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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
curso superior de tecnologia em segurança do trabalho
joelcio dalla costa
BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS
Concórdia
2015
joelcio dalla costa
BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS
Trabalho apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Segurança do Trabalho da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Gestão e saneamento ambiental, Higiene do trabalho e segurança industrial, Higiene do trabalho e biossegurança e Seminário interdisciplinar.
Prof. Juliana Alberton Frias, Claudiane Ribeiro Balan, Larissa Furtado Chionpato, Vinicius Pires Rincão, Edinei Hideki Suzuki, Silvia Paulino Ribeiro Albanese. 
Concórdia
2015
sUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 Higiene do trabalho, biossegurança, gestão e saneamento ambiental	4
2.2Gerenciamento de resíduos em áreas de biossegurança	6
2.3 Medidas de controle e contençao	8
2.4 Medidas de prevenção de acidentes	8
2.5 Higienização das mãos	10
2.5.1Técnicas de lavagem das mãos	11
2.5.2 Considerações em relação a NR 32	12
2.6 Normas que apoiam o plano de ação	13
3 CONCLUSÃO	13
REFERÊNCIAS	14
1 INTRODUÇÃO
Embora existam diferentes conceitos de biossegurança, alguns mais específicos com algum tipo de trabalho e outros mais amplos, podemos citar o proposto por Mastroeni (2006); Biossegurança ou segurança biológica refere-se à aplicação do conhecimento, técnicas e equipamentos, com a finalidade de prevenir a exposição do trabalhador, laboratório e ambiente a agentes potencialmente infecciosos ou biorriscos. Biossegurança define as condições sobre as quais os agentes infecciosos podem ser seguramente manipulados e contidos de forma segura (MASTROENI. 2006).
A biossegurança vem sendo cada vez mais valorizada à medida que o profissional começa a entender sua responsabilidade nas atividades de manipulação de agentes biológicos, microbiológicos, químicos, entre outros, de uma forma que a prevenção de riscos não está somente na sua atividade específica, mas também no colega de trabalho, no auxiliar e de outras pessoas que participam direta ou indiretamente da atividade.
Os riscos individuais e coletivos de acidentes de laboratório, podem ser classificados em riscos químicos, físicos, biológicos, ambiental e ergonômico. O risco físico é caracterizado pelos ruídos, vibrações, radiações, umidade, temperatura, que podem ser gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas. O risco químico é inerente à manipulação de produtos químicos que podem penetrar no organismo pela via respiratória nas formas de poeira, fumaças, gases, vapores, ou que podem penetrar no organismo por contato e absorção através da pele ou ingestão das substâncias tóxicas ocasionando danos a saúde. O risco biológico ocorre pela manipulação de seres vivos em laboratório, pois podem ser patogênicos, como: bactérias, fungos, parasitos e vírus, dentre outros, que são capazes de desencadear doenças devido à contaminação. Finalizando, consideram-se agentes de riscos ergonômicos a má postura seja na utilização de assentos, ou devido a altura das bancadas, entre outros que podem causar lesões nos profissionais, especialmente em trabalhos repetitivos (TEIXEIRA e VALLE, 1996).
No ambiente laboratorial o maior obstáculo para a prevenção de acidentes no Brasil é a falta de uma cultura prevencionista dos profissionais. Durante as atividades diárias alguns colaboradores esquecem-se de alguns requisitos básicos, menosprezando os riscos, levando em consideração somente a execução do trabalho. Além disso, muitos trabalhadores assumem funções sem estarem totalmente preparados, contribuindo para o aumento do risco nas atividades.
