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UNIVERSIDADE PAULISTA TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA DÉBORA RAQUEL BUZAS KUN SIBELE SOUZA VITÓRIA PRADO MUTZ A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA E DOS MÉTODOS DE PREVENÇÃO UTILIZADOS NA ESTÉTICA SÃO PAULO – SP 2019 DÉBORA RAQUEL BUZAS KUN SIBELE SOUZA VITÓRIA PRADO MUTZ A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA E DOS MÉTODOS DE PREVENÇÃO UTILIZADOS NA ESTÉTICA Trabalho apresentado no Curso Superior de Estética e Cosmética da UNIP, para o Projeto Integrado Multidisciplinar Orientador: Prof. Carlos Roberto Victorelo Bertolini SÃO PAULO – SP 2019 DÉBORA RAQUEL BUZAS KUN SIBELE SOUZA VITÓRIA PRADO MUTZ A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA E DOS MÉTODOS DE PREVENÇÃO UTILIZADOS NA ESTÉTICA Trabalho apresentado no Curso Superior de Estética e Cosmética da UNIP, para o Projeto Integrado Multidisciplinar Orientador: Prof. Carlos Roberto Victorelo Bertolini Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _______________________/__/___ PROF. DR ANDRESSA DELLA ROCCA – UNIP _______________________/__/___ PROF. DR CARLOS R. V. BERTOLINI – UNIP _______________________/__/___ PROF. PAULA ANDREOTTI RODRIGUÊS – UNIP RESUMO: Uma clínica de Estética oferece um espaço de bem esta, beleza e de relaxamento. Com isso a procura por profissionais na área da estética vem crescendo gradativamente, pensando nisso este trabalho vem de encontro à conscientização destes no que se refere aos riscos da profissão de esteticistas, tanto para o profissional quanto para o cliente. A segurança biológica deve ser aplicada em ambientes de trabalho, em cuidados pessoais, na manipulação de matérias perfuro cortantes, infectantes. O objetivo do controle da infecção é impedir a penetração de microrganismos nos locais onde eles não existem previamente. Essas são bem como evitar a carga de novos agentes e a área já contaminada garantindo a segurança a todos os pacientes e a equipe. A assepsia é fundamental para o trabalho do profissional esteticista, tanto nas mãos, quanto roupas e matérias ou aparelhos dispostos na sala de clínica. Assim, todos os profissionais de saúde sabem da importância dos cuidados na manipulação e na diminuição dos riscos em seu ambiente de trabalho. Ou seja, é a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes as atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. Palavra-chave: Biossegurança, Estética, Equipamentos, Descarte SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1 2. REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. 3 2.1.1. Introdução a biossegurança ............................................................................ 3 2.1.2. História da biossegurança ............................................................................... 3 2.1.3. Riscos ocupacionais na estética ..................................................................... 5 2.1.4. Gerenciamento e descarte de resíduos gerados em decorrência dos trabalhos com estética ................................................................................................ 7 2.2. MÉTODOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES, LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO UTILIZADOS NA ESTÉTICA ........................................................ 10 2.2.1 Métodos de prevenção, limpeza e desinfecção na estética. ....................... 10 2.2.2 Métodos de esterilização ................................................................................ 13 3. OBJETIVOS ...................................................................................................... 15 4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 16 5. DISCUSSÃO...................................................................................................... 17 6. CONCLUSÃO .................................................................................................... 