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FEAD 
Curso de Direito
Notas de aulas sobre Economia
Prof. Msc. Gil Teixeira da Silva Filho
Parte 1
ECONOMIA: Definições, origens e aplicações
Quando uma pessoa comum ouve falar no termo Economia, qualquer tipo de imagem pode se configurar em sua mente: corretores de bolsas de valores atuando nas suas organizações, encontro de cúpula de ministros de economia de diversos países discutindo crise financeira mundial, reportagens televisas tratando de inflação, taxas de juros, desvalorização cambial, aumento de preços de petróleo; manchetes de jornais destacando aumento de salário mínimo, aumento de preços de produtos e/ou serviços, aumento da expectativa de vida da população brasileira, ou seja, aumento da longevidade das pessoas, etc.
Entretanto, o que é exatamente Economia?
Os manuais que tratam do assunto preceituam Economia como uma ciência social, o que significa que ela procura explicar algo sobre a sociedade. Assim, podemos inferir que esse conceito pode se relacionar com outras ciências como a psicologia, sociologia, ciência política, administração, etc. Contudo, uma boa definição para esse termo tem como objetivo destacar a diferença entre ela e outras ciências sociais:
Assim, uma definição clássica de Economia esta relacionada com o estudo da escolha sobre condições de escassez.
Esse processo de escolha por parte dos agentes econômicos (pessoas, famílias, empresas, governos) está relacionado com as necessidades que eles têm em relação à produção e/ou consumo de determinado bem ou serviço.
Assim, necessidades humanas estão relacionadas com a carência, com a falta de alguma coisa, por exemplo, moradia, alimentos, transporte, escolas, segurança, etc. Entretanto, quando uma carência ou necessidade for atendida, as pessoas passam a ter novas necessidades. Nesse sentido, os economistas destacam que as necessidades humanas são ilimitadas.
Cotidianamente, o ser humano se depara com diversas situações em que ele quer necessita de um determinado bem ou serviço, seja em quantidade menor ou maior, que vá atender sua necessidade, mas que ele não tem condições de adquiri-lo por diversas razões. Uma delas e, seguramente, a mais significativa está relacionada com a pressão das restrições ao padrão material de viver, ou seja, todos enfrentamos o problema da escassez, que pode ser resumida (limitada) em escassez de tempo e de poder aquisitivo.
Entretanto, a segunda delas, sem dúvida é peculiar à maioria das pessoas, pois todos nós já deparamos diversas vezes com necessidade e até desejo de comprarmos determinado bem ou serviços, sem termos condições financeiras para tal.
A escassez de tempo também é importante, pois muitas de nossas demandas, como por exemplo, ir ao cinema, ao teatro, ou até dar um telefonema para um amigo ou parente, exigem tempo e dinheiro.
Nesse sentido, em função da escassez de tempo e de recursos financeiros, há necessidade de fazermos escolhas, ou seja, nosso tempo deve ser distribuído entre diversas atividades (trabalho, lazer, educação, descanso, etc), entretanto, levando em consideração a nossa restrição orçamentária.
E nesse processo de escolhas, temos que ter em mente que “para termos alguma coisa (comprar um bem ou serviço, estudar, ir ao cinema), temos que “abrir mão de outras coisas” (comprar outro bem ou serviço, passear com namorada ao invés de estudar, etc.)
Em função da escassez e das escolhas da sociedade, os economistas, gestores, administradores e profissionais das mais diversas formações devem tomar decisões relativas ao que produzir, quanto produzir, como produzir, para quem produzir, considerando que essas decisões tendem a moldar a economia de um país ou de uma região.
Nesse contexto, algumas questões se apresentam para um sistema econômico e que afetarão as decisões das empresas, do governo e das famílias:
Por que a expansão da moeda e do crédito pode gerar inflação?
Por que o nordestino possui uma renda per capita muito inferior à do paulista?
Como pode uma desvalorização cambial conduzir a uma melhoria na balança comercial e uma redução do salário real?
Até onde juros altos reduzem o consumo e estimulam a poupança? 
Por que a taxa de juros de mercado e o preço esperado de venda do produto são dados importantes para as decisões de investimento das empresas?
Por que a renda dos agricultores se eleva quando ocorre uma estiagem que reduz a produção?
Por que a alta de preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar? 
Por que estudar economia, administração da produção, custos, etc quando o lazer é mais atraente?
