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Imunologia Básica e Aplicada

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IMUNOLOGIA BÁSICA E APLICADA
MARIO MATTOS
*
Imunidade e Tipos de Resposta 
Imunológica
Imunidade 
Capacidade do organismo de reconhecer substâncias que “considera” estranhas 
Reconhecimento
Metabolização
Neutralização
Eliminação
“Defesa do organismo”
Conceito de imunidade
*
Imunopatologia 
Conceito de imunopatologia
É o estudo das alterações da imunidade 
. Alergias
. Doenças auto-imunes
. Imunodeficiências
*
Sistema linfócito-macrófágico
Conceito e denominações do sistema imunológico 
Sistema Imunológico 
“Sistema que dá imunidade ao indivíduo”
“Sistema de defesa do organismo”
Funções do sistema monocítico-macrofágico 
Sistema monocítico-macrofágico
Funções
1) Vigilância
2) Fagocitose
3) Produção de citocinas
4) Apresentação antigênica (Célula apresentadora)
Microorganismos intracelulares
Células neoplásicas
*
Sistema linfocítico
Funções
1) Vigilância
2) Defesa específica (mecanismos complexos)
3) Produção de citocinas
4) Memória
Funções do sistema linfocítico
Conceito de resposta imunológica
“Mecanismo pelo qual o organismo reconhece e responde à substância que “considera” estranha”
Resposta imunológica
*
Origem das células da resposta imunológica
“Células da resposta imunológica”
célula primordial
Linhagem linfóide
Linhagem mielóide
Linfócitos
Neutrófilos
Monócitos 
Macrófagos
Mastócitos 
Basófilos
Eosinófilos
Plaquetas
*
Classificação da resposta imunológica
“Classificação da resposta imunológica”
a) Primária e secundária 
b) Ativa e passiva
c) Inata e adaptativa
d) Humoral e celular
Conceito de resposta primária
Resposta primária
“É a resposta imunológica que ocorre quando o organismo entra em contato pela primeira vez com o antígeno.”
 AG
Sistema macrofágico
Sistema linfóide (T e B) (IgM) 
(Formação de células memória)
*
Conceito de resposta secundária 
Resposta secundária
“Já houve contato prévio com o antígeno”
 		 AG
		Sistema macrofágico
Sistema linfóide (IgG)
(T memória e B memória)
Resposta mais rápida e mais intensa
Vacinas 
*
Resposta ativa e sua aplicação
*
- Toxóide	Tetânico
		Diftérico
- Bactérias atenuadas
	Mycobacterium tuberculosis
- Vírus vivos atenuados
	Vírus da poliomielite (Sabin)
	Vírus do sarampo
	Vírus da rubéola
- Vírus mortos
	Vírus da poliomielite (Salk)			
Exemplos de resposta ativa
*
Exemplos de resposta passiva por produtos de linfócitos B. 
a) Recebe produtos de linfócitos B:
Recebe anticorpos	Melhora a defesa
* Recém-nascido		IgG materna
			IgA do colostro
*Antitoxinas	 Diftérica
		 Tetânica
*Gamaglobulina humana
* Gamaglobulina hiperimune
* Soro
Resposta passiva: recebe produtos da resposta imune
*
b) Recebe produtos de linfócitos e de monócitos:
Citocinas 
Interferon 
 IL–3
 G–CSF
 IL-2
Exemplos de resposta passiva por produtos de linfócitos T e de monócitos.
Resposta passiva: (cont.)
*
Componentes da resposta inespecífica:
* Barreira mecânica
* Fagócitos: quimiotaxia e fagocitose
* Sistema complemento
* Células NK
Inata ou inespecífica
“O organismo resposta sempre da mesma forma, independentemente do antígeno.” (Varia só a quantidade.)
Conceito e componentes da resposta inata
*
Características:
	* Memória
	* Especificidade
	* Heterogeneidade
Específica ou adaptativa 
“O organismo reage de diferentes formas, dependendo do antígeno” (Varia a qualidade)
Componentes:
	* Resposta humoral (B)
	* Resposta celular (T)
Conceito, características e componentes da resposta adaptativa 
*
Origem da imunidade celular e humoral
*
Barreira Mecânica
	A barreira mecânica é a primeira defesa existente no organismo, integrando a resposta imunológica inata ou inespecífica. É difícil que microrganismos consigam penetrar nos tecidos e órgãos enquanto a barreira mecânica estiver intacta e em perfeita funcionalidade. 
