 
 Exercício da cidadania: O exercício da cidadania é a prática dos direitos e 
deveres que cada cidadão tem em uma sociedade democrática. Isso inclui 
votar, respeitar as leis, participar de debates políticos, exigir transparência dos 
governantes e, principalmente, agir de acordo com os princípios éticos que 
garantem o bem-estar de todos. 
2) Por que é importante? 
A ética e a democracia no exercício da cidadania são importantes porque: 
 Garantem que as ações dos cidadãos e governantes sejam justas, transparentes 
e voltadas para o bem comum. 
 Protegem os direitos de todos, evitando abusos de poder e injustiças. 
 Permitem que os cidadãos participem ativamente na construção de uma 
sociedade melhor, cobrando responsabilidades dos representantes eleitos e 
influenciando as decisões políticas de forma ética. 
 O exercício ético da cidadania fortalece a democracia, pois cidadãos 
conscientes e ativos ajudam a combater a corrupção, garantir direitos e 
promover a justiça social. 
3) Como funciona? (Exemplo de aplicação) 
Exemplo de ética no exercício da cidadania: 
Imagine uma pessoa que vai votar em uma eleição. Ela pode escolher entre vários 
candidatos, e deve tomar essa decisão de forma ética, pensando no bem comum, 
avaliando o histórico e as propostas dos candidatos. Se ela vota com base em 
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13 
 
interesses pessoais (como receber favores ou benefícios), está agindo de forma 
antiética e prejudicando o sistema democrático. 
Exemplo de democracia e cidadania: 
Em uma democracia, o cidadão tem o direito de participar de protestos pacíficos para 
reivindicar seus direitos. Por exemplo, um grupo de moradores de uma cidade pode 
organizar um protesto para pedir melhorias no sistema de saúde pública. Essa é uma 
forma legítima de exercer a cidadania dentro de um sistema democrático, desde que as 
ações sejam realizadas de maneira ética, respeitando as leis e os direitos dos outros. 
Exceções ou situações mais complicadas: 
 O exercício da cidadania exige responsabilidade. Um cidadão que se abstém de 
votar ou que age de maneira corrupta compromete o funcionamento da 
democracia. 
 Em algumas sociedades, o acesso ao pleno exercício da cidadania pode ser 
limitado por desigualdade, falta de educação ou repressão. Mesmo nesses 
casos, a ética deve guiar a luta por direitos de forma justa e pacífica. 
 
Questões 
Questão 1: 
O que é o exercício da cidadania em uma democracia? 
a) A obediência a todas as regras impostas pelo governo sem questionamento. 
b) A prática de direitos e deveres pelos cidadãos, como votar e participar de decisões 
políticas. 
c) Um sistema onde apenas os governantes têm direitos. 
d) A imposição de opiniões sem diálogo. 
e) A exclusão dos direitos das minorias. 
Resposta: b 
Justificativa: O exercício da cidadania envolve a prática dos direitos e deveres em uma 
democracia, como votar, exigir transparência dos governantes e participar das decisões 
políticas. 
 
Questão 2: 
Um exemplo de ética no exercício da cidadania seria: 
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14 
 
a) Votar em troca de benefícios pessoais. 
b) Protestar pacificamente por melhorias no sistema de saúde pública. 
c) Deixar de votar porque não se interessou nas eleições. 
d) Manipular informações para favorecer um candidato. 
e) Não pagar impostos. 
Resposta: b 
Justificativa: Protestar pacificamente por melhorias no sistema de saúde é um 
exemplo de exercício ético da cidadania, pois está de acordo com o princípio do bem 
comum e respeito às leis. 
 
Questão 3: 
Por que a ética é importante no exercício da cidadania? 
a) Porque garante que os cidadãos ajam de forma justa e transparente, promovendo o 
bem comum. 
b) Porque obriga os cidadãos a seguir sempre seus próprios interesses. 
c) Porque impede qualquer participação política. 
d) Porque só é necessária em eleições. 
e) Porque é irrelevante em sistemas democráticos. 
Resposta: a 
Justificativa: A ética no exercício da cidadania é importante para garantirprevisto no caput deste artigo abordará a questão 
objeto da decisão coordenada e eventuais precedentes. (Incluído pela Lei nº 14.210, 
de 2021) 
Art. 49-F. Eventual dissenso na solução do objeto da decisão coordenada deverá ser 
manifestado durante as reuniões, de forma fundamentada, acompanhado das 
propostas de solução e de alteração necessárias para a resolução da 
questão. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
Parágrafo único. Não poderá ser arguida matéria estranha ao objeto da 
convocação. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
Art. 49-G. A conclusão dos trabalhos da decisão coordenada será consolidada em ata, 
que conterá as seguintes informações: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
I - relato sobre os itens da pauta; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
II - síntese dos fundamentos aduzidos; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
III - síntese das teses pertinentes ao objeto da convocação; (Incluído pela Lei nº 
14.210, de 2021) 
IV - registro das orientações, das diretrizes, das soluções ou das propostas de atos 
governamentais relativos ao objeto da convocação; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 
2021) 
V - posicionamento dos participantes para subsidiar futura atuação governamental em 
matéria idêntica ou similar; e (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
VI - decisão de cada órgão ou entidade relativa à matéria sujeita à sua 
competência. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 1º Até a assinatura da ata, poderá ser complementada a fundamentação da decisão 
da autoridade ou do agente a respeito de matéria de competência do órgão ou da 
entidade representada. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 3º A ata será publicada por extrato no Diário Oficial da União, do qual deverão constar, 
além do registro referido no inciso IV do caput deste artigo, os dados identificadores da 
decisão coordenada e o órgão e o local em que se encontra a ata em seu inteiro teor, 
para conhecimento dos interessados. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
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128 
 
CAPÍTULO XII 
DA MOTIVAÇÃO 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos 
fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de 
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em 
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, 
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. 
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio 
mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique 
direito ou garantia dos interessados. 
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais 
constará da respectiva ata ou de termo escrito. 
CAPÍTULO XIII 
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO 
Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou 
parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. 
§ 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a 
tenha formulado. 
§ 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o 
prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público 
assim o exige. 
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129 
 
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua 
finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato 
superveniente. 
 