Como uma crise imobiliária nos EUA e financeira na Zona do Euro afeta negativamente a economia brasileira?
RELAÇÃO DA ECONOMIA COM AS DEMAIS CIÊNCIAS
No período anterior à Revolução Industrial do século XVIII, que corresponde ao período da Idade Média, a atividade econômica era considerada como integrante da Filosofia, Moral e Ética, ou seja, a Economia era orientada por princípios morais e de justiça. Assim, não havia um estudo sistematizado das leis econômicas. O que predominava eram princípios da Lei da Usura, preço justo e outros.
Assim, o estudo sistemático da Economia coincidiu com os grandes avanços nas áreas de Física e Biologia nos séculos XVIII e XIX.
O núcleo científico inicial da Economia foi desenvolvido com bases nas concepções organicistas (biológicas) e mecanicistas (físicas).
Na visão organicista, a Economia se comportaria como um órgão vivo utilizando-se termos como funções, circulação, fluxos.
Já na visão mecanicista as leis da Economia se comportariam de acordo com algumas leis da física, originando os termos estática, dinâmica, aceleração, velocidade, forças, etc.
Num processo evolutivo, predominou-se a concepção humanística, em que a Economia se repousa sobre atos humanos, caracterizando-a por excelência como uma ciência social, uma vez que objetiva a satisfação das necessidades humanas.
Entretanto, muitos avanços obtidos pela Teoria Econômica advieram de um processo histórico, em que a História está presente, ou seja, o estudo do presente ajuda nas previsões para o futuro, com base nos fatos do passado. Assim, as guerras, revoluções, conflitos entre nações alteraram o comportamento e evolução da Economia. Entretanto, períodos da história são associados a fatores econômicos, como por exemplo os ciclos do ouro e do açúcar no Brasil, a revolução industrial, a queda da Bolsa de Nova York, a crise do petróleo em 1973 e, mais recentemente, a crise imobiliária/financeira nos EUA em 2008 e seus reflexos nos países europeus, bem como nos demais países.
A Economia também se conecta com a Geografia, ao se estudarem as condições geoeconômicas dos mercados regionais, a concentração de fatores produtivos, localização de empresas e composição da atividade econômica, muito úteis à análise econômica, que possibilita um intercâmbio entre a Geografia com as economias Regional e Urbana e a Teoria da Localização Industrial.
Com relação à Política, a Economia tem um grande nível de interação, pois a primeira fixas as instituições sobre as quais se desenvolverão as atividades econômicas, que por sua vez subordinam-se ao regime político de um país. Contudo, em sentido contrário, a estrutura política, muitas vezes, subordina-se ao poder econômico. Como exemplo, nos anos 1930 do século passado, no âmbito político, Minas Gerais e São Paulo se destacavam, fato este denominado de “política de café com leite” uma vez que esses detinham o poder econômico em função dessas atividades que eram exploradas por grandes grupos econômicos.
No campo do Direito, as normas jurídicas estão subjacentes à teoria econômica, assim como os problemas econômicos podem modificar o quadro existentes de normas jurídicas. Como exemplo podemos citar:
as leis antitrustes, que atuam sobre as estruturas de mercado, bem como sobre o comportamento das empresas;
 a ação das agências reguladoras (ANATEL, ANVISA, ANP e outras) buscam definir/limitar o comportamento das empresas que atuam nas diversasáreas da atividade econômica;
a importância da Constituição Federal, em que se determina a competência para execução das políticas econômicas e se estabelecem os direitos e deveres dos agentes econômicos.
Por fim , destaca-se a relação da Economia com a Matemática e a Estatística, como instrumento para estabelecer as relações entre as variáveis econômicas. Entretanto, deve-se ressaltar que a Economia não é uma ciência exata, e sim uma ciência social, mas essas duas ciências são importantes para auxiliar a Economia, pois ela se desenvolve por meio de modelos analíticos que objetivam exprimir a relação entre diversas variáveis.
Assim, Matemática e Estatística são ferramentas de análises necessárias tanto para fazer previsões, como para confrontar as proposições teóricas com os dados da realidade, ou sejam, são ciências que dão suporte à Ciência Econômica para análise de fatos econômicos que afetam as relações humanas. 