O principal fundamento da biossegurança em laboratórios é a pesquisa no sentido de entender e tomar medidas para prevenir acidentes, priorizando a proteção da saúde humana. As medidas de biossegurança existem como meio de prevenção da contaminação, no qual grande parte dos acidentes acontece pelo uso inadequado e/ou ineficaz das normas propostas, dando origem assim afundamental para segurança de todos os usuários e para a garantia da qualidade do trabalho realizado.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Higiene do Trabalho, Biossegurança, Gestão e Saneamento Ambiental
Saneamento ambiental é o conjunto de investimentos públicos em políticas de controle ambiental que busca resolver os graves problemas gerados na infraestrutura das cidades, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “saneamento é o controle de todos os fatores ambientais que podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar, físico, mental e social dos indivíduos”, tais como, poluição do ar (emissão de gases), do solo (lixo urbano) e das águas (dejetos lançados nos rios, represas etc.), poluição sonora e visual, ocupação desordenada do solo (margens de rios, morros etc.), o esgoto a céu aberto, enchentes.
A preocupação com o meio ambiente é um cuidado que todas as esferas do Governo devem possuir, pois estamos vivendo a era da sustentabilidade. Deste modo, é de responsabilidade de todos os profissionais, em especial os da área da saúde, no que se refere ao resíduo de saúde. Para um bom alinhamento do meio ambiente, da biossegurança e da saúde coletiva, Leis foram formuladas a nível nacional, estadual e municipal. As Leis foram adequadas para as instituições sobre o planejamento e gerenciamento de Resíduos de Serviço em Saúde (RSS).
Portanto, o saneamento ambiental é um conceito mais amplo do que saneamento básico, incluindo: abastecimento de água; coleta, tratamento e disposição final de esgotos; drenagem pluvial; coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos e efluentes líquidos industriais; o controle ambiental do uso do solo, macrodrenagem, controle de vetores de doenças e de emissões atmosféricas. Enfim, o saneamento ambiental corresponderia ao conjunto de ações, serviços e obras destinados manter ou recuperar a salubridade ambiental, mediante a redução dos impactos antrópicos nos ecossistemas.
Temos um problema social, chamado saneamento básico, que interfere diretamente no cotidiano das empresas, no cotidiano das famílias, um problema que está longe de ser resolvido, porque existem muitos interesses escusos envolvidos neste processo.
Um problema que parece ser muito maior nas grandes cidades, talvez pelo impacto que cause perante os olhos, devido à repercussão direta nos serviços públicos de saúde; mas também nas pequenas cidades o problema é tão ou senão mais sério. Pois é aí, nas pequenas cidades, que realmente nada ou muito pouco se faz para que haja condições básicas de saneamento. Isso envolve coleta seletiva de lixo, tratamento de água e esgoto, atendimento à saúde, campanhas de higiene coletiva e limpeza e higienização dos ambientes, pois a população carente necessita de determinadas orientações primárias. Sem estes princípios básicos, alicerces fundamentais, não será possível que elas mudem seus hábitos, que elas adquiram novas e melhores condutas, que elas tenham consciência de sua cidadania.
Um  planejamento no saneamento básico nas grandes cidades também é capaz de intervir de forma drástica na saúde da população dos grandes centros, pois é na periferia que esse fator é mais impactante. Até há pouco tempo, com uma legislação inadequada, era comum ver pessoas revirando os lixões, entre adultos e crianças. Hoje, com a legislação e os aterros sanitários, já está um pouco mais difícil o acesso destas pessoas, mas com essa prática essas pessoas estão sujeitas a todo tipo de contaminação, e contaminadas elas são fontes propagadoras dentro de suas casas, uma vez que já não apresentam aí condições ideais de higiene.
	Outra situação muito recorrente é a falta de rede de esgoto, principalmente em comunidades mais distantes ou em assentamentos, problema comum enfrentado pelos grandes centros, e até mesmo falta deágua tratada, dois graves fatores que comprometem a saúde da população, uma vez que a água é essencial à vida, não tem como viver sem ela. Quando usada de fontes contaminadas, a água provoca inúmeras doenças, podendo haver uma contaminação em mas	sa, bem como pode haver à contaminação através da água colocada em recipiente contaminado por algum outro tipo de agente.