*
Barreira mecânica
- Glândulas sudoríparas
	Ácido lático
	Ácido úrico
- Glândulas sebáceas
	Triglicérides
	Ácidos graxos
Pele
		-Sistema mucociliar
		 Integridade e funcionalidade
		- Secreções
 Lactoferina
  1-antitripsina: inibe a elastase de fagócitos
 Lisozima (muramidase): rompe mem. citoplasmática
Mucosas
Descamação de pele e mucosas
Resposta inata por meio da pele e das mucosas
*
Barreira mecânica
Resposta inata por meio do trato digestivo e de tosse, espirros e febre
	 - pH ácido
Estômago
	 - Peristaltismo intestinal
	 - Flora bacteriana normal
	 - Muco: ligantes para manose
	 - Peptídios microbicidas das criptas
Intestino
	 - Eliminam patógenos
Espirros, tosse
	 - IL-1, TNF, IL-6
Febre
*
FEBRE
	O aumento de determinadas citocinas, denominadas pirógenos endógenos, que emitem mensagens para o hipotálamo, leva ao aparecimento da febre. Entre os pirógenos endógenos importantes encontram-se: IL-1 e TNF, sintetizadas por monócitos e macrófagos, e IL-6, que é secretada por linfócitos T auxiliares. 
*
Proteínas e Moléculas da Inflamação 
*
Fagócitos
CÉLULAS FAGOCITÁRIAS
Fagócitos 
Neutrófilos 
Monócitos-macrófagos Eosinófilos
	Fagocitose é a ingestão e a digestão de partículas sólidas por células. Fala-se em pinocitose para a ingestão celular de substâncias solúveis. A fagocitose pode ser um mecanismo de alimentação, mas sua função principal é de defesa, enquanto a pinocitose é utilizada apenas como método de alimentação celular. 
*
Neutrófilos 
Polimorfonucleares neutrofílicos
Medula óssea
Circulação periférica
IL-3
G-CSF
GM-CSF
Resposta inflamatória aguda
(fase inicial)
Origem dos polimorfonucleares neutrofílicos
*
Eosinófilos
Polimorfonucleares eosinofílicos
Medula óssea
Mucosas, tecidos e circulação periférica
IL-3, IL-5, IL-6
G-CSF
GM-CSF
Resposta a infestação parasitária e às alergias
(fase inicial)
Origem dos polimorfonucleares eosinofílicos
*
Origem – Células primordiais (medula óssea)
	
	Promonócitos (medula óssea)
		IL-3, GM-FSC
	Monócitos (3 dias no sangue periférico)
	Macrófagos (tecidos e cavidades)
Fagócitos mononucleares 
Monócitos/macrófagos
(fagócitos profissionais)
Origem dos fagócitos mononucleares
*
• Macrófagos livres
• Macrófagos alveolares
• Macrófagos pleurais 
• Macrófagos peritoneais
• Células de Küpffer
• Células dendríticas
• Células de Langerhans
• Osteoclastos 
• Células mesangiais glomerulares
• Histiócitos
Denominações dos macrófagos
*
QUIMIOTAXIA
	Para que haja atividade fagocitária, os fagócitos deixam a circulação sangüínea, após a união de moléculas de adesão expressas na superfície de células fagocíticas e endoteliais, por migração transendotelial. No extravascular, os fagócitos dirigem-se por quimiotaxia ao local onde deverá ocorrer a resposta imunológica. 
	Quimiotaxia é o fenômeno pelo qual as células migram em linha reta em direção a um algum fator que as atrai – os denominados fatores quimiotáticos. 
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RECEPTORES DE FAGÓCITOS
	Existem diferentes receptores nas células fagocitárias: alguns fazem o reconhecimento entre o próprio e o não-próprio e provocam o início da resposta inata; há receptores de sinalização que promovem a seqüência da resposta adaptativa após a inata; outro tipo de receptores permite a fase inicial das atividades biológicas dos fagócitos. 
