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1. Cargo: Auxiliar Técnico em Perícias 2. Disciplina: Direitos Humanos 3. Carga Horária: 12h 4. Período da Disciplina: 5. Ementa: Conceito e origem dos direitos humanos; O nascimento da ONU e a declaração universal dos Direitos Humanos; Características dos Direitos Humanos; O desenvolvimento dos Direitos Humanos no âmbito internacional; Sistemas de proteção de Direitos Humanos; Tratados internacionais de proteção de direitos humanos em espécie. 6. Objetivo: Proporcionar aos discentes conhecimentos gerais na disciplina de Direitos Humanos, com a finalidade de desenvolver adequadamente suas funções públicas dentro do marco de respeito e valorização dos direitos humanos. 7. Docente: Fernando Cavaleiro de Macedo 8. Currículo: Mestrando em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Direito Penal Econômico pela Universidade de Coimbra (UC/PT). Especialista em Direito Penal e Criminologia pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER), em parceria com o Instituto de Criminologia e Política Criminal (ICPC). Especialista em Direito Militar pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Pós-graduando em Ciências Criminais pelo Centro Universitário do Pará (CESUPA). Possui graduação em Direito pelo CESUPA. Membro do grupo de pesquisa "Garantismo em Movimento". Membro da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará. Tem experiência na área de Direito Penal, Direito Processual Penal e Criminologia. Advogado Criminalista. DIREITOS HUMANOS 1. Conceito de direitos humanos: São direitos subjetivos que se direcionam ao poder público e protegem valores fundamentais (KIRSTE, 2016). 1.1. São elementos desse do conceito: a) Direito Subjetivo: Exigências de um sujeito de direitos contra outro sujeito de direito sobre um determinado objeto de reivindicação (KIRSTE, 2016); b) Obrigação fundamental: proibição do Poder Público impedir o exercício de determinadas liberdades e limitação da competência do Poder Público para que não haja fora da lei (KIRSTE, 2016). 1.2. Os Direitos Humanos podem ser: a) Suprapositivos: não baseados em documentos jurídicos, servindo à realização de deveres morais (KIRSTE, 2016); b) Positivos: são acordados internacionalmente em declarações, convenções ou constituições (KIRSTE, 2016). 2. Raiz histórica dos Direitos Humanos: Segundo Flávia Piovesan (2016), os tratados internacionais de direitos humanos têm como fonte um campo do Direito extremamente recente, que é o Direito do pós-guerra, nascido como resposta às atrocidades e aos horrores cometidos pelo nazismo e pelo fascismo. 3. O ideal e a razão dos Direitos Humanos: O desenvolvimento dos direitos humanos, conforme Flávia Piovesan (2016), pode ser atribuído às monstruosas violações à dignidade humana durante a segunda guerra mundial, associada à crença da comunidade internacional de que parte dessas violações poderiam ser prevenidas, se um efetivo sistema de proteção internacional de direitos humanos existisse. 4. No que consiste o Direito Humanos: Os direitos humanos consistem em um sistema de normas internacionais, tuteladas por instituições desenvolvidas para implementar uma efetiva proteção da dignidade da pessoa humana em todos os países, no âmbito mundial (PIOVESAN, 2016). 5. O nascimento da ONU e a declaração universal dos Direitos Humanos: Flávia Piovesan (2016) ensina que, inspirada por estas concepções, surgiu, a partir do pós- guerra, em 1945, a Organização das Nações Unidas. Assim, no ano de 1948 é adotada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela aprovação unânime de 48 Estados, com 8 abstenções.1 6. Características dos Direitos Humanos: A Declaração de 1948 introduz a concepção contemporânea de direitos humanos, marcada pela universalidade e indivisibilidade desses direitos. 6.1. Por que ele são universais? Universalidade porque clama pela extensão universal dos direitos humanos, sob a crença de que a condição de pessoa é o requisito único para a titularidade de direitos, considerando o ser humano como um ser essencialmente moral, dotado de unicidade existencial e dignidade, esta como valor intrínseco à condição humana (PIOVESAN, 2016). 6.2. Por que eles são indivisíveis? Indivisibilidade porque a garantia dos direitos civis e políticos é condição para a observância dos direitos sociais, econômicos e culturais e vice-versa. Quando um deles é violado, os demais também o são (PIOVESAN, 2016). 