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www.cers.com.br CURSO COMPLETO PARA ADVOCACIA PÚBLICA 2013 Direito Tributário Josiane Minardi 1 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: São caracterizadas pela sua destinação, são ingressos necessariamente direcionados a instrumentar a atuação da União no setor da ordem social. STF – RE 138.284-8 1) Contribuições Sociais Gerais (aquelas não destinadas à Seguridade) 2) Contribuições de Seguridade Social 3) Outras Contribuições Sociais 1) Contribuições Sociais Gerais: a) Contribuição ao Salário educação (art. 212, § 5º CF) b) Contribuições ao Sistema S (art. 240 CF) Características: 1) São de Competência da União 2) São instituídas por lei ordinária e obedecem ao princípio da anterioridade comum a) Contribuição ao Salário Educação: Foi concebida para financiar, como adicional, o ensino fundamental público, como prestação subsidiária da empresa aos seus empregados e filhos destes. Súmula 732 do STF: É CONSTITUCIONAL A COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO, SEJA SOB A CARTA DE 1969, SEJA SOB A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, E NO REGIME DA LEI 9424/1996. b) Contribuições do Sistema “S”: São destinadas às entidades privadas de serviços sociais autônomos e de formação profissional, vinculadas ao sistema sindical. SENAI, SESI, SESC, SEBRAE 2) Contribuições Sociais da Seguridade Social - Nos termos do art. 195, § 6º da CF respeitam apenas a anterioridade nonagesimal - Nos termos do art. 195, § 7º da CF imunidade para as Entidades de Assistência Social sem fins lucrativos Incidem sobre o faturamento das empresas que realizam operações relativas à energia elétrica, serviços de telecomunicação, derivados de petróleo, combustíveis e minerais. Súmula 659 STF: É LEGÍTIMA A COBRANÇA DA COFINS, DO PIS E DO FINSOCIAL SOBRE AS OPERAÇÕES RELATIVAS A ENERGIA ELÉTRICA, SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES, DERIVADOS DE PETRÓLEO, COMBUSTÍVEIS E MINERAIS DO PAÍS. Fonte de Custeio da Seguridade Social: 1) Importação 2) Receita de Loterias 3) Trabalhador 4) Empregador e Empresa 5) Importação: Art. 149, § 2º, II da CF 2) Receita de Loterias Art. 195, III da CF e art. 212 do Decreto nº 3.048/99 DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS Art. 212. Constitui receita da seguridade social a renda líquida dos concursos de prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo. § 1º Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis. § 2º A contribuição de que trata este artigo constitui-se de: I - renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público destinada à seguridade social de sua esfera de governo; II - cinco por cento sobre o movimento global de apostas em prado de corridas; e III - cinco por cento sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos. § 3º Para o efeito do disposto no parágrafo anterior, entende-se como: I - renda líquida - o total da arrecadação, deduzidos os valores destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com administração; II - movimento global das apostas - total das importâncias relativas às várias modalidades de jogos, inclusive o de acumulada, www.cers.com.br CURSO COMPLETO PARA ADVOCACIA PÚBLICA 2013 Direito Tributário Josiane Minardi 2 apregoadas para o público no prado de corrida, subsede ou outra dependência da entidade; e III - movimento global de sorteio de números - o total da receita bruta, apurada com a venda de cartelas, cartões ou quaisquer outras modalidades, para sorteio realizado em qualquer condição. 3) Trabalhador Contribuições Previdenciárias do trabalhador avulso e do segurado empregado, incluindo o doméstico 4) Empregador e Empresa a) Contribuição social patronal sobre a folha de pagamentos; b) Contribuição ao PIS/PASEP c) Contribuição sobre o lucro líquido (CSLL) d) Contribuição para financiamento da Seguridade Social (COFINS) 4. A imunidade prevista no art. 149, § 2º, I, da Constituição, introduzida pela Emenda Constitucional nº 33/2001, não alcança a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), haja vista a distinção ontológica entre os conceitos de lucro e receita. . Vencida a tese segundo a qual a interpretação teleológica da mencionada regra de imunidade conduziria à exclusão do lucro decorrente das receitas de exportação da hipótese de incidência da CSLL, pois o conceito de lucro pressuporia o de receita, e a finalidade do referido dispositivo constitucional seria a desoneração ampla das exportações, com o escopo de conferir efetividade ao princípio da garantia do desenvolvimento nacional (art. 3º , I, da Constituição). A norma de exoneração tributária prevista no art. 149, § 2º, I, da Constituição também não alcança a Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), pois o referido tributo não se vincula diretamente à operação de exportação. A exação não incide sobre o resultado imediato da operação, mas sobre operações financeiras posteriormente realizadas. 8. Recurso extraordinário a que se nega provimento. (RE 474132, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 12/08/2010, DJe-231 DIVULG 30-11-2010 PUBLIC 01-12-2010 EMENT VOL-02442-01 PP-00026) Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico: 1) CIDE COMBUSTÍVEL: Lei nº 10.336/01 2) CIDE ROYALTIES: Lei nº 10.168/2000 3) CIDE COMBUSTÍVEL Incide sobre a importação e a comercialização de petróleo e gás natural – e seus derivados – e álcool etílico combustível. Lei nº 10.336/01 – Art. 1º, § 1o O produto da arrecadação da Cide será destinada, na forma da lei orçamentária, ao: I - pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo; II - financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; e III - financiamento de programas de infra- estrutura de transportes. 2) CIDE Royalties: Lei nº 10.168/2000 Tem por finalidade fomentar o desenvolvimento tecnológico brasileiro, mediante o incentivo da pesquisa. Contribuição de Interesse de Categoria Profissional ou Econômica Arts. 578 e 579 da CLT: Art. 578 - As contribuições devidas aos Sindicatos pelos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação do "imposto sindical", pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo. Art. 579 - A contribuição sindical é devida por todos aquêles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo êste, na conformidade do disposto no art. 591.
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