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CARACTERÍSTICAS DA FAGOCITOSE
Etapas de adesão e ingestão da fagocitose
Fagocitose por neutrófilos, monócitos e macrófagos
Etapas
1) Adesão
CR1
Bactéria
C3b
LPS
Ativa sistema complemento 
C3b
2) Ingestão
Vacúolo fagocítico contendo bactérias
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Etapas da digestão e eliminação da fagocitose
Etapas
4) Eliminação
3) Digestão
Fagolisossomo
Restos bacterianos
eliminados
*
Mecanismos que ocorrem durante a etapa de digestão da fagocitose 
1) Reações dependentes de oxigênio
2) Reações oxigênio-independentes
3) Reações intermediadas pelo nitrogênio (óxido nítrico)
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Passagem de elétrons na etapa da digestão da fagocitose
Citoplasma
NADPH
NADP+
Membrana
Citoplasmática
(elétrons)
Flavoproteínas
Fagolisossomo
Citocromo b-558 mieloperoxidase baixa voltagem
OXIGÊNIO
Ânion superóxido
Etapa da digestão da fagocitose por neutrófilos
Etapa da digestão dependente de oxigênio 
*
Metabolismo oxidativo das pentoses durante a etapa da digestão 
Etapa da digestão da fagocitose por neutrófilos
Metabolismo oxidativo das pentoses
Glicose
Glicose 6p
Piruvato
Ciclo de Krebs
ATP
NADPH e O2
NADP+ e 
Ânion superóxido
Peróxido de hidrogênio
Cloro livre
Ácido hipocloroso
Radical hidroxila
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Citocinas no metabolismo dependente de oxigênio e proteínas do metabolismo independente de oxigênio na fagocitose
Etapa da digestão da fagocitose por neutrófilos
AG
Metabolismo 
oxidativo
IL-1
TNF
 IFN
AG
Metabolismo 
Independente
de oxigênio
Peptídicos catônicos
Hidrolases ácidas
Fosfatase alcalina
Lactoferrina
Arginina
*
Reações dependentes da formação de óxido nítrico na etapa de digestão da fagocitose
Etapa da digestão da fagocitose por neutrófilos
Reações intermediadas pelo nitrogênio
 (óxido nítrico)
* Degradação de grupamentos de enzimas
* Formação de radicais hidroxil
*
Proteínas liberadas na etapa de digestão por eosinófilos
Fagocitose por eosinófilos
* Proteína básica principal
 Toxina para helmintos
 Promove liberação de histamina
 Citotoxina 
* Proteína catiônica eosinofílica
 Toxina para helmintos
 Promove liberação de histamina
 Microbicida
 Lise de células tumorais
* Peroxidase eosinofílica
 Microbicida
 Promove liberação de histamina
 Dano epitelial 
*
Grânulos liberados resultantes da fagocitose por eosinófilos.
Grânulos liberados pelos eosinófilos
Shunt das pentoses
Proteinases
Elastases
Leucotrienos
Prostaglandinas
Tromboxano A2
Inflamação
Bromcoconstrição
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Sistema Complemento
CONCEITO
	O sistema complemento é um conjunto de no mínimo 30 proteínas plasmáticas que podem fazer parte da resposta imunológica, tendo como resultado final a formação de fatores quimiotáticos, anafilatoxinas, opsonização e lise de células ou de microrganismos. No sistema complemento, aparecem fenômenos microscópicos e clínicos, a partir de um fenômeno molecular por ativação de várias proteínas plasmáticas.
*
O sistema complemento atua como uma cascata de amplificação 
Conceito de sistema complemento 
“ Conjunto de pelo menos 30 proteínas plasmáticas que podem fazer parte da resposta imunológica, tendo como resultado final a lise de células ou de microrganismos.”
“São componentes termolábeis.”
“Funcionam em cascata de amplificação.”
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Órgãos Linfóides e 
Subpopulações de Linfócitos
ÓRGÃOS LINFÓIDES
CONCEITO
	Um órgão linfóide é um agrupamento de muitos linfócitos, os quais são as células responsáveis pela imunidade adaptativa. Nesses órgãos ocorre a maturação dos linfócitos, resultando em diferentes subpopulações.
