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Cistos não-odontogenicos
Patologia Oral (Universidade Estadual da Paraíba)
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Cistos não-odontogenicos
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Cistos não-odontogênicos 
Patologia Oral II- Iúska- P6 
Cisto: Cavidade patológica, revestida de epitélio, que contém material líquido, semi-sólido ou 
gás, circundado por uma cápsula de tecido conjuntivo. 
Etiopatogênese: 
Remanescente epitelial Degeneração cística intra-epitelial 
Aumento da pressão osmótica (PO) e da pressão hidrostática (PH) 
Pressão Osso Reabsorção óssea 
OBS: Os osteoclastos que promovem a reabsorção óssea, em processos não inflamatórios, são 
ativados por fibroblastos. Em processos inflamatórios, são ativados por células inflamatórias. 
OBS2: Apenas uma variante dos cistos não-odontogênicos tem envolvimento com tecido 
ósseo: cisto do ducto nasopalatino. 
Fatores que influenciam: Tratamento; Histogênese; Comportamento; Incidência. 
Embriogênese: São cistos de desenvolvimento oriundos da linha de fusão dos ossos ou 
processos embrionários dos maxilares. 
Cistos não-odontogênicos: 
1-) Cisto nasolabial/nasoalveolar: 
Patogênese: 
1ª teoria: Remanescentes epiteliais retidos ao longo da linha de fusão dos processos nasais 
(medial e lateral) e maxilar (6ª semana V. I. U) 
2ª teoria: deposição do epitélio do ducto nasolacrimal devido à sua localização e histologia 
semelhante (4ª e 5ª semana V. I. U); 
Características clínicas: 
 Aumento de volume no lábio superior; 
 Lateral à linha média; 
 Elevação da asa do nariz; 
 Apagamento do fundo de vestíbulo (Dificuldade na adaptação de próteses); 
 Dor rara (assintomático); 
 Expansão: pode promover obstrução nasal; 
 Rompimento espontâneo; 
 Adultos: 4ª e 5ª décadas de vida; 
 Atinge mais mulheres; 
 10% bilaterais; 
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Características imaginológicas: 
 Região hipodensa bem delimitada; 
Características histopatológicas: 
 Cavidade cística (lúmen) revestida por epitélio colunar pseudoestratificado ou epitélio 
pseudociliado (se for mais próximo à região do trato respiratório/região nasal); 
 Presença de células caliciformes; 
 Cápsula de tecido conjuntivo fibroso; 
OBS: Em casos de infecção secundária, haverá presença de células inflamatórias, áreas de 
hemorragias e deposição de hemossiderina. 
Diagnóstico diferencial: Abscesso; Cisto de origem odontogênica (cistos 
periapicais/radiculares); Cisto de inclusão epitelial (dermoide e epidermoide); 
2-) Cisto do ducto nasopalatino/do canal incisivo: 
Características clínicas: 
 Origem: proliferação dos remanescentes epiteliais do ducto nasopalatino. 
 Cisto não-odontogênico mais comum; 
 Mais comum durante a 4ª e 6ª décadas de vida; 
 Predileção pelo sexo masculino; 
 Sintomatologia: Tumefação da região anterior do palato; Drenagem; Dor 
OBS: Quando não tem envolvimento ósseo, ou seja, há envolvimento apenas dos 
tecidos moles, é chamado de cisto da papila incisiva. 
 Características imaginológicas: 
Radiograficamente observa-se uma lesão radiolúcida bem circunscrita, próxima ou na linha 
média da região anterior da maxila, entre os ápices dos incisivos centrais. Pode exibir formato 
de pêra invertida, ou em alguns casos, o formato clássico de coração, como resultado da 
sobreposição da espinha nasal. 
Características histopatológicas: 
 Fino epitélio delimitando o cisto; 
 Epitélio bastante variável: Epitélio pavimentoso estratificado; Epitélio colunar pseudo-
estratificado; 
 Freqüentemente, mais de um tipo de epitélio é encontrado na mesma lesão. 
 Vasos de maior calibre; 
 Feixes nervosos; 
 Glândulas salivares menores; 
Diagnóstico diferencial: Cisto radicular lateral; Canal incisivo (para diagnóstico diferencial de 
lesões menores); 
Na cápsula cística 
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3-) Cisto palatino mediano: 
Etiopatogênese: Remanescentes epiteliais retidos ao longo da linha dos processos palatinos 
laterais; 
Características clínicas: 
 Raro; 
 Atinge principalmente adultos jovens; 
 Tumefação firme ou flutuante na linha média do palato duro, posteriormente a papila; 
 Assintomático; 
 Características imaginológicas: 
 Aparência grosseiramente simétrica ao longo da linha média do palato duro; 
 Localização posterior à papila incivsiva; 
 Formato circular ou ovóide na radiografia; 
 Ausência de comunicação com o canal incisivo; 
Características histopatológicas: 
 Revestido por epitélio pavimentoso estratificado, algumas vezes, por epitélio colunar 
pseudo-estratificado ciliado; 
 Inflamação crônica na cápsula cística pode estar presente; 
Diagnóstico diferencial: 
Cisto do ducto nasopalatino; 
Granuloma; Cisto periapical; Abscesso (Diferenciar: nesses casos os dentes não são vitais); 
4-) Cisto dermoide: 
 Malformação cística de desenvolvimento incomum; 
 Presença de anexos cutâneos na cápsula cística; 
 Forma cística benigna de teratoma; 
 Forma frusta de um teratoma; 
Teratoma: neoplasia proveniente da proliferação de tecidos originários de mais de um folheto 
embrionário. O teratoma verdadeiro é originário dos três folhetos embrionários. Exemplo: 
tumor com dentes, tecido ósseo, folículo piloso, ou seja, formação de estrutura com os 3 
folhetos embrionários. 
Características clínicas: 
 Linha média do assoalho bucal; 
 Acima do músculo gênio-hioideo (aparência clínica: queixo duplo/tumefação 
submentoniana) ou entre o genio-hioideo e o milo-hioideo (aparência clínica: 
deslocamento da língua/tumefação sublingual); 
 Casos raros na mucosa bucal; 
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 Consistência borrachoide semelhante a massa de pão; 
 12 cm de diâmetro ou mais; 
 Crianças e adultos jovens; 
 Predileção por homens; 
 15% congênito; 
 Crescimento lento e assintomático; 
Características histopatológicas: 
 Revestido por epitélio pavimentoso estratificado ortoqueratinizado, com uma camadade células granulares proeminentes; 
 Parede do cisto: tecido conjuntivo fibroso que contém um ou mais apêndices 
cutâneos- glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas ou folículos pilosos. 
Diagnóstico diferencial: 
 Rânula (Como diferenciar: não atravessa a linha média; Sofre período de remissão; 
Coloração arroxeada;) 
 Cisto epidermóide; 
5-) Cisto epidermoide: 
Idêntico ao dermoide, porém, na cápsula/parede do cisto não há a presença de anexos 
cutâneos. 
6-) Cisto do ducto tireoglosso: 
Origem: 
 Transtorno congênito decorrente de problemas durante o fechamento do ducto 
tireoglosso e produção de muco por parte das células mucosas dessa estrutura 
durante o período embrionário; 
 O ducto tireoglosso consiste em uma estrutura transitória, que normalmente 
desaparece após a migração da tireóide. Contudo, quando persiste, resulta no 
surgimento de um cisto, que pode situar-se em qualquer ponto entre o forame cego 
na língua e a glândula tireóide. 
Características clínicas: 
 Desenvolve-se na linha média cervical; 
* desde o forame cego na língua até chanfradura supra-esternal (60 a 70% ocorrem 
abaixo do osso hióide). Exceção: região submentoniana. 
 50% antes dos 20 anos; 
 Sem predileção por sexo; 
 Tumefação móvel, flutuante e indolor; 
 Geralmente menor que 3cm, mas pode atingir até 10cm; 
 