7. O desenvolvimento dos Direitos Humanos no âmbito internacional: A partir da aprovação da Declaração Universal de 1948 e da concepção contemporânea de direitos humanos por ela introduzida, começa a se desenvolver uma espécie de Direito Internacional dos Direitos Humanos, mediante a adoção de inúmeros tratados internacionais voltados à proteção de direitos fundamentais (PIOVESAN, 2016). 8. O surgimento dos sistemas de proteção regional dos Direitos Humanos: Ao lado do sistema normativo global, surgiu o sistema normativo regional de proteção, que buscava internacionalizar os direitos humanos no plano regional, particularmente na Europa, América e África. Como exemplo disto, podemos citar a OEA (Organização dos Estados Americanos). 9.Sistema de proteção global + Sistema de proteção regional: Consolidou-se, assim, a convivência do sistema global com instrumentos do sistema regional, por 1 A Declaração Universal foi aprovada pela Resolução 217 A (III), da Assembléia Geral, em 10 de dezembro de 1948, por 48 votos a zero e oito abstenções. Os oito Estados que se abstiveram foram: Bielorússia, Checoslováquia, Polônia, Arábia Saudita, Ucrânia, União Soviética, África do Sul e Iugoslávia. Observe-se que em Helsinki, em 1975, no Ato Final da Conferência sobre Seguridade e Cooperação na Europa, os Estados comunistas da Europa expressamente aderiram à Declaração Universal. sua vez integrado pelos sistemas interamericano, europeu e africano de proteção aos direitos humanos (PIOVESAN, 2016). 10. A complementariedade entre o sistema global e o sistema regional de Direitos Humanos: Conforme ensina Flávia Piovesan (2016), os sistemas global e regional não são dicotômicos, mas sim complementares. Eles são inspirados pelos valores e princípios da Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH), compondo, portanto, o universo dos instrumentais de proteção dos direitos humanos no plano internacional. Por isso, em face desse complexo universo de instrumentos internacionais, cabe ao indivíduo que sofreu violação de direito a escolha do aparato mais favorável, tendo em vista que, eventualmente, direitos idênticos são tutelados por dois ou mais instrumentos de alcance global ou regional, ou ainda, de alcance geral ou especial. Nesta ótica, os diversos sistemas de proteção de direitos humanos interagem em benefício dos indivíduos protegidos. 11. Quando o Brasil passou a ratificar tratados de Direitos Humanos? No que se refere à posição do Brasil em relação ao sistema internacional de proteção dos direitos humanos, observa-se que somente a partir do processo de democratização do país, deflagrado em 1985, é que o Estado brasileiro passou a ratificar relevantes tratados internacionais de direitos humanos. O marco inicial do processo de incorporação de tratados internacionais de direitos humanos pelo Direito brasileiro foi a ratificação, em 1989, da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes (PIOVESAN, 2016). 12. Tratados internacionais de proteção de direitos humanos em espécie: 12.1. Tratados aprovados2 pelo Brasil: 12.1.1. Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 – Sistema Global: ARTIGOS SELECIONADOS: Artigo 1° Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns2 A Constituição Federal de 1988 prescreve, no artigo 84, que “compete privativamente ao President e da República: (...) VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional”, e o artigo 21 estabelece como sendo competência da União manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais. Dispõe o artigo 49 que “é da competência exclusiva do Congresso Nacional: I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional”. A forma da autorização parlamentar é o decreto legislativo do Congresso Nacional, pelo que, assinado o tratado pelo presidente da República, aprovado pelo Congresso Nacional, mediante decreto legislativo, segue-se a sua ratificação para realmente se incorporar ao Direito brasileiro. para com os outros em espírito de fraternidade. (princípio de liberdade, igualdade e fraternidade) Artigo 2° Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania. (Universalidade e indivisibilidade dos Direitos Humanos) Artigo 3° Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. (Direito à VIDA, LIBERDADE E SEGURANÇA PESSOAL) Artigo 4° Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos. (Proibição da escravidão) Artigo 5° Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. (Princípio da humanidade das penas) Artigo 6° Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica.(direito ao reconhecimento da personalidade) Artigo 7° Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. (vedação da discriminação) Artigo 8° Toda a pessoa tem direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais competentes contra os atos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei.(Princípio da indeclinabilidade da jurisdição) Artigo 9° Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. (Vedação da prisão arbitrária) Artigo 10° Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.(Direito à um juiz equidistante, independente e natural ->GARANTIA DA IMPARCIALIDADE) Artigo 11° 1. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas. (garantia do contraditório, devido processo e presunção de inocência) 2. Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam ato delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido.(Princípio da irretroatividade da lei Penal) Artigo 12° Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei. (Direito à intimidade). 12.1.2. Declaração Americana do Direitos e Deveres do Homem de 1948 - Sistema Regional: ARTIGOS SELECIONADOS: Artigo 1º Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança de sua pessoa. (Direito à vida, liberdade e à segurança) Artigo 2º Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm os direitos e deveres consagrados nesta declaração, sem distinção de raça, língua, crença, ou qualquer outra. (Princípio da igualdade) Artigo 5º Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra os ataques abusivos à sua honra, à sua reputação e à sua vida particular e familiar. (Direito à honra e à PRIVACIDADE) Artigo 9º Toda pessoa tem direito à inviolabilidade do seu domicílio. (Direito à inviolabilidade do domicílio) Artigo 10º Toda pessoa tem o direito à inviolabilidade e circulação da sua correspondência. (Direito à inviolabilidade da correspondência) Artigo 17º Toda pessoa tem direito a ser reconhecida, seja onde for, como pessoa com direitos e obrigações, e a gozar dos direitos civis fundamentais. (Direito ao reconhecimento de ser pessoa e sujeito de direitos em qualquer lugar ou país) Artigo 18º Toda pessoa pode recorrer aos tribunais para fazer respeitar os seus direitos. Deve poder contar, outrossim, com processo simples e breve, mediante o qual a justiça a proteja contra atos de autoridade que violem, em seu prejuízo, qualquer dos direitos fundamentais consagrados constitucionalmente. (Princípio da indeclinabilidade da jurisdição) Artigo 24º Toda pessoa tem o direito de apresentar petições respeitosas a qualquer autoridade competente, quer por motivo de interesse geral, quer de interesse particular, assim como o de obter uma solução rápida. (Direito de petição/Direito à razoável duração do processo) Artigo 25º Ninguém pode ser privado da sua liberdade, a não ser nos casos previstos pelas leis e segundo as praxes estabelecidas pelas leis já existentes. Ninguém pode ser preso por deixar de cumprir obrigações de natureza claramente civil. Todo indivíduo, que tenha sido privado da sua liberdade, tem o direito de que o juiz verifique sem demora a legalidade da medida, e de que o julgue sem protelação injustificada, ou, no caso contrário, de ser posto em liberdade. Tem também direito a um tratamento humano durante o tempo em que o privarem da sua liberdade. (Princípio da humanidade da pena/Direito a um devido processo lega/Direito à irretroatividade da lei penal/Impossibilidade da prisão por dívidas/Direito à um julgamento justo e rápido) Artigo 26º Parte-se do princípio que todo acusado é inocente, até que se prove sua culpabilidade. Toda pessoa acusada de um delito tem o direito de ser ouvida numa forma imparcial e pública, de ser julgada por tribunais já estabelecidos de acordo com leis preexistentes, e de que se lhe não inflijam penas cruéis, infamantes ou inusitadas. (Direito à presunção de inocência/Direito a um julgamento imparcial por um juiz natural/Direito à humanidade penal) Artigo 28º Os direitos do homem estão limitados pelos direitos do próximo, pela segurança de todos e pelas justas exigências do bem-estar geral e do desenvolvimento democrático. (As justas possibilidades de limitação aos direitos). 