 
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Órgãos Linfóides e 
Subpopulações de Linfócitos
ÓRGÃOS LINFÓIDES
CONCEITO
	Um órgão linfóide é um agrupamento de muitos linfócitos, os quais são as células responsáveis pela imunidade adaptativa. Nesses órgãos ocorre a maturação dos linfócitos, resultando em diferentes subpopulações.
 
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ÓRGÃOS LINFÓIDES CENTRAIS OU PRIMÁRIOS
	Os órgãos linfóides centrais do ser humano são o timo e a medula óssea, nos quais ocorre a maturação ou a diferenciação dos linfócitos timo-dependentes (linfócitos T ou células T) e linfócitos bursa-equivalentes ou timo-independentes (linfócitos B ou células B).
 
*
TIMO
	Na vida embrionária, o timo é o primeiro órgão linfóide a aparecer.
	Ao nascimento, pesa cerca de 10 a 15 gramas, atingindo seu peso máximo na adolescência, com 15 a 30 gramas. Após a adolescência, o timo regride progressivamente, diminuindo de peso, tendo o menor tamanho no idoso. Assim, em relação ao peso corpóreo, o timo é relativamente muito maior no feto e no recém-nascido. 
	A involução tímica no decorrer da vida tem relação com a observação de maior número de infecções virais e menor defesa antitumoral em idosos.
 
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Características do timo
• Primeiro órgão linfóide do embrião
• Anatomicamente protegido
• Origem: 3º e 4º arcos branquiais 
• Peso no recém-nascido: 10 a 15 g
		 puberdade: 30 a 40 g
• Involução com a idade
Principais características do timo
*
TIMO
	As principais funções do timo são a maturação ou diferenciação de linfócitos, além da produção de hormônios, destacando-se a tomosina, a timopoetina e os fatores tímicos humorais.
	A principal função dos hormônios tímicos é promover a maturação de linfócitos.
	A maturação dá-se por ganho de grupamentos moleculares na superfície da célula, denominados grupos de diferenciação e designados pela sigla CD (cluster of differentiation), que são geralmente glicoproteínas.
	CD1 (cluster 1 of differentiation), CD2, CD3, CD5 e CD7 são grupos de diferenciação que aparecem desde as fases iniciais da maturação. A identificação de CD1, CD5 e CD7 indica imaturidade desses linfócitos. O aparecimento de CD3, TCR (receptor de células T), CD4 e/ou CD8 na membrana celular linfocítica indica que os linfócitos T atingiram a maturação e estão aptos a combater antígenos. 
 
*
Funções do timo
1. Maturação dos linfócitos timo-dependentes (T)
2. Produção de hormônios
	 • Timosina
	 • Timopoetina
	 • Fator tímico humoral
Principais funções do timo
*
Maturação de linfócitos timo-dependentes no timo
Timo
Maturação de linfócitos T
CD1
CD2
CD5
CD7
CD3
T maturo
CD3
TCR
CD4
CD8
T imaturo
*
	O receptor da célula T dá especificidade ao linfócito. Desde sua diferenciação, o linfócito já está predestinado a atuar contra determinadas substancias, dependendo do TCR que apresente. O TCR torna inerente ao linfócito a habilidade de defesa contra determinado agente.
	O TCR é formado por duas cadeias glicopeptídicas contendo uma parte constante e outra variável, na qual ocorre a maior recombinação de peptídeos, dando a hipervariabilidade do linfócito. As cadeias glicopeptídicas apresentam uma pequena porção citoplasmática, uma região transmembrânica e uma porção maior extracitoplasmática. O TCR tem estrutura análoga às imunoglobulinas, com terminais amino-carboxil. 
	Em uma minoria (5 a 15%), o TCR é constituído por cadeias  e , dando origem aos linfócitos T  e , muitas vezes responsáveis pela resposta imunológica a superantígenos.
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MEDULA ÓSSEA
	A medula óssea, como órgão hematopoiético, dá origem a todos os linfócitos a partir da célula primordial linfóide. A maioria desses linfócitos migra o timo, diferenciando-se em linfócitos T. Uma minoria permanece na medula óssea, que agora irá atuar como órgão linfóide central, promovendo a maturação dessas células e originando os linfócitos bursa equivalentes.
	Esse tipo de maturação foi inicialmente identificado em aves.