Divisão do estudo econômico
O campo de atuação da Economia é bastante amplo. Ele vai de situações rotineiras ( por que um quilo de filé mignon é mais caro do que um quilo de frango?) ao pessoal, profissional, empresarial, político,etc.
Nesse contexto, para melhor sistematizar o estudo da Ciência Econômica, bem como, para abordar os diversos problemas e situações que se apresentam, ela é dividida em dois segmentos.
A Microeconomia, cujo prefixo Micro, origina-se da palavra grega mikros, que significa “pequeno”. Assim, nesse segmento, a teoria econômica dedica-se ao estudo do comportamento dos agentes econômicos individuais, famílias, empresas e governos. Esses agentes econômicos, cotidianamente, estão interagindo no sentido de negociarem bens e serviços específicos. Nesse patamar, essas interações ocorreram em mercados específicos, que também são abordados pela Microeconomia.
A Macroeconomia, por sua vez, cujo prefixo Macro, declina-se do prefixo grego makros, que significa “grande”, diz respeito ao estudo da Economia por meio de uma visão generalizada, Ou seja, ela não se dedica,, de forma particularizada, com a produção de carnes, leite, veículos, etc, mas sim, com a produção total do sistema econômico. Ela procura abordar e combater, se for o caso, questões que envolvem níveis elevados de desemprego, controle do nível de preços (inflação), saúde e bem-estar social, mas de forma agregada, ou seja, que suas ações atingem a população em sua totalidade. 
Entretanto, a Ciência Econômica aborda também aspectos relacionados com o Desenvolvimento Econômico, que estuda modelos que permitem elevar o padrão de vida da coletividade em termos de bem-estar social, crescimento da renda per capta, distribuição de renda, evolução tecnológica, etc.
Por outro lado, a Economia estuda também as relações de troca entre países, seja por meio do comércio internacional de mercadorias e serviços, bem como de transações financeiras, em que se determinam as taxas de câmbio, taxas de juros internacionais, que são abordados no âmbito da Economia Internacional.
Princípios aplicados no estudo da Ciência Econômica 
No estudo da Economia alguns princípios são utilizados para um melhor entendimento e aplicação desta ciência.
Os quatro primeiros princípios dizem respeito às decisões individuais:
1º princípio
“As pessoas enfrentam tradeoffs”
“Nada é de graça”. Para conseguirmos algo que queremos, geralmente precisamos de abrir mão de outra coisa de que gostamos. A tomada de decisões exige escolher um objetivo em detrimento de outro.
2º princípio
 “O Custo de alguma coisa é aquilo de que se desiste para obtê-la”
A tomada de decisões exige comparar os custos e benefícios de possibilidades alternativas.
Custo de oportunidade é assim, o valor do que melhor deixamos de fazer para fazer o que fizemos.
3º princípio
“As pessoas racionais pensam na margem”
Tanto as pessoas como as empresas podem tomar melhores decisões, pensando na margem. Um tomador de decisões racional executa uma ação se e só se o benefício marginal da ação ultrapassar o custo marginal.
4º princípio
“As pessoas mudam o seu comportamento em função dos incentivos com que se deparam”
Como as pessoas tomam decisões por meio da comparação de custos e benefícios, quando estes são alterados, o seu comportamento também pode mudar. O efeito do preço sobre o comportamento dos compradores e vendedores num mercado é crucial para entender como a economia funciona.
Os princípios 5, 6 e 7 referem-se aos processos interativos entre as pessoas.
5º princípio
“O comércio pode ser mutuamente benéfico”
Comércio pode enriquecer todos os países e indivíduos que trocam voluntariamente por outros, os produtos em que se especializaram, aumentando consideravelmente a variedade e a quantidade de consumo, e elevando o nível geral de vida.
6º princípio
“Os mercados como coordenadores entre o comércio e as pessoas”
Numa economia de mercado as decisões do governo são substituídas pelas decisões das empresas e famílias. Estas decidem quem contratar, o que produzir, o que comprar com os seus rendimentos e onde trabalhar, interagindo no mercado, como se fossem guiadas por uma “mão invisível”.
7º princípio
“O governo pode melhorar os resultados do mercado”
A “mão invisível” do mercado, nem sempre funciona bem, por isso precisa que o governo a proteja , quando existem falhas de mercado, como externalidades e/ou poder de mercado.
Os princípios 8, 9 e 10 dizem respeito ao funcionamento da economia.