CAPÍTULO XIV 
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO 
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de 
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados 
os direitos adquiridos. 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que 
foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da 
percepção do primeiro pagamento. 
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade 
administrativa que importe impugnação à validade do ato. 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público 
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser 
convalidados pela própria Administração. 
CAPÍTULO XV 
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO 
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e 
de mérito. 
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a 
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior. 
§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de 
caução. 
§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula 
vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a 
reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões 
da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído 
pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência 
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130 
 
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias 
administrativas, salvo disposição legal diversa. 
Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: 
I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; 
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão 
recorrida; 
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses 
coletivos; 
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de 
recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão 
recorrida. 
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido 
no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão 
competente. 
§ 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período, 
ante justificativa explícita. 
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá 
expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que 
julgar convenientes. 
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. 
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação 
decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, 
de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. 
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os 
demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações. 
Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto: 
I - fora do prazo; 
II - perante órgão incompetente; 
III - por quem não seja legitimado;IV - após exaurida a esfera administrativa. 
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131 
 
§ 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, 
sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. 
§ 2o O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o 
ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. 
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular 
ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua 
competência. 
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à 
situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações 
antes da decisão. 
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão 
competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou 
inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, 
de 2006). Vigência 
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação 
de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão 
competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões 
administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas 
esferas cível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 
2006). Vigência 
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a 
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias 
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. 
CAPÍTULO XVI 
DOS PRAZOS 
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-
se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. 
§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento 
cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. 
§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. 
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132 
 
§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do 
vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo 
o último dia do mês. 
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais 
não se suspendem. 
CAPÍTULO XVII 
DAS SANÇÕES 
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza 
pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o 
direito de defesa. 
CAPÍTULO XVIII 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, 
aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei. 
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os 
procedimentos administrativos em que figure como parte ou 
interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº 
12.008, de 2009). 
II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído pela Lei nº 
12.008, de 2009). 
III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, 
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de 
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados 
avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, 
síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em 
conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após 
o início do processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
§ 1o A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, 
deverá requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as 
providências a serem cumpridas. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
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133 
 
§ 2o Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o 
regime de tramitação prioritária. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
§ 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília 29 de janeiro de 1999; 178o da Independência e 111o da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Renan Calheiros 
Paulo Paiva 
 
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134 
 
Questões de múltipla escolha baseadas na Lei nº 9.784/1999 
 
Questão 1: 
De acordo com o Art. 1º da Lei nº 9.784/1999, qual é o objetivo principal do processo 
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal? 
a) Regular as ações do Poder Judiciário. 
b) Melhorar a eficiência dos processos legislativos. 
c) Proteger os direitos dos administrados e melhorar o cumprimento dos fins da 
Administração. 
d) Garantir a autonomia dos órgãos municipais. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 1º estabelece que a lei visa à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração Pública. 
 
Questão 2: 
De acordo com o Art. 2º da Lei nº 9.784/1999, a Administração Pública deve obedecer a 
uma série de princípios, exceto: 
a) Legalidade. 
b) Finalidade. 
c) Proporcionalidade. 
d) Sigilo absoluto de todos os atos administrativos. 
Resposta: d 
Justificativa: O princípio de sigilo absoluto não é mencionado. O Art. 2º menciona a 
divulgação oficial dos atos administrativos, exceto nos casos de sigilo previstos na 
Constituição. 
 
Questão 3: 
Conforme o Art. 3º da Lei nº 9.784/1999, quais são alguns dos direitos do administrado 
perante a Administração? 
a) Ser tratado com respeito, ter ciência da tramitação dos processos e fazer-se assistir 
por advogado, quando necessário. 
b) Exercer suas funções livremente sem prestar contas. 
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135 
 
c) Interferir diretamente nas decisões administrativas. 
d) Tomar decisões executivas em casos excepcionais. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 3º assegura direitos como ser tratado com respeito, ter ciência da 
tramitação dos processos e o direito de assistência jurídica quando necessário. 
 
Questão 4: 
Segundo o Art. 4º, o administrado tem deveres perante a Administração. Um desses 
deveres é: 
a) Agir de forma contrária à verdade quando conveniente. 
b) Prestar informações solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
c) Recusar-se a fornecer informações se forem contra o seu interesse pessoal. 
d) Desobedecer ordens superiores quando discordar delas. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 4º define como deveres do administrado, entre outros, prestar as 
informações solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
 
Questão 5: 
De acordo com o Art. 5º da Lei nº 9.784/1999, o processo administrativo pode iniciar-se 
de: 
a) Ofício ou a pedido de interessado. 
b) Solicitação oral, sem necessidade de registro formal. 
c) Decisão exclusiva de autoridade judicial. 
d) Reunião de órgãos colegiados. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 5º estabelece que o processo administrativo pode ser iniciado de 
ofício ou a pedido de interessado. 
 
Questão 6: 
Segundo o Art. 6º, orequerimento inicial do interessado deve conter, entre outras 
informações: 
a) Nome do advogado representante, mesmo que facultativo. 
b) A fórmula jurídica exata do pedido. 
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136 
 
c) A exposição dos fatos e seus fundamentos. 
d) Aprovação prévia de uma autoridade administrativa. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 6º estipula que o requerimento inicial deve conter, entre outras 
coisas, a formulação do pedido, com exposição dos fatos e seus fundamentos. 
 
Questão 7: 
Conforme o Art. 9º da Lei nº 9.784/1999, quem são considerados legitimados como 
interessados no processo administrativo? 
a) Apenas pessoas jurídicas. 
b) Somente advogados constituídos pelos administrados. 
c) Pessoas físicas ou jurídicas titulares de direitos ou interesses, e organizações 
representativas de direitos coletivos. 
d) Exclusivamente órgãos governamentais. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 9º estabelece que são legitimados como interessados tanto 
pessoas físicas ou jurídicas quanto organizações representativas de direitos coletivos. 
 
Questão 8: 
O Art. 11 da Lei nº 9.784/1999 dispõe que a competência administrativa é: 
a) Renunciável a critério do servidor público. 
b) Irrelevante para processos de menor complexidade. 
c) Irrenunciável, salvo nos casos de delegação e avocação legalmente admitidos. 
d) Exclusiva dos órgãos federais. 
Resposta: c 
Justificativa: A competência é considerada irrenunciável, conforme o Art. 11, exceto 
nos casos em que a delegação e avocação são legalmente permitidas. 
 
Questão 9: 
Conforme o Art. 13, não podem ser objeto de delegação de competência: 
a) A decisão de recursos administrativos. 
b) A edição de atos normativos. 
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137 
 
c) Matérias de competência exclusiva do órgão. 
d) Todas as alternativas acima. 
Resposta: d 
Justificativa: O Art. 13 menciona que atos normativos, decisão de recursos 
administrativos e matérias de competência exclusiva não podem ser objeto de 
delegação. 
 
Questão 10: 
De acordo com o Art. 18, um servidor ou autoridade será impedido de atuar em um 
processo administrativo quando: 
a) Houver emitido parecer jurídico anteriormente. 
b) Tiver amizade com algum interessado. 
c) Houver interesse direto ou indireto na matéria. 
d) Não houver participado diretamente do processo. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 18 estabelece que o servidor será impedido de atuar se houver 
interesse direto ou indireto na matéria em questão. 
 