Como vimos, grandes e inúmeras são as possibilidades de contaminação, mas o que chama a atenção com a falta de rede de esgoto é a criatividade e a falta de cuidado da própria população, que não atenta para a própria saúde. Além do esgoto das casas correr a céu aberto pelas vielas e ruas, o improviso e a falta de higiene comprometem por completo principalmente a saúde das crianças e idosos, situação que é agravada quando há alguma situação de enchente, onde a água misturada ao lixo invade as casas contaminando tudo, onde os moradores, por não terem outra alternativa, têm que se locomover caminhando pela água em meio ao lixo e ao esgoto que escoa pelas vias. Situação que poderia ser diferente se a própria população soubesse o que é saneamento básico. Precisamos fazer um trabalho base, ensinando, mostrando, divulgando, popularizando, educando essa população. Caso contrário, nunca poderemos e nem chegaremos a alcançar uma nação que aplica em seu cotidiano as regras e procedimentos de biossegurança.
Pensar em como descartar adequadamente o lixo que geramos em nossa casa não é uma tarefa difícil, é uma obrigação cidadã. Fazer a separação de nosso lixo, dar a ele uma destinação consciente, é um dever, uma obrigação, uma questão de saúde para todos, não só para você e sua família.
Apoiar iniciativas desse tipo e incentivar quem as adote faz com que mais e mais pessoas se tornem conscientes de que, dessa forma, podemos fazer a diferença e caminhar para uma possível mudança de comportamento.
2.2 Gerenciamento de Resíduos em Áreas de Biossegurança
Os resíduos dos serviços de saúde é uma das vertentes da preocupação com relação a doenças e acidentes laborais no ambiente da saúde. É preciso um trabalho mutuo para a resolução dos problemas advindos da má estruturação de descarte correto dos resíduos produzidos. 
Brasil (2004); determina como resíduos de serviços de saúde (RSS): Todos os resíduos gerados em unidades de atendimento em saúde humana e animal como: hospitais, clínicas médicas, consultórios de odontologia, laboratórios de análises clinicas, bancos de sangue e de leite, clinicas veterinárias, farmácias, instituições de ensino na área da saúde, dentre outros similares”.
		Conforme a Legislação voltava a RSS, que regulamentam o Plano de Gerenciamento de Resíduo, as três esferas do governo, devem elaborar seu plano de gerenciamento, e nessa política, estabelece que os geradores são responsáveis por aquilo que gera. No ambiente os resíduos gerados são: A (resíduos biológicos potencialmente infectantes), B (resíduos químicos), C (resíduos radioativos), D (resíduos comuns, incluindo nestes os recicláveis), e E (resíduos perfurocortantes).
As demandas relacionadas à preservação do meio ambiente e a saúde e bem estar do trabalhador, é relevante para a preservação da qualidade de vida da população, dos profissionais de saúde e do meio ambiente. O gerenciamento e a segregação dos resíduos hospitalares tem forte impacto nesse sentido. 
O gerenciamento de resíduos consiste no acompanhamento de sua geração até sua disposição final. Nesse processo temos um envolvimento que parte de dentro da empresa e fora dela, sendo ela responsável por todas as etapas do gerenciamento.
-Segregação
A segreção está diretamente envolvida ao local onde o resíduo é produzido. É o processo de separação das frações infecciosas e perigosas das não-infecciosas e não-perigosas. Esse processo permite a reutilização, recuperação ou reciclagem de alguns resíduos. Segundo Mastroeni (2006) a segregação está diretamente relacionada à minimização dos riscos. Também reduz o volume total dos resíduos gerados antes de submetê-los ao tratamento ou descarte. A efetiva segregação permite segurança ao pessoal que os manipula, tanto interna como externamente.
-Acondicionamento dos resíduos
Acondicionamento de resíduos segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR-12.807, é o ato de embalar os resíduos de serviço de saúde – RSS, em recipientes para protegê-los de risco e facilitar o seu transporte, devendo ser realizado no local de sua geração devidamente identificado. Todos os resíduos biológicos gerados devem ser armazenados até o tratamento, de forma a prevenir e proteger a sua liberação durante as etapas seguintes do gerenciamente até sua disposição final. E devem ser identificados com o símbolo de resíduo infectante . Os resíduos altamente infectantes devem ser autoclavados em recipientes rígidos ou sacos plásticos autoclaváveis.