8º princípio
“O padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir bens e serviços”
Para se elevar o padrão de vida de um país, os formuladores de políticas precisam elevar a produtividade garantindo que os trabalhadores tenham uma boa educação, disponham das ferramentas de que precisam para produzir bens e serviços e tenham acesso à melhor tecnologia disponível.
9º princípio
“O aumento do volume de moeda em circulação é a causa fundamental da inflação”
Trata-se da inflação, a elevação de preços que ocorre na sociedade de forma geral. Ela é causada principalmente pela elevação da quantidade de moeda em circulação. Um dos vilões é o governo que muitas vezes precisar emitir dinheiro para saudar seus próprios compromissos.
10º princípio
“A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego.”
Por uma série de motivos, pelo menos no curto prazo, a diminuição da inflação leva ao aumento do desemprego e vice-versa. Este efeito é medido por um gráfico chamado curva de Philips. A escolha entre desemprego e inflação é apenas temporária, mas pode levar alguns anos. 
Por causa disso, reduzir a inflação torna-se ainda mais difícil para os governos pois pode gerar um recessão temporária.
Um princípio que está diretamente relacionado ao problema da inflação é o princípio do valor real, assim descrito:
“O que importa às pessoas é o valor real da moeda ou da renda, ou seja, o seu poder de compra, e não o seu valor nominal”.
Por exemplo, uma pessoa que tem uma renda anual de $ 30.000, e se nesse período de um ano ocorresse uma inflação de 10%, o seu poder de compra diminuiria em 10%, ou seja, embora ele tivesse recebido $ 30.000 (valor nominal), em valor real ele compraria somente $ 27.000 em bens e serviços.
Assim, quanto maior for o controle da inflação por parte da autoridade monetária (banco central) maior o valor real da moeda.
Conceitos econômicos
Após o entendimento e discussão de princípios e conceitos iniciais relativos à economia, vamos agora ampliar o nosso estudo no sentido de que possamos estender e entender com maior profundidade o funcionamento e a compreensão dessa ciência.
Inicialmente vamos discutir um outro conceito de Economia de forma mais ampliada.
Economia é uma ciência social que estuda a maneira como se administram recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade.
Portanto, intuitivamente, podemos dizer que a economiaestá relacionada com a forma de como os indivíduos “economizam” seus recursos, ou seja, a forma de como eles utilizam sua renda (salários), como o governo gasta os impostos arrecadados, como as empresas utilizam os insumos para produzir bens, de maneira mais racional possível, para atendimento de suas necessidades.
Quando esse conceito é extrapolado para a sociedade como um todo, a economia trata da maneira de como os indivíduos alcançam um bem-estar em um nível melhor possível, no sentido material, a partir dos recursos disponíveis. 
Entretanto, o termo “recursos” não diz respeito a somente a “recursos financeiros” . O termo “recursos”, no sentido econômico, ele tem uma amplitude maior, denominado de recursos ou fatores produtivos, ou seja, os insumos necessários para produção de bens e serviços para atendimento das demandas (necessidades) da sociedade.
Eles se dividem em cinco grupos:
Terra - insumo correspondente aos lotes urbanos, campos, minerais, água, energia solar, florestas, etc, ou seja, aqueles recursos obtidos na natureza;
Trabalho: habilidades físicas e mentais do ser humano aplicadas na produção de bens e serviços;
Capital: corresponde às instalações, animais, equipamentos e outros materiais utilizados no processo produtivo;
Tecnologia: representa o conhecimento adquirido por meio de experiências, pesquisas, e que são colocados à disposição daquelas empresas que irão produzir bens e serviços.
Capacidade empresarial: gerenciamento da empresa pelos proprietários.
Assim, para um melhor entendimento vejamos o seguinte: 
Um empresário para produzir móveis de madeira, ele necessita máquinas, equipamentos, galpões (que foram construídos sobre um solo) , mão-de-obra, energia elétrica, madeira, tecnologia, capacidade empresarial, ou seja, saber administrar a sua atividade, ter conhecimento técnico sobre a produção, conhecer o mercado para comercialização de seu produto, conhecer sobre os custos de produção, etc, enfim, saber fazer toda a gestão de seu negócio.
Portanto, esses são exemplos de fatores de produção necessários para a produção de móveis.