*
Órgãos linfóide primários 
Medula óssea – Ossos chatos
Ossos longos (até puberdade)
Fígados fetal
Baço fetal
Órgãos bursa-equivalentes
Órgãos bursa-equivalentes como órgão linfóide primário 
*
Maturação dos linfócitos B 
cadeia 
B imaturo
IgM de superfície
B imaturo
 cadeia 
B imaturo
IgM de superfície
IgD de superfície
B imaturo
Maturação de linfócitos bursa-equivalentes na medula óssea.
*
ÓRGÃOS LINFÓIDES PERIFÉRICOS OU SECUNDÁRIOS
	Os órgãos linfóides periféricos estão distribuídos por todo o organismo, propiciando um encontro mais rápido com antígenos. Entre os órgãos linfóides periféricos ou secundários estão os linfonodos, o baço e o tecido linfóide associado à mucosa.
	O principal fenômeno que ocorre nos órgãos linfóides periféricos é a diferenciação final e a proliferação de linfócitos. 
*
LINFONODOS
	Linfonodos ou gânglios linfáticos são estruturas
ovais situadas ao longo do sistema linfático. Eles contêm linfócitos B na região cortical e linfócitos T na área paracortical. Apresentam vários vasos linfáticos aferentes por onde penetram os antígenos, vaso linfático eferente por onde saem linfócitos que já atuaram na resposta imunológica, artéria linfática que traz linfócitos para a defesa e veia linfática por onde saem linfócitos que não foram necessários na defesa. 
*
Entrada de antígenos e localização de linfócitos timo-dependentes e bursa-equivalentes nos linfonodos ou gânglios linfáticos. 
*
Substâncias estranhas atingem os linfonodos através de capilares linfáticos que continuam pelos vasos linfáticos aferentes. 
*
BAÇO
	O baço é o órgão linfóide que contém a maior quantidade de linfócitos do organismo. É constituído por polpa vermelha e branca.
	Na polpa vermelha há destruição de células danificadas ou envelhecidas, em especial eritrócitos, enquanto a polpa branca coleta antígenos e retém linfócitos. Aí se encontram linfócitos T em torno da arteríola central e no centro germinativo acham-se os linfócitos B.
	Há proliferação desses linfócitos com aumento do órgão, na dependência d a intensidade da resposta imunológica.
TECIDO LINFÓIDE ASSOCIADO ÀS MUCOSAS (MALT)
	No tecido linfóide associado às mucosas ocorre a resposta adaptativa humoral e/ou celular das mucosas. São os órgãos linfóides periféricos encapsulados ou não, encontrados ao longo das mucosas.
*
Localização de linfócitos timo-dependentes (T) e bursa-equivalentes no baço.
Baço
Órgão que contém a maior quantidade de linfócitos do organismo
Polpa
Vermelha: eritrócitos
 Branca: linfócitos T ao redor da arteríola central 
 linfócitos B no centro germinativo
B
B
B
B
B
B
B
B
Centro germinativo
T
T
T
T
T
T
T
Arteríola
central
Polpa branca do baço
*
Tecido linfóide não-encapsulado
a) Organizado ou com estrutura precisa
 Folículos linfóides
 Placas de Peyer
 Tonsilas palatinas
b) Organizado ou com estrutura precisa
 Linfócitos intra-epiteliais
 Linfócitos da lâmina própria
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Tecido linfóide associado às mucosas (MALT)
* Galt – tecido linfóide associado ao digestivo
* Balt – tecido linfóide associado aos brônquios
* Tecido linfóide associado ao geniturinário
Classificação do tecido linfóide associado às mucosas 
*
Folículo linfóide como estrutura básica do tecido associado às mucosas
Folículo linfóide
Linfócitos
 Macrófagos
Célula 
membranosa
*
SUBPOPULAÇÕES DE LINFÓCITOS
	Originados na célula hematopoiética da linhagem linfóide, a qual é estimulada na presença de IL-3 e IL-7.
	As duas principais subpopulações de linfócitos, timo-dependentes e bursa-equivalentes, são idênticas.
	Os linfócitos T existem em maior quantidade na circulação periférica; cerca de 65 a 85% dos linfócitos totais, podem ser identificados por microscopia eletrônia ou por meio de anticorpos monoclonais anti-CD3, daí a denominação células CD3 positivas. Já os linfócitos B são reconhecidos por anricorpos monoclonais anti-CD19 ou anti-CD20.
