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* IMUNOLOGIA BÁSICA E APLICADA MARIO MATTOS * Imunidade e Tipos de Resposta Imunológica Imunidade Capacidade do organismo de reconhecer substâncias que “considera” estranhas Reconhecimento Metabolização Neutralização Eliminação “Defesa do organismo” Conceito de imunidade * Imunopatologia Conceito de imunopatologia É o estudo das alterações da imunidade . Alergias . Doenças auto-imunes . Imunodeficiências * Sistema linfócito-macrófágico Conceito e denominações do sistema imunológico Sistema Imunológico “Sistema que dá imunidade ao indivíduo” “Sistema de defesa do organismo” Funções do sistema monocítico-macrofágico Sistema monocítico-macrofágico Funções 1) Vigilância 2) Fagocitose 3) Produção de citocinas 4) Apresentação antigênica (Célula apresentadora) Microorganismos intracelulares Células neoplásicas * Sistema linfocítico Funções 1) Vigilância 2) Defesa específica (mecanismos complexos) 3) Produção de citocinas 4) Memória Funções do sistema linfocítico Conceito de resposta imunológica “Mecanismo pelo qual o organismo reconhece e responde à substância que “considera” estranha” Resposta imunológica * Origem das células da resposta imunológica “Células da resposta imunológica” célula primordial Linhagem linfóide Linhagem mielóide Linfócitos Neutrófilos Monócitos Macrófagos Mastócitos Basófilos Eosinófilos Plaquetas * Classificação da resposta imunológica “Classificação da resposta imunológica” a) Primária e secundária b) Ativa e passiva c) Inata e adaptativa d) Humoral e celular Conceito de resposta primária Resposta primária “É a resposta imunológica que ocorre quando o organismo entra em contato pela primeira vez com o antígeno.” AG Sistema macrofágico Sistema linfóide (T e B) (IgM) (Formação de células memória) * Conceito de resposta secundária Resposta secundária “Já houve contato prévio com o antígeno” AG Sistema macrofágico Sistema linfóide (IgG) (T memória e B memória) Resposta mais rápida e mais intensa Vacinas * Resposta ativa e sua aplicação * - Toxóide Tetânico Diftérico - Bactérias atenuadas Mycobacterium tuberculosis - Vírus vivos atenuados Vírus da poliomielite (Sabin) Vírus do sarampo Vírus da rubéola - Vírus mortos Vírus da poliomielite (Salk) Exemplos de resposta ativa * Exemplos de resposta passiva por produtos de linfócitos B. a) Recebe produtos de linfócitos B: Recebe anticorpos Melhora a defesa * Recém-nascido IgG materna IgA do colostro *Antitoxinas Diftérica Tetânica *Gamaglobulina humana * Gamaglobulina hiperimune * Soro Resposta passiva: recebe produtos da resposta imune * b) Recebe produtos de linfócitos e de monócitos: Citocinas Interferon IL–3 G–CSF IL-2 Exemplos de resposta passiva por produtos de linfócitos T e de monócitos. Resposta passiva: (cont.) * Componentes da resposta inespecífica: * Barreira mecânica * Fagócitos: quimiotaxia e fagocitose * Sistema complemento * Células NK Inata ou inespecífica “O organismo resposta sempre da mesma forma, independentemente do antígeno.” (Varia só a quantidade.) Conceito e componentes da resposta inata * Características: * Memória * Especificidade * Heterogeneidade Específica ou adaptativa “O organismo reage de diferentes formas, dependendo do antígeno” (Varia a qualidade) Componentes: * Resposta humoral (B) * Resposta celular (T) Conceito, características e componentes da resposta adaptativa * Origem da imunidade celular e humoral * Barreira Mecânica A barreira mecânica é a primeira defesa existente no organismo, integrando a resposta imunológica inata ou inespecífica. É difícil que