19 1 1. INTRODUÇÃO Com o passar do tempo até os dias de hoje, é grande a preocupação da sociedade com relação aos aspectos de biossegurança na área da saúde. Segundo Valle e Marques (2006) a biossegurança “É o conjunto de ações voltadas para a prevenção e minimização dos riscos biológicos que podem comprometer a saúde do homem” (VALLE, 2006). Com esses fatos, é notório o crescimento das exigências com as questões de biossegurança no que se refere às Clínicas de Estética e espaços. Essas exigências surgiram após a sanção da lei nacional 12.592/12 que reconheceu os profissionais de beleza. Nessa lei destaca-se no art. 1º: “É reconhecido, em todo o território nacional, o exercício das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador, nos termos desta Lei” e no Art 4º “Os profissionais de que trata esta Lei deverão obedecerás normas sanitárias, efetuando a esterilização de materiais e utensílios utilizados no atendimento a seus clientes” (JUSBRASIL, 2012). Este artigo tem como foco apresentar a biossegurança como uma ferramenta metódica indispensável no uso da área da estética com táticas de prevenção e esterilização dos utensílios utilizados na mesma, sabendo que isso influenciará na diminuição de riscos de doenças infecciosas e aumento da segurança das pessoas envolvidas no âmbito de trabalho e dos clientes que receberão os procedimentos. Desta forma a procura por profissionais da beleza vem aumentando, sendo assim, é de grande importância à conscientização desses profissionais quanto aos riscos existentes no exercício desta profissão, tanto para ele quanto para os clientes (Cordeiro, Hemmi & Ribeiro, 2013). A segurança biológica deve ser aplicada em ambientes de trabalho, em cuidados pessoais, na manipulação de materiais biológicos, cuidados com equipamentos e superfícies, descarte e destino de materiais perfuro cortante, infectantes, prevenção e manejo da exposição biológica e ocupacional. Essas são precauções essenciais na prática da estética e técnicas associadas (Costa & Gomes, 2012). 2 O trabalho com vidas não vai muito além de apenas uma carga horária esboçada apenas na qualidade de um serviço de um profissional, mas sim com a responsabilidade de zelar e assegurar o mínimo ou inexistente de danos a pessoa que estará enredada no contexto. 3 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1.1. Introdução a biossegurança 2.1.2. História da biossegurança A Biossegurança é o conjunto de procedimentos voltados para Prevenção diminuição ou eliminação de riscos de atividades específicas de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços. Riscos que podem danificar a saúde do ser humano, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos/trabalhadores envolvidos. A biossegurança surgiu, principalmente, com a chegada da biologia molecular. As novas técnicas de trabalho desenvolvidas juntamente aos produtos a serem manipulados exigiram a preparação de normas e métodos que pudessem favorecer a realização de qualquer determinada atividade com o mínimo de risco. Quando são manipuladas moléculas como os ácidos nucléicos, hábil de alterar o curso "usual" da vida dos seres vivos a partir de combinações entre as mesmas ou entre diferentes espécies, torna-se indispensável utilizar mecanismos que evitemo acontecimento de combinações indesejadas. Averiguou-se que o termo surgiu no século XX relacionado a risco de contaminação biológica em laboratórios. Na saúde a palavra vem sendo utilizada como sinônimo de medidas de precaução padrão sendo necessário ampliar o seu significado para além do risco biológico, compreendendo o risco químico, físico, ergonômico e de acidente. A visão interdisciplinar, educativa e administrativa é imprescindível para eliminação e/ou diminuição dos fatores de riscos, promovendo então, a biossegurança em sua universalidade no campo da prática (MARCO MASTROENI, 2008). Nos anos 1960 e 1970, em uma reunião científica, que deu abertura à discussão em relação ao impacto da engenharia genética na sociedade. Manifestação espontânea da comunidade científica sobre percentual de risco que manipulação genética poderia haver; "é um marco na história da ética aplicada a pesquisa, pois foi a primeira vez que se discutiu os aspectos de proteção aos pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas onde se realiza o projeto de pesquisa - Reunião de Asilomar. (Goldim, 1997). O crescimento da biossegurança foi estimulado pela circunstância da indústria, que, visando normas de garantia do trabalho, começou a aplicar 4 procedimentos de biossegurança como estratégia de diminuição de riscos. Práticas específicas, como cuidado ao recinto de trabalho e a minimização dos riscos biológicos no ambiente ocupacional foram firmadas nesse tempo. De concordância com a Organização Mundial da Saúde (WHO, 1993) o cuidado voltava- se para as “práticas preventivas para o trabalho em competência a nível laboratorial, com agentes patogênicos para o homem, o que alinhava suas políticas de ação com o crescimento científico. Respondendo às demandas sociais, a OMS estabeleceu métodos de ação que objetivaram incorporar a essa definição os riscos