12.2. Tratados Internacionais de proteção de Direitos Humanos Ratificados3 pelo Brasil 12.2.1 Sistema Global: 12.2.1.1 Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos de 1996: ARTIGOS SELECIONADOS: Artigo 2 1. Os Estados Partes do presente pacto comprometem-se a respeitar e garantir a todos os indivíduos que se achem em seu território e que estejam sujeitos a sua jurisdição os direitos reconhecidos no presente Pacto, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo. língua, religião,opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer condição. (compromisso dos Estados-Parte de respeitarem os Direitos Humanos) 2. Na ausência de medidas legislativas ou de outra natureza destinadas a tornar efetivos os direitos reconhecidos no presente Pacto, os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a tomar as providências necessárias com vistas a adotá-las, levando em consideração seus respectivos procedimentos constitucionais e as disposições do presente Pacto. 3. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a: a) Garantir que toda pessoa, cujos direitos e liberdades reconhecidos no presente Pacto tenham sido violados, possa de um recurso efetivo, mesmo que a violência tenha sido perpetra por pessoas que agiam no exercício de funções oficiais; b) Garantir que toda pessoa que interpuser tal recurso terá seu direito determinado pela competente autoridade judicial, administrativa ou legislativa ou por qualquer outra autoridade competente prevista no ordenamento jurídico do Estado em questão; e a desenvolver as possibilidades de recurso judicial; c) Garantir o cumprimento, pelas autoridades competentes, de qualquer decisão que julgar procedente tal recurso. 3 No Brasil, a competência para incorporação ou consentimento definitivo do tratado internacional é compartilhada entre o Legislativo e o Executivo, com atuação específica de cada Poder, nos termos expressos da Constituição de 1988, passando por aprovação e promulgação, em três fases distintas, a saber: a celebração, o referendo ou aprovação e a promulgação. A celebração é ato da competência privativa do Presidente da República (Constituição de 1988, art. 84, inciso VIII), a aprovação ou referendo é da competência exclusiva do Congresso Nacional (Constituição, art. 49, inciso I; art. 84, inciso VIII), e a promulgação é da competência privativa do Presidente da República (Constituição de 1988, art. 84, inciso IV). Importante destacar que por disposição expressa do art. 5.º, § 3.º, da Constituição Federal, introduzido pela Emenda Constitucional n.º 45, de 8 de dezembro de 2004, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados, em dois turnos, por três quintos dos votos dos membros da cada Casa do Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas constitucionais. Artigo 3 Os Estados Partes no presente Pacto comprometem-se a assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de todos os direitos civis e políticos enunciados no presente Pacto (princípio da igualdade) Artigo 6 (Direito à vida) 1. O direito à vida é inerente à pessoa humana. Esse direito deverá ser protegido pela lei. Ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida. (Direito a não ser morto) 2. Nos países em que a pena de morte não tenha sido abolida, esta poderá ser imposta apenas nos casos de crimes mais graves, em conformidade com legislação vigente na época em que o crime foi cometido e que não esteja em conflito com as disposições do presente Pacto, nem com a Convenção sobra a Prevenção e a Punição do Crime de Genocídio. Poder-se-á aplicar essa pena apenas em decorrência de uma sentença transitada em julgado e proferida por tribunal competente. (Possibilidade muito restrita de pena de morte) 3. Quando a privação da vida constituir crime de genocídio, entende-se que nenhuma disposição do presente artigo autorizará qualquer Estado Parte do presente Pacto a eximir- se, de modo algum, do cumprimento de qualquer das obrigações que tenham assumido em virtude das disposições da Convenção sobre a Prevenção e a Punição do Crime de Genocídio. (Caso de genocídio) 4. Qualquer condenado à morte terá o direito de pedir indulto ou comutação da pena. A anistia, o indulto ou a comutação da pena poderá ser concedido em todos os casos. (Direitos da pessoa condenada a pena de morte) 5. A pena de morte não deverá ser imposta em casos de crimes cometidos por pessoas menores de 18 anos, nem aplicada a