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portifolio psicologia da educação

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA – 1º E 2º SEMESTRE FLEX
SILENE MARTINS DA CUNHA
O PROFESSOR E SUA ABORDAGEM TEÓRICA
Anápolis
2015
SILENE MARTINS DA CUNHA
O PROFESSOR E SUA ABORDAGEM TEÓRICA
Produção textual intersciplinar e individual apresentada ao 1º e 2º semestre do curso Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial a aprovação no curso.
Disciplinas: Psicologia da Educação; Educação Sociedade e Práxis Educativa; Políticas Públicas na Educação Básica; Teorias e Práticas do Currículo; Prática Pedagógica Interdisciplinar: escola e sociedade; Seminário Interdisciplinar II.
Professores: Regina Celia Adamuz; Wilson Sanches; Lucy Mara Conceição; Mari Clair Moro Nascimento; Luciane Bianchini; Fabiane Thais Muzardo.
Anápolis
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO						 03
O PROFESSOR E SUA ABORDAGEM TEÓRICA			 04
CONSIDERAÇÕES FINAIS					 07
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS				 08
INTRODUÇÃO
	A presente produção textual interdisciplinar foi elaborada com o objetivo de identificar a perspectiva de um professor quanto à abordagem teórica que ele se utiliza na sala de aula ao efetivar a sua prática pedagógica.
	O trabalho se justifica pela necessidade de complementar os conhecimentos construídos pelo aluno de Pedagogia no decorrer do curso, para que se torne um profissional devidamente capacitado consoante às novas perspectivas educacionais.
	Visando atingir o objetivo delimitado, bem como de cumprir sua função social de favorecer a formação profissional, o trabalho foi elaborado à partir de uma metodologia que se baseou em primeiro plano numa entrevista com uma professora atuante, por meio da qual pode-se visualiar suas concepções sobre aprender, ensinar e avaliar. Em seguida foi realizada uma pesquisa bibliográfica, por meio da qual procurou-se selecionar conteúdos conceituais comprovadores dos dados empíricos obtidos.
	Confrontando-se dados teóricos e empíricos foi possível observar que os integrantes do processo ensino-aprendizagem mudaram muito nas últimas décadas, em especial após o advento da Lei n. 9.394/96, que consolidou a proposta educacional sociointeracionista. Nesse enfoque o ensianr está diretamente vinculado ao mediar, o aprender a autoconstrução do conhecimento pelo aluno e o avaliar a uma perspectiva preponderantemente qualitativa. 
O PROFESSOR E SUA ABORDAGEM TEÓRICA
	Visando delinear a abordagem teórica de um profissional docente, foi realizada um entrevista com uma professora que atua a 15 anos na rede municipal de ensino da cidade de Anápolis no Estado de Goiás, que será denominada nesse trabalho V.R.R.M. 
	A profissional entrevistada tem 45 anos, é formada em Pedagogia e especialista em Administração Educacional. Ela trabalha quarenta horas semanais na escola no 3º ano do Ensino Fundamental.
	Posteriormente às questões de identificação foram feitas perguntas com o objetivo de identificar a abordagem teórica da entrevistada acerca de conceitos fundamentais da atuação profissional, como ensinar, aprender e avaliar.
	De acordo com V.R.R.M ensinar é favorecer o desenvolvimento do aluno, leva-lo a se descobrir, a descobrir o meio que o cerca e a formar conhecimentos a partir desse contato. A entrevistada destaca porém, que essa ação deve ir além da mera transmissão de informações conceituais, que estão disponíveis nos meios de comunicação e na atualidade não dependente exclusivamente da ação do professor.
	Em relação ao aprender é importante destacar que:
Sendo o aprender um acontecimento, ele demanda presença, demanda que o aprendiz nele se coloque por inteiro. E exige relação com o outro. Entrar em contato, em sintonia com os signos é relacionar-se, deixar-se afetar por eles, na mesma medida em que os afeta e produz outras afecções (GALLO, 2012, p. 6).
	É fundamental que o ensinar contemple conteúdos atitudinais e procedimentais, que são o saber ser e o saber fazer. V.R.R.M destacou no decorrer da entrevista, que realiza seu processo de ensino mediando conhecimentos e direcionando os alunos para um emprego adequado dos conhecimentos obtidos. 
	Aprender na concepção de V.R.R.M vai além de simplesmente acumular informações, envolvendo fundamentalmente a capacidade de saber utilizar no cotidiano os conhecimentos aprendidos, sejam eles conceituais, atitudinais e/ou procedimentais. “Fica claro que o modo como os professores realizam sou trabalho, selecionam e organizam o conteúdo das matérias, ou escolhem técnicas de ensino e avaliação tem a ver com pressupostos teórico-metodológicos, explícita ou implicitamente” (LIBÂNEO [s/d], p. 3).