periféricos presentes em laboratórios que trabalhavam com agentes patogênicos para o homem, como os riscos químicos, físicos (COSTA, 1996). Biossegurança: da prática à legal. Esses atos foram essenciais para redução de acidentes ocupacionais, que na maioria dos casos estiveram relacionados às atividades econômicas, oferecendo então maior seguridade ao trabalhador. Já nos anos 1990 pôde ser testemunhada uma progressão, e a biossegurança deu seu passo principal que permeiam o crescimento da engenharia genética e os organismos transgênicos. Sendo assim, este período veio fixar o que foi iniciado já nos anos 1970, quando começou a discussão referente aos impactos da engenharia genética na sociedade. Sempre relacionada à vida cotidiana da população, a biotecnologia é o refletor de cuidado em indústrias, hospitais, laboratórios de saúde pública, laboratórios de análises clínicas, hemocentros, universidades etc., no senso da precaução dos riscos gerados pelos agentes químicos, físicos e ergonômicos, garantindo maior segurança no trabalho (Marco A. F 2012). 5 2.1.3. Riscos ocupacionais na estética Os tratamentos de beleza realizados por manicures, pedicures, cabeleireiros e barbeiros promovem com freqüência a contaminação de instrumentais e materiais por sangue e contato com pele incorruptível, podendo obter uma natividade para passagem cruzada de microrganismos causadores de doenças de embate social, como as hepatites e o HIV. Em meio ao risco do espalhamento microbiano, ações educativas podem e devem ser implantadas para acrescentar o conhecimento dos profissionais a respeito das recomendações de biossegurança e do risco ocupacional, estimulando-os para ligação às práticas de biossegurança, de higienização e saúde ocupacional, levando-se em conta fatores sociais, econômicos e culturais (Oliveira AC,2012). As ocupações profissionais desta parte dão a entender que os serviços de cabeleireiros e outras atividades de abordagem de beleza fazem parte do cenário presente e contam com um grande número de consumidores. Cabeleireiros, manicures, barbeiros, massagistas, esteticistas, pedicures, calistas, trabalhadores de clínicas de estética, institutos de beleza, tratamento capilar e depilação. Sendo assim, a sofisticação deste mercado que é empregador de expressiva mão necessariamente qualificada dada a facilidade de se ingressar no ramo, pois não se exige investimento financeiro considerável nem comprovação da capacitação técnica. Uma das características da atividade de estética corporal que vem chamando a atenção cada vez mais dos pesquisadores, se deve ao contato direto e a manipulação de microrganismos que podem se comportar como agentes potencialmente infecciosos. Assim, o ambiente e as atividades realizadas nos salões de beleza e estética são propícios para a transmissão de microrganismos, seja por contato direto ou indireto, em conseqüência, normalmente, da precariedade de infraestrutura e despreparo técnico dos recursos humanos. Esse despreparo é conseqüência quase sempre da baixa formação escolar e profissional, além do desconhecimento de noções básicas sobre doenças passíveis de transmissão por contato com microrganismos e nos constantes desequilíbrios da tríade: agente, hospedeiro e meio ambiente. Para a seleção das publicações definiu-se como critério serem artigos originais relacionados ao conhecimento e aderência às medidas de biossegurança, ao risco biológico ocupacional e aos clientes nos 6 serviços prestados por manicures, pedicures, podólogos, cabeleireiros e barbeiros, relacionados à adesão ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI), aos aspectos dos processos de reaproveitamento e descarte de materiais, à situação vacinal dos profissionais e à disseminação microbiana pelas práticas nos estabelecimentos (GarbaccioJL, 2012). 7 2.1.4. Gerenciamento e descarte de resíduos gerados em decorrência dos trabalhos com estética Transportes externo os resíduos quando descartados de forma inadequadas apresentam riscos a população e ao meio ambiente, possibilitando a entrada de proliferação e contaminação de alto risco a saúde devido a falta de gerenciamento. Por isso, é importante que ocorra o descarte adequado desses resíduos. Assim preservando a saúde do homem e meio ambiente. (BRASIL, 2007). Declaram que a busca pelo embelezamento vem evoluindo significativamente, embora antigamente fosse uma preocupação somente de mulheres em manter sua aparência agradável. No entanto, com evolução de produtos que atendem a classe masculina, os homens passaram também a fazer parte