mulheres em estado de gravidez. (pessoas que não podem ser submetidas à pena de morte) 6. Não se poderá invocar disposição alguma do presente artigo para retardar ou impedir a abolição da pena de morte por um Estado Parte do presente Pacto. Artigo 7 Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes. Será proibido sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu livre consentimento, a experiências médias ou cientificas. (Princípio da humanidade das penas/Vedação de tortura) Artigo 9 1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pessoais. Ninguém poderá ser preso ou encarcerado arbitrariamente. Ninguém poderá ser privado de liberdade, salvo pelos motivos previstos em lei e em conformidade com os procedimentos nela estabelecidos. (Direito à liberdade e à segurança pessoal/Vedação à prisão arbitrária) 2. Qualquer pessoa, ao ser presa, deverá ser informada das razões da prisão e notificada, sem demora, das acusações formuladas contra ela. (Direito à informação sobre sua prisão) 3. Qualquer pessoa presa ou encarcerada em virtude de infração penal deverá ser conduzida, sem demora, à presença do juiz ou de outra autoridade habilitada por lei a exercer funções judiciais e terá o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade. A prisão preventiva de pessoas que aguardam julgamento não deverá constituir a regra geral, mas a soltura poderá estar condicionada a garantias que assegurem o comparecimento da pessoa em questão à audiência, a todos os atos do processo e, se necessário for, para a execução da sentença. (Audiência de custódia/Direito à medidas alternativas à prisão/Duração razoável do processo) 4. Qualquer pessoa que seja privada de sua liberdade por prisão ou encarceramento terá o direito de recorrer a um tribunal para que este decida sobre a legislação de seu encarceramento e ordene sua soltura, caso a prisão tenha sido ilegal. (Inafastabilidade da jurisdição e direito ao recurso penal) 5. Qualquer pessoa vítima de prisão ou encarceramento ilegais terá direito à reparação. Artigo 10 1. Toda pessoa privada de sua liberdade deverá ser tratada com humanidade e respeito à dignidade inerente à pessoa humana. (princípio da humanidade das penas) 2. a) As pessoas processadas deverão ser separadas, salvo em circunstâncias excepcionais, das pessoas condenadas e receber tratamento distinto, condizente com sua condição de pessoa não-condenada. (Dever dos Estados de separar os tipos de preso) b) As pessoas processadas, jovens, deverão ser separadas das adultas e julgadas o mais rápido possível. (prioridade do julgamento de jovens/jovens e adultos não podem cumprir pena juntos) 3. O regime penitenciário consistirá num tratamento cujo objetivo principal seja a reforma e a reabilitação normal dos prisioneiros. Os delinquentes juvenis deverão ser separados dos adultos e receber tratamento condizente com sua idade e condição jurídica. (Disposição que consagra a ideologia penal da prevenção especial positiva) Artigo 11 Ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação contratual. (Vedação da prisão por dívidas) Artigo 12 1. Toda pessoa que se ache legalmente no território de um Estado terá o direito de nele livremente circular e escolher sua residência. (Direito à liberdade de locomoção) 2. Toda pessoa terá o direito de sair livremente de qualquer país, inclusive de seu próprio país. 3. os direitos supracitados não poderão em lei e no intuito de restrições, a menos que estejam previstas em lei e no intuito de proteger a segurança nacional e a ordem, a saúde ou a moral pública, bem como os direitos e liberdades das demais pessoas, e que sejam compatíveis com os outros direitos reconhecidos no presente Pacto. 4. Ninguém poderá ser privado arbitrariamentedo direito de entrar em seu próprio país. Artigo 14 1. Todas as pessoas são iguais perante os tribunais e as cortes de justiça. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida publicamente e com devidas garantias por um tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido por lei, na apuração de qualquer acusação de caráter penal formulada contra ela ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil. A imprensa e o público poderão ser excluídos de parte da totalidade de um julgamento, quer por motivo de moral pública, de ordem pública ou de segurança nacional em uma sociedade democrática, quer quando o interesse da vida privada das Partes o exija, que na medida em que isso seja estritamente necessário na opinião da justiça, em circunstâncias específicas, nas quais a publicidade venha a prejudicar os interesses da justiça; entretanto, qualquer sentença proferida em matéria penal ou civil deverá torna-se pública, a menos que o interesse de menores exija procedimento oposto, ou processo diga respeito à controvérsia matrimoniais ou à tutela de menores. (Hipótese de restrição da publicidade/Garantia da imparcialidade/Igualdade formal/Direito ou garantia de um juiz imparcial) 2. Toda pessoa acusada de um delito terá direito a que se presuma sua inocência enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. (Direito à presunção de inocência) 3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualmente, a, pelo menos, as seguintes garantias: (Garantias do acusado criminal) a) De ser informado, sem demora, numa língua que compreenda e de forma minuciosa, da natureza e dos motivos da acusação contra ela formulada; (Direito de saber qual a imputação há contra si) b) De dispor do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa e a comunicar-se com defensor de sua escolha; (Razoável duração do processo e direito à escolher seu defensor) c) De ser julgado sem dilações indevidas; (duração razoável do processo) d) De estar presente no julgamento e de defender-se pessoalmente ou por intermédio de defensor de sua escolha; de ser informado, caso não tenha defensor, do direito que lhe assiste de tê-lo e, sempre que o interesse da justiça assim exija, de ter um defensor designado ex-offício gratuitamente, se não tiver meios para remunerá-lo; (Direito à autodefesa é a defesa técnica/Direito à assistência judiciária gratuita) e) De interrogar ou fazer interrogar as testemunhas de acusação e de obter o comparecimento e o interrogatório das testemunhas de defesa nas mesmas condições de que dispõem as de acusação; (garantia da paridade de armas) f) De ser assistida gratuitamente por um intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua empregada durante o julgamento; g) De não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada. (Direito à não auto-incriminação) 4. O processo aplicável a jovens que não sejam maiores nos termos da legislação penal em conta a idade dos menos e a importância de promover sua reintegração social. 5. Toda pessoa declarada culpada por um delito terá direito de recorrer da sentença condenatória e da pena a uma instância superior, em conformidade com a lei. (Direito ao recurso e ao duplo grau de jurisdição) 6. Se uma sentença condenatória passada em julgado for posteriormente anulada ou se um indulto for concedido, pela ocorrência ou descoberta de fatos novos que provem cabalmente a existência de erro judicial, a pessoa que sofreu a pena decorrente desse condenação deverá ser indenizada, de acordo com a lei, a menos que fique provado que se lhe pode imputar, total ou parcialmente, a não revelação dos fatos desconhecidos em tempo útil. (Direito à indenização civil por erro judicial) 7. Ninguém poderá ser processado ou punido por um delito pelo qual já foi absorvido ou condenado por sentença passada em julgado, em conformidade com a lei e os procedimentos penais de cada país. (proibição do bis in idem) Artigo 15 1. ninguém poderá ser condenado por atos omissões que não constituam delito de acordo com o direito nacional ou internacional, no momento em que foram cometidos. Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a aplicável no momento da ocorrência do delito. Se, depois de perpetrado o delito, a lei estipular a imposição de pena mais leve, o delinqüente deverá dela beneficiar-se. (Irretroatividade da lei penal in pejus e ultratividade da lei penal in melius) 2. Nenhuma disposição do presente Pacto impedirá o julgamento ou a condenação de qualquer individuo por atos ou omissões que, momento em que forma cometidos, eram considerados delituosos de acordo com os princípios gerais de direito reconhecidos pela comunidade das nações. Artigo 16 Toda pessoa terá direito, em qualquer lugar, ao reconhecimento de sua personalidade jurídica. (Direito à personalidade jurídica) Artigo 17 1. Ninguém poderá ser objetivo de ingerências arbitrárias ou ilegais em sua vida privada, em sua família, em seu domicílio ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais às suas honra e reputação. (Direito à intimidade/proteção