*
SUBPOPULAÇÕES DE LINFÓCITOS BURSA-EQUIVALENTES
	Os linfócitos bursa-equivalentes, ao atingirem os linfonodos, o baço e os tecidos linfóides associados às mucosas, sofrem proliferação e diferenciação final após encontrarem os antígenos. Os linfócitos B não são células restritas ao complexo principal de histocompatibilidade (MHC), ou seja, não necessitam de MHC para serem ativados.
*
Subpopulações de linfócitos
* Linfócitos timo-dependentes
* Linfócitos bursa-equivalentes
CD3 +
CD19+ ou CD20+
Principais subpopulações de linfócitos
*
Fenômeno de captação antigênica por linfócitos bursa-equivalentes
Captação antigênica
1) Fenômeno de polarização
2) Endocitose
3) Proliferação de B maturo
4) Diferenciação
B maturo
IgD
Plasmócito 
IgM
sérica
IgM e antígeno
*
*
SUBPOPULAÇÕES DE LINFÓCITOS TIMO-DEPENDENTES
	Os linfócitos T, ao alcançarem os órgãos linfóides secundários, proliferam-se e se diferenciam em linfócitos citotóxicos, T auxiliares, T com função imunossupressora, T produtores de citocinas e T memória mediante encontro antígênico. Os linfócitos T são células MHC restritas, ou seja, só ativadas mediante apresentação antigênica por células apresentadoras contendo MHC.
*
Linfócito T
Célula apresentadora
+
AG
T citotóxico (CD8+)
T auxiliar (CD4+)
T com função supressora (principalmente CD8+)
T produtor de citocinas (principalmente CD4+)
T memória
Subpopulações de linfócitos timo-dependentes.
*
Linfócitos T citotóxicos ou 
 Células CD8 positivas
Mecanismo de lise por linfócitos T citotóxicos por meio de perfurinas
Liberam perfurinas
(monoméricas)
Célula a 
ser destruída
Polimerização de perfurinas na membrana citoplasmática
Desequilíbrio da bomba 
sódio-potássio
Lise da 
célula
*
Linfócitos T citotóxicos ou 
 Células CD8 positivas
Mecanismo de lise por linfócitos T citotóxicos por meio da apoptose
Endonucleases
inativas
Endonucleases
ativas
Expressam moléculas de adesão
Ruptura do DNA			 Apoptose
Lise da 
célula
*
Mecanismo de lise por linfócitos T citotóxicos por meio de citotoxicidade celular dependente de anticorpo
*
Subpopulações de linfócitos T auxiliares
*
CÉLULAS NK
	As células NK, ou natural killer, ou citotóxicas naturais, atualmente são consideradas pela maioria dos autores como linfócitos não-T e não-B, fazendo parte da resposta inata, ao contrário dos linfócitos T e B, que são componentes da resposta adaptativa. 
	A ação das células NK é de promover tanto a lise de células tumorais quanto de infectadas por microorganismos intracelulares, principalmente vírus. 
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Células NK (natural killer)
 (“citotóxicas naturais”)
* Não têm memória imunológica 
* Não necessitam de apresentação antigênica
* Função
* Mecanismos
		Perfurinas
		Apoptose
		Citotoxicidade dependente de anticorpo
Lise de células tumorais
 ou
Células infectados
por vírus
Características das células NK
*
RECIRCULAÇÃO DE LINFÓCITOS
	Os linfócitos recirculam permanentemente na migração não-aleatória de linfócitos do sangue e da linfa para os órgãos linfóides secundários, de onde volta para o sangue e para a linfa.
	A recirculação dos linfócitos permite uma defesa muito mais eficiente por essas células. 
*
Imunoglobulinas
CONCEITO
	Imunoglobulinas são proteínas plasmáticas efetoras da resposta imunológica, com função anticópica e diversas atividades biológicas, ou seja, combatem outras substância e apresentam ações diretas na defesa do organismo.
	Uma das características das imunoglobulinas é que se combinam exclusivamente com a substância que induziu a sua formação. 