do mercado, muito mais do que a classe feminina. O crescente interesse do novo público deve-se ao fato de que os homens estão mais atentos a moda e cada vez mais vaidosos. O novo público vem contribuir com a geração de resíduos produzidos nas estéticas, pois, a cada dia, surgem novas tecnologias para atendê-los, agregando-se as já existentes. Com essa preocupação, pensou-se nos resíduos produzidos por esses estabelecimentos e, por não possuírem nem uma legislação que os caracterize, ficam os mesmo a margem da segregação que todos somos obrigados a realizar. Problemas ambientais causados pelo descarte incorreto: É todo tipo de lixo proveniente do atendimento a pacientes ou de qualquer estabelecimento de saúde que execute atividades. (SILVA et sl, 2010). Tipos de lixos: Grupo A (resíduos biológicos) - Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. A presença de microrganismos como vírus, bactérias e fungos. Grupo B (químicos) - Que contenham substancias químicas capazes de causar risco a saúde ou ao meio ambiente, independente de suas características inflamáveis e toxicidade. 8 Grupo C (resíduos comuns) - Que não tenhasido contaminado ou possa provocar acidentes, como luvas, gazes, matérias passiveis de reciclagem e papeis. Grupo D (perfuro cortantes) - Objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como agulhas Etapas do manejo de resíduos: Segregação - Conjunto de medidas adotados que permitem identificar o tipo de resíduo contido em sacos e recipientes, facilitando o correto manejo dos mesmos. Identificação - Conjunto de medidas adotados que permite identificar o tipo de resíduo contido em sacos e recipiente, facilitando o correto manejo dos mesmos. A identificação deve ser especifica para cada tipo de resíduo nos recipientes de coletas internas e externas, utilizando-se símbolos e frases de identificação. (Baseados na resolução de CONAMA n 275/01). Armazenamento - Para se realizar a correta armazenagem dos resíduos, deve-se observar as resoluções de Conselho Nacional do Meio Ambiental CONAMA N 358/2005 e as normas de associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT NBR caracterizados. Armazenamento temporário - Processo que consiste na guarda temporária dos recipientes que contem resíduos já condicionados e local próximos aos pontos de geração. O transporte externo consiste na remoção dos Resíduos do Serviço de Saúde (RSS) do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente. Destinação final, de acordo com a Lei n 12.305/2010 –art. 3, inciso Vll Disposição Final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeição em aterros, observados normas especificas. 9 Resíduos biológicos (Grupo A) - Os resíduos deste grupo devem ser segregados no momento e no local de geração nos devidos setores e imediatamente acondicionados em sacos brancos leitosos, identificação com símbolo e frases de risco biológicos. Resíduos químicos (Grupo B) - Estes resíduos devem ser segregados no momento e no local de geração nos devidos setores e imediatamente acondicionamentos em sacos plástico de cor laranja leitosa, com identificação de resíduos e riscos químicos, ou acondicionados em recipientes regidos e estanque. Resíduos químicos (Grupo D) - Os resíduos comuns devem ser segregados no momento e no local de geração nos devidos setores e imediatamente acondicionamento em saco plástico preto. O saco deverá ser resistente e possuir tamanho adequando, de acordo com a geração deste tipo resíduos, devendo estar alocado em lixeira com pedal, fechado e sem acionamento manual, devidamente identificado. Resíduos perfuro cortantes (Grupo E) - Os resíduos perfuro cortantes devem ser segregados no momento e no local de geração nos devidos setores e imediatamente acondicionados em recipientes regidos, estanques, vedados, impermeáveis e identificados com símbolo internacional de risco biológico acrescidos de inscrição de perfuro cortantes. Entende-se que se faz urgente uma politica nacional sobre o manejo dos resíduos, uma vez que geram resíduos perigosos a saúde e a segurança do cliente, profissionais e meio ambiente. Causados por resíduos químicos, biológicos e perfuro cortantes pela maneira como são produzidos e descartados, como restou provado nesse trabalho, é incontentável que a separação e o correto manejo destes resíduos, visando prevenir e evitar a contaminação, são da mais alta importância. Este tipo de estabelecimento gera resíduos passiveis de reciclagem, os quais deverão estar segregação alcance seu objetivo e de vital importância que o Poder Público se