Questão 11: 
O Art. 19 menciona que a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui: 
a) Falta administrativa leve. 
b) Falta grave, para efeitos disciplinares. 
c) Ato meramente simbólico sem sanções. 
d) Um erro que pode ser corrigido posteriormente. 
Resposta: b 
Justificativa: A omissão de comunicar o impedimento é considerada falta grave para 
efeitos disciplinares, conforme o Art. 19. 
 
Questão 12: 
Segundo o Art. 22, os atos do processo administrativo: 
a) Podem ser orais, desde que acompanhados de testemunhas. 
b) Devem ser produzidos preferencialmente de forma verbal. 
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138 
 
c) Devem ser produzidos por escrito, salvo exceções legais. 
d) Não precisam seguir qualquer formato específico. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 22 estabelece que os atos do processo devem ser produzidos por 
escrito, salvo quando a lei dispuser de outra forma. 
 
Questão 13: 
O prazo para a realização dos atos do processo, salvo motivo de força maior, conforme 
o Art. 24, é de: 
a) 2 dias. 
b) 5 dias. 
c) 10 dias. 
d) 30 dias. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 24 estipula que o prazo padrão para a realização dos atos do 
processo é de 5 dias, salvo motivo de força maior. 
 
Questão 14: 
Conforme o Art. 25, os atos do processo devem realizar-se preferencialmente: 
a) No domicílio do administrado. 
b) Em local remoto. 
c) Na sede do órgão administrativo responsável. 
d) No Poder Judiciário. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 25 estabelece que os atos devem ser realizados preferencialmente 
na sede do órgão administrativo responsável. 
 
Questão 15: 
O Art. 26 estabelece que a intimação para comparecimento deve conter, entre outros 
elementos: 
a) A obrigatoriedade de comparecimento pessoal do intimado. 
b) O motivo da intimação, com fatos e fundamentos legais. 
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139 
 
c) Um aviso de penalidade imediata em caso de não comparecimento. 
d) Apenas a data e hora de comparecimento. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 26 exige que a intimação contenha, entre outras informações, os 
fatos e fundamentos legais pertinentes. 
 
Questão 16: 
Conforme o Art. 28, os atos do processo que resultem em imposição de deveres ou 
sanções ao interessado devem ser: 
a) Mantidos em sigilo. 
b) Objeto de intimação formal. 
c) Informados apenas após a decisão final. 
d) Facultados para intimação. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 28 estabelece que os atos que resultem em imposição de deveres 
ou sanções devem ser objeto de intimação formal. 
 
Questão 17: 
De acordo com o Art. 29, as atividades de instrução no processo administrativo devem 
ser realizadas: 
a) Exclusivamente a pedido dos interessados. 
b) De ofício ou mediante impulso do órgão responsável. 
c) Apenas se houver consulta pública. 
d) Quando solicitadas pelo Poder Judiciário. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 29 menciona que as atividades de instrução são realizadas de 
ofício ou por impulso do órgão responsável pelo processo. 
 
Questão 18: 
O Art. 30 proíbe expressamente a utilização de provas: 
a) Obtidas por testemunhas não qualificadas. 
b) Obtidas por meios ilícitos. 
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140 
 
c) Que contradigam a versão do administrado. 
d) Não autenticadas por cartório. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 30 estabelece que provas obtidas por meios ilícitos são 
inadmissíveis no processo administrativo. 
 
Questão 19: 
Segundo o Art. 45, a Administração Pública pode adotar providências acauteladoras 
sem a manifestação prévia do interessado: 
a) Quando houver risco iminente. 
b) Quando o administrado for reincidente. 
c) Apenas se o processo já tiver sido julgado. 
d) Somente com autorização judicial. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 45 permite que a Administração adote providências acauteladoras 
sem a manifestação prévia do interessado em caso de risco iminente. 
 
Questão 20: 
Conforme o Art. 48, a Administração tem o dever de emitir decisões nos processos 
administrativos: 
a) Somente quando provocada por outra entidade. 
b) Apenas em casos de sanção. 
c) Explicitamente, em todos os casos de sua competência. 
d) Em até 90 dias após a solicitação inicial. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 48 estabelece que a Administração deve emitir decisão explícita 
em todos os processos administrativos sob sua competência. 
 
Questão 21: 
De acordo com o Art. 56, das decisões administrativas cabe recurso: 
a) Apenas no caso de violação de direitos difusos. 
b) Em face de razões de legalidade e mérito. 
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141 
 
c) Somente se houver risco de sanção. 
d) Quando requerido por um advogado. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 56 estabelece que das decisões administrativas cabe recurso tanto 
por razões de legalidade quanto por razões de mérito. 
 
Questão 22: 
O Art. 59 estabelece que o prazo para interposição de recurso administrativo, salvo 
disposição legal específica, é de: 
a) 5 dias. 
b) 10 dias. 
c) 15 dias. 
d) 30 dias. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 59 estipula queo prazo para interposição de recurso administrativo 
é de 10 dias, contados a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão. 
 
Questão 23: 
O Art. 66 menciona que os prazos processuais começam a correr: 
a) A partir da ciência oficial, incluindo o dia de início. 
b) A partir da comunicação oral entre as partes. 
c) A partir da cientificação oficial, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do 
vencimento. 
d) Imediatamente após o fato que originou o processo. 
Resposta: c 
Justificativa: O Art. 66 estabelece que os prazos processuais começam a contar a 
partir da cientificação oficial, excluindo-se o dia de início e incluindo-se o do 
vencimento. 
 
Questão 24: 
De acordo com o Art. 68, as sanções aplicadas pela autoridade competente podem ser 
de natureza: 
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142 
 
a) Apenas pecuniária. 
b) Pecuniária ou consistentes em obrigação de fazer ou não fazer. 
c) Exclusivamente disciplinar. 
d) Apenas consultiva. 
Resposta: b 
Justificativa: O Art. 68 estipula que as sanções podem ser de natureza pecuniária ou 
consistir em obrigação de fazer ou não fazer. 
 
Questão 25: 
O Art. 69-A menciona que têm prioridade na tramitação dos procedimentos 
administrativos: 
a) Pessoas com idade superior a 60 anos e portadoras de doenças graves. 
b) Empresas com processos em fase final. 
c) Pessoas físicas que representem associações civis. 
d) Pessoas jurídicas envolvidas em litígios com a administração. 
Resposta: a 
Justificativa: O Art. 69-A estabelece que os procedimentos administrativos em que 
figurem pessoas com mais de 60 anos ou portadoras de doenças graves têm prioridade 
na tramitação. 
 