 
*
Imunoglobulinas
Conceito e natureza das imunoglobulinas
Conceito
Proteínas efetoras da imunidade
Componentes termoestáveis da resposta imunológica
Natureza
Glicoproteínas: 82 a 96% Polipeptídios
 	 4 a 18% Carboidratos 
*
Diferentes proteínas séricas e nomenclatura das imunoglobulinas 
 Albumina: A
Proteínas séricas 
			Globulinas:1,2, , 
Nomenclatura (OMS)
Imunoglobulinas (heterogeneidade de moléculas)
Anticorpos (quando unidos a antígenos) 
*
AQUISIÇÃO DE IMUNOGLOBULINAS
	As imunoglobulinas são adquiridas com a filogenia, sendo a IgM a primeira a aparecer.
As imunoglobulinas fazem parte da resposta adaptativa ou adquirida 
	Invertebrados – sem imunoglobulinas
	Lampréia – IgM
	Sapo – IgM e IgG
	Coelho – IgM, IgG e IgA
	Ser humano – 5 classes de imunoglobulinas
Aparecimento das imunoglobulinas nas espécies
*
ESTRUTURA BÁSICA DAS IMUNOGLOBULINAS
	A estrutura básica da imunoglobulina é um monômero constituído por duas cadeias polipeptídicas leves e duas cadeias polipeptídicas pesadas.
As cadeias leves são referidas pela letra “L” (light) e as pesados por “H” (heavy), estando unidas entre si as quatro cadeias polipeptídicas por pontes dissulfídicas. Trata-se de uma estrutura tetrapeptídica básica. 
*
Estrutura básica das imunoglobulinas
Duas cadeias peptídicas leves
Duas cadeias peptídicas pesadas
Pontes dissulfídicas
Estrutura tetrapeptídica básica
Monômero é a estrutura básica das imunoglobulinas
s
s
s
s
*
Características das Imunoglobulinas
Região da dobradiça das imunoglobulinas
Região da dobradiça rica em hidroxiprolina 
*
CLASSES E SUBCLASSES DE IMUNOGLOBULINAS
	Os polipeptídios das cadeias pesadas têm diferentes seqüências de aminoácidos, dando origem a distintas cadeias, conhecidas pelas letras , , ,  e . A seqüência de polipeptídeos de cadeias leves resulta nas cadeias  ou , existindo sempre duas  ou duas  em uma imunoglobulina, sem que haja dois tipos de cadeias leves em uma mesma imunoglobulina. 
*
s
s
s
s
Porção amino terminal 
NH3+
Porção
Carboxil terminal
COO-
Papaína
Fab
Parte variável
Hipervariável 
Parte constante
Fc
*
Imunoglobulinas - Classes
Cadeias pesadas
Cadeias leves
Região da dobradiça das imunoglobulinas
*
Percentagem das concentrações séricas das imunoglobulinas.
Concentrações séricas das imunoglobulinas
IgG 	 – 	80 a 90%
IgA 	 – 	7 a 15%
IgM 	–	 4 a 7%
 IgE – 	 1%
IgD	– 	0,002%
Concentrações absolutas
dependem da idade
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Características das Imunoglobulinas
	As principais características das imunoglobulinas são a especificidade e a diversidade. Plasmócitos sintetizam imunoglobulinas específicas para determinado antígeno, que inicialmente foi endocitado junto as duas IgM de superfície por linfócito B. Cada linfócito é predeterminado a uma diferenciação final visando ao antígeno em questão. Assim, são necessários milhões de linfócitos que irão se diferenciar em plasmócitos, e, conseqüentemente, uma quantidade muito maior de imunoglobulinas, outorgando uma diversidade extrema às imuniglobulinas.
	As imunoglobulinas sintetizadas distribuem-se por difusão na circulação sangüínea e por forma ativa, por meio de receptores, para as mucosas.
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DOMÍNIOS DAS IMUNOGLOBULINAS
	É possível ocorrer a união de aminoácidos, principalmente de cisteínas, dentro de uma mesma cadeia polipeptídica, por meio de pontes dissulfídicas, levando a imunoglobulina a uma estrutura tridimensional (regiões chamadas domínios). Assim, então, os domínios são regiões globulares formadas por pontes dissulfídicas entre resíduos de cisteínas, dando a configuração tridimensional das imunoglobulinas. 
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Diferentes domínios das imunoglobulinas

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