-Tratamento de resíduos
Os resíduos também podem ser submetidos a processos que alteram seu caráter e sua composição. No próprio local de geração do resíduo esses procedimentos podem ocorrer, aplicando-se a resíduos infectantes e químicos. A esterilização a gás ou vapor, desinfecção química, por exemplo a adição de hipoclorítos, compostos de cetona e amônia e incineração são os processos mais utilizados.
Outro método de tratamento é a autoclavação, que consiste na descontaminação pela exposição do resíduo a altas temperaturas e pressão. Para resíduos líquidos a desinfecção química é a mais indicada. O desinfetante químico dependerá da resistência do microorganismo, a eficiência da desinfecção depende do tipo e da quantidade de substância utilizada, do tempo e extensão do contato entre o desinfectante e o resíduo (MASTROENI, 2006).
-Armazenamento
	Os resíduos que não são tratados no local que os gerou deverão ser armazenados para posterior transporte ao seu destino final. Para tal armazenamento alguns fatores estão envolvidos com compatibilidade, correto acondicionamento, características do local, custo, dentre outros. 
- Transporte
	Todos os resíduos gerados, depois de acondicionados, devem ser transportados corretamente ao local de armazenamento. Todo o transporte requer cuidados específicos, onde o colaborador realiza sem esforço físico excessivo o risco de acedente, o qual deverá transportá-lo com a utilização de EPI`s. O transporte pode ser por carrinhos, ductos de gravidade, elevadores ou carregamento manual.
- Disposição final
Nesta etapa os resíduos são transportados para aterros sanitários conforme a legislação. Segundo Mastroeni (2006) é importante lembrar que todas as etapas do processo de gerenciamento devem ser adequadamente registradas, sendo estes registros mantidos mesmo após a disposição final. É sempre possível reduzir os riscos no manuseio e disposição dos resíduos através de um planejamento bem elaborado, mesmo com poucos recursos disponíveis, desde que os profissionais envolvidos estejam conscientes destes riscos e dispostos a assumir suas responsabilidades como técnicos e a exercer sua cidadania (FERREIRA, 1996 e 2000).
2.3 Medidas de Controle e Contenção
As medidas de controle e contenção envolvem a proteção coletiva e individual. Desde a organização do trabalho, segurança nas atividades laboratoriais, higiene e conforto. Para que todo o grupo mantenha-se protegido as medidas de proteção coletiva são eficazes. De acordo com a natureza do risco, as medidas podem ser: - a substituição de matérias-primas e insumos por produtos menos prejudiciais à saúde; a alteração no processo de trabalho empregando novas tecnologias que minimizem situações de risco; o isolamento da fonte de risco, como o isolamento acústico de equipamentos geradores de ruído; a utilização de cabines de segurança biológica e de exaustão química adequadas aos tipos de risco biológicos e químicos presentes (LIMA e SILVA,1996;CARVALHO, 1999);
O emprego de EPI’s visam as medidas de proteção individual. O uso de tais equipamentos reduz a probabilidade de contaminação, contudo, nãoelimina o risco uma vez que o risco continua no presente no determinado local. Assim, as medidas de proteção individual são indicadas em casos específicos como: sempre que as medidas de proteção coletiva forem inviáveis, estiverem sendo implementadas ou não ofereçam completa proteção contra os riscos; - em situações de emergência; - em trabalhos de curta duração; - como complemento às medidas de proteção coletiva.
A organização do trabalho consiste em criar ambientes mais cooperativos e motivadores, evitando situações desnecessárias por parte dos colaboradores. Essas medidas consistem em: mudança do método de trabalho e da estrutura organizacional para torná-los mais flexíveis e ajustados à capacidade do trabalhador; participação dos trabalhadores na organização do trabalho, favorecendo a integração e melhorando o ambiente de trabalho; redução do tempo de exposição dos trabalhadores aos riscos, pelo estabelecimento de rodízios ou pela redução na jornada de trabalho.