 
 
 
 
 
 
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143 
 
 
Jaciane de Souza Ferreira dos Santos - jacylove@gmail.com - CPF: 130.649.997-61que os 
cidadãos ajam de forma justa e transparente, promovendo o bem comum e 
fortalecendo a democracia. 
 
Questão 4: 
Qual das alternativas NÃO é um exemplo de exercício da cidadania em uma 
democracia? 
a) Votar de forma consciente. 
b) Participar de debates políticos. 
c) Respeitar as leis e exigir transparência dos governantes. 
d) Agir de forma corrupta para obter benefícios pessoais. 
e) Organizar protestos pacíficos para reivindicar direitos. 
Resposta: d 
Justificativa: Agir de forma corrupta para obter benefícios pessoais é antiético e vai 
contra o exercício da cidadania, que deve estar voltado para o bem comum e o 
fortalecimento da democracia. 
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15 
 
 
Questão 5: 
Como o exercício da cidadania fortalece a democracia? 
a) Ao evitar que as pessoas participem da política. 
b) Ao permitir que as pessoas exijam direitos e participem ativamente das decisões 
políticas. 
c) Ao impedir que os cidadãos votem. 
d) Ao permitir que apenas governantes decidam tudo. 
e) Ao promover a exclusão de minorias. 
Resposta: b 
Justificativa: O exercício da cidadania fortalece a democracia ao permitir que os 
cidadãos exijam seus direitos e participem ativamente nas decisões políticas, 
contribuindo para um governo mais justo e transparente. 
 
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16 
 
4. Ética e função pública 
1) O que é ética na função pública? 
Ética na função pública refere-se ao conjunto de princípios e normas que orientam a 
conduta de servidores e gestores públicos, de forma a garantir que suas ações estejam 
sempre voltadas para o bem comum e o interesse público. A ética na função pública 
estabelece que os servidores devem agir com honestidade, imparcialidade, 
transparência e responsabilidade, evitando qualquer tipo de comportamento que 
possa prejudicar o patrimônio público ou a confiança da população. 
Em resumo, a ética na função pública envolve: 
 Agir de acordo com os princípios do interesse público. 
 Evitar práticas que favoreçam interesses pessoais ou prejudique a sociedade. 
 Manter a integridade, a transparência e a responsabilidade no uso de recursos 
públicos. 
2) Por que é importante? 
A ética na função pública é essencial porque: 
 Garante o bom uso dos recursos públicos: O servidor tem o dever de utilizar os 
recursos (dinheiro, bens etc.) com responsabilidade e transparência, evitando 
desperdícios e atos de corrupção. 
 Fortalece a confiança da população: Quando um servidor age eticamente, ele 
mantém a confiança do povo nas instituições públicas, essencial para o bom 
funcionamento da democracia. 
 Evita corrupção e abusos de poder: A ética previne que servidores públicos 
usem seus cargos para obter benefícios pessoais, garantindo que suas ações 
sejam sempre guiadas pelo interesse coletivo. 
 Promove a igualdade e justiça: Um servidor ético trata todos os cidadãos de 
forma igual, sem favorecimentos ou discriminações. 
3) Como funciona? (Exemplo de aplicação) 
Exemplo de ética na função pública: 
Um servidor responsável por fazer compras para uma prefeitura recebe uma proposta 
de um fornecedor para comprar materiais de escritório. Se o servidor decide comprar 
de uma empresa apenas porque recebeu um benefício pessoal (como um presente ou 
dinheiro), ele está agindo de forma antiética e favorecendo interesses pessoais. 
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17 
 
Por outro lado, se o servidor faz uma pesquisa de preços e seleciona a proposta mais 
vantajosa para o município, garantindo o melhor uso do dinheiro público, ele está 
agindo de acordo com os princípios éticos da função pública. 
Outro exemplo: 
Um agente público deve agir com imparcialidade. Imagine um policial que tem um 
amigo envolvido em um crime. A ética na função pública exige que o policial aja de 
acordo com a lei, sem favorecer o amigo. Se ele tentar ocultar provas ou evitar a prisão 
do amigo, estará agindo de forma antiética. 
Exceções ou situações mais complicadas: 
 Às vezes, servidores enfrentam dilemas éticos, como escolher entre seguir 
ordens superiores ou agir conforme os princípios éticos. Nesses casos, a ética 
exige que o servidor priorize o interesse público e a lei. 
 
Questões 
Questão 1: 
O que é ética na função pública? 
a) O conjunto de leis que os servidores públicos seguem automaticamente. 
b) O conjunto de princípios que orienta a conduta de servidores para agir com 
responsabilidade, transparência e no interesse público. 
c) As normas que permitem que o servidor público favoreça seus interesses pessoais. 
d) A liberdade dos servidores públicos de agir como quiserem. 
e) Um código de conduta opcional. 
Resposta: b 
Justificativa: A ética na função pública refere-se a princípios que orientam os 
servidores a agirem com responsabilidade, transparência e sempre em favor do 
interesse público. 
 
Questão 2: 
Por que a ética na função pública é importante? 
a) Porque permite que o servidor público aja de acordo com seus próprios interesses. 
b) Porque garante o bom uso dos recursos públicos e fortalece a confiança da 
população. 
c) Porque incentiva o servidor a favorecer amigos e familiares. 
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18 
 
d) Porque elimina a necessidade de seguir leis. 
e) Porque evita que o servidor seja transparente em suas ações. 
Resposta: b 
Justificativa: A ética na função pública é importante para garantir o uso correto dos 
recursos públicos, evitar a corrupção e manter a confiança da população nas 
instituições. 
 
Questão 3: 
Um exemplo de comportamento ético na função pública seria: 
a) Um servidor que aceita presentes de fornecedores em troca de contratos. 
b) Um servidor que favorece um amigo em uma investigação policial. 
c) Um servidor que faz uma licitação justa e transparente para escolher a melhor oferta 
para o município. 
d) Um servidor que utiliza recursos públicos para fins pessoais. 
e) Um servidor que ignora as normas para beneficiar a si mesmo. 
Resposta: c 
Justificativa: Um servidor que realiza uma licitação justa e transparente está agindo de 
forma ética, priorizando o interesse público e o uso adequado dos recursos. 
 
Questão 4: 
Um comportamento antiético na função pública seria: 
a) Selecionar fornecedores com base em critérios técnicos e justos. 
b) Realizar uma compra pública sem analisar as opções e escolher a mais vantajosa 
para si próprio. 
c) Seguir os princípios de transparência e responsabilidade no uso de recursos 
públicos. 
d) Tratar todos os cidadãos de maneira imparcial e sem discriminação. 
e) Agir conforme o interesse público. 
Resposta: b 
Justificativa: Realizar uma compra pública sem analisar as opções e escolher a mais 
vantajosa para si próprio é um exemplo de comportamento antiético, pois compromete 
o uso correto dos recursos públicos. 
 
