05. Estabelecimento Empresarial

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AULA DIA 13/05/2015
Estabelecimento Empresarial
Estabelecimento empresarial, que é sinônimo de fundo de comércio, é o complexo de bens reunidos para o desenvolvimento da atividade empresarial e possui valor próprio, distinto do valor dos bens que o compõe. O estabelecimento não é sinônimo de patrimônio. O patrimônio, por sua vez, é composto de bens valorados economicamente e o estabelecimento é composto apenas de bens utili-zados para o exercício da atividade.
O patrimônio é palpável ( podemos tocar) e possui um valor estimado. O patrimônio é o conjunto de bens e direitos, ou seja, o que a empresa possui e o que ela tem a receber.
O fundo de comércio não possui um valor estabelecido, o valor depende da saúde comercial da empresa. Representa o nome. A marca da empresa, o valor pode ser até inestimável.
A união desses bens organizados para possibilitar o exercício da atividade empresarial faz com que eles tenham um valor próprio, distinto do estabeleci-mento, considerado individualmente. Portanto, o fundo comercial ou estabele-cimento empresarial constitui uma universalidade de fatos, um conjunto de bens que se mantém unidos, destinados a um fim, por vontade e determinação de seu proprietário.
Os bens da empresa se dividem em bens corpóreos e incorpóreos.
Os bens corpóreos são aqueles que se caracterizam por ocupar espaço no mundo exterior. Exemplo disso são as máquinas, as mercadorias, as instalações, etc.
Os bens incorpóreos são as coisas imateriais, que não ocupam espaço no mundo exterior, são idéias, frutos de elaboração abstratas da inteligência. Exis-tem na consciência coletiva. Exemplos disso são as patentes das invenções, os modelos de utilidade, a marca e o desenho industrial.
	
Trespasse
O estabelecimento empresarial compõe o patrimônio do empresário, razão pela qual este tem livre disponibilidade sobre o fundo de comércio, ou seja, faz dele o que melhor entender. Por outro lado, considerando que integra o patrimô-nio do empresário, o estabelecimento empresarial é a garantia dos credores e a lei fixa determinadas condições para que possa ser alienado.
A alienação do estabelecimento empresarial poderá ser parcial e não precisará da concordância dos credores, caso restem bens suficientes para cumprir com as obrigações contraídas.
A alienação se for parcial, não precisará da concordância dos credores, desde que ainda sobre bens suficientes para quitar as obrigações (dívidas).
No caso de trespasse, situação em que são transferidos todos os bens que constituem a substancia da empresa para outro titular, o legislador, no Art. 1145 do código civil brasileiro, fixa como condição a concordância expressa ou tácita de todos os credores do empresário ou pagamento desses credores.
*Concordância expressa – acontece quando os credores informam de maneira clara que concordam com os termos estabelecidos.
*Concordância tácita – passado o prazo de discordância é considerado como houve concórdia do termos estabelecidos.
Obrigações Solidárias
Os débitos regularmente contabilizados responsabilizam solidariamente alienante e adquirente temporariamente. O alienante se mantém responsável pelos débitos anteriores a venda por um ano a contar da publicação da transfe-rência.
Em relação a obrigações solidárias, tanto o alienante e o adquirente tem responsabilidades sobre as obrigações da empresa, porém o alienante deixa de ter obrigações passado o período de um ano a partir da data de transferência.
Em se tratando de débito trabalhista, quem paga as obrigações é apenas o adquirente.