alie aos estabelecimentos dando condições de, ao menos, fazer a parte que lhe cabe. 10 2.2. MÉTODOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES, LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO UTILIZADOS NA ESTÉTICA 2.2.1 Métodos de prevenção, limpeza e desinfecção na estética. Em busca pela perfeição, do corpo, da pele bonita e da aparência, atualmente a procura por atendimentos que proporcionam “beleza” aumenta cada vez mais, porém, vem a preocupação com riscos de infecção por micro-organismos patogênicos ou não. É aí que entramos com a biossegurança. É importante mostrarmos a importância dos hábitos entre os funcionários, dentro do ambiente de trabalho. Quando falamos de prevenção da saúde, teoricamente já nos vem a cabeça “agentes da vigilância sanitária” claro que eles, tem grande impacto. Mas as tarefas não são exclusivamente só deles. O técnico em Estética contribui com a grande parte dos locais aonde a atividade é exercida. Nessa área, os profissionais e pacientes estão expostos a grandes ricos, com isso antes de exercer qualquer função, o profissional teve obter o total conhecimento. Assim, não vai ocorrer meio de contaminação. (PELCZAR, 1993). A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior importância na prevenção, devendo ser praticado por toda equipe. Podendo prevenir uma infinidade de doenças causadas por infecções. Mas, infelizmente são poucos os profissionais que tem esse habito, de lavar corretamente as mãos, os números variam de 16% a 81%. Sendo um meio de armazenamento de agentes infecciosos. (MIMS, 1999). Procedimento correto de lavagem das mãos: - Retirar anéis, pulseiras, relógios das mãos e antebraços. - Ficar em uma posição confortável. - Não encostar se a pia com o corpo. - Abrir a torneira com a mão dominante ou cotovelo. - Molhar as mãos com água potável corrente com temperatura de 24c - Colocar na palma da mão detergente ou sabão liquido a base de clorexidina ou qualquer outra substancia. - Espalhar pelas duas mãos e antebraços 11 -Palma das mãos uma contra a outra, dorso das mãos, abrir os dedos e esfregar regiões interdigital. Friccionar as pontas dos dedos e as unhas ás mãos, laterais das mãos uma a outra, em seguida polegar e sua região interdigital. -Enxaguar as mãos com água potável corrente e repetir todo processo - Fechar a torneira com auxílio de um papel toalha. -Enxugar as mãos com papel toalha destacável ou toalha de pano que deve ser trocada a cada paciente. (GUANDALINIM, 1997). Equipamento de proteção individual: Materiais que promove a segurança dos profissionais da saúde e pacientes de bactérias e micro-organismos. (BRASIL, 2006) Em todo procedimento que pertence a área da saúde, temos para a sua prática a necessária utilização dos EPIs (equipamento de proteção individual), que é utilizado durante todo o atendimento, para prevenção de acidentes e protegendo a segurança do trabalhador. É necessário, sempre ficar atento com marca, nome do fabricante e número do código de autorização, que a garantia de qualidade do produto. Nunca deixe de fazer o uso dos EPIs, é importante ficar atento ao seu uso contínuo e orientar os colegas de trabalho para não deixar de usar o mesmo e principalmente de maneira correta, pois, esse pequeno ato que ira garantir a sua total segurança no local do trabalho. (BRASIL, 2006). Os materiais utilizados são: Jalecos (aventais), luvas, máscaras, toucas (gorro), lençóis descartáveis, e óculos de proteção. (SHIMIDLIN, 2006). Jaleco (Avental): Mais do que apenas um uniforme de trabalho, os jalecos são de fundamental importância para a segurança e a proteção antes durante, pois protege contra agentes infecciosos, e os ácidos. Por isso deve ser de manga longa, na cor branca, totalmente fechado, cobrindo o punho, e por fim, com o nome do tecnólogo em estética, para identificação do profissional. Luvas: Existem as luvas, látex, de plásticos, luvas de tecidos. Considerando uma segunda pele, a qual promove proteção contra infecções cruzadas e contaminação entre profissional e paciente. OBS: O uso das luvas não substitui a lavagem das mãos, por este motivo as mãos devem ser lavadas de forma correta, como descrita anteriormente. (ANDRADRE,2008). 