Esse exemplo pode ser extrapolado para um produtor de sandálias ou de sapatos, em que o empresário deverá ter à sua disposição todos os insumos ou fatores de produção para efetivar suas atividades fabris.
Acontece que esses insumos não estão disponíveis em abundância na natureza. Daí a necessidade de fazer escolhas. 
Assim, esse empresário de móveis, poderá decidir, utilizando a mesma infraestrutura, produzir outro tipo de bem, por exemplo, cadeiras metálicas. Seguramente, com as mesmas instalações em termos de máquinas, equipamentos, mão-de-obra, ele não conseguirá produzir esses dois tipos de bens, pois os recursos produtivos são escassos. Dai ele deverá fazer escolhas.
Nesse contexto, a teoria econômica destaca que existem quatro problemas econômicos considerados fundamentais:
O que produzir?
Como produzir?
Quanto produzir?
Para quem produzir?
O que produzir será decidido pela procura dos consumidores, para atendimento de suas necessidades.
Como produzir será determinado pela concorrência entre produtores, fruto do nível de desenvolvimento tecnológico e da capacidade gerencial.
Quanto produzir será decidido pelo sistema de preços, dada a relação entre a oferta e a demanda no mercado.
Para quem produzir é determinado pelo nível de renda das pessoas, ou seja, as empresas produzirão bens e serviços para atendimento das necessidades das pessoas, de acordo com a sua renda.
O esquema abaixo pode sintetizar o que foi discutido:
�
Ampliando os conceitos iniciais de economia, vamos discutir agora o que são bens, ou seja, os produtos, mercadorias, advindos da atuação das empresas, dos indivíduos e dos governos para atendimento das demandas da sociedade (sistema econômico).
Bens, no sentido econômico, é tudo aquilo que será produzido pela sociedade para satisfação, de forma direta ou indireta, das necessidades humanas. Ressalte-se que, esse conceito também se aplica ao serviço, pois os serviços referem-se àquelas atividades que, sem criar objetos materiais, destinam-se direta ou indiretamente, também satisfazer as necessidades humanas. 
O termo “no sentido econômico” diz respeito ao fato de que para obter um fator de produção (mão-de-obra, por exemplo), ou um bem para consumo (arroz, feijão, veículo, etc), haverá necessidade de ocorrer um desembolso financeiro, ou seja, o agente econômico, incorrerá em um custo.
Assim, a teoria econômica destaca que os bens econômicos caracterizam-se pela utilidade, pela escassez e por serem transferíveis. 
Entretanto, existem também os bens livres, que são aqueles cuja quantidade é suficiente para satisfazer a todos, e não precisamos pagar por eles. Como exemplo, citamos o ar e a energia solar.
Assim, para economia só interessa os bens econômicos, em função das três características acima citadas.
Esses bens são classificados da seguinte maneira: 
Bens de capital – são aqueles que não atendem diretamente as necessidades humanas. Sua produção tem como objetivo a produção de outros bens. Exemplos: máquinas de grande porte, instalações físicas, ou seja, aqueles bens que são utilizados para produção de outros, inclusive outros bens de capital. São conhecidos também como bens de investimentos, pois eles proporcionam retorno financeiro ao empresário com a sua utilização. Esses bens são os que proporcionam aumento da capacidade produtiva de uma economia.
Bens intermediários – são aqueles que são utilizados na produção de outros bens, sofrendo transformações em sua estrutura, antes de se transformarem em bens de consumo ou de capital. Ex. madeira para produção de cadeiras, farinha para produção de pão, leite para produção de queijos, tecido para produção de vestuários, aço para produção de automóveis.
Bens de consumo ou bens finais – são bens já sofreram transformações e que atendem diretamente às necessidades humanas, São divididos em duráveis e não-duráveis. Entre os primeiros destacam-se os aparelhos eletrodomésticos, computadores, veículos de passeio, etc. Os não-duráveis são os alimentos, vestuário, etc. 
O somatório de todos esses tipos de bens produzidos em um determinado período de uma economia é denominado de produto total. 
Até o momento conhecemos o conceito de economia, vimos que ela é uma ciência que trata da escassez, e para tentar resolver esse problema, a sociedade tem que fazer escolhas.
Ressaltamos o que sejam bens - no sentido econômico da expressão – e conhecemos as suas características e seus tipos.
Entretanto, podemos indagar: como isso é organizado no contexto de uma sociedade?