microrganismos consigam penetrar nos tecidos e órgãos enquanto a barreira mecânica estiver intacta e em perfeita funcionalidade. * Barreira mecânica - Glândulas sudoríparas Ácido lático Ácido úrico - Glândulas sebáceas Triglicérides Ácidos graxos Pele -Sistema mucociliar Integridade e funcionalidade - Secreções Lactoferina 1-antitripsina: inibe a elastase de fagócitos Lisozima (muramidase): rompe mem. citoplasmática Mucosas Descamação de pele e mucosas Resposta inata por meio da pele e das mucosas * Barreira mecânica Resposta inata por meio do trato digestivo e de tosse, espirros e febre - pH ácido Estômago - Peristaltismo intestinal - Flora bacteriana normal - Muco: ligantes para manose - Peptídios microbicidas das criptas Intestino - Eliminam patógenos Espirros, tosse - IL-1, TNF, IL-6 Febre * FEBRE O aumento de determinadas citocinas, denominadas pirógenos endógenos, que emitem mensagens para o hipotálamo, leva ao aparecimento da febre. Entre os pirógenos endógenos importantes encontram-se: IL-1 e TNF, sintetizadas por monócitos e macrófagos, e IL-6, que é secretada por linfócitos T auxiliares. * Proteínas e Moléculas da Inflamação * Fagócitos CÉLULAS FAGOCITÁRIAS Fagócitos Neutrófilos Monócitos-macrófagos Eosinófilos Fagocitose é a ingestão e a digestão de partículas sólidas por células. Fala-se em pinocitose para a ingestão celular de substâncias solúveis. A fagocitose pode ser um mecanismo de alimentação, mas sua função principal é de defesa, enquanto a pinocitose é utilizada apenas como método de alimentação celular. * Neutrófilos Polimorfonucleares neutrofílicos Medula óssea Circulação periférica IL-3 G-CSF GM-CSF Resposta inflamatória aguda (fase inicial) Origem dos polimorfonucleares neutrofílicos * Eosinófilos Polimorfonucleares eosinofílicos Medula óssea Mucosas, tecidos e circulação periférica IL-3, IL-5, IL-6 G-CSF GM-CSF Resposta a infestação parasitária e às alergias (fase inicial) Origem dos polimorfonucleares eosinofílicos * Origem – Células primordiais (medula óssea) Promonócitos (medula óssea) IL-3, GM-FSC Monócitos (3 dias no sangue periférico) Macrófagos (tecidos e cavidades) Fagócitos mononucleares Monócitos/macrófagos (fagócitos profissionais) Origem dos fagócitos mononucleares * • Macrófagos livres • Macrófagos alveolares • Macrófagos pleurais • Macrófagos peritoneais • Células de Küpffer • Células dendríticas • Células de Langerhans • Osteoclastos • Células mesangiais glomerulares • Histiócitos Denominações dos macrófagos * QUIMIOTAXIA Para que haja atividade fagocitária, os fagócitos deixam a circulação sangüínea, após a união de moléculas de adesão expressas na superfície de células fagocíticas e endoteliais, por migração transendotelial. No extravascular, os fagócitos dirigem-se por quimiotaxia ao local onde deverá ocorrer a resposta imunológica. Quimiotaxia é o fenômeno pelo qual as células migram em linha reta em direção a um algum fator que as atrai – os denominados fatores quimiotáticos. * RECEPTORES DE FAGÓCITOS Existem diferentes receptores nas células fagocitárias: alguns fazem o reconhecimento entre o próprio e o não-próprio e provocam o início da resposta inata; há receptores de sinalização que promovem a seqüência da resposta adaptativa após a inata; outro tipo de receptores permite a fase inicial das atividades biológicas dos fagócitos. * CARACTERÍSTICAS DA FAGOCITOSE Etapas de adesão e ingestão da fagocitose Fagocitose por neutrófilos, monócitos e macrófagos Etapas 1) Adesão CR1 Bactéria C3b LPS Ativa sistema complemento C3b 2) Ingestão Vacúolo fagocítico contendo