12 Máscaras: Representa uma grande proteção para vias superiores. São muito importantes contra os agentes infecciosos que podem ser expelidos durante a fala. Toucas: Os cabelos são considerados fontes de contaminação devem estar presos por algum elástico. As toucas são essenciais para que não ocorra á queda de cabelo, este cuidado deve-se pela existência de uma infinidade de micro-organismos. (SHIMIDLIN, 2006). Óculos de proteção: Forma uma barreira para os olhos, evitando o contato com micro- organismos patogênicos e substancias químicas a via ocular. Desta forma, é necessária a conscientização e boa conduta de todos os profissionais durante a permanência no local de trabalho e no atendimento aos pacientes ,para a preservação da própria saúde e da pessoa que está pagando 13 2.2.2 Métodos de esterilização O objetivo da esterilização é destruir completamente todos os organismos vivos, incluindo esporos e vírus, o quais podem estar presentes nos materiais a serem esterilizados. Existem atualmente em uso uma serie de métodos de esterilização, sendo o mais comum a esterilização a vapor, considerada o método mais eficiente. (Russel, 1982). Ciclo de vida da bactéria - A forma esporulada é um mecanismo protetor através do qual a bactéria é capaz de permanecer latente por um grande período de tempo. As bactérias no seu estado ativo podem ser facilmente destruídas por um método correto de esterilização. Morte técnica da bactéria - Os dois fatores principais de esterilização que devem ser medidos quando do uso de vapor saturando são a temperatura do vapor e o temo de exposição. (Russel, 1982). Calor e umidade - Para que a microrganismos seja absoluta o processo de esterilização a vapor deve permitir o calor, umidade e temperatura. Autoclaves - É equipamento no qual o material a ser esterilizados é colocado de forma a fazê-lo entrar em contato com o vapor de águas em altas temperaturas e pressão por um tempo determinado. (NBR, 9804) Autoclave Vertical - Na autoclave vertical o ar dentro e da câmara interna é removida por gravidade. A colocação de água na câmara feito de forma manual ao injetar vapor na câmara de esterilização, o ar sendo mais denso e removido por baixo pelo um processo lento e que favorece um processo lento e que favorece a presença e permanência do ar residual (NRB ISO 11.134-1) Esterilização - Cada item ou pacote deve ter uma etiqueta/identificação para controle. Cada ciclo deve-se um registro com as informações: - Numero de lote; - Conteúdo geral do lote ou carga; 14 - Tempo de exposição - Nome/inicial do operador; - Resultados de testes biológicos, caso tenha feito; - Resultados do indicado químico colocando no pacote de teste, caso tenha sido feiro. - Cada carga contendo indicadores biológicos devem ser utilizados rotineiramente nas cargas dos esterilizadores no mínimo semanalmente. Cada item deve conter etiquetas ou prazo de expiração da validade da esterilização, pacotes contendo indicadores biológicos devem ser utilizados durante os testes após a instalação dos esterilizadores e sempre que grandes consertos/reformas tenham sido feitos nos equipamentos, todos os esterilizadores a vapor devem ser biologicamente testados por ocasião de instalação e rotineiramente. Teste de ar residual deve ser feito a cada dia que o esterilizador for utilizado, antes do primeiro ciclo para terminar a eficiência do sistema esterilizador. Assim, a esterilização realizada por autoclave pode ser uma alternativa para área de estética e atividades correlatas. (Russel, 1992) Conclui-se que a eficácia do controle de infecção por meio da esterilização de instrumentais não depende somente dos métodos dos equipamentos ou dos produtos, mas essencialmente da capacitação dos profissionais envolvidos no processo. 15 3. OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância da biossegurança e o conhecimento para se colocar em prática na área da estética, trazendo consigo estratégias de total seguridade através da assepsia, esterilização, prevenção a serem aplicados em ambientes de trabalho, em cuidados pessoais, na manipulação de materiais biológicos, cuidados com equipamentos e superfícies, descarte/destino de materiais infectantes, manejo e amenização de riscos de acidentes que podem comprometer a vida e saúde dos indivíduos envolvidos em procedimentos estéticos, sejam eles garantindo a segurança a todos os pacientes e a equipe (trabalhadores) dentro de uma clínica ou salão. Pode também se dar créditos/afirmação em relação à higiene que o profissional/trabalhador deve-se obter ao atuar na área, tanto nas mãos, quanto roupas e materiais ou aparelhos dispostos na sala da clínica, fiscalizando para prevenir possíveis contágios, orientando e diminuindo riscos de trabalhos e infecções ao espaço físico, desde os equipamentos até os cosméticos registrados corretamente nos procedimentos oferecidos aos pacientes/clientes. Visando lecionar