 
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Características histopatológicas: 
 Revestido por epitélio pavimentoso estratificado ou colunar; 
 Cúbico ou epitélio do intestino delgado ocasionalmente; 
 Parede do cisto: tecido conjuntivo, tecido da tireóide; 
Diagnóstico diferencial: Cisto sebáceo; Cisto dermoide em pele; Teratoma; 
7-) Cistos linfoepiteliais: 
*Cisto linfoepitelial cervical ou cisto da fenda branquial: 
Desenvolve-se de remanescentes das fendas branquiais (teoria clássica) ou pela degeneração 
cística do epitélio da glândula parótida que ficou retido nos nódulos linfáticos cervicais 
superiores durante a vida embrionária. 
OBS: Evidências imuno-histoquímica suportam a teoria clássica. (95%- 2º Arco branquial); 
Características clínicas: 
 20 a 40 anos; 
 Região lateral superior do pescoço, ao longo da borda anterior do músculo 
esternocleidomastóide; 
 Massa mole e flutuante com 1 a 10 cm de diâmetro; 
 2/3 lado esquerdo do pescoço; 
 Dor ou sensibilidade devido à infecção secundária; 
Características imaginológicas: Área hipodensa bem delimitada na região lateral do pescoço; 
Características histopatológicas: 
 Revestido por epitélio pavimentoso estratificado com ou sem queratina (+90% do 
casos); 
 Parede do cisto: tecido linfóide, muitas vezes com formação de centros germinativos. 
Diagnóstico diferencial: Parotidite; Linfonodos infartados; 
*Cisto linfoepitelial oral: 
 Incomum; 
 Desenvolve no tecido linfóide oral normal ou acessório e faringe epitelial oral: 
-Anel de Waldeyer: Amígdalas palatinas e linguais, e adenóides faringeanas; 
-Agregados linfóides: Assoalho da boca, superfície ventral da língua e palato mole; 
Origem: 
1- Criptas amigdalianas podem ser obstruídas ou estreitadas na superfície produzindo um 
cisto preenchido por queratina. 
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2- Epitélio da mucosa de superfície e epitélio da glândula salivar retido no tecido linfóide 
durante a embriogênese. 
Características clínicas: 
 Atinge principalmente adultos jovens; 
 Mais comum: assoalho da boca, depois: superfície ventral da língua e bordas bilaterais 
da língua; palato mole. 
 Pequena massa na submucosa (menor que 1cm); 
 Tumefação mole e flutuante à palpação; 
 Mucosa macia e não ulcerada; 
 Lesão branca ou amarelada; 
 Assintomático; 
Características histopatológicas: 
 Revestido por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado; 
 Presença de tecido linfóide na parede do cisto, usualmente com centros germinativos 
(pode lembrar células em espiral) 
 Lúmen preenchido por queratina; 
 Exocitose: células inflamatórias (linfócitos) adentrando o epitélio; 
Diagnóstico diferencial: Cisto dermoide; Cisto epidermoide; 
 
Vídeo aula que ajuda: https://www.youtube.com/watch?v=o5_gfMep2Xg 
 
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https://www.youtube.com/watch?v=o5_gfMep2Xg

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