De outra forma: como uma sociedade (um país) administra todo esse processo de produção, acumulação, distribuição e consumo de bens?
Nesse contexto, devemos conhecer o que é um sistema econômico: refere-se à forma de organização da produção, da distribuição, do consumo e da acumulação de uma sociedade (país). Compõe-se do estoque dos recursos produtivos, das unidades de produção (empresas, governo) e do aparato institucional.
Por aparato institucional pode-se entender como um conjunto de leis que regem as relações econômicas, sociais e políticas de uma sociedade.
Assim, podemos identificar dois tipos de sistemas econômicos:
Sistema econômico capitalista – aquele em que as transações entre os agentes econômicos (famílias, empresas) ocorrem praticamente sem a intervenção do Estado (governo). Ex. Brasil, EUA, França, Alemanha, etc.
Sistema econômico centralizado – ocorre uma presença marcante do governo, sendo ele proprietário dos meios de produção. Ex. Cuba.
Fluxo circular da renda
	O fluxo circular da renda é uma maneira simplificada de representar o funcionamento de um sistema econômico, ou seja, como é criada a renda nacional e como ela pode ser mensurada. 
Renda nacional é o somatório de rendimentos auferidos pelos agentes econômicos que forneceram seus recursos ou fatores de produção.Assim, o FCR é representa o conjunto de pagamentos das empresas feitos às famílias em troca de trabalho e de outros serviços produtivos, e o fluxo de pagamentos das famílias às empresas em trocas de bens e serviços por elas (empresas) fornecidos. Vejamos o esquema abaixo:
Nesse sentido, as famílias são as fornecedoras dos insumos ou fatores de produção para as empresas (terra, capital, trabalho). Esses recursos são oferecidos no mercado de fatores de produção – parte inferior do diagrama – e são considerados como insumos para as empresas.
As empresas adquirem e processam esses insumos e outros adquiridos de outras empresas – bens intermediários -, que não estão representados no diagrama, por questão de simplificação. 
No processamento desses insumos, por meio de um fluxo produtivo, as empresas fabricam bens, como também serviços, que serão comercializados no mercado de bens e serviços, localizado na parte superior do diagrama.
Aqui cabem algumas indagações:
Quem compra os produtos das empresas?
Como ocorrem os fluxos financeiros nesses mercados?
O que vimos até então foi o fluxo real de fatores de produção e bens e serviços entre as famílias e as empresas.
Assim, as empresas ao comprarem os fatores de produção das famílias elas pagam por essas aquisições. 
Assim, sai um fluxo financeiro, que no diagrama está representado pelos salários, das empresas para as famílias. Esse fluxo representa uma renda para as famílias.
Como existem somente famílias e empresas nessa economia simplificada, logicamente as famílias compram todo o estoque de produtos das empresas. E elas pagam por esses produtos utilizando a renda recebida das empresas, incorrendo em uma despesa.
Assim, as despesas incorridas pelas famílias na aquisição dos produtos serão receitas para as empresas. E assim, o fluxo circular da renda se completa.
Assim, isso é uma forma bastante simplificada de representação do funcionamento de uma economia, sendo que a microeconomia procura estudar o comportamento dos consumidores, dos fabricantes dos produtos e dos mercados em que eles atuam.
Se colocássemos nesse fluxo o governo e o setor externo haveria um nível maior de transações, pois o governo recolhe impostos e gasta parte desses impostos para pagar funcionários, aposentadorias, construir estradas, hospitais, etc. O setor externo envolve as transações de um país com o resto do mundo relativamente a produtos, serviços, remessa ou recebimento de dinheiro e diversas outras transações.
Agora, vamos identificar as remunerações dos fatores de produção. 
Estudamos que os fatores de produção são terra, capital, trabalho, tecnologia e empresariedade (capacidade gerencial). 
Logicamente, os fornecedores desses fatores de produção devem ser remunerados por esse fornecimento.
Assim temos:
	Fatores de produção
	Remunerações 
	Terra
	Aluguel
	Capital
	Juro
	Trabalho 
	Salários
	Tecnologia 
	Royalties
	Empresariedade 
	Lucro
Portanto se uma pessoa, que tenha um lote ou um galpão, e faz um contrato com uma empresa para alugá-lo por um determinado tempo, ela terá como remuneração o valor do aluguel desse imóvel.