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19 
 
Questão 5: 
Como a ética pode evitar abusos de poder na função pública? 
a) Permitindo que o servidor utilize o cargo para obter benefícios pessoais. 
b) Exigindo que o servidor siga os princípios de honestidade, imparcialidade e 
transparência em suas ações. 
c) Deixando que o servidor aja conforme seus interesses. 
d) Isentando o servidor de prestar contas à população. 
e) Permitindo que o servidor desrespeite as leis em situações excepcionais. 
Resposta: b 
Justificativa: A ética exige que o servidor público aja com honestidade, imparcialidade 
e transparência, evitando abusos de poder e favorecimentos pessoais. 
 
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5. Ética no Setor Público 
A ética no setorpúblico refere-se ao conjunto de princípios e normas que orientam a 
conduta dos servidores e gestores públicos, garantindo que suas ações sejam sempre 
voltadas para o interesse público e pautadas pela honestidade, imparcialidade e 
responsabilidade. A ética é fundamental para a manutenção da confiança da 
sociedade nas instituições públicas, promovendo o bem-estar comum e prevenindo 
práticas de corrupção e abuso de poder. 
O que é ética no setor público? 
A ética no setor público envolve uma série de diretrizes que orientam o 
comportamento dos servidores públicos em suas funções. Esses princípios 
determinam que os servidores devem: 
 Agir com honestidade e integridade. 
 Garantir a transparência em suas ações. 
 Promover a equidade e a justiça. 
 Priorizar o interesse público acima de interesses pessoais. 
 Manter a imparcialidade e evitar favoritismos. 
 Atuar de forma responsável e eficiente na gestão dos recursos públicos. 
Por que a ética no setor público é importante? 
A ética no setor público é essencial porque: 
 Garante a confiança pública: Quando os servidores agem de forma ética, a 
população sente que pode confiar nas instituições públicas. 
 Previne abusos de poder e corrupção: A ética assegura que os servidores não 
usem suas posições para benefícios pessoais, mantendo o foco no interesse 
coletivo. 
 Promove o uso responsável dos recursos públicos: Servidores éticos 
garantem que os recursos públicos sejam utilizados de maneira eficaz e 
eficiente. 
 Assegura justiça e igualdade: A ética exige que os servidores tratem todos os 
cidadãos de maneira justa e sem discriminação. 
 
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21 
 
Como funciona a ética no setor público? 
A ética no setor público é guiada por leis, códigos de conduta e regulamentos que 
determinam os comportamentos esperados dos servidores. A seguir, exemplos de 
situações práticas de como a ética deve ser aplicada no setor público: 
 Exemplo de comportamento ético: Um servidor público responsável por uma 
licitação pública deve avaliar as propostas de forma imparcial e escolher a 
empresa que melhor atende aos interesses do setor público, sem aceitar 
qualquer tipo de propina ou favorecimento. 
 Exemplo de comportamento antiético: Um servidor que utiliza um veículo 
oficial para uso pessoal, ou que aceita presentes em troca de favores 
administrativos, está violando os princípios éticos que regem sua função. 
Códigos de ética e regulamentos 
A maioria das organizações públicas possui códigos de ética que orientam a conduta 
de seus servidores. No Brasil, o Decreto 1.171/1994 estabelece o Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil, que define os deveres e vedações dos servidores 
públicos. 
Os servidores públicos têm o dever de: 
 Zelar pelo patrimônio público. 
 Atender com presteza e respeito ao público. 
 Agir com honestidade e responsabilidade. 
 Respeitar a hierarquia e as normas legais. 
Eles são proibidos de: 
 Utilizar o cargo para obter benefícios pessoais. 
 Favorecer amigos ou familiares em processos administrativos. 
 Praticar atos que comprometam a imparcialidade e a transparência de suas 
ações. 
Questões 
Questão 1: 
O que significa ética no setor público? 
a) O conjunto de normas que garante que os servidores públicos ajam conforme seus 
interesses pessoais. 
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22 
 
b) O conjunto de princípios que orienta a conduta dos servidores, garantindo que suas 
ações sejam voltadas para o interesse público. 
c) O direito de os servidores públicos decidirem como agir, sem considerar as leis. 
d) A liberdade de os servidores públicos utilizarem os recursos públicos para fins 
pessoais. 
e) A capacidade de os servidores públicos agirem conforme seus desejos. 
Resposta: b 
Justificativa: A ética no setor público envolve princípios que orientam a conduta dos 
servidores, assegurando que suas ações estejam sempre voltadas para o interesse 
público. 
 
Questão 2: 
Por que a ética no setor público é importante? 
a) Porque permite que os servidores públicos priorizem seus interesses pessoais. 
b) Porque garante a confiança pública, previne corrupção e assegura o uso responsável 
dos recursos públicos. 
c) Porque elimina a necessidade de seguir as leis e regulamentos. 
d) Porque assegura que os servidores possam utilizar o cargo para benefícios próprios. 
e) Porque garante que os servidores possam atuar sem prestar contas à sociedade. 
Resposta: b 
Justificativa: A ética no setor público é importante porque garante a confiança pública, 
previne corrupção e assegura o uso eficaz dos recursos públicos. 
 
Questão 3: 
Qual das seguintes situações representa um comportamento ético no setor público? 
a) Um servidor público que aceita presentes de fornecedores em troca de favores 
administrativos. 
b) Um servidor público que utiliza um carro oficial para uma viagem pessoal. 
c) Um servidor público que avalia imparcialmente as propostas em uma licitação 
pública. 
d) Um servidor que utiliza informações confidenciais para beneficiar amigos. 
e) Um servidor público que favorece parentes em concursos públicos. 
Resposta: c 
Justificativa: Avaliar propostas de forma imparcial é um comportamento ético, pois 
garante a justiça e a transparência no uso dos recursos públicos. 
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23 
 
 
Questão 4: 
O que diz o Decreto 1.171/1994 sobre o comportamento do servidor público? 
a) O servidor pode utilizar o cargo para obter benefícios pessoais, desde que isso não 
afete o serviço público. 
b) O servidor deve zelar pelo patrimônio público, ser honesto e atender ao público com 
respeito e responsabilidade. 
c) O servidor pode favorecer amigos e familiares, desde que isso não prejudique os 
interesses do serviço público. 
d) O servidor público deve agir conforme suas próprias preferências. 
e) O servidor pode tomar decisões que comprometam a transparência, desde que 
sejam necessárias. 
Resposta: b 
Justificativa: O Decreto 1.171/1994 estabelece que o servidor deve zelar pelo 
patrimônio público, agir com honestidade e respeitar o público. 
 