bactérias * Etapas da digestão e eliminação da fagocitose Etapas 4) Eliminação 3) Digestão Fagolisossomo Restos bacterianos eliminados * Mecanismos que ocorrem durante a etapa de digestão da fagocitose 1) Reações dependentes de oxigênio 2) Reações oxigênio-independentes 3) Reações intermediadas pelo nitrogênio (óxido nítrico) * Passagem de elétrons na etapa da digestão da fagocitose Citoplasma NADPH NADP+ Membrana Citoplasmática (elétrons) Flavoproteínas Fagolisossomo Citocromo b-558 mieloperoxidase baixa voltagem OXIGÊNIO Ânion superóxido Etapa da digestão da fagocitose por neutrófilos Etapa da digestão dependente de oxigênio * Metabolismo oxidativo das pentoses durante a etapa da digestão Etapa da digestão da fagocitose por neutrófilos Metabolismo oxidativo das pentoses Glicose Glicose 6p Piruvato Ciclo de Krebs ATP NADPH e O2 NADP+ e Ânion superóxido Peróxido de hidrogênio Cloro livre Ácido hipocloroso Radical hidroxila * Citocinas no metabolismo dependente de oxigênio e proteínas do metabolismo independente de oxigênio na fagocitose Etapa da digestão da fagocitose por neutrófilos AG Metabolismo oxidativo IL-1 TNF IFN AG Metabolismo Independente de oxigênio Peptídicos catônicos Hidrolases ácidas Fosfatase alcalina Lactoferrina Arginina * Reações dependentes da formação de óxido nítrico na etapa de digestão da fagocitose Etapa da digestão da fagocitose por neutrófilos Reações intermediadas pelo nitrogênio (óxido nítrico) * Degradação de grupamentos de enzimas * Formação de radicais hidroxil * Proteínas liberadas na etapa de digestão por eosinófilos Fagocitose por eosinófilos * Proteína básica principal Toxina para helmintos Promove liberação de histamina Citotoxina * Proteína catiônica eosinofílica Toxina para helmintos Promove liberação de histamina Microbicida Lise de células tumorais * Peroxidase eosinofílica Microbicida Promove liberação de histamina Dano epitelial * Grânulos liberados resultantes da fagocitose por eosinófilos. Grânulos liberados pelos eosinófilos Shunt das pentoses Proteinases Elastases Leucotrienos Prostaglandinas Tromboxano A2 Inflamação Bromcoconstrição * Sistema Complemento CONCEITO O sistema complemento é um conjunto de no mínimo 30 proteínas plasmáticas que podem fazer parte da resposta imunológica, tendo como resultado final a formação de fatores quimiotáticos, anafilatoxinas, opsonização e lise de células ou de microrganismos. No sistema complemento, aparecem fenômenos microscópicos e clínicos, a partir de um fenômeno molecular por ativação de várias proteínas plasmáticas. * O sistema complemento atua como uma cascata de amplificação Conceito de sistema complemento “ Conjunto de pelo menos 30 proteínas plasmáticas que podem fazer parte da resposta imunológica, tendo como resultado final a lise de células ou de microrganismos.” “São componentes termolábeis.” “Funcionam em cascata de amplificação.” * Órgãos Linfóides e Subpopulações de Linfócitos ÓRGÃOS LINFÓIDES CONCEITO Um órgão linfóide é um agrupamento de muitos linfócitos, os quais são as células responsáveis pela imunidade adaptativa. Nesses órgãos ocorre a maturação dos linfócitos, resultando em diferentes subpopulações. * Órgãos Linfóides e Subpopulações de Linfócitos ÓRGÃOS LINFÓIDES CONCEITO Um órgão linfóide é um agrupamento de muitos linfócitos, os quais são as células responsáveis pela imunidade adaptativa. Nesses órgãos ocorre a maturação dos linfócitos, resultando em diferentes subpopulações. * ÓRGÃOS LINFÓIDES CENTRAIS OU PRIMÁRIOS Os órgãos linfóides centrais do ser humano são o timo e a medula óssea, nos