Se um empresário retira um dinheiro de uma aplicação financeira e o aplica em sua empresa, na forma de estoques, por exemplo, essa empresa terá que remunerar o empresário pelos juros que ele estaria ganhando no mercado financeiro se não estivesse retirado o dinheiro de lá.
Lembre-se que esse empresário, como pessoa física, faz parte da família.
Resumindo, todo empresário, seja ele de pequeno, médio ou grande porte, seja rural, industrial ou do ramo de serviços, deve ter em mente que todo capital (dinheiro) empregado em uma atividade produtiva deve um retornar para o seu “bolso” depois de algum tempo, corrigido por meio de uma taxa de juros.
Mais a frente estudaremos isso com mais detalhes.
Continuando a discussão da remuneração dos fatores de produção, os salários referem-se ao pagamento da mão-de-obra fornecida pelo trabalhador.
Aqui cabe uma pergunta?
Como se remunera a mão-de-obra do empresário que está à frente de dos negócios de sua empresa?
Veja bem, o empresário será remunerado pelo lucro, pelo juro do capital empregado, mas também ele pode ter um “salário” pelo seu trabalho.
Esse “salário” é chamado de “pró-labore”, expressão latina originária do quer dizer “pelo trabalho”, representado a remuneração do sócio de uma empresa pelos seus serviços prestados.
Os royalties são as remunerações que as empresas recebem pela venda da tecnologia de um determinado produto/serviço que ela desenvolveu.
Por exemplo, as empresas que desenvolvem pesquisa sobre um determinado produto receberão royalties pela venda das mesmas.
Já o lucro representa a remuneração do empresário pelo sua gestão na empresa. Um acionista, mesmo com uma pequena participação no capital de uma empresa também tem direito a esse lucro.
Resumindo o que discutimos acima em um quadro, observamos o seguinte:
	Atividade
	Mercado de bens e serviços
	Mercado de recursos ou fatores de produção
	Fluxo real
	Produtos das empresas para satisfazer as necessidades dos consumidores, como por exemplo, alimentação, transporte, saúde, educação, cultura ,etc. 
	Fatores de produção que são ofertados:
Recursos naturais
Recursos humanos
Capital
Capacidade empresarial
Capacidade tecnológica
	Fluxo monetário
	As famílias transferem parte de suas rendas às empresas, ao adquirirem seus produtos 
	As empresas remuneram as famílias pelos usos dos recursos por meio de Salários, Juros, Aluguéis 
Lucros 
	Oferta
	Exercida pelas empresas
	Exercida pelas famílias
	Demanda ou procura
	Exercida pelas famílias
	Exercida pelas empresas
	Interação
	Por meio dos preços dos produtos
	Por meio dos preços dos recursos
Após essa explanação sobre o fluxo circular da renda vamos falar um pouco sobre os setores que as atividades econômicas podem se desenvolver.
Assim, os setores econômicos são divididos da seguinte forma:
Setor primário – setor cujas atividades se desenvolvem próximas às bases dos recursos naturais, compreendendo as atividades extrativas minerais ou não, pesqueiras, agrícolas, pecuárias, etc.
Setor secundário – setor no qual estão incluídas as atividades industriais, de transformação de matérias-primas em bens intermediários ou finais, como por exemplo a indústria siderúrgica, laticínios, automobilística, etc.
Setor terciário - setor envolvendo as atividades à produção de serviços, podendo ocorrer também a transformação de determinadas matérias-primas em bens. Assim, esse setor envolve os serviços de hotelaria, turismo, saúde, restaurantes, educação, comércio em geral. No caso, as padarias, confeitarias que fazem transformação de determinadas matérias-primas em produtos finais estão incluídas nesse setor.
BIBLIOGRAFIA:
HALL, Robert E.; Lieberman, Marc. Macroeconomia: princípios e aplicações. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 511 p.
MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia: fundamentos e aplicações. São Paulo: Prentice Hall, 2004. 306 p.
SULLIVAN, Arthur O’; SHEFFRIN, Steven M.; NISHIJIMA, Marislei. Introdução à Economia: princípios e aplicações. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos. Economia: micro e macro. 3 ed.São Paulo: Atlas, 2002. 439 p.
Necessidades humanas
ilimitadas
X
Recursos
produtivos
escassos
Escassez
Escolha
O que e quanto,
 como e,
para quem produzir?

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