Questão 5: 
Um servidor público que usa seu cargo para obter vantagens para si ou para outras 
pessoas está: 
a) Cumprindo corretamente os deveres da função. 
b) Atuando de maneira ética e responsável. 
c) Violando os princípios da administração pública e agindo de forma antiética. 
d) Agindo de acordo com o interesse público. 
e) Aplicando as normas legais de maneira justa. 
Resposta: c 
Justificativa: O uso do cargo para obter vantagens pessoais viola os princípios da 
administração pública e é considerado um comportamento antiético. 
 
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24 
 
5.1 Código de Ética Profissional do Serviço Público (DECRETO nº 
1.171/1994) 
 
 
 
Aprova o Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos 
IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 
116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 
8.429, de 2 de junho de 1992, 
DECRETA: 
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal, que com este baixa. 
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta 
implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do 
Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, 
integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego 
permanente. 
Parágrafo único. A constituiçãoda Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da 
Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos 
membros titulares e suplentes. 
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da República. 
ITAMAR FRANCO 
Romildo Canhim 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994. 
 
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25 
 
ANEXO 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal 
CAPÍTULO I 
Seção I 
Das Regras Deontológicas 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são 
primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou 
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus 
atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da 
tradição dos serviços públicos. 
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. 
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o 
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o 
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da 
Constituição Federal. 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, 
devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre 
a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a 
moralidade do ato administrativo. 
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou 
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que 
a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua 
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade. 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser 
entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante 
da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na 
vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta 
do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na 
vida funcional. 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior 
do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente 
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo 
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26 
 
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento 
ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda 
que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. 
Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do 
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana 
quanto mais a de uma Nação. 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público 
caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos 
direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano 
a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má 
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao 
Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu 
tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los. 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor 
em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra 
espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética 
ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos 
serviços públicos. 
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, 
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os 
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de 
corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de 
desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas 
relações humanas. 
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando 
seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois 
sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento 
da Nação. 
 
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Seção II 
Dos Principais Deveres do Servidor Público 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que 
seja titular; 
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou 
procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante 
de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em 
que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; 
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, 
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa 
para o bem comum; 
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos 
bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; 
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de 
comunicação e contato com o público; 
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam 
na adequada prestação dos serviços públicos; 
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as 
limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de 
preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político 
e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; 
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer 
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; 
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados 
e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em 
decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; 
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e 
da segurança coletiva; 
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao 
trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; 
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m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao 
interesse público, exigindo as providências cabíveis; 
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais 
adequados à sua organização e distribuição; 
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício 
de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum; 
p) apresentar-se ao trabalhocom vestimentas adequadas ao exercício da função; 
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação 
pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; 
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de 
seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo 
tudo sempre em boa ordem. 
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; 
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, 
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço 
público e dos jurisdicionados administrativos; 
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com 
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais 
e não cometendo qualquer violação expressa à lei; 
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste 
Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. 
 
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Seção III 
Das Vedações ao Servidor Público 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para 
obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que 
deles dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este 
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por 
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu 
conhecimento para atendimento do seu mister; 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de 
ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos 
ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, 
gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, 
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar 
outro servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços 
públicos; 
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, 
livro ou bem pertencente ao patrimônio público; 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em 
benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou 
a dignidade da pessoa humana; 
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30 
 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho 
duvidoso. 
CAPÍTULO II 
DAS COMISSÕES DE ÉTICA 
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta 
autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições 
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada 
de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as 
pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de 
imputação ou de procedimento susceptível de censura. 
XVII --. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da 
execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, 
para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais 
procedimentos próprios da carreira do servidor público. 
XIX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XXI - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua 
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, 
com ciência do faltoso. 
XXIII - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público 
todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de 
natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, 
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as 
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e 
as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do 
Estado. 
XXV - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
 
 
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Aqui estão 10 questões de múltipla escolha baseadas nos deveres fundamentais do 
servidor público conforme o Decreto 1.171/1994: 
Questão 1: 
Um dos deveres fundamentais do servidor público é: 
a) Priorizar os próprios interesses sobre o bem comum. 
b) Agir com rapidez, perfeição e rendimento, evitando atrasos na prestação dos 
serviços. 
c) Retardar a prestação de contas sempre que houver algum imprevisto. 
d) Prestar favores a amigos e familiares no uso dos recursos públicos. 
e) Negociar vantagens indevidas com contratantes. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público deve exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e 
rendimento, evitando atrasos que possam prejudicar os usuários dos serviços, 
conforme o item "b" do artigo. 
 
Questão 2: 
De acordo com o Código de Ética, o servidor público deve: 
a) Resistir a pressões para obter vantagens indevidas e denunciá-las. 
b) Seguir ordens superiores, mesmo que sejam imorais ou ilegais. 
c) Retardar a comunicação de irregularidades até que as investigações estejam 
completas. 
d) Aceitar presentes de fornecedores como forma de melhorar o relacionamento. 
e) Manter silêncio quando perceber ações ilegais. 
Resposta: a 
Justificativa: O servidor público deve resistir a pressões que visem obter vantagens 
indevidas e denunciá-las, conforme o item "i". 
 
Questão 3: 
É dever do servidor público, segundo o Código de Ética: 
a) Desprezar a opinião dos usuários dos serviços públicos. 
b) Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços e melhorar a comunicação com 
eles. 
c) Favorecer amigos ou familiares em processos administrativos. 
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d) Negligenciar as reclamações feitas pelos cidadãos. 
e) Agir conforme as suas conveniências pessoais. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público deve tratar cuidadosamente os usuários dos serviços 
e aperfeiçoar a comunicação com o público, conforme o item "e". 
 
Questão 4: 
O servidor público deve: 
a) Adiar a prestação de contas se estiver sobrecarregado. 
b) Jamais retardar a prestação de contas, sendo esta uma condição essencial da 
gestão pública. 
c) Priorizar a prestação de contas somente em casos de emergência. 
d) Realizar a prestação de contas somente quando solicitado por seus superiores. 
e) Adiar a prestação de contas para evitar erros. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público jamais deve retardar a prestação de contas, pois essa 
é uma condição essencial para a gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade, 
conforme o item "d". 
 
Questão 5: 
Qual é o comportamentoesperado de um servidor público em relação aos usuários 
dos serviços públicos? 
a) Agir com cortesia e urbanidade, respeitando as limitações dos usuários. 
b) Favorecer determinados grupos de usuários com base em suas preferências 
pessoais. 
c) Tratar com indiferença as necessidades dos usuários. 
d) Ignorar reclamações e sugestões dos usuários. 
e) Evitar o contato direto com os usuários sempre que possível. 
Resposta: a 
Justificativa: O servidor público deve ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e 
atenção, respeitando a capacidade e limitações individuais dos usuários dos serviços 
públicos, conforme o item "g". 
 