através de pesquisas bibliográficas e dados oponentes em livros e fontes confiáveis acadêmicas, conhecimentos científicos para melhor precisão ao construir com convicção o que queremos passar aos leitores como foco de orientação e aprendizado ao adquirirem este artigo 16 4. MATERIAIS E MÉTODOS Os métodos pesquisados sobre o tema deste trabalho foram realizados com o auxílio e a produção sobre o tema tratado (biossegurança), que foi obtido um conjunto de informações por sites acadêmicos, livros da biblioteca da faculdade, artigos e relatos. Afim de moldar uma pesquisa relatando a história da biossegurança, procedimentos, métodos, materiais e tecnologias que envolve a área da saúde e a importância desses procedimentos serem executados corretamente, para um benefício de funcionários e pacientes. 17 5. DISCUSSÃO Foram selecionadas dezessete publicações relacionadas às profissões de manicures/pedicures e barbeiro. O desconhecimento sobre biossegurança em relação ao descarte de perfurocortantes, condutas após acidentes com material biológico, mecanismos de transmissão microbiana e reprocessamento de materiais foi verificado. Destacou-se baixa adesão dos profissionais ao uso de equipamentos de proteção individual, à lavagem de mãos e à proteção vacinal. Espera-se que tais achados possam subsidiar reflexões sobre práticas seguras neste segmento, voltadas para profissionais e clientes. Quanto às recomendações de biossegurança, basicamente os estudos analisados tiveram como objetivo avaliar e descrever aspectos relacionados à baixa adesão e o pouco conhecimento dos profissionais evidenciados por: insuficiente quantidade de instrumentais para o atendimento dos clientes, o reuso de materiais descartáveis como as lâminas, a inadequada desinfecção e esterilização de instrumentais e equipamentos, o uso incorreto de oluções químicas desinfetantes, a inadequada assistência no pós trauma à pele e mucosas, o baixo índice de imunização contra o vírus de hepatite B (VHB) e desconhecimento da necessidade de vacinar, o incorreto descarte de materiais cortantes e perfurantes, o uso incorreto ou o não uso de equipamentos de proteção individual (EPI)e as falhas na prevenção de acidentes associado a más condições físicas e sanitárias dos locais. (Ladeira Garbaccio,2012) Foi realizado um levantamento entre profissionais, com um questionário contendo 13 questões avaliando a utilização rotineira da paramentação, medidas de esterilização e desinfecção na prática profissional. Resultados: Demonstrou-se que mais de 60% dos profissionais entrevistados utilizam EPI (equipamentos de proteção individual) de forma rotineiraem sua atividade clínica, com exceção ao uso de gorro, onde apenas 40% afirmam utilizá-lo em todos os procedimentos. Em relação aos procedimentos de esterilização,80% dos profissionais fazem uso de estufa e 20% autoclave. CONCLUSÕES: Embora haja conscientização dos entrevistados em relação às medidas de infecção cruzada, estes ainda não praticam as normas estabelecidas dentro de um rigor profissional, uma vez que foram detectadas falhas em alguns métodos mais primários de proteção individual, como o uso do gorro e do avental de chumbo cervical. A fim de auxiliar a superação de tais deficiências, evidencia-se a 18 necessidade da implementação de práticas de Biossegurança e da ampliação dos conhecimentos nesta área, visando ao controle de infecções e a consequente proteção profissional e dos pacientes. (Vicente Pereira, 2005) O gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, onde se inserem os gerados nos laboratórios, se constitui em um conjunto procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas normativas e legais com objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar o descarte seguro e eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e meio ambiente. O responsável técnico do laboratório pode ser o coordenador responsável pela elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), mas, quando sua formação profissional não abranger os conhecimentos necessários, este poderá ser assessorado por equipe de trabalho que possuam as qualificações correspondentes ou necessárias. (Larissa Barbosa, 2009). 