quais ocorre a maturação ou a diferenciação dos linfócitos timo-dependentes (linfócitos T ou células T) e linfócitos bursa-equivalentes ou timo-independentes (linfócitos B ou células B). * TIMO Na vida embrionária, o timo é o primeiro órgão linfóide a aparecer. Ao nascimento, pesa cerca de 10 a 15 gramas, atingindo seu peso máximo na adolescência, com 15 a 30 gramas. Após a adolescência, o timo regride progressivamente, diminuindo de peso, tendo o menor tamanho no idoso. Assim, em relação ao peso corpóreo, o timo é relativamente muito maior no feto e no recém-nascido. A involução tímica no decorrer da vida tem relação com a observação de maior número de infecções virais e menor defesa antitumoral em idosos. * Características do timo • Primeiro órgão linfóide do embrião • Anatomicamente protegido • Origem: 3º e 4º arcos branquiais • Peso no recém-nascido: 10 a 15 g puberdade: 30 a 40 g • Involução com a idade Principais características do timo * TIMO As principais funções do timo são a maturação ou diferenciação de linfócitos, além da produção de hormônios, destacando-se a tomosina, a timopoetina e os fatores tímicos humorais. A principal função dos hormônios tímicos é promover a maturação de linfócitos. A maturação dá-se por ganho de grupamentos moleculares na superfície da célula, denominados grupos de diferenciação e designados pela sigla CD (cluster of differentiation), que são geralmente glicoproteínas. CD1 (cluster 1 of differentiation), CD2, CD3, CD5 e CD7 são grupos de diferenciação que aparecem desde as fases iniciais da maturação. A identificação de CD1, CD5 e CD7 indica imaturidade desses linfócitos. O aparecimento de CD3, TCR (receptor de células T), CD4 e/ou CD8 na membrana celular linfocítica indica que os linfócitos T atingiram a maturação e estão aptos a combater antígenos. * Funções do timo 1. Maturação dos linfócitos timo-dependentes (T) 2. Produção de hormônios • Timosina • Timopoetina • Fator tímico humoral Principais funções do timo * Maturação de linfócitos timo-dependentes no timo Timo Maturação de linfócitos T CD1 CD2 CD5 CD7 CD3 T maturo CD3 TCR CD4 CD8 T imaturo * O receptor da célula T dá especificidade ao linfócito. Desde sua diferenciação, o linfócito já está predestinado a atuar contra determinadas substancias, dependendo do TCR que apresente. O TCR torna inerente ao linfócito a habilidade de defesa contra determinado agente. O TCR é formado por duas cadeias glicopeptídicas contendo uma parte constante e outra variável, na qual ocorre a maior recombinação de peptídeos, dando a hipervariabilidade do linfócito. As cadeias glicopeptídicas apresentam uma pequena porção citoplasmática, uma região transmembrânica e uma porção maior extracitoplasmática. O TCR tem estrutura análoga às imunoglobulinas, com terminais amino-carboxil. Em uma minoria (5 a 15%), o TCR é constituído por cadeias e , dando origem aos linfócitos T e , muitas vezes responsáveis pela resposta imunológica a superantígenos. * MEDULA ÓSSEA A medula óssea, como órgão hematopoiético, dá origem a todos os linfócitos a partir da célula primordial linfóide. A maioria desses linfócitos migra o timo, diferenciando-se em linfócitos T. Uma minoria permanece na medula óssea, que agora irá atuar como órgão linfóide central, promovendo a maturação dessas células e originando os linfócitos bursa equivalentes. Esse tipo de maturação foi inicialmente identificado em aves. * Órgãos linfóide primários Medula óssea – Ossos chatos Ossos longos (até puberdade) Fígados fetal Baço fetal Órgãos bursa-equivalentes Órgãos bursa-equivalentes