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Questão 6: 
Segundo o Código de Ética, o servidor público deve agir com: 
a) Lento desempenho para garantir a segurança. 
b) Perfeição, rapidez e rendimento, evitando situações procrastinatórias. 
c) Desleixo e negligência ao lidar com demandas do público. 
d) Foco em atender apenas as pessoas de seu círculo de amizade. 
e) Prudência ao postergar demandas do público. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público deve exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e 
rendimento, pondo fim a situações procrastinatórias, conforme o item "b". 
 
Questão 7: 
O servidor público deve ser probo, reto, leal e justo, e sempre escolher: 
a) A opção mais vantajosa para si mesmo. 
b) A opção que beneficie seus amigos e parentes. 
c) A melhor e mais vantajosa opção para o bem comum. 
d) A opção que envolva menos trabalho, independentemente do impacto. 
e) A opção mais favorável à sua carreira. 
Resposta: c 
Justificativa: O servidor público deve ser probo, reto, leal e justo, sempre escolhendo a 
melhor e mais vantajosa opção para o bem comum, conforme o item "c". 
 
Questão 8: 
Quando o servidor público se depara com um ato contrário ao interesse público, ele 
deve: 
a) Ignorar o ato para evitar problemas. 
b) Informar seus superiores imediatamente para que sejam tomadas providências. 
c) Deixar a responsabilidade para outro servidor. 
d) Esperar até que o problema se agrave antes de agir. 
e) Tentar resolver a situação por conta própria sem reportar aos superiores. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público deve comunicar imediatamente a seus superiores 
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, conforme o item "m". 
 
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Questão 9: 
Um servidor público que participa de uma greve deve: 
a) Ignorar os interesses da coletividade e focar exclusivamente em suas demandas. 
b) Zelar pelas exigências da defesa da vida e segurança coletiva durante o exercício do 
direito de greve. 
c) Priorizar a paralisação total dos serviços, independentemente das consequências. 
d) Usar a greve como forma de obter vantagens pessoais. 
e) Desconsiderar qualquer responsabilidade durante a greve. 
Resposta: b 
Justificativa: Durante o exercício do direito de greve, o servidor público deve zelar pelas 
exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva, conforme o item "j". 
 
Questão 10: 
O servidor público deve se abster, de forma absoluta, de exercer sua função com: 
a) Finalidade voltada exclusivamente ao interesse público. 
b) Finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observe as formalidades 
legais. 
c) Transparência e imparcialidade em suas funções. 
d) Foco no atendimento de todos os cidadãos, sem distinção. 
e) Cumprimento das normas legais vigentes. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público deve abster-se, de forma absoluta, de exercer sua 
função com qualquer finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observe as 
formalidades legais, conforme o item "u". 
 
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Aqui estão 10 questões de múltipla escolha baseadas nas vedações ao servidor 
público conforme o Decreto 1.171/1994: 
 
Questão 1: 
É vedado ao servidor público utilizar o cargo para: 
a) Atender exclusivamente ao interesse público. 
b) Proporcionar benefícios e facilidades para si ou para outros, utilizando sua função ou 
influência. 
c) Estudar e aplicar melhorias no serviço público. 
d) Seguir as normas e regulamentos da repartição. 
e) Atuar de forma imparcial no atendimento ao público. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público é proibido de usar seu cargo, influência, ou facilidades 
para obter favorecimentos para si ou para terceiros, conforme o item "a". 
 
Questão 2: 
É vedado ao servidor público: 
a) Usar informações privilegiadas obtidas no serviço para benefício próprio, de 
parentes ou terceiros. 
b) Divulgar informações relevantes sobre o seu trabalho para a comunidade. 
c) Participar de programas de capacitação oferecidos pela repartição. 
d) Manter a confidencialidade de documentos importantes. 
e) Tratar todos os cidadãos de forma imparcial e igual. 
Resposta: a 
Justificativa: O servidor público é proibido de fazer uso de informações privilegiadas 
obtidas no serviço para benefício próprio, de parentes ou terceiros, conforme o item 
"m". 
 
Questão 3: 
Um servidor público está proibido de: 
a) Ser conivente com erros ou infrações em função de solidariedade com colegas. 
b) Relatar irregularidades ou falhas nos processos administrativos. 
c) Recusar ordens superiores contrárias ao interesse público. 
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d) Ser solidário com os colegas em situações difíceis. 
e) Propor melhorias para o serviço público. 
Resposta: a 
Justificativa: O servidor público é proibido de ser conivente com erros ou infrações em 
função de solidariedade com colegas, conforme o item "c". 
 
Questão 4: 
É vedado ao servidor público prejudicar deliberadamente: 
a) A eficiência dos serviços públicos. 
b) A reputação de outros servidores ou de cidadãos que dependem do serviço público. 
c) O andamento de processos legais e regulamentares. 
d) A coleta de dados importantes para a instituição. 
e) A criação de políticas públicas para beneficiar a sociedade. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público é proibido de prejudicar deliberadamente a reputação 
de outros servidores ou cidadãos que dependem dos serviços públicos, conforme o 
item "b". 
 
Questão 5: 
O servidor público está proibido de: 
a) Permitir que simpatias ou antipatias pessoais interfiram no trato com o público ou 
com colegas. 
b) Seguir as regras de hierarquia de maneira fiel. 
c) Melhorar o atendimento ao público por conta própria. 
d) Fazer sugestões para melhorar o ambiente de trabalho. 
e) Tratar todos os cidadãos com urbanidade e respeito. 
Resposta: a 
Justificativa: O servidor público não pode permitir que simpatias, antipatias ou 
interesses pessoais interfiram no trato com o público ou com colegas, conforme o item 
"f". 
 
Questão 6: 
O servidor público está vedado de: 
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a) Utilizar informações públicas para melhorar a prestação de serviços. 
b) Receber qualquer tipo de gratificação, doação ou vantagem em função de seu cargo. 
c) Implementar inovações para aumentar a eficiência dos serviços públicos. 
d) Usar tecnologia para melhorar o atendimento ao público. 
e) Propor mudanças no sistema de prestação de contas. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público é proibido de receber qualquer tipo de gratificação, 
doação ou vantagem em função de sua posição, conforme o item "g". 
 
Questão 7: 
De acordo com as vedações ao servidor público, ele está proibido de: 
a) Apresentar-se ao trabalho em condições normais de saúde e prontidão. 
b) Exercer sua função com zelo e responsabilidade. 
c) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente. 
d) Seguir o código de ética de sua profissão.e) Participar de cursos de aperfeiçoamento. 
Resposta: c 
Justificativa: O servidor público é vedado de se apresentar embriagado no serviço ou 
fora dele habitualmente, conforme o item "n". 
 
Questão 8: 
O servidor público não pode: 
a) Alterar ou deturpar o teor de documentos que deve encaminhar para providências. 
b) Zelar pelo cumprimento das normas e regulamentos da instituição. 
c) Colaborar na fiscalização de atos administrativos. 
d) Organizar a documentação da repartição pública. 
e) Tratar os cidadãos com imparcialidade. 
Resposta: a 
Justificativa: É vedado ao servidor público alterar ou deturpar o teor de documentos 
que deva encaminhar para providências, conforme o item "h". 
 
Questão 9: 
É vedado ao servidor público: 
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a) Participar de instituições que promovem a moralidade e a dignidade. 
b) Dar seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, honestidade ou 
dignidade da pessoa humana. 
c) Cumprir as normas legais estabelecidas para o serviço público. 
d) Propor mudanças para melhorar o atendimento ao público. 
e) Atender a população com urbanidade e cortesia. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público é proibido de dar o seu concurso a qualquer 
instituição que atente contra a moral, honestidade ou dignidade da pessoa humana, 
conforme o item "o". 
 
Questão 10: 
O servidor público está proibido de: 
a) Apresentar informações verídicas e completas em documentos oficiais. 
b) Desviar outro servidor público para atendimento a interesse particular. 
c) Tratar todos os cidadãos com imparcialidade. 
d) Cumprir fielmente as determinações do seu superior imediato. 
e) Seguir as normas de transparência e prestação de contas. 
Resposta: b 
Justificativa: O servidor público está proibido de desviar outro servidor público para 
atendimento a interesse particular, conforme o item "j". 
 
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5.2 Lei 8.112/90 e suas alterações (Resumo) 
1) Lei 8.112/90 e suas alterações 
A Lei 8.112/90 é o regime jurídico que rege os servidores públicos civis da União, das 
autarquias e das fundações públicas federais. Ela estabelece os direitos, deveres, 
proibições, acumulações permitidas, responsabilidades e penalidades aplicáveis aos 
servidores públicos. 
5.2.1 Deveres 
Os deveres dos servidores públicos são os comportamentos esperados para que as 
funções públicas sejam exercidas de forma eficiente e ética, conforme o interesse 
público. 
Alguns dos principais deveres, conforme a Lei 8.112/90, são: 
 Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo. 
 Ser leal às instituições a que servir. 
 Observar as normas legais e regulamentares. 
 Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais. 
 Atender com presteza ao público, às requisições e convocações da 
administração. 
 Levar ao conhecimento da autoridade superior irregularidades que 
presenciar no exercício das suas funções. 
 Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público. 
 Guardar sigilo sobre assuntos da repartição. 
 
5.2.2 Proibições 
As proibições são comportamentos que os servidores públicos não podem adotar no 
exercício de suas funções. 
Entre as principais proibições previstas na Lei 8.112/90, destacam-se: 
 Ausentar-se do serviço sem autorização. 
 Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição. 
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 Recusar fé a documentos públicos. 
 Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares. 
 Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa. 
 Participar de gerência ou administração de empresa privada, salvo nas 
condições permitidas por lei. 
 Exercer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou 
função pública. 
 
5.2.3 Acumulação 
A acumulação de cargos públicos é permitida em situações específicas pela Lei 
8.112/90, sempre que houver compatibilidade de horários e a acumulação não seja 
vedada por lei. 
Os casos permitidos de acumulação são: 
 Dois cargos de professor. 
 Um cargo de professor com outro técnico ou científico. 
 Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas. 
A acumulação só é permitida desde que não haja prejuízo ao desempenho de cada 
cargo. Caso contrário, a acumulação será ilegal. 
 
5.2.4 Responsabilidades 
O servidor público tem responsabilidade civil, penal e administrativa por atos que 
praticar no exercício do cargo. 
 Responsabilidade civil: ocorre quando o servidor causa dano ao patrimônio 
público ou a terceiros. Ele deve ressarcir os prejuízos causados. 
 Responsabilidade penal: diz respeito a crimes ou contravenções praticados no 
exercício do cargo, como corrupção, peculato, prevaricação, entre outros. 
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 Responsabilidade administrativa: é decorrente de infrações ao regime 
disciplinar estabelecido pela Lei 8.112/90. O servidor pode responder por faltas 
disciplinares e sofrer penalidades. 
 
5.2.5 Penalidades 
As penalidades aplicáveis aos servidores públicos pela prática de infrações 
administrativas são: 
 Advertência: aplicada por infrações leves e cometidas pela primeira vez. Pode 
ocorrer, por exemplo, se o servidor faltar sem justificativa ao trabalho. 
 Suspensão: aplicada em casos de reincidência em faltas punidas com 
advertência ou infrações mais graves. A suspensão pode durar até 90 dias. 
 Demissão: aplicada em casos de infrações graves, como improbidade 
administrativa, recebimento de propina, desídia no serviço, entre outros. 
 Cassação de aposentadoria ou disponibilidade: aplicada ao servidor 
aposentado que cometeu infrações enquanto estava na ativa e só foram 
descobertas posteriormente. 
 Destituição de cargo em comissão: aplicada ao servidor ocupante de cargo em 
comissão que comete infração administrativa. 
 Destituição de função comissionada: aplicada a servidores em função 
comissionada que cometem faltas administrativas. 
 
Questões 
5.2.1 Deveres 
Questão 1: 
Um dos deveres do servidor público, conforme a Lei 8.112/90, é: 
a) Utilizar os recursos públicos para atender interesses particulares. 
b) Cumprir ordens superiores, ainda que manifestamente ilegais. 
c) Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo. 
d) Ausentar-se do serviço sem autorização. 
e) Retirar documentos da repartição sem autorização. 
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Resposta: c 
Justificativa: O servidor público tem o dever de exercer suas funções com zelo e 
dedicação, conforme previsto na Lei 8.112/90. 
 
5.2.2 Proibições 
Questão 2: 
De acordo com a Lei 8.112/90, é proibido ao servidor público: 
a) Cometer a outro servidor atribuições compatíveis com o cargo. 
b) Retirar documentos da repartição pública com prévia autorização. 
c) Participar de gerência de empresa privada, salvo nas condições permitidas por lei. 
d) Seguir as normas e regulamentações da repartição pública. 
e) Observar as normas legais durante o exercício de suas funções. 
Resposta: c 
Justificativa: A Lei 8.112/90 veda ao servidor público a participação na gerência de 
empresa privada, exceto nas condições permitidas por lei. 
 
5.2.3 Acumulação 
Questão 3: 
A Lei 8.112/90 permite a acumulação de cargos públicos em qual das situações a 
seguir? 
a) Dois cargos de técnico administrativo. 
b) Um cargo de professor com outro técnico ou científico. 
c) Dois cargos de direção de empresa pública. 
d) Dois cargos privativos de servidores da área administrativa. 
e)

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