2.4 Medidas para prevenção de acidentes
	 	O fator humano é o maior problema encontrado em relação a acidentes de trabalho na área de saúde. O treinamento é a primeira ação de deve ser feita no ambiente de biossegurança para evitar as contaminações e acidentes. Quando o colaborador tem conhecimento dos perigos a que está exposto, a conscientização é maior e a probabilidade de acidentes e doenças diminuem.
As empresas são responsáveis pelo treinamento de seus funcionários, sendo que o mesmo deve ser realizado sem ônus ao trabalhador e realizado no horário de trabalho. A empresa deve registrar e manter arquivado os registros de treinamento.
No caso de acidentes, podemos considerar fator humano quando temos um funcionário treinado, e o mesmo, por negligencia ou imprudência comete algum erro que causa acidente. Em relação á empresa podemos considerar sua responsabilidade quando a mesma não oferece treinamento adequado, não fornece EPIs e EPCs, problemas relacionados ao ambiente de trabalho ou por falha em algum equipamento ocasionando acidentes.
Para biossegurança e minimizar o fator humano, o POP é fundamental, pois ele tem como objetivo padronizar todas as ações para que diferentes técnicos possam compreender e executar, da mesma maneira, uma determinada tarefa. Esses protocolos devem estar escritos de forma clara e completa possibilitando a compreensão e adesão de todos. Além disso, eles devem ser realistas para que seus técnicos possam de fato, seguir o estabelecido.
Os manuais de biossegurança dos laboratórios clínicos são de responsabilidade de comissões formadas por chefes de setores, médicos, e até mesmo funcionários. Essas comissões preparam normas de biossegurança, dentro da legislação vigente e suas revisões quando necessárias, elas são distribuídas a todos os setores que estejam envolvidos direta ou indiretamente, com a rotina que envolva o contato com material clínico.
Os respectivos chefes de setores devem verificar e relatar à comissão de biossegurança, os riscos decorrentes das atividades do seu setor, assegurar a realização das atividades de biossegurança e treinar seus funcionários.
A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) deve ser criada por funcionários de todos os níveis, que deve atender às exigências legais vigentes. Tem como filosofia, despertar nos funcionários o interesse pela prevenção de acidentes e promover a proteção dos riscos ocupacionais.
O SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) e PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) devem estar sob responsabilidade de um médico do trabalho. O SESMT tem for finalidade promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
O PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) deve ficar sob-responsabilidade direta da Comissão de Biossegurança, avaliam os riscos biológicos e o local de trabalho, esse programa deve ser reavaliado uma vez por ano. 
		É necessário, também ter controle do uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI, e a conservação dos Equipamentos de Proteção Coletivo – EPC, visto que os usos corretos dos equipamentos de proteção individuais e coletivos diminuem a probabilidade de acidentes e doenças ambientais. No plano de controle, a CIPA, SESMET, devem atuar em conjunto para que não seja deixadas brechas nesta questão tão relevante. Os equipamentos de uso coletivo deve ter uma atenção no sentido de preservação, higienização além do uso adequado. Faz-se preciso que todos tenham consciência do uso adequado, para que os acidentes sejam evitados.
2.5 Higienização das Mãos
 De acordo com BRASIL, 2009, a lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda superfície das mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água corrente. É tradicionalmente o ato mais importante para a prevenção e o controle das infecções relacionadas ao serviço de saúde .
A higienização das mãos é reconhecida mundialmente como uma medida primária, mas muito importante, no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Por esse motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção e do controle de infecções nos serviços de saúde, incluindo aquelas decorrentes da transmissão cruzada de microrganismos multirresistentes.
Ao processo de lavar as mãos consideramos um fator humano, pois em muitos estabelecimentos existem dificuldades por parte dos colaboradores em relação a adoção das recomendações de lavagem das mãos, nos níveis individual, grupal ou institucional, que envolvem complexidade dos processos de mudança comportamental.