como órgão linfóide primário * Maturação dos linfócitos B cadeia B imaturo IgM de superfície B imaturo cadeia B imaturo IgM de superfície IgD de superfície B imaturo Maturação de linfócitos bursa-equivalentes na medula óssea. * ÓRGÃOS LINFÓIDES PERIFÉRICOS OU SECUNDÁRIOS Os órgãos linfóides periféricos estão distribuídos por todo o organismo, propiciando um encontro mais rápido com antígenos. Entre os órgãos linfóides periféricos ou secundários estão os linfonodos, o baço e o tecido linfóide associado à mucosa. O principal fenômeno que ocorre nos órgãos linfóides periféricos é a diferenciação final e a proliferação de linfócitos. * LINFONODOS Linfonodos ou gânglios linfáticos são estruturas ovais situadas ao longo do sistema linfático. Eles contêm linfócitos B na região cortical e linfócitos T na área paracortical. Apresentam vários vasos linfáticos aferentes por onde penetram os antígenos, vaso linfático eferente por onde saem linfócitos que já atuaram na resposta imunológica, artéria linfática que traz linfócitos para a defesa e veia linfática por onde saem linfócitos que não foram necessários na defesa. * Entrada de antígenos e localização de linfócitos timo-dependentes e bursa-equivalentes nos linfonodos ou gânglios linfáticos. * Substâncias estranhas atingem os linfonodos através de capilares linfáticos que continuam pelos vasos linfáticos aferentes. * BAÇO O baço é o órgão linfóide que contém a maior quantidade de linfócitos do organismo. É constituído por polpa vermelha e branca. Na polpa vermelha há destruição de células danificadas ou envelhecidas, em especial eritrócitos, enquanto a polpa branca coleta antígenos e retém linfócitos. Aí se encontram linfócitos T em torno da arteríola central e no centro germinativo acham-se os linfócitos B. Há proliferação desses linfócitos com aumento do órgão, na dependência d a intensidade da resposta imunológica. TECIDO LINFÓIDE ASSOCIADO ÀS MUCOSAS (MALT) No tecido linfóide associado às mucosas ocorre a resposta adaptativa humoral e/ou celular das mucosas. São os órgãos linfóides periféricos encapsulados ou não, encontrados ao longo das mucosas. * Localização de linfócitos timo-dependentes (T) e bursa-equivalentes no baço. Baço Órgão que contém a maior quantidade de linfócitos do organismo Polpa Vermelha: eritrócitos Branca: linfócitos T ao redor da arteríola central linfócitos B no centro germinativo B B B B B B B B Centro germinativo T T T T T T T Arteríola central Polpa branca do baço * Tecido linfóide não-encapsulado a) Organizado ou com estrutura precisa Folículos linfóides Placas de Peyer Tonsilas palatinas b) Organizado ou com estrutura precisa Linfócitos intra-epiteliais Linfócitos da lâmina própria * Tecido linfóide associado às mucosas (MALT) * Galt – tecido linfóide associado ao digestivo * Balt – tecido linfóide associado aos brônquios * Tecido linfóide associado ao geniturinário Classificação do tecido linfóide associado às mucosas * Folículo linfóide como estrutura básica do tecido associado às mucosas Folículo linfóide Linfócitos Macrófagos Célula membranosa * SUBPOPULAÇÕES DE LINFÓCITOS Originados na célula hematopoiética da linhagem linfóide, a qual é estimulada na presença de IL-3 e IL-7. As duas principais subpopulações de linfócitos, timo-dependentes e bursa-equivalentes, são idênticas. Os linfócitos T existem em maior quantidade na circulação periférica; cerca de 65 a 85% dos linfócitos totais, podem ser identificados por microscopia eletrônia ou por meio de anticorpos monoclonais anti-CD3, daí a denominação células CD3 positivas. Já os