	Aprender é algo ampla, conforme os aspectos expostos a seguir:
A promoção do desenvolvimento de funções psicológicas admite a anterioridade do processo de aprender, que acontece na relação com um parceiro mais capaz, que oferece a ajuda. Ajudar é possibilitar o fazer com; é dialogar, portanto. Se o ajudante for o professor, a ajuda é planejada e sistemática, pois o seu impacto no aluno é esperado como realização, conforme já dissemos. Logo, é preciso conhecer o que já há; novamente, o diálogo (THUNES; TACCA; BARTHOLO JÚNIOR, 2005, p. 694).
	Avaliar é outro aspecto que para V.R.R.M se distingue da concepção tradicional e tecnicista, visto que em consonância com as novas perspectivas de ensino deve-se avaliar primeiramente para conhecer a zona de desenvolvimento real dos alunos para a partir dessa informação, determinar a zona de desenvolvimento proximal. Assim, tem-se a avaliação diagnóstica. No mesmo sentido a avaliação é exerce um papel formador, de forma que os alunos podem aprender enquanto são avaliados.
	Em uma avaliação formativa é importante a devolução do processo de aprendizagem à criança, isto é, o retorno que o professor dá para as crianças a respeito de suas conquistas e daquilo que já aprenderam. Por exemplo: “Você já sabe escrever o seu nome”, “Você já consegue falar o nome do seu amigo”, “Você já consegue ler o nome de fulano” etc. É imprescindível que os parâmetros de avaliação tenham estreita relação com as situações didáticas propostas às crianças (BRASIL, 1998, p. 157).
	Durante a entrevista V.R.R.M destacou que realiza avaliações para poder planejar suas aulas, assim, está continuamente avaliando os alunos, para conhecer o potencial em que se encontram e delinear que habilidades precisa desenvolver. A professora ressaltou que os instrumentos avaliativos que utiliza são os tradicionais provas e testes, mas sob uma outra perspectiva, por meio de questões contextualizada, com muita interpretação e pesquisa, assim como com espaço para abordagens pessoais pelos alunos na expressão de seus conhecimentos.
	V.R.R.M ressaltou no decorrer da entrevista, que se não houvesse feedback a avaliação não se justificaria, pois é necessário que os alunos vejam os erros que estão cometendo, para então, ter condições de corrigi-los. Contudo enfatizou a necessidade de realizar tal devolutiva sem constranger os alunos.
	Foi possível constatar que o V.R.R.M tem empregado uma abordagem sócio interacionista em suas aula, valorizando o que o aluno já possui, sua capacidade ativa na construção de seus conhecimentos, atuando como mediador e orientador do processo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Após a realização da coleta dos dados empíricos por meio da entrevista com a professora V.R.R.M foi possível constatar que a concepção teórica desta profissional da Pedagogia é compatível com as propostas contemporâneas de educação.
	Para V.R.R.M ensinar vai além de depositar conhecimentos e transcende a aula meramente expositiva. Ensinar é tornar o sujeito autônomo, capaz de gerar conhecimento à partir de informações obtidas dos mais variados meios de comunicação. Assim destaca-se um enfoque atitudinal e procedimental em detrimento ao conteudinal.
	Desta forma V.R.R.M entende que aprender é uma ação quecompete ao aluno enquanto sujeito, devendo este valer-se da mediação do professor para transformar informações em conhecimentos e aplicar estes em sua vivência cotidiana.
	No mesmo enfoque esta a concepção de V.R.R.M sobre avaliação, que segundo ela deve ser fundamentalmente qualitativa, com destaque nas modalidades diagnóstica e formativa em detrimento da quantitativa. Pois o que interessa é o feedback proveniente do ato de avaliar, visando gerar melhorias, aprimoramento e aperfeiçoamento das habilidades. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998, 3v.
GALLO, Sílvio. As múltiplas dimensões do aprender. Congresso de Educação Básica: aprendizagem e currículo, 2012.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. [s/d]. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/0B3GQrRvm4KXONjhCUDNsd3gweXM/view?pli=1>. Acesso em: 16 set. 2015.
THUNES, Elizabeth; TACCA, Maria Carmen V. R; BARTHOLO JÚNIOR, Roberto dos Santos. O professor e o ato de ensinar. Cadernos de pesquisa, v. 35, n. 126, p. 689-698, set/dez, 2005.

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