19 6. CONCLUSÃO O descritivo refere-se a história da biossegurança e seus aspectos que estão muito presentes em nosso cotidiano, e a importância dos procedimentos e impactos que visam a evitar ou controlar os riscos provocados por uso de agentes químicos, agentes físicos e biológicos à biodiversidade. Envolve as relações de tecnologia com o risco para os seres humanos e o meio ambiente. Nesse sentido, o risco biológico será sempre decorrente de fatores diversos. Assim, seu controle depende de ações em muitas áreas, priorizando sempre o desenvolvimento e a divulgação de informações e procedimentos relativos às boas práticas de segurança, tanto para profissionais e pacientes, como também para o meio ambiente. Com base no estudo obtido, destacamos vantagens de seguir às normas de biossegurança, assim reduz os riscos inerentes à saúde dos trabalhadores. Uma atitude simples que é imprescindível, levando em consideração os tipos de materiais e de reagentes que eles utilizam, e como cada material deve ser descartado. Buscamos conscientizar casa indivíduo sobre a importância, dos métodos de descartes, utilização correta dos materiais e métodos envolvidos a saúde humana, hoje em dia existem diversas pesquisas que comprovam a eficácia dos métodos utilizados para esterilização de produtos, como por exemplo a autoclave, que é um dos métodos mais utilizados para matar qualquer tipo de vida microbiana. Muitos aspectos a biossegurança são passados despercebido no nosso dia a dia, ou até mesmo é executado de maneira incorreta, assim podendo prejudicar a saúde humana, e ambiental. Um conjunto de opiniões, artigos, pesquisas em sites acadêmicos e livros dentro da instituição de ensino, auxiliaram a moldar uma pesquisa com base nos métodos de biossegurança, e tudo que envolve a saúde humana, e profissionais que trabalham na área. Na maioria das vezes passa despercebido os cuidados que devemos tomar em relação a saúde, os métodos de descartes e as consequências que a falta de informação sobre o assunto pode causar a cada indivíduo. Por fim, esse tema nos conscientizou sobre a responsabilidade que existe dentro da biossegurança, os riscos que podemos provocar a saúde, e os cuidados certos que devem ser adquiridos, eficácia de toda pesquisa tecnológica feita. A importância sobre os métodos de descarte de cada material utilizado, esterilização e desinfecção de materiais. Muitas pessoas são leigas sobre o assunto e 20 consequentemente prejudicam a própria saúde, pois a biossegurança está inclusa no dia a dia de cada indivíduo. 21 ALBUQUERQUE, MARLI B. M. uma reflexão sobre as questões em torno da biossegurança. (1998) ANA CLARA FERREIRA VEIGA. Monitoramento de processos físicos de esterilização em hospitais do interior do estado de Goiás. 2011. BIOSSEGURANÇA E RISCO OCUPACIONAL ENTRE OS PROFISSIONAIS DO SEGMENTO DA BELEZA E ESTÉTICA. Enferm., Florianópolis 2013 BRASIL. Lei nº 12.592. dispõe sobre o exercício das atividades profissionais de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador. diário oficial da união, Brasília, df; 2012; 19 jan., p.1. CARLOS RIGHETTI, GOMES VIEIRA AUTOCLAVE: Aspectos de estrutura, funcionamento e validação São Paulo, 2012. COSTA, MARCO A. F. biossegurança da prática à legal. disponível em:<http://www.safetyguide.com.br/artigos/biosseg.htm>. 07 mai. 2012. (cf. anexo) DIANNA B, ET AL. segurança e controle de infecção. rio de janeiro, 2000. ERDTMANN KREUTZ, BERNADETTE. Gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde: biossegurança e o controle das infecções hospitalares. Texto & Contexto Enfermagem 2004. GARBACCIO, J., & OLIVEIRA, a riscos ocupacionais na estética. Florianópolis (2012). (JUSBRASIL, p.1) revista eletrônica de enfermagem. (2012) https://doi.org/10.5216/ree.v14i3.15018http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n3/v14n3a28 .htm MASTROENI, M, F. BIOSSEGURANÇA APLICADA A LABORATÓRIOS E SERVIÇOS DE SAÚDE. SÃO PAULO, 2006. MARLI B. M. DE ALBUQUERQUE NAVARRO, 2 TELMA ABDALLA DE OLIVEIRA CARDOSO) biossegurança e a dimensão subjetiva do trabalho e do risco. (1998) 22 PEDRO, T. E SILVA V. BIOSSEGURANÇA: uma abordagem multidisciplinar. 2, ed. rio de janeiro, 2010. BIOSSEGURANÇA E RISCO OCUPACIONAL ENTRE OS PROFISSIONAIS DO SEGMENTO DA BELEZA E ESTÉTICA. Enferm., Florianópolis 2013 1. INTRODUÇÃO 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1.1. Introdução a biossegurança 2.1.2. História da biossegurança 2.1.3. Riscos ocupacionais na estética 2.1.4. Gerenciamento e descarte de resíduos gerados em decorrência dos trabalhos com estética 2.2. MÉTODOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES, LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO UTILIZADOS NA ESTÉTICA 2.2.1 Métodos de prevenção, limpeza e desinfecção na estética. 2.2.2 Métodos de esterilização 3. OBJETIVOS 4. MATERIAIS E MÉTODOS 5. DISCUSSÃO 6. CONCLUSÃO
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