linfócitos B são reconhecidos por anricorpos monoclonais anti-CD19 ou anti-CD20. * SUBPOPULAÇÕES DE LINFÓCITOS BURSA-EQUIVALENTES Os linfócitos bursa-equivalentes, ao atingirem os linfonodos, o baço e os tecidos linfóides associados às mucosas, sofrem proliferação e diferenciação final após encontrarem os antígenos. Os linfócitos B não são células restritas ao complexo principal de histocompatibilidade (MHC), ou seja, não necessitam de MHC para serem ativados. * Subpopulações de linfócitos * Linfócitos timo-dependentes * Linfócitos bursa-equivalentes CD3 + CD19+ ou CD20+ Principais subpopulações de linfócitos * Fenômeno de captação antigênica por linfócitos bursa-equivalentes Captação antigênica 1) Fenômeno de polarização 2) Endocitose 3) Proliferação de B maturo 4) Diferenciação B maturo IgD Plasmócito IgM sérica IgM e antígeno * * SUBPOPULAÇÕES DE LINFÓCITOS TIMO-DEPENDENTES Os linfócitos T, ao alcançarem os órgãos linfóides secundários, proliferam-se e se diferenciam em linfócitos citotóxicos, T auxiliares, T com função imunossupressora, T produtores de citocinas e T memória mediante encontro antígênico. Os linfócitos T são células MHC restritas, ou seja, só ativadas mediante apresentação antigênica por células apresentadoras contendo MHC. * Linfócito T Célula apresentadora + AG T citotóxico (CD8+) T auxiliar (CD4+) T com função supressora (principalmente CD8+) T produtor de citocinas (principalmente CD4+) T memória Subpopulações de linfócitos timo-dependentes. * Linfócitos T citotóxicos ou Células CD8 positivas Mecanismo de lise por linfócitos T citotóxicos por meio de perfurinas Liberam perfurinas (monoméricas) Célula a ser destruída Polimerização de perfurinas na membrana citoplasmática Desequilíbrio da bomba sódio-potássio Lise da célula * Linfócitos T citotóxicos ou Células CD8 positivas Mecanismo de lise por linfócitos T citotóxicos por meio da apoptose Endonucleases inativas Endonucleases ativas Expressam moléculas de adesão Ruptura do DNA Apoptose Lise da célula * Mecanismo de lise por linfócitos T citotóxicos por meio de citotoxicidade celular dependente de anticorpo * Subpopulações de linfócitos T auxiliares * CÉLULAS NK As células NK, ou natural killer, ou citotóxicas naturais, atualmente são consideradas pela maioria dos autores como linfócitos não-T e não-B, fazendo parte da resposta inata, ao contrário dos linfócitos T e B, que são componentes da resposta adaptativa. A ação das células NK é de promover tanto a lise de células tumorais quanto de infectadas por microorganismos intracelulares, principalmente vírus. * Células NK (natural killer) (“citotóxicas naturais”) * Não têm memória imunológica * Não necessitam de apresentação antigênica * Função * Mecanismos Perfurinas Apoptose Citotoxicidade dependente de anticorpo Lise de células tumorais ou Células infectados por vírus Características das células NK * RECIRCULAÇÃO DE LINFÓCITOS Os linfócitos recirculam permanentemente na migração não-aleatória de linfócitos do sangue e da linfa para os órgãos linfóides secundários, de onde volta para o sangue e para a linfa. A recirculação dos linfócitos permite uma defesa muito mais eficiente por essas células. * Imunoglobulinas CONCEITO Imunoglobulinas são proteínas plasmáticas efetoras da resposta imunológica, com função anticópica e diversas atividades biológicas, ou seja, combatem outras substância e apresentam ações diretas na defesa do organismo. Uma das características das imunoglobulinas é que se combinam exclusivamente com a substância que induziu a sua formação. * Imunoglobulinas Conceito e