contra ataques à honra pessoal) 2. Toda pessoa terá direito à proteção da lei contra essas ingerências ou ofensas. (proteção da honra) Artigo 19 1. ninguém poderá ser molestado por suas opiniões. (direito de não ser agredido por suas opiniões) 2. Toda pessoa terá direito à liberdade de expressão; esse direito incluirá a liberdade de procurar, receber e difundir informações e idéias de qualquer natureza, independentemente de considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, em forma impressa ou artística, ou por qualquer outro meio de sua escolha. (direito à liberdade de expressão) 3. O exercício do direito previsto no parágrafo 2 do presente artigo implicará deveres e responsabilidades especiais. Conseqüentemente, poderá estar sujeito a certas restrições, que devem, entretanto, ser expressamente previstas em lei e que se façam necessárias para: (hipóteses de restrição da liberdade de expressão) a) assegurar o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas; b) proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde ou a moral públicas. Artigo 20 1. Será proibida por lei qualquer propaganda em favor da guerra. (vedação da propaganda de guerra) 2. Será proibida por lei qualquer apologia do ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade ou a violência. (vedação da apologia ao ódio e à discriminação) Artigo 26 Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem discriminação alguma, a igual proteção da Lei. A este respeito, a lei deverá proibir qualquer forma de discriminação e garantir a todas as pessoas proteção igual e eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer outra situação. (princípio da igualdade formal) Artigo 27 Nos Estados em que haja minorias étnicas, religiosas ou lingüísticas, as pessoas pertencentes a essas minorias não poderão ser privadas do direito de ter, conjuntamente com outros membros de seu grupo, sua própria vida cultural, de professar e praticar sua própria religião e usar sua própria língua. (pacto de não agressão contra minorias) 12.2.2. Sistema Regional Interamericano: 12.2.2.1 Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1969 (Pacto de San José da Costa Rica): ARTIGOS SELECIONADOS: Artigo 1 - Obrigação de respeitar os direitos 1. Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacionalou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social. (compromisso dos Estados de respeitarem os direitos) 2. Para os efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser humano. (conceito de pessoa para a Convenção) Artigo 2 - Dever de adotar disposições de direito interno Se o exercício dos direitos e liberdades mencionados no artigo 1 ainda não estiver garantido por disposições legislativas ou de outra natureza, os Estados Partes comprometem-se a adotar, de acordo com as suas normas constitucionais e com as disposições desta Convenção, as medidas legislativas ou de outra natureza que forem necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades. Artigo 7 - Direito à liberdade pessoal 1.Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pessoais. 2. Ninguém pode ser privado de sua liberdade física, salvo pelas causas e nas condições previamente fixadas pelas constituições políticas dos Estados Partes ou pelas leis de acordo com elas promulgadas. (Princípio da legalidade) 3. Ninguém pode ser submetido a detenção ou encarceramento arbitrários. (vedação das prisões arbitrárias) 4. Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da sua detenção e notificada, sem demora, da acusação ou acusações formuladas contra ela. (Direito a informação sobre a acusação) 5. Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo. (Garantia da audiência de custódia/Razoável duração do processo) 6. Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção e ordene sua soltura se a prisão ou a detenção forem ilegais. Nos Estados Partes cujas leis prevêem que toda pessoa que se vir ameaçada de ser privada de sua liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente a fim de que este decida sobre a legalidade de tal ameaça, tal recurso não pode ser restringido nem abolido. O recurso pode ser interposto pela própria pessoa ou por outra pessoa. (Direito ao recurso e ao duplo grau de jurisdição) 7. Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar. (Vedação da prisão por dívidas) Artigo 8 - Garantias judiciais 1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. (Direito a um juiz eqüidistante e independente) 2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: (garantia da prevenção de inocência) a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por tradutor ou intérprete, se não compreender ou não falar o idioma do juízo ou tribunal; (direito a um interprete se não fala a língua) b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada; (saber qual a acusação que há contra si) c) concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados para a preparação de sua defesa; (duração razoável do processo) d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor; (Direito a defesa técnica e a autodefesa/direito a conversar individualmente com um advogado) e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei; (Direito a um defensor público) f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos; (Direito a indicar e produzir provas) g) direito de não ser obrigado a depor contra si mesma, nem a declarar-se culpada; (direito a não auto-incriminação) e; h) direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior. (direito ao duplo grau de jurisdição e ao recurso) 3. A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza. (garantia contra a tortura ou qualquer coação para confessar) 4. O acusado absolvido por sentença passada em julgado não poderá ser submetido a novo processo pelos mesmos fatos. (proibição do bis in idem) 5. O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça. (publicidade do processo penal) Artigo 9 - Princípio da legalidade e da retroatividade Ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que, no momento em que forem cometidas, não sejam delituosas, de acordo com o direito aplicável. Tampouco se pode impor pena mais grave que a aplicável no momento da perpetração do delito. Se depois da perpetração do delito a lei dispuser a imposição de pena mais leve, o delinqüente será por isso beneficiado. Artigo 10 - Direito a indenização Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário. Artigo 11 - Proteção da honra e da dignidade 1. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade. 2. Ninguém pode ser objeto de ingerências arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, na de sua família, em seu domicílio ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais à sua honra ou reputação. (Direito à intimidade) Artigo 24 - Igualdade perante a lei Todas as pessoas são iguais perante a lei. Por conseguinte, têm direito, sem discriminação, a igual proteção da lei. Artigo 25 - Proteção judicial contra violação da Constituição, da Lei e desta Convenção 1. Toda pessoa tem direito a um recurso simples e rápido ou a qualquer outro recurso efetivo, perante os juízes ou tribunais competentes, que a proteja contra atos que violem seus direitos fundamentais reconhecidos pela constituição, pela lei ou pela presente Convenção, mesmo quando tal violação seja cometida por pessoas que estejam atuando no exercício de suas funções oficiais. (Inafastabilidade da jurisdição) 2. Os Estados Partes comprometem-se: a) a assegurar que a autoridade competente prevista pelo sistema legal do Estado decida sobre os direitos de toda pessoa que interpuser tal recurso; b) a desenvolver as possibilidades de recurso judicial; e c) a assegurar o cumprimento, pelas autoridades competentes, de toda decisão em que se tenha considerado procedente o recurso. 3. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais ingerências ou tais ofensas. 13. Considerações finais: Segundo Flávia Piovesan (2016), faz-se clara a relação entre o processo de democratização no Brasil e o processo de incorporação de relevantes instrumentos internacionais de proteção dos direitos humanos, tendo em vista que, se o processo de democratização permitiu a ratificação de relevantes tratados de direitos humanos, por sua vez essa ratificação permitiu o fortalecimento do processo democrático, através da ampliação e do reforço do universo de direitos por ele assegurado. REFERÊNCIAS: KIRSTE, Stephan. Dignidade humana e direitos humanos: ontologia ouconstrutivismo dos direitos humanos. Hendu – Revista Latino-Americana de Direitos Humanos, v. 7, n. 1, ago. 2018. PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. São Paulo: Saraiva, 2016. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). O que são direitos humanos. Disponível em: . Acesso em: agosto de 2020.