Um fator de estímulo dessa mudança refere-se às intervenções que devem ser feitas não somente com base no conhecimento, mas com base em treinamentos repetidos e em programas que forneçam os resultados do desempenho aos profissionais.
 Em relação a lavagem das mãos podemos destacar como principais objetivos de seu procedimento correto: prevenir as infecções hospitalares, evitar infecção cruzada, retirar sujidade, suor e oleosidade, remover a flora microbiana transitória da camada superficial da pele. Quanto as indicações de lavagem de mãos, devemos sempre realiza-la quando houver sujidade visível nas mãos, entre diferentes procedimentos em um mesmo paciente (ex: aspirar secreção traqueal e realizar curativo), antes e após realização das atividades hospitalares (preparo de medicamentos, de nebulização, punção, sondagens, etc), antes e após a realização de atos fisiológicos e pessoais (alimentação / pentear cabelo /assoar nariz / usar o banheiro), após manipulação de materiais e equipamentos contaminados, antes e após coleta de materiais para exames.
A lavagem das mãos deve fazer parte da rotina de todos nós, especialmente antes de comer ou manusear alimentos, após ter utilizado as instalações sanitárias, após assoar o nariz, tossir ou espirrar, antes de efetuar qualquer ação que inclua o contato com mucosas corporais (por exemplo, colocar ou retirar lentes de contato), após tocar animais ou seus dejetos, após manusear resíduos (por exemplo, lixo doméstico), após usar transportes públicos, antes e após tocar doentes ou feridas (cortes, arranhões, queimaduras etc), antes e após uma visita a um doente internado (hospital ou outra instituição).
2.5.1 Técnicas de lavagem de mãos
	
No precedimento de lavagem de mãos temos como principais técnicas a higienização simples das mãos, a higienização anti-séptica das mãos e a fricção anti-séptica das mãos com preparação alcoólicas.
A higienização simples das mãos, tem a finalidade de remover os microorganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia á permanência e à proliferação de microrganismos.
A higienização anti-séptica das mãos possui a finalidade de promover a remoção de sujidade e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxilio de um anti-séptico. Esta técnica é igualàquela utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum por um associado a anti-séptico
A técnica de fricção das mãos com anti-séptico (preparações alcoólicas), tem a finalidade de reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico- preferencialmente a 70%- ou de solução alcoólica a 70% com 1%-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabonete quando as mão não estiverem visivelmente sujas. Esta técnica é igual àquelas utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum por preparações alcoólicas.
A seguir temos a sequencia correta para uma higienização eficiente: 1- abrir a torneira; 2- molhar as mãos; 3- passar o sabão; 4- friccionar bem; 5- passar as mãos ensaboadas na torneira; 6- conservá-la aberta; 7- proceder assim: - palma com palma; - palma no dorso (incluso entre os dedos); - dorso na palma (incluso entre os dedos); - ponta dos dedos em concha e vice-versa; - polegares; - costas das mãos; - unhas; 8- enxaguar; 9- com as mãos em concha, jogar água na torneira; 10- pegar o papel toalha; 11- secar as mãos; 12- com o papel, secar a torneira e fechá-la.
2.5.2 Considerações em relação a Norma Regulamentadora 32
	
A NR 32 prevê a proibição do uso de adornos pelos trabalhadores, principalmente aqueles que mantêm contato com agentes biológico. São considerados adornos, alianças, anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal, colares, brincos, broches, piercings expostos, gravatas e crachás pendurados com cordão. 
O empregador deve vedar: o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho; a proibição do uso de adornos deve ser observada para todo trabalhador do serviço de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde expostos ao agente biológico, independente de sua função, a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos; o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho, a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim, o uso de calçados abertos. O PPRA deve descrever as funções e os locais de trabalho onde haja exposição ao agente biológico.