natureza das imunoglobulinas Conceito Proteínas efetoras da imunidade Componentes termoestáveis da resposta imunológica Natureza Glicoproteínas: 82 a 96% Polipeptídios 4 a 18% Carboidratos * Diferentes proteínas séricas e nomenclatura das imunoglobulinas Albumina: A Proteínas séricas Globulinas:1,2, , Nomenclatura (OMS) Imunoglobulinas (heterogeneidade de moléculas) Anticorpos (quando unidos a antígenos) * AQUISIÇÃO DE IMUNOGLOBULINAS As imunoglobulinas são adquiridas com a filogenia, sendo a IgM a primeira a aparecer. As imunoglobulinas fazem parte da resposta adaptativa ou adquirida Invertebrados – sem imunoglobulinas Lampréia – IgM Sapo – IgM e IgG Coelho – IgM, IgG e IgA Ser humano – 5 classes de imunoglobulinas Aparecimento das imunoglobulinas nas espécies * ESTRUTURA BÁSICA DAS IMUNOGLOBULINAS A estrutura básica da imunoglobulina é um monômero constituído por duas cadeias polipeptídicas leves e duas cadeias polipeptídicas pesadas. As cadeias leves são referidas pela letra “L” (light) e as pesados por “H” (heavy), estando unidas entre si as quatro cadeias polipeptídicas por pontes dissulfídicas. Trata-se de uma estrutura tetrapeptídica básica. * Estrutura básica das imunoglobulinas Duas cadeias peptídicas leves Duas cadeias peptídicas pesadas Pontes dissulfídicas Estrutura tetrapeptídica básica Monômero é a estrutura básica das imunoglobulinas s s s s * Características das Imunoglobulinas Região da dobradiça das imunoglobulinas Região da dobradiça rica em hidroxiprolina * CLASSES E SUBCLASSES DE IMUNOGLOBULINAS Os polipeptídios das cadeias pesadas têm diferentes seqüências de aminoácidos, dando origem a distintas cadeias, conhecidas pelas letras , , , e . A seqüência de polipeptídeos de cadeias leves resulta nas cadeias ou , existindo sempre duas ou duas em uma imunoglobulina, sem que haja dois tipos de cadeias leves em uma mesma imunoglobulina. * s s s s Porção amino terminal NH3+ Porção Carboxil terminal COO- Papaína Fab Parte variável Hipervariável Parte constante Fc * Imunoglobulinas - Classes Cadeias pesadas Cadeias leves Região da dobradiça das imunoglobulinas * Percentagem das concentrações séricas das imunoglobulinas. Concentrações séricas das imunoglobulinas IgG – 80 a 90% IgA – 7 a 15% IgM – 4 a 7% IgE – 1% IgD – 0,002% Concentrações absolutas dependem da idade * Características das Imunoglobulinas As principais características das imunoglobulinas são a especificidade e a diversidade. Plasmócitos sintetizam imunoglobulinas específicas para determinado antígeno, que inicialmente foi endocitado junto as duas IgM de superfície por linfócito B. Cada linfócito é predeterminado a uma diferenciação final visando ao antígeno em questão. Assim, são necessários milhões de linfócitos que irão se diferenciar em plasmócitos, e, conseqüentemente, uma quantidade muito maior de imunoglobulinas, outorgando uma diversidade extrema às imuniglobulinas. As imunoglobulinas sintetizadas distribuem-se por difusão na circulação sangüínea e por forma ativa, por meio de receptores, para as mucosas. * DOMÍNIOS DAS IMUNOGLOBULINAS É possível ocorrer a união de aminoácidos, principalmente de cisteínas, dentro de uma mesma cadeia polipeptídica, por meio de pontes dissulfídicas, levando a imunoglobulina a uma estrutura tridimensional (regiões chamadas domínios). Assim, então, os domínios são regiões globulares formadas por pontes dissulfídicas entre resíduos de cisteínas, dando a configuração tridimensional das imunoglobulinas. * Diferentes domínios das imunoglobulinas
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