Segundo a NR-32, o uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas. A higienização das mãos é considerada uma das principais medidas na redução do risco de transmissão de agentes biológicos. Tem sido constatado que o uso das luvas é um dos fatores que faz com que o profissional de saúde não realize a higienização das mãos. No entanto, a perda de integridade, a existência de microfuros não perceptíveis ou a utilização de técnica incorreta na remoção das luvas, possibilitam a contaminação das mãos.
Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual. 
Todos trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de conforto. A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado. Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais. 
	
 O empregador deve providenciar locais apropriados para fornecimento de vestimentas limpas e para deposição das usadas. A higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, serviços de tratamento intensivo, unidades de pacientes com doenças infectocontagiosas e quando houver contato direto da vestimenta com material orgânico, deve ser de responsabilidade do empregador. 
O empregador deve garantir a conservação e a higienização dos materiais e instrumentos de trabalho, providenciar recipientes e meios de transporte adequados para materiais infectantes, fluidos e tecidos orgânicos, assegurar capacitação aos trabalhadores, antes do início das atividades e de forma continuada, devendo ser ministrada sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores aos agentes biológicos, durante a jornada de trabalho, por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos agentes biológicos. 
2.6 Normas que apoiam o plano de ação
Em relação ás normas que melhor apoiam o plano de ação sugerido para minimizar ao máximo os acidentes, destacamos a NR 06 que trata sobre equipamentos de proteção individual. O gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde está fundamentada na resolução 05 de 05/08/93 no Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). A criação da CIPA está estabelecida pela NR 05. A implantação do SESMT está inserida na NR 04. A obrigatoriedade do PPRA é estabelecida pela NR 09.
3 CONCLUSÃO
A biossegurança constitui uma área de conhecimento relativamente nova, regulada em vários países por um conjunto de leis, procedimentos ou diretrizes específicas. Porém afirma claramente que o manejo e a avaliação de riscos são fundamentais para a definição de critérios e ações que visam a minimizar os riscos que comprometem a saúde ou a qualidade dos trabalhos envolvidos. 
Para que possamos diminuir a ocorrência de acidentes devem ser realizadas orientações periódicas sobre o assunto na área de biossegurança e tentar conscientizar o trabalhador para proteção. Em contrapartida há profissionais que exibem certo grau de indiferença, muitas vezes centrado em fornecer cuidados especiais para seus pacientes negligenciam seus próprios cuidados, ou por estar sobrecarregado pelo trabalho, pula uma ação de higiene e vai direto à ação assistencial, ou em algumas instituições não oferecem EPI, pois não há verbas, ou simplesmente esse profissional sempre realizou os procedimentos de maneira inadequada e nunca aconteceu nenhum acidente, ele acha que a biossegurança é exagerada. Esses profissionais devem ser submetidos a treinamentos constantes, para tentar converter essas condutas inadequadas.
Mas todas as medidas possíveis de biossegurança devem ser adotadas para minimizar os riscos de acidentes do profissional, para que esse fato se torne uma exceção. Devemos ser insistentes em relação a isso, todos os trabalhadores devem estar atentos ao fato que a segurança no ambiente de trabalho, é uma responsabilidade individual, sendo que os seus gestores devem garantir um local seguro para exercício de todas as atividades. 
REFERENCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada N°306 de 7 de dezembro de 2004. Publicada no DOU de 10/12/2004.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2009.
MASTROENI, M. F. Biossegurança Aplicada a Laboratórios e Serviços de Saúde. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar, Rio de Janeiro, FIOCRUZ, 1996.
ABNT. Norma NBR 12.809. Manuseio de Serviços de saúde: procedimento. São Paulo, 1993.
CARVALHO, P. R. Boas Práticas Químicas em Biossegurança. Rio de Janeiro:
Interciência, 1999.
FERREIRA, J. A. Resíduos de Laboratórios In: TEIXEIRA, P.; VALLE, S.
Biossegurança: Uma Abordagem Multidisciplinar. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1996.
LIMA E SILVA, F. H. A. Equipamentos de contenção In TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biossegurança